Mark Weber |
Em um discurso notável, mas pouco divulgado, o
vice-presidente Joe Biden recentemente reconheceu que o “imenso” e
“desproporcional” papel judaico nos meios de comunicação de massas e na vida
cultural têm sido o fator mais importante em moldar a atitude americana ao
longo do século passado, e em conduzir as maiores mudanças culturais e
políticas.
“A herança judaica tem moldado quem nós somos – todos nós
– tanto ou mais do que qualquer outro fator nos últimos 223 anos. E isto é um
fato.” Disse Biden a um grupo de líderes judeus em 21 de maio de 2013, em
Washington, DC. “A verdade é que a herança judaica, cultura judaica, valores
judaicos são uma parte tão essencial de quem somos que é justo dizer que a
herança judaica é a herança americana” acrescentou ele[1].
“Pense – por trás de tudo
isso, eu aposto com você que 85 por cento daquelas mudanças [sócio-políticas],
seja em Hollywood ou seja na mídia social, são uma consequência daqueles
líderes judeus na indústria. A influência é imensa, a influência é imensa. E,
devo acrescentar, é tudo para o bem,” disse ele. “Nós falamos sobre isso em termos
de incríveis realizações e contribuições” de indivíduos judeus, Biden então
prosseguiu com o assunto, mas isto é mais profundo do que foi dito “porquê os
valores, os valores estão tão profundamente e tão enraizado na cultura
americana, em nossa Constituição.”
Biden fala com a consciência e perspectiva de um
experimentado do ambiente interno de Washington. Ele foi um senador dos EUA por
26 anos, manteve importantes cargos no Congresso, e foi duas vezes candidato à
presidência dos EUA. Poucos homens têm estado mais profundamente envolvidos na
política nacional, ou são mais intimamente familiares com as realidades do
poder da vida pública americana.
{Joe Biden (1942 - ) vice-presidente dos EUA - 2009-2017 Foto oficial Candidato democrata de 2020 a presidência.} |
Biden passou a falar do papel crucial desempenhado pelos
judeus na evolução da jurisprudência americana, e nesse sentido mencionou sete
juízes da Suprema Corte: Brandeis, Fortas, Frankfurter, Cardozo, Ginsburg,
Breyer e Kagan. “Você não pode falar sobre o reconhecimento de... direitos na
Constituição sem olhar para esses incríveis juristas que nós tivemos.”
Biden também poderia ter mencionado que dos atuais nove
juízes da Suprema Corte Americana, três são judeus, e que estes judeus são
vastamente super-representados em outros autos níveis em cargos do governo
federal, estadual e municipal. Ele poderia ter mencionado que o dirigente da
Federal Reserve, e os prefeitos das três mais populosas cidades da América –
Nova Iorque, Los Angeles e Chicago – são judeus.
“O povo judeu tem contribuído muito para a América.
Nenhum grupo tem tido uma tão descomunal influência per capita,” disse Biden.
Mais especificamente, ele citou o papel judaico na formação das atitudes
populares e na definição das medidas políticas sobre as relações raciais, o
papel da mulher na sociedade, e os “direitos gays.” Ele continuou: “Você não
pode falar sobre movimento dos direitos civis neste pais sem falar sobre
paladinos da liberdade judaicos e Jack Greenberg... Você não pode falar sobre
movimento feminino sem falar sobre Betty Friedan.” Biden também elogiou a
“adoção da imigração” pela comunidade judaica.
“Eu acredito que o que afeta os movimentos
[sócio-políticos] na América, o que que afeta nossas atitudes na América são a
cultura e as artes mais que qualquer coisa mais,” disse Biden. “Não foi alguma
coisa que nós [os políticos] legislativamente fizemos,” ele continuou. “Foi ‘Will
and Grace’ [assim como os programas de televisão], foi a mídia social.
Literalmente. É isso o que mudou a atitude das pessoas. É por isso que eu
estava tão certo que a vasta maioria das pessoas abraçariam, e rapidamente
abraçaram” o casamento do mesmo sexo.
Embora a influência judaica tenha sido um importante fato
da vida americana por décadas, esta realidade é raramente reconhecida
abertamente, especialmente por um proeminente americano não judeu da estatura
de Biden. Na sociedade que supostamente se esforça pela “diversidade,” “ação
afirmativa” de igualdade, e justiça, o fato que um grupo étnico-religioso que
compõe não mais que dois por cento de toda a população e exerce um poder e
influência grandemente desproporcional é, ou deveria, ser uma fonte de
embaraço. Talvez isto explique porquê as observações excepcionalmente francas
de Biden receberam somente uma escassa cobertura da imprensa, e levou a quase
nenhum comentaria nos principais fluxos midiáticos.
Para alguns judeus, declarações ousadas do
vice-presidente eram realmente preocupantes. Um proeminente jornalista judeu
escreveu que, embora possam ser gratificantes as observações muito
“filo-semitas” de Biden, um reconhecimento tal de influência judaica está
“vagando dentro de um terreno altamente desconfortável.” O vice-presidente foi
muito longe, advertiu Jonanthan Chait, especialmente tendo em conta que “muitas
pessoas” não estão totalmente felizes sobre como os “judeus têm usado a
influência deles sobre a cultura popular para mudar as atitudes da sociedade
frente à homossexualidade.[2]”
Conforme Biden
mencionou, o papel judaico na formação das atitudes não é de nenhuma maneira um
fenômeno recente. Isso foi notado, por exemplo, em 1968 por Walter Kerr, um
renomado autor, diretor e crítico teatral vencedor do Prêmio Pulitzer.
Escrevendo no New York Times, ele
comentou: “O que tem acontecido desde a Segunda Guerra Mundial é que a
sensibilidade americana tem se tornado em parte judaica, talvez tão judaica
como nenhuma coisa mais... A mente literata americana tem se transformado em
alguma medida para pensar judaicamente. Ela tem sido ensinada a isso, e estava
pronta para isso. Depois dos novelistas e artistas de entretenimento vieram os
críticos, políticos e teólogos judeus. Críticos, políticos e teólogos são por
profissão formadores; eles formam os modos de ver[3].”
“Não faz sentido algum tentar negar a realidade do poder
judaico e sua proeminência na cultura popular,” escreveu Michael Medved, um bem
conhecido autor judaico e crítico de filmes, em 1996. “Qualquer lista dos mais
influentes produtores executivos em cada principal estúdio cinematográfico,”
ele disse, “irá produzir uma pesada maioria de reconhecíveis nomes judaicos[4].” Joel Stein, um colunista
do Los Angeles Times , escreveu em
2008: “Como um orgulhoso judeu, eu quero que a américa saiba de nossas
realizações. Sim, nós controlamos Hollywood... eu não me importo se os
americanos pensam que nós controlamos os noticiários, Hollywood, Wall Street ou
o governo. Eu apenas me importo que nós consigamos nos manter controlando eles[5].”
Enquanto Biden elogiou o papel judaico nos meios de
comunicação de massa e na cultura popular como “tudo para o bem,” alguns
proeminentes americanos não têm ficado satisfeitos. O Presidente Richard Nixon
e o reverendo Billy Graham, o mais conhecido cristão evangélico, falaram juntos
francamente sobre a posse tenaz dos meios de comunicação de massas durante um
encontro privado na Casa Branca em 1972. A conversação secreta deles não foi
feita pública até 30 anos depois. Durante a conversa Graham disse: “Este
estrangulamento tem de ser quebrado ou o país vai para o ralo.” O Presidente
respondeu dizendo: “Você acredita nisso?” Graham respondeu: “Sim, senhor.” E
Nixon disse: “Oh, menino. Eu também! Eu não posso jamais [publicamente] dizer
isso, mas eu acredito nisso[6].”
Nos Estados Unidos, como em toda sociedade moderna,
aqueles que controlam a grande mídia, e especialmente os filmes e a televisão,
guiam e formam como as pessoas, e especialmente os mais socialmente e
culturalmente sintonizados, pensam sobre as mais importantes questões. Os meios
de comunicação de massa, incluindo os de entretenimento popular, colocam
limites nas discussões “permitidas” de importantes assuntos e, portanto,
orienta a direção geral da política pública. Visões e ideias que aqueles que
controlam os meios de comunicação de massa não aprovam são vilipendiados como
“ofensivo”, e “separatista”, e são eliminados da consideração pública
“aceitável”, enquanto qualquer um que ousa expressar tais visões tem sua imagem
envilecida como um fanático, retrógrado e intolerante.
Um resultado importante da posse judaica da mídia de
massa americana é uma larga inclinação pró-Israel na apresentação das notícias,
questões atuais e história – uma parcialidade que é evidente para qualquer um
que cuidadosamente compare a cobertura dos noticiários de Israel e do conflito
Israel-Palestina na mídia americana com cobertura na Europa, Ásia ou América
Latina.
Outra expressão notável do papel judaico nos meios de comunicação
de massa tem sido uma rotineiramente representação dos judeus como vítimas, com
muita ênfase no “Holocausto” e na “memória do Holocausto”, incentivando assim
um forte e emocional apoio para Israel[7].”
Com atenção especial aos medos e preocupações judaicas, a
mídia de comunicação de massas destaca os reais e supostos perigos para Israel
e judeus ao redor do mundo. Além disso, os adversários de Israel são
rotineiramente retratados como inimigos da América, portanto encorajando
guerras americanas contra os países que Israel considera como perigoso[8].
Outra importante consequência da posse judaica
sobre os meios de comunicação de massa e da vida cultural tem sido – conforme o
vice-Presidente Biden sugeriu – uma larga e longa promoção, por décadas, da
“diversidade” e “pluralismo” racial e cultural. Líderes judeu-sionistas veem o
máximo de “tolerância” e “diversidade” nos Estados Unidos e outras sociedades
como benéfica para os interesses da comunidade judaica[9]. “A pluralista sociedade
Americana é o coração da segurança judaica,” disse Abraham Foxman, o diretor
nacional da Anti-Defamation League – uma organização líder do judaico-sionismo.
“A longo prazo,” ele continua, “o que tem feito a vida judaico americana um
experiência positiva única na história da diáspora e na qual tem nos habilitado
sermos aliados do Estado de Israel, é a saúde de uma sociedade americana,
tolerante, pluralista e inclusiva[10].”
Filmes americanos e televisão, em colaboração com
influentes organizações judaico-sionistas, têm por muitos anos procurado
persuadir americanos – especialmente jovens americanos – saudar e abraçar ainda
mais “diversidade” social, cultural e racial, e para consideram a si mesmo
simplesmente como indivíduos. Enquanto se esforça para depreciar e derrubar a
identidade e coesão racial, religiosa, étnica e cultural dos americanos não-judeus,
os meios de comunicação de massas americanos promovem um nacionalismo tribal
(sionismo) para os judeus, e defendem Israel como um orgulhoso estado
étnico-religioso.
Sem uma compreensão do papel judaico nos meios de
comunicação de massa e na vida cultural americana nos Estados Unidos, as
principais tendências sócio-políticas do século passado são todas nada que não
seja algo incompreensível. O franco reconhecimento do vice-Presidente Biden
desta “imensa” influência é uma bem-vinda contribuição para uma maior
consciência desta importante realidade da vida americana.
Tradução e palavras entre chaves por Mykel Alexander
Notas
M. Weber, “Behind the Campaign for War Against Iran”
[1] Nota do autor: Jennifer Epstein, “Biden: 'Jewish
heritage is American heritage',” Politico, 21 de maio de 2013. (http://www.politico.com/politico44/2013/05/biden-jewish-heritage-is-american-heritage-164525.html); Daniel Halper, “Biden Talks of
'Outsized Influence' of Jews: 'The Influence Is Immense',” The Weekly Standard,
22 de maio de 2013.
[2] Nota do autor: Jonathan
Chait, “Biden Praises Jews, Goes Too Far, Accidentally Thrills Anti-Semites,” New York magazine, 22 de maio de 2013.
[3] Nota do autor: Walter Kerr, “Skin Deep is Not Good
Enough,” The New York Times, April 14 de abril de 1968, páginas
D1, D3. Citado em: Kevin MacDonald, The Culture of Critique (Praeger, 1998), página 243.
Ver também Mark Weber,
“A Straight Look at the Jewish Lobby” (http://ihr.org/leaflets/jewishlobby.shtml), {traduzido ao português como Conversa direta sobre o sionismo - o que o
nacionalismo judaico significa - Por Mark Weber, em World Traditional Front, 19 de maio de 2019 (https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2019/05/conversa-direta-sobre-o-sionismo-o-que.html)}.
[4] Nota do autor: M.
Medved, “Is Hollywood Too Jewish?,” Moment, Vol. 21, Nº 4 (1996), página 37.
[5] Nota do autor: J. Stein, “How Jewish Is Hollywood?,” Los Angeles Times,
19 de dezembro de 2008.
(http://www.latimes.com/news/opinion/commentary/la-oe-stein19-2008dec19,0,4676183.column).
(http://www.latimes.com/news/opinion/commentary/la-oe-stein19-2008dec19,0,4676183.column).
[6] Nota do autor: “Nixon, Billy Graham Make Derogatory
Comments About Jews on Tapes,” Chicago Tribune, 1 de março de 2002 (28 de fevereiro de
2002),
(http://www.fpp.co.uk/online/02/02/Graham_Nixon.html);
“Billy Graham Apologizes for '72 Remarks,” Associated Press, Los Angeles Times, 2 de março 2002. “Graham Regrets Jewish Slur,” BBC News, 2 de março de 2002.
“Billy Graham Apologizes for '72 Remarks,” Associated Press, Los Angeles Times, 2 de março 2002. “Graham Regrets Jewish Slur,” BBC News, 2 de março de 2002.
(http://news.bbc.co.uk/2/hi/americas/1850077.stm) A
conversa aparentemente ocorreu em 1º de fevereiro de 1972.
[7] Nota do autor: M.
Weber, “Holocaust Remembrance: What's Behind the Campaign?”
(http://www.ihr.org/leaflets/holocaust_remembrance.shtml).
(http://www.ihr.org/leaflets/holocaust_remembrance.shtml).
[8] Nota do autor: M. Weber, “Iraq: A War for Israel.” (http://www.ihr.org/leaflets/iraqwar.shtml), {traduzido ao português como Iraque: Uma guerra para Israel - Por Mark Weber, em
World Traditional Front, 09 de julho
de 2019 (https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2019/07/iraque-uma-guerra-para-israel-por-mark.html
)}.
M. Weber, “Behind the Campaign for War Against Iran”
[9] Nota do autor: Kevin MacDonald, The Culture of Critique.
Praeger, 1998 (Softcover edition, 2002). Ver
também: Resenha de Stanley Hornbeck of The Culture of Critique em junho de 1999, edição de American Renaissance.
(http://www.csulb.edu/~kmacd/review-AR.html).
[10] Nota do autor: Foxman carta de 11 de novembro de 2005. Publicada
em The Jerusalem Post,
18 de novembro de 2005. (http://archive.adl.org/media_watch/newspapers/20051111-JPost.htm).
Sobre
o autor: Mark weber é um
historiador americano, escritor, palestrante e analista de questões atuais. Ele
estudou história na Universidade de Illinois (Chicago), na Universidade de
Munique (Alemanha), e na Portland State University. Ele possui um mestrado em
História Europeia da Universidade de Indiana. Desde 1995 ele tem sido diretor
do Institute for Historical Review, um centro independente de
publicações, educação e pesquisas de interesse público, no sul da Califórnia,
que trabalha para promover a paz, compreensão e justiça através de uma maior
consciência pública para com o passado.
Para Leitura Adicional
Norman F. Cantor. The Sacred Chain: A History
of the Jews. New York: Harper, 1994.
Benjamin Ginsberg. The Fatal Embrace: Jews and
the State. The Univ. of Chicago Press, 1993.
Peter Harrison, “What Causes Anti-Semitism?” Review of
Macdonald’s Separation and Its Discontents. The Journal of
Historical Review, May-June 1998.
( http://ihr.org/jhr/v17/v17n3p28_Harrison )
( http://ihr.org/jhr/v17/v17n3p28_Harrison )
Alfred M. Lilienthal, The Zionist Connection.
New York: Dodd, Mead, 1978.
Seymour Martin Lipset and Earl Raab. Jews and
the New American Scene. Harvard University Press, 1995.
Kevin MacDonald, Separation and Its
Discontents: Toward an Evolutionary Theory of Anti-Semitism. Praeger, 1998
Kevin MacDonald, The Culture of Critique: An
Evolutionary Analysis of Jewish Involvement in Twentieth-Century Intellectual
and Political Movements. Praeger, 1998 (Softcover edition, 2002).
Tony Martin, “Tactics of Organized Jewry in
Suppressing Free Speech” June 2002.
W. D. Rubinstein. The Left, The Right and the
Jews. New York: Universe Books, 1982.
Mark Weber, “The Danger and Challenge of
Jewish-Zionist Power.” May 2015.
M. Weber, “A Straight Look at the Jewish Lobby”
{Traduzido ao português
como “Conversa direta sobre o sionismo - o que o nacionalismo judaico
significa,” em World Traditional Front,
19 de maio de 2019 (https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2019/05/conversa-direta-sobre-o-sionismo-o-que.html)}
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ResponderExcluir06.11.20 19:10
https://www.oantagonista.com/mundo/77-dos-judeus-votaram-em-biden/?oam
Lendo este artigo, me convenço cada mais que Hitler tinha razão.... A influência sionista é perniciosa para o mundo todo.
ResponderExcluir