domingo, 25 de novembro de 2018

Êxodo recorrente: Identidade judaica e Formação da História - Por Andrew Joyce, Ph.D., {academic auctor pseudonym}


Andrew Joyce, Ph.D.
 {academic auctor pseudonym}

               Eu tenho estado intrigado pela história do Êxodo israelense do Egito por mais de uma década. Mais que qualquer de seus rivais mais próximos, incluindo o conto de Hamã no Livro de Ester, o Êxodo avulta-se grandemente como um primitivo e extremamente influente marco psicológico na lacrimosa e altamente duvidosa pseudo-história do povo judeu. Bem obviamente, a putativa liberação do Egito é comemorada pelo judaísmo todo ano, na forma da Pessach, ou festival da Páscoa. Na verdade, este festival é uma das mais importantes marcas do calendário religioso judaico. O historiador Paul Johnson observa que o Êxodo “tornou-se uma memória esmagadora” e “gradualmente substituiu a criação própria como o evento central, determinante, na história judaica[1]

            O Êxodo tem um poder que existe independentemente das armadilhas do mito religioso, atuando através dos séculos como uma narrativa definidora da vitimização, reivindicação de grupo, e auto validação. Os judeus vivendo sob o Czar produziram intermináveis peças e sátiras yiddish contendo alusões cruamente escondidas ao Czar como a última encarnação do faraó[2]. O Êxodo é uma fundação sobre a qual a identidade judaica, bem como a religiosidade judaica, é construída, e por esta razão ele tem preocupado grandemente mesmo os mais ateus dos judeus, Karl Marx e Sigmund Freud entre eles. Moisés, como arquétipo subconsciente, agacha-se nas sombras da psique judaica.



Êxodo judaico


            A recepção inicial do Êxodo pelos não-judeus também desempenha um importante papel na concepção de mundo judaica, no sentido que o “vírus” do “antissemitismo” é dito ter originado em resposta a ele. A esse respeito, existe um quase universal consenso entre os judeus intelectuais que as primitivas origens do “antissemitismo” podem ser traçadas aos escritos de um sacerdote egípcio supostamente ofendido pelo relato da fuga israelita do Faraó. A teoria relaciona-se especificamente à história do Egito, a Aegyptiaca, escrita pelo sacerdote egípcio chamado Mâneton ao redor de século terceiro a.C. Embora a Aegyptiaca esteja perdida para nós, somos capazes de reunir muito de seu conteúdo baseado em réplicas subsequentes por escritores judeus posteriores tais como Flávio Josefo, e também referências do texto por vários intelectuais gregos e greco-egípcios.

            Em resumo, Mâneton relatou que séculos antes uma população estrangeira tinha entrado na fronteira leste do Egito através da “infiltração do Delta”. Esta população estrangeira subsequentemente subiu no poder dentro do Egito, tornando-se um fardo e uma pestilência para os nativos. Em algum momento, a população estrangeira desenvolveu uma séria doença de pele, e os egípcios estavam finalmente motivados a expulsar os invasores, que posteriormente foram realocados para Jerusalém.

            A narrativa de Mâneton certamente provocou alguns dos primeiros exemplos de apologia judaica. Seu relato filtrou-se através dos tempos e foi retomado pelo egípcio helenizado Apião o alexandrino (30 – 20 a.C. –  aproximadamente 45 – 48 d.C.), e por sua vez provocando um polêmico texto do historiador judeu Flávio Josefo (37 d.C. – aproximadamente 100 d.C) intitulado simplesmente Contra Apião. Neste texto, Josefo comentou desdenhosamente que “Sob o pretexto de registrar fábulas e relatos atuais sobre os judeus, ele [Mâneton] tomou a liberdade de introduzir algumas incríveis histórias, desejando representar nós como... condenados ao banimento do Egito.” É interessante que Josefo estava mais preocupado em rejeitar a acusação que os judeus tinham uma aflição de pele, e estava muito preparado para aceitar que a hostilidade egípcia era baseada no “agravo original de dominação de nossos ancestrais [judeus] sobre o país deles.”

Hoje, historiadores são quase unânimes que Mâneton foi um criador malicioso de calúnias anti-judaicas. A filosemita A History of the Jews de Paul Johnson é um bom exemplo neste respeito, embora seu tratamento da antiga história judaica é cheio de contradições. Por exemplo, Johnson reconhece que as populações proto-judaicas eram altamente problemáticas para as autoridades egípcias. Referindo-se as Cartas Amarna (datadas de 1389 – 1358 a.C.), Johnson concede que os relatos dos antigos egípcios referem-se a um hebreu chamado Labaya ou Homem Leão que “causou grandes dificuldades para as autoridades egípcias e os aliados delas... [Ele] era difícil de controlar, um estorvo. Ele finalmente encontrou uma morte violenta no reino do faraó Akhenaton.”[3]

            Johnson acrescenta ainda que a somente parte da nação hebraica tinha vivido no Egito, “uma quinta coluna dentro da terra” que desempenhou uma crucial parte nas estratégias geopolíticas mais ampla do grupo[4]. Mesmo deixando de lado os elementos supernaturais inerentes do conto do Êxodo, Johnson também parece ceder à improbabilidade de uma partida instigada pelos judeus desde que isso representaria “uma bem sucedida revolta e fuga de um povo escravo, o único registrado na antiguidade.”[5] Apesar destes reconhecimentos, Johnson descreve o relato de Mâneton da expulsão do infiltrados proto-judeus para fora do Egito e para Jerusalém como uma “matriz fundamental do antissemitismo, o Ur-Libelo {Ur é uma expressão germânica para original ou primitivo}”[6].

            O ativista acadêmico judeu Robert Wistrich, agora falecido, descreve Mâneton como “malevolente” e “um dos primeiros polemistas antissemitas da antiguidade.”[7] Kenneth Roseman argumenta que Mâneton “disseminou virulenta propaganda antissemita.”[8] Ernst Abel chamou o padre egípcio “pai da literatura antissemita.”[9] Uma edição especial de 1985 do Jewish Social Studies rotulou Mâneton “o primeiro expoente literário da tendência antijudaica no mundo greco-romano egípcio e o homem que foi instrumental na criação, ou no mínimo em popularizar, alguns dos motivos recorrentes de antissemitismo.”[10]

            A fim de explicar porquê Mâneton possa ter construído seu “Ur-libelo”, Wistrich se referiu a uma mais vasta atmosfera em Alexandria na qual os judeus estavam em “competição sócio-política com os egípcios helenizados.”[11] Em meio desta competição judeus passaram a ser vistos como exclusivistas, não patrióticos, possuindo duas lealdades, e possuindo uma “posição de privilégio, riqueza e poder.”[12]

            Estas acusações foram tratadas com a mais duradoura articulação pelos principais intelectuais da época, incluindo Apião, Lisímaco, Queremão, que atuou como um dos instrutores de Nero[13]. A antipatia frente aos judeus era tão abundante que mesmo após a conquista da Judéia, ambos Tito e Vespasiano iriam recusar a adotar o título honorário “judaico”.

            Mâneton foi assim, pelo consenso acadêmico moderno, meramente o primeiro a registrar os primeiros resmungos ciumentos, de uma civilização não-judaica.

            Enquanto os agravos não-judaicos durante este período são vistos pelos guardiões acadêmicos com grande ceticismo e alarme, o auto engrandecimento judaico da mesma era é aceito sem contestação. Assim como Mâneton é dito ter feito empréstimos do Êxodo para sua Aegyptiaca, assim todo escritor helenístico foi alegado ter meramente enxertado ideias a partir de um judaísmo superior intelectualmente. Ao contrário, em meu próprio parecer abrangendo tudo, os judeus não interagiram com a cultura grega em Alexandria  em qualquer outra maneira que não fosse a cooptação das realizações dela.

            Este é, naturalmente, o fenômeno atemporal do chauvinismo cultural judaico, construído sobre a reescrita da história. O ativista acadêmico Simon Schama escreve que, em Alexandria, muitos escritores e filósofos judeus argumentaram que o judaísmo “foi a antiga raiz e o helenismo a jovem árvore. Zeus foi apenas uma versão paganizada do Todo-Poderoso YHWH, e Moisés foi o legislador definitivo de quem todos os estabelecedores e lei e ética tinham surgido. O judeu Aristóbolo de Paneas, escrevendo em meio do segundo século a.C. quis que seus leitores acreditassem que Platão tinha estudado minunciosamente a Torá e que Pitágoras possuía seu teorema dos antigos ensinamentos judaicos.”[14] Esta é a antiga raiz do familiar impulso para perpetuar a ideia do “gênio judeu,” um tema agora vem documentado em The Occidental Observer (por exemplo, meu “Pariah to Messiah: The Engineered Apotheosis of Baruch Spinoza” para uma discussão de como os intelectuais judeus têm reescrito a história do Iluminismo para ser o resultado da influência judaica).

Rusell Gmirkin
            Embora as narrativas contérminas com a fábula do Êxodo permaneçam envaidecidas e inertes dentro do corpus acadêmico, eu desejaria chamar a atenção dos leitores para um livro bastante notável publicado em 2006. Largamente ignorado pelos guardiões da acadêmica, Berossus and Genesis, Manetho and Exodus: Hellenistic Histories and the Date of the Pentateuch de Rusell Gmirkin  representa nada menos que um ataque em múltiplas frentes em ambas interpretação judaica de Mâneton e o próprio relato do Êxodo. O estudo de Gmirkin oferece evidências convincentes que Mâneton não reagiu ao Êxodo, mas, ao invés, o Êxodo foi escrito por intelectuais judeus em Alexandria em reação à Mâneton, cujo relato era mais antigo e mais preciso. Ou, conforme o autor coloca, ao invés de Mâneton atacar os judeus, “o empréstimo e polêmicas ocorreu em direção oposta; o Pentateuco polemizou contra as histórias de expulsão egípcias em Mâneton.”[15] A implicação da tese de Gmirkin é que, ao escrever o Êxodo, um texto, mais tarde, dado à proteção cultural e maior credibilidade e autoridade pela difusão do cristianismo, os judeus essencialmente capturaram a história, reescrevendo-a em uma maneira que salvou o orgulho judaico.

            Todavia o que nós entendemos como a estratégia evolucionária do grupo judaico, e os códigos culturais que a sustentam, certamente existiram anteriormente ao terceiro século a.C., Gmirkin argumenta que o “Pentateuco hebreu foi composto em sua totalidade ao redor de 273 a.C. por 72 estudiosos judeus em Alexandria.”[16] Combinando descobertas arqueológicas com meticulosas análises textuais, Gmirkin demonstra um dependência pesada do Gênesis em relação à Babyloniaca de Beroso (278 a.C.) e do Êxodo em relação ao Aegyptiaca de Mâneton (aproximadamente 285 – 280 a.C.), bem como uma geral dependência do Êxodo em relação as fontes literárias disponíveis na Grande Biblioteca de Alexandria. Contrário às alegações que Mâneton engajou-se em polêmicas contra os judeus como uma resposta ao Êxodo, Gmirkin aponta que sua narrativa não menciona os judeus pelo nome, referindo-se, ao invés, a uma tribo de origem étnica mista conhecida como Hicsos (nome egípcio para ‘governantes dos países estrangeiros’). Além do mais, o relato de Mâneton “não mostra nenhuma consciência do relato bíblico,” e “pode ser demonstrado ter sido redigido exclusivamente sobre fontes nativas egípcias.”[17]

            Substanciais elementos do Êxodo parecem ter sido plagiados ou corrompidos a partir da Aegyptiaca. Gmirkin escreve que:
A história do Êxodo, entrementes, mostra um considerável conhecimento dos relatos de Mâneton em relação aos Hicsos e egípcios expulsos, mostrando um sistemático acordo com Mâneton em todos os detalhes favoráveis ou neutros aos judeus mas contém polêmicas precisamente naqueles pontos em Mâneton que refletiam desfavoravelmente aos judeus[18].
            Gmirkin destaca fatos cruciais os quais trazem a indagação de como o mito de “Mâneton como antissemita” veio a ser dominante por tanto tempo, mesmo levando em consideração que a marcha do cristianismo protegeu o Êxodo da crítica por séculos. O mais contundente é o fato que “Mâneton pré-datou a Septuaginta, a primeira tradução grega dos escritos judaicos. Esta consideração cronológica somente exclui a possibilidade da influência da história do Êxodo judaico sobre o relato de Mâneton sobre os hicsos.”[19] O conhecimento explícito dos judeus em Mâneton é “realmente muito limitado.”[20] A real ligação entre os judeus de Alexandria e o relato de Mâneton parece ter sido um número de agora obscuras “tradições judaicas equiparando os hicsos com os judeus.”[21]

            Expresso de forma mais simples, os judeus foram ofendidos indiretamente por Mâneton por causa que ele apresentou um retrato negativo dos hicsos, quem os judeus tinham, pelo século terceiro a.C., passado a considerar em alguns aspectos como quase ancestrais.

            Enquanto o relato de Mâneton “tinha nada a ver com os judeus e não foi dependente da tradição do Pentateuco,” ele de fato pôs em marcha um relato negativo dos hicsos no Egito[22]. Utilizando antigas listas de reis, a vida do último faraó Nectanebo II e a mais antiga Aegyptiaca de Hecateu de Abdera, Mâneton descreveu os hicsos como “invasores de uma raça obscura” que tinha trazido desgraças e pragas em seu rastro após a infiltração deles no Delta.[23] A arqueologia moderna tem sido capaz de determinar que os hicsos eram um povo híbrido combinando linhagens semitas ocidentais (canaanitas), indo-arianas, e asiática ocidental. Independente de se os judeus de Alexandria tinham ligações genéticas significantes com os hicsos, nós sabemos que os últimos foram expelidos do Egito duas vezes e mais tarde se estabeleceram “em Jerusalém e na Judeia geográfica.”[24] Talvez mesmo mais importante é o fato que por mais de dois mil anos os judeus têm tomado o relato de Mâneton como um insulto direto, evidência, se nada mais, da própria crença em alguma forma de conexão com os hicsos.

            Em relação a Mâneton, os compositores do Êxodo empregaram “um padrão previsível, consistente e sistemático nos pontos de semelhança e contradição violenta.”[25] Ambos relatos apresentam os judeus/hicsus como estrangeiros no Egito, e que são em alguma forma compelidos a saírem por causa das autoridades ou circunstâncias. Ambos relatos localizam a ação na fronteira oriental do Egito. Ambas referenciam o crescimento demográfico e a crescente influência de estrangeiros no Egito, bem como a contemporânea presença de pragas. Gmirkin explica estas similaridades ao assinalar que “os autores da história do Êxodo judaico escolheram as batalhas deles cuidadosamente, aceitando o quadro básico do relato de Mâneton, aceitando quaisquer detalhes que eram considerados inofensivos, mas elevando à defesa dos judeus em cada ponto de honra.”[26] Geralmente falando, “o Pentateuco aceitou tanto quanto possível do relato de Mâneton, devido a autoridade e reputação de Mâneton.”[27] Onde os escritores do relato bíblico necessitaram de corpo para a versão deles com referências à história egípcia, eles parecem ter repetidos erros já presentes em Mâneton, especialmente em relação às seções erradas da lista de antigos reis e crônicas.[28]

            Embora sucessivas gerações de intelectuais judeus tenham tido pontos controversos com antigas alegações egípcias “antissemitas” que os estrangeiros sofreram alguma forma de aflição da pele, e foram em parte exilados por causa dela, o Êxodo e outros livros do Pentateuco mostram óbvias tentativas de esquivar-se de tais inferências.  No Êxodo (4:6-7) Moisés é capaz de transformar sua mão leprosa e curar ela à vontade como um sinal mágico para o Faraó. Em Números (12:10) existe uma estranha história da breve lepra de Miriam, imposta pelo deus hebreu como uma punição por rebelião. Ambos Levítico e Números contém muitas proeminentes leis lidando com lepra. O mais condenatório de todos é talvez Deuteronômio (28:60), no qual o deus hebreu adverte os judeus que se eles alguma vez apostarem, ele iria “trazer a eles novamente as doenças do Egito.” Há, portanto, clara evidência que os compositores do Êxodo e do Pentateuco adotaram ou no mínimo reconheceram os relatos anteriores do hicsos no Egito nos quais aquela tribo estrangeira tinha sofrido alguma forma de aflição ou doença da pele durante o tempo de permanência deles.

            Pode-se perguntar qual a relevância de tal história tem para o presente. A título de resposta refiro-me às observações feitas no início deste ensaio. O Êxodo permanece um texto essencial no desenvolvimento do cenário mental judaico, moldando ideias sobre identidade, vitimização e validação. Sua recepção precoce tem também vindo a representar, na mente judaica, as origens do “antissemitismo” e o plágio de um putativo gênio judeu. Por causa da influência da cristandade em reter e reforçar o Pentateuco, e mesmo estender ele de alguma maneira na psique ocidental, a história do Êxodo tem sido imerecidamente preservada sob um tipo disfarce de camada arqueológica cultural, congelada e preservada. Nós temos na maior parte perdido o contato com o fato que ela, {a história do Êxodo}, era um ponto no tempo meramente de um repúdio tribal de um consenso esmagador. O historiador Gohei Hata tem argumentado que na época de Josefo no mínimo sete importantes escritores e intelectuais gregos ou greco-egípcios tinham publicado relatos afirmando que os judeus tinham alguma distante conexão com o Egito, que eles tinham sido banidos, que eles sofreram de uma aflição da pele, e que o próprio Moisés era um apóstata egípcio instável.[29]

            Embora nossas pessoas possam não lembrar destas crônicas, elas são extremamente familiarizadas com os contos de judeus oprimidos que são dados de alimento a elas pelas igrejas delas, e por uma Hollywood que continua a produzir ambos filmes adultos[30] e infantis[31] sobre um “heroico” Moisés despido das qualidades assassinas e psicopatas que encharcam as páginas do Pentateuco. Imagine se elas fossem ao invés confrontadas com o fato que o conto de Moisés familiar a elas é ainda mais distante da realidade do que elas poderiam imaginar, escondendo uma mais ainda sinistra história no Egito, revelando ao invés as imaginações psicóticas e febris de uma cabala de rabinos alexandrinos.

            Mesmo se Moisés nunca existiu senão como um tipo de golem espreitando nos recessos psicológicos de intelectuais que o conceberam, ele ainda retém um tipo de “realidade.” E em consideração a isto nós podemos considerar os comentários de Christian Bale, o ator galês escolhido para interpretar Moisés no filme de 2014 Exodus: Gods and Kings. Perguntado sobre o personagem que ele tinha sido convidado a interpretar, em sua própria pesquisa sobre o a figura, Bale respondeu[32] que Moisés “era ‘provavelmente esquizofrênico’ e foi um dos indivíduos mais ‘bárbaros’ que ele tinha jamais lido em sua vida.” Ele citou passagens públicas que não foram incluídas como eventos no filme: o capítulo em Números onde Moisés ordena a matança de todos os prisioneiros de guerra midianitas, salvo as garotas virgens; e a seção do Êxodo na qual Moisés pune os israelitas por adoração ao bezerro de ouro ao forçar eles a beber um líquido escaldante feito do material do ídolo antes de ordenar o abatimento de 3,000 hebreus pela transgressão. Bale encerrou seus comentários ao adicionar que “se Moisés estivesse vivo hoje, ele iria provavelmente ser julgado por crimes de guerra.”

            Questionando-nos entre escolher entre Êxodo e Mâneton, poderíamos lançar nossas mentes de volta a mais que dois milênios de história desde que ambos entraram no cânone ocidental. O êxodo ou a expulsão têm sido mostrado mais claramente na história dos judeus? A historiografia não tem sido gentil com o sacerdote egípcio, mas a história encontra ele vindicado.

Tradução e palavras entre chaves por Mykel Alexander

Notas 


[1] Nota do autor: Paul Johnson, A History of the Jews (London: Weidenfeld & Nicolson, 1987), página 26.

[2] Nota do autor: Ken Frieden, Classic Yiddish Fiction: Abramovitsh, Sholem Aleichem, and Peretz (State University of New York Press, 1995), página77.

[3] Nota do autor: Paul Johnson, A History of the Jews (London: Weidenfeld & Nicolson, 1987), páginas 22 – 23.

[4] Nota do autor: Paul Johnson, A History of the Jews (London: Weidenfeld & Nicolson, 1987), página 23.

[5] Nota do autor: Paul Johnson, A History of the Jews (London: Weidenfeld & Nicolson, 1987), páginas 26.

[6] Nota do autor: Paul Johnson, A History of the Jews (London: Weidenfeld & Nicolson, 1987), páginas 29.

[7] Nota do autor: Robert Wistrich, Antisemitism: The Longest Hatred, (London: Thames Methuen, 1991), página 5.

[8] Nota do autor: Keneth D. Roseman, Of Tribes and Tribulations (Oregon: Wipf & Stock, 2014), página 82.

[9] Nota do autor: Ernest Abel, The Roots of Anti-Semitism (Fairleigh Dickinson University Press, 1974), página 49.

[10] Nota do autor: Jewish Social Studies, Volume 47 (Inverno de 1985), página 2.

[11] Nota do autor: Robert Wistrich, Antisemitism: The Longest Hatred, (London: Thames Methuen, 1991), página 6.

[12] Nota do autor: Robert Wistrich, Antisemitism: The Longest Hatred, (London: Thames Methuen, 1991), página 5.

[13] Nota do autor: Robert Wistrich, Antisemitism: The Longest Hatred, (London: Thames Methuen, 1991), página 5.

[14] Nota do autor: Simon Schama, The Story of the Jews: Finding the Words, 1000 BCE-1492 CE (Ecco, 2014), página 93.

[15] Nota do autor: Russell Gmirkin, Berossus and Genesis, Manetho and Exodus: Hellenistic Histories and the Date of the Pentateuch (New York, T & T Clark, 2006), páginas 2-3.

[16] Nota do autor: Russell Gmirkin, Berossus and Genesis, Manetho and Exodus: Hellenistic Histories and the Date of the Pentateuch (New York, T & T Clark, 2006), página 1.

[17] Nota do autor: Russell Gmirkin, Berossus and Genesis, Manetho and Exodus: Hellenistic Histories and the Date of the Pentateuch (New York, T & T Clark, 2006), página 3.

[18] Nota do autor: Russell Gmirkin, Berossus and Genesis, Manetho and Exodus: Hellenistic Histories and the Date of the Pentateuch (New York, T & T Clark, 2006), página 3.

[19] Nota do autor: Russell Gmirkin, Berossus and Genesis, Manetho and Exodus: Hellenistic Histories and the Date of the Pentateuch (New York, T & T Clark, 2006), página 187.

[20] Nota do autor: Russell Gmirkin, Berossus and Genesis, Manetho and Exodus: Hellenistic Histories and the Date of the Pentateuch (New York, T & T Clark, 2006), página 210.

[21] Nota do autor: Russell Gmirkin, Berossus and Genesis, Manetho and Exodus: Hellenistic Histories and the Date of the Pentateuch (New York, T & T Clark, 2006), página 210.

[22] Nota do autor: Russell Gmirkin, Berossus and Genesis, Manetho and Exodus: Hellenistic Histories and the Date of the Pentateuch (New York, T & T Clark, 2006), página 188.

[23] Nota do autor: Russell Gmirkin, Berossus and Genesis, Manetho and Exodus: Hellenistic Histories and the Date of the Pentateuch (New York, T & T Clark, 2006), página 173.

[24] Nota do autor: Russell Gmirkin, Berossus and Genesis, Manetho and Exodus: Hellenistic Histories and the Date of the Pentateuch (New York, T & T Clark, 2006), página 187.

[25] Nota do autor: Russell Gmirkin, Berossus and Genesis, Manetho and Exodus: Hellenistic Histories and the Date of the Pentateuch (New York, T & T Clark, 2006), página 188.

[26] Nota do autor: Russell Gmirkin, Berossus and Genesis, Manetho and Exodus: Hellenistic Histories and the Date of the Pentateuch (New York, T & T Clark, 2006), página 188.

[27] Nota do autor: Russell Gmirkin, Berossus and Genesis, Manetho and Exodus: Hellenistic Histories and the Date of the Pentateuch (New York, T & T Clark, 2006), página 188.

[28] Nota do autor: Russell Gmirkin, Berossus and Genesis, Manetho and Exodus: Hellenistic Histories and the Date of the Pentateuch (New York, T & T Clark, 2006), página 211.

[29] Nota do autor: Gohei Hata, ‘The Story of Moses Interpreted within the Context of anti-Semitism,’ in Josephus, Judaism, and Christianity (Brill, 1987), página181.

[30] Fonte utilizada pelo autor: Exodus: Gods and Kings.

[31] Fonte utilizada pelo autor: The Prince of Egypt.

[32] Fonte utilizada pelo autor: “Christian Bale’s Moses in ‘Exodus’: Insecure? Schizophrenic?”, por  Naomi Pfefferman, 11/12/2014, Jewish Journal.




Sobre o autor: Andrew Joyce é o pseudônimo de um acadêmico PhD em História, especializado em filosofia, conflitos étnicos e religiosos, imigração, e questão judaica. Ele compõe o editorial do The Ocidental Quarterly e é contribuinte regular do The Occidental Observer, e assessor do British Renaissance Policy Institute.


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