Robert Faurisson |
Alguns
homens da SS confessaram que havia algumas “câmaras de gás” em Auschwitz ou em
Auschwitz-Birkenau. As três confissões mais importantes são aquelas de Rudolf
Höss, de Pery Broad e, finalmente, do Professor Doutor Johann Paul Kremer. Por
muito tempo, os exterminacionistas {aqueles que afirmam que o alegado
Holocausto realmente ocorreu} contaram especialmente com a primeira dessas
confissões: a de Rudolf Höss, que apareceu sob o título de Commandant of
Auschwitz. Eu acho que percebi, por ocasião de um recente debate histórico
na França, que os exterminacionistas {aqueles que afirmam que o alegado
Holocausto realmente ocorreu} parecem menos seguros do valor desse estranho testemunho.
Por outro lado, o testemunho de Johann Paul Kremer tem sido muito útil para
eles. Pessoalmente, eu penso que o argumento fornecido por Kremer é de fato, do
ponto de vista deles, uma arma mais valiosa do que a confissão absurda de
Rudolf Höss. Devo dizer que primeiro os britânicos e depois os poloneses
fizeram Höss falar de tal maneira que seja fácil destruir seu testemunho
simplesmente comparando o Commandant of Auschwitz com suas numerosas
declarações anteriores, entre as quais recomendo particularmente aquela de 14
de março de 1946 (Documentos NO-1210 e D-749).
Eu
irei me limitar, portanto, a estudar o que os próprios exterminacionistas
{aqueles que afirmam que o alegado Holocausto realmente ocorreu} hoje parecem
considerar como a melhor de suas armas no que diz respeito à existência e ao
uso em Auschwitz de “câmaras de gás” homicidas. Se eu adiciono este adjetivo “homicida,”
é porque existem, como você sabe, câmaras de gás não homicidas que são
impossíveis de usar para matar homens, conforme é dito que que os alemães o
fizeram. Todos os exércitos do mundo têm alguns edifícios, equipados às
pressas, para treinar seus recrutas no uso de máscaras de gás. Na França, esses
edifícios levam o nome de “chambre à gaz” (“câmara de gás”); na Alemanha, eles
são chamados de “Gaskammer” ou “Gasraum” (“Câmara de gás” ou “sala de gás”). Há
também câmaras de gás para a desinfecção de roupas, para o tratamento de frutas
e similares.
Eu
falarei, portanto, para você em alguma extensão do testemunho de Johann Paul
Kremer. Você verá como, à primeira vista, ele é preocupante, e então como, se
você analisar com um pouco de cuidado, constitui um terrível fiasco para os
Exterminacionistas {aqueles que afirmam que o alegado Holocausto realmente
ocorreu}. Eu valorizo muito o caso Kremer. Ele mostra quão frágeis são as
provas que as pessoas nos oferecem, em que extensão se deixam enganar
facilmente pelas aparências, o quanto os historiadores oficiais maltrataram os
textos e como é preciso trabalhar se você deseja, no estudo de textos, para
distinguir entre o verdadeiro e o falso, entre o significado real e a
interpretação errônea. Isso é o que é denominado crítica de texto e documento. Acontece
que é minha especialidade profissional. Eu estou, portanto, indo a infligir a
você, para meu grande pesar, um curso em “crítica de textos e documentos.” Eu peço-lhe
que me perdoe pelo modo estrito da demonstração que estou indo tentar fazer na frente
de você.
Antes
de entrar no coração do assunto, eu gostaria de compartilhar com vocês duas
observações. O primeiro vem do Dr. Butz. Lembro-me de que, em uma carta de 18
de novembro de 1979[1]
dirigida a um semanário britânico (New Statesman) sobre um longo artigo
de Gitta Sereny (2 de novembro de 1979),[2] ele fez a observação de
que é muito estranho pretender basear uma tese histórica como essa dos
terríveis massacres de milhões de seres humanos em ... confissões. Essa
afirmação é ainda mais difícil de defender quando você sabe que aquelas
confissões vieram de pessoas que foram conquistadas e que aqueles que as
obtiveram foram os conquistadores.
Minha
segunda observação é para lembrar que, nos casos de Ravensbrück, onde as
pessoas agora sabem que nunca houve qualquer “gaseamento,” os tribunais
britânicos e franceses obtiveram confissões que foram particularmente
detalhadas sobre os alegados “gaseamentos.” As pessoas nos falam sobre as três
principais confissões de Auschwitz, mas elas não nos falam mais sobre as três
principais confissões de Ravensbrück: a do comandante do campo, Suhren, a de
seu ajudante Schwarzhuber e a do médico do campo, Dr. Treite. Qual era o
tamanho daquela “câmara de gás” que nunca existiu? Resposta: nove metros por
quatro e meio metros. Você sabe onde ficava? Resposta: a cinco metros dos dois
fornos crematórios. Você sabe quantas pessoas foram gaseadas lá? De que
nacionalidade? Em que datas precisas? Você deseja saber sob cujas ordens tudo
isso foi feito, de cima a baixo na hierarquia militar e política alemã? Você
está interessado em aprender como eles usaram uma “cápsula de gás” (sic)? Você
encontrará as respostas a essas perguntas e a muitas outras enquanto lê, por
exemplo, a historiadora Germaine Tillion {1907-2008}. Essa francesa estava
internada em Ravensbrück. Depois de retornar à França, ela se tornou uma
especialista oficial na história da deportação. Ela trabalhou no mesmo famoso
CNRS (Centro Nacional de Pesquisa Científica) em Paris, onde Léon Poliakov
também trabalhou. Germaine Tillion goza na França, por razões as quais não
estou ciente, de considerável crédito moral. Sua honestidade é uma espécie de
fato estabelecido. No entanto, vários anos após a guerra, ela foi perante os
tribunais para sobrecarregar os responsáveis por Ravensbrück com suas histórias
sobre as “câmaras de gás.” Ainda mais do que seu livro sobre o campo (Ravensbrück,
Paris, Le Seuil, reimpressão de 1973, 284 páginas), deve-se ler suas “Reflexões
sobre o estudo da deportação” (“Reflexions sur 1'étude de la deportation,” no
Revue d'Histoire de la Deuxième Guerre Mondiale, julho a setembro de 1954,
páginas 3-38).
Germaine
Tillion começa fazendo algumas observações considerando o falso testemunho
sobre a deportação. Ela diz que ela tem “conhecido inúmeras pessoas com danos
mentais, meio cretinos, meio tolos, explorando uma deportação imaginária.” Ela
acrescenta que ela tinha conhecido outras pessoas que eram “autênticas deportadas,
cujas mentes doentias tinham se esforçado para ir além das coisas monstruosas
que tinham visto ou sobre as quais as pessoas tinham lhes falado e que lhes tinham
chegado.” Ela escreveu mais: “Houve até mesmo alguns editores para imprimir
algumas dessas fabricações, e algumas compilações mais ou menos oficiais para
usá-las, mas esses editores e publicadores não podem ser desculpados de forma
alguma, uma vez que a investigação mais elementar teria sido suficiente para lhes
expor o ato de engano.”
Enquanto
lendo aquelas linhas que já datam de 26 anos atrás, nós percebemos que os publicadores
e os editores desse tipo só aumentaram em número e que os Martin Grays e os
Filip Müllers ainda têm um bom futuro perante eles. Duas das três pessoas que
confessaram em Ravensbrück foram enforcadas e o Dr. Treite cometeu suicídio. O
que é horrível é que sem esta mentira sobre as “câmaras de gás” eles talvez
tivessem salvado suas vidas. A respeito de Suhren, Germaine Tillion escreveu,
na página 16, que ele começou demonstrando uma “má-fé obstinada” no decorrer de
seus dois julgamentos (um em Hamburgo, pelos britânicos e um em Rastatt, pelos
franceses); ela acrescenta esta frase terrível: “Mas, sem aquela câmara de gás
que ele criou, por sua própria iniciativa, dois meses antes do colapso, ele
talvez pudesse ter salvado sua vida”. Na nota 2 da página 17, ela escreveu a
respeito de Schwarhuber, que confessou imediatamente, essas linhas ainda mais
terríveis, sobre as quais eu peço que reflitam sobre cada palavra:
De acordo aos investigadores ingleses, desde o primeiro momento em que ele tinha fria e calmamente enfrentado a sua posição, ele julgou-se perdido e quer por ter a paz (e os pequenos privilégios a que têm direito os presos que não enganam os magistrados de instrução, quer então devido a lassidão, indiferença ou por outra razão) ele seguiu seu curso e manteve-se nele, sem consideração por si mesmo ou por seus cúmplices. Ele não era um bruto (como Binder ou Pflaum.); ele tinha uma expressão inteligente, a aparência e o comportamento de um homem psicologicamente normal.
Deixemos Ravensbrück e a confissão de Schwarzhuber por Auschwitz e a confissão de Kremer, o outro homem da SS que tinha “uma expressão inteligente,” bem como “a aparência e o comportamento de um homem psicologicamente normal.”
Tradução
e palavras entre chaves por Mykel Alexander
Continua em Confissões de homens da SS que estiveram em Auschwitz - por Robert Faurisson - parte 2
[1] Nota de Mykel Alexander: Cartas
{questionando a veracidade do alegado Holocausto} ao ‘New Statesman’ (que nunca
foram publicadas) - parte 1 - por Dr. Arthur R. Butz, 24 de abril de 2021, World
Traditional Front.
https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2021/04/cartas-questionando-veracidade-do.html
- Cartas {questionando a veracidade do alegado
Holocausto} ao ‘New Statesman’ (que nunca foram publicadas) - parte 2 - por
Richard Verrall, 30 de maio de 2021, World Traditional Front.
http://worldtraditionalfront.blogspot.com/2021/05/cartas-questionando-veracidade-do.html
- Cartas {questionando a veracidade do alegado
Holocausto} ao ‘New Statesman’ (que nunca foram publicadas) – parte 3 – por
Robert Faurisson, 06 de junho de 2021, World Traditional Front.
http://worldtraditionalfront.blogspot.com/2021/06/cartas-questionando-veracidade-do.html
Todas
as três cartas traduzidas do inglês ao português por Mykel Alexander a partir
de: Letters to the “New Statesman”, por Arthur R. Butz, The Journal of
Historical Review, inverno de 1982 (Vol. 1, nº 2), página 153.
http://www.ihr.org/jhr/v01/v01p153_Butz.html
[2] Nota de Mykel Alexander: Ver: Os
Homens que “passaram o pano” para Hitler {com análise crítica revisionista} -
Por Gitta Sereny, 29 de julho de 2021, World Traditional Front.
https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2021/07/os-homens-que-passaram-o-pano-para.html
Traduzido
do inglês ao português por Mykel Alexander a partir de: Gitta Sereny, The men
who whitewash Hitler, New Statesman, de 2 de novembro de 1979.
Fonte: Confessions of SS men who were at Auschwitz,
por Robert Faurisson, The Journal for Historical Review, verão de 1981,
volume 2, nº 2, página 103.
http://www.ihr.org/jhr/v02/v02p103_Faurisson.html
Sobre o autor: Robert
Faurisson (1929-2018), teve por anos sido o líder revisionista sobre o tema do
alegado Holocausto.
Formou-se em Sorbonne, Paris, em Letras Clássicas (Latim e Grego) obtendo o seu
doutorado em 1972, e serviu como professor associado na Universidade de Lyon na
França de 1974 até 1990. Ele é reconhecido como especialista de análise de
textos e documentos. Depois de anos de pesquisa privada e estudo, o Dr.
Faurisson fez pública suas visões céticas sobre a história de exterminação no
Holocausto em artigos publicados em 1978 no diário francês Le Monde.
Seus escritos sobre a questão do Holocausto têm aparecido em vários livros e
numerosos artigos acadêmicos e foi um frequente contribuidor do The
Journal of Historical Review. Por suas pesquisas sofreu muitas perseguições
pela patrulha judaico-sionista ou pelas patrulhas àquelas vinculadas, além de
um atentado contra sua vida no qual lhe deixou hospitalizado, porém manteve
sempre em primeiro lugar seu compromisso para com a busca pela verdade durante
toda sua vida, mantendo-se em plena atividade investigativa até a data de seu
falecimento.
Mémoire en défense
(contre ceux qui m'accusent de falsifier l'Histoire: la question des chambres à
gaz),
Editora La vieille taupe , 1980.
Réponse à Pierre
Vidal-Naquet. Paris: La Vieille Taupe, 1982.
Réponse à Jean Claude
Pressac Sur Le Problème Des Chambres à Gaz, Editora R.H.R.,
1994.
Quem escreveu o diário de
Anne Frank (em português impresso pela Editora Revisão).
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Relacionado, leia também:
As câmaras de gás: verdade ou mentira? - parte 1 - por Robert Faurisson (primeira de seis partes, as quais são dispostas na sequência).
A Mecânica do gaseamento - Por Robert Faurisson
O “problema das câmaras de gás” - Por Robert Faurisson
As câmaras de gás de Auschwitz parecem ser fisicamente inconcebíveis - Por Robert Faurisson
A mentira a serviço de “um bem maior” - Por Antônio Caleari
O valor do testemunho e das confissões no holocausto - parte 1 - Por Germar Rudolf (primeira de três partes, as quais são dispostas na sequência).
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