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Mark Weber |
Uma resposta comum para expressões do ceticismo sobre a
história do Holocausto é dizer alguma coisa como “E sobre Nuremberg? E sobre os
julgamentos e toda evidência?!” Esta reação é compreensível por causa que os
muitos julgamentos de “crimes de guerra” do pós-guerra têm dado explícita
autorizada legitimidade judicial para a estória de extermínio do Holocausto.
De longe o mais importante destes foi o grande julgamento
de Nuremberg de 1945-1946, oficialmente conhecido como Tribunal Militar
Internacional (IMT). Os governos dos Estados Unidos, da União Soviética,
Grã-Bretanha e França colocaram em julgamento a maioria dos proeminentes
líderes alemães sobreviventes como “Principais Criminosos de Guerra” por vários
“crimes de guerra,” “crimes contra a paz,” e “crimes contra humanidade.” Nas
palavras da Carta do Tribunal, estes “conspiradores nazistas” realizaram seus
crimes como parte de um grande “Plano Comum ou Conspiração.”
Em adição, doze julgamentos de Nuremberg secundários
(NMT) organizados só pelo governo dos EUA foram conduzidos entre 1946 e 1949.
Similares julgamentos foram também conduzidos pelos britânicos em Lüneburg e
Hamburgo, e pelos Estados Unidos em Dachau. Desde então, muitos outros
julgamentos relacionados ao Holocausto têm sido mantidos na Alemanha Ocidental,
Israel e Estados Unidos, incluindo os altamente divulgados de Adolf Eichmann e
John Demjanjuk em Jerusalém.
O tratamento dos tempos de guerra dos alemães aos judeus
figurou proeminentemente nos julgamentos de Nuremberg. Na condenação deles aos
réus, os Aliados deram ênfase especial ao alegado extermínio de seis milhões de
judeus europeus. O promotor chefe dos EUA Robert H. Jackson, por exemplo,
declarou em seu discurso de abertura para o Tribunal:
Os mais selvagens e
numerosos crimes planejados e cometidos pelos nazistas foram aqueles contra os
judeus... É meu propósito mostrar um plano e projeto, para o qual todos os
nazistas estavam fanaticamente comprometidos, aniquilar o povo judeu como um
todo... A conspiração ou plano comum para exterminar os judeus foram... metódica
e completamente perseguidos... a história não registra um crime perpetrado
jamais contra tantas vítimas ou jamais um realizado com tal crueldade
calculada.
Ecoando estas palavras, o promotor chefe britânico Sir
Hartley Shawcross declarou em seu discurso final para o Tribunal:
Existe um grupo para o
qual o método de aniquilação foi aplicado em uma escala tão imensa que é meu
dever referir separadamente à evidência. Eu quero dizer o extermínio dos
judeus. Se não houvesse outro crime contra estes homens [os réus], este único
somente, no qual todos eles estavam implicados, seria suficiente. A história
não contém nenhum paralelo a estes horrores.
Quão convincente foi a evidência apresentada em Nuremberg
para substanciar tais palavras condenatórias? Como responderam os réus às
acusações?
Enquanto muito dos testemunhos específicos e documentação
apresentado nestes julgamentos têm sido tratados em outros artigos do Jornal {for Historical Review}, aqui nós iremos dar uma olhada mais de perto
na confiabilidade das evidências citadas em Nuremberg e outras estórias mais de
extermínio do Holocausto. Este capítulo também foca sobre o caráter básico
destes julgamentos, os quais têm desempenhado um importante papel “legitimando”
a história do Holocausto.
Justiça
Política
O empreendimento de Nuremberg violou antigos e
fundamentais princípios da justiça. Os vitoriosos Aliados atuaram como
procurador, juiz e executor dos líderes alemães. As acusações foram criadas
especialmente para a ocasião, e foram aplicadas somente para os completamente vencidos. Derrotada, faminta e
prostrada, a Alemanha, contudo, não estava em nenhuma posição para se opor a
quaisquer das demandas das forças de ocupação Aliadas.
Conforme mesmo algumas figuras de liderança Aliada
reconheceram privadamente na época, os julgamentos de Nuremberg foram
organizados não para dispensar justiça imparcial, mas para propósitos políticos.
Sir Norman Birkett, juiz suplente britânico no Tribunal de Nuremberg, explicou
em uma carta privada em abril de 1946 que “o julgamento é somente em forma um
processo judicial e sua principal importância é política.”
Robert Jackson, o promotor chefe e um ex-Procurador Geral
dos EUA, declarou que o Tribunal de Nuremberg “é uma continuação dos esforços
de guerra das nações Aliadas” contra a Alemanha. Ele adicionou que o Tribunal
“não está vinculado pelos refinamentos materiais e processuais de nosso
respectivo sistema judicial ou constitucional...”
O juiz Lola T. Nikitchenko, que presidiu a sessão solene
de abertura do Tribunal, foi vice-presidente da suprema corte da URSS antes e
depois de seus serviços em Nuremberg. Em agosto de 1936 ele tinha sido um juiz
no infame show de Moscou do julgamento de Zinoviev e Kamenev. Numa conferência de
planejamento conjunto pouco antes da convocação do Tribunal de Nuremberg,
Nikitchenko descuidadamente explicou a visão soviética do empreendimento:
Nós estamos lidando aqui
com os principais criminosos de guerra que têm já sido condenados e cuja
condenação têm sido já anunciada por ambas as declarações de Moscou e Crimeia
[Yalta] pelos líderes dos governos [Aliados]... A ideia inteira é assegurar uma
rápida e justa punição para o crime...
O fato que os líderes
nazistas são criminosos tem já sido estabelecido. A tarefa do Tribunal é
somente determinar a medida de culpa de cada pessoa particular e mensurar a
necessária punição – as sentenças.
O indicativo da natureza
grandemente política dos processos de Nuremberg foi o importante papel judaico
em organizar estes julgamentos. Nahum Goldmann, uma vez presidente de ambos
Congresso Mundial Judaico e Organização Mundial Sionista, reportou em suas
memórias que o Tribunal de Nuremberg foi uma cria do cérebro dos oficiais do
Congresso Mundial Judaico. Somente depois de persistente esforço os oficiais do
Congresso Mundial Judaico estavam aptos a persuadir os líderes aliados a
aceitar a ideia, ele adicionou.
O Congresso Mundial Judaico também desempenhou um importante,
mas menos óbvio papel nos procedimentos do dia a dia. Acima de tudo, a poderosa,
mas reservada organização assegurou que a perseguição aos judeus na Alemanha
era o foco primário dos julgamentos, e que os réus foram punidos pelo
envolvimento deles naquele processo.
Dois oficiais judeus no Exército dos EUA – o
tenente-coronel Murray Bernays e o coronel David “Mickey” Marcus –
desempenharam papeis fundamentais no empreendimento de Nuremberg. Nas palavras
do historiador Robert Conot, Bernays era “o espírito guia conduzindo o caminho
para Nuremberg.” Bernays, um advogado bem-sucedido em Nova Iorque, persuadiu o
Secretário de Guerra Henry Stimson e outros a aceitar a ideia de colocar os
líderes alemães derrotados em julgamento.
Marcus, um fervente sionista, tornou-se o “homem número
três em fazer a política americana” na Alemanha ocupada. Como chefe da Seção
americana de Crimes de Guerra do governo dos EUA em 1946 e 1947, ele selecionou
quase todos os juízes, promotores e advogados para os julgamentos NMT de
Nuremberg. (Ele tornou-se posteriormente um comandante das forças militares
sionistas “Haganah” na Palestina.
Alguns dos americanos que participaram nos julgamentos de
Nuremberg tornaram-se desiludidos com o negócio inteiro. Um dos poucos a fazer
público seus sentimentos foi Charles F. Wennerstrum, um juiz da Suprema Corte
de Iowa que serviu como juiz presidente no julgamento de Nuremberg dos generais
alemães. “Se eu tivesse sabido sete meses antes o que eu sei hoje, eu nunca
teria vindo aqui,” ele declarou imediatamente após as sentenças serem
pronunciadas. “Os altos ideais anunciados como os motivos para a criação destes
tribunais não têm sido evidentes,’ ele adicionou.
Wennerstrum cautelosamente se refere ao extenso
envolvimento judaico nos processos de Nuremberg. “A inteira atmosfera aqui é
insalubre... os advogados, funcionários, interpretes e pesquisadores que foram
empregados tornaram-se americanos somente nos anos recentes, cujos antecedentes
foram embutidos nos ódios e preconceitos da Europa.” Ele criticou o tratamento
unilateral das evidências. “A maioria das evidências nos julgamentos foi
documental, selecionada de uma grande tonelagem de registros capturados. A
seleção foi feita pela acusação. A defesa tinha acesso somente àqueles
documentos os quais a acusação considerou relevante ao caso.” Ele concluiu que
“os julgamentos foram para ter convencido os alemães da culpa dos líderes
deles. Eles convenceram os alemães meramente que os líderes deles perderam a
guerra para conquistadores difíceis.” Wennerstrum deixou Nuremberg “com um
sentimento que a justiça tinha sido negada.”
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{Charles F. Wennerstrum (1889-1986), juiz americano, foi um dos poucos a se manifestar sobre a influência judaica nos julgamentos de Nuremberg, além das medidas unilaterais: “A inteira atmosfera aqui é insalubre... os advogados, funcionários, interpretes e pesquisadores que foram empregados tornaram-se americanos somente nos anos recentes, cujos antecedentes foram embutidos nos ódios e preconceitos da Europa.” (Crédito da foto Iowa Judicial Branch.)
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Um
jurista dos mais importantes foi consternado pelo processo de Nuremberg. O Juiz
Chefe da Suprema Corte Harlan Fiske Stone observou com irritação: “[O
promotor-chefe] Jackson está sempre conduzindo sua festa de linchamento em alto
grau em Nuremberg. Eu não me importo o que ele fez aos nazistas, mas eu odeio
ver o fingimento que ele está executando um tribunal e procedendo de acordo com
a lei comum. Isto é um pouco demais santimonial, uma fraude para bater de
frente com minhas ideias antiquadas.” Em uma carta privada ele mais tarde
escreveu: “... Eu me pergunto como alguns daqueles que presidem nos julgamentos
iriam justificar alguns dos atos dos seus próprios governos se eles fossem
colocados no status de acusados.” Em outra ocasião Stone especificamente se
perguntou “se, sobre esta nova doutrina de direito internacional [de
Nuremberg], se nós fossemos derrotados, os vitoriosos poderiam plausivelmente
afirmar que nosso fornecimento à Grã-Bretanha de cinquenta destroieres [1940]
foi um ato de agressão...”.
No Congresso, o representante dos EUA Lawrence H. Smith
do Wisconsin declarou: “Os julgamentos de Nuremberg são tão repugnantes para os
princípios de justiça anglo-saxão que nós devemos para sempre estar
envergonhado desta página em nossa história... A farsa de Nuremberg representa
uma aplicação política de vingança no seu pior.” Outro congressista, John
Rankin do Mississipi, afirmou: “Como um representante do povo americano eu
desejo dizer que o que está ocorrendo em Nuremberg, Alemanha, é uma desgraça
para os Estados Unidos... Uma minoria racial, dois anos e meio após a guerra
terminada, está em Nuremberg não somente enforcando soldados alemães mas
julgando empresários alemães em nome dos Estados Unidos.”
Provavelmente a mais corajosa condenação foi pelo Senador
Robert A. Taft dos EUA, considerando amplamente como a “consciência do partido
Republicano.” Sob o considerável risco à sua carreira política, ele denunciou o
empreendimento Nuremberg em um discurso em outubro de 1946. “O julgamento dos
derrotados pelos vitoriosos não pode ser imparcial não importa o quão
condicionado ele é com as formas de justiça.” Ele disse. Taft prosseguiu:
Sobre este inteiro
julgamento há o espírito de vingança, e vingança raramente é justiça. O
enforcamento de onze homens culpados irá ser uma marca no registro americano a
qual nós iremos por muito tempo nos arrepender. Nestes julgamentos nós temos
aceitado a ideia russa do propósito dos julgamentos – medida política
governamental e não justiça – com pouca relação à herança anglo-saxônica. Por
vestir medidas políticas em formas de procedimentos legais, nós colocamos em
muito descrédito a inteira ideia de justiça na Europa por anos a vir.
Milton R. Konvitz, um especialista judeu de direito e da
administração pública que ensinou na New York University, advertiu na época que
o Tribunal de Nuremberg “despreza muitos dos mais básicos pressupostos dos
processos judiciais.” Ele continuou: “Nossas medidas políticas com respeito aos
nazistas não é consistente com o direito internacional nem com a nossa própria
política do Departamento de Estado... Os julgamentos constituem uma real ameaça
às básicas concepções de justiça as quais têm tomado milhares de anos da
humanidade para se estabelecer.”
Nos anos desde então, distintas figuras de ambos Estados
Unidos e outros países têm expressado similares visões. O juiz da Suprema Corte
William O. Douglas escreveu: “E pensei na época e ainda penso que os
julgamentos de Nuremberg foram sem princípios. O Direito foi criado a partir do
ex post facto {fora do rescaldo} para se portar adequadamente à paixão e clamor
da época.”
O Contra-Almirante dos EUA H. Lamont Pugh, ex-médico
militar geral da Marinha e comandante oficial do Centro Médico Naval Nacional,
escreveu: “Eu achei os julgamentos em geral confinados na loucura
internacional. Eu achei particularmente infeliz, inapropriado, doentiamente
concebido e ingenuamente injudicioso que os Estados Unidos deveriam ter sido
escalados no papel de liderança como promotores e implementadores dos
julgamentos dos participantes ou dirigentes alemães.”
Outra grave acusação sobre o julgamento de Nuremberg
apareceu mais recentemente nas páginas do liberal New Republic:
A inteira majestade da
herança ocidental do direito foi usada para subverter essa herança no Tribunal
de Nuremberg. Juristas de peso em cada país ocidental (mas não a Rússia) protestaram
contra esse grotesco travesti do sistema legal ocidental. Assim fizeram os
historiadores. Assim fizeram meramente homens e mulheres cultos. Se os
vitoriosos foram “julgar” os completamente derrotados por crimes de guerra,
então eles deveriam julgar eles mesmos por frequentemente cometer os mesmos
crimes. Quem julgaria o Marechal do Ar [britânico] Sir Arthur Travers “Bomber”
Harris, o arquiteto das medidas implementadas de bombardeio de saturação nas
cidades alemãs? Mas não era somente uma questão de nossos “crimes de guerra.”
Se foi certo usar o aparato da lei para punir aqueles responsáveis pelos
excepcionais crimes como o Holocausto, foi errado usá-lo para punir erros de
julgamento e política tal como todo regime derrotado parece ter cometido. “Nós
usamos os métodos do inimigo” – e os usamos na paz em Nuremberg.
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{Henry Jones Fairlie (1924-1990), jornalista britânico: “'Nós usamos os métodos do inimigo'” – e os usamos na paz em Nuremberg.” Crédito da foto Nancy Crampton via The New York Times.} |
Enquanto os julgamentos de Nuremberg estavam em
andamento, e por algum tempo depois, houveram muitas falas sobre a validade
universal do novo código legal estabelecido lá. Uma nova época de justiça
internacional tem começado, foi alegado. Muitos acreditaram sinceramente que as
quatro potências aliadas iriam elas mesmas conformarem-se aos padrões do
Tribunal.
Conforme isso aconteceu, nenhuma das quatro potências que
participaram no Tribunal jamais fizeram o menor esforço para aplicarem os
princípios tão solene e hipocritamente proclamados em Nuremberg ou para com
seus próprios líderes ou para aqueles de qualquer outro país.
Nenhum líder soviético foi executado pelas intervenções
militares na Hungria em 1956 ou Tchecoslováquia em 1968. Nenhum líder britânico
foi colocado em julgamento pela invasão britânica do Egito em outubro de 1956.
O Presidente Eisenhower não foi julgado por sua invasão do Líbano em 1958. O
Presidente Kennedy não foi enforcado por sua malfadada invasão de Cuba da “Baía
dos Porcos” em 1962. O Presidente Johnson nunca foi chamado para prestar contas
judiciais por sua conduta na guerra do Vietnam ou pela sua invasão na República
Dominicana. O Presidente Nixon não foi trazido perante um tribunal por sua armada
“incursão” no Camboja.
Quando os oficiais vietnamitas (do Norte) ameaçaram em
1966 colocar em julgamento aviadores dos EUA capturados, o senador dos EUA
Everett Dirksen foi levado a observar que os julgamentos de Nuremberg “podem
ter sido um erro pavoroso.”
Um
padrão duplo
Ao conduzir os julgamentos de Nuremberg, os governos
Aliados violaram eles mesmos a lei internacional. Por um lado, o tratamento
deles aos réus alemães e aos prisioneiros militares que testemunharam violou os
artigos 56, 58 e outros da Convenção de Genebra de julho 1929.
Justiça – oposta à vingança – é um padrão que é aplicado
imparcialmente. Em Nuremberg, no entanto os padrões de “justiça” foram
aplicados somente aos vencidos. As quatro potências que sentaram no julgamento foram
elas mesmas culpadas de muitos crimes que elas acusaram os líderes alemães de
cometerem.
O promotor chefe dos EUA Robert Jackson privadamente reconheceu em uma carta ao
Presidente Truman que os Aliados:
Têm feito ou estão
fazendo algumas das muitas coisas as quais nós estamos acusando os alemães. Os
franceses estão violando a Convenção de Genebra no tratamento aos prisioneiros
de guerra [alemães], que nosso comando está tomando de volta os prisioneiros
enviando para eles [para o trabalho forçado na França]. Nós estamos processando
saques e nossos Aliados estão praticando-os. Nós dizemos que guerra agressiva é
um crime e um de nossos aliados afirma soberania sobre os Estados Bálticos
baseado em nenhum título exceto a conquista.
Em violação da primeira consideração de Nuremberg de
“planejar, preparar, iniciar ou empreender uma guerra de agressão,” a União
Soviética atacou a Finlândia em dezembro de 1939 (e foi expelida da Liga das
Nações como resultado). Uns poucos meses depois o Exército Vermelho invadiu a
Lituânia, Letônia e a Estônia, e implacavelmente incorporou eles na União
Soviética. O governo francês do pós-guerra violou a lei internacional e a
acusação de Nuremberg de “maltrato aos prisioneiros de guerra” por empregar um
grande número de prisioneiros de guerra alemães como trabalhadores forçados na
França. Em 1945 os Estados Unidos, Grã-Bretanha e União Soviética concordaram
em conjunto com a brutal deportação de mais de dez milhões de alemães de seus
antigos lares na Europa central e oriental, uma violação da consideração de
Nuremberg de “deportação, e outros atos inumanos cometidos contra qualquer população
civil.”
Enquanto os promotores aliados acusaram os réus com um
“crime contra a paz” em planejar a invasão alemã da Noruega em 1940, o governo
britânico, afinal, teve de admitir que a Grã-Bretanha e a França foram elas
próprias culpadas do mesmo “crime” em preparar uma invasão militar da Noruega,
com o nome código “Stratford,” antes do movimento alemão. E em agosto de 1941,
Grã-Bretanha e União Soviética invadiram e ocuparam o Irã, uma nação neutra.
Dado este registo, é difícil se surpreender porquê os
quatro governos que organizaram o Julgamento de Nuremberg de 1945-1946
incluíram nenhuma definição de “agressão” na Carta do Tribunal.
Mikhail Vozlenski, um historiador soviético que serviu
como um tradutor no Tribunal de Nuremberg em 1946, posteriormente recordou que
ele e outros funcionários soviéticos sentiram-se fora do lugar lá por causa que
os alegados crimes dos líderes alemães eram “a norma de nossa vida” na União
Soviética. O papel soviético nos processos, os quais os
Estados Unidos apoiaram completamente, moveu o diplomata americano e
historiador George F. Kennan a condenar o inteiro empreendimento de Nuremberg
como um “horror” e uma “zombaria”.
O duplo padrão em Nuremberg foi condenado na época pelo
semanário britânico The Economist.
Ele destacou que enquanto ambas Grã-Bretanha e França tinham apoiado a expulsão
da União Soviética da Liga das Nações em 1939 por seu não provocado ataque
contra a Finlândia, apenas seis anos depois estes mesmos dois governos estavam
cooperando com a URSS como um respeitado equivalente em Nuremberg. O editorial
do Economist prosseguiu “Nem deveria
o mundo ocidental consolar a ele próprio que os russos somente já ficam nas
barras da própria justiça dos Aliados,”. Ele continuou:
... Entre os crimes
contra a humanidade está a ofensa do indiscriminado bombardeamento das
populações civis. Podem os americanos que soltaram a bomba atômica e os
britânicos que destruíram as cidades da Alemanha ocidental pleitear “não culpa”
nesta conta? Crimes contra a humanidade também incluem a expulsão em massa das
populações. Podem os líderes anglo-saxões que em Postdam darem por reparada a
falta deles mantidas completamente inocentes da expulsão de milhões de alemães
dos lares?... As nações sentando no julgamento [em Nuremberg] têm tão
claramente proclamado elas mesmas isentas da lei a qual elas têm administrado.
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{"As nações sentando no julgamento [em Nuremberg] têm tão claramente proclamado elas mesmas isentas da lei a qual elas têm administrado." Editorial do então centenário periódico britânico The Economist, 5 de outubro de 1946, página 532.}
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Um oficial com a administração militar de ocupação dos
EUA na Alemanha comentou: “Quão boa é a moral de elevada estatura enunciada em
Nuremberg se os americanos têm concordado com tais coisas como deportação, em
documentos os quais trazem assinaturas oficiais, e as quais, portanto, dão aos
Aliados o direito legal para fazer as coisas as quais em Nuremberg eles
descrevem como moral?” Se as normas do Tribunal de Nuremberg têm sido aplicadas
para os vitoriosos da Segunda Guerra Mundial, o general americano e supremo comandante
Aliado na Europa Dwight Eisenhower teria sido enforcado. Ao fim da guerra
Eisenhower ordenou que os prisioneiros alemães em custódia militar americana
eram para não mais serem tratados de acordo com a Convenção de Genebra sobre
tratamento de prisioneiros de guerra. Esta violação da lei internacional
removeu massas de alemães da proteção internacional da Cruz Vermelha (ICRC), e
condenou centenas de milhares deles para a lenta morte por fome e doença.
Talvez nada melhor ilustre o caráter essencialmente
injusto dos procedimentos de Nuremberg do que o tratamento de Rudolf Hess, o
vice de Hitler. Ele foi sentenciado a prisão perpétua mesmo embora ele somente,
entre as figuras de liderança dos países envolvidos na Segunda Guerra Mundial,
arriscou sua vida num perigoso, mas infrutífero, esforço para concluir a paz
entre duas das nações em guerra. O historiador britânico A. J. P. Taylor uma
vez resumiu sucintamente a injustiça do caso Hess e, por implicação, do inteiro
empreendimento de Nuremberg:
Hess veio para este país
em 1941 como um embaixador da paz. Ele veio com a ... intenção de restaurar a
paz entre a Grã-Bretanha e a Alemanha. Ele atuou em boa fé. Ele caiu em nossas
mãos e foi muito injustamente tratado como um prisioneiro de guerra. Depois da
guerra, nós devíamos ter liberado ele. Ao invés, o governo Britânico da época
enviou ele para ser julgado perante o Tribunal Internacional de Nuremberg...
Nenhum crime tinha sido jamais provado contra Hess... Tanto quanto os registros
mostram, ele nunca esteve nem mesmo em uma das discussões secretas na qual
Hitler explicou seus planos de guerra.
O
problema das evidências
Os Aliados vitoriosos limparam intensa e completamente a
Alemanha por cada pedaço de papel que pudesse ser usado para incriminar o
regime derrotado. Nunca antes ou desde então tinham os registros de uma nação
sido tão completamente saqueados. Em adição aos documentos oficiais do governo,
incluindo incontáveis documentos secretos traçando a política alemã dos
assuntos judaicos do tempo de guerra, os Aliados confiscaram os registros do Partido
Nacional Socialista e suas organizações afiliadas, assim como aqueles dos
indivíduos, instituições e numerosas firmas de negócios privados. A total
quantidade de papeis confiscados é deixar cambaleante. Por exemplo, os
registros do Ministério Exterior Alemão confiscado pelos oficiais dos EUA somam
cerca de 485 toneladas de papel.
A partir desta montanha de papel, somente o pessoal
militar dos EUA selecionou dois mil documentos considerados os mais
incriminadores para uso no principal julgamento de Nuremberg. As toneladas de
registros confiscados foram posteriormente embarcadas para os EUA. É estimado
que no Arquivo Nacional dos EUA somente, mais que um milhão de páginas de
documentos das medidas políticas do Terceiro Reich em relação aos judeus estão
no arquivo. Muitas centenas destes documentos de Nuremberg têm desde então sido
publicadas, mais notadamente pelo governo dos EUA na “blue series”, em 42
volumes, dos registros do principal julgamento de Nuremberg, na “green series”,
em 15 volumes, registro da “segunda série” dos julgamentos de Nuremberg, e na
“red series” de 11 volumes.
É como se governos hostis aos Estados Unidos fossem
confiscar os arquivos supersecretos do Pentágono e da CIA, e então
seletivamente publicaram os mais embaraçosos e incriminadores documentos desta
vasta coleção.
Nos anos desde os julgamentos de Nuremberg, historiadores
de muitos países diferentes têm cuidadosamente peneirado através dos registros
alemães, incluindo incontáveis documentos que não estavam disponíveis para os
promotores de Nuremberg. Historiadores têm sido capazes de comparar e cruzar os
registros de diferentes ministérios e agências, assim como de numerosos diários
privados e papéis.
E ainda, fora desta grande massa de papéis, nem um único
documento tem jamais sido encontrado que confirme ou mesma se refira para um
programa de extermínio. Um número de historiadores tem comentado sobre este
notável “rombo” nas evidências. O historiador franco-judaico Leon Poliakov, por
exemplo, observou em seu mais conhecido trabalho do Holocausto:
Os arquivos do Terceiro
Reich e os depoimentos e relatos de seus líderes fazem possível uma
reconstrução, até o último detalhe, da origem e desenvolvimento dos planos para
agressão, campanhas militares, e uma inteira amostra de procedimentos pelos
quais os nazistas pretenderam reformular o mundo ao gosto deles. Somente a
campanha para exterminar os judeus, no que se refere sua concepção assim bem
como muitos outros aspectos essenciais, permanece envolta em escuridão.
Nenhum documento de um plano para exterminar os judeus
tem jamais sido encontrado, ele adicionou, porquê “talvez nenhum jamais
existiu.”
Em Nuremberg, os
documentos alemães estavam em custódia dos procuradores Aliados, que não
permitiram os advogados de defesa fazerem a própria seleção deles do
material. O historiador Werner Maser
tinha observado que “milhares de documentos os quais pareciam provavelmente
incriminar os Aliados e exonerar os réus subitamente desapareceram... Há muita
evidência que documentos foram confiscados, escondidos da defesa ou mesmo
roubados em 1945.” Outros importantes documentos subitamente “desapareceram”
quando especificamente pedidos pelos advogados de defesa. Oficiais nos Arquivos
Nacionais em Washington têm confirmado para este escritor sobre várias ocasiões
que os originais de numerosos documentos de Nuremberg permanecem “perdidos” até
hoje. O Tribunal recusou permitir nas provas várias coleções de documentos
alemães e estrangeiros publicados durante a guerra como “Livros Brancos” do Escritório
Alemão de Assuntos Estrangeiros. A maioria das 1.809 declarações preparadas
pela defesa em Nuremberg nunca tem sido feita pública.
Entre os documentos que a defesa não foi permitida trazer
à luz estava o suplemento secreto do tratado germano soviético de 23 de agosto
de 1939, o qual dividiu a Europa oriental nas esferas de influência alemã e
soviética.
Depois que o Tribunal de Nuremberg pronunciou a sentença,
o Ministro de Relações Exteriores von Ribbentrop observou alguns dos obstáculos
colocados em seu caso particular:
A defesa teve nenhuma
chance justa de defender a política externa alemã. Nossa aplicação preparada
para a apresentação da evidência não foi permitida... Sem uma boa causa sendo
mostrada, metade dos 300 documentos os quais a defesa preparou não foi admitida.
Testemunhas e depoimentos foram somente admitidos depois que a acusação tinha
sido ouvida; a maioria deles foi rejeitada... Correspondência entre Hitler e
Chamberlain, relatórios de embaixadores e atas diplomáticas, etc., foram
rejeitadas. Somente a acusação, não a defesa, teve acesso aos arquivos
estrangeiros e alemães. A acusação somente procurou por documentos
incriminatórios e o uso deles foi tendencioso. Ela intencionalmente ocultou, exonerando
documentos, e retirando eles da defesa.
A Carta do Tribunal Militar Internacional permitiu o uso
de “evidência” normalmente inadmissível. O artigo 19 especificou que “O
Tribunal não irá ser vinculado por regras técnicas de prova... e irá admitir
qualquer evidência a qual julgue ter valor probatório.” O artigo 21 estipulou:
O Tribunal não irá
requerer prova dos fatos de comum conhecimento mas irá tomar notícia judicial
dos mesmos. Ele irá também tomar notícia judicial dos documentos governamentais
oficiais e relatos da Nações Unidas [Aliados], incluindo atos e documentos dos
comitês constituídos nos vários países aliados para a investigação dos crimes
de guerra, e os registros e achados dos tribunais militares e outros quaisquer
das Nações Unidas [Aliados].
Com base nestes artigos, o Tribunal aceitou como válido
as mais dúbias “evidências,” incluindo relatórios de boatos e insubstanciais
relatos das comissões “investigativas” americanas e soviéticas. Por exemplo, o
Tribunal aceitou um relatório congressional americano que “provou” assassinatos
em câmaras de gás em Dachau, e um relatório do governo polonês (apresentado
pelos EUA) que “provou” assassinatos por vapor em Treblika. (Nenhum historiador
reputado agora aceita quaisquer destas estórias.)
Em adição, o Tribunal validou relatórios soviéticos sobre
Auschwitz e Majdanek (documentos USSR-8 e USSR-29), os quais explicavam em
detalhes como os Alemães mataram quatro milhões em Auschwitz e outros um milhão
e meio em Majdanek. (Hoje em dia, nenhum reputado historiador aceita quaisquer
destes fantásticos números.)
A culpa alemã pela morte de milhares de oficiais
poloneses na floresta de Katyn, perto de Smolensk foi similarmente confirmada
pelo documento de Nuremberg USSR-54. Este relatório detalhado por ainda outra
comissão “investigativa” soviética foi apresentado como prova para a indiciação
conjunta feita pelos quatro governos aliados. Conforme um promotor soviético
explicou: “Nós achamos, na indiciação, que um dos atos criminosos mais
importantes pelo qual os maiores criminosos de guerra são responsáveis era a
execução em massa de prisioneiros de guerra poloneses alvejados na Floresta de
Katyn próximo a Smolensk pelos invasores fascistas alemães.” (Interessantemente, dois
dos oitos membros da comissão Soviética de Katyn eram também membros da
comissão soviética de Auschwitz: o acadêmico N. Burdenko e o metropolita
Nikolai.) Não foi até 1990 que o governo soviético finalmente reconheceu que o
massacre de Katyn foi realizado, não por uma unidade alemã, como “provado” em
Nuremberg, mas pela polícia secreta soviética.
É algumas vezes alegado que a evidência apresentada pela
acusação ao Tribunal de Nuremberg era tão incontrovertida que nenhum dos
advogados da defesa jamais contestaram a autenticidade ou a precisão de mesmo
um único documento de acusação. Isto não é verdade. Não
somente os advogados de defesa protestaram contra a acusação do uso de
documentos espúrios, mas alguns dos mais importantes documentos de Nuremberg
são agora geralmente reconhecidos serem fraudulentos.
Por exemplo, o advogado de defesa Dr. Boehm protestou ao
Tribunal que o documento de Nuremberg 1721-OS, o qual supostamente confirma
ataques dos S.A. contra as sinagogas
judaicas em novembro de 1938, é uma grosseira falsificação. Ele explicou suas
razões durante algum tempo.
Vários documentos baseados nas supostas “confissões em
leito de morte” do comandante de Mauthausen Franz Ziereis, são
demonstravelmente fraudulentos. (Os documentos de Nuremberg 1515-PS, 3870-OS, e
NO-1973.) Estes documentos supostamente provam sistemáticas matanças de
milhares de pessoas por gaseamento e outros meios em Mauthausen e Hartheim.
Quase quarenta anos após o Tribunal ter batido seu
veredito, o documento de Nuremberg USSR-378 foi definitivamente exposto como
uma fraude. Ele é um suposto registro de numerosas conversações privadas com
Hitler, de Hermann Rauschning, um ex-oficial Nacional-Socialista em Danzig. Em
linguagem brutal, o Führer supostamente revelou seus mais íntimos pensamentos e
planos secretos para a conquista do mundo. As “memórias” de Rauschning foram
publicadas em 1939 na Grã-Bretanha sob o nome de Hitler Speaks, e nos Estados Unidos em 1940 como The Voice of Destruction. Foi esta
edição dos EUA que foi aceita como evidência em Nuremberg como prova dos “princípios
guias do regime nazista”.
O promotor britânico Sir Hartley Shawcross e seus colegas
soviéticos citaram numerosas citações dela. O réu Baldur von Schirach contestou
sua autenticidade, mas o advogado de defesa Pelckmann (que não sabia qualquer
coisa mais) aceitou esta “evidência” como autêntica. Em 1983 o historiador
suíço Wolfgang Hänel estabeleceu que a “memoir” é inteiramente fraudulenta.
Rauschning nunca teve jamais um único encontro privado com Hitler.
Outro fraudulento documento de Nuremberg é o chamado
“protocolo Hossbach” (documento 386-OS), um suposto relato de uma conferência
de alto nível em 1937 na qual Hitler supostamente revelou seus planos secretos
para a conquista agressiva. O procurador dos EUA em Nuremberg, Sidney Alderman
chamou ele “um dos mais contundentes e reveladores de todos os documentos
capturados,” e disse ao Tribunal que ele removia quaisquer dúvidas
remanescentes sobre a culpa dos líderes alemães para os crimes deles contra a
paz. Foi em grande parte na base deste documento que Göring foi condenado à
morte.
Similarmente espúrio é o documento de Nuremberg L-3
(US-28), supostamente um relato de um belicoso discurso de Hitler para os
comandantes das forças armadas em 22 de agosto de 1939. Ele contém uma
amplamente citada declaração atribuída a Hitler, “Quem fala nos dias de hoje do
extermínio dos armênios?”.
A historiadora judaica Lucy Dawidowicz, autora de The War Against the Jews, reconheceu que
“Há também documentos do Holocausto que são direta e abertamente falsificações
e alguns que fornecem mito ao invés de fato histórico.”
Testemunhos
duvidosos
Muito da evidência para a história do Holocausto
apresentada em Nuremberg e nos subsequentes julgamentos tem sido “testemunho de
sobreviventes.” Conforme numerosos historiadores têm reconhecido, ainda que, tal
testemunho é frequentemente defeituoso.
Gerald Reitlinger advertiu os leitores de seu detalhado
estudo, The Final Solution, que a
evidência do Holocausto, incluindo os documentos e testemunhos de Nuremberg,
não podem ser aceitos como valor de face: “Um certo grau de reserva é
necessário em manipular todo este material, e particularmente isto se aplica
para a última seção (narrativas de sobreviventes) ... O judeu da Europa
oriental é um retórico natural, falando em símiles floridos.” O historiador francês
Jean-Claude Pressac igualmente advertiu em seu detalhado livro sobre Auschwitz
que “extremo cuidado é requerido com os testemunhos dos sobreviventes...”
A historiadora judia Hannah Arendt observou em seu livro Eichmann in Jerusalem que as
“testemunhas oculares” que testemunharam no julgamento de Adolf Eichmann, de
1961 em Jerusalém, foram somente capazes raramente de distinguir entre o que
realmente aconteceu a eles anteriormente e o que eles tinham lido, ouvido ou
imaginado neste meio tempo. A historiadora do
Holocausto Lucy Dawidowicz similarmente observou que “a memória dos
sobreviventes é frequentemente distorcida pelo ódio, sentimentalismo, e a
passagem do tempo. Sua perspectiva sobre os eventos externos é frequentemente
alterada abruptamente pelos limites de sua experiência pessoal.”
O historiador francês Germain Tillion, uma especialista
no período da Segunda Guerra Mundial, tem advertido que os ex-internos dos
campos que mentem são, de fato,
Muito mais numerosos que
as pessoas geralmente supõem, e um assunto como aquele do mundo dos campos de
concentração – bem designado, infelizmente, para estimular imaginações
sadomasoquistas – ofereceu a eles um excepcional campo de ação. Nós temos
conhecido numerosas pessoas mentalmente avariadas, metade vigaristas e metade
tolos, que exploraram uma deportação imaginária. Nós temos conhecido outros
deles – autênticos deportados – cujas mentes doentes esforçaram-se mesmo em ir
além das monstruosidades que eles tinham visto ou que pessoas disseram que
aconteceram a elas.
O historiador judeu Samuel Gringauz, que foi ele próprio
um interno no gueto de Kaunas (Lituânia) durante a guerra, criticou o que ele
chamou a “hiperhistórica” natureza da maioria dos “testemunhos de sobreviventes”
judeus. Ele escreveu que “as mais exageradas memórias e relatos são cheios de
verbosidades preposteras, exageradas escritas insanas, efeitos dramáticos,
superestimada auto presunção, filosofar diletante, pretenso lirismo, rumores
não verificados, parcialidade, ataques partidários e apologias.”
Shmuel Krakowki, diretor de arquivos do centro do
Holocausto do governo israelense, Yad Vashem, confirmou em 1986 que mais que
10.000 dos 20.000 “testemunhos” dos “sobreviventes” judeus no arquivo são “não
confiáveis.” Muitos sobreviventes, querendo “ser parte da história” podem ter
deixado a imaginação deles correr à vontade com eles, Krakowski disse. “Muitos
nunca estiveram nos lugares onde eles alegaram ter testemunhado atrocidades,
enquanto outros basearam-se em informação de segunda mão dado a eles por amigos
ou estranhos transeuntes,” Ele confirmou que muitos dos testemunhos no arquivo
Yad Vashem foram posteriormente provados serem não acurados quando localizações
e datas não puderam passar na avaliação de um historiador especialista.
Nós sabemos agora que testemunhas no principal julgamento
de Nuremberg deram falso testemunho. Talvez o mais óbvio foram as três
testemunhas que ostensivamente confirmaram a culpa alemã pelo massacre de Katyn
dos oficiais poloneses.
Stephen F. Pinter de St. Louis, Missouri, serviu como
advogado de acusação do Exército dos EUA de janeiro de 1946 a julho de 1947 nos
julgamentos americanos dos alemães em Dachau. Ao todo, cerca de 420 alemães
foram sentenciados à morte nestes julgamentos de Dachau. Em um depoimento em
1960 Pinter afirmou que “notoriamente testemunhos perjúrios” foram usados para
acusar alemães por crimes “falsos e infundados”. “Infelizmente, como um
resultado desses malogros da justiça, muitas pessoas inocentes foram condenadas
e alguns foram executados.”
Um incidente tragicômico durante o processo de Dachau
sugere a atmosfera geral. O investigador dos EUA Joseph Kirschbaum trouxe uma
testemunha judaica chamada Einstein para a corte para testemunhar que o réu,
Menzel, tinha assassinado o irmão de Einstein. Mas quando o acusado apontou que
o irmão estava, de fato, sentando no tribunal, um embaraçado Kirschbaum
repreendeu a testemunha: “Como nós podemos trazer este porco para a forca se
você é tão estúpido para trazer seu irmão para dentro do tribunal?”
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Um incidente tragicômico durante o processo de Dachau sugere a atmosfera geral. O investigador dos EUA Joseph Kirschbaum trouxe uma testemunha judaica chamada Einstein para a corte para testemunhar que o réu, Menzel, tinha assassinado o irmão de Einstein. Mas quando o acusado apontou que o irmão estava, de fato, sentando no tribunal, um embaraçado Kirschbaum repreendeu a testemunha: “Como nós podemos trazer este porco para a forca se você é tão estúpido para trazer seu irmão para dentro do tribunal? ” (Mark Weber) |
August Gross, um alemão que trabalhou como um empregado
civil para o exército dos EUA nos julgamentos de Dachau, posteriormente
declarou:
Os promotores americanos
pagaram testemunhas profissionais de incriminação, a maioria criminosos ex-internos
dos campos de concentração, a quantidade de um dólar por dia (naquela época
equivalente a 280 marcos no mercado negro) assim como comida de uma testemunha da
cozinha e testemunha da hospedagem. Durante os períodos de recesso entre os
procedimentos do julgamento os advogados de acusação disseram para estas
testemunhas o que era para dizerem ao dar testemunho. Os advogados de acusação
dos EUA deram às testemunhas fotos dos réus e foram assim capazes de
incriminá-los facilmente.
Um jovem repórter da corte do Exército dos EUA nos
julgamentos de Dachau em 1947, Joseph Halow, posteriormente recordou a situação
moralmente insalubre:
As testemunhas nos casos
dos campos de concentração eram virtualmente todas do tipo que nós repórteres
da corte denominamos “testemunhas profissionais,” aqueles que passaram meses em
Dachau, testemunhando contra um ou outro dos muitos acusados... foi para a
vantagem econômica deles testemunhar, e muitos deles fizeram uma boa vida
fazendo isso. Conforme se poderia imaginar bem, o motivo das testemunhas
profissionais foi também de vingança e a motivação rancorosa de fazer mal... Em
muitas instâncias a vingança deles incluiu relatar exageradas narrativas do que
eles tinham testemunhado. Isso também incluiu mentir sem qualquer reserva.
Em um caso, o testemunho fornecido pelas testemunhas de
acusação “apareceu para levantar mais questões do que fornecer respostas.
Alguns deles foram obviamente fabricados, ou tão grosseiramente exagerados de
modo a rendê-los inacreditáveis. Existiram repetidos exemplos da identidade
confundida do mesmo acusado, e vagas, incertas declarações sobre alguns dos
outros.” Ainda mais, relatou Halow, as cortes dos EUA deram “atenção falha para
o testemunho dos e para os acusados.”
No caso “Nordhausen-Dora” de 1947, o advogado de defesa
americano Major Leon B. Poullada protestou contra a geral falta de fiabilidade
– e a frequente mentira sem qualquer reserva – das testemunhas de acusação
neste julgamento militar dos EUA dos ex-oficiais dos campos de concentração.
O uso de tais testemunhos não fiáveis continuou nos
julgamentos do “Holocausto” em anos posteriores. O juiz do distrito federal
Norman C. Roettger Jr, decidiu em 1978 num caso na Flórida em que todas as seis
“testemunhas oculares” judaicas que tinham testemunhado atrocidades diretas e
tiros em Treblinka feitas pelo réu nascido ucraniano Feodor Fedorenko tinham
erradamente identificado o acusado depois de serem induzidos ao erro pelas
autoridades israelenses.
O “caçador de nazistas” de Nova Iorque Charles Kremer
visitou Israel em 1981 procurando por judeus que poderiam confirmar atrocidades
alegadamente cometidas por um homem ex-SS ucraniano vivendo em Nova Jersei. Mas
Kremer encurtou sua visita, amargamente desapontado pelos numerosos judeus que
ofereceram fornecer “testemunhos” espúrios em troca de dinheiro. Conforme
relatou a Brooklin Jewish Press,
“Kremer foi acometido com dores gastronômicas – um padecimento que ele atribui
as suas dificuldades em lidar com mascates que tentaram usar sua pesquisa para
o próprio ganho pessoal deles.”
Um dos mais espalhafatosos exemplos de perjúrio das
testemunhas judaicas do Holocausto em recentes anos foi o caso de um
trabalhador aposentado de Chicago chamado Frank Walus que foi acusado de matar
judeus em sua nativa Polônia durante a guerra. Uma carta de dezembro de 1974 do
“caçador de nazistas” Simon Wiesenthal que acusou Walus de trabalhar para a
Gestapo incitou uma campanha legal do Governo dos EUA. Durante seu julgamento,
onze judeus testemunharam sob juramento que eles pessoalmente viram Walus
assassinar judeus, incluindo várias crianças. Após uma custosa e amargamente
respondida batalha judicial de quatro anos, Walus foi finalmente capaz de
provar que ele tinha realmente passado os anos de guerra como um adolescente
trabalhando silenciosamente nas fazendas alemãs. Um longo artigo com direitos
autorais pela American Bar Association e publicado em 1981 no Washington Post concluiu que “... numa
atmosfera de ódio e repugnância beirando a histeria, o governo perseguiu um
homem inocente.”
Tortura
Os promotores Aliados usaram tortura para ajudar provar seu
caso nos julgamentos de Nuremberg e outros do pós-guerra.
O ex-comandante de Auschwitz Rudolf Höss foi torturado
pelos oficiais britânicos para assinar uma falsa e auto-incriminatória
“confissão” que tem sido amplamente citada como documento chave do extermínio
do Holocausto. Seu testemunho perante o Tribunal de Nuremberg, um ponto alto do
procedimento, foi talvez a mais contundente e memorável evidência apresentada
lá de um programa alemão de extermínio. Höss sustentou que dois
milhões e meio de pessoas tinham sido mortas nas câmaras de gás de Auschwitz, e
que outros 500,000 internos tinham morrido lá de outras causas. Nenhum historiador
sério ou reputado agora aceita nem estes fantásticos números, e outras porções
chave da “confissão” de Höss são agora reconhecidas serem não verdadeiras.
Aleksandr Solzhenitsyn tem citado o
caso de Jupp Aschenbrenner, um bávaro que foi torturado para assinar uma
declaração que ele tinha trabalhado na câmara de gás móvel (vans de gás”)
durante a guerra. Não foi até vários anos depois que ele foi finalmente capaz
de provar que ele tinha na realidade passado aquele tempo em Munique estudando
para se tornar um soldador elétrico.
Fritz Sauckel, chefe do programa de mobilização de
trabalho em tempo de guerra foi condenado à morte no principal julgamento de
Nuremberg. Uma importante peça de evidência apresentada ao Tribunal pela
acusação dos EUA foi uma declaração assinada pelo réu (Documento de Nuremberg
3057-OS.) Veio à tona que Sauckel tinha colocado sua assinatura nesta afirmação
auto incriminatória, a qual tinha sido apresentada a ele por seus captores em
forma acabada, somente depois ele foi abruptamente informado que se ele
hesitasse, sua esposa e crianças iriam ser entregues aos soviéticos. “Eu não
parei para considerar, e pensando na minha família, eu assinei o documento,”
Sauckel declarou posteriormente.
Hans Fritzche, outro reú no principal julgamento de
Nuremberg, foi similarmente forçado a assinar uma confissão de autocondenação
enquanto era um prisioneiro da polícia secreta em Moscou. (Documento de
Nuremberg USSR-474.)
O réu em Nuremberg Julius Streicher, que foi afinal
enforcado por causa que ele publicou um semanário antijudaico algumas vezes
sensacionalista, foi brutalmente maltratado após sua prisão. Ele foi batido de
maneira feia, chutado, chicoteado, cuspido, forçado a beber saliva e queimado
com cigarros. Suas genitais foram batidas. Sobrancelhas e pelos do peito
puxados para fora. Ele foi deixado nu e fotografado. O réu colega Hans Frank
foi selvagemente batido por dois soldados negros logo após sua prisão. August
Eigruber, ex-Gauleiter da Alta Áustria, foi mutilado e castrado ao fim da
guerra.
Josef Kramer, ex-comandante de ambos campos de
Bergen-Belsen e Auschwitz-Birkneau, e outros réus no julgamento de “Belsen”
conduzido pelos britânicos, foram, conforme dito, também torturados, alguns
deles tão brutalmente que eles pediram para serem condenados à morte.
Embora a maioria dos réus no principal julgamento de
Nuremberg não foram torturados, muitos outros alemães foram forçados a assinar
depoimentos e dar testemunhos contra os ex-colegas deles e superiores. Uma
simples ameaça para girar o assunto até os soviéticos foi frequentemente
suficiente para persuadir eles a assinar uma declaração ou fornecer testemunho
necessário no tribunal. Ameaças contra a mulher e as crianças do sujeito,
incluindo a retirada dos tickets de racionamento, envio aos soviéticos ou
prisão, frequentemente rapidamente produziram os efeitos desejados. Se tudo
mais falhasse, o sujeito poderia ser colocado em confinamento na solitária,
espancado, chutado, chicoteado ou queimado até ele quebrar.
O testemunho da principal testemunha de acusação no
julgamento de Nuremberg “Wilhelmstrasse” foi obtido por ameaça de morte. O
advogado de defesa americano, Warren Magee, tinha de alguma maneira obtido a
transcrição do primeiro interrogatório pré-julgamento de Friedrich Gaus, um
ex-oficial sênior no Ministério do Exterior Alemão. Apesar dos protestos
frenéticos do promotor público Robert Kempner, o juiz decidiu permitir Magee
ler o documento. Durante a sessão do interrogatório pré-julgamento, Kempner
disse à Gaus que ele iria ser entregue aos soviéticos para o enforcamento.
Chorosamente pedindo por misericórdia, Gaus implorou a Kempfer para pensar em
sua esposa e crianças. Kempner resplicou que ele {Gaus} poderia salvar a si
próprio somente se testemunhasse na corte contra seus ex-colegas. Um
desesperado Gaus, que tinha já sofrido por quatro semanas num confinamento em
solitária, concordou. Quando Magee terminou sua leitura da condenável
transcrição, Gaus sentou-se com ambas mãos em sua face, totalmente devastada.
Os soldados americanos repetidamente bateram no
ex-capitão da SS Konrad Morgen num esforço malsucedido para forçar ele a
assinar uma declaração em perjúrio contra Ilse Koch, um réu nos EUA do caso
militar de “Buchenwald” de 1947. Oficiais americanos também ameaçaram entregar
Morgen aos Soviéticos se ele não assinasse a declaração falsa.
O Marechal Geral de Campo da Luftwaffe Erhard Milch foi
avisado por um major do Exército dos EUA para parar de testemunhar a favor de
Hermann Göring no principal julgamento de Nuremberg. O Oficial americano disse à
Milch que se ele persistisse, ele mesmo seria acusado como criminoso de guerra,
indiferente de se ele era ou não culpado. Milch não recuou e foi
efetivamente acusado. Em 1947 uma corte de Nuremberg dos EUA sentenciou-o a
prisão perpétua como criminoso de guerra. Quatro anos depois, porém, o Alto
Comissário dos EUA comutou sua sentença para quinze anos, e um curto tempo
depois disso Milch foi anistiado e liberado.
Relatos de tortura amplamente difundida nos julgamentos
de “crimes de guerra” de Dachau conduzidos pelos americanos vazou, resultando
em tantos protestos que uma investigação formal foi finalmente realizada. Uma
Comissão de inquérito do Exército dos EUA consistindo do juiz da Pensilvânia
Edward van Roden e o juiz da Suprema Corte do Texas Gordon Simpson oficialmente
confirmou as acusações de abuso bruto. Os réus alemães, eles descobriram, foram
rotineiramente torturados em Dachau com selvagens espancamentos, fósforos
acesos sob as unhas, chutes nos testículos, meses de confinamento na solitária,
e ameaças de represálias à família. Prisioneiros de baixo ranking foram
assegurados que as “confissões” deles iriam ser usadas somente contra seus
ex-superiores na doca. Posteriormente, porém, estes infelizes homens encontraram
as próprias “confissões” deles usadas contra eles quando eles foram julgados
por sua vez. Réus de alto ranking foram cinicamente assegurados que por
aceitarem “voluntariamente” toda a responsabilidade eles mesmos, eles iriam
proteger os subordinados deles da acusação.
Um repórter da corte do tribunal de Dachau foi tão
ultrajado no que estava acontecendo lá em nome da justiça que ele largou seu
emprego. Ele testemunhou para um subcomitê do Senado que os mais brutais
interrogadores tinham sido três judeus de origem alemã. Embora procedimentos
operacionais nos julgamentos de Dachau foram significantemente piores que
aqueles usados em Nuremberg, eles deram alguma ideia do espírito de “justiça”
imposto aos alemães completamente derrotados.
Virtualmente
todos os investigadores dos EUA que trouxeram casos perante os tribunais
militares americanos em Dachau eram “refugiados judeus da Alemanha” que
“odiavam os alemães,” relembra Joseph Halow, um repórter da corte do Exército
dos EUA nos julgamentos de Dachau em 1947. “Muitos dos investigadores deram
vasão para ódio deles por tentar forçar confissões dos alemães ao tratar eles
brutalmente,” incluindo “severos espancamentos.”
O caso de Gustav Pretat, um alemão que tinha servido como
um guarda em Mauthausen, não foi incomum. Depois de repetidos espancamentos
brutais pelas autoridades dos EUA, ele quebrou e assinou uma declaração em
perjúrio. Ele foi também chicoteado e ameaçado com imediata execução por tiros.
Petrat foi impedido de se defender com a exoneração da evidência, e mesmo
potenciais testemunhas de defesa foram espancadas e ameaçadas para afastar elas
de testemunhar. Depois de um julgamento de farsa pelo tribunal militar dos EUA
em Dachau, Petrat foi sentenciado à morte e enforcado no final de 1948. Ele
tinha 24 anos.
O uso de tortura para produzir declarações
incriminatórias não tem sido limitado à Alemanha pós-guerra, naturalmente. Tais
técnicas têm sido utilizadas sistematicamente por governos ao redor do mundo.
Durante a Guerra da Coréia, os aviadores americanos mantidos como prisioneiros
pelos comunistas da Coréia do Norte fizeram declarações detalhadas
“confessando” o papel deles em travar a guerra bacteriológica. Sob tortura
fisiológica e psicológica, 38 aviadores dos EUA “admitiram” soltar bombas
bacteriológicas que causaram doenças endêmicas e levaram muitas vidas de civis
coreanos. Estas declarações foram posteriormente mostradas serem falsas, e os
aviadores repudiaram elas depois de retornarem para os Estados Unidos. Suas
confissões falsas foram do mesmo tipo da evidência dada por Rudolf Höss e
outros nos julgamentos de Nuremberg. Sob circunstâncias similares, os
americanos provaram ao menos tão propensos a “confessarem” crimes monstruosos,
mas sem base, como os alemães.
Um dos mais importantes e reveladores caso em Nuremberg é
o de Oswald Pohl, o chefe, em tempo de guerra, da vasta agência da SS (WVHA)
que conduzia os campos de concentração alemães. Depois de sua captura em 1946,
ele foi levado para Nenndorf onde soldados britânicos amarraram ele numa
cadeira e espancaram-no até ele ficar inconsciente. Ele perdeu dois dentes em
repetidos espancamentos. Ele foi então
transferido para Nuremberg, onde militares oficiais americanos interrogaram-no
intensivamente por mais da metade de um ano em sessões que duravam horas. Junto
houveram cerca de 70 sessões. Durante este período ele não teve acesso a um
advogado ou qualquer outra ajuda. Ele nunca foi formalmente acusado de nada,
nem mesmo lhe foi dito porquê precisamente ele estava sendo interrogado.
Em uma declaração escrita após ele ter sido sentenciado à
morte em Nuremberg em novembro de 1947 pelo tribunal militar americano
(“Concentration Camp” Case nº. 4), Pohl descreveu seu tratamento. Ele reportou que embora
ele não era geralmente mau tratado fisicamente em Nuremberg como ele tinha sido
em Nenndorf, ele foi, no entanto, sujeitado às menos perceptíveis, mas, como
ele colocou, “em sua própria maneira muito mais brutais torturas emocionais.”
Os interrogadores americanos (a maioria deles judeus)
acusaram Pohl de matar 30 milhões de pessoas e de condenar dez milhões de
pessoas à morte. Os interrogadores próprios sabiam muito bem que tais acusações
eram mentiras e aplicaram truques destinados a quebrar sua resistência, Pohl
declarou. “Porque eu não sou emocionalmente casca grossa, estas intimidações
diabólicas não foram sem efeito, e os interrogadores alcançaram o que eles
queriam: não a verdade, mas ao invés declarações que serviam as necessidades
deles,” ele escreveu.
Pohl foi forçado a assinar declarações falsas
auto-incriminatórias escritas por oficiais da acusação que foram depois usadas
contra ele em seu próprio julgamento. Como ele rememorou:
Sempre que os documentos
genuínos não correspondiam ao que as autoridades judiciais queriam ou eram
insuficientes para as sentenças de culpa que eles procuravam, “depoimentos”
foram colocados juntos. A mais contundente característica destes marcantes
documentos do julgamento é que os acusados frequentemente condenaram-se eles
mesmos neles. Isto é compreensível somente para aqueles que têm eles mesmos
experimentado a técnica pela qual tais “depoimentos” são obtidos.
Ele e outros réus foram “destruídos” com estas
declarações, as quais “contém erros demonstráveis, de fato, em relação a pontos
essenciais,” escreveu Pohl. Entre as declarações falsas assinadas por Pohl
estava a que incriminou o ex-presidente do Reichsbank Walter Funk, que o
Tribunal de Nuremberg afinal sentenciou à prisão perpétua.
Os oficiais americanos também fizeram uso de falsas testemunhas
em Nuremberg, escreveu Pohl:
Sempre que essas
produções [depoimentos] não eram suficientes para produzir o resultado
procurado pelas autoridades de acusação, eles marchavam para o que eles então
chamavam ‘testemunhas estrelas’, ou melhor, testemunhas pagas... Uma inteira
cadeia destes desventurados personagens obscuros desempenhou um desprezível
jogo em Nuremberg. Eles incluíam altos oficiais do governo, generais e
intelectuais, bem como prisioneiros, doentes mentais, e criminosos realmente
endurecidos... Durante o julgamento WVHA [de Pohl] um certo Otto apareceu de
uma instituição mental como uma ‘testemunha estrela’. Seu estilo de vida
anterior teria sido considerado exemplar por qualquer criminoso tarimbado. O
mesmo é verdade da testemunha de acusação Krusial que apresentou os mais
espetaculares contos de fadas para a corte sob juramento, o qual foi,
naturalmente, acreditado...
Pohl também protestou que aos advogados de defesa não foi
permitido livre acesso aos documentos alemães dos tempos de guerra, os quais a
acusação foi capaz de encontrar e usar sem entraves:
Por quase dois anos as
autoridades de acusação puderam fazer qualquer uso que eles queriam das muitas
caixas de documentos confiscados e material de arquivo que eles tinham a
disposição deles. Mas o mesmo direito a acesso foi recusado aos réus alemães
apesar dos repetidos esforços deles ... isto significou uma tremenda ou mesmo
completa paralisia e impedimento dos casos de defesa para o acusado, pois
aquelas caixas também continham material capazes de exoneração o qual as
autoridades judiciais foram capazes de retê-los de serem apresentados ao
tribunal. E isto é chamado procedimento “apropriado”.
Por causa que Pohl detinha a patente de general nas
forças armadas alemãs, seu tratamento pelos britânicos e americanos foi ilegal
de acordo com os acordos internacionais de tratamento de prisioneiros de
guerra.
“Como
resultado do brutal mau trato físico em Nenndorf e meu tratamento em Nuremberg,
eu era emocionalmente um homem completamente quebrado,” ele escreveu. “Eu tinha
54 anos de idade. Por 33 anos eu tinha servido pelo país sem desonra, e eu
estava inconsciente de qualquer crime.”
Pohl
resumiu o caráter dos julgamentos do pós-guerra dos líderes alemães:
Foi óbvio durante os
julgamentos de Dachau, e isso também veio à tona de maneira inequívoca e
somente pobremente disfarçada durante os julgamentos de Nuremberg, que as
autoridades judiciais, entre as quais os judeus predominavam, eram dirigidas
pelo ódio cego e óbvia cobiça por vingança. O objetivo deles não foi procurar
pela verdade, mas ao invés a aniquilação de tantos adversários quanto possível.
Para um velho amigo Pohl escreveu: “Como um dos líderes
seniores da SS eu nunca tinha esperado ser deixado sem ser molestado. Contudo,
não esperava mais uma sentença de morte. É uma sentença de retribuição.”
Ele foi enforcado em 7 de junho de 1951. Em seu último
apelo ao tribunal de Nuremberg, Pohl expressou sua fé que um dia a histeria
cega iria dar caminho a apenas a compreensão.
Depois que a distância e o tempo têm esclarecido todos os
eventos e quando a paixão tem cessado e quando o ódio e a vingança têm acalmado
a fome deles, então a estes milhões de alemães decentes que têm sacrificado a
vida deles para a pátria deles não irá ser negado sua cota de simpatia a qual
hoje está sendo atribuída para as vítimas dos campos de concentração, embora um
grande número delas devem o destino delas não por características políticas,
raciais ou religiosas, mas pelo passado criminal delas.
Extermínio
negado
Junto com as milhões de pessoas ao redor do mundo que
seguiam avidamente os procedimentos de Nuremberg pelo rádio e jornal, os
próprios réus estavam chocados pelas evidências apresentadas para substanciar a
acusação de extermínio. Acima de tudo, todo o testemunho do comandante de
Auschwitz Rudolf Höss e do comandante do Einsatzgruppen Otto Ohlendorf causaram
uma profunda impressão. Contrário ao que é frequentemente alegado ou insinuado,
no entanto, os réus do Tribunal de Nuremberg declararam que eles não sabiam de
qualquer programa de extermínio durante a guerra. Estes homens eram, em um
sentido, os primeiros “revisionistas do Holocausto.”
O principal réu em Nuremberg, Hermann Göring, que tinha
sido o segundo de Hitler em comando e designado sucessor durante a maior parte
dos anos do Terceiro Reich, veementemente negou conhecimento de qualquer
programa de extermínio durante a guerra. “A primeira vez que eu ouvi destes
extermínios terríveis,” ele exclamou em um ponto, “foi aqui mesmo em
Nuremberg.” As medidas políticas alemãs tinham sido expulsar os judeus, não
matar eles, ele explicou, e adicionou que, para o melhor de seu conhecimento,
Hitler não sabia de qualquer medida política de extermínio também.
Durante uma rara pausa não vigiada entre as sessões do
tribunal, o companheiro réu Hans Fritzsche privadamente perguntou a Göring
sobre a verdade da acusação de extermínio. O ex-Reichmarschall solenemente
assegurou a Fritzsche que a acusação não era verdadeira. A evidência aliada
para a acusação, ele insistiu, foi imprecisa ou incompleta e totalmente
contradizia tudo que ele sabia sobre a matéria. Em qualquer caso, Göring
adicionou, se tinha existido qualquer matança em massa, ela certamente não foi
ordenada por Hitler.
O general Alfred Jodl, chefe da equipe de operações do
Alto Comando das Forças Armadas, e provavelmente o mais íntimo conselheiro
militar de Hitler, deu similar testemunho ao Tribunal. Respondendo a uma questão
direta sobre esta matéria, ele disse:
Eu posso somente dizer,
plenamente consciente da minha responsabilidade, que eu nunca ouvi, nem por
palpite ou por escrito ou palavras faladas, de um extermínio de judeus ... Eu
nunca tive qualquer informação privada sobre extermínio de judeus. Em minha
palavra, tão certo como eu estou sentado aqui, eu ouvi todas estas coisas pela
primeira vez depois do fim da guerra.
Hans Frank, o governador do tempo de guerra da Polônia
governada pela Alemanha, testemunhando que durante a guerra ele tinha ouvido
somente rumores e relatos estrangeiros de assassinatos em massa dos judeus. Ele
perguntou a outros oficiais, incluindo Hitler, sobre estas estórias e foi repetidamente
assegurado que elas eram falsas.
O testemunho de Frank é particularmente digno de nota
porque se milhões de judeus tinham realmente sido exterminados na Polônia
ocupada pela Alemanha, como alegado, dificilmente alguém iria ter estado em uma
melhor posição para saber disso. Durante o curso do julgamento, Frank foi
tomado por um profundo sentido de arrependimento cristão. Seu estado psicológico
era tal que se ele tivesse conhecido sobre um programa de extermínio, ele iria
ter dito isso.
Em um ponto durante os procedimentos, Frank foi
questionado por seu advogado, “Você alguma vez tomou parte em qualquer forma na
aniquilação dos judeus?” Sua resposta reflete seu estado emocional na época:
Eu digo sim, e a razão porque
eu digo sim é porque, sob a impressão destes cinco meses de procedimentos, e
especialmente sob a impressão do testemunho da testemunha Höss [ex-comandante
de Auschwitz], eu não posso responder à minha consciência de transferir a
responsabilidade para isto somente nestas pessoas de baixo ranking. Eu nunca
construí um campo de extermínio judaico ou ajudado trazer um à existência. Mas
se Adolf Hitler pessoalmente transferiu esta terrível responsabilidade para seu
povo, então isso também se aplica a mim. Depois de tudo, nós conduzimos esta
batalha contra os judeus por anos... E, portanto, eu tenho o dever de responder
sua questão neste sentido e neste contexto com sim. Mil anos irão passar e esta
culpa da Alemanha não irá ser apagada.
Estas palavras, e especialmente a sentença final, têm
frequentemente sido citadas para dar a impressão que os próprios réus admitiram
a culpa deles e reconheceram a existência de uma política alemã do tempo de
guerra para exterminar os judeus. Bem menos conhecidas
são as palavras de Frank durante seu último discurso no Tribunal:
No banco das testemunhas eu
disse que mil anos não seriam suficiente para apagar a culpa de nossa nação por
causa do comportamento de Hitler nesta guerra. [Contudo], não somente o
comportamento de nossos inimigos de tempo de guerra contra nosso povo e nossos
soldados, os quais têm sido cuidadosamente mantidos fora destes processos, mas
também a enorme massa de crimes dos mais terríveis tipos contra os alemães, os
quais eu tenho somente agora aprendido, especialmente na Prússia oriental,
Silésia, Pomerania e na região dos Sudetos, os quais têm sido e ainda estão
sendo realizados pelos russos, poloneses e tchecos, têm agora já cancelado
completamente qualquer possível culpa de nosso povo. Quem irá julgar estes
crimes contra o povo alemão?
Ernst
Kaltenbrunner, chefe em tempo de guerra do poderoso Escritório Central de Segurança
do Reich (RSHA), estava certo que ele iria brevemente ser condenado à morte
independente da evidência apresentada ao Tribunal: “O coronel encarregado da
prisão de Londres que eu estava, tinha dito-me que eu iria ser enforcado em
qualquer caso, não importa qual seria o resultado. Desde que eu sou plenamente
consciente disso, tudo que eu quero fazer é esclarecer as coisas fundamentais
que estão erradas aqui.” Em uma troca de perguntas e respostas, Kaltenbrunner
rejeitou a acusação que ele tinha ordenado gaseamentos:
Pergunta: Testemunha após
testemunha, através de testemunho e depoimento, têm dito que as mortes nas
câmaras de gás foram feitas sob ordens específicas ou gerais de Kaltenbrunner.
Resposta: Mostre-me um
destes homens ou qualquer uma das ordens. É absolutamente impossível.
Pergunta: Praticamente
todas as ordens vieram através de Kaltenbrunner.
Resposta: Inteiramente
impossível.
O caso de Albert Speer, a um só tempo confidente de
Hitler e Ministro dos Armamentos em tempos de guerra, merece especial menção.
Sua estratégia de defesa em Nuremberg foi única e também mais bem-sucedida
porque ele não foi à forca. Enquanto mantendo que ele pessoalmente não sabia
nada de um programa de extermínio durante a guerra, ele próprio, no entanto,
declarou-se moralmente culpado por ter trabalhado tão diligentemente por um
regime que tardiamente veio a ser considerado o mal. Depois de servir uma
sentença de vinte anos na prisão de Spandau, o “arrependido nazista” foi
“reabilitado” pela mídia de massas por sua condenação, de um certo modo sutil,
mas fervente, do regime de Hitler. Seu constrito livro de memórias, publicado
nos EUA como Inside the Third Reich {publicado
no Brasil como Por dentro do III Reich,
em dois volumes}, foi altamente aclamado e vendido com muita rentabilidade na
Europa e América.
Até sua morte em 1981, Speer fielmente insistiu que ele
não sabia de qualquer programa de extermínio ou gaseamento durante a guerra.
Sua posição era notável porquê, se uma política para exterminar os judeus no
tempo de guerra tinha existido realmente, quase ninguém teria estado em uma
melhor posição parta ter conhecido sobre isso. Como Ministro de Armamentos do
Reich, Speer foi responsável pela mobilização continental de todos os recursos
disponíveis, incluindo a crítica necessidade de trabalhadores judeus. Que estes
milhões de judeus poderiam ter sido transportados através da Europa e mortos em
um centro industrial tão importante em tempos de guerra como Auschwitz, e em
outros lugares, sem o conhecimento de Speer simplesmente desafia o crível.
Durante o julgamento de Nuremberg “Wilhelmstrasse”, o
chefe da chancelaria do Reich de 1933 à 1945, Hans Lammers, foi perguntado se
ele “ainda era da opinião que nenhum programa de extermínio dos judeus jamais
foi criado.” Ele respondeu: “Sim, eu sou desta opinião. No mínimo o programa nunca
veio a minha atenção. O programa não pode ter sido estabelecido.” Lammers, que
foi o mais íntimo conselheiro jurídico de Hitler, passou a explicar: “Eu não
sabia de quaisquer assassinatos em massa e, dos casos que eu ouvi falar, os
relatos eram alegações, rumores... O fato que casos individuais ocorreram aqui
e lá, o fuzilamento de judeus em tempos de guerra em algumas cidades ou outras,
que eu li alguma coisa sobre isto ouvido alguma coisa sobre aquilo, isto é
muito facilmente possível.”
Tais testemunhos pelos homens que eram mais familiares
com a política judaica geral alemã são rotineiramente descartados como uma
mentira descarada. Mas a natureza categórica e auto-consistente destes testemunhos,
algumas vezes por homens que sabiam que a morte em breve os aguardavam, sugere
um núcleo de verdade. Por outro lado, aceitar a história de extermínio do
Holocausto significa dar grande credibilidade para os mais fantásticos e
frequentemente demonstráveis falsos testemunhos de testemunhas muito
questionáveis.
Outros
julgamentos do pós-guerra
Durante décadas desde Nuremberg, muitos indivíduos têm
sido julgados na Alemanha (Ocidental) e outros países pela alegada participação
em tempos de guerra no extermínio dos judeus. Raramente, ou nunca, tem um réu
substancialmente desafiado jamais a história do Holocausto. O acusado
invariavelmente adotou a estratégia de defesa bem-sucedida por Speer em
Nuremberg: Ele aceitou a história de extermínio mas negou ou minimizou seu
próprio envolvimento pessoal. Negar um programa de extermínio nos julgamentos
que foram organizados partindo da assunção que tal programa existiu iria ter
sido suicídio judicial.
Estes julgamentos são comparáveis em alguns aspectos aos
julgamentos populistas soviéticos de 1936-1938. Os réus nos julgamentos bem
divulgados de Moscou nunca negaram a existência de vastas conspirações
criminais envolvendo as maiores personalidades soviéticas que supostamente
planejaram os mais horríveis crimes em liga com potências hostis estrangeiras.
Em vez disso, o acusado pleiteou que ele não era pessoalmente culpado, ou que a
culpa dele era mínima e que ele tinha verdadeiramente se arrependido.
(Notavelmente, mesmo observadores estrangeiros que deveriam ter conhecido
melhor, tal como o embaixador dos EUA em Moscou, Joseph Davies, foram
inclinados a aceitar os julgamentos populistas stanilistas como genuíno e
essencialmente justo.)
Comparações têm também sido traçadas entre os julgamentos
do “Holocausto” e os julgamentos de feitiçaria nos séculos passados. Aqueles
acusados de feitiçaria nunca negaram a existência ou o poder diabólico das
bruxas. Ao invés eles insistiam que eles não eram pessoalmente culpados das
acusações contra eles. O réu de Nuremberg Hans Fritzche, que tinha sido um dos
mais proeminentes e efetivo comentadores de notícias de rádio da Alemanha,
resumiu o problema: “Se alguém me acusa de matar alguém, então eu posso provar
o contrário. Mas se eu sou acusado de ser o diabo, existe nenhuma maneira de
provar que isso é falso, porque isso não pode der feito.”
Um dos mais importantes dos julgamentos do “holocausto”
pós-Nuremberg foi o julgamento de Frankfurt “Auschwitz” 1963-1965, de 22 homens
ex-SS de Auschwitz. O longo caso recebeu cobertura mundial da mídia e assumiu
algumas características de julgamento populista. Decidir a culpa ou
inocência dos réus foi “extraordinariamente difícil,” os juízes declararam no
veredito deles, por causa da natureza muito inconclusiva da evidência. “Nós
temos nenhuma evidência absoluta para os assassinatos individuais. Nós temos
somente os testemunhos das testemunhas.” Os juízes reconheceram que “as
possibilidades de verificar as declarações das testemunhas eram muito
limitadas,” Os juízes enfatizaram além disso “esta fraqueza dos testemunhos das
testemunhas” ao citar o caso de um oficial de Buchenwald condenado por
assassinar um interno que depois voltou vivo.
Esta situação foi embaraçosamente sublinhada durante o
julgamento quando o ex-interno Rudolf Kauer subitamente repudiou as declarações
anteriores sobre seus uma vez mestres SS. No interrogatório pré-julgamento ele
alegou ter visto o réu Wilhelm Boger brutalmente espancando uma mulher polonesa
pelada com um chicote de cavalo, arrancando um seio e inundando uma sala com
sangue. Quando pedido para repetir sua declaração no tribunal, Kauer admitiu:
“Eu menti sobre isso, foi apenas uma estória sobre o campo. Eu nunca vi isso...
“Outra alegação que Boger tinha esmagado um crânio de uma criança contra um
tronco de árvore não era verdade também, ele confessou. Embora Boger não era
querido, Kauer disse ao tribunal, ele era, na verdade, um justo homem SS.
Outro réu, Klaus Dylewsky, a quem Kauer tinha chamado “um
dos piores assassinos” em Auschiwitz, era, na verdade, “inofensivo”. Todas as
suas acusações pré-julgamento foram mentiras, disse Kauer, calmamente
adicionando: “Você pode me punir se você quer. Eu estou gasto disso.” Depois ao
juiz, que estava presidindo, admoestando ele várias vezes por repudiar suas
declarações anteriores, Kauer respondeu: “Nós não precisamos perder mais
palavras. Não vale a pena. O que eu digo agora é a verdade.”
O ex-ajudante do campo de Auschwitz e capitão SS Robert
Mulka, o principal réu no julgamento, foi pronunciado culpado da participação
no assassinato em massa e sentenciado a 14 anos de trabalhos forçados, um
veredito que muitos leigos consideraram escandalosamente brando. Mas menos que
quatro meses depois Mulka foi discretamente liberado, uma saída que deveria
surpreender somente aqueles não familiares com a natureza de tais julgamentos.
Conclusão
Muitos poucos daqueles que levianamente referem-se à
“todas evidências de Nuremberg” como prova para a história do extermínio do Holocausto
são familiares nem com a real natureza destas “evidências” ou o caráter destes
julgamentos. Numa análise mais aprofundada, a documentação sólida ou evidência
forense da política alemã, para exterminar judeus, do tempo de guerra prova ser
elusiva. Conforme nós temos visto, a evidência que tem sido apresentada
consiste largamente de confissões extorquidas, testemunhos espúrios, e
fraudulentos documentos. Os julgamentos de Nuremberg do pós-guerra foram
procedimentos politicamente motivados destinados mais para desacreditar os
líderes de um regime derrotado do que para estabelecer a verdade.
Nós não necessitamos julgamentos ou “confissões” para
provar que o massacre de Katyn ou a deportação dos alemães da Europa oriental e
central realmente ocorreu. Por comparação, a história do Holocausto não afirma
apenas uns poucos massacres isolados, mas um vasto programa de extermínio
ocorrendo através do continente europeu por mais de três anos envolvendo vários
governos e milhões de pessoas. O fato que a história do Holocausto deve fiar-se
tão pesadamente em evidência de testemunhos altamente duvidosos e julgamentos
arranjados numa atmosfera historicamente sem paralelos de histeria, intimidação
e propaganda demonstra sua inerente fraqueza.
Tradução
e palavras entre chaves por Mykel Alexander
Notas
Nota do autor: W. Malanowski, Der Spiegel,
7 de setembro de 1985, página 92 e sequência; M. Weber, “Swiss Historian
Exposes ...,” Journal of Historical
Review, inverno1983 (Volume 4, No. 3), páginas 378-380.; H. W. Koch, ed., Aspects of the Third Reich (New York:
St. Martin's, 1985), páginas 13 e seguintes; “Antideutscher Schwindel-Verleger
gestorben,” D. National-Zeitung
(Munich), 24 de janeiro de 1992, página 9.
Fonte: The Nuremberg Trials and the Holocaust - Do the 'war crimes' trials prove extermination?, por Mark Weber, The Journal for Historical Review, Verão de 1992, Volume 12 número 2, Páginas 167-213.
http://www.ihr.org/jhr/v12/v12p167_webera.html
Sobre o autor: Mark weber é um historiador americano, escritor, palestrante e analista de questões atuais. Ele estudou história na Universidade de Illinois (Chicago), na Universidade de Munique (Alemanha), e na Portland State University. Ele possui um mestrado em História Europeia da Universidade de Indiana. Desde 1995 ele tem sido diretor do Institute for Historical Review, um centro independente de publicações, educação e pesquisas de interesse público, no sul da Califórnia, que trabalha para promover a paz, compreensão e justiça através de uma maior consciência pública para com o passado. Foi por anos editor do Journal for Historical Review.
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