Eles não deveriam se
recusar eles mesmos quando lidando com o Oriente Médio?
17 de setembro de 2017
ATUALIZAÇÃO: Na manhã de 21 de setembro, Phil Giraldi foi demitido por telefone pelo The American Conservative[1], onde ele colaborava regularmente por catorze anos. Foi-lhe dito que “os judeus da América estão conduzindo as guerras da América” era inaceitável. A gerência e o conselho do TAC parecem ter esquecido que a revista foi lançada com um artigo do fundador Pat Buchanan, intitulado “Whose War?”[2], Que em grande parte fez as mesmas alegações de Giraldi sobre o impulso dos judeus por outra guerra, nesse caso com o Iraque. Buchanan foi difamado e denunciado como antissemita por muitas das mesmas pessoas que agora estão atacando Giraldi de maneira semelhante.
Philip Girald |
Falei recentemente em uma conferência sobre o partido da guerra na América onde mais tarde um senhor idoso veio até mim e perguntou, “Por que ninguém nunca fala honestamente sobre o gorila de seiscentos quilos na sala? Ninguém tinha mencionado Israel nessa conferência e nós todos sabemos que os judeus americanos com todo seu dinheiro e poder estão apoiando toda guerra no Oriente Médio por Netanyahu? Não devemos começar a chama-los e não deixá-los escapar com isso?”
Foi uma questão
combinada com um argumento que eu tenho ouvido muitas vezes antes e minha
resposta é sempre a mesma: qualquer organização que aspira ser ouvida na
política externa sabe que tocar na conexão sobre Israel e os judeus americanos
garante uma rápida viagem para a obscuridade. Grupos judaicos e doadores
individuais de bolso fundo não somente controlam os políticos, eles possuem e
comandam a mídia e indústrias do entretenimento, significando que ninguém irá
ouvir sobre ou do partido infrator nunca mais novamente. Eles são
particularmente sensíveis à questão da assim chamada “dupla lealdade,”
particularmente conforme a própria expressão é em si mesma um tanto um logro,
desde que é bem claro que alguns deles somente tem real lealdade a Israel.
Mais recentemente, alguns especialistas, incluindo eu
mesmo, tem estado alertando[3] de uma guerra iminente com
o Irã. Para ser certo, o urgido para atacar o Irã vem de muitos quadrantes,
incluindo generais no governo, que sempre pensam primeiro em termos de solução
de problemas através da força, de um governo saudita obcecado com medo de uma
hegemonia iraniana, e, é claro, de Israel própria. Mas o que faz o motor da guerra
funcionar é fornecido pelos judeus americanos que têm tomado para eles próprios
a onerosa tarefa de começar uma guerra com um país que não ameaça os Estados
Unidos. Eles têm sido muito cuidadosos em fingir a ameaça iraniana, tanto que
aproximadamente todos congressistas republicanos e a maioria dos congressistas
democráticos bem como muito da mídia parece estar convencido que o Irã precisa
ser tratado com firmeza, mais definitivamente usando as forças armadas dos EUA,
e quanto mais cedo melhor.
E enquanto eles estão fazendo isso, a questão que
aproximadamente todos os que nutrem ódio ao Irã são judeus, de alguma forma tem
saído de vista, como se isso não importasse. Mas isso deve importar. Um recente
artigo no New Yorker[4] sobre a interrupção da
iminente guerra com o Irã sugere que a atual geração de “falcões do Irã” pode
ser uma força de moderação considerando as opções políticas dadas as lições
aprendidas do Iraque. O artigo faz citações conforme os linha-dura em relação
ao Irã David Frum, Max Boot, Bill Kristol e Bret Stephens.
Daniel Larison, do The
American Conservative tem uma boa resenha[5] da peça do New Yorker intitulada “Sim, falcões do
Irã querem conflito com o Irã,” a qual identifica os quatro acima citado
falcões pelo nome antes de descrever eles como “... Quem é Quem no pensamento
da consistente política externa piolhenta. Se eles estivessem estado certos
sobre qualquer grande questão da política externa nos últimos 20 anos, seria
uma novidade para o mundo inteiro. Cada um deles odeia o acordo nuclear com o
Irã com paixão, e eles tem argumentado em favor da ação militar do Irã em um
ponto ou outro. Existe zero evidência que qualquer um deles iria se opor em
atacar o Irã.”
E
eu adicionaria uns poucos nomes mais, Mark Dubowitz, Michael Ledeen e Reuel
Marc Gerecht da Foundation for Defense of Democraices; Daniel Pipes do Middle
East Forum; John Podhoretz da revista Commentary;
Elliot Abrams do Council on Foreign Relations; Meyrav Wurmser do Middle East
Media Research Institute; Kimberly Kagan do Institute for Study of War; e
Frederick Kaganm Danielle Pletka e David Wurmser do American Enterprise
Institute. E voce pode também jogar no funil organizações inteiras como o The
American Israel Public Affairs Committee (AIPAC), o Washington Institute for
Near East Policy (WINEP) e o Hudson Institute. E sim, eles são
todos judeus, e a maioria deles se auto descreveria como neoconservadores
{NEOCON – a linha que pertence o governo Bolsonaro e as Igrejas Evangélicas}. E
devo acrescentar que somente um dos nomeados indivíduos já serviu em qualquer
ramo das forças armadas americanas – David Wurmser esteve uma vez na reserva da
Marinha. Estes indivíduos constituem, em grande parte, uma cabala de
santimoniais articuladores guerreiros de gabinetes que preferem pensar pesado enquanto deixam os outros lutarem e morrerem.
Portanto, é seguro dizer que muito da agitação para fazer alguma coisa sobre Irã vem de Israel e dos judeus americanos. Na verdade, eu opinaria que a maioria da fúria do Congresso sobre o Irá vem da mesma fonte, com a AIPAC regando nossos Solons {refere-se ao célebre político grego Solon que é sinônimo de sabedoria legislativa} no Potomac {uma cidade modelo americana} com “fichas técnicas” explicando como o Irã é digno de aniquilação porque ele tem prometido “destruir Israel,” o que é tanto uma mentira e uma impossibilidade conforme Teerã não tem recursos para realizar tal tarefa. As mentiras da AIPAC são recolhidas e reproduzidas por uma mídia prestativa a isto, onde aproximadamente todo “especialista” que fala sobre Oriente Médio na televisão e rádio ou que é entrevistado para reportagens de jornais é judeu.
Portanto, é seguro dizer que muito da agitação para fazer alguma coisa sobre Irã vem de Israel e dos judeus americanos. Na verdade, eu opinaria que a maioria da fúria do Congresso sobre o Irá vem da mesma fonte, com a AIPAC regando nossos Solons {refere-se ao célebre político grego Solon que é sinônimo de sabedoria legislativa} no Potomac {uma cidade modelo americana} com “fichas técnicas” explicando como o Irã é digno de aniquilação porque ele tem prometido “destruir Israel,” o que é tanto uma mentira e uma impossibilidade conforme Teerã não tem recursos para realizar tal tarefa. As mentiras da AIPAC são recolhidas e reproduzidas por uma mídia prestativa a isto, onde aproximadamente todo “especialista” que fala sobre Oriente Médio na televisão e rádio ou que é entrevistado para reportagens de jornais é judeu.
{É preciso agradar os judeus americanos e de Israel! Discursos dos candidatos dos EUA em 2016, 21 de março, em Washington na convenção da AIPAC. Hillary e Trump prometeram defender Israel, diferindo apenas nos meios. New York Times, 21 de março de 2016. montagem usando foto do New Yorker (Trump) e do New York Times (Hilary)} |
Pode-se
também acrescentar que os neocons como grupo foram fundados por judeus e são em
grande parte judeus, daí seu apego universal ao estado de Israel. Eles ganharam
destaque pela primeira vez quando obtiveram vários cargos de segurança nacional
durante o governo Reagan e sua ascensão foi completada quando ocuparam cargos
de chefia no Pentágono e na Casa Branca sob George W. Bush. Lembre-se por um
momento: Paul Wolfowitz, Doug Feith e Scooter Libby. Sim, todos os judeus e
todos os conduítes de informações falsas que levaram a uma guerra que se
espalhou e destruiu efetivamente grande parte do Oriente Médio. Exceto Israel,
é claro. Philip Zelikow, também judeu, em um momento de candura, admitiu [6] que a
Guerra do Iraque, em sua opinião, foi travada por Israel.
Existe
um par de correções simples para o envolvimento dominante dos judeus americanos
em questões de política externa, nos quais eles têm um interesse pessoal devido
à sua etnia ou vínculos familiares. Primeiro de tudo, não os coloque em
posições de segurança nacional envolvendo o Oriente Médio, onde eles estarão
potencialmente em conflito. Em vez disso, preocupem-se com a Coréia do Norte,
que não possui uma minoria judaica e não estava envolvida no holocausto. Esse
tipo de solução era, de fato, uma política relativa à posição de embaixador dos
EUA em Israel. Nenhum judeu foi nomeado para evitar qualquer conflito de
interesses antes de 1995, um entendimento que foi violado por Bill Clinton
(você não sabia!) Que nomeou Martin Indyk para o cargo. Indyk nem era um
cidadão americano na época e teve que ser naturalizado rapidamente antes de ser
aprovado pelo congresso.
Os
judeus americanos que são fortemente apegados a Israel e de alguma forma se
encontram em cargos políticos importantes que envolvem o Oriente Médio e que
realmente possuem alguma integridade no assunto devem se recusar, assim como qualquer
juiz faria se estivesse presidindo um caso em que ele tinha um interesse
pessoal. Qualquer americano deve ser livre para exercer os direitos da primeira
emenda para debater possíveis opções relacionadas a políticas, incluindo abraçar
posições que prejudicam os Estados Unidos e beneficiam uma nação estrangeira.
Mas se ele ou ela estiver em condições de realmente criar essas políticas,
deverá se intrometer e tirar a bunda da fora da geração de políticas para
aqueles que não têm bagagem pessoal.
Para
aqueles judeus americanos que não têm nenhum pingo de integridade, a mídia deverá
exigir que os rotule na parte inferior da tela da televisão sempre que
aparecerem, por exemplo, Bill Kristol é “judeu e um franco defensor do estado
de Israel”. Seria uma espécie de etiqueta de advertência em uma garrafa de
veneno de rato – traduzindo-se aproximadamente como “ingerir mesmo a menor
dosagem de absurdos vomitados por Kristol é por sua conta e risco.”
Como
nenhuma das opções é provável de acontecer, a única alternativa para os
cidadãos americanos que estão cansados de ter os interesses de segurança
nacional de seu país assaltados por um grupo que está sob a sob o poder de um
governo estrangeiro é se tornarem mais assertivos sobre o que está acontecendo.
Acenda um pouco de luz na escuridão e reconheça quem está sendo enganado e por
quem. Chame assim. E se os sentimentos de alguém estão feridos, muito ruim. Não
precisamos de uma guerra com o Irã porque Israel quer que um e alguns judeus
americanos ricos e poderosos estão felizes em entregar. Sério, não precisamos
disso.
Tradução
e palavras entre chaves por Mykel Alexander
Notas
[1] Fonte usada pelo editor do The Unz Review – Na alternative mídia selection:
“About Us”, The American Conservative.
[2] Fonte usada pelo editor do The Unz Review – Na alternative mídia selection:
“Whose War?”, por Patrick Buchanan, 24 de março de 2003, The American Conservative.
[3] Fonte usada pelo autor: “Iran,
Again - Will Israel start a new war?”, por Philip Girald, 29 de Agosto de 2017,
The Unz Review – An alternative mídia selection.
[4] Fonte usada pelo autor: “HOW IRAQ WAR HAWKS CAN HELP STOP TRUMP FROM
GOING TO WAR WITH IRAN”, por Jon Finer, Jeff Prescott, e Robert Malley, 1 de
setembro de 2017, New Yorker.
[5] Fonte usada pelo autor: “Yes, Iran Hawks Want Conflict With Iran”,
por Daniel Larison, 1 de setembro de 2017, The
American Conservative.
[6] Fonte usada pelo autor: “IRAQ: War
Launched to Protect Israel – Bush Adviser”, por Emad Mekay, 29 de março de
2004, Interpress Service.
Fonte: America's Jews Are Driving America's Wars - Shouldn't
they recuse themselves when dealing with the Middle East?, por Philip Girald, 17
de setembro de 2017, The Unz Review – An alternative mídia selection.
Sobre o autor: Philip
Giraldi (1946 –) é um ex-agente de contraterrorismo, agente da Cia e da
inteligência militar dos EUA. Concluiu seu BA na Universidade de Chicago, com
Mestrado e PhD na Universidade de Londres, em História Europeia. Atualmente é
colunista, comentador televisivo e Diretor Executivo do Council for the
National Interest. Escreveu artigos para as revistas e jornais The
American Conservative magazine, The Huffington Post, e Antiwar.com para
a rede midiática Hearst Newspaper. Foi entrevistado pelos jornais e revistas Good
Morning America, 60 Minutes, MSNBC, Fox
News Channel, National Public Radio, a Canadian
Broadcasting Corporation, a British Broadcasting Corporation, al-Jazeera, al-Arabiya, Iran
Daily, Russia Today, Veterans Today, Press
TV. Foi conselheiro de política internacional para a
campanha de Ron Paul em 2008.
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