![]() |
Tony Martin |
[Esta é uma transcrição
editada do discurso do Prof. Martin proferido em junho de 2002 em Irvine,
Califórnia, na 14ª Conferência do Institute for Historical Review. {Editorial
do Institute for Historical Review}]
Primeiro de tudo, muito obrigado, Greg, pela introdução. Eu
gostaria de agradecer também ao IHR {Institute for Historical Review} e, em
particular, a Mark Weber por me convidarem para cá. Eu estou muito feliz por
estar aqui, por participar deste evento. Eu gosto de tópicos longos, pelo menos
os títulos dos tópicos, então lerei o tópico que selecionei para hoje. É o
seguinte: “Táticas Judaicas Exemplificadas na Controvérsia sobre o Envolvimento
Judaico no Tráfico Transatlântico de Escravos”. Portanto, eu não falarei muito
sobre a controvérsia em si. O que estou tentando fazer é usar minha experiência
subjetiva, isto é, a experiência que tenho, há quase uma década, lidando com
essa controvérsia.
E o que eu vou tentar fazer agora — usar minha
experiência concreta e subjetiva na linha de fogo, por assim dizer. E eu entarei
extrair da minha experiência certos tipos básicos de táticas que acredito que o
lobby judaico tem usado ao longo dos anos, em relação à minha situação particular.
Mas, ao tentar extrair essas táticas da minha própria situação, eu suspeito que
posso muito bem ressoar com a experiência de outras pessoas aqui, porque minha
suspeita é que tende a haver uma prática generalizada que transcende a sua
situação particular. Portanto, embora no meu caso eu estivesse lidando com uma
situação específica — o tráfico transatlântico de escravos — minha suspeita é
que os tipos de táticas que foram usadas contra mim podem não ser muito
diferentes daquelas vivenciadas por muitas outras pessoas que se envolveram em
outros tipos de disputas com esse lobby em particular.
A primeira coisa que eu devo fazer a título de introdução
é basicamente resumir precisamente qual foi a minha controvérsia. Eu sei que é
familiar para muitas pessoas aqui, mas eu tenho certeza de que não para todos
nesta plateia. Como eu mencionei há pouco na introdução, eu leciono no
Wellesley College, em Massachusetts. Por muitos anos, eu ministrei um curso de
pesquisa sobre história afro-americana. Este é um curso de um semestre, que
avança rapidamente por toda a gama da história afro-americana. Em 1993, eu apresentei
a este curso um livro que está à venda aqui, um livro que era relativamente
novo na época, um livro que eu mesmo havia conhecido recentemente. Este livro,
publicado pelo departamento de pesquisa histórica da Nation of Islam,
intitula-se The Secret Relationship
Between Blacks and Jews {A Relação
Secreta entre Negros e Judeus}. E o que esse livro fez, baseando-se
principalmente em fontes escritas por
judeus, e fontes judaicas de diversos tipos, foi tentar sintetizar as
informações existentes sobre o envolvimento judaico no tráfico de escravos, a
vinda de africanos como escravos da África para o chamado novo mundo. Não havia
muita novidade no livro — todas as informações, praticamente, eram secundárias,
já publicadas, embora em grande parte escondidas em periódicos judaicos muito
esotéricos, dos quais o judeu médio, eu descobri mais tarde, não tinha a mínima
ideia sobre.
No entanto, não eram informações novas. Era novidade para
muitas pessoas, inclusive para mim, e eu achei muito interessante que, embora
eu tivesse ensinado história afro-americana por muitos anos, eu tinha apenas
uma vaga noção do papel dos judeus naquele tráfico de escravos. O que eu descobri
foi que o papel dos judeus naquele tráfico havia sido habilmente camuflado por
muitos e muitos anos. Quando havia judeus envolvidos, geralmente eles tendiam a
não ser identificados como judeus, enquanto quando havia cristãos ou
muçulmanos, havia uma identificação imediata dessas pessoas por sua etnia, por
sua filiação religiosa e assim por diante. No caso dos judeus, eles eram
chamados de outras coisas — portugueses, espanhóis, brasileiros, seja lá o que
for. Mas, sabe, essa identificação crucial tendia a ser obscurecida. Então,
como um bom professor — acho que sou um bom professor — estou sempre em busca
de novas informações para enriquecer minhas aulas. Eu fiquei então muito
fascinado por essas novas informações e decidi adicionar algumas leituras deste
livro em minhas aulas. E foi aí que, como diz o ditado, o inferno foi aberto. [risos]
Aparentemente, não percebi, mas eu acabei me envolvendo
em uma polêmica que já estava se formando porque o livro aparentemente causou
alguma consternação nos círculos judaicos. E só depois, quando eu voltei e fiz
minha pesquisa, eu descobri que um ou dois editoriais já haviam aparecido, por
meio da estrutura de poder judaica, de certa forma alertando pessoas como eu
para ficarem longe do livro. Aparentemente, já havia um artigo de opinião de
página inteira no The New York Times,
que, segundo me disseram, era o maior e mais longo artigo de opinião já
publicado naquele jornal. Na verdade, era composto na forma de uma Estrela de
Davi. Foi escrito por alguém chamado Henry Lewis Gates, da Universidade de
Harvard, um dos porta-vozes negros do lobby judaico. Até mesmo o jornal da
minha cidade natal, o Boston Globe,
publicou um editorial, do qual eu não tinha conhecimento na época, pouco antes
de começar a usar o livro. E, de certa forma, o propósito desses editoriais e
artigos de opinião era alertar as pessoas para ficarem longe daquele livro, ou mais.
Mas eu, na minha imprudência, ignorei os avisos, sendo em grande parte
inconsciente deles desde o início. E assim eu me deparei com este problema.
De fato, os judeus estiveram envolvidos não apenas no
tráfico de escravos africanos, mas também, e por um longo período de tempo, em
uma variedade de outros tráficos de escravos. Aparentemente, eles dominaram a
escravidão e o tráfico de escravos na época medieval. Há alguns dias, enquanto
viajava de avião para cá, eu estava relendo uma dissertação de doutorado de
1977 [“The Ebb and Flow of Conflict: A History of Black-Jewish Relations
through 1900”] de um homem chamado Harold D. Brackman, funcionário do Centro
Simon Wiesenthal. Em sua dissertação, que detalha as relações entre negros e
judeus desde a antiguidade até 1900, ele reconhece o fato de que os judeus
foram os principais traficantes de escravos do mundo por várias centenas de
anos — embora, e como de costume, ele dê uma interpretação muito interessante a
isso. Ele reconhece, como eu acho que ele precisa reconhecer, que os judeus
foram os maiores traficantes de escravos do mundo, comercializando escravos em
todos os lugares, da Rússia à Europa Ocidental, à Índia e à China — mas ele diz
que eles dominaram o comércio mundial somente por algumas centenas de anos — somente.
[risos] Ele disse que eles foram os principais traficantes de escravos do
século VIII ao século XII — mas isso não foi grande coisa. Foram somente
algumas centenas de anos.
Eu descobri também que os judeus foram muito
instrumentais na base ideológica do tráfico de escravos africanos — o notório
mito camítico — que, mais do que qualquer outra coisa, forneceu uma espécie de
base ideológica ou justificativa para o tráfico de escravos. Isso vem do
Talmude. De fato, o próprio Harold Brackman reconhece que esta foi a primeira
explicação da história no livro bíblico de Gênesis sobre Cam, o chamado
progenitor da raça africana, ter sido amaldiçoado por Noé, e assim por diante.
Mas, aparentemente, de acordo com Brackman, o Talmude foi o primeiro lugar a
dar uma interpretação racista a essa história. A história bíblica era
racialmente neutra, mas o Talmude aparentemente deu um toque racista terrível a
essa história, que mais tarde se tornou a base, o sustentáculo ideológico, do
tráfico de escravos africanos. Então, tudo isso eu descobriria conforme que eu me
tornei envolvido na controvérsia.
Uma das coisas que também me interessaram foi que o
elemento judaico aparentemente também era um elemento importante no que veio a
ser conhecido no século XIX como o tráfico de escravos brancos. O tráfico de
escravos brancos era uma grande multinacional, um comércio internacional de
mulheres para fins sexuais imorais, como prostitutas e assim por diante. E
descobri também que empresários judeus na Europa aparentemente também eram
figuras importantes nesse chamado tráfico de escravos.
Então, eu tomei conhecimento de tudo isso. Apenas para
resumir brevemente o que eu descobri no livro The Secret Relationship Between Blacks and Jews {A Relação Secreta entre Negros e Judeus}
e nas leituras subsequentes, em relação ao tráfico de escravos africanos, é
que, uma vez iniciado no século XV, os judeus voltaram a ser uma parte muito
importante dele. O livro não sugeria, como eu nunca sugeri, que os judeus
fossem as únicas pessoas envolvidas, ou mesmo as principais. Meu ponto principal
sempre foi que, enquanto todos os outros que eu estou ciente que participaram
do tráfico de escravos reconheceram sua participação, muitas das pessoas que
participaram da gênese do tráfico de escravos também se tornaram parte do
movimento abolicionista para acabar com o tráfico. Mas, até onde eu sei, o
elemento judaico é o único que resistiu a reconhecer sua participação nesse
tráfico. Na verdade, ele foi além de simplesmente resistir ao conhecimento
dessa informação. Ele tem se tornado muito eriçado quando essa informação veio
à tona.
E esse tem sido o meu problema básico. Por quê? O que há
de tão especial nesse grupo que se coloca além dos limites, por assim dizer —
sem trocadilhos — além dos limites da crítica? E enquanto qualquer outro grupo
pode ser criticado, este grupo — parece-me — está além da crítica.
Especialmente para mim, como pessoa negra, fico muito chateado se alguém tenta
entrar na minha sala de aula para me dizer que eu, como pessoa negra que ensina
história negra, tenho que considerar o envolvimento deles na minha história
como algo fora dos limites.
Então, depois de se tornarem envolvidos nessa história,
por meio do mito camítico, os judeus foram alguns dos financiadores importantes
desse tráfico de escravos nos primeiros períodos. Uma das principais
corporações multinacionais que financiou o tráfico de escravos no Atlântico
desde o início foi a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais. Como nós sabemos,
os judeus foram expulsos da Espanha e de Portugal. A Holanda foi a única região
que os acolheu, em certa medida. E foi mais ou menos na mesma época, no século
XV, que o tráfico de escravos estava se intensificando — então eles estavam
posicionados, geograficamente e de outras maneiras, para se tornarem um
elemento importante no financiamento da Companhia Holandesa das Índias
Ocidentais, uma grande corporação multinacional envolvida no tráfico de
escravos.
No início do século XVII, os judeus eram, de fato, um
elemento importante no tráfico de escravos em lugares como Brasil e Suriname,
na América do Sul, em lugares como Curaçao, nas Índias Ocidentais, e na
Jamaica, Barbados e outros lugares. Eu descobri que eles também estavam muito
bem posicionados neste país {EUA} — que muitos dos comerciantes que, na época
colonial, trouxeram escravos através do Atlântico para este país eram, na
verdade, judeus donos de navios e traficantes escravos. Alguns dos nomes mais
conhecidos da América do Norte colonial envolvidos nesse tráfico eram pessoas
como Aaron Lopez, de Newport, Rhode Island, que era um dos nomes mais
conhecidos de todos.
Eu descobri que os judeus eram donos de muitas das
corporações auxiliares que, de certa forma, alimentavam o tráfico de escravos.
Por exemplo, a destilação de rum era um negócio importante, auxiliar ao tráfico
de escravos, pois o rum era usado como item de troca, para ser trocado por
escravos na África Ocidental. E a maioria das destilarias de rum em lugares
como Boston e outras partes da Nova Inglaterra eram, eu acredito, de
propriedade de judeus, e assim por diante.
Eu descobri que, de acordo com o censo de 1830, embora os
judeus constituíssem uma pequena proporção da população da América do Norte,
eles estavam excessivamente representados entre os proprietários de escravos.
Sim, eles constituíam uma pequena parcela da população em geral, mas, em termos
percentuais, eram significativos. Historiadores judeus que analisaram o censo
de 1830 descobriram que, enquanto cerca de 30% da população branca pode ter
possuído um ou mais escravos no Sul, para as famílias judias a proporção era
superior a 70%. Portanto, de acordo com uma análise do censo de 1830 feita por
historiadores judeus, os judeus tinham mais que o dobro de probabilidade, em
termos percentuais, de possuir escravos.
Eu descobri também que os judeus, apesar de seu
envolvimento no tráfico de escravos, eram muito poucos e distantes entre si e o
movimento abolicionista. Eles tinham muito, muito menos probabilidade do que
outros grupos de se envolverem nesse movimento. Em resumo, esse é o conjunto de
fatos que me levaram a me envolver nessa interessante controvérsia. E o que eu quero
fazer, então, é me deter não nos fatos em si, mas no que percebo serem as
principais táticas que foram usadas, porque me vi, como disse, na linha de
frente dessa situação, e fiquei muito fascinado ao observar suas táticas. E
quanto mais eu começava a ler sobre essa questão, mais padrões eu vi emergindo.
A primeira e principal tática que eu descobri em seu
ataque a mim foi a dependência de mentiras — mentiras descaradas. Não há outra
maneira de descrever isso, apenas contar mentiras. Muitas das categorias que eu
enumerarei se sobrepõem, e muitas delas também poderiam se enquadrar nessa
rubrica geral de contar mentiras. Mas eu acho que, se tivéssemos que isolar uma
única tática, seria a tática de contar mentiras. Eu acho que eles elevaram a
prática de contar mentiras a uma forma artística muito elevada. [Risos]. Por
exemplo, logo no início da minha controvérsia, as principais organizações
judaicas se envolveram. E isso é fascinante. Aqui estou eu, professor em uma
faculdade muito pequena, dando aula para uma turma de talvez 30 alunos, mas
eles deram tanta importância a isso que, em um espaço de tempo muito curto, as
principais organizações judaicas se envolveram, e isso se tornou um evento
nacional. Por exemplo, em uma manhã de domingo, no programa de televisão da rede
ABC “This Week With David Brinkley”, havia um segmento inteiro abordando essa
questão — sobre eu dizer aos meus alunos que judeus estavam envolvidos no
tráfico de escravos.
Até aquele ponto, eu ainda estava um pouco surpreso,
considerando a importância dada ao que, para mim, era algo totalmente
inconsequente. Logo depois que tudo isso começou, quatro das principais
organizações judaicas emitiram um comunicado de imprensa conjunto me atacando:
a Liga Antidifamação (ADL), o Comitê Judaico Americano, o Congresso Judaico
Americano e o Conselho de Relações Comunitárias Judaicas da Grande Boston.
Depois, eles disseram que era algo sem precedentes que essas grandes
organizações judaicas unissem seus esforços para atacar um pequeno e obscuro
professor em uma pequena escola. Eles também admitiram que era incomum emitir
esse comunicado de imprensa no meio de um de seus grandes feriados — dos quais
existem vários, pelo que sei — para, de alguma forma, perturbar a santidade
deste feriado importante, publicando alguma nessa linha.
Na verdade, eu vi um dos comunicados de imprensa
originais, que comparei a um pergaminho medieval. Isso me lembrou de um filme
que vi quando criança, com Robin Hood, no qual o xerife de Nottingham entrava
na Floresta de Sherwood [risos] e desenrolava uma longa proclamação e a pregava
em uma árvore, dizendo: “Robin Hood, cuidado. Estamos procurando por você”.
Esse tipo de coisa. [risos]. Era literalmente um pergaminho. Não dava para ler
sem ter que desenrolá-lo. Eu nunca vi nada parecido. Tinha os logotipos dessas
quatro organizações. E isso me abriu os olhos para a propensão dessas pessoas a
mentir.
Essa proclamação dizia ao mundo que eu estava me
recusando a deixar meus alunos discutirem essas informações. Primeiro, me
apresentava como alguém que estava fornecendo informações erradas — informações
descaradamente falsas, como outro judeu descreveu na minha sala de aula. E
dizia que, na sala de aula, eu estava aparentemente forçando essas coisas goela
abaixo dos meus alunos e proibindo qualquer discussão — uma alegação que era
absoluta e terrivelmente falsa. Dizia que eu tinha um histórico de todos os
tipos de problemas com a minha escola e que meus colegas vinham reclamando de
mim há muitos anos. Até agora, não tinha a mínima ideia do que essas
reclamações poderiam ser. Não conheço nenhum incidente desse tipo, certamente
não antes dessa época.
Eu consegui pegar esse comunicado à imprensa e lê-lo para
a minha turma. Foi uma ótima experiência de aprendizado para os alunos, porque
ali estavam os alunos que eu era acusado de enganar e tudo mais, e pude mostrar
a eles o tipo de informação que chega à grande mídia. Uma das mentiras
interessantes que surgiram nessa época foi a rabina do campus. Ela entrou na
minha sala — sim, era uma mulher, na verdade — reclamando do meu ensino dessas
informações. Então eu disse a ela: Bem, se você acha que essas informações são
falsas, por que não vem à minha aula? Vou convidá-la para a minha sala de aula.
Vou permitir que você se levante na frente da minha turma e explique o que há
de errado com essas informações, e então poderemos ter um debate diante da
turma. E ela concordou. Mas é claro que ela mudou de ideia rapidamente. E não
só mudou de ideia, como também revelou que eu havia me recusado a discutir o
assunto com ela.
Então, o ponto número um é a propensão a mentir. O ponto
número dois era uma propensão muito interessante a tentar prejudicar a
credibilidade profissional. Havia uma tendência a difamar e caluniar quem quer
que estivesse indisposto com seu coletivo. Neste caso, era eu. Havia um senhor
judeu, de cerca de 50 anos, que começou a fazer ligações anônimas, ligações
aleatórias, para o campus. Ele ligava para os dormitórios, ligava para os
escritórios das pessoas, aleatoriamente. E dizia que era um estudante judeu na
Universidade de Harvard. Dizia que havia descoberto que eu não tinha doutorado
e que não era qualificado para lecionar no Wellesley College. Este foi um dos
exemplos mais bizarros da tentativa de me desacreditar profissionalmente.
Houve um senhor contra quem posteriormente abri um
processo por difamação e perdi. Entrei com três processos, mas perdi todos.
Este senhor sugeriu que eu era um doutor em ação afirmativa e que a única razão
pela qual eu obtive o título de doutor foi por causa da ação afirmativa. Ele
disse que a única razão pela qual eu consegui estabilidade no Wellesley College
— eu era um dos professores mais jovens a ter estabilidade lá — foi porque eles
tinham medo de mim. Eu era retratado como uma pessoa grande, negra e falastrão,
então, só para me manter quieto, eles decidiram me dar estabilidade. [risos].
Uma das tentativas mais interessantes de me desacreditar
foi feita por um senhor chamado Leon Wieseltier, que se descreve como editor
literário da revista New Republic. Em
1994, eu acho que foi no auge de toda essa histeria, o The Washington Post Book World me convidou para resenhar quatro
novos livros para uma edição, o que eu fiz. Eles deram bastante espaço para
minha resenha. Foi a resenha de livro mais longa daquela edição.
E na edição da semana seguinte, havia, previsivelmente,
duas ou três cartas indignadas de judeus perguntando ao The Washington Post Book World se ele tinha conhecimento de quem
era essa pessoa — o grande antissemita Tony Martin. Vocês não sabem quem é? [risos]
Como podem deixá-lo escrever neste prestigioso periódico? E esse cara,
Wieseltier, foi um passo além. O título do meu livro é The Jewish Onslaught {O Massacre Judaico}, e o subtítulo é “Despatches
from the Wellesley Battlefront.” {“Despachos da Frente de Batalha de Wellesley”}.
Agora, eu escrevo despachos com “d-e-s”. A maioria dos americanos escreve “d-i-s”.
Eu cresci em uma tradição britânica, em uma colônia britânica, e até hoje
escrevo “honor” com “h-o-n-o-u-r”. A maioria de vocês não sabe. O “e” em “despatches”
é uma grafia britânica. E esse idiota [risos] obviamente não percebeu que
existem grafias alternativas para a palavra. Mais uma vez, tão ansioso para
tentar desacreditar alguém com quem discorda, esse cara disse ao The Washington Post Book World em sua
carta que eu era tão ignorante e estúpido que nem conseguia soletrar a palavra “despatches”.
[Risos]. Vejam como eu era estúpido, tendo sido autorizado a publicar no
periódico deles. Felizmente para mim, a editora do The Washington Post Book World era uma daquelas raras pessoas que
aparentemente não se intimidou muito com o ataque judaico. E ela escreveu uma
réplica muito simpática dizendo a Wieseltier que havia consultado dois
dicionários e, em ambos, viu “despatches” — escrito com “e” — como uma das
grafias opcionais da palavra.
Depois, houve Mary Lefkowitz, uma das minhas colegas no
Wellesley College. Em uma pequena revista literária que eu nunca tinha visto
antes, ela alegou que eu havia empurrado e agredido fisicamente uma aluna
branca. Agora, eu leciono em uma faculdade feminina. Então, aqui está ela,
jogando com, eu acho, todas essas percepções de um estuprador negro e
grandalhão ou algo assim. Mas ela alegou que eu empurrei fisicamente uma aluna
branca. Seria uma mulher branca, e a mulher caiu. Então, ela disse, eu me
inclinei sobre ela e me enfureci. Essa foi a palavra que ela usou: eu me
inclinei sobre ela e me enfureci. Uma delas teve uma visão de um animal
furioso. [risos]. Então, é claro que eu abri um processo por difamação contra
ela.
E uma das coisas que descobri foi que essas pessoas estão
muito, muito bem posicionadas no sistema judiciário. Na verdade, depois de ter
perdido, bem, eu acho, dois processos por difamação, eu estava começando a
pensar que eles deviam ter algo a ver com a formulação das leis de difamação
neste país. [risos]. Porque neste caso, sabe, Lefkowitz realmente reconheceu
que o que ela disse estava errado, e ela reconheceu que não havia tomado o
devido cuidado ao apurar os fatos. Mas mesmo esses reconhecimentos não foram
suficientes para eu ganhar o caso. Eu tive que provar que ela agiu com total
imprudência e todo tipo de coisa. Mas foi uma experiência de aprendizado muito
interessante para mim. Do jeito que as leis de difamação funcionam neste país,
uma vez que identificam você como uma “pessoa pública”, qualquer um basicamente
tem carta branca. Uma pessoa pode dizer o que quiser. Pode ser verdade. Pode
ser mentira. Ela não precisa pesquisar. Ela pode dizer o que quiser. É
praticamente tão ruim quanto parece.
Então, essas são algumas das tentativas que foram feitas
para me desacreditar. Claro, eu não acho que tenham tido sucesso. Mas,
novamente, foi uma tentativa muito persistente de manchar minha imagem. E muito
alinhada a isso, é claro, estava a questão generalizada de difamação de
caráter. Isso fazia parte desse esforço para prejudicar a credibilidade de
alguém.
Havia também a tática do que descrevo como truques sujos.
Claro, isso também é um subconjunto dentro da rubrica geral de mentiras, eu
suponho. No Wellesley College, há um grupo de Hillel. Hillel é a organização
estudantil judaica que existe em campi por todo o país. Lembro-me de ler no
livro de Paul Findley, They Dare To Speak
Out {Eles Ousam Falar}, que o pessoal da Hillel é formalmente treinado,
aparentemente pela ADL e outras organizações, em táticas: como interromper
reuniões, como disseminar propaganda enganosa nos campi e assim por diante. E
mesmo que eu não saiba disso com certeza, certamente os estudantes da Hillel
que participaram da campanha pareciam ter treinamento profissional.
Na verdade, toda a campanha contra mim foi iniciada por
estudantes do grupo da Hillel. Eles assistiram à minha aula no primeiro dia do
semestre, apenas por um dia. E, de alguma forma, a partir daquela aula, de
alguma forma, eles descobriram que eu estava ensinando este livro como um fato.
Aparentemente, eles imaginaram que, se eu estivesse ensinando o livro como “literatura
de ódio”, entre aspas, tudo bem. Mas o fato de eu estar ensinando o livro como
qualquer outro livro, como um livro com alguma credibilidade acadêmica básica —
eles consideraram isso, é claro, uma atitude grosseiramente antissemita. E
foram eles que levantaram o clamor.
Há um grupo no campus chamado “Os Amigos de Wellesley
Hillel”. É um grupo de professores e ex-alunos que trabalha em estreita
colaboração com os alunos de Hillel. No meio dessa campanha, eles elaboraram um
pacote com informações, em sua maioria, difamatórias e o enviaram pelo correio
para a mãe de um dos alunos, que se manifestou veementemente a meu favor. Os
alunos se uniram a mim. É incrível a extensão da ação dessas pessoas. Trata-se
de um grupo de pessoas adultas, como reitores de faculdades e professores, que
se dão ao trabalho de participar de comitês para elaborar um pacote de mentiras
e desinformação, basicamente, e distribuí-lo. Na verdade, eles miraram nessa
aluna porque ela era uma líder dos alunos que me apoiavam, e enviaram essas
informações para a mãe dela.
Um dia, alguém veio e pregou um panfleto no meu
escritório — eu não estava lá no momento — alegando má conduta sexual entre mim
e essa mesma aluna, que se manifestou a meu favor. Felizmente para mim, não
funcionou. E em certo momento, começaram a espalhar o boato de que, se eu
escrevesse recomendações para aqueles alunos, eles não conseguiriam emprego,
nem ingressariam na pós-graduação, nem nada. Esses são alguns dos truques sujos
que chamo de “golpes sujos”.
Havia também a tática do que chamo de “atacar a jugular
econômica” — para minar minha capacidade de sobrevivência econômica. Um exemplo
disso foi um comunicado de imprensa conjunto que pedia minha expulsão da
faculdade. Pedia a revogação da minha estabilidade. Então, novamente, essa é
uma das marcas registradas da tática deles, me parece. E tenho certeza de que
isso se aplica mais amplamente do que apenas ao meu caso.
Havia também a tática do que chamo de Grande Presunção.
Ouvi alguém ontem à noite mencionar a palavra “chutzpah”. Eu chamo isso de
presunção — a ideia de que um rabino, um capelão estudantil, pudesse entrar em
meu escritório para exigir uma explicação sobre por que estou ensinando essas
informações. Isso, para mim, é pura presunção. Embora eu tenha sido educado, a
essência da minha resposta foi, basicamente: “Quem diabos é você para vir aqui
me dizer o que devo ensinar em uma aula de estudos negros. Sou especialista em
estudos negros. Quem diabos é você?” Eu não disse nesses termos, mas esse era o
significado do que eu estava dizendo.
Antes desse pesado e totalmente decidido ataque judaico
começar comigo, por pura coincidência, alguns meses antes, eu estava fazendo
uma pesquisa em um arquivo judaico na cidade de Nova York, e naquela época um
caso semelhante ao meu tinha acabado de surgir envolvendo o professor Leonard
Jeffries, do City College, na cidade de Nova York. Ele havia feito um discurso
em Albany no qual apontou que os judeus tiveram uma participação muito grande
na formação de Hollywood. Aliás, há um livro de um autor judeu, Neil Gabler,
chamado An Empire of Their Own {Um
Império Próprio}. E o subtítulo, curiosamente, é “How the Jews Invented
Hollywood.” {Como os Judeus Inventaram Hollywood}.[1] O
que poderia ser mais explícito do que isso? O autor está se gabando da maneira
como os judeus basicamente moldaram a cultura popular americana.
Então, Len Jeffries, em seu discurso em Albany, disse:
“Bem, tudo bem, então todos vocês [judeus] inventaram a cultura popular
americana. Portanto, vocês têm que assumir grande parte da culpa pelos
estereótipos negativos sobre os negros que foram nutridos por Hollywood ao
longo dos anos. Mas é claro que eles querem ter a sua parte e comê-la também.
Eles querem inventar Hollywood, mas não querem assumir a responsabilidade pelos
elementos negativos que emanam de Hollywood. Então, Jeffries foi tachado de
antissemita, como de costume, por ter dito isso. Então, naquela época, quando
eu estava visitando o arquivo judaico, meu próprio caso ainda não havia sido
revelado. Mas eles tentaram me submeter a esse teste decisivo. Era quase como
se não me deixassem usar os arquivos a menos que eu negasse qualquer tipo de
associação com Jeffries. A mulher responsável me perguntou: “Você conhece Len
Jeffries?” Eu disse: “Sim, eu o conheço. Ele é um bom amigo meu, um colega
meu.” E ela ficou muito irritada.
Novamente, há essa presunção, essa sensação de que eles
têm o direito de submetê-lo a todos esses testes decisivos — o direito de
exigir de você por que está fazendo algo que, para qualquer outra pessoa, é
totalmente correto e totalmente inofensivo.
Outra tática que acho que posso extrair da minha
experiência é a tendência de ignorar as questões reais. Eu descobri que,
durante todo esse período de quase dez anos, eles quase nunca me abordavam
sobre os fatos. Eles diziam: “Ok, você diz que os judeus estavam envolvidos no
tráfico de escravos. Você é um grande antissemita”. Então eu respondo: “Ok,
vamos discutir isso”. Os judeus eram de fato metade dos proprietários de
escravos no Brasil no século XVII? Eu diria: olhe para a sua própria Encyclopaedia Judaica. Ela diz que os
judeus eram metade dos proprietários de escravos no Brasil. Mas eles nunca se
envolveriam nesse tipo de debate factual. Nunca. Eles sempre vão pela tangente,
tentando manchar seu caráter, tentando tirar seus recursos econômicos, e assim
por diante. Mas eles evitam cuidadosamente se envolver em uma discussão sobre
os fatos reais da questão.
Eu tive uma ilustração gráfica disso há apenas algumas
semanas, quando essa questão ressurgiu, muito brevemente, no meu campus. Alguém
mencionou que, dez anos atrás, eu havia ensinado essas [supostamente] mentiras
descaradas e outras coisas. Então, respondi no jornal. E alguns estudantes
judeus me responderam. E, novamente, embora eu tenha apresentado vários
exemplos de historiadores judeus reconhecendo o envolvimento judaico no tráfico
de escravos, não houve nenhuma referência a isso por parte dos estudantes
judeus. Em vez disso, eles começaram a falar sobre histórias da Europa na Idade
Média, ou de alguma outra época, sobre judeus matando crianças brancas para
tirar seu sangue e colocá-lo em matzás, e histórias sobre seu holocausto
judaico.[2] Em
suma, todo tipo de coisa que não tinha nada a ver com nada. Na verdade, eu respondi
perguntando o que tudo isso tinha a ver com o que eu estava dizendo. Eles não
leram meu artigo. Não reconheceram as evidências que eu havia apresentado sobre
o envolvimento judaico no tráfico de escravos. O que as histórias de judeus
matando alguém para usar seu sangue para colocar em matzás têm a ver com o
tráfico de escravos? Mas essa sempre foi a tendência deles. Eles evitavam
cuidadosamente os fatos e a questão em pauta e, no lugar disso, introduziam o
que chamamos de Red Herrings — coisas fora do contexto. E essa era uma tática
muito persistente, que eu consegui discernir.
Outra tática — que pode estar dizendo a mesma coisa de
uma maneira diferente — é a tendência de introduzir “espantalho”. Por exemplo,
estou discutindo o envolvimento de judeus no tráfico de escravos, mas alguém
responde escrevendo um artigo dizendo que eu aleguei — o que não é verdade —
que os judeus eram geneticamente predispostos a escravizar outros. Isso não tem
nada a ver com nada do que eu estava falando. Mas, novamente, eles desconsideravam
completamente os fatos do caso e introduziam algo totalmente diferente. Eles
introduziam um “espantalho”, registravam isso e, então, atacavam o “espantalho”
que criaram. E, como eles têm tanta influência na mídia, esse “espantalho”,
essa informação falsa, de repente se torna parte do registro. Mesmo no
tribunal, eles fazem referência às mesmas mentiras que publicam no jornal, como
se fosse uma fonte desinteressada, uma terceira pessoa. E isso me leva ao meu
próximo ponto — a capacidade deles de plantar desinformação nos registros e, em
seguida, usar essa desinformação como se fosse algum tipo de fonte primária bem
documentada.
Ponto número dez. Isso é o que eu chamo de uso de
traidores ou substitutos, ou o que nós, na comunidade negra, chamamos de Tio Tom
(Uncle Tom). Eles desenvolveram essa arte a um nível muito alto — pelo menos no
meu caso, ou na comunidade negra. Mencionei Henry Louis “Skip” Gates. Existem
muitas outras figuras notórias como essa na comunidade negra, que estão muito
dispostas a fazer o que querem. Eu devo dizer que essas pessoas são muito,
muito bem recompensadas. Essas pessoas receberam uma proeminência incrível.
Elas viajam o mundo palestrando, às vezes por quinze mil dólares de cada vez.
Esse é o tipo de honorários que essas pessoas recebem. Elas receberam cátedras
em suas universidades. Muitos deles mal conseguem formar duas frases. Mas, por
terem se disposto a jogar esse jogo, foram alçados à proeminência. Quando você
pega o The New York Times, os vê na
capa da seção de domingo da revista, abordando questões que dizem respeito aos
negros. E não importa o que seja especificamente. Pode ser a história da
África. Pode ser a política contemporânea no Caribe. Não importa. Eles são
citados como autoridades, e assim por diante. Você também os verá na televisão
PBS, em programas e documentários multimilionários, e assim por diante. E essa
tem sido uma tática muito eficaz da parte deles: escolher pessoas de dentro,
neste caso, do meu próprio grupo — isto é, pessoas que estão dispostas, de certa
forma, a se vender pelas recompensas, reconhecidamente muito amplas, que
recebem como resultado.
Outra tática é a habilidade deles de se aproveitar da
influência que, sem dúvida, têm em altos cargos. No Wellesley College, por
exemplo, um novo reitor estava chegando justamente quando meu caso estava
chegando ao clímax, por assim dizer. E essa nova reitora chegou sem saber nada
sobre o que estava acontecendo. E, de alguma forma, essas pessoas a convenceram
a escrever uma carta, que suspeito que eles mesmos devem ter redigido, pois ela
não tinha conhecimento real do contexto do que estava acontecendo. Era uma
carta me condenando por ensinar que judeus estavam envolvidos no tráfico de
escravos. Essa carta, de acordo com relatos de jornais, foi enviada para talvez
40 a 60 mil pessoas. Então, o novo reitor do Wellesley College enviou de 40 a
60 mil cartas. Isso deve ser sem precedentes nos anais do ensino superior
americano, eu acho. Isso é algo para o Guinness
Book of World Records [risos]. Uma reitora de universidade enviando até 60,
ou seja, seis a zero, mil cartas, condenando um de seus próprios professores
por ensinar algo que é historicamente verdadeiro. Nunca, jamais ouvi falar de
um caso assim. Talvez eu devesse mesmo escrever para o Guinness Book of World Records e ver se eles conseguem me imortalizar
mencionando isso.
Depois, houve a Associação Histórica Americana. Três
historiadores judeus foram até a Associação Histórica Americana e conseguiram
que ela decretasse – esse é o único termo que consigo usar – que decretasse,
por decreto executivo, que os judeus não estavam envolvidos no tráfico de
escravos. Nunca ouvi falar de nada parecido. Isso é totalmente antitético à
maneira como a academia opera. Quem já ouviu falar de algo assim: fato
histórico sendo determinado por decreto presidencial da Associação Histórica
Americana? “Nós decretamos...”. É como uma Bula Papal na Idade Média... “Nós
decretamos: Os judeus não estavam envolvidos no tráfico de escravos.” É
absolutamente incrível, mas eles realmente foram bem-sucedidos em ter feito
isso.
Depois, há um dos casos mais incríveis de todos. Eu fui
convidado para falar na cidade de Worcester, Massachusetts, pelo Worcester
State College, por volta de 1994 ou 1995. E os grupos judaicos conseguiram que
o prefeito de Worcester – uma das maiores cidades do estado – convocasse uma
coletiva de imprensa especial, na qual ele tinha líderes de todas as principais
religiões. Ele tinha um líder católico romano. Ele tinha um líder batista –
líderes de várias denominações protestantes – e rabinos, membros da Liga Antidifamação
(ADL) e assim por diante. O prefeito reuniu uma coalizão inteira de
organizações religiosas e, aparentemente, de direitos civis. Para quê? Para me
denunciar antes da minha apresentação no Worcester State College. Eles já
haviam tentado pressionar a faculdade e as pessoas que me convidaram. Para seu
grande crédito, essas pessoas permaneceram firmes. Recusaram-se a se curvar, e
eu falei. Seria de se esperar que o prefeito tivesse coisas mais importantes
para fazer. Mas aqui, esses grupos foram poderosos o suficiente para fazer com
que o prefeito de uma grande cidade convocasse um conclave especial sobre um
comunicado de imprensa judaico para me denunciar.
Claro, o resultado foi que meu discurso, quando de fato
aconteceu, atraiu o maior público da história da escola. Na verdade, eu não
incluí isso originalmente na minha palestra, mas eu realmente deveria mencionar
a tendência deles de, ocasionalmente, darem um tiro no próprio pé. Se tivessem
me deixado em paz, acho que as únicas pessoas que saberiam do envolvimento
judaico no tráfico de escravos seríamos meus 30 alunos e eu. Mas agora, é
claro, o mundo inteiro sabe disso. E, como resultado, a questão da escravidão
africana nunca mais será levantada sem que a questão do papel judaico faça
parte da discussão. Agora está na vanguarda da consciência das pessoas. E isso
se deve a eles. Quer dizer, eu nunca poderia ter promovido essa ideia da
maneira que eles fizeram. [Risos]
Outra tática, claro, é o uso da grande mídia. Eles ficam se
tornam muito agitados quando se fala do controle que eles têm sobre a mídia.
Essa é uma das piores coisas antissemitas que alguém pode dizer. E, no entanto,
como no caso do envolvimento judaico em Hollywood, eles próprios se gabam de
sua proeminência na mídia. Aliás, no meu livro, The Jewish Onslaught, cito Charles Silberman, um autor judeu que
escreveu um livro na década de 1980 chamado A
Certain People {Um Certo Povo}. E nele ele se gaba de que, dos sete
principais editores do The New York Times,
todos os sete eram judeus. Ele escreveu sobre as principais redes de TV e,
embora eu me esqueça do número exato, ele menciona que a maioria dos produtores
seniores das redes de TV eram judeus e que são esses produtores que realmente
determinam o que aparece nas notícias, o que fica de fora, como a informação é
interpretada e assim por diante. Portanto, as pessoas cruciais para a
manipulação das notícias, escreveu ele, são principalmente judeus. Ele citou
nomes. E eu o citei no meu livro. Mas eu era antissemita por citá-lo, o que não
era incomum.
Quando aquele enorme rolo, aquele rolo de comunicado à
imprensa, foi publicado pelas quatro principais organizações judaicas, o Boston Globe, o principal jornal da
cidade, publicou quatro artigos importantes, incluindo editoriais e artigos de
opinião, em cerca de seis dias, atacando-me sobre essa questão. Isso incluiu um
artigo de opinião no jornal de domingo e um editorial importante na página
editorial. Novamente, estes estavam cheios de mentiras e distorções. Respondi
com uma carta, que eles se recusaram a publicar. Então, eles tinham quatro
artigos importantes me atacando em menos de uma semana, mas se recusaram a
publicar minha réplica. E assim, como essas pessoas têm tanta influência sobre
a grande mídia, isso lhes dá uma grande vantagem.
Lembro-me de ser entrevistado para o programa de primeira
página da Fox. Eles me entrevistaram por mais de uma hora, mas eu acho que
minhas respostas às perguntas deles foram tão concisas que eles não conseguiram
encontrar nenhuma frase de efeito para me prejudicar. Então, eles me deram
algumas frases de efeito, talvez meio segundo cada, mas em vez de me deixarem
falar, eles tinham um narrador que passava uns cinco minutos contando às
pessoas o que eu tinha dito, mas não me deixava dizer nada, na prática. E essa
também é uma das táticas deles.
O uso de organizações é outra tática. Claro, não preciso
falar para esta plateia sobre a Anti Defamation League {Liga Antidifamação}.
Acho que também tenho um lugar de destaque no site da ADL {Anti Defamation
League}. Embora eu não tenha verificado recentemente, por vários anos recebi
Menção Honrosa todos os anos na lista de ocorrências antissemitas deles, e
assim por diante. Na lista de ocorrências antissemitas do ano anterior, havia
um item como: “Tony Martin deu uma palestra na faculdade XYZ”. Isso por si só
seria citado como um evento antissemita — o fato de eu ter dado uma palestra em
algum lugar. A ADL, na verdade, lançou um livro sobre mim. E embora eu o tenha
há anos, ainda não o li. Eles pegaram o título do meu livro e o inverteram.
Este relatório da ADL se intitula Academic
Bigotry: Professor Tony Martin’s Anti-Jewish Onslaught {Intolerância
Acadêmica: O Ataque Antijudaico do Professor Tony Martin}.
Outra tática é o que chamo de histrionismo indecoroso.
Quando eu falei no Worcester State College, havia uma senhora judia (acho que o
nome dela era Schneider) que fazia parte do conselho administrativo da
faculdade. Em meio a grande alarde, ela renunciou ao cargo por causa do convite
da instituição. Mas isso é o que eu chamo de histrionismo estúpido. Teve muita
repercussão na imprensa, é claro. Criou muito interesse na mídia. Mas,
novamente, foi um tiro no próprio pé. Pelo que me lembro, eles haviam
inicialmente programado que eu falasse em um auditório com capacidade para
cerca de cem pessoas. Mas depois de toda a histeria, que eles próprios geraram,
tiveram que mudar o local para o maior auditório que tinham, com capacidade
para cerca de 300 pessoas. E mesmo isso não era grande o suficiente. Então,
finalmente, quando cheguei em uma manhã fria e invernal de fevereiro, eles
estavam com o auditório com capacidade para 300 pessoas totalmente lotado.
Depois, tiveram que ligar circuitos fechados de televisão do lado de fora para
que outras 300 pessoas ouvissem o que eu tinha a dizer. E, claro, meu discurso
virou notícia de primeira página na manhã seguinte, no Telegram & Gazette de Worcester, e assim por diante.
Outra coisa que eles tentam fazer é atribuir o que eu
chamo de apelido a você. Eles tentam encontrar algum pequeno lapso de língua,
ou alguma coisinha que possam tirar do contexto. E se encontrarem, toda vez que
seu nome for mencionado na mídia, eles o culpam. Por exemplo, o Ministro Louis
Farrakhan, da Nation of Islam, certa vez cometeu um lapso. Ele estava falando
sobre um fato, como mencionei antes, de que 75% das famílias judias em 1830
possuíam escravos. Mas ele meio que se enganou, como costuma acontecer no meio
de um discurso — um lapso de língua. E descobriu-se, quando ele disse isso, que
os judeus possuíam 75% dos escravos. Foi obviamente um lapso. Mas eles
mencionaram isso repetidamente desde então, muitas vezes usando essa frase de efeito
para fazer parecer que ele era um grande falsificador da verdade.
No meu caso, felizmente para mim, o máximo que
conseguiram me atribuir foi o termo “polêmico”. Então, toda vez que me
mencionam, eu me torno o professor “polêmico”. Eles também são muito bons no
jogo do policial bom/policial mau. Enquanto alguém tenta te destruir de um
lado, alguém vem do outro, todo sorridente e tudo mais. Mas cuidado com o
policial bom. Muitas vezes, é melhor lidar com o policial mau, porque o bom
costuma te colocar na cadeia muito mais rápido e suavemente do que o mau.
E às vezes tentam te fazer de bobo. Ao mesmo tempo,
tentam te destruir, tentam te dar conselhos. Ano passado, por exemplo, quando eu
decidi aceitar o convite de David Irving para falar em Cincinnati, um cara cujo
nome não lembro me enviou um e-mail dizendo o quão racista David Irving era.
Ele me enviou uma cópia de um poema que Irving havia escrito, dizendo que não
queria que sua filha se casasse com um rastafári ou algo assim — o que não vem
ao caso, para mim. Se ele quer, quer que sua filha se case com um rastafári ou
qualquer outra pessoa, ou que não se case com eles. E daí? Isso não tem nada a
ver com nada, para mim. Mas, repito, aqui estão pessoas tentando me destruir,
pessoas que passaram os últimos dez anos tentando me retratar como todo tipo de
coisa, tentando tirar meu sustento. E essas mesmas pessoas podem ter a audácia,
eu acho, de me alertar contra outra pessoa. A ideia toda é simplesmente
incrível para mim. É claro que eu não prestei muita atenção ao que esses caras
estavam tentando dizer.
Outra tática deles é enviar mensagens de ódio. Eu descobri
que a propensão deles para mensagens de ódio é absolutamente incrível. Até
agora, ainda recebo muitos e-mails de ódio. E há alguns dias recebi um cartão-postal
de ódio. Por um lado, eles tentam se apresentar em público como esses grandes
liberais, pessoas legais e tudo mais, mas, ao mesmo tempo, estão divulgando
esse outro tipo de coisa.
O que também me lembra da tendência à violência. Havia um
judeu, que se dizia judeu russo, chamado Alexander Nechaevsky, que chegou ao
meu campus dizendo que tinha vindo me pegar. Por sorte, eu não estava lá para
ser pego naquele dia. Eu estava em algum lugar fora da cidade. Mas ele veio à
secretaria dizendo que tinha vindo me pegar e tudo mais. Eles tiveram que
chamar a polícia do campus, e ele recebeu uma ordem — uma ordem de invasão de
propriedade, acho que foi assim que a chamaram — para não aparecer no campus
novamente.
Então, essas são algumas das táticas que consegui extrair
da minha interação com essas pessoas nos últimos nove ou dez anos. Novamente, eu
fiquei muito fascinado pelo fato de ter me tornado mais consciente de situações
semelhantes envolvendo outras pessoas, de modo que, ao que me parece, muitas
dessas táticas podem ter uma aplicação muito mais generalizada.
Eu não sei necessariamente a melhor maneira de responder.
Mas eu posso talvez delinear, muito rapidamente, as maneiras pelas quais eu tenho
tentado responder. Eu tenho tentado responder, antes de tudo, tentando me posicionar
de pé em princípios. Desde o início, no que me diz respeito, estou falando a
verdade. Afirmei que os judeus estavam de fato envolvidos no tráfico de
escravos. E, enquanto eu estiver convencido, em minha própria mente, de que
estou falando a verdade, então é isso. Eu tentei ignorar todas as outras
tolices e tentei me firmar na verdade. Já estive na TV muitas vezes, debatendo
com pessoas do Comitê Judaico Americano e assim por diante. E, novamente, nesse
debate cara a cara, todas essas táticas entram em jogo. Elas tentam atacar sua
credibilidade, seu caráter. Mas o que sempre tentei fazer nessas trocas foi
ignorar, na medida do possível, todos os ataques ad hominem e me concentrar nos fatos. Então, eles dirão: “Tony
Martin é um antissemita”. Eu simplesmente ignorarei. Eu digo que 75% das
famílias judias possuíam escravos, de acordo com o censo de 1830. Vou me ater
aos fatos e usarei esse tipo de aparição na mídia como uma oportunidade para
informar quem estiver ouvindo.
Eu também tenho tentado, sempre que possível, me
aproveitar do poder da mídia deles. Houve momentos em que, sem querer, me deram
a oportunidade de aparecer diante da grande mídia, e usei essas oportunidades
ao máximo — novamente, para fazer pressão com fatos. Sei de antemão que tenho
apenas 30 segundos, então tento enfiar o máximo de fatos possível nesses 30
segundos e simplesmente esqueço todas as questões antissemitas. Posso lidar com
isso mais tarde.
Eu também tentei desenvolver, com o melhor dos meus
recursos limitados, algum tipo de resposta independente. Eu acho que a independência
é um benefício muito, muito grande. Eu comecei minha própria pequena editora. É
uma empresa pequena, mas foi muito, muito eficaz. Meu livro, The Jewish Onslaught, foi lançado e
vendeu como água. Realmente fez a diferença, simplesmente ter algum tipo de
mídia independente. Não era uma grande corporação nem nada, mas era
independente. Eu a controlava e consegui reagir até certo ponto.
Também acho importante ter algum tipo de estrutura de
apoio. Tive muita sorte. Eles me atacaram numa época em que eu já tinha
estabelecido uma estrutura de apoio bastante boa no meio acadêmico. Eu era
relativamente conhecido. Não foi tão fácil para eles destruir minha
credibilidade quanto seria para pessoas talvez menos destacadas. Mas eu descobri
que ter uma estrutura de apoio e ser capaz de me valer dela era muito
importante.
E, finalmente, no meu caso, eu tentei, sempre que
possível, levar o assunto a eles. Não fiquei sentado esperando, uma vez que a
batalha começou. Eu a encontrei, na verdade. Principalmente no começo, eu acho que
eles não estavam acostumados a ter pessoas revidando como eu. Eu acho que isso
os desequilibrou um pouco. Eles vieram para cima de mim com todos os seus
truques de sempre, esperando que eu desistisse imediatamente. Mas, uma vez que eu
consegui revidar, e quando começou a parecer que tinham uma longa e prolongada
luta pela frente, e não uma vitória fácil, levaram um tempo para realmente
tentarem se reagrupar e descobrir o que fazer.
Então, ofereço estas informações para as pessoas
refletirem sobre essa reação. Muito obrigado.
Tradução
por David Ciampa Heras
Revisão
e palavras entre chaves por Mykel Alexander
[1] Nota de Mykel Alexander Ver
resenha:
- Resenha de An Empire of Their Own: How The Jews
Invented Hollywood {Um Império Próprio: Como os Judeus Inventaram Hollywood}, por
Jack Wikoff, 08 de setembro de 2024, World
Traditional Front.
https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2024/09/resenha-de-empire-of-their-own-how-jews.html
[2] Nota de Mykel Alexander: Sobre o
confinamento dos judeus em campos de concentração no governo alemão de Adolf
Hitler tendo sido distorcido como genocídios em campos de extermínio ver como
introdução:
- As câmaras de gás: verdade ou mentira? - parte 1,
por Robert Faurisson, 30 de outubro de 2020, World Traditional Front.
(Primeira de seis partes, as quais são dispostas na sequência)
https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2020/10/as-camaras-de-gas-verdade-ou-mentira.html
- A Mecânica do gaseamento, por Robert Faurisson, 22
de outubro de 2018, World Traditional Front.
https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2018/10/a-mecanica-do-gaseamento-por-robert.html
- O “problema das câmaras de gás”, por Robert
Faurisson, 19 de janeiro de 2020, World Traditional Front.
https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2020/01/o-problema-das-camaras-de-gas-por.html
- As câmaras de gás de Auschwitz parecem ser
fisicamente inconcebíveis, por Robert Faurisson, 23 de janeiro de 2020, World
Traditional Front.
https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2020/01/as-camaras-de-gas-de-auschwitz-parecem.html
- Testemunhas das Câmaras de Gás de Auschwitz, por
Robert Faurisson, 20 de agosto de 2023, World Traditional Front.
https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2023/08/testemunhas-das-camaras-de-gas-de.html
- A técnica e a química das ‘câmaras de gás’ de
Auschwitz - Parte 1 – Introdução, por Germar Rudolf, 27 de janeiro de
2023, World Traditional Front. (Demais partes na sequência do
próprio artigo).
https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2023/01/a-tecnica-e-quimica-das-camaras-de-gas.html
- O Mito do extermínio dos judeus – Parte 1.1
{nenhum documento sequer visando o alegado extermínio dos judeus foi jamais
encontrado}, por Carlo Mattogno, 22 de novembro de 2023, World
Traditional Front.
https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2023/11/o-mito-do-exterminio-dos-judeus-parte.html
- Campos de Concentração Nacional-Socialistas
{nazistas}: lenda e realidade - parte 1 - precedentes e funções dos campos, por
Jürgen Graf, 10 de maio de 2023, World Traditional Front. (Demais
partes na sequência do artigo).
https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2023/05/campos-de-concentracao-nacional.html
- O que é ‘Negação do Holocausto’?, por Barbara
Kulaszka, 14 de outubro de 2020, World Traditional Front.
http://worldtraditionalfront.blogspot.com/2020/10/o-que-e-negacao-do-holocausto-por.html
Como reunião dos resultados
revisionistas ver: Germar Rudolf (Ed.), Dissecting the Holocaust - The
Growing Critique of ‘Truth’ and ‘Memory’, Castle Hill Publishers, P.O. Box
243, Uckfield, N22 9AW, UK, novembro de 2019 (3ª edição revisada).
https://holocausthandbooks.com/index.php?main_page=1&page_id=1
Também ver de modo mais
abrangente toda a série Holocaust Handbooks:
Fonte: Tactics of
Organized Jewry in Suppressing Free Speech, por Prof. Tony Martin
https://ihr.org/other/tonymartin2002-html
Sobre o Autor: Tony
Martin (1942-2013), historiador, era mais conhecido como especialista em
história afro-americana. Durante anos, atuou como professor de Estudos
Africanos no Wellesley College (Massachusetts). Ele nasceu em 1942 em Port of
Spain, Trinidad e Tobago. Obteve um bacharelado com honras em economia pela
Universidade de Hull (Inglaterra) e mestrado e doutorado em história pela
Universidade Estadual de Michigan. Ele escreveu, compilou ou editou 14 livros.
Foi talvez mais conhecido por seu trabalho sobre a vida e o legado do líder
nacionalista negro Marcus Garvey. Seus muitos artigos e resenhas foram
publicados em diversos periódicos acadêmicos e periódicos populares, bem como
em obras de referência e antologias. Ele também foi um palestrante renomado e
discursou para públicos em geral e acadêmicos nos EUA, Canadá e outros países.
Martin se aposentou em junho de 2007 como professor emérito, após 34 anos no
Departamento de Estudos Africanos do Wellesley College. Faleceu em janeiro de
2013, aos 70 anos, em Trinidad. Entre seus livros está The Jewish Onslaught.
Sobre o revisionismo em geral e o revisionismo do alegado Holocausto ver:
Uma breve introdução ao revisionismo do Holocausto - por Arthur R. Butz
{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} – Definindo evidência - por Germar Rudolf
Por que o revisionismo do Holocausto? - por Theodore J. O'Keefe
Revisionismo e Promoção da Paz - parte 1 - por Harry Elmer Barnes
Revisionismo e Promoção da Paz - parte 2 - por Harry Elmer Barnes
O “Holocausto” colocado em perspectiva - por Austin Joseph App
A controvérsia internacional do “holocausto” - Arthur Robert Butz
Contexto e perspectiva na controvérsia do ‘Holocausto’ - parte 1 - por Arthur R. Butz
Contexto e perspectiva na controvérsia do ‘Holocausto’ - parte 2 - por Arthur R. Butz
O Relatório Leuchter: O Como e o Porquê - por Fred A. Leuchter
Sobre a importância do revisionismo para nosso tempo - por Murray N. Rothbard
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários serão publicados apenas quando se referirem ESPECIFICAMENTE AO CONTEÚDO do artigo.
Comentários anônimos podem não ser publicados ou não serem respondidos.