quinta-feira, 8 de junho de 2023

Der Zweite Weltkrieg: Ursachen Und Anlass [A Segunda Guerra Mundial: Origens e Causas] - por Russell Granata

 

Russell Granata


Der Zweite Weltkrieg: Ursachen Und Anlass [A Segunda Guerra Mundial: Origens e Causas] por Georg Franz-Willing. Leoni am Starnberger See: Druffel Verlag, 1979, 310 páginas, DM 29.50, ISBN 3-8061-0960-5.

Resenha por Russell Granata

É nenhum segredo que o bombardeio dos alemães tinha meramente mudado de forma e intensidade desde a década de 1940. Moscou e Washington cuidaram para que o mundo inteiro, não apenas a Alemanha “oriental” e “ocidental”, continue recebendo uma barragem constante de mísseis incendiários anti-alemães/anti-nazistas. No ano de 1983, o povo alemão estava sendo sobrecarregado por ondas de mídia eletrônica, bem como avalanches de papel, chamados de “volkspaedagogischen Bemuehungen” – “esforços educacionais públicos”. A razão: o 50º aniversário do que é chamado de “der Machtergreifung”, a tomada do poder em 1933. Os temas: Hitler, nacional-socialismo, o Terceiro Reich, a Segunda Guerra Mundial. Uma coisa que todos esses esforços de “educação pública” tinham em comum era que eram apresentações das perspectivas dos vencedores de 1945 contra o povo alemão – esse povo não apenas bombardeado, truncado e dividido, mas por todos esses anos ainda sem um tratado formal de paz, e ainda militarmente ocupado in toto por forças estrangeiras, algumas do leste, outras do oeste.

O bombardeio pós-1945 sobre o Terceiro Reich e a guerra por meio da mídia dos vencedores, na América bem como na Alemanha, tem sido enfadonhamente repetitivo. Nós sabemos, afinal de contas, o que aconteceu, quem foram os “vencedores” – e são, e quem tem de carregar a culpa. Nesse ínterim, no entanto, surgiu aos trancos e barrancos um refrescante, embora ainda relativamente desconhecido, espírito de debate livre dentro de um movimento de revisionismo histórico. Esse ímpeto para o debate e a inquirição aberta, embora muitas vezes obstruído e vitimizado pela repressão organizada, continua corajosamente em todo o mundo, como se fosse inevitavelmente desejado, ou pelo menos de alguma forma forçado, pela história. Na vanguarda desse desenvolvimento contemporâneo dos mais dignos estão aqueles relativamente poucos historiadores heroicos da Alemanha da segunda metade do século XX. Georg Franz-Willing é um desses poucos honrados.

Der Zweite Weltkrieg: Ursachen Und Anlass  [A Segunda Guerra Mundial: Origens e Causas] por Georg Franz-Willing. Leoni am Starnberger See: Druffel Verlag, 1979, 310 páginas, DM 29.50, ISBN 3-8061-0960-5.

Não como muitos outros historiadores alemães contemporâneos, cujas interpretações da história recente são meramente temas tocados nas harpas dos vencedores, Georg Franz-Willing em Der Zweite Weltkrieg: Ursachen und Anlass expõe a culpabilidade dos vencedores tanto na guerra de 1914 quanto em suas horrendas consequências, e na guerra de 1939 e posteriormente. Não é surpresa que a imprensa geral do poder atualmente estabelecido na Alemanha ocupada, ainda dominada por um lamentável e falso complexo de culpa coletiva, tenha dado a seu livro o tratamento silencioso. A despeito da supressão deste livro, no entanto, foram dadas revisões de obras anteriores do autor; Armin Moehler escreveu um artigo sobre ele que foi autorizado a aparecer no respeitado Criticon da Alemanha (nº 75, de janeiro-fevereiro de 1983). Franz-Willing de fato é – ou era – um nome a ser considerado na historiografia da Alemanha Ocidental, conforme se trata da era de Hitler. Seus livros sobre os primeiros anos do movimento nacional-socialista, Ursprung der Hitlerbewegung 1919-1922, Krisenjahr der Hitlerbewegung e utsch und Verbotszeit der Hitlerbewegung 1923-1925, alcançaram respeito crítico e lugares duradouros em todas as bibliografias sérias.

No presente volume {The Journal of Historical Review, vol. 5, inverno 1984}, Franz-Willing descreve#1 a Segunda Guerra Mundial como uma extensão da política anglo-americana antialemã da Grande Guerra; ele se refere à era das guerras mundiais como uma “segunda Guerra dos Trinta Anos” no desdobramento do Ocidente. Ambas as guerras mundiais são vistas como compreendendo essencialmente um único conflito unitário: fases de uma revolução global decorrente das crises causadas pela modernização e industrialização no Ocidente. O Império Britânico, como tradicional potência econômica mundial dominante, viu sua posição ameaçada por uma Alemanha unida e em ascensão. Embora a Grã-Bretanha tenha conseguido manter o controle econômico logo após a Primeira Guerra Mundial, foi incapaz de deter as mudanças sociais – algumas revolucionárias, outras evolutivas – que estavam varrendo amplamente o continente, desarrolhadas por aquele grande conflito, mas que fervilhavam há muito tempo. Franz-Willing vê a Grã-Bretanha e sua nação filha, os Estados Unidos da América, como representando essencialmente as forças liberalistas, capitalistas e reacionárias contra a(s) nova(s) ordem(ordens) do século XX. A Revolução Russa e a ascensão do fascismo foram contendas travadas para encontrar um lugar em uma ordem social em mudança.

O autor apresenta um vasto panorama das lutas de poder ideológicas, políticas e econômicas o qual, como o destino em uma tragédia grega, pareciam inevitavelmente invocar os deuses da guerra. Ele não foge nem da “Questão da Culpa” da Segunda Guerra Mundial nem da Questão Judaica – dentro e fora da Alemanha – que ele mostra como tendo um lugar fatídico no drama. Grande influência pró-sionista e judaica na América é demonstrado ter contribuído para a limpeza do caminho para guerra. Enquanto tomando o tortuoso e habilidoso eixo Roosevelt-Churchill, ele dedica uma página inteira a fotografias de Chaim Weizmann, Felix Frankfurter, Henry Morgenthau, Jr. e Bernard Baruch, concentrando-se neste quarteto judeu de forma proeminente em seu capítulo, revelando as forças que impulsionaram a intervenção econômica e militar da América no que até então tinha sido um assunto limitado e essencialmente europeu.

{Da esquerda para direita: Chaim Weizmann (1874-1952), Felix Frankfurter (1882-1965), Henry Morgenthau, Jr. (1891-1967), Bernard Baruch (1870-1965). Estes quatro judeus, que compunham o círculo dirigente dos EUA no período de governo de Franklin Delano Roosevelt (1882-1945), raramente são devidamente mencionados na maioria dos livros de história, todavia eles possuíam proeminência máxima no contexto da Segunda Guerra Mundial e consequentemente contribuíram decididamente para o mundo pós-Segunda Guerra Mundial. Um dos méritos do trabalho de Georg Franz-Willing é trazer a importância destes quatro nomes para a compreensão da Segunda Guerra Mundial. Crédito das fotos: Chaim Weizmann, Felix Frankfurter), Henry Morgenthau, Jr., Wikipédia em português, e Bernard Baruch Investidor em Valor.}

            Achando a Alemanha não singularmente culpada conforme acusada, seja na primeira ou na segunda fase da “segunda Guerra dos Trinta Anos”, Franz Willing, por meio de seu arquivo e pesquisa secundária, deslinda as muitas discussões tortuosas e bastante consequentes do lado dos “mocinhos” as quais gerenciaram para mergulhar o mundo em uma disputa pelo poder que ainda está acontecendo. Como David L. Hoggan, entre outros colegas historiadores que ele cita, o autor encontra Hitler se esforçando para continuar o notável e essencialmente incruento esforço anterior a 1939 para revisar Versalhes, mas sendo recusada uma acomodação pacífica e finalmente forçado para dentro duma guerra que ele não desejava ou planejava.

Na visão de Franz-Willing, o conflito assim engendrado, de fato, ainda não acabou; a revolução mundial continua, aliados – então, agora inimigos, alguns partidos rivais de hoje criados em 1945, as muitas lutas concomitantes às vezes explodindo em plena e assustadora visão, às vezes mascaradas e sutis, mas plenas de perigos e riscos.

Como uma explicação honesta e objetiva dos antecedentes e circunstâncias que cercaram o grande surto de 1939-45, Der Zweite Weltkrieg: Ursachen und Anlass serve muito bem como uma introdução ao que o historiador Charles A. Beard apropriadamente chamou de “nova e perigosa era” do mundo – pois dificilmente é agora apenas do Ocidente.

Tradução e palavras entre chaves por Mykel Alexander

Notas

#1 Nota de Mykel Alexander: Traduzido como:

- As origens da Segunda Guerra Mundial, por Georg Franz-Willing, 17 de março de 2018, World Traditional Front.

https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2018/03/as-origens-da-segunda-guerra-mundial_17.html

 


Fonte: The Journal of Historical Review, inverno 1984 (vol. 5), páginas 408-410.

http://www.ihr.org/jhr/v05/v05p408_Granata.html

Sobre o autor: Russell Granata (1923-2004), americano descendente de italianos, foi educador, escritor e tradutor. Era um veterano seis vezes condecorado da Marinha dos EUA na Segunda Guerra Mundial. Ele se formou na University of California (B.A.) e na University of Southern California (M.A.), especializando-se em história e literatura europeias. Ele ensinou história europeia, literatura e alemão por 33 anos em escolas públicas do sul da Califórnia. Durante anos ele trabalhou em estreita colaboração com o estudioso revisionista italiano Carlo Mattogno, traduzindo seus escritos para o inglês. Por meio de sua própria editora, ele publicou edições em inglês de obras de Mattogno, incluindo My Banned Holocaust Interview e The Crematories of Auschwitz: A Critique of Jean-Claude Pressac. Ele serviu como tradutor de Mattogno em conferências do Institute for Historical Review e ajudou a produzir a edição em inglês do livro de Mattogno, Auschwitz: The End of a Legend, para o IHR. Granata também contribuiu para o The Journal of Historical Review do IHR.

___________________________________________________________________________________

Relacionado, leia também:

As origens da Segunda Guerra Mundial - Por Georg Franz-Willing

História alemã a partir de uma nova perspectiva - Revisado por Charles E. Weber

Resenha do livro de Werner Maser sobre os julgamentos de Nuremberg - por David McCalden



Quem ganhou? Quem perdeu? Segunda Guerra Mundial - por Patrick Buchanan

As mentiras sobre a Segunda Guerra Mundial - Paul Craig Roberts

A técnica da grande mentira na sala de testes de jogos {sandbox} - por David McCalden (escrito sob o pseudônimo Lewis Brandon)


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Os comentários serão publicados apenas quando se referirem ESPECIFICAMENTE AO CONTEÚDO do artigo.

Comentários anônimos podem não ser publicados ou não serem respondidos.