quarta-feira, 14 de maio de 2025

As fornalhas de cremação de Auschwitz - parte 16 - por Carlo Mattogno e Franco Deana

 Continuação de As fornalhas de cremação de Auschwitz - parte 15 - por Carlo Mattogno e Franco Deana

Carlo Mattogno


6.6. Conclusões

1) O menor tempo requerido para a cremação de um cadáver, resultante dos dados experimentais mencionados neste capítulo, é a da fornalha Ignis-Hüttenbau em Terezín: 35-36 min. Contudo, é necessário ter em mente a que se refere essa duração e o que a tornou possível. As fornalhas Ignis-Hüttenbau eram muito maiores e mais volumosas do que as fornalhas Topf. Em particular, suas muflas tinham 100 cm de altura, 90 cm de largura e 260 cm de comprimento, enquanto as dimensões respectivas das fornalhas Topf de mufla tripla eram de 80, 70 e 200 cm. As fornalhas Terezín permitiam um procedimento impossível com as fornalhas Topf: o corpo era introduzido na parte frontal da mufla em um caixão leve de tábuas inacabadas, que era exposto ao ar de combustão injetado por oito bicos e à chama do queimador de óleo, queimando rapidamente. Geralmente, depois de 30 a 35 minutos, quando o corpo estava basicamente desidratado e começava a se desintegrar, ele era empurrado para a parte traseira da mufla. Lá, ocorria a combustão principal e os restos mortais caíam na câmara de pós-combustão. Dessa maneira, outro cadáver já podia ser introduzido após o último logo começar a ficar desidratado.

2) Tal procedimento era impossível com as fornalhas Topf, tanto por serem alimentadas a coque quanto pelas dimensões de suas muflas. Na fornalha de mufla dupla Topf em Gusen, a duração teórica mínima de 40 minutos dependia, em primeiro lugar, da estrutura especial da grelha refratária das muflas (composta por vigas transversais e longitudinais formando oito aberturas retangulares de 30 cm × 25 cm), que permitia que grandes partes do corpo caíssem na câmara de pós-combustão bem cedo, completando a combustão principal ali e liberando a mufla para o próximo cadáver. As muflas das fornalhas Topf em Auschwitz, por outro lado, tinham apenas vigas transversais com um vão de aproximadamente 20 cm entre elas. Em segundo lugar, os ventiladores de tiragem forçada de ar em Gusen eram muito mais eficientes do que os instalados no Crematório 1 de Auschwitz, onde o mesmo tipo de instalação atendia seis muflas em vez de apenas duas, como em Gusen, enquanto nenhum dos crematórios de Birkenau possuía dispositivos de tiragem forçada de ar. Assim, a capacidade de cremação alegada na carta de Topf de 14 de julho de 1941 baseava-se em experiências com a fornalha de Gusen, mas não com as de Auschwitz: a capacidade alegada de 30 cadáveres em aproximadamente 10 horas (= 40 min para cada fase principal de cremação na mufla) pressupunha a maior pressão possível de tiragem forçada de ar. À luz dos resultados obtidos com as fornalhas Ignis-Hüttenbau, uma capacidade de 36 cadáveres em aproximadamente 10 horas (= 33 min para cada fase principal de cremação na mufla) era impossível de ser alcançada como tempo médio de cremação, um valor que só poderia ser alcançado em casos excepcionais. A duração de 40 minutos representa um limite mínimo, que não poderia ser alcançado com os fornos Topf de Auschwitz-Birkenau.

3) A duração média das cremações realizadas em Westerbork era de 50 minutos, o que foi confirmado por experimentos realizados pelo engenheiro Kessler. Nós devemos considerar, contudo, que o forno Kori de Westerbork podia fornecer mais calor do que os fornos Topf em Auschwitz devido à maior área da lareira (0,8 m × 0,6 m, capacidade de aproximadamente 58 kg/h de coque)142, e que a carta de Topf de 1º de novembro de 1940, citada acima, menciona uma duração média de cremação no forno tipo Auschwitz de 60 minutos.129

4) A duração de 60 minutos para a cremação de um único corpo nos fornos de Birkenau foi confirmada pelos engenheiros da Topf, Kurt Prüfer e Karl Schultze, durante seu interrogatório pelo serviço de contraespionagem soviético Smersh. Durante o interrogatório de 4 de março de 1946, K. Schultze declarou:143

“Cinco fornalhas estavam localizadas nos dois crematórios, e três cadáveres eram introduzidos em cada forno [um em cada mufla], ou seja, havia três aberturas (muflas) em cada fornalha. Em um crematório com cinco fornalhas [e quinze muflas], era possível incinerar quinze cadáveres em uma hora.”

Durante o interrogatório em 5 de março de 1946, K. Prüfer explicou por que a cremação demorava tanto nos crematórios de Birkenau:144

“Nos crematórios civis, o ar pré-aquecido é insuflado com a ajuda de foles especiais, o que faz com que o cadáver queime mais rápido e sem fumaça. A construção dos crematórios para os campos de concentração é diferente; não era possível pré-aquecer o ar, o que fazia com que o cadáver queimasse mais lentamente e com fumaça. Para reduzir a fumaça e o cheiro de um cadáver em chamas, utiliza-se um ventilador.

Pergunta: Quantos cadáveres seriam cremados por hora em um crematório em Auschwitz?

Resposta: Em um crematório com cinco fornalhas e quinze muflas, quinze cadáveres eram cremados em uma hora.”

Assim, esses dois engenheiros também confirmaram que as fornalhas crematórios de Auschwitz-Birkenau podiam incinerar um cadáver por hora/mufla. Agora que determinamos a duração média de uma cremação nesses fornos, precisamos abordar a questão de se a cremação simultânea de vários cadáveres em uma mufla dos fornos Topf teria economizado tempo e combustível. Essa questão será discutida no Subcapítulo 7.2.

Tradução e palavras entre chaves por Mykel Alexander

Continua em As fornalhas de cremação de Auschwitz - parte 17 - por Carlo Mattogno e Franco Deana

Notas

142 Nota de Carlo Mattogno: Desenho H. Kori J.No. 9239.

129 Nota de Carlo Mattogno: Carta da Companhia Topf ao Escritório de Novas Construções da SS do campo de concentração de Mauthausen, 1º de novembro de 1940. BAK, NS 4 Ma/54.

143 Nota de Carlo Mattogno: FSBRF, Fond N-19262J, página 52; Interrogatório de K. Prüfer, 11 de fevereiro de 1948, pelo Tenente Coronel de Smersh Doperchuk. Federativnaya Slushba Besopasnosti Rossiskoi Federatsii (FSBRF), Fond N-19262, p. 124. Tradução alemã em J. Graf, “Anatomie der sowjetischen Befragung der Topf-Ingenieure” VffG, 6(4) (2002), páginas 413 e seguintes.

144 Nota de Carlo Mattogno: FSBRF, Fond N-19262J, página 33a; Interrogatório de K. Prüfer, 11 de fevereiro de 1948, pelo Tenente Coronel de Smersh Doperchuk. Federativnaya Slushba Besopasnosti Rossiskoi Federatsii (FSBRF), Fond N-19262, p. 124. Tradução alemã em J. Graf, “Anatomie der sowjetischen Befragung der Topf-Ingenieure” VffG, 6(4) (2002), página 404.

Fonte: Carlo Mattogno e Franco Deana, em Germar Rudolf (editor) Dissecting the Holocaust - The Growing Critique of ‘Truth’ and ‘Memory’, Castle Hill Publishers, P.O. Box 243, Uckfield, TN22 9AW, UK; novembro, 2019. Capítulo The Cremation Furnaces of Auschwitz.

Acesse o livro gratuitamente no site oficial:

https://holocausthandbooks.com/index.php?main_page=1&page_id=1 

Sobre os autores: Franco Deana foi um engenheiro italiano. Carlo Mattogno nasceu em 1951 em Orvietto, Itália. Pesquisador revisionista, ele empreendeu estudos em filosofia (incluindo estudos linguísticos em grego, latim e hebraico bem como estudos orientais e religiosos)  e em estudos militares (estudou em três escolas militares). Desde 1979 dedica-se aos estudos revisionistas, tendo estado associado com o jornal francês Annales d’Histoire Revisionniste bem como com o The Journal of Historical Review.

Dentre seus mais de 20 livros sobre a temática do alegado holocausto estão: 

The Real Auschwitz Chronicle: The History of the Auschwitz Camps, 2 volumes, Castle Hill Publishers (Bargoed, Wales, UK), 2023.

Auschwitz: the first gassing – rumor and reality; Castle Hill, 4ª edição, corrigida, 2022.

Curated Lies – The Auschwitz Museum’s Misrepresentations, Distortions and Deceptions; Castle Hill, 2ª edição revisada e expandida, 2020.

Auschwitz Lies – Legends, Lies, and Prejudices on the Holocaust; Castle Hill, 4ª edição, revisada, 2017. (Junto de Germar Rudolf).   

Debunking the Bunkers of Auschwitz – Black Propaganda versus History; Castle Hill, 2ª edição revisada, 2016.

Inside the Gas Chambers: The Extermination of Mainstream Holocaust Historiography, 2ª edição corrigida, 2016.

___________________________________________________________________________________

O que é o Holocausto? - lições sobre holocausto - por Germar Rudolf

O que é ‘Negação do Holocausto’? - Por Barbara Kulaszka

O Primeiro Holocausto - por Germar Rudolf

O Primeiro Holocausto – e a Crucificação dos judeus deve parar - parte 1 - Por Olaf Rose (Parte 2 na sequência do próprio artigo)

O Holocausto de Seis Milhões de Judeus — na Primeira Guerra Mundial - por Thomas Dalton, Ph.D. {academic auctor pseudonym}

O Mito do extermínio dos judeus – Parte 1.1 {nenhum documento sequer visando o alegado extermínio dos judeus foi jamais encontrado} - por Carlo Mattogno (demais partes na sequência do próprio artigo)


Sobre o revisionismo em geral e o revisionismo do alegado Holocausto ver:

Uma breve introdução ao revisionismo do Holocausto - por Arthur R. Butz

{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} – Definindo evidência - por Germar Rudolf

{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} – Tipos e hierarquia de evidências - por Germar Rudolf

Por que o revisionismo do Holocausto? - por Theodore J. O'Keefe

Revisionismo e Promoção da Paz - parte 1 - por Harry Elmer Barnes

Revisionismo e Promoção da Paz - parte 2 - por Harry Elmer Barnes

O “Holocausto” colocado em perspectiva - por Austin Joseph App

A controvérsia internacional do “holocausto” - Arthur Robert Butz

Contexto e perspectiva na controvérsia do ‘Holocausto’ - parte 1 - por Arthur R. Butz

Contexto e perspectiva na controvérsia do ‘Holocausto’ - parte 2 - por Arthur R. Butz

O Relatório Leuchter: O Como e o Porquê - por Fred A. Leuchter

Sobre a importância do revisionismo para nosso tempo - por Murray N. Rothbard


Sobre as alegadas câmaras de gás nazistas homicidas ver:

As câmaras de gás: verdade ou mentira? - parte 1 - por Robert Faurisson (primeira de seis partes, as quais são dispostas na sequência).

A Mecânica do gaseamento - Por Robert Faurisson

O “problema das câmaras de gás” - Por Robert Faurisson

As câmaras de gás de Auschwitz parecem ser fisicamente inconcebíveis - Por Robert Faurisson

O Relatório Leuchter: O Como e o Porquê - por Fred A. Leuchter

A técnica e a química das ‘câmaras de gás’ de Auschwitz - por Germar Rudolf - Parte 1 - Introdução (demais partes na sequência do próprio artigo)


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Os comentários serão publicados apenas quando se referirem ESPECIFICAMENTE AO CONTEÚDO do artigo.

Comentários anônimos podem não ser publicados ou não serem respondidos.