domingo, 15 de janeiro de 2023

O Primeiro Holocausto – e a Crucificação dos judeus deve parar - parte 1 - Por Olaf Rose

 

 Olaf rose


            Por nos depararmos quase diariamente com o conceito de Holocausto no quarto poder, a mídia, ressalto, a maioria dos alemães, em via de regra, costuma associá-lo a dois fatos imutáveis, já que “óbvios”: aparentemente, por um lado o Holocausto ocorreu durante a Segunda Guerra Mundial, e por outro – caíram para ele como vítimas seis milhões de judeus. Embora ou porque o número de judeus alegadamente ou realmente assassinados pelos alemães ou sob responsabilidade alemã tenha flutuado muito nos sessenta anos corridos, o número de seis milhões de assassinados, que o tribunal julgou ser simbólico, foi canonizado e, portanto, já historicizado, e o debate comparativo e de classificação foi largamente retirado.

Será, por isso, uma surpresa para muitos que o termo “Holocausto” não tenha desde a transmissão da série americana do mesmo título na televisão alemã no ano de 1978/79 se tornado sinônimo para assassinato em massa de judeus na Segunda Guerra Mundial. A antiga palavra grega holocauston e a palavra derivada holocautoma passaram a ser e são usadas na tradução grega da Bíblia hebraica não apenas para os sacrifícios religiosos de incineração total de animais individuais, mas também para sacrifícios em massa. Havia provavelmente cerca de 300 tais passagens bíblicas no Antigo Testamento que mais tarde criaram a conexão mental entre a palavra “Holocausto” e os assassinatos em massa.[1] Com a adoção do holocaustum latinizado na Vulgata, a tradução latina da Bíblia, e a partir daí nas traduções vernáculas da Bíblia, alcançou a palavra seu caminho em muitas línguas românicas e no inglês. Daí em diante, ela também pode ser achada em escritores de séculos anteriores, como Milton, Chateubriand, Sand, Flaubert, D’Annuzio e também nas memórias de guerra do general De Gaulle. Contudo, falta lá majoritariamente a relação sagrada, pois a Europa de relevo cristão não reconhece os sacrifícios sangrentos de bestas como ações sagradas.

Durante o primeiro genocídio dos armênios pelo sultão Abdulhamit II em 1895, uma testemunha ocular, a missionária americana Corinna Shattuck, descreveu a combustão de 3.000 civis armênios na igreja da cidade de Urfa em uma carta como “o grande holocausto.” Da mesma maneira, do espaço anglo-saxão veio em 1913 o renovado uso do termo “Holocausto”: em 1909, 20.000 armênios foram assassinados pelos turcos na província otomana de Adana.

De 1942 em diante, o assassinato em massa de judeus europeus foi predominantemente designado como o “Holocausto,” um termo que retornou na tradução inglesa da declaração de independência de Israel de 15 de maio de 1948 como “holocausto nazista.”[2]

Mas, primeiro em 1957 que em publicações em inglês a palavra “Holocausto” passou a ser capitalizada em letras maiúsculas pelo memorial israelense Yad Vashem como um nome moldado para o genocídio dos judeus.[3]

É francamente sensacional rememorar que cenário da imprensa americana durante a Primeira Guerra Mundial já uma alegada ameaça genocida aos judeus europeus foi associada tanto à palavra “Holocausto” quanto ao número seis milhões durante um período de quase quatro anos.

Na virada dos séculos 19 para 20, organizações judaicas começaram a abrir campanhas direcionadas na imprensa americana contra estados europeus, onde um grande número de judeus vivia em circunstâncias alegadamente discriminatórias. Naquela época o mundo judaico, após a “controvérsia do antissemitismo” ocorrida na Alemanha em 1880, voltou sua visão para a Rússia czarista, pois ali vários pogroms contra judeus haviam ocorrido. O presidente da comunidade judaica de Nova Iorque, Jacob Schiff, conseguiu não só coletar doações para os judeus russos; embora não tenha conseguido mobilizar o presidente americano Theodore Roosevelt a executar um “ataque de pacificação” contra a Rússia, ele foi capaz de restringir severamente os empréstimos de crédito à superpotência do Leste Europeu e apoiar os japoneses na Guerra Russo-Japonesa de 1905 com somas significativas. A imprensa como meio para o lobby judaico tinha passado em seu teste decisivo diante das condições.

Após as bem-sucedidas batalhas defensivas de 1914 e 1915 na frente oriental alemã, perto de Tannenberg e dos lagos Masurian, a cena de guerra mudou cada vez mais para a Polônia ocupada pela Rússia. Lá viviam vários milhões de judeus que, como os poloneses ou ucranianos e antes disso a população alemã, sofreram com as tribulações da guerra. Em 1916, foi também a Sérvia conquistada pelas tropas aliadas das Potências Centrais lideradas pelo Marechal de Campo Mackensen. Até aquele momento, tinha a imprensa judaico-americana apenas apontado que “os cristãos poloneses, ucranianos e alemães [sofreram] as inevitáveis ​​dificuldades com que cada condução de guerra traz com ela; mas os judeus, já haviam sido condenados pelos russos e poloneses, encontraram uma orgia concentrada de ódio, sede de sangue e vingança que ameaçava acabar com eles em um grande holocausto.[4] Conforme nova força de ocupação, os alemães foram responsabilizados pela escassez e privações materiais que inevitavelmente aparecem no decorrer duma guerra e encontram todas as partes ocupadas da população na mesma medida.

Em 22 de março de 1916, no entanto, o jornal diário britânico Daily Telegraph enriqueceu um elemento à campanha americana que retornaria um quarto de século depois: um “próprio correspondente” relatou da Sérvia com “credíveis”, mas não identificadas “fontes”, que “... Mulheres, crianças e velhos (foram) trancados em igrejas pelos austríacos e esfaqueados com uma baioneta ou sufocados por gás sufocante. Em uma igreja em Belgrado, 3.000 mulheres, crianças e velhos foram sufocados dessa maneira...” [5]

Esses eventos eram naturalmente inventados livremente e nunca foram retratados. No entanto, eles foram maravilhosos para criar uma voz contra as Potências Centrais e para uma atividade que corre como um fio condutor na guerra: arrecadação de fundos. Várias organizações de ajuda judaicas foram chamadas à vida para tarefa de aliviar o sofrimento dos irmãos de crença na distante Europa. Uma das mais significantes foi o “Comitê de Distribuição Conjunta dos Judeus Sofredores da Guerra” em Nova York. Seu presidente, {o judeu} Jacob Schiff, exigiu repetidamente o fim “deste holocausto.” Essas campanhas não terminaram de forma alguma com o fim da guerra. Até o início da década de 1920, o New York Times e o American Hebrew, por exemplo, publicaram relatórios ao estilo Cassandra {personagem da mitologia grega foi condenada a não ter credibilidade} de que a população judaica da Europa Oriental estava ameaçada de ser exterminada após a guerra. Em 31 de outubro de 1919, Martin H. Glynn, ex-governador do estado de Nova York, escreveu em American Hebrew sob o título “A crucificação dos judeus deve chegar ao fim.” “Do exterior, 6 milhões de homens e mulheres pedem ajuda e 800.000 crianças pequenas clamam por pão... . 6 milhões de pessoas estão sendo arrastadas para o túmulo... 6 milhões de homens e mulheres estão morrendo... neste iminente holocausto da vida humana. ... 6 milhões de homens e mulheres famintos.”[6] {No final deste texto está um fac-símile do artigo de jornal, com a transcrição em inglês e a respectiva tradução ao português}

Uma grande parte do dinheiro da ajuda arrecadado na guerra e nos anos pós-guerra, no entanto, não beneficiou os judeus realmente necessitados e sofridos na Europa Oriental, mas imensas somas foram gastas em “projetos de desenvolvimento” sionistas e comunistas, isso foi investido em bancos poloneses, sindicatos e empresas industriais, em sua maioria de origem judaica, mas também em kibutz. De acordo com alegações contemporâneas de suas próprias fileiras, teriam perdido até 40 por cento em manipulações de câmbio.[7] Os críticos foram naquela época tão ignorados ou amordaçados quanto Norman G. Finkestein foi no ano 2000, que em seu sensacional livro Die Holocaust-Industrie {publicado em português como A Industria Do Holocausto} tinha denunciado a exploração moral e financeira do sofrimento judaico por grupos de interesse judaico-americanos.[8]

 Tradução e palavras entre chaves por Mykel Alexander

Continua em O Primeiro Holocausto – e a Crucificação dos judeus deve parar - parte 2 - por Martin H. Glynn

Notas

[1] Nota de Olaf Rose: Por exemplo, o rei Salomão no Antigo Testamento; 2ª Crônicas 7.5 

[2] Nota de Olaf Rose: Na ortografia inglesa da época, inicialmente em letras minúsculas como um dos muitos holocaustos históricos. 

[3] Nota de Olaf Rose: Para o desenvolvimento histórico da palavra “Holocausto”, veja a carta ao editor do Dr. Volker Scheuing, Gräfelfing, em: Frankfurter Allgemeine Zeitung, 10 de fevereiro de 2005. 

[4] Nota de Olaf Rose: Nathan Schachner, The Price of Liberty. A History of the American Jewish Com- mittee, New York 1948, página 287, citado em Don Heddesheimer, Der erste Holocaust. Jüdische Spenden- kampagnen mit Holocaust-Behauptungen im Ersten Weltkrieg und danach, Hastings 2004, página 41. 

[5] Nota de Olaf Rose: “Gewalttaten in Serbien {Atos de violência na Sérvia}”, em: Daily Telegraph, 22 de março de 1916, página 7, citado em Heddesheimer, ibid {Der erste Holocaust...}, página 17. 

[6] Nota de Olaf Rose: Martin H. Glynn, “A crucificação dos judeus deve terminar”, em American Hebrew, 31/10/1919; Cópia do artigo no arquivo do autor; também em: Heddesheimer, ibid {Der erste Holocaust...}, página 165; um fac-símile do artigo de jornal também está impresso no apêndice. 

[7] Nota de Olaf Rose: Heddesheimer, ibid {Der erste Holocaust...}, página 82 e seguintes. 

[8] Nota de Olaf Rose: Norman G. Finkelstein, Die Holocaust-Industrie. Wie das Leiden der Juden ausgebeutet wird, Piper, München-Zürich 2002.{No Brasil traduzido como A Industria Do Holocausto, Editora Record, Rio de Janeiro, 2001.}

 


Fonte: Der erste Holocaust, em Der Grosse Wendig, tomo 1, Graben-Verlag, Tübingen, 2006 (2ª edição). Capítulo 41, páginas 212-215.

Sobre o autor: Olaf Rose (nascido em 1958) é um historiador e político alemão. Ele representa o Partido Nacional Democrático da Alemanha. Ele estudou alemão e história na Ruhr University Bochum e, em 1992, recebeu um doutorado em história militar pela Helmut Schmidt University of the Bundeswehr. Ele é co-fundador da Gesellschaft für Freie Publizistik e vereador em Pirna. De 1987 a 1996, trabalhou como arquivista para o governo local de Herdecke e publicou trabalhos sobre a história local. Entre suas obras estão:

Carl von Clausewitz: Wirkungsgeschichte seines Werkes in Russland und der Sowjetunion 1836–1991, dissertação de doutorado, Schriftenreihe des Militärgeschichtlichen Forschungsamtes/R. Oldenbourg Verlag, 1995

Der Große Wendig – Richtigstellungen zur Zeitgeschichte (junto com Rolf Kosiek e Heinrich Wendig), 5 volumes, Grabert-Verlag, Tübingen, (2006-2010).

U 751. Triumph und Tragödie eines deutschen U-Bootes. Ein Gedenkbuch. Kurt Vowinckel Verlag, Inning am Ammersee, 2002.

20 Jahre IG für Umwelt-, Landschafts- und Heimatschutz Herdecke (Ruhr) e.V. – Eine Chronik 1972–1992, 1992.

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