sexta-feira, 3 de maio de 2024

{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} – Definindo evidência - por Germar Rudolf

 

 Germar Rudolf 


O texto a seguir é baseado principalmente em apresentações reais que fiz na Alemanha e em outros lugares. A maioria deles foi estruturada como diálogos com membros da audiência, que foram continuamente encorajados a fazer perguntas, fazer objeções e oferecer contra-argumentos. Este estilo de diálogo é mantido neste livro. Minhas próprias contribuições são marcadas com “Germar Rudolf” e as dos ouvintes com “Ouvinte” (ou Ouvinte'/Ouvinte"/ Ouvinte'" no caso de comentários consecutivos de vários ouvintes distintos).

* * *

Germar Rudolf: Agora vamos esquecer um pouco o Holocausto e as suas controvérsias e, por enquanto, falar sobre as evidências em geral, para que estejamos equipados para melhor avaliá-las.

Ouvinte: Como você define “evidência?” Eu quero dizer, quando uma alegação se torna prova?

Germar Rudolf: Basicamente, a evidência deve satisfazer dois tipos principais de critérios, lógico e formal.

Vamos considerar o lógico primeiro. As alegações probatórias não devem basear-se em raciocínios circulares como “A é verdadeiro porque B é verdadeiro e B é verdadeiro porque A é verdadeiro”. O raciocínio circular é bastante complicado porque muitas vezes passa por vários passos intermediários antes de fechar o círculo. Às vezes também se ramifica, tornando ainda mais difícil a identificação. Em seguida, uma alegação deve estar principalmente aberta a tentativas de refutação. Assim, alegações probatórias como “A é verdadeira porque ou embora não possa ser provada” são inadmissíveis.

Ouvinte: Certamente ninguém diria isso.

Germar Rudolf: Ah, mas eles fazem! Afirma-se frequentemente que a ausência de provas não refuta uma alegação, mas antes prova que as provas foram destruídas. Dei um exemplo disso na Segunda Palestra (ver página 152 {em Germar Rudolf, Lectures on the Holocaust - Controversial Issues Cross-Examined, 4ª ed.})*1. Tal alegação é logicamente irrefutável e inadmissível por esse motivo. Ou tomemos o argumento de que a evidência de um evento não foi apenas perdida, mas nunca poderia ter existido. De acordo com este raciocínio, se alguém assevera que afinal há provas, isso prova somente que tais provas foram mal interpretadas ou mesmo falsificadas. Mais uma vez, esta é uma forma inadmissível de argumentar, porque o argumento de que um evento não deixa traços é logicamente irrefutável.

Ouvinte: Você poderia nos dar um exemplo disso?

Germar Rudolf: Claro. Nós ouvimos esses pseudo-argumentos muitas e muitas vezes nesta disputa. Nos é dito que os nacional-socialistas nunca teriam deixado para trás documentos referentes a assassinatos em massa, uma vez que não queriam incriminar-se. Depois, quando tal documento aparece, surge a suspeita imediata de que ele é falsificado.

Ouvinte: Mas isso pode estar correto, porque nós não podemos esperar que os assassinos em massa deixem deliberadamente provas dos seus crimes.

Germar Rudolf: Seu ponto talvez esteja basicamente correto. É a mesma ideia expressa por Mayer e outros especialistas do Holocausto: ou os Nacional-Socialistas não deixaram provas, ou então providenciaram para que as provas fossem destruídas. Mas mesmo que consideremos tal argumentação plausível, ainda assim não substitui a falta de provas de um crime ou de qualquer outro acontecimento. Porque, se a ausência de provas comprovar uma afirmação, então todos podem ser “condenados” por homicídio em massa. Se nós admitirmos uma lógica como esta, absolutamente tudo pode ser “provado”. Finalmente, do ponto de vista lógico, é igualmente inadmissível sustentar que as provas apoiam exatamente o oposto do que elas sugerem.

Ouvinte: O que você quer dizer com isso?

Germar Rudolf: Bem, se eu tiver um documento que diz: “Vamos trazer a Pessoa A para o Lugar B e fazê-la trabalhar lá”, isso não justifica a alegação de que a Pessoa A foi assassinada.

Ouvinte: Mas isso é simplesmente óbvio.

Germar Rudolf: Isso é o que se esperaria, mas infelizmente não é o caso. De acordo com a historiografia estabelecida, se um documento nacional-socialista afirma que “os judeus do lugar X serão transportados para o leste para trabalhos forçados”, isto é prova de que serão assassinados e não transportados como trabalhadores. Nos é dito que o documento significa algo diferente do que diz; que as expressões usadas são palavras-código que devem ser “interpretadas”.

Ouvinte: Mas nós sabemos que tantos judeus foram deportados e que a partir daí todos os vestígios da maioria deles estão perdidos.

Germar Rudolf: Pode ser que sim, mas a falta de provas do paradeiro de alguém não prova que essa pessoa tenha sido assassinada de uma determinada forma, num determinado momento e num determinado local. Discutimos os problemas de localização de sobreviventes na primeira palestra, à qual me refiro#1.

Ouvinte: Mas há de fato evidências do uso de palavras-código.

Germar Rudolf: Quando há tais evidências, então essas interpretações podem ser admissíveis. Mas a prática da interpretação não pode ser generalizada, ou então tudo pode ser reinterpretado à vontade. Eu lidarei com esse complexo de falsa lógica posteriormente em mais detalhes. Por agora, passemos aos critérios formais para evidência. De acordo com isso, as evidências devem ser verificáveis. Isto significa, por exemplo, que nós devemos ser capazes de localizar uma fonte citada como prova para uma reivindicação. No caso de experimentos, significa que devem ser repetíveis ou reproduzíveis por terceiros. Este é o porquê é tão importante fornecer as circunstâncias exatas de um experimento. Onde cálculos ou outras formas de argumentação lógica são concernidos, estes devem corresponder às respectivas leis e regras e ser compreensíveis para os outros, tendo em conta que cada disciplina profissional tem as suas próprias regras. Além do mais, as evidências devem ser apoiadas e corroboradas por evidências similares. Isso é conhecido como “contexto probatório”.

Tradução e palavras entre chaves por Mykel Alexander


Notas

*1 Fonte utilizada por Germar Rudolf: Traduzido como:

- {Retrospectiva Revisionismo em ação na História} – Revisionismo pela ortodoxia - parte 1, por Germar Rudolf, 13 de fevereiro de 2024, World Traditional Front.

https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2024/02/retrospectiva-revisionismo-em-acao-na_13.html  

#1 Nota de Mykel Alexander: Ver:

- {Retrospectiva Revisionismo em ação na História} – Estão faltando seis milhões?, por Germar Rudolf, 17 de março de 2024, World Traditional Front.

https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2024/03/retrospectiva-revisionismo-em-acao-na.html

- {Retrospectiva Revisionismo em ação na História} – Sobreviventes do Holocausto, por Germar Rudolf, 21 de março de 2024, World Traditional Front.

https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2024/03/retrospectiva-revisionismo-em-acao-na_21.html

 

Fonte: Germar Rudolf, Lectures on the Holocaust - Controversial Issues Cross-Examined, 4th, revised edition, January 2023, Castle Hill Publishers, PO Box 141, Bargoed CF82 9DE, UK, 4th edition. Castle Hill Publishers. Capítulo 3.1. Defining Evidence. PDF gratuito disponível no link abaixo.

https://holocausthandbooks.com/index.php?page_id=15

Sobre o autor: Germar Rudolf nasceu em 1964 em Limburg, Alemanha. Ele estudou química na Universidade de Bonn, onde ele graduou-se em 1989 com um diploma comparável ao grau de PhD no EUA. De 1990 – 1993 ele preparou uma tese de PhD (na graduação alemã) no Instituto Max Planck, paralelo a isso Rudolf preparou um relatório especial sobre as questões químicas e técnicas das alegadas câmaras de gás de Auschwitz, The Rudolf Report. Como a conclusão era de que as instalações de Auschwitz e Birkenau não eram para propósitos de extermínio em massa ele teve que enfrentar perseguições e encontrou exílio na Inglaterra onde fundou a editora Castle Hill. Por pressão do desgoverno alemão por extradição ele teve que fugir em 1999 para o EUA em busca de asilo político. No EUA casou e tornou-se cidadão americano em 2005, mas imediatamente a isso foi preso e subsequentemente deportado para Alemanha onde cumpriu 44 meses de prisão por seus escritos acadêmicos, muitos deles feitos no EUA onde não são ilegais. Desde 2011 vive com sua família, esposa e três crianças, na Pennsylvânia. Entre suas principais obras estão:

Dissecting the Holocaust, 1ª edição 2003 pela Theses & Dissertations Press, EUA. 3ª edição revisada, Castle Hill, Uckfield (East Sussex), 2019.

The Chemistry of Auschwitz: The Technology and Toxicology of Zyklon B and the Gas Chambers – A Crime-Scene Investigation, Castle Hill, Uckfield (East Sussex), 3ª edição revisada e expandida (março de 2017).

Lectures on Holocaust (1ª ed. 2005) 3ª edição revisada e expandida, Castle Hill, Bargoed, 2023.

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Recomendado, leia também:

O que é o Holocausto? - lições sobre holocausto - por Germar Rudolf

O que é ‘Negação do Holocausto’? - Por Barbara Kulaszka

O Primeiro Holocausto - por Germar Rudolf

O Primeiro Holocausto – e a Crucificação dos judeus deve parar - parte 1 - Por Olaf Rose (Parte 2 na sequência do próprio artigo)

O Holocausto de Seis Milhões de Judeus — na Primeira Guerra Mundial - por Thomas Dalton, Ph.D. {academic auctor pseudonym}

O Mito do extermínio dos judeus – Parte 1.1 {nenhum documento sequer visando o alegado extermínio dos judeus foi jamais encontrado} - por Carlo Mattogno (demais partes na sequência do próprio artigo)


Sobre o revisionismo em geral e o revisionismo do alegado Holocausto ver:

Por que o revisionismo do Holocausto? - por Theodore J. O'Keefe

Revisionismo e Promoção da Paz - parte 1 - por Harry Elmer Barnes

Revisionismo e Promoção da Paz - parte 2 - por Harry Elmer Barnes

O “Holocausto” colocado em perspectiva - por Austin Joseph App

A controvérsia internacional do “holocausto” - Arthur Robert Butz

Contexto e perspectiva na controvérsia do ‘Holocausto’ - parte 1 - por Arthur R. Butz

Contexto e perspectiva na controvérsia do ‘Holocausto’ - parte 2 - por Arthur R. Butz

O Relatório Leuchter: O Como e o Porquê - por Fred A. Leuchter

Sobre a importância do revisionismo para nosso tempo - por Murray N. Rothbard


Sobre as alegadas câmaras de gás nazistas homicidas ver:

As câmaras de gás: verdade ou mentira? - parte 1 - por Robert Faurisson (primeira de seis partes, as quais são dispostas na sequência).

A Mecânica do gaseamento - Por Robert Faurisson

O “problema das câmaras de gás” - Por Robert Faurisson

As câmaras de gás de Auschwitz parecem ser fisicamente inconcebíveis - Por Robert Faurisson

O Relatório Leuchter: O Como e o Porquê - por Fred A. Leuchter

A técnica e a química das ‘câmaras de gás’ de Auschwitz - por Germar Rudolf - Parte 1 - Introdução (demais partes na sequência do próprio artigo)


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