sexta-feira, 25 de abril de 2025

As fornalhas de cremação de Auschwitz - parte 13 - por Carlo Mattogno e Franco Deana

 Continuação de As fornalhas de cremação de Auschwitz - parte 12 - por Carlo Mattogno e Franco Deana

Carlo Mattogno


Esta lista é subdividida em quatro colunas.119 A primeira (“Uhr”) indica a hora e o número de carrinhos de mão com coque; a segunda coluna (“Datum”) indica a data da cremação, a terceira (“Leichen”) o número de cadáveres cremados, a quarta (“Karren Koks 1 K. = 60 kg”) o número total de carrinhos de mão com coque (1 carrinho = 60 kg), o que significa que a primeira coluna lista o número de carrinhos progressivamente, de modo que o último algarismo da primeira coluna corresponde ao algarismo da quarta coluna. No entanto, a primeira coluna (horário) não indica a hora de início e término da cremação, mas sim os horários em que o coque foi retirado do depósito de coque ou o horário em que os respectivos números de carrinhos com coque foram descarregados perto da fornalha.

O único critério objetivo que permite estabelecer a duração da cremação com alguma aproximação é a capacidade de combustão das lareiras, ou seja, a quantidade de coque queimada em uma lareira por hora. Com tiragem de ar natural, essa capacidade era de 90 a 120 kg de coque por hora e metro quadrado. De acordo com o memorando de 17 de março de 1943, citado anteriormente, a capacidade de combustão das lareiras das fornalhas Topf de três e oito muflas de Auschwitz era de 35 kg de coque por hora. Como a superfície das lareiras era de 0,3 m², a capacidade de combustão por m² era de (35 ÷ 0,3 =) 116,7 kg/h ≈ 120 kg/h.

A capacidade de combustão é aumentada – dentro de certos limites – pela tiragem de ar da chaminé, que puxa o oxigênio através da grelha. Para fornalhas a coque, a tiragem máxima aceitável com dispositivos de tiragem forçada (Saugzug-Anlage) era de 30 mm de coluna d'água,133 correspondendo à combustão de cerca de 180 kg de coque por hora e metro quadrado de grelha.134 Como cada grelha da fornalha Gusen tinha uma superfície de (0,5 × 0,5 =) 0,25 m², a capacidade máxima, com uma tiragem de ar de 30 mm de coluna d'água, era de (180 × 0,25 =) 45 kg de coque por hora, ou 90 kg para ambas as lareiras juntas.

Também, os três dispositivos de tiragem forçada inicialmente instalados no Crematório II de Birkenau funcionavam com uma pressão de 30 mm de coluna d'água, com um volume de gás de 40.000 m³/h, cada um acionado por um motor de 380 volts/15 HP. Os sopradores de tiragem forçada padrão instalados no Crematório de Gusen também foram instalados no crematório de Auschwitz, com um volume de gás de 4.000 m³/h e um motor de 3 HP. A diferença de pressão produzida é desconhecida, mas certamente não era superior a 30 mm de coluna d'água.

Nós retornamos agora ao problema da duração da cremação. Nós assumimos que as cremações em Gusen começaram às 7h do dia 31 de outubro de 1941 e terminaram às 23h do dia 12 de novembro de 1941, o que teria sido de 304 horas ou 18.240 minutos.135 A duração da combustão de 20.700 kg de coque efetivamente consumidos (ver Subcapítulo 5.1) depende, naturalmente, da capacidade de combustão das lareiras. Como mostrado acima, a capacidade máxima de combustão das duas lareiras de Gusen com sopradores de tiragem forçada de ar a uma pressão de 30 mm de coluna de água era de cerca de 90 kg/h de coque. Isso resulta em um tempo total de combustão do coque de (20.700 ÷ 90 =) 230 horas ou 13.800 min, um tempo médio de atividade do forno de (230 horas ÷ 12,67 dias ≈) 18 horas por dia e um tempo médio de incineração por cadáver de (30,6 ÷ 45 × 60 ≈) 41 minutos. Este é o menor valor teórico.

De acordo com as instruções de operação da Companhia Topf para a fornalha de mufla dupla e tripla, a pós-combustão dos resíduos do cadáver durava cerca de 20 minutos; somando esse tempo à combustão principal – 40 minutos – resulta em um tempo total de cremação de 60 minutos, o que representa o limite que o Dr. Jones chamou de “barreira térmica”, ou seja, o limite de tempo inferior que não pode ser superado. Essa duração, como será explicado posteriormente, é válida para a fornalha Gusen, mas não pode ser atribuída diretamente à fornalha de mufla dupla do tipo Auschwitz, ao qual a carta da Topf de 14 de julho de 1941 se referia explicitamente. 

Tradução e palavras entre chaves por Mykel Alexander

Continua ...

Notas

119 Nota de Carlo Mattogno: ÖDMM (Öffentliches Denkmal und Museum Mauthausen, Memorial Público e Museu de Mauthausen), Archiv, B 12/31.

133 Nota de Carlo Mattogno: Wilhelm Heepke, Die Leichenverbrennungsanstalten (die Krematorien), Verlag von Carl Marhold, Halle a.S. 1905, página 71.

134 Nota de Carlo Mattogno: G. Colombo, Manuale dell’ingegnere civile e industriale. Ulrico Hoepli, Milan 1916, página 366.

135 Nota de Carlo Mattogno: 12 dias mais 16 horas, ou 12,67 dias.

Fonte: Carlo Mattogno e Franco Deana, em Germar Rudolf (editor) Dissecting the Holocaust - The Growing Critique of ‘Truth’ and ‘Memory’, Castle Hill Publishers, P.O. Box 243, Uckfield, TN22 9AW, UK; novembro, 2019. Capítulo The Cremation Furnaces of Auschwitz.

Acesse o livro gratuitamente no site oficial:

https://holocausthandbooks.com/index.php?main_page=1&page_id=1 

Sobre os autores: Franco Deana foi um engenheiro italiano. Carlo Mattogno nasceu em 1951 em Orvietto, Itália. Pesquisador revisionista, ele empreendeu estudos em filosofia (incluindo estudos linguísticos em grego, latim e hebraico bem como estudos orientais e religiosos)  e em estudos militares (estudou em três escolas militares). Desde 1979 dedica-se aos estudos revisionistas, tendo estado associado com o jornal francês Annales d’Histoire Revisionniste bem como com o The Journal of Historical Review.

Dentre seus mais de 20 livros sobre a temática do alegado holocausto estão: 

The Real Auschwitz Chronicle: The History of the Auschwitz Camps, 2 volumes, Castle Hill Publishers (Bargoed, Wales, UK), 2023.

Auschwitz: the first gassing – rumor and reality; Castle Hill, 4ª edição, corrigida, 2022.

Curated Lies – The Auschwitz Museum’s Misrepresentations, Distortions and Deceptions; Castle Hill, 2ª edição revisada e expandida, 2020.

Auschwitz Lies – Legends, Lies, and Prejudices on the Holocaust; Castle Hill, 4ª edição, revisada, 2017. (Junto de Germar Rudolf).   

Debunking the Bunkers of Auschwitz – Black Propaganda versus History; Castle Hill, 2ª edição revisada, 2016.

Inside the Gas Chambers: The Extermination of Mainstream Holocaust Historiography, 2ª edição corrigida, 2016.

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O que é o Holocausto? - lições sobre holocausto - por Germar Rudolf

O que é ‘Negação do Holocausto’? - Por Barbara Kulaszka

O Primeiro Holocausto - por Germar Rudolf

O Primeiro Holocausto – e a Crucificação dos judeus deve parar - parte 1 - Por Olaf Rose (Parte 2 na sequência do próprio artigo)

O Holocausto de Seis Milhões de Judeus — na Primeira Guerra Mundial - por Thomas Dalton, Ph.D. {academic auctor pseudonym}

O Mito do extermínio dos judeus – Parte 1.1 {nenhum documento sequer visando o alegado extermínio dos judeus foi jamais encontrado} - por Carlo Mattogno (demais partes na sequência do próprio artigo)


Sobre o revisionismo em geral e o revisionismo do alegado Holocausto ver:

Uma breve introdução ao revisionismo do Holocausto - por Arthur R. Butz

{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} – Definindo evidência - por Germar Rudolf

{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} – Tipos e hierarquia de evidências - por Germar Rudolf

Por que o revisionismo do Holocausto? - por Theodore J. O'Keefe

Revisionismo e Promoção da Paz - parte 1 - por Harry Elmer Barnes

Revisionismo e Promoção da Paz - parte 2 - por Harry Elmer Barnes

O “Holocausto” colocado em perspectiva - por Austin Joseph App

A controvérsia internacional do “holocausto” - Arthur Robert Butz

Contexto e perspectiva na controvérsia do ‘Holocausto’ - parte 1 - por Arthur R. Butz

Contexto e perspectiva na controvérsia do ‘Holocausto’ - parte 2 - por Arthur R. Butz

O Relatório Leuchter: O Como e o Porquê - por Fred A. Leuchter

Sobre a importância do revisionismo para nosso tempo - por Murray N. Rothbard


Sobre as alegadas câmaras de gás nazistas homicidas ver:

As câmaras de gás: verdade ou mentira? - parte 1 - por Robert Faurisson (primeira de seis partes, as quais são dispostas na sequência).

A Mecânica do gaseamento - Por Robert Faurisson

O “problema das câmaras de gás” - Por Robert Faurisson

As câmaras de gás de Auschwitz parecem ser fisicamente inconcebíveis - Por Robert Faurisson

O Relatório Leuchter: O Como e o Porquê - por Fred A. Leuchter

A técnica e a química das ‘câmaras de gás’ de Auschwitz - por Germar Rudolf - Parte 1 - Introdução (demais partes na sequência do próprio artigo)


domingo, 20 de abril de 2025

A Supressão do Cristianismo em Seu Berço - Israel não é amigo de Jesus - por Philip Giraldi

 

Philip Giraldi


Minha reformulação da famosa citação de Lord Palmerston considerando “interesses”, para que reflita a realidade de Israel e seus poderosos amigos, seria mais ou menos assim: “Eu digo que é uma política mesquinha supor que Israel deva ser apontado como o eterno aliado ou amigo perpétuo dos Estados Unidos e dos valores ocidentais esclarecidos. Por definição, Israel não tem aliados eternos. Seus interesses são de fato perpétuos, mas centram-se em seu próprio sucesso em se retratar agressivamente como vítima, ao mesmo tempo em que promove seus próprios interesses tribais.” Eu admito que costumo pensar com frequência no inimigo que nós, da tradição cristã ocidental, temos nutrido em nosso seio há décadas em um espírito de tolerância, uma víbora que só está disposta a nos corromper e depois destruir, manifesta-se particularmente nesta época do ano, quando a vida e a morte de Jesus Cristo deveriam ser devidamente celebradas. Infelizmente, no Israel de hoje, o que é verdadeiramente notável é a supressão aberta da identidade e do culto cristãos pelo governo, sem qualquer reclamação vinda de Washington ou de outras nações nominalmente cristãs da Europa.

De fato, o cristianismo no Oriente Médio está, em geral, morrendo devido à pressão exercida por Israel para dificultar ao máximo a vida e a prática religiosa palestinas, bem como a questões regionais mais amplas, incluindo punições israelenses e americanas e a substituição de regimes em lugares como Síria e Líbano, que até recentemente abrigavam minorias cristãs substanciais. Os cristãos, em geral, acham mais fácil emigrar para países mais amigáveis ​​em todo o mundo do que os muçulmanos locais, pois frequentemente estabelecem famílias no exterior para ajudar no processo.

A marginalização dos cristãos em Israel, recentemente impulsionada pela legislação do apartheid e pela declaração parlamentar de Israel como um Estado judeu, já existe há muito tempo, mas é particularmente grave este ano, tanto no Natal quanto na Páscoa, com a recusa das autoridades israelenses em permitir reuniões para cultos religiosos e outras celebrações. Apenas 6.000 “passes” de segurança foram emitidos[1] pelos israelenses para cristãos palestinos da Cisjordânia para celebrar o Domingo de Ramos e a Páscoa em Jerusalém este ano, ao contrário do que acontecia no passado, quando havia 50.000 participantes. Como resultado, muitas celebrações e os desfiles habituais foram cancelados.

O Padre Ibrahim Faltas OFM, Vigário da Custódia da Terra Santa em Jerusalém, descreveu[2] como “A despeito de várias reuniões de alto nível, nós não conseguimos obter mais autorizações”", lembrando que os cristãos da Cisjordânia enfrentam muitas restrições à sua liberdade de movimento durante o ano e esperam pela Páscoa para viajar a Jerusalém e rezar nos Locais Sagrados. Além disso, igrejas antigas em Gaza foram bombardeadas e destruídas ao longo do último ano, provavelmente deliberadamente, criando um sentimento de depressão entre os fiéis, que também estão muito cientes de que seus compatriotas palestinos, muitos dos quais são cristãos, estão sendo massacrados pelas Forças de Defesa de Israel (IDF). Em 13 de abril, Domingo de Ramos, um ataque aéreo na madrugada destruiu[3] as enfermarias e o laboratório do Hospital Árabe Al-Ahli, administrado pela igreja anglicana em Gaza. Os destroços do ataque aéreo atingiram a vizinha Igreja Ortodoxa Grega de São Porfírio, que se preparava para a celebração do Domingo de Ramos, juntamente com os moradores de rua remanescentes da comunidade local que residem no complexo da igreja. O incidente aumentou o desespero de toda a comunidade cristã. O chefe de uma agência católica de ajuda humanitária descreveu como “os cristãos são sufocados e presos em suas próprias províncias e cidades, impossibilitados de viajar livremente sem serem assediados, pois precisam de autorizações especiais...”. Isso apesar de nunca ter havido violência ou agitação política associada ao movimento dos peregrinos, sendo amplamente considerado como pouco mais do que puro assédio por parte das autoridades israelenses.

É certo que a comunidade cristã e os líderes religiosos têm conhecimento do que exatamente está acontecendo e protestaram junto às autoridades governamentais israelenses aparentemente competentes, mas geralmente sem sucesso. Sua causa seria favorecida se nações majoritariamente cristãs, como os EUA e a Europa, se manifestassem e pressionassem Israel por um tratamento justo para os cristãos, mas geralmente se mantêm em silêncio por terem sido corrompidos e intimidados pelas diversas manifestações do Lobby Israelense ativo em seus países. Da mesma forma, a mídia nesses países é muito cuidadosa com o que publica ou diz sobre Israel ou os judeus, pois tal crítica é um crime em muitas jurisdições, algo que está se tornando cada vez mais comum nos Estados Unidos e vinculado às deportações sem provas daqueles que se opõem ao que está ocorrendo em Gaza.

O relatório anual do Rossing Center[4], uma organização sediada em Jerusalém dedicada à coexistência inter-religiosa, documentou 111[5] casos de assédio e violência contra a comunidade cristã em Israel e Jerusalém Oriental em 2024. O relatório revelou um clima de hostilidade que, segundo uma das autoras do estudo, Federica Sasso, representa apenas “a ponta do iceberg de um fenômeno muito maior”. Dos 111 casos de agressão relatados, 47 foram agressões físicas, principalmente por meio de “cuspidas”, um comportamento que evoluiu de atos sutis para demonstrações abertamente agressivas. Em várias áreas, especialmente na Cidade Velha de Jerusalém, padres, freiras, frades e monges, “facilmente identificados, estão expostos a esses ataques diariamente”, com raras intervenções das autoridades israelenses.

Há vários anos, o líder da Igreja Católica Romana em Israel, Pierbattista Pizzaballa, afirmou que os cristãos têm enfrentado desafios difíceis[6], principalmente desde a formação do último governo de extrema direita de Netanyahu, em dezembro de 2022. Segundo Pizzaballa, seu governo encorajou ativistas religiosos ultranacionalistas, muitos dos quais são colonos armados, e alguns dos quais assediaram membros do clero, homens e mulheres, e vandalizaram propriedades religiosas. Pizzaballa observou como “a frequência desses ataques, das agressões, tornou-se algo novo. Essas pessoas se sentem protegidas... a atmosfera cultural e política agora pode justificar, ou tolerar, ações contra os cristãos”.

Um colega, Francesco Patton, Custódio da Terra Santa, explicou como “nós estamos horrorizados e magoados com os muitos incidentes de violência e ódio que ocorreram recentemente contra a comunidade católica em Israel”. Ele descreveu a profanação de um cemitério luterano, a vandalização de uma sala de orações maronita, a micção em locais sagrados, a destruição de imagens sagradas e a pichação de “morte aos cristãos” em propriedades da igreja, tudo isso ocorrendo logo após a posse do novo governo de Netanyahu. Ele também destacou “a responsabilidade dos líderes, daqueles que detêm o poder”, acrescentando que a polícia israelense rotineiramente deixava de investigar tais incidentes após as igrejas os reportarem.

Para determinar se as alegações de aumento da violência e crimes de ódio contra cristãos eram verdadeiras, em 26 de junho, o jornal israelense de tendência liberal Haaretz enviou[7] um de seus jornalistas vestido de padre ao centro de Jerusalém. Em cinco minutos, o jornalista Yossi Eli “foi ridicularizado e cuspido, inclusive por uma criança e um soldado... Pouco depois, um homem zombou [dele] em hebraico, dizendo: 'Perdoe-me, pai, pois pequei'. Então, uma criança de 8 anos cuspiu [nele], assim como [outro] soldado quando um grupo de tropas passou mais tarde.”

Dado o que está acontecendo em campo, o Comitê Antidiscriminação Árabe-Americano (ADC) solicitou uma investigação sobre o papel que colonos com dupla nacionalidade israelense-americana estão desempenhando atualmente na recente onda de violência contra cidades e vilarejos palestinos, tanto cristãos quanto muçulmanos. O diretor executivo do ADC, Abed Ayoub, afirmou: “Nós temos fortes razões para acreditar que cidadãos americanos estão entre os principais perpetradores dos ataques brutais e violentos mais recentes”. Desde 21 de junho, multidões armadas de colonos israelenses têm aterrorizado vilarejos palestinos na Cisjordânia quase diariamente. Eles destruíram casas, queimaram veículos e mataram pelo menos um palestino. Durante décadas, cidadãos americanos se mudaram para assentamentos israelenses, que usam como base para se envolver regularmente em violência contra palestinos, tudo com impunidade, já que a polícia e o exército israelenses não oferecem proteção aos árabes e, em vez disso, frequentemente protegem os colonos. Muitos desses cidadãos americanos também se aproveitam das leis tributárias americanas sobre instituições de caridade e organizações sem fins lucrativos para financiar assentamentos ilegais e iniciar atos de violência contra palestinos.

Em outro incidente maior, dezenas de extremistas israelenses, principalmente judeus ortodoxos, interromperam um evento de oração cristã para peregrinos perto do Muro das Lamentações. O vice-prefeito de Jerusalém, Aryeh King, e o importante rabino Avi Thau lideraram os manifestantes. Denunciando os cristãos como “missionários” tentando converter judeus, os extremistas cuspiram e xingaram os peregrinos, muitos dos quais, ironicamente, eram cristãos evangélicos norte-americanos fortemente pró-Israel. O vice-prefeito King disse que os cristãos deveriam desfrutar da liberdade de culto “apenas dentro de suas igrejas”.

De acordo com a organização Protecting Holy Land Christians,[8] estabelecida por grupos cristãos para conscientizar sobre as ameaças à sua religião, há outros relatos de como os cristãos têm sido submetidos a uma perseguição crescente. Um relatório recente[9] detalha como os palestinos têm sido alvo do que chama de colonialismo de assentamento, uma série de medidas destinadas a destruir suas comunidades e expulsá-los de suas terras. O relatório identifica sete políticas que Israel utiliza contra os palestinos em toda a Palestina sob Mandato (Palestina de 1948, Gaza, Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental) e também para punir os exilados: “negação de residência; confisco de terras e negação de uso; planejamento discriminatório; negação de acesso a recursos e serviços naturais; imposição de um regime de licenças; fragmentação, segregação e isolamento; negação de reparações; e supressão da resistência”. O relatório conclui: “Sejam essas políticas consideradas separadamente ou em conjunto, elas constituem transferência forçada de populações, uma grave violação do Direito Internacional Humanitário (DIH)”.

Recentemente, essas medidas essencialmente genocidas incluíram o roubo direto de seus prédios e terras históricas pelo governo e a negação de outros direitos, incluindo a crescente recusa em permitir reuniões de fiéis[10] nas igrejas existentes em feriados importantes como Natal e Páscoa. Também têm havido muitos ataques físicos a cristãos individuais perpetrados por judeus extremistas,[11] bem como profanação de locais religiosos cristãos e destruição ou desfiguração de relíquias e estátuas cristãs. Uma conferência realizada em junho de 2023 em Jerusalém para abordar a questão do aumento da violência contra cristãos atraiu vários diplomatas, acadêmicos e representantes de grupos religiosos, mas foi boicotada pelo Ministério das Relações Exteriores de Israel. A Embaixada dos EUA também não enviou um representante ou observador, indicando claramente que não estava interessada na situação dos cristãos em Israel, ou melhor, que nem sequer queria admitir que havia um problema.

Muito interessantemente, o Ministro da Segurança Nacional israelense, Itamar Ben-Gvir, um extremista de direita e líder do movimento dos colonos, está prestes a chegar a Washington[12] e receberá tratamento de tapete vermelho dos suspeitos de sempre. Ele tem sido ouvido sobre seu desejo de remover todos os palestinos, cristãos e muçulmanos, da Palestina histórica e foi o responsável por uma legislação que torna perfeitamente legal e sem consequências para qualquer soldado, policial ou colono armado matar um palestino. A viagem incluirá paradas na Flórida e em Washington, D.C., onde ele se programou[13] para se reunir com autoridades americanas, influenciadores conservadores e líderes da comunidade judaica. A reunião de maior destaque em sua agenda é com a Secretária de Segurança Interna, Kristi Noem. Ben Gvir, que administra o sistema prisional de Israel, tem advogado[14] por uma solução direta para lidar com os detentos indesejados de seu país. “É lamentável que eu tenha tido que lidar nos últimos dias com a questão de se prisioneiros palestinos deveriam receber cestas de frutas”, disse ele no último ano[15]. “Eles deveriam ser mortos com um tiro na cabeça.” O autodenominado sionista Joe Biden chegou a bloquear sua entrada nos EUA por considerá-lo “extremista demais”, mas, como nós vimos, Donald Trump não é tão exigente.

Então aí está. O governo israelense de Netanyahu não se interessa muito pelos direitos humanos de ninguém que não seja judeu conservador ou ortodoxo. Na verdade, é essencialmente hostil a todos os palestinos e estrangeiros, sejam eles muçulmanos, cristãos ou mesmo irreligiosos. Eles regularmente denigrem essas pessoas como o que os alemães na década de 1930 teriam chamado de “untermenschen”, que significa subumanos, uma palavra usada então para descrever os judeus, ironicamente. O fato de os Estados Unidos ignorarem todos os crimes de guerra e violações de direitos humanos de Israel é vergonhoso, mas normal, visto que os judeus americanos, defensores de Israel, corromperam e assumiram o controle firme do processo político. E não pense por um segundo que os líderes israelenses se importam com os Estados Unidos e seu povo, a maioria dos quais é pelo menos nominalmente cristã. Lembre-se por um momento de como o ex-primeiro-ministro Ariel Sharon se referiu aos americanos em uma discussão com o ministro das Relações Exteriores Shimon Peres: “Toda vez que fazemos algo, você me diz que os americanos farão isso e aquilo. Quero dizer uma coisa muito clara: não se preocupem com a pressão americana sobre Israel. Nós, o povo judeu, controlamos a América, e os americanos sabem disso.” E, mais recentemente, Netanyahu disse: “A América é algo que você pode mover com muita facilidade, movê-la na direção certa.” É isso que eles realmente pensam de nós.

Tradução e palavras entre chaves por Mykel Alexander

Notas

[2] Fonte utilizada por Philip Giraldi: Easter celebrations in the Holy Land amid hardship and hope, por Lisa Zengarini, 15 de abril de 2025, VATICAN NEWS.

https://www.vaticannews.va/en/church/news/2025-04/easter-celebrations-in-the-holy-land-between-hardships-and-hope.html

[3] Fonte utilizada por Philip Giraldi: Holy Land Easter under shadow of war, por Susan Korah, 17 de abril de 2025, The Catholic Register.

https://www.catholicregister.org/item/2043-holy-land-easter-under-shadow-of-war

[4] Fonte utilizada por Philip Giraldi:

https://rossingcenter.org/

[5] Fonte utilizada por Philip Giraldi: Report reveals escalation of violence against Christians in the Holy Land, por Victoria Cardiel, 14 de abril de 2025, Catholic News Agency.

https://www.catholicnewsagency.com/news/263367/report-reveals-escalation-of-violence-against-christians-in-the-holy-land

[6] Fonte utilizada por Philip Giraldi: An Upsurge Of Violence Against Israeli Christians, por Sheldon Kirshner, 07 de junho de 2023, Times of Israel.

https://blogs.timesofisrael.com/an-upsurge-of-violence-against-israeli-christians/

[7] Fonte utilizada por Philip Giraldi: Israeli Reporter Goes Undercover as Priest – and Gets Spat At, 26 de julho de 2023, Haaretz.

https://www.haaretz.com/israel-news/2023-06-26/ty-article/.premium/israeli-reporter-goes-undercover-as-priest-and-gets-spat-at/00000188-f775-d6ce-abb9-f77780680000

[8] Fonte utilizada por Philip Giraldi:

https://protectingholylandchristians.org/threats/

[9] Fonte utilizada por Philip Giraldi: New report describes continuing forcible displacement and dispossession of Palestinian Christians, por Jeff Wright, 15 de junho de 2023, Mondoweiss.

https://mondoweiss.net/2023/06/new-report-describes-continuing-forcible-displacement-and-dispossession-of-palestinian-christians/

[11] Fonte utilizada por Philip Giraldi: An Upsurge Of Violence Against Israeli Christians, por Sheldon Kirshner, 07 de junho de 2023, Times of Israel.

https://blogs.timesofisrael.com/an-upsurge-of-violence-against-israeli-christians/

[12] Fonte utilizada por Philip Giraldi: Is Trump orbit rolling out red carpet for Israeli extremist Ben Gvir?, por Connor Echols, republicado de Responsible Statecraft, 15 de abril de 2025.

https://israelpalestinenews.org/us-troops-army-budget/

[13] Fonte utilizada por Philip Giraldi: No longer shunned, far-right Ben Gvir to visit US, eyeing official meetings, por Jacob Magid e Sam Sokol, 08 de abril de 2025, The Times of Israel.

https://www.timesofisrael.com/liveblog_entry/no-longer-shunned-far-right-ben-gvir-said-invited-to-visit-us-for-official-meetings/

[15] Fonte utilizada por Philip Giraldi: Ben-Gvir calls for executing Palestinian prisoners,  01 de julho de 2024, MIDDLE EAST MONITOR.

https://www.middleeastmonitor.com/20240701-ben-gvir-calls-for-executing-palestinian-prisoners/

 

Fonte: The Suppression of Christianity in Its Birthplace - Israel is no friend to Jesus, por Philip Giraldi, 18 de abril de 2025, The Unz Review – An alternative media selection.

https://www.unz.com/pgiraldi/the-suppression-of-christianity-in-its-birthplace/

Sobre o autor: Philip Giraldi (1946 –) é um ex-agente de contraterrorismo, agente da Cia e da inteligência militar dos EUA. Concluiu seu BA na Universidade de Chicago, com Mestrado e PhD na Universidade de Londres, em História Europeia. Atualmente é colunista, comentador televisivo e Diretor Executivo do Council for the National Interest. Escreveu artigos para as revistas e jornais The American Conservative magazine, The Huffington Post, e Antiwar.com para a rede midiática Hearst Newspaper. Foi entrevistado pelos jornais e revistas Good Morning America, 60 Minutes, MSNBC, Fox News Channel, National Public Radio, a Canadian Broadcasting Corporation, a British Broadcasting Corporation, al-Jazeera, al-Arabiya, Iran Daily, Russia Today, Veterans Today, Press TV. Foi conselheiro de política internacional para a campanha de Ron Paul em 2008.

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Relacionado, leia também sobre a questão judaica, sionismo e seus interesses globais ver:

{Massacres sobre os alauítas após a queda da Síria de Bashar Hafez al-Assad} - por Raphael Machado

Mudança de Regime na Síria: mais um passo em direção ao “Grande Israel” - por Alan Ned Sabrosky

Guerra de agressão não declarada dos EUA-OTAN-Israel contra a Síria: “Terrorismo da al-Qaeda” para dar um golpe de Estado contra um governo secular eleito - por Michael Chossudovsky

Libertando a América de Israel - por Paul Findley

Deus, os judeus e nós – Um Contrato Civilizacional Enganoso - por Laurent Guyénot

O Evangelho de Gaza - O que devemos aprender com as lições bíblicas de Netanyahu - por Laurent Guyénot

A Psicopatia Bíblica de Israel - por Laurent Guyénot

Israel como Um Homem: Uma Teoria do Poder Judaico - parte 1 - por Laurent Guyénot (Demais partes na sequência do próprio artigo)

 O peso da tradição: por que o judaísmo não é como outras religiões - por Mark Weber

Sionismo, Cripto-Judaísmo e a farsa bíblica - parte 1 - por Laurent Guyénot (as demais partes na sequência do próprio artigo)

O truque do diabo: desmascarando o Deus de Israel - Por Laurent Guyénot - parte 1 (Parte 2 na sequência do próprio artigo)

Historiadores israelenses expõem o mito do nascimento de Israel - por Rachelle Marshall

Resenha de: A Legacy of Hate: Anti-Semitism in America {Um legado de ódio: antissemitismo na América}, de Ernest Volkman - por Louis Andrew Rollins

Resenha de The Fateful Triangle: The United States, Israel & The Palestinians {O Triângulo Fatídico: Os Estados Unidos, Israel e os Palestinos} de Noam Chomsky por Louis Andrew Rollins

Resenha de THE DECADENCE OF JUDAISM IN OUR TIME {A DECADÊNCIA DO JUDAÍSMO EM NOSSO TEMPO}, de Moshe Menuhin, por David McCalden (escrito sob o pseudônimo Lewis Brandon)

Resenha de GENOCIDE IN THE HOLY LAND {GENOCÍDIO NA TERRA SANTA}, Rabbi Moshe Schonfeld, Neturei Karta dos EUA - por Bezalel Chaim

 Genocídio em Gaza - por John J. Mearsheimer

{Retrospectiva 2023 - Genocídio em Gaza} - Morte e destruição em Gaza - por John J. Mearsheimer

O Legado violento do sionismo - por Donald Neff

{Retrospectiva 1946 – terrorismo judaico-sionista} - O Ataque ao Hotel Rei David em Jerusalém - por W. R. Silberstein

Crimes de Guerra e Atrocidades-embustes no Conflito Israel/Gaza - por Ron Keeva Unz

A cultura do engano de Israel - por Christopher Hedges

Será que Israel acabou de experimentar uma “falha de inteligência” ao estilo do 11 de Setembro? Provavelmente não. Aqui está o porquê - por Kevin Barrett

Residentes da faixa de Gaza fogem do maior campo de concentração do mundo - A não-violência não funcionou, então eles tiveram que atirar para escapar - por Kevin Barrett

Por Favor, Alguma Conversa Direta do Movimento pela Paz - Grupos sionistas condenam “extremistas” a menos que sejam judeus - por Philip Giraldi

“Grande Israel”: O Plano Sionista para o Oriente Médio O infame "Plano Oded Yinon". - Por Israel Shahak - parte 1 - apresentação por Michel Chossudovsky (demais partes na sequência do próprio artigo)

Raízes do Conflito Mundial Atual – Estratégias sionistas e a duplicidade Ocidental durante a Primeira Guerra Mundial – por Kerry Bolton

Conversa direta sobre o sionismo - o que o nacionalismo judaico significa - Por Mark Weber

Judeus: Uma comunidade religiosa, um povo ou uma raça? por Mark Weber

Controvérsia de Sião - por Knud Bjeld Eriksen

Sionismo e judeus americanos - por Alfred M. Lilienthal

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sábado, 12 de abril de 2025

Tradições arianas - dever em Roma acima da própria vida - Epitáfio 5 dos Scipiones

 

{Fragmentos de seu sarcófago foram descobertos no Túmulo dos Cipiões e agora estão em uma parede dos Museus do Vaticano. Fonte: domínio público Wikipedia.}

Quei apice insigne Dial[is fl]aminis gesistei |

Mors perfe[cit] tua ut essent omnia | brevia

honos fama virtusque | gloria atque ingenium

quibus sei | in longa licu[i]set tibe utier uita |

facile facteis superases gloriam | maiorum.

Qua re lubens te in gremiu | Scipio recip[i]t

Terra Publi | prognatum Publio Corneli.


Epitáfio 5 dos Scipiones

Publius Cornelius Scipio, provavelmente um filho de Scipião Africano; ele morreu ao redor de 170 a.C.? Sobre a frente (dois pedaços) de um sarcófago: Saturninos.

O epitáfio.

Você que tem usado a honrada capa do sacerdote sagrado {Diallis flaminis} de Júpiter:

A morte fez todas suas virtudes {virtusque}, sua honra {honos}, boa fama {fama} e valentia, sua glória {gloria} e seus talentos serem de curta duração. Se a você tivesse senão sido permitido uma longa vida na qual você usufruiria dela, uma fácil coisa teria sido para você superar por grandes feitos a glória de seus ancestrais {maiorum}. Portanto, Publius Cornelius Scipião, filho gerado de Publius, alegremente fez a Terra {Terra} tomá-lo para seu seio.

 

{La Lupa Capitolina, século V a.C., Rômulo e Remo são adições posteriores renascentistas. Wikipedia domínio público}.


Fonte: Epitáfio 5 dos Scipiones, Remains of Old Latin – Archaic Inscriptions. Tradução de E. H. Warmington, LCL 359, reimpressão da edição de 1940. Tradução e palavras entre chaves do inglês ao português por Mykel Alexander.

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Relacionado, leia também sobre a questão judaica, cristianismo e a tradição europeia ver:

Tradições arianas - família, honra e estirpe em Roma - Epitáfio 10 dos Scipiones

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Biopolítica, racialismo, e nacionalismo na Grécia Antiga: Uma visão sumária - Por Guillaume Durocher {academic auctor pseudonym}

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