Laurent Guyénot |
É a Igreja a prostituta
de Jeová?
Eu
concluí um artigo anterior*1 com o
que considero a “revelação” mais importante da erudição bíblica moderna, uma
que tem o potencial de libertar o mundo ocidental de um vínculo psicopático de
dois mil anos: o ciumento Jeová era originalmente apenas o deus nacional de
Israel, reembalado como “o Deus do céu e da terra” durante o exílio babilônico,
como parte de uma campanha de relações públicas destinada aos persas, depois
aos gregos e, por último, aos romanos. A noção bíblica resultante de que o
Criador universal tornou-se o deus nacional de Israel na época de Moisés é
assim exposta como uma inversão fictícia do processo histórico: na realidade, é
o deus nacional de Israel que, por assim dizer, personificou o Criador
universal na época de Esdras – enquanto permanecendo intensamente etnocêntrico.
O
Livro de Josué é uma boa revelação para a farsa bíblica#1, porque seu autor pré-exílico nunca se
refere a Josué simplesmente como “Deus” e nunca dá a entender que ele é outra
coisa senão “o deus para os israelitas”, isto é, “nosso deus” para os
israelitas e “seu deus” para seus inimigos (25 vezes). Jeová não mostra
interesse em converter os povos cananeus, a quem ele considera valer menos que
seu gado. Ele não instrui Josué a tentar convertê-los, mas simplesmente
exterminá-los, de acordo com o código de guerra que ele deu a Moisés em Deuteronômio
20.
Contudo,
encontramos no Livro de Josué uma declaração isolada de uma mulher
cananéia de que “Jeová o vosso Deus é Deus tanto em cima nos céus como embaixo
na terra” (2:11). Raabe, uma prostituta em Jericó, faz essa declaração a dois
espiões israelenses que passam a noite com ela, e que ela esconde em troca de
ser poupada, junto com sua família, quando os israelitas tomarem a cidade e
massacrarem todos, “homens e mulheres, crianças e velhos” (6:21). A “profissão
de fé” de Raabe é provavelmente uma inserção pós-exílica, porque não se encaixa
bem com sua outra afirmação de que ela é motivada pelo medo, não pela fé: “Sei
que Jeová vos deu esta terra e caiu sobre nós o vosso terror, e todos os
habitantes da terra estão tomados de pânico diante de vós.” (2:9). No entanto,
a combinação de medo e fé é consistente com os caminhos do Jeová.
A
católica francesa Bible de Jérusalem – uma tradução erudita pelos
dominicanos da École Biblique, que serviu de diretriz para a English
Jerusalem Bible – acrescenta uma nota de rodapé à “profissão de fé ao Deus
de Israel” de Raabe, dizendo que “tornou Raabe, aos olhos de mais de um Padre
da Igreja, uma figura da Igreja gentia, salva por sua fé”.
Eu
acho esta nota de rodapé emblemática do papel do cristianismo em propagar entre
os gentios a ultrajante reivindicação metafísica dos israelitas, aquele grande
engano que permaneceu, até hoje, uma fonte de tremendo poder simbólico. Ao
reconhecer a sua própria imagem na prostituta de Jericó, a Igreja reivindica
para si o papel que é precisamente seu na história, ao mesmo tempo que engana
radicalmente os cristãos sobre o significado histórico desse papel. Com efeito,
foi a Igreja que, tendo reconhecido o deus de Israel como o Deus universal,
introduziu os judeus no coração da cidade gentia e, ao longo dos séculos,
permitiu-lhes tomar o poder sobre a cristandade.
Esta
tese, que vou desenvolver aqui, pode parecer fantasiosa, porque fomos ensinados
que o cristianismo era fortemente judeofóbico desde o início. E isso é verdade.
Por exemplo, João Crisóstomo, talvez o teólogo grego mais influente do crucial
século IV, escreveu várias homilias “Contra os judeus”. Mas o que o preocupa,
precisamente, é a nefasta influência dos judeus sobre os cristãos. Muitos
cristãos, queixa-se, “juntam-se aos judeus para celebrar as suas festas e
observar os seus jejuns” e mesmo acreditam que “eles pensam como nós” (Primeira
homilia, I, 5).
“Não é estranho que aqueles que adoram o Crucificado tenham uma festa comum com aqueles que o crucificaram? Não é um sinal de loucura e da pior loucura? [...] Pois quando eles veem que vocês, que adoram o Cristo que eles crucificaram, estão seguindo com reverência seus rituais, como podem deixar de pensar que os ritos que eles realizaram são os melhores e que nossas cerimônias são inúteis? (Primeira Homilia, V,1-7).
Para
horror de João, alguns cristãos mesmo conseguiram ser circuncidados. “Não me
digam”, ele os adverte, “que a circuncisão é apenas um único mandamento; é esse
mesmo mandamento que vos impõe o inteiro jugo da Lei” (Segunda Homilia,
II,4). E assim, com toda a sua judeofobia (rebatizada anacronicamente de
“antissemitismo” hoje), as homilias de João Crisóstomo são um testemunho da
forte influência que os judeus exerceram sobre os cristãos gentios nos
primeiros dias da triunfante Igreja imperial. E não importa o quanto os padres
gregos e latinos tenham tentado proteger seu rebanho da influência dos judeus,
isso tinha persistido conforme a Igreja se expandia. Pode-se até argumentar que
a história do cristianismo é a história de sua judaização, de Constantinopla a
Roma, depois de Roma a Amsterdã e ao Novo Mundo.
Nós
comumente admitimos que a Igreja sempre oprimiu os judeus e impediu sua
integração, a menos que eles se convertessem. Eles não foram expulsos de um
reino cristão após o outro na Idade Média? Novamente, isso é verdade, mas
devemos distinguir entre a causa e o efeito. Cada uma dessas expulsões foi uma
reação a uma situação desconhecida na Antiguidade pré-cristã: comunidades
judaicas ganhando poder econômico desmedido, sob a proteção de uma
administração real (os judeus serviam como cobradores de impostos e agiotas dos
reis, e eram particularmente indispensáveis em tempos de guerra), até que esse
poder econômico, cedendo poder político, chegue a um ponto de saturação, cause
pogroms e obrigue o rei a tomar medidas.
Consideremos,
por exemplo, a influência dos judeus na Europa Ocidental sob os carolíngios.
Atinge um clímax sob o filho de Carlos Magno, Luís, o Piedoso. O bispo de Lyon
Agobard (c. 769-840) deixou-nos cinco cartas ou tratados escritos para
protestar contra o poder concedido aos judeus em detrimento dos cristãos. Em Sobre
a insolência dos judeus, dirigida a Luís, o Piedoso, em 826, Agobardo
reclama que os judeus produzem “ordenações assinadas em seu nome com selos
dourados” garantindo-lhes vantagens ultrajantes, e que os enviados do imperador
são “terríveis para com os cristãos e gentis frente aos judeus.” Agobard
reclama até de um decreto imperial impondo o domingo em vez do sábado como dia
de mercado, a fim de agradar aos judeus. Em outra carta, ele reclama de um
decreto proibindo qualquer um de batizar os escravos dos judeus sem a permissão
de seus mestres.1
Dizia-se
que Louis, o Piedoso, era dito estar sob a influência de sua esposa, a rainha
Judith – um nome que significa simplesmente “judia”. Ela era tão amigável com
os judeus que o historiador judeu Heinrich Graetz levantou a hipótese de que
ela era uma judia secreta, à maneira da bíblica Ester. Graetz descreve o
reinado de Louis e Judith (e “o tesoureiro Bernhard, o verdadeiro governante do
reino” de acordo com ele) como uma idade de ouro para os judeus, e aponta que
na corte do imperador, muitos consideravam o judaísmo como a verdadeira
religião. Isso é ilustrado pela retumbante conversão do confessor de Luís, o
bispo Bodo, que adotou o nome de Eleazar, foi circuncidado e se casou com uma
judia. “Cristãos cultos”, escreve Graetz, “refrescaram-se com os escritos do
historiador judeu Josefo e do filósofo judeu Filo, e leram suas obras de
preferência àquelas dos apóstolos”.2 A judaização da Igreja Romana neste tempo é
apropriadamente simbolizada pela adoção de pão ázimo para a comunhão, com
nenhuma justificativa no Evangelho. Digo “a Igreja Romana”, mas talvez devesse
ser chamada de Igreja Franca porque, desde a época de Carlos Magno, foi tomada
por francos étnicos com desígnios geopolíticos sobre Bizâncio, como
convincentemente tem argumentado o teólogo ortodoxo John Romanides.3
O
Velho Testamento era especialmente influente nas esferas de poder francas. A
piedade popular concentrava-se nas narrativas do Evangelho (evangelhos
canônicos, mas também apócrifos como o imensamente popular Evangelho de
Nicodemos), a adoração de Maria e os onipresentes cultos dos santos, mas
reis e papas confiavam em uma teologia política extraída do Tanakh {que é a
coleção de Escrituras canônicas do judaísmo#2}.
A Bíblia hebraica tinha sido uma parte importante da propaganda franca desde o
final do século VI. A História dos Francos, de Gregório de Tours, a
fonte primária – e principalmente lendária – da história merovíngia, é
enquadrada na ideologia providencial dos Livros dos Reis: os bons reis
são aqueles que apoiam a Igreja Católica e os maus reis aqueles que resistem ao
crescimento de seu poder. Sob Luís, o Piedoso, o rito de unção dos reis francos
foi projetado segundo o modelo da unção do rei Davi pelo profeta Samuel em 1
Samuel 16.
O Velho Testamento
como Cavalo de Tróia de Israel
Nos tempos pré-cristãos, os estudiosos pagãos mostraram
pouco interesse na Bíblia hebraica. Escritores judeus (Aristóbulo de Paneas, Artapanos
de Alexandria) tentaram enganar os gregos sobre a antiguidade da Torá, alegando
que Homero, Hesíodo, Pitágoras, Sócrates e Platão foram inspirados por Moisés,
mas ninguém antes dos Pais da Igreja parece os ter tomado seriamente. Os judeus
até produziram falsas profecias gregas de seu sucesso sob o título Oráculos
Sibilinos e escreveram sob um pseudônimo grego uma Carta de Aristea a
Filócrates louvando o judaísmo, mas, novamente, não foi até o triunfo do
cristianismo que esses textos foram recebidos com credulidade gentia.
Graças
ao cristianismo, o Tanakh judaico foi elevado ao status de história autorizada,
e autores judeus que escreviam para pagãos, como Josefo e Filo, ganharam
reputação imerecida – embora fossem ignorados pelo judaísmo rabínico. A
academia cristã acriticamente se sintonizou com a história manipulada dos
judeus. Enquanto Heródoto cruzou a Síria-Palestina por volta de 450 a.C. sem
ouvir falar de judeus ou israelitas, os historiadores cristãos decidiram que
Jerusalém era naquela época o centro do mundo e aceitaram como fato o império
totalmente fictício de Salomão. Até o século 19, a história do mundo foi
calibrada em uma cronologia bíblica em grande parte fantasiosa (a egiptologia
agora está tentando se recuperar dela).4
Pode
ser argumentado, é claro, que o Velho Testamento tem servido bem à
cristandade: certamente não foi na não-violência de Cristo que a Igreja
Católica encontrou a energia e os meios ideológicos para impor sua ordem
mundial por quase mil anos na Europa Ocidental. No entanto, para esse passado
glorioso, obviamente havia um preço a pagar, uma dívida para com os judeus que
precisava ser paga de uma forma ou de outra. É como se o cristianismo tivesse
vendido sua alma ao deus de Israel, em troca de sua grande realização.
A
Igreja tinha sempre colocado o anúncio aos judeus como a porta de saída da
prisão da Lei para a liberdade de Cristo. Mas nunca solicitou aos judeus
convertidos que deixassem sua Torá na porta. Os judeus que entravam na Igreja
entravam com a sua Bíblia, isto é, com grande parte da sua judaicidade, enquanto
libertando-se eles próprios de todas as restrições civis impostas aos seus
irmãos não convertidos.
Quando
os judeus eram julgados muito lentos para se converter voluntariamente, às
vezes eles eram forçados ao batismo sob ameaças de expulsão ou morte. O
primeiro caso documentado remonta ao neto de Clovis, de acordo com o bispo
Gregório de Tours:
“O rei Chilperico ordenou que um grande número de judeus fosse batizado, e ele próprio manteve vários nas fontes. Mas muitos foram batizados apenas no corpo e não no coração; eles logo voltaram a seus hábitos enganosos, pois realmente guardavam o sábado e fingiam honrar o domingo” (História dos Francos, capítulo V).
Essas
conversões coletivas forçadas, produzindo apenas cristãos insinceros e
ressentidos, foram realizadas durante a Idade Média. Centenas de milhares de
judeus espanhóis e portugueses foram forçados a se converter no final do século
XV, antes de emigrar através da Europa. Muitos desses “cristãos-novos” não
apenas continuaram a “judaizar” entre si, mas agora podiam ter maior influência
sobre os “cristãos-velhos”. A penetração do espírito judaico na Igreja Romana,
sob a influência desses judeus relutantemente convertidos e seus descendentes,
é um fenômeno muito mais massivo do que é geralmente admitido.
Um
exemplo é a Ordem dos Jesuítas, cuja fundação coincidiu com o auge da repressão
espanhola contra os marranos, com a legislação de “pureza de sangue” de 1547
emitida pelo Arcebispo de Toledo e Inquisidor Geral da Espanha. Dos sete
membros fundadores, pelo menos quatro eram de ascendência judaica. O caso do
próprio Loyola não é claro, mas ele era conhecido por seu forte filossemitismo.
Robert Markys demonstrou, em um estudo inovador (download gratuito aqui*2, revisão aqui*3),
como os criptojudeus se infiltraram em posições-chave na Ordem dos Jesuítas
desde o seu início, recorrendo ao nepotismo para eventualmente estabelecer um
monopólio nas posições de topo que se estendia ao Vaticano. O rei Filipe II da
Espanha chamou a Ordem de “Sinagoga de Hebreus”.5
Os
marranos estabelecidos na Holanda espanhola desempenharam um papel importante
no movimento calvinista. De acordo com o historiador judeu Lucien Wolf,
“os marranos em Antuérpia tinham tomado uma ativa parte no movimento da Reforma e abandonaram sua máscara de catolicismo por uma pretensão não menos oca de calvinismo. […] A simulação do calvinismo trouxe-lhes novos amigos, que, como eles, eram inimigos de Roma, da Espanha e da Inquisição. [...] Além disso, era uma forma de cristianismo que se aproximava de seu próprio judaísmo simples.6
O
próprio Calvino tinha aprendido hebraico com os rabinos e elogiava o povo
judeu. Ele escreveu em seu comentário sobre o Salmo 119: “Onde Nosso
Senhor Jesus Cristo e seus apóstolos tiraram sua doutrina, senão Moisés? E
quando retiramos todas as camadas, descobrimos que o Evangelho é simplesmente
uma exibição do que Moisés já havia dito”. A Aliança de Deus com o povo judeu é
irrevogável porque “nenhuma promessa de Deus pode ser desfeita”. Essa Aliança,
“em sua substância e verdade, é tão semelhante à nossa, que podemos chamá-los
de uma. A única diferença é a ordem na qual elas foram dadas.”7
O historiador judeu Cecil Roth (1899-1970) |
Dentro
dum século, o calvinismo, ou puritanismo, tornou-se uma força cultural e
política dominante na Inglaterra. O historiador judeu Cecil Roth explica:
“Os desenvolvimentos religiosos do século XVII levaram ao seu clímax uma inconfundível tendência filossemita em certos círculos ingleses. O puritanismo representou acima de tudo um retorno à Bíblia, e isso automaticamente promoveu um estado de espírito mais favorável em relação ao povo do Velho Testamento”.8
Alguns
puritanos britânicos chegaram a considerar o Levítico ainda em vigor;
eles circuncidavam seus filhos e respeitavam escrupulosamente o sábado. Sob Carlos
I (1625-1649), escreveu Isaac d'Israeli (pai de Benjamin Disraeli), “parecia
que a religião consistia principalmente em rigores sabatistas; e que um senado
britânico foi transformado em uma companhia de rabinos hebreus.”9 Judeus ricos começaram a casar suas
filhas com a aristocracia britânica, a ponto de, segundo estimativa de Hilaire
Belloc, “com o início do século XX, aquelas
das grandes famílias territoriais inglesas nas quais não havia sangue judeu eram
a exceção.”10
A
influência do puritanismo em muitos aspectos da sociedade britânica estendeu-se
naturalmente aos Estados Unidos. A mitologia nacional dos “Padres Peregrinos”
fugindo do Egito (Inglaterra Anglicana) e estabelecendo-se na Terra Prometida
como o novo povo escolhido, dá o tom. Contudo, a judaização do cristianismo
americano não foi um processo espontâneo de dentro, mas sim controlado por
manipulações hábeis de fora. Para o século XIX, um bom exemplo é a Scofield
Reference Bible, publicada em 1909 pela Oxford University Press, sob o
patrocínio de Samuel Untermeyer, advogado de Wall Street, cofundador do Federal
Reserve e sionista dedicado, que se tornaria o arauto da a “guerra santa”
contra a Alemanha em 1933. A Bíblia Scofield está repleta de notas de
rodapé altamente tendenciosas. Por exemplo, a promessa de Jeová a Abraão em
Gênesis 12:1-3 recebe uma nota de rodapé de dois terços da página explicando
que “Deus fez uma promessa incondicional de bênçãos por meio da semente de
Abrão à nação de Israel para herdar um território específico para sempre”
(embora Jacó, quem primeiro recebeu o nome Israel, ainda não havia nascido”. A
mesma nota explica que “Tanto V.T {Velho Testamento} e N. T. {Novo
Testamento} estão cheios de promessas pós-sinaíticas sobre Israel e a terra
que será a possessão eterna de Israel”, acompanhadas por “uma maldição lançada
sobre aqueles que perseguem os judeus” ou “cometem o pecado do antissemitismo”.11
Como
um resultado desse tipo de propaganda grosseira, a maioria dos evangélicos
americanos considera a criação de Israel em 1948 e sua vitória militar em 1967
como milagres cumprindo profecias bíblicas e anunciando a segunda vinda de
Cristo. Jerry Falwell declarou: “No topo de nossas prioridades deve estar um
compromisso inabalável e devoção ao estado de Israel”, enquanto Pat Robertson
disse: “O futuro desta nação [América] pode estar em jogo, porque Deus
abençoará aqueles que abençoam Israel”. Quanto a John Hagee, presidente dos
Cristãos Unidos por Israel, ele certa vez declarou: “Os Estados Unidos devem se
unir a Israel em um ataque militar preventivo contra o Irã para cumprir o plano
de Deus tanto para Israel quanto para o Ocidente”.12
Cristãos
tolos e facilmente enganáveis não apenas veem a mão de Deus sempre que Israel
avança em seu destino auto-profetizado de dominação mundial, mas estão prontos
para ver os próprios líderes israelenses como profetas quando anunciam seus
próprios crimes de bandeira falsa: Michael Evans, autor de American
Prophecies, acredita que Isser Harel, fundador dos serviços secretos
israelenses, teve uma inspiração profética quando, em 1980, previu que
terroristas islâmicos atacariam as Torres Gêmeas.13 Benjamin Netanyahu também se gabou na
CNN em 2006 de ter profetizado o 11 de setembro em 1995.*4 Para os menos crédulos, isso diz muito
sobre o dom judaico de profecia.
Tradução
e palavras entre chaves por Mykel Alexander
*1 Fonte utilizada por Laurent
Guyénot: Sionismo, Cripto-Judaísmo e a farsa bíblica - parte 1, por Laurent
Guyénot, 26 de março de 2023, World Traditional Front. (Parte 2 na
sequência do próprio artigo).
https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2023/03/sionismo-cripto-judaismo-e-farsa.html
#1 Nota de Mykel Alexander: Para as passagens bíblicas deste artigo será usada a versão traduzida publicada como Bíblia de Jerusalém (1ª edição, 2002, 12ª reimpressão, 2017, Paulus, São Paulo), da École biblique de Jérusalem (Escola Bíblica e Arqueológica Francesa de Jerusalém), a qual é vertida diretamente do hebraico, do aramaico e do grego para o português, de modo que nos textos do Antigo Testamento a divindade judaica é traduzida como Yahweh, mas, por fins didáticos, usarei a forma simplificada de Jeová.
1 Nota de Laurent Guyénot: Adrien Bressolles, “La question juive au temps de Louis le Pieux,” em Revue d’histoire de l’Église de France, tome 28, nº 113, 1942. páginas 51-64, on https://www.persee.fr
2 Nota de Laurent Guyénot: Heinrich Graetz, History of the Jews, Jewish Publication Society of America, 1891 (archive.org), vol. III, capitulo VI, página 162.
3
Nota de Laurent Guyénot: John Romanides, Franks, Romans, Feudalism, and
Doctrine: An Interplay Between Theology and Society, Holy Cross Orthodox
Press, 1981, em:
www.romanity.org/htm/rom.03.en.franks_romans_feudalism_and_doctrine
#2 Nota de Mykel Alexander: A coleção de Escrituras canônicas do judaísmo
é nomeada Tanak, acrônimo formado pelas primeiras letras das três partes da
Bíblia judaica:
- Tōrāh ou Torá (Lei, instrução) – são os cinco
primeiros livros (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números,
Deuteronômio) da bíblia judaica e do Antigo Testamento da bíblia
cristã;
- Năḇīʾīm ou Nevi'im (Profetas);
- Kăṯūḇīm ou ketuvim (Escritos).
Nestas
três partes estão distribuídos vinte e quatro livros de origens manuscritas.
O
cânon da Bíblia judaica o qual foi fixado pelos judeus da Palestina no início
da era cristã só admite os livros hebraicos, e foi acolhido também pelas
vertentes cristãs evangélicas, excluindo complementos gregos adicionados em Ester
e Daniel (algumas partes em grego; Susana; Bel e o Dragão),
bem como demais livros não oriundos do hebraico (Judite; Tobias; Macabeus
I e II mais III e IV apócrifos; Eclesiástico; Livro da Sabedoria
ou Sabedoria de Salomão; Baruc; Carta de Jeremias.)
originalmente incorporados no cânon católico.
Ver:
- Bíblia de Jerusalém, 1ª edição, 2002, 12ª
reimpressão, 2017, Paulus, São Paulo. Ver na parte introdutória a listas dos
livro da Bíblia Hebraica e lista de livros da Bíblia Grega.
- Brian Kibuuka, A Torá comentada, Fonte Editorial, São Paulo, 2020. Ver prefácio do Dr. Waldecir Gonzaga e apresentação de Brian Kibuuka (páginas 21-24).
4 Nota de Laurent Guyénot: Read Gunnar Heinsohn, “The Restauration of Ancient History,” em www.mikamar.biz/symposium/heinsohn.txt et John Crowe, “The Revision of Ancient History – A Perspective,” em www.sis-group.org.uk/ancient.htm
*2
Fonte utilizada por Laurent Guyénot
*3 Fonte utilizada por Laurent Guyénot: : Review: The Jesuit Order as a Synagogue of Jews – Part One, por Andrew Joyce {academic auctor pseudonym}, 26 de dezembro de 2017, The Occidental Observer.
5 Nota de Laurent Guyénot: Robert A. Markys, The Jesuit Order as a Synagogue of Jews: Jesuits of Jewish Ancestry and Purity-of-Blood Laws in the Early Society of Jesus, Brill, 2009, download gratuito em http://www.oapen.org/search?identifier=627427
6 Nota de Laurent Guyénot: Lucien Wolf, Report on the “Marranos” or Crypto-Jews of Portugal, Anglo-Jewish Association, 1926.
7 Nota de Laurent Guyénot: Vincent Schmid, “Calvin et les Juifs : Prémices du dialogue judéo-chrétien chez Jean Calvin,” 2008, em www.racinesetsources.ch.
8 Nota de Laurent Guyénot: Cecil Roth, A History of the Jews in England (1941), Clarendon Press, 1964, página 148.
9 Nota de Laurent Guyénot: Isaac Disraeli, Commentaries on the Life and Reign of Charles the First, King of England, 2 vols., 1851, citado em Archibald Maule Ramsay, The Nameless War, 1952 (archive.org).
10 Nota de Laurent Guyénot: Hilaire Belloc, The Jews, Constable & Co., 1922 (archive.org), página 223.
11 Nota de Laurent Guyénot: Joseph Canfield, The Incredible Scofield and His Book, Ross House Books, 2004, páginas 219–220.
12 Nota de Laurent Guyénot: Jill Duchess of Hamilton, God, Guns and Israel: Britain, The First World War And The Jews in the Holy City, The History Press, 2009 , kindle, e. 414-417.
13 Nota de Laurent Guyénot: Michael Evans, The American Prophecies, Terrorism and Mid-East Conflict Reveal a Nation’s Destiny, Hodder & Stoughton, 2005, citado em Christopher Bollyn, Solving 9-11: The Deception That Changed the World, C. Bollyn, 2012, página 71.
The Holy Hook - Yahweh’s Trojan Horse into the Gentile
City, por Laurent Guyénot, 08 de maio de 2019, The Unz Review – An
alternative media selection.
https://www.unz.com/article/the-holy-hook/
Sobre o autor: Laurent
Guyénot (1960-) possuí mestrado em Estudos Bíblicos e trabalho em antropologia
e história das religiões, tendo ainda o título de medievalista (PhD em Estudos
Medievais em Paris IV-Sorbonne, 2009) e de engenheiro (Escola Nacional de
Tecnologia Avançada, 1982).
Entre seus livros estão:
LE ROI SANS PROPHETE.
L'enquête historique sur la relation entre Jésus et Jean-Baptiste,
Exergue, 1996.
Jésus et Jean Baptiste :
Enquête historique sur une rencontre légendaire,
Imago Exergue, 1998.
Le livre noir de l'industrie
rose – de la pornographie à la criminalité sexuelle,
IMAGO, 2000.
Les avatars de la
réincarnation: une histoire de la transmigration, des croyances primitives au
paradigme moderne, Exergue, 2000.
Lumieres nouvelles sur la
reincarnation, Exergue, 2003.
La Lance qui saigne:
Métatextes et hypertextes du Conte du Graal de Chrétien de Troyes,
Honoré Champion, 2010.
La mort féerique:
Anthropologie du merveilleux (XIIᵉ-XVᵉ siècle), Gallimard,
2011.
JFK 11 Septembre: 50 ans
de manipulations, Blanche, 2014.
Du Yahvisme au sionisme.
Dieu jaloux, peuple élu, terre promise: 2500 ans de manipulations, Kontre
Kulture, Kontre Kulture, 2016. Tem edição em inglês: From Yahweh to Zion:
Jealous God, Chosen People, Promised Land...Clash of Civilizations, Sifting
and Winnowing Books, 2018.
Petit livre de - 150
idées pour se débarrasser des cons, Le petit livre, 2019.
“Our God is Your God Too, But He Has Chosen Us”:
Essays on Jewish Power,
AFNIL, 2020.
__________________________________________________________________________________
Relacionado: sobre a questão judaica, sionismo e seus interesses globais ver:
O truque do diabo: desmascarando o Deus de Israel - Por Laurent Guyénot - parte 1
Sionismo, Cripto-Judaísmo e a farsa bíblica - parte 1 - por Laurent Guyénot (parte 2 na sequência do próprio artigo)
Conversa direta sobre o sionismo - o que o nacionalismo judaico significa - Por Mark Weber
Judeus: Uma comunidade religiosa, um povo ou uma raça? por Mark Weber
Controvérsia de Sião - por Knud Bjeld Eriksen
Sionismo e judeus americanos - por Alfred M. Lilienthal
Por trás da Declaração de Balfour A penhora britânica da Grande Guerra ao Lord Rothschild - parte 1 - Por Robert John {as demais 5 partes seguem na sequência}
Raízes do Conflito Mundial Atual – Estratégias sionistas e a duplicidade Ocidental durante a Primeira Guerra Mundial – por Kerry Bolton
Por que querem destruir a Síria? - por Dr. Ghassan Nseir
Congresso Mundial Judaico: Bilionários, Oligarcas, e influenciadores - Por Alison Weir
Um olhar direto sobre o lobby judaico - por Mark Weber
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários serão publicados apenas quando se referirem ESPECIFICAMENTE AO CONTEÚDO do artigo.
Comentários anônimos podem não ser publicados ou não serem respondidos.