Continuação de Revisionismo e Promoção da Paz - parte 1 - por Harry Elmer Barnes
Harry Elmer Barnes |
O que nós agora sabemos
Não somente tem havido muitos mais formidáveis volumes
revisionistas publicados nos Estados Unidos desde 1945 do que no período
comparável após 1918, mas os fatos revelados por esta recente pesquisa
revisionista têm sido de longe mais sensacionais que aqueles produzidos pelos
estudiosos revisionistas depois da Primeira Guerra Mundial. De 1937 em diante,
Stalin tinha trabalhado tão duro para uma guerra de atrito e mútua destruição
entre os países capitalistas nazistas, fascistas e democratas tanto como
Sazonov e Izvolski fizeram em 1914 para iniciar uma guerra Franco-Russa-Inglesa
contra a Alemanha e Áustria. Hitler, longe de precipitadamente lançar uma
guerra agressiva contra Polônia sobre os calcanhares de demandas brutais e
irracionais, fez um esforço de longe maior para dissipar o surgir da guerra
durante agosto de 1939, do que o Kaiser fez durante a crise de julho de 1914. E
as demandas de Hitler sobre a Polônia eram mais razoáveis do que ele fez sobre
qualquer outra nação durante o seu regime inteiro. Eles foram de longe muito
mais conciliatórios do que Stresemann e a República de Weimar poderiam mesmo
considerar. A Polônia foi de longe mais irracional e intransigente em 1938-39
do que a Sérvia tinha sido em 1914. Mussolini tentou dissuadir Hitler de ir à
Guerra em 1939 e fez repetidos esforços para convocar conferências da paz após
a Guerra começar. Longe de enfiar deliberada e sem provocações “uma adaga nas
costas da França” em junho de 1940, ele foi virtualmente forçado a entrar na Guerra
por atos não neutros de estrangulamento econômico por parte da Grã-Bretanha. A
França estava indisposta e avessa a entrar na guerra em 1939, e somente pressão
extrema pelo Ministério das Relações Exteriores britânico incitou Bonnet e
Daladier em assentir relutantemente à belicosa política britânica em 2-3 de
setembro de 1939.
Enquanto em 1914 a responsabilidade britânica pela
Primeira Guerra Mundial foi principalmente aquela da fraqueza e duplicidade por
parte de Sir Edward Grey – mais uma responsabilidade negativa do que uma
positiva – os britânicos foram quase os únicos responsáveis pela eclosão da
ambas guerra germano-polonesa e europeia no início de setembro de 1939. Lord
Halifax, o ministro das Relações Exteriores britânico, e Sir Howard Kennard, o
embaixador britânico em Varsóvia, eram mesmo mais responsáveis pela guerra
europeia de 1939 do que Sazonov, Izvolski, e Poincare eram pela aquela de 1914.
O discurso de Chamberlain perante o Parlamento na noite de 2 de setembro de
1939, foi tão intrujo quanto deturpação da posição germânica como tinha sido o
discurso de Sir Edward Grey ao Parlamento em 3 de agosto de 1914.
O
Caso Contra Roosevelt
Quanto à entrada americana na Segunda Guerra Mundial, o
caso contra o presidente Roosevelt é de longe mais impressionante e danoso do
que aquele contra Woodrow Wilson, quem manteve ao menos alguma parecença de
neutralidade por um tempo após agosto de 1914. Roosevelt “colocou os Estados
Unidos na guerra mentindo.” Ele foi tão longe quanto ousou em esforços ilegais,
tais como os de navios transportadores carregando munições, para provocar a
Alemanha e Itália a fazer guerra com os Estados Unidos. Falhando nisso, ele se
virou para uma bem-sucedida tentativa de entrar na guerra através das portas do
fundo via Japão.
Ele rejeitou repetidas e sinceras propostas japonesas,
que mesmo Hull admitiu protegerem todos os interesses vitais dos Estados Unidos
no Extremo Oriente, através de seu estrangulamento econômico no verão de 1941
[que] forçou os japoneses atacarem Pearl Harbor, tomou medidas para impedir que
os comandantes de Pearl Harbor, general Short e almirante Kimmel, de ter suas
próprias instalações de decodificação para detectar um ataque japonês,
impedindo Short e Kimmel de receber as interceptações decodificadas japonesas
que Washington captou e indicava que a guerra podia vir a qualquer momento, e
ordenou ao general Marshall e a ao almirante Stark a não enviar qualquer aviso
à Short e Kimmel antes do meio dia de 7 de dezembro, quando Roosevelt sabia que
qualquer aviso enviado seria muito tarde para dissipar a consumação do ataque
japonês às 13:00, horário de Washington.
Roosevelt também teve uma maior responsabilidade, tanta
direta e indireta, pela eclosão da guerra na Europa. Ele começou exercer
pressão na França para se postar frente à Hitler tão cedo conforme a reocupação
da Renânia em março de 1936, meses antes ele estava fazendo seus fortes
discursos isolacionistas na campanha de 1936. Esta pressão sobre a França, e
também Inglaterra, continuou até a chegada da guerra em setembro de 1939. Isso
ganhou volume e quantidade de movimento após o Discurso de Quarentena de
outubro de 1937. Conforme a crise se aproximava entre Munique e a eclosão da
guerra, Roosevelt pressionou os poloneses a se posicionarem de pé firme contra
quaisquer demandas da Alemanha, e instou os ingleses e franceses a apoiarem os
poloneses brava e inflexivelmente. Dos arquivos poloneses e franceses
capturados, os alemães coletaram não menos que cinco volumes de material
consistindo quase exclusivamente de pressão belicosa de Roosevelt sobre os
países europeus, principalmente França e Polônia. Os Aliados mais tarde os
confiscaram. Somente uma pequena porção tem já sido publicada, mais
notavelmente algumas confiscadas pelos alemães na Polônia em 1939 e publicados
como O Livro Branco Alemão. É
altamente provável que o material cobrindo a pressão de Roosevelt sobre a
Inglaterra possa somar mais que cinco volumes. Não há qualquer certeza que a
Inglaterra teria ido à guerra em setembro de 1939, se não tivesse sido pelo
encorajamento de Roosevelt e suas garantias que, no evento da guerra, os
Estados Unidos iriam entrar ao lado da Grã-Bretanha apenas tão logo ele pudesse
balançar a opinião pública americana ao redor para apoiar a intervenção. Ainda,
quando a crise tornou-se aguda depois de 23 de agosto de 1939, Roosevelt enviou
vários mensagens para registro instando que a guerra fosse evitada através de
negociações.
{Franklin Delano Roosevelt (1882-1945), de não descartada ancestralidade judaica (Jewish Telegraph Agency, 17 de março de 1935), reunido com seu círculo de assessores predominantemente judaicos, o chamado Brain Trust, e seguindo interesses alheios ao do povo americano e povo europeu foi um dos protagonistas em promover a Segunda Guerra Mundial, de modo que a versão dos Aliados precisa de omissão, distorção, supressão e censura para impedir que tais considerações ganhem a devida divulgação. Crédito da foto: FDR Presidential Library & Museum via Wikipedia em inglês } |
A despeito desta volumosa
literatura revisionista a qual apareceu desde 1935 e seu sensacional conteúdo,
há ainda virtualmente nenhum conhecimento público dos fatos revisionistas em
cerca de 30 anos após o Dia da Vitória sobre o Japão. O “homem na rua” é tão
inclinado a aceitar a lenda de Roosevelt do “Dia da Infâmia” hoje como ele era
em 8 de dezembro de 1941. Um membro do departamento de história do estado de um
importante estado oriental recentemente escreveu-me que ele nunca tinha ouvido
de qualquer movimento revisionista relativo à Segunda Guerra Mundial até ele
ler meu artigo na edição da primavera de 1958 do Modern Age. Em 1928, a maioria dos americanos alfabetizados tinha
um conhecimento razoável dos fatos sobre a chegada da guerra em 1914 e da
entrada americana em 1917. Quais são as razões para o estranho contraste no
progresso do conhecimento realista após 1918 e após 1945? Desde que nós temos
já indicado os fatores que têm quase paralisado o revisionismo na Europa desde
1945, nosso exame das razões para o bloqueio do conhecimento pode ser limitados
aos Estados Unidos.
A principal razão do porquê o revisionismo tinha feito
poucos avanços desde 1945 em atrair a atenção pública nos Estados Unidos é que
o país nunca realmente teve tempo para esfriar depois da guerra. Nós temos
pontuado acima que a situação não era tão aguda aqui depois de 1945 como na
Europa e Japão, mas era muito mais tensa do que era nos Estados Unidos dos anos
da década de 1920. Mesmo tão cedo como na campanha para o Congresso e eleição
de 1918, havia uma greta monólito político no tempo de guerra. Pela campanha de
1920, a desilusão com a guerra tinha se estabelecido e uma tendência frente ao
isolamento das querelas europeias tinham começado ela mesmo a se asseverar. Os
Estados Unidos recusaram a assinar o Tratado de Versalhes ou entrar na Liga das
Nações. Houve um período de esfriamento por cerca de vinte anos após 1918. Tão
tarde como em 1941, a esmagadora maioria do povo americano desejava permanecer
de longe da Guerra Europeia, e Roosevelt tinha grande dificuldade em foçar o
trâmite de um projeto de lei em tempos de guerra e em conseguir qualquer ab-rogação
da legislação de neutralidade.
Nada como isto aconteceu seguindo 1945. Em março de 1946,
Winston Churchill estava proclamando a Guerra Fria em seu discurso em Fulton,
Missouri, proferido com a bendição do Presidente Truman, e um ano mais tarde
Truman realmente lançou a Guerra Fria. Isto levou, em 1950, a eclosão de uma
guerra quente na Coréia. A técnica orweliana de basear duração de posse e a
tapeação de prosperidade econômica na guerra fria e de imitação barata tinha
assumido o controle em 1950, para desfrutar uma dominação indefinida sobre a
mente pública. Uma guerra quente espontaneamente fornece a abundância de
genuína, ou mesmo perigosa e equivocada, emoção, mas a guerra fria tinha de ser
construída por propaganda e mitologia, e sustentada por uma excitação sintética
a qual é fornecida por propaganda planejada. As torturas de “1984,” conforme
administrada pelo “Ministério do Amor,” não tinha ainda sido provada necessária
nos Estados Unidos. O público americano se provou mais suscetível a uma simples
lavagem cerebral através da propaganda do que Orwell poderia imaginar, embora
ele própria era um veterano propagandista na BBC. A conversa orwelliana de
duplo sentido o tinha possibilitado as administrações Truman e Eisenhower
formular e aplicar políticas mutualmente contraditórias, e a técnica Crimestop {isto
é, a autoconsciência do cidadão para não assumir pensamentos que impliquem violações
no consenso do sistema vigente} de semântica orwelliana impede o público, e
muitos de seus líderes, de pensar através e qualquer programa ou
proclamação. Uma política de guerra
perpétua pela paz perpétua não parece irracional ou ilógica para o público
americano. Até agora, a propaganda levada a cabo por nosso “Ministério da
Verdade” {alusão ao tribunal orwelliano que julgava os cidadãos}, com a ajuda
quase unânime de nossa imprensa, tem sido suficiente para manter o apoio
popular à Guerra Fria.
É óbvio que um tal público excitado e com lavagem
cerebral não é propenso a preocupar-se seriamente ele próprio com os fatos e
escritos que são designados para desacreditar a guerra e fornecer uma base
sólida para uma paz substancial. Deve ser mais ou menos como esperar os xeiques
dos desertos se concentrarem em livros devotados ao polo aquático ou às
corridas de barcos a motor. A mente do público tem se tornado quase
impenetrável a tais assuntos. Na mente da década de 1920, pelos Aliados
ridicularizarem o Tio Sam como “Tio Shylock” relativo a reles doze bilhões de
dólares de dívidas de guerra, fez os americanos tão zangados que eles estavam
dispostos a ouvirem as conclusões revisionistas. No meio da década de 1950,
mesmo tais gestos flagrantemente ofensivos e ingratos como “Ianques vão para
casa,” depois de os Estados Unidos derramarem dez milhares de vidas e mais de
65 bilhões de dólares em dotações de auxílio estrangeiro e o público pareceu
aprovar. Congressistas como John Taber, que por anos tinha procurado matar as
dotações tanto quanto possível as quais eram devotadas ao esforço de criar uma
melhor vida aqui em casa, proclamou que o auxílio estrangeiro era tão
importante que ele transcendia as considerações de contenção, ponderação nos
gastos e economia as quais eles tinham a tanto tempo exigido das dotações para
serem usadas dentro de nossas próprias fronteiras.
Os
medrosos anos cinquenta
Outra explicação da antipatia ou indiferença do público
ao revisionismo desde 1945 é para ser encontrada na aguda contrastante
atmosfera intelectual dos anos da década de 1920 e do período desde os anos
1945. As condições nos anos da década de 1920 e início dos anos da década de
1930 eram as mais conducentes para um pensamento independente e sem medo de
qualquer década na história americana moderna. Este foi o período de Mencken e
Nathan, do auge da popularidade de H. G. Wells. Era uma era quando Mind in the Making de James Harvey
Robinson poderia se tornar um best seller e Thoestein Veblen era o mais
respeitado economista americano. Desde 1945, nós temos corrido para um período de
conformidade intelectual não igualada desde o supremo poder e unidade da Igreja
Católica no auge da Idade Média. Entre as pressões exercidas pelo sistema de
guerra-fria orweliano e aquelas as quais são igualmente poderosas no mundo
civil ou comercial, independência e individualidade intelectual têm
praticamente desaparecido. Nesta era de mil novecentos e oitenta e quatro, “O
Homem da Organização,” “O Homem do Terno de Flanela Cinza,” os “Persuasores
Ocultos,” e “Madison Avenue,” mesmo o americano médio universitário não está
mais inclinado ao pensamento independente do que estava um camponês católico
durante o papado de Inocêncio III.
Outra razão para a resistência sem precedentes ao
revisionismo depois da Segunda Guerra Mundial é o fato de que os liberais e
radicais, que se tornaram a tropa de choque e ponta de lança do revisionismo os
anos da década de 1920, têm desde 1945 sido esmagadoramente os principais
oponentes dos fatos e conclusões revisionistas. Eles eram os líderes do partido
de guerra na Grã-Bretanha, França e Estados Unidos por meses ou anos antes de
1939 e 1941, e eles nunca têm se desdito, Embora a maioria dos proeminentes
liberais apoiassem de coração a guerra de Wilson depois de 1917, eles estavam
completamente desiludidos pelo Tratado da “Paz” e lideraram o desfile
revisionista depois de 1919. Especialmente notáveis eram Herbert Croly e seus
associados do editorial no New Republic.
Eles se desdisseram, se não em abundância. Oswald Garrison Villard e a maioria
de seus associados no Nation não
necessitaram se desdizer, pois eles tinham nunca apoiado a intervenção
americana em 1917 com qualquer entusiasmo.
‘Os
fatos para serem danados’
A principal razão porque os liberais e radicais tinham
estado incapazes para revisar suas visões pré-guerra e atitudes é que o ódio
deles de Hitler e Mussolini tinha sido tão grande para permitir-lhes aceitar
quaisquer fatos, não obstante bem estabelecidos, que pudessem diminuir a culpa
com a qual esses homens foram acusados de 1939 em diante – ou de 1935, para
esse efeito. Em tal caso, “os fatos podem ser danados.” Não havia ódio
pré-guerra à Stalin comparável por parte deles para ter seguido vivo. O ódio à
Hitler tem sido especialmente amargo entre alguns grupos minoritários que eram
notoriamente entusiastas acerca do revisionismo que se seguiu à Primeira Guerra
Mundial.
Na verdade, a aversão a colocar estabelecido quaisquer
fatos históricos que pudessem apresentar a diplomacia de Hitler e Mussolini em
alguma luz mais favorável do que aquela do tempo de guerra parece ter estendido
à maioria dos revisionistas de hoje, mesmo àqueles de um temperamento mais
favorável. Após a Primeira Guerra Mundial, a maioria dos escritos históricos
revisionistas eram sobre as bases de fundo europeias de agosto de 1914. Havia
somente três importantes livros revisionistas sobre a entrada americana na
Guerra – aqueles de Tansill, Grattan e Millis, enquanto havia uma pontuação ou
mais sobre a situação europeia publicada na Europa e nos Estados Unidos. O
primeiro livro definitivo sobre a entrada americana, America Goes to War, de Tansill, não apareceu até 1938, dez anos
após Origins of the World War, de
Fay.
Após a Segunda Guerra Mundial, todos livros revisionistas
escritos por autores americanos têm lidado principalmente com a entrada
americana na Guerra. Não havia tido um livro revisionista ou um artigo
revisionista substancial o qual estabelecesse adiante a verdade sobre 1939. A
abordagem mais próxima é o tratamento hábil e informado dos antecedentes
europeus no clássico de Tansill Back Door
to War. Ou a aversão mesmo à mais leve mitigação das acusações formais do
tempo de guerra à Hitler e Mussolini, ou medo dos resultados, parecem ter
impedido que mesmo os revisionistas em ambos Estados Unidos e Europa de terem
sistematicamente atacado certeiramente a crise de 1939 em aproximadamente vinte
anos após os eventos.
À
luz dos fatos que, no início deste artigo, eu tenho sumarizado as conclusões
revisionistas sobre a responsabilidade pela eclosão da guerra em 1939, pode ser
legitimamente perguntado como eu sei sobre tais assuntos se nenhum livro
definitivo tem ainda sido publicado sobre este assunto. Tudo que eu tenho
afirmado é sustentado pelo Back Door to
War de Tansill. Mas tem também sido completado um tratamento detalhado
sobre a crise de 1939 por um soberbamente equipado estudioso. Este livro [de
David L. Hoggan] irá se equiparar com o monumental trabalho do professor Fay em
1914. Eu tenho lido este manuscrito com grande cuidado e meticulosidade. Como
um trabalho de bolsa, foi aprovado pelo mais ilustre departamento de história
no mundo hoje. O problema restante é um de publicação.
Os grupos anti-intervencionsitas de 1937 e depois, como o
America First, eram primariamente conservadores e em sua maior parte saudavam
as primeiras publicações revisionistas. Mas eles logo se alinharam com a Guerra
Fria por causa das vantagens comerciais na indústria, comércio e finanças as
quais um extravagante programa de armamento proporcionava. Daí em diante, eles
temeram ou se recusaram a dar algum apoio aberto, financeiro ou de maneira
diferente, a um movimento acadêmico o qual minavam os pressupostos da guerra-fria
tão completamente conforme fez com a mitologia intervencionista de 1939-1941.
Consequentemente, o revisionismo desde 1947 não tem sido somente impopular ou
ignorado, mas também assolado pela pobreza. Por outro lado, as ricas fundações
têm dada um elaborado o pródigo auxílio à escrita de livros antirrevisionistas.
Cerca de $150.000 foi dado para auxiliar a publicação dos volumes de Langer e
Gleason, o mais impressionante esforço para passar um pano no registro
diplomático de Roosevelt e Churchill.
Outros fatores têm levado à quase incrível obstrução do
revisionismo desde 1945. As excessivas medidas e políticas de “segurança” as
quais têm sido adotadas sob o sistema da guerra-fria têm aumentado grandemente o
medo e timidez em parte de funcionários públicos, estudiosos e público em
geral. Uma vez que o revisionismo logicamente desafiou o tecido fabril inteiro
de políticas públicas americana desde Pearl Harbor, era precário expô-lo. Tem
se tornado perigoso trabalhar pela paz exceto através da guerra. A imprensa,
naturalmente, prefere o quadro de fundo provocador de emoção da referência de
uma Guerra Fria ao estudo prosaico do revisionismo. Nos anos da década de1920,
a imprensa era agradavelmente conveniente ao revisionismo porque ela deu
contraforte as nossas prevalecentes políticas públicas relativas a reparações,
dívidas de guerra, isolacionismo, desarmamento, neutralidade e coisas do tipo.
Hoje, o revisionismo desafia a honestidade, inteligência, e integridade de
nossas políticas estrangeiras básicas através da revelação devastadora dos
resultados desastrosos de nossa injustificada intrusão marcial mundial desde
1937.
Especialmente importante é a dificuldade em ter livros
revisionistas publicados sob os auspícios prováveis de levantar o interesse e
conhecimento público e em consegui-los apresentados ao público leitor honesta e
efetivamente. Tem havido somente duas editoras, e essas relativamente pequenas,
as quais têm consistentemente publicado livros revisionistas: a Henry Regnery
Company em Chicago; e a Devin-Adair Company na cidade de Nova Iorque. Somente
cinco outras editoras menores têm produzido um livro revisionista – um livro
somente em cada um desses casos, salva da Yale University Press, a qual trouxe
ambos volumes de Beard porque o diretor era amigo íntimo e grande admirador de
Beard. As editoras universitárias têm achado precário se permitir entrar na
publicação revisionista; W. T. Couch, o hábil chefe da University of Chicago
Press, foi demitido primariamente porque ele publicou um volume revisionista
tão periférico como o livro admirável de Frank Reel, The Case of General Yamashita.
Nenhuma grande editora comercial nos Estados Unidos tem
trazido um único livro revisionista substancial e literal desde Pearl Harbor.
Isso se destaca em nítido contraste à atitude de publicadores frente aos
volumes revisionistas nos anos da década de 1920 e início dos anos da década de
1930. As maiores editoras estavam então muito ávidas para conseguir tais
livros. O clássico livro do professor Fay foi publicado pela MacMillan Company,
e o trabalho monumental em dois volumes de John S. Ewart pela Doran. Alfred
Knopf publicou meu Genesis {The Genesis of the World War: An
Introduction to the Problem of War Guilt} e uma verdadeira biblioteca de
livros revisionistas nos anos da década de 1920, mas em 1953 eles se recusarem
mesmo a considerar um livro revisionista contido e gentilmente brando como o
estudo acadêmico do professor Current sobre a carreira pública do Secretário Henry
L. Stimson.
Há um número de razões óbvias do porquê as grandes
editoras tímida e nervosamente evitam os livros revisionistas hoje. Em primeiro
lugar, eles são cidadãos americanos, e por razões já discutidas, como a maioria
de seus conterrâneos americanos, eles desgostam de desistir de suas convicções,
emoções, ódios e preconceitos do tempo de guerra e pré-guerra; a maioria delas
não gostam de revisionistas e revisionismo. Além disso, sabendo que o
revisionismo é publicamente impopular, eles imaginam que livros revisionistas
provavelmente não venderão bem; a contar a partir disso, a publicação
revisionista é relativamente um pobre negócio. Ainda mais, aqueles editores que
podem privadamente abraçar o revisionismo e gostariam de ver mais livros
revisionistas publicados, mesmo se eles tivessem que lidar com leve lucro ou
mesmo uma pequena perda, não podem considerar apenas um livro revisionista
sobre seus próprios méritos ou por si só. Eles devem tomar em conta seu
possível efeito sobre o mercado editorial geral e o público comprador de
livros. A perda que eles poderiam sustentar através de meramente publicar um
livro revisionista poderia ser nada comparado ao que eles perderiam pela
infeliz impressão que tal publicação poderia fazer ou da retaliação a qual
poderia seguir.
Medo
dos clubes do livro
Eles estão especialmente alarmados com a possível
retaliação de vários clubes do livro, desde que todos os poderosos são
rigidamente controlados por aqueles grupos e interesses mais hostis ao
revisionismo hoje. America’s Second
Crusade de William Henry Chamberlin é um tratamento revisionista da Segunda
Guerra Mundial o qual é admiravelmente adequado para venda e leitura popular. É
precisamente comparável ao Road to War
de Walter Millis sobre nossa entrada na Primeira Guerra Mundial. O livro de
Millis foi uma seleção do Club Vook-of-the-Month e vendido às centenas de
milhares. O chefe de uma das maiores casas editoriais do mundo conhecia e
gostava de Chamberlin, admirava seu livro, e pessoalmente teria gostado de
publicá-lo. Mas ele sustentou, bastante compreensivelmente, que ele não sentia
que pudesse fazer isso na luz das suas responsabilidades para com seus
acionistas. Conforme ele colocou, se ele publicasse o livro de Chamberlin, sua
companhia provavelmente não conseguiria outra adoção do Book-of-the-Month-Club
em uma década. O livro de Chamberlin foi publicado por Henry Regnery.
Uma comparação de seu destino com aquele de Road to War de Millis é instrutivo. A
Macy’s, na cidade de Nova Iorque, encomendo cinquenta exemplares do livro de
Chamberlin e retornou quarenta como “não vendidos.” Se ele pudesse ter sido
tratado sobre seus méritos, certamente cinco ou seis mil cópias teriam sido
vendidas. Um ano depois da data de publicação, ainda não havia uma cópia do
livro na Biblioteca Pública de Nova Iorque em qualquer de suas filiais. Livros
revisionistas são virtualmente boicotados, tanto quanto é concernido ao
funcionamento geral das bibliotecas públicas. A mulher que exerce uma maior
influência sobre os pedidos de livros da biblioteca do que qualquer outra
pessoa nos Estados Unidos é violentamente antirrevisionista. Ela cuida para que
todos os livros revisionistas sejam ou ignorados ou barrados via reputação em
seus conselhos aos bibliotecários que buscam conselhos direcionados quanto às
compras.
Mesmo
quando os livros revisionistas chegam às lojas, os balconistas frequentemente
se recusam a exibi-los e, em alguns casos, até mentem sobre sua disponibilidade.
No departamento de livros de uma excepcionalmente bem conhecida loja da
América, uma mulher procurou comprar um exemplar do livro revisionista mais
lido. A balconista disse a ela decididamente que o estoque havia exaurido a
cópias não mais estavam disponíveis. A cliente suspeitou que ela estava
mentindo e foi capaz de conseguir com que o chefe da loja fizesse uma
investigação. Foi descoberto que mais de cinquenta cópias estavam escondidos
sob o balcão e que a balconista sabia que era esse o caso. O chefe da loja
ficou tão ultrajado que ordenou ao departamento de livros que fizesse uma
exibição especial do livro até então escondido.
As principais revistas são apenas tão relutantes em
publicar artigos revisionistas conforme as grandes editoras comerciais são para
publicar quaisquer livros revisionistas. Isto está também em completo contraste
com a situação nos anos da década de 1920 quando os editores dos melhores
periódicos estavam ávidos para conseguir artigos de autoridades pelo
revisionismo de ponta nos anos da década de 1920 e início dos anos da década
1930 os quais eram solicitados pelos editores. Tão longe quanto sei isto era
verdadeiro para outros escritores revisionistas. Mas nem um artigo revisionista
substancial tem sido publicado em um popular e poderoso periódico americano
desde Pearl Harbor. As razões para a alergia editorial aos artigos revisionistas
são as mesmas como aquelas que afetam os chefes das grandes casas comerciais editoriais
relativas aos livros revisionistas.
Por incrível que isso possa parecer, não somente os
editores, mas até os impressores têm buscado suprimir material revisionista.
Quando eu apresentei uma brochura contida, baseada em extensa pesquisa e
designada para colocar adiante fatos básicos sobre a carreira militar e
política do Marechal Petain, para uma firma de impressão na cidade de Nova
Iorque, os impressores se recusaram a colocar o material no prelo a não ser que
ele fosse aprovado pelo departamento de censura de um dos grupos de minorias no
país mais poderosos e veemente antirrevisionistas. Diante disso, eu levei a
cópia para uma importante firma de impressão no interior do estado de Nova
Iorque a qual não era acessível a esta forma de pressão. O episódio lembrou-me
uma daquelas censuras pré-publicação as quais existiam voltando aos dias de
Copérnico.
Favoritismo
Até essa altura eu tenho lidada quase exclusivamente com
os esforços privados ou não oficiais para obscurecer a verdade relativa às
causas e resultados da Segunda Guerra Mundial. A censura oficial tem sido tão duramente
resoluta e em muitas maneiras chocante. Aqueles que publicam documentos
oficiais não têm de ser restringidos por considerações de lucros ou perdas.
Mais que uma década atrás, Charles Austin Beard, explodiu adiante o
procedimento do Departamento de Estado de permitir preferencialmente
historiadores favoráveis à política externa oficial para usarem os documentos
públicos, enquanto negava tais acessos para qualquer um que suspeitasse de
simpatias revisionistas. Isto levou a algum relaxamento momentâneo da censura,
e foi fortuno que o professore Tansill fosse capaz de tocar a frente muito de
sua pesquisa nesse tempo. Mas logo a censura e restrições retornaram em plena
força.
Os republicanos prometeram reformas drásticas deste abuso
quando eles chegaram ao poder em 1953, mas eles falharam em implementar essas
garantias e, sub o secretário Dulles, o escândalo cresceu a proporções de longe
maiores do que sob os auspícios democráticos. O mesmo conselheiro histórico,
Dr. G. Bernard Noble, foi continuado no serviço e realmente promovido para ser
Diretor da Divisão Histórica do Departamento de Estado. Ele era um democrata,
um estudioso de Rhodes, e conhecido ser um dos mais frenéticos advogados de
nossa intervenção na Segunda Guerra Mundial entre todos os cientistas sociais
americanos e um implacável inimigo do revisionismo.
Em
maio de 1953, o Departamento de Estado prometeu que todos os registros das
conferências internacionais durante a Segunda Guerra Mundial estariam prontos
para a publicação dentro de um ano e que todos outros documentos sobre o
período desde 1939 seriam publicados rapidamente.
Nada
foi feito até a primavera de 1955, quando os documentos sobre a Conferência de
Yalta foram finalmente publicados. Foi evidente, e logo provado, que estes
tinham sido obscurecidos, distorcidos e censurados de maneira flagrante. Dois
dos membros mais capazes da equipe histórica do Departamento, o Dr. Bryton
Barron e o Dr. Donald Dozer, protestaram contra esta supressão, confusão e
distorção de documentos. Noble forçou Barron a uma aposentadoria prematura sem
pagamento e descartou Dozer. O último foi reintegrado pela Comissão do Serviço
Civil, mas Noble foi capaz de conseguir com ele fosse descartado uma segunda
vez – e desta vez permanentemente. Barron tinha sido designado para compilar o
material portando o conteúdo sobre a Conferência de Yalta, e Dozer sobre as
conferências Cairo-Teerã. Somente uma outra publicação tinha então sido
produzida, alguns documentos incompletos em 1939. Ela apareceu durante o último
ano e foi também censurada, deturpada e obscurecida.
Nesse ínterim, cerca de 37 volumes lidando com nossa
política externa desde 1939 foram coletados e feitos prontos para publicação.
Mas nada foi enviado para a gráfica e, na primavera de 1958, o Departamento de
Estado brandamente anunciou que não se propunha publica qualquer destes volumes
num futuro previsível. Ele deu como razão a asserção que a publicação
possivelmente poderia ofender algumas pessoas entre nossos aliados da OTAN.
Para dar a este grande e surpreendente procedimento alguma aparência de
autoridade histórica, o Departamento de Estado tinha nomeado um comitê escolhido
a mão em 1957 para aconselhar o Departamento sobre a publicação. O pessoal do
comitê, o qual não continha um historiador revisionista, assegurou que o
conselho certo seria consumado. O presidente era não outro que o professor
Dexter Perkins, admitidamente um alegre e afável político histórico, mas também
um da meia dúzia de notórios proeminentes e incansavelmente intermitentes
oponentes da bolsa de estudos revisionistas neste país. O comitê obedientemente
relatou que a publicação de quaisquer dos 37 volumes repousando nas prateleiras
esperando as gráficas do governo não seria politicamente um expediente
conveniente.
Quando o Dr. Barron apareceu perante o comitê senatorial
para protestar contra a censura e atrasos, a ele foi permitido somente onze
minutos para testemunhar, embora as testemunhas apoiando a censura oficial
foram permitidas amplo tempo. Conforme um dos mais hábeis escritores editoriais
do pais comentou, bastante corretamente: “Tal registro de ocultação e
duplicidade é sem paralelo. Somente o ‘buraco na memória’ de Mil novecentos e
oitenta e quatro de George Orwell é sua contraparte, onde o regime autoritário
do futuro foi retratado como descartando todos os documentos e fatos que
falharam em se adequar nas linhas partidárias atuais.” Tudo isto é dificilmente
consistente com a regra assumida dos Estados Unidos como líder das “Nações
Livres” ou com nossa amarga condenação aos russos por censurarem seus
documentos oficiais.
Há, naturalmente, alguns documentos oficiais vitais
lidando com o início dos eventos da Segunda Guerra Mundial que o governo nunca
tem mesmo sonhado em publicar em qualquer tempo e são cheios de dinamite que
nem mesmo historiadores engajados em ‘passar pano’ nos registros oficiais são
permitidos usarem. Tais são os então chamados “Documentos Kent,” nominalmente,
as quase 2000 mensagens secretas entre Churchill e Roosevelt de setembro de 1939
em diante. O próprio Churchil tem francamente nos dito que estes documentos
contêm a maioria dos fatos realmente vitais sobre a colaboração entre ele e
Roosevelt em seus esforços conjuntos de trazer os Estados Unidos para a Guerra.
Quando os mais impressionantes esforços para ‘passar o pano’ nos registros
históricos de Roosevelt-Churchill estavam para serem empreendidos, Churchill
ameaçou o principal autor com um processo judicial se ele fizesse uso destes “Documentos
Kent.”
A
supressão de documentos relativos à responsabilidade pela Segunda Guerra
Mundial se estende, é claro, muito além de todas as atividades e relações
anglo-americanas. Quando os comunistas e socialistas na Rússia, Alemanha e
Áustria publicaram seus arquivos após 1918, a fim de desacreditar os velhos
regimes imperiais, isso forçou os britânicos e os franceses em última instância
a fazerem o mesmo. Eventualmente, os estudiosos tinham virtualmente todo o
material factual à sua disposição.
Nada
parecido a isto tinha sido possível após a Segunda Guerra Mundial. As potências
Aliadas vitoriosas, principalmente a Grã-Bretanha e os Estados Unidos,
capturaram os arquivos alemão e italiano, exceto alguns dos materiais italianos
mais vitais que os comunistas italianos destruíram, com conivência aliada,
quando capturaram e assassinaram Mussolini. Hoje, a Alemanha e a Itália não
poderiam publicar todos os seus documentos, mesmo que quisessem, pois não os
possuem. Alguns têm sido retornados à Itália, e o dos alemães lhes têm sido
prometidos. Mas podemos ter certeza de que qualquer material que reflita
seriamente sobre os Estados Unidos e a Grã-Bretanha não será incluído. A
publicação até agora tem se limitado ao que as autoridades americanas e
britânicas consideraram adequado liberar, e não há evidências de que tenha sido
apresentado de forma mais completa e honesta do que os documentos sobre a
Conferência de Yalta. Nem se pode esperar que alemães e italianos publiquem
algo que possa modificar a acusação de Hitler e Mussolini durante a guerra. Ao
contrário da República de Weimar, o governo Adenauer se opõe vigorosamente à
bolsa e publicação revisionista. O mesmo é verdade sobre o governo italiano.
A
principal importância de toda essa censura oficial é que o veredicto
revisionista relativo à responsabilidade pela Segunda Guerra Mundial é muito
menos drástico do que seria se e quando todos os documentos estiverem
disponíveis. Se os documentos agora suprimidos em tal abundância e com tal
rigor diminuiriam a já severa acusação dos líderes do tempo de guerra, a lógica
elementar e a estratégia sustentam a suposição de que eles teriam sido
publicados muito antes do momento presente, a fim de modificar ou eliminar os
severos julgamentos já colocados em movimento em volumes revisionistas
existentes.
Um
paradoxo deve ser observado em relação ao status e resultados do revisionismo
após as duas guerras mundiais. Após a Primeira Guerra Mundial, o veredicto
revisionista quanto à responsabilidade pela guerra foi muito aceito por
estudiosos e líderes públicos inteligentes, mas pouco foi feito sobre isso na
forma de revisar o sistema europeu pós-guerra que tinha sido baseado sobre
mentiras e propaganda da época de guerra. Se os passos lógicos tivessem sido tomados
para revisar os tratados do pós-guerra enquanto a República Alemã estava em
existência, é improvável que Hitler algum dia tivesse subido ao poder na
Alemanha, que jamais teria havido uma segunda Guerra Mundial, ou que qualquer A
Guerra Fria teria vindo em seus calcanhares.
Após a segunda guerra mundial, embora os fatos
trazidos a frente pelo revisionismo quanto à responsabilidade pela guerra têm
sido ignorados, na verdade, são virtualmente desconhecidos do público entre os
aliados vitoriosos, houve uma revisão quase completa da política pública em
relação aos nossos anteriores inimigos. Tanto a Alemanha quanto o Japão foram
rearmados quase à força e receberam extensa ajuda material para que agora
possam funcionar como aliados contra nosso ex-aliado, a Rússia Soviética.
Pode-se imaginar o clamor se, digamos em 1925, nós tivéssemos insistido que a
Alemanha e a Áustria deveriam se rearmar ao máximo e tivéssemos expressado
nossa determinação em capacitá-los para isso.
Qualquer
tal situação como a que ocorreu desde 1945 só poderia ser possível em uma era
de duplo pensamento orwelliano e “crimestop” {isto é, a autoconsciência do
cidadão para não assumir pensamentos que impliquem violações no consenso do
sistema vigente}. Nós gastamos cerca de 400 bilhões de dólares para destruir a
Alemanha e o Japão e, após sua destruição, injetamos mais bilhões para
restaurar seu poder militar. Se fosse concebível que pudéssemos travar uma
terceira guerra mundial sem exterminar todos os participantes, poderíamos
imaginar uma situação em que, depois de destruir a Rússia, passássemos a dar
bilhões para reconstruir seu poder de luta e nos defender contra a China e a
Índia.
Uma
lição que o revisionismo pode nos ensinar é que nós devemos aprender de suas
atitudes públicas as quais podem nos proteger contra repetidas loucuras e
tragédias. O eminente filósofo, John Dewey, disse a um amigo meu que, se ele
não estivesse tão errado em sua atitude em relação à Primeira Guerra Mundial
(como exemplificado por seu German
Philosophy and Politics), ele poderia ter sucumbido à propaganda que nos
levou à Segunda Guerra Mundial. Mas o público parece lucrar menos com a
experiência do que os filósofos pragmáticos. Eles parecem justificar a
observação clássica de Hegel de que a única lição que a história nos ensina é
que não aprendemos nada com a história. Em uma era de bombas de hidrogênio,
mísseis intercontinentais guiados, guerra química e bacteriana terrivelmente
letal e tecnologia militar de botão, nós teremos que fazer melhor do que o
público da época de Hegel se nós quisermos ter qualquer prospecto de
sobrevivência ou de atingir tal grau de paz, segurança e bem-estar que
justificariam a sobrevivência. Mas o público americano dificilmente pode
aprender alguma lição com o revisionismo se nem mesmo sabe que ele existe, para
não dizer de seu conteúdo e implicações.
A
menos e até que nós possamos romper o apagão histórico, agora apoiado até mesmo
por políticas públicas, e permitir que os povos do mundo conheçam os fatos
relativos às relações internacionais durante o último quarto de século, não
pode haver esperança real para a paz, segurança e prosperidade os quais os
presentes triunfos da ciência e da tecnologia poderiam tornar possíveis. O
bem-estar da raça humana, se não sua própria sobrevivência, depende
literalmente do triunfo do revisionismo.
Tradução
e palavras entre chaves por Mykel Alexander
Fonte: The Journal of Historical Review, primavera de 1982 (Vol. 3, nº 1), páginas 53-83. Reimpresso a partir do Liberation, verão de 1958.
http://www.ihr.org/jhr/v03/v03p-53_Barnes.html
Sobre o autor: Harry
Elmer Barnes (1889-1968) foi um dos estudiosos americanos mais influentes do
século XX. Publicitário, historiador cultural e sociólogo, nasceu em Auburn,
Nova York, em 1889. Ele recebeu seu Bacharel of Arts em 1913 e seu diploma de
Master of Arts em 1914, ambos pela Syracuse University, e seu Ph.d. em 1918 de
Columbia. No ano letivo de 1916/1917, ele estudou em Harvard com uma bolsa. Barnes
tornou-se professor de história na Clark University antes de se mudar para o
Smith College como professor de sociologia histórica em 1923. Em 1929 ele
deixou o ensino para trabalhar como jornalista, escritor freelance e professor
adjunto ocasional em escolas menores. A historiografia e os aspectos políticos,
econômicos e culturais do pensamento e da civilização ocidentais são suas
principais reivindicações de distinção. Chegou em sua carreira inclusive a se
encontrar com ex-Imperador alemão Guilherme II.
O
melhor volume sobre sua vida e obra é Harry
Elmer Barnes: Learned Crusader (Ralph Myles, 1968). Barnes publicou mais de
30 livros, 100 ensaios e 600 artigos e resenhas de livros, muitos deles para a
revista Foreign Affairs do Conselho
de Relações Exteriores, onde atuou como Editor Bibliográfico. Entre seus livros constam:
The Social History of the
Western World, an Outline Syllabus, New York: D. Appleton, 1921.
Sociology and Political
Theory: A Consideration of the Sociological Basis of Politics, New York: A. A. Knopf, 1924.
The History and Prospects of
the Social Sciences,
New York: A. A. Knopf, 1925. Co-escrito com Karl Worth Bigelow e Jean Brunhes.
Psychology and History, The Century Company, 1925.
Living in the Twentieth
Century: A Consideration of How We Go This Way, Indianapolis: Bobbs-Merrill, 1928
The Genesis of the World War:
An Introduction to the Problem of War Guilt, New York: A. A. Knopf, 1926.
World Politics in Modern
Civilization: The Contributions of Nationalism, Capitalism, Imperialism and
Militarism to Human Culture and International Anarchy, New York: A. A. Knopf, 1930
The History of Western
Civilization, New York:
Harcourt, Brace and Company, 1935.
An Economic History of the
Western World, New York:
Harcourt Brace, 1937.
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Para quem há história? - por Mykel Alexander
As mentiras que formam nossa consciência e a falsa consciência histórica - por Paul Craig Roberts
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Hitler queria Guerra? - Por Patrick Joseph Buchanan
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