Arthur R. Butz |
VÉRITÉ HISTORIQUE OU VÉRITÉ POLITIQUE? por Serge Thion, 347páginas, La Vieille Taupe, Paris, 1980. Distribuído por Labyrinthe, 22 rue Rambuteau, 75003 Paris.
Resenha do
livro por Dr. Arthur R. Butz
Em outubro de 1978, l'Express,
um semanário francês comparável ao Newsweek,
publicou uma entrevista com Louis Darquier de Pellepoix, que tinha sido
comissário para assuntos judaicos no governo de Vichy durante a ocupação alemã
e que vive na Espanha desde a guerra. A atitude geralmente impenitente de
Darquier, mais sua reivindicação de que as únicas criaturas gaseadas em
Auschwitz tinham sido piolhos, desencadeou um alvoroço com dois focos,
primeiro, o caráter supostamente ultrajante, irresponsável e talvez mesmo
ilegal do ato de publicar tal entrevista e, segundo, o lamentável fato de que o
exílio espanhol de Darquier fez impossível “pegá-lo.”
VÉRITÉ HISTORIQUE OU VÉRITÉ POLITIQUE? por Serge Thion, 347páginas, La Vieille Taupe, Paris, 1980. Distribuído por Labyrinthe, 22 rue Rambuteau, 75003 Paris. |
Sob tais circunstâncias, era inevitável que a fúria dos
profissionalmente esclarecidos se voltasse contra o Dr. Robert Faurisson, pois
era sabido, embora quase esquecido, que ele mantinha opiniões semelhantes sobre
as “câmaras de gás” e, além disso, estava situado em solo francês e
possivelmente “pegável.” Deste modo, contra um pano de fundo de publicitários
estridentes, uma multidão de pessoas violentas com postura criminosa, a maioria
judeus se passando por estudantes, desceu na Universidade de Lyon-2, onde
Faurisson é professor associado de literatura francesa (com especialidade em
crítica de textos e documentos), e por causa de seus distúrbios, a Universidade
suspendeu Faurisson de suas tarefas de ensino.
A campanha contra Faurisson não foi, no entanto, sem os seus
aspectos positivos, pois como resultado de toda a atenção pública dada às suas
opiniões alegadamente malévolas, o Le
Monde, o equivalente francês do New
York Times, sentiu-se obrigado – muito contra seu desejo – a dar a
Faurisson um pouco de espaço para expressar suas visões. Embora tenha dado
muito mais espaço ao outro lado, uma barreira importante foi quebrada e parece
a este revisor que os defensores da lenda do “extermínio” sediados na França
não se preocuparam em tentar esconder seu pânico. Isso é mostrado não apenas
pelas expressões explícitas de pânico, por exemplo, no periódico Le Monde Juif, mas também pelo fato de
que eles, agindo por meio de sua “LICA” (Liga Contra o Racismo e
Antissemitismo), ajuizaram ação contra Faurisson por “danos” por conta de
“falsificação da história,” um litígio que ainda está ativo enquanto escrevo
aqui {então 1981}.
{Robert Faurisson (1929-2018) em uma conferência do Instituto for Historical Review no inicio dos anos da década de 1980, Na época do artigo presente artigo ele já tinha sido retirado de várias funções na Universidade de Lion em decorrência de levantar pertinentes questionamentos quanto a veracidade do alegado Holocausto judaico. No entanto, seus questionamentos foram ainda mais corroborados nos avanços dos trabalhos revisionistas, especialmente os de Fred A. Leuchter, Carlo Mattogno e Germar Rudolf.Ver especialmente Germar Rudolf (Ed.), Dissecting the Holocaust - The Growing Critique of ‘Truth’ and ‘Memory’, Castle Hill Publishers, P.O. Box 243, Uckfield, N22 9AW, UK, novembro de 2019 (3ª edição revisada).Também ver de modo mais abrangente toda a série Holocaust Handbooks:
As relações de Faurisson com sua Universidade também ainda
não têm sido resolvidas satisfatoriamente. Embora ele ainda ocupe formalmente
seu cargo lá, desde o outono de 1979 ele foi de fato designado para uma escola
por correspondência em Paris para tarefas claramente abaixo de suas
qualificações.
O livro de Serge Thion consiste principalmente em uma
exposição completa desse caso, mas também tratamos nós com algumas discussões
de controvérsias públicas anteriores que cercaram Faurisson, das quais as
primeiras, em suma, não diziam respeito a judeus ou à Segunda Guerra Mundial.
Foi em 1961 que publicou o seu livrinho A-t-on
lu Rimbaud? (Alguém já leu Rimbaud?) O livrinho demonstrava
interpretações eróticas, onde nenhuma havia sido vista antes, das “Voyelles”
{Vogais} do poeta francês. A controvérsia que se seguiu foi realizada nos
principais periódicos literários franceses. Uma medida da recepção dada à tese
de Faurisson pode ser obtida pelo fato de que, como consequência, a grande
editora francesa Hachette excluiu “Voyelles” de sua linha de livros escolares.
O livreto foi reeditado em 1962 e 1971, com a adição de um resumo das reações
ao livreto original. Em 1972, Faurisson publicou um longo livro apresentando
novas interpretações de Lautréamont, intitulado At-on lu Lautréamont?
Nada em tudo isso prefigurou seu envolvimento público posterior com o
“Holocausto,” mas, em retrospecto, um certo terreno comum é claro, pois a
literatura sobre o Holocausto apenas precisa ser lida, em vez de fixamente
olhada em um semi-estupor, a fim de ser exposto pelo que é. Faurisson poderia,
mas infelizmente não o fez, intitular parte do livro em análise como A-t-on lu
“le journal d'Anne Frank”? {Você já leu “O Diário de Anne Frank”?}
Embora Faurisson tenha mantido interesse no assunto
“Holocausto” desde que lendo Rassinier por volta de 1960, seu papel público
como revisionista começou somente em 1974. Em abril, ele enviou cartas a várias
dezenas de “historiadores e especialistas” conhecidos, em cada caso perguntando
“as câmaras de gás hitleristas lhe parecem um mito ou uma realidade?” e
fundamentando brevemente as dúvidas legítimas no tocante a sua realidade. Não
era do conhecimento de Faurisson na época que um dos destinatários, o Dr.
Kubovy, Diretor do Centro de Documentação Judaica em Tel-Aviv, havia falecido.
No entanto, a carta para Kubovy chegou a um jornal israelense, o qual comentou
sobre ela, foi então pega por um semanário judeu na França, e agitou alguns
membros do corpo docente da filial do Censier da Sorbonne (onde Faurisson
estava ensinando) na medida em que eles abordaram o assunto com o Reitor da
Universidade, que então levou o assunto ao Senado Universitário, o qual
declarou como consequência que
O presidente foi confrontado, por colegas, com a parição no semanário Tribune juive de um projeto assinado pelo Sr. Faurisson, que contém dúvidas inadmissíveis concernindo a existência dos campos de concentração nazistas. Agora este artigo foi escrito em papel timbrado da nossa Universidade (filial do Censier). Como uma consequência, o Presidente solicita ao Senado que o convide a dirigir, em seu nome, um total repúdio às alegações do nosso colega ao jornal em questão. O Senado aprova este empreendimento unanimemente.
Essa reação de um Senado Universitário supostamente
responsável foi um prenúncio das controvérsias que viriam. Uma carta de
Faurisson, sem intenção de publicação, e relatada em segunda mão, tornou-se “um
artigo assinado pelo Sr. Faurisson.” Meras questões sobre a existência das
câmaras de gás tornaram-se uma negação (“dúvidas,” depois “alegações”) da
existência dos campos. Pessoas que nunca investigaram o assunto declararam as
dúvidas de Faurisson “inadmissíveis.” Faurisson não foi convidado a apresentar
qualquer defesa no decorrer das deliberações do Senado. A estupidez (para
empregar a descrição mais caridosa) envolvida foi mesmo excedida dois anos
depois pelo reitor da Universidade de Lyon-2 que, ao pedido de Faurisson para
uma explicação sobre o motivo de sua promoção lhe ser negada, respondeu que
Faurisson, “por sua própria admissão,” tinha nunca publicado nada em sua vida!
Desde que os escritos de Faurisson sobre Rimbaud tinham abalado as
estabelecidas convenções literárias francesas, qualquer pessoa com um desejo
saudável de saborear o intelectualmente bizarro ou não familiar estaria mais
ansiosa para conhecer a natureza das evidências que levaram o presidente a uma
declaração tão bizarra. Foi isso. Reagindo às alegações de que ele era um
“nazista,” Faurisson, em 12 de dezembro de 1975, enviou uma carta ao
presidente, indicando, entre outras coisas, que ele nunca havia publicado nada
que pudesse dar suporte a tal classificação. Ao suspender essa observação do
contexto, a “evidência” do extravasamento intelectual aridamente estéril de
Faurisson foi produzida!
O segundo furor sobre Faurisson como Revisionista veio no
outono de 1978 nas circunstâncias já mencionadas. Atingiu um ponto crítico com
a publicação no Le Monde (29 de
dezembro de 1978) de um curto artigo dele. O significado deste desenvolvimento
pode ser apreciado se notarmos que, embora o Le Monde tenha publicado em 17-18 de julho de 1977 um longo ataque
ao livreto de Harwood {Did Six Million
Really Die? The Truth at Last,
1974, de Richard Harwood, pseudônimo de Richard Verrall (1948 -)}, e embora
todos os cânones da ética jornalística tenham decretado que o Le Monde deve, portanto, abrir suas
colunas para controvérsia sobre o assunto, os repetidos esforços de Faurisson
para publicar lá foram frustrados. Eu também escrevi uma carta ao Le Monde quando eu estava em Paris no
final de julho de 1977; ela não foi publicada.
Para apreciar alguns desenvolvimentos do início de 1979, é
necessário voltar um pouco no tempo para um episódio aparentemente irrelevante.
Em maio de 1968, Paris foi palco de ruidosas manifestações de “estudantes” que
alcançaram publicidade mundial. As questões específicas envolvidas não são de
interesse aqui. Basta dizer que a causa dos manifestantes, no contexto da
época, era de natureza “esquerdista” e que as questões eram substanciais o
suficiente para suscitar muita polêmica e divisão em vários campos. Como os
intelectuais, especialmente os de esquerda, costumam se pendurar em livrarias
onde há probabilidade de encontrar pessoas de inclinações compatíveis, existia
um grupo associado à livraria La Vieille Taupe (A Velha Toupeira); é referido
aqui como o “grupo Guillaume,” em homenagem a Pierre Guillaume, o proprietário
da loja de livros. O grupo se tornou proeminente por seu apoio aos
manifestantes e inclui Serge Thion, autor do volume em revisão, e {o judeu} Jean-Gabriel
Cohn-Bendit, irmão de “Danny-o-Vermelho {também judeu},” o líder das
manifestações.
O grupo Guillaume manteve sua coesão e sua proeminência nos
anos após a 1968. Os membros publicaram artigos frequentes no jornal diário Libération, e La Vieille Taupe tinha
evoluído para uma editora. Desconhecido para Faurisson, Pierre Guillaume tinha
também, por causa da leitura de Rassinier, mantido um interesse na lenda do
“Holocausto.” Assim, quando a controvérsia surgiu no final de 1978, sendo
Faurisson uma óbvia vítima da histeria, o grupo Guillaume tinha boas razões
para apoiá-lo. No entanto, o terreno era bastante estranho para os membros do
grupo, e mais frequentemente associado à Direita do que à Esquerda. Por outro
lado, eles conheciam Faurisson pela reputação de homem de caráter benevolente e
intelecto aguçado, cujas opiniões não podiam ser não levadas à sério.
O principal desenvolvimento para despedaçar qualquer
reticência remanescente do grupo Guillaume parece ter sido uma tolice de duas
páginas que apareceu no Le Monde em
21 de fevereiro de 1979, um artigo afirmando a lenda do extermínio, assinado
por 34 historiadores.
Agora, há certamente circunstâncias em que é apropriado que
um grande número de pessoas assine alguma declaração pública. Um exemplo é a breve
declaração (reproduzida no livro de Thion), em apoio ao direito de Faurisson de
pesquisar a lenda e condenando a campanha contra ele, que foi assinada por uma
grande diversidade de pessoas, incluindo o autor {judeu} antissionista Alfred
Lilienthal, o MIT linguista {e judeu} Noam Chomsky, o advogado de liberdades
civis de Melbourne John Bennett e eu mesmo. Em tal instância, a importância
deve ser encontrada não primariamente no texto envolvido, mas no número e na
estatura das pessoas que o subscrevem. No entanto, uma suposta argumentação
histórica longa, cujo texto é representado como transmitindo um conteúdo de
esclarecimento sobre algum assunto, é outra coisa; não deve exigir as
assinaturas de ninguém, mas daqueles que o escreveram. É de se perguntar por
que 34 assinantes foram fornecidos para o artigo do Le Monde. Posso oferecer apenas uma hipótese para a lógica
envolvida, melhor expressa por símile: se for descoberto que uma espada larga
não é adequada para eliminar a mosca irritante que entrou na sala, então talvez
34 espadas largas façam o trabalho.
Se os 34 assinantes têm causado com que o leitor com
discernimento se antecipasse estupidamente no texto, a expectativa foi
confirmada. Com todo o efeito esclarecedor do Papa Pio IX anunciando o Sílabo dos Erros {documento católico do
século XIX contendo dezenas de opiniões consideradas erradas pela autoridade da
Igreja}, os 34 historiadores anunciaram que
Não é necessário imaginar como, tecnicamente, tal assassinato em massa foi possível. Foi tecnicamente possível porque ele aconteceu. Esse é o ponto de partida compulsório para toda investigação histórica sobre esse assunto. É apropriado que simplesmente repitamos esta verdade; não há e não pode haver qualquer debate sobre a existência das câmaras de gás.
Tal estupidez ardente (denunciada como “lógica absurda” por
Cohn-Bendit) foi provavelmente, para o grupo Guillaume, uma convicção final da
importância da posição de Faurisson. Guillaume apareceu com Faurisson na TV
suíça de língua italiana, e La Vieille Taupe lançou novas edições de Rassinier
de Le Mensonge d'Ulysse e Ulysse Trahi par les Siens; ambos tinham
sido publicados pela última vez em 1961 por uma editora diferente.
Seguiu-se o volume em revisão, do qual metade consiste no
resumo de Thion das controvérsias que cercaram Faurisson, com uma ênfase na
maior, a iniciada no final de 1978. A segunda metade consiste em contribuições
de Faurisson, das quais a mais interessante é seu estudo do Diário de Anne Frank.
{Embora o revisionismo histórico tenha já nos anos finais da década de 1970 exposto as incoerências contundentes do chamado Diário de Anne Frank, na mais fresca atualidade, em junho de 2022, os meios midiáticos ocidentais, com retaguarda de coerção e criminalização sobre questionamentos em vários temas de assuntos sócio-políticos, especialmente os vinculados ao alegado Holocausto judaico e suas implicâncias sócio-geo-políticas, tentam impor que tal Diário é uma obra literária que expõe fatos verídicos como um todo ou ao menos como a tônica da narrativa. Segundo a celebrada mídia alemã Deutsche Welle ( artigo de Gabriela Schaf, de 14 de junho de 2022). O mencionado artigo coloca:
"Em 14 de junho de 1942, Anne Frank começava a escrever regularmente em seu diário, que havia recebido de presente dois dias antes, ao completar 13 anos. No livro, documentaria o tempo que passou escondida dos nazistas."
No entanto, lembrou o revisionista David McCalden (em carta ao editor do Detroit Free Press [referente a coluna Question & Answer, 08 de novembro de 1980 do mencionado jornal, Detroit Free Press] que em 09 de outubro de 1980 foi na mesma Alemanha descoberto que partes do manuscrito do Diário de Anne Frank estavam escritas em caneta esferográfica, utensílio disponível apenas a partir de 1951, enquanto a alegada autora do diário, a própria Anne Frank teria falecido de tifo em março1945 no campo de concentração de Bergen-Belsen, na Alemanha, (ver David McCalden [escrito sob o pseudônimo Lewis Brandon], carta ao editor do Detroit Free Press, Journal For Historical Review, volume 2, nº 3, página 202). Este é um exemplo contundente das contradições que o revisionismo histórico evidenciou no caso do Diário de Anne Frank}.
Umas poucas palavras delineando a lenda de Anne Frank
recebida estão em ordem. Ela nasceu em uma família de judeus alemães em 12 de
junho de 1929. Em 1933 a família mudou-se para a Holanda e Otto Frank, pai de
Anne, assumiu uma posição comercial em Amsterdã. Os alemães ocuparam a Holanda
em 1940. No início de 1941, Otto Frank alegadamente começou a mover os
pertences da família, peça por peça, para um local não divulgado ao resto da
família, embora eles não foram informados de que o processo tinha como
propósito os permitir “desaparecer” na hora certa. O desaparecimento
supostamente ocorreu em 9 de julho de 1942.
O esconderijo é dito ter sido o prédio de Amsterdã (263
Prinsengracht), no qual o negócio de Otto Frank foi esquartejado. No primeiro
andar ou térreo havia uma combinação loja-armazém. No que nós chamaríamos de
segundo andar havia escritórios, usados por sócios de Frank que estavam a par
de seu projeto. O esconderijo consistia nas partes traseiras do terceiro e quarto
andares; o acesso ao esconderijo era por uma porta, disfarçada de armário, no
terceiro andar. Aqui os Frank alegadamente viveram por mais de dois anos, com
suprimentos sendo trazidos por amigos de confiança. Anne supostamente começou a
manter um diário cerca de um mês antes da mudança para o esconderijo e
continuou a mantê-lo após a mudança. Em 4 de agosto de 1944, descoberto o
esconderijo, os Franks foram deportados para campos de concentração. O diário é
dito ter sido passado despercebido pela polícia que vasculhou os bairros e foi
recolhido mais tarde por amigos. Anne é dito ter morrido na epidemia de tifo
que em incontrolável fúria atingiu Belsen pouco antes do fim da guerra. Otto
Frank sobreviveu e retornou a Amsterdã via Odessa e Marselha. O Diário foi alegadamente retornado a ele
pelos amigos e publicado em holandês em 1947. As traduções logo se seguiram;
uma tradução para o inglês foi publicada em 1952.
É importante entender o que é e o que não é contestado na
lenda de Anne Frank. Que os judeus estavam sendo deportados da Holanda e,
consequentemente, tinham uma motivação para iludir os alemães, não é
contestado. Faurisson afirma suas impressões:
... essa Anne Frank realmente existiu; era uma menina pequena sem grande caráter, sem personalidade forte, sem precocidade erudita (até o contrário), e ninguém suspeitava que ela tivesse talento para escrever; essa criança infeliz conhecia os horrores da guerra; ela foi presa pelos alemães...; sua mãe morreu na enfermaria de Birkenau em 6 de janeiro de 1945; sua irmã e ela foram, por volta de outubro de 1944, transferidas para o campo de Bergen-Belsen; Margot morreu de tifo; então Anne, por sua vez, sozinha no mundo, também morreu de tifo, em março de 1945.
...os Franks e, talvez, outros judeus viviam efetivamente nos fundos de Prinsengracht 263. Mas eles viviam lá muito diferentemente do que o Diário relata. Por exemplo, sem dúvida, eles viveram uma vida discreta, mas não como em uma prisão. Eles foram capazes de viver lá como muitos outros judeus que buscavam abrigo na cidade ou no campo. Eles procuravam obter “cobertura sem serem encobertos.” A aventura deles era lamentavelmente comum.
... a verdade me obriga a declarar que o Diário de Anne Frank é senão um simples embuste literário.
O que se contesta, portanto, é tanto a autenticidade do Diário quanto a autenticidade da vida
alegada para os dois anos em questão. As lendas do “extermínio” e da “câmara de
gás” não estão envolvidas em nenhum sentido direto; tal envolvimento é, na
melhor das hipóteses, indireto, na medida em que o crédito como verdade
continuado no Diário depende dos
mesmos fatores políticos e sociais que sustentam a lenda do extermínio.
É útil observar aqui que a alegação amplamente divulgada de
que Meyer Levin foi o autor do Diário
é falsa e baseada na má interpretação do fato de que Levin estava envolvido na
propagação da lenda de Anne Frank na língua inglesa, particularmente na
adaptação para o palco, e processou Otto Frank nesta conexão. No entanto, Levin
nunca afirmou ter nada a ver com a publicação holandesa original e é
virtualmente certo que ele não o fez.
Os leitores interessados no Diário provavelmente já estão cientes de Anne Frank's Diary: a Hoax (IHR, 1980), de Ditlieb Felderer, e
talvez já tenham aprendido que o Bundeskriminalamt
{uma agência
federal de investigações, dos governos da Alemanha e Áustria} da Alemanha
Ocidental, tendo sido permitido por Otto Frank um breve exame, sob obstáculos e
desvantagens significativas, do suposto manuscrito original, em 1980 na
prefeitura de uma vila suíça, relatou de volta ao relevante tribunal da
Alemanha Ocidental, entre outros, que certas anotações supostamente originais
foram feitas com uma caneta esferográfica que não estava no mercado até 1951.
A data de 1951 não exclui a publicação em holandês em 1947,
pois, como observa Faurisson, os textos das várias traduções não concordam
entre si e com o original. O estudo de Faurisson é dividido a grosso modo em
cinco fases: a crítica interna do Diário,
inspeção do prédio de Amsterdã envolvido, entrevista com Otto Frank, exame da
literatura relacionada e entrevistas com pessoas relacionadas. Destes cinco, o
primeiro provavelmente interessará mais ao leitor tipicamente situado, porque
os pontos envolvidos podem ser facilmente confirmados. A ênfase na crítica
interna de Faurisson está na clara impossibilidade de manter o sigilo do
esconderijo nas condições descritas. De acordo com o Diário, muitas pessoas que não têm conhecimento do segredo e que
não são confiáveis, entram no prédio continuamente. Estes incluem a faxineira,
os homens que trabalham no armazém no piso térreo e os visitantes dos
escritórios diretamente abaixo dos alojamentos. As pessoas em edifícios
adjacentes e vizinhos igualmente não são confiáveis. Consequentemente, os
clandestinos devem tomar comprimidos de codeína para evitar tossir, “têm que
sussurrar em dias comuns” e devem evitar usar o banheiro quando os visitantes
estão no andar de baixo. Que tal jogo possa ser jogado com sucesso por dois
anos é incrível e em certos pontos o Diário
dá detalhes que tornam a coisa toda prepóstera, já que também aprendemos, por
exemplo. que o aspirador de pó era usado no meio do dia sem objeções dos outros
clandestinos, e que “o rádio... toca de manhã cedo e é ouvido a qualquer hora
do dia, até nove, dez e muitas vezes onze horas da noite.” Também nos é dito
que a propriedade do edifício mudou em fevereiro de 1943, mas que o novo
proprietário foi permanentemente
desviado da inspeção dos alojamentos, por um dos sócios de Otto Frank, sob a
alegação de que este havia esquecido a chave!
Como um Sherlock Holmes histórico fazendo as perguntas
simples e inesperadas, Faurisson mergulha a si mesmo e ao leitor em tudo isso e
expõe a farsa esquálida (“supercherie”).
Os Franks são apresentados instalando cortinas improvisadas logo após a
chegada, para que os vizinhos não “vejam alguma coisa acontecendo.” Faurisson
pergunta: “Agora, não é a instalação de cortinas, em janelas que até então não
tinham até então nenhuma, a melhor maneira de sinalizar a chegada? Não é
particularmente o caso se essas cortinas são feitas de peças diferentes? Mais basicamente, “Se
alguém tem um ano inteiro para escolher um esconderijo, escolhe seu escritório? Leva sua família para lá? E
um colega? E a família desse colega?
Escolhe assim um lugar cheio de ‘inimigos’ onde a polícia e os alemães viriam
automaticamente procurá-lo se não o encontrassem mais em casa?”
O Institute for Historical Review deve ser agradecido por
sua tradução em inglês da análise de “Anne Frank” de Faurisson, que está para
ser lançada logo. Gostaria de fazer algumas recomendações para aqueles que
pretendem lê-lo. A análise é apresentada no pressuposto de que o leitor leu o Diário; uma boa parte seria
incompreensível para aqueles que não o fizeram.
O Diário deve ser
lido de antemão e no curso da leitura o que considero o ponto mais óbvio de
incredibilidade deve ser notado. Quem o escreveu tinha, e também o destinava ao
leitor do pós-guerra, um interesse basicamente político e histórico pelo que
aconteceu com os judeus. O Diário não
é um diário, e não é o trabalho de uma menina de quatorze anos. Somente o fato
de que uma forte evidência disso aparece em praticamente todas as páginas torna
difícil selecionar ilustrações específicas. Na entrada de 9 de julho de 1942,
lemos uma descrição muito detalhada do edifício de quatro andares envolvido. A
descrição é suplementada e faz referência frequente a uma planta baixa
desenhada profissionalmente que é idêntica em várias traduções; Eu consideraria
a inclusão da planta baixa em um diário incrível, mesmo que fosse o tipo de
coisa que uma jovem garota poderia ter desenhado. Mais conclusivamente, as
entradas no diário para os dias anteriores
à suposta mudança da família para um esconderijo, em uma época em que uma
menina de treze anos não poderia ter qualquer noção de experiências dignas de
registro para a posteridade, são claramente escritas para o leitor de livros do
pós-guerra, por exemplo, a entrada de 20 de junho de 1942 apresenta uma breve
história da família Frank e um breve resumo das medidas antijudaicas que se
seguiram à ocupação alemã da Holanda.
Há uma série de outras contribuições de Faurisson para este
volume. Há a tradução francesa corrigida e comentada da entrevista de Faurisson
que apareceu na edição de agosto de 1979 do importante mensal italiano Storia Illustrata; este será publicado
em breve em tradução para o inglês pelo Institute for Historical Review. Há
algumas fotos muito interessantes, relativas às “câmaras de gás”, que Faurisson
adquiriu em visitas a Auschwitz, bem como um breve tratamento da câmara de gás
da penitenciária de Baltimore, o qual deixa claro que o gaseamento de apenas
uma pessoa, sem mencionar as hordas de milhares de lendas ao mesmo tempo, é um
processo tecnicamente intrincado que não pode ser tratado de forma eficaz e
despreocupada com improvisações envolvendo recursos comuns destinados e
projetados para outros fins. Há também breves olhares sobre uma miscelânea de
outros assuntos.
Vou encerrar com o assunto “quantos?” Faurisson (página 197) está de acordo comigo (The Hoax {of the twentieth century}, páginas 237, 239) ao declarar que o número de judeus que pereceram poderia ser da ordem de um milhão, mas, mais provavelmente, várias centenas de milhares, se não contarmos os judeus combatentes em uniformes militares Aliados. Eu insisto no fato de que, de minha parte, trata-se de uma estimativa sem caráter propriamente científico...
No entanto, ele afirma ainda, após algumas observações intermediárias que deveriam ter sido mais extensas e mais lúcidas, que, se aqui forem usados computadores, sem dúvida se pode saber rapidamente o número real de mortes. Os deportados foram registrados em inúmeras conexões. Eles deixaram inúmeros traços.
Faurisson dá a impressão de que
acredita que uma estimativa acurada do número de judeus civis que pereceram é
praticamente alcançável; esta impressão é reforçada pelo material que aparece
nas páginas 324 e seguinte.
Como não estou de acordo com essa
opinião, discuti eu esse assunto com Faurisson e soube que ele não havia sido
suficientemente claro sobre esse ponto. O que ele quer dizer é que seria
possível fazer uma estimativa para uma classe restrita, a saber, aqueles judeus
que foram registrados, em registros escritos alemães, como mortos. Esta classe
exclui muitas mortes de judeus que devem ser consideradas relevantes, por
exemplo. mortes por epidemias em guetos ou pogroms ocasionais, particularmente
no Leste durante o período de retiradas alemãs.
Muitas das questões demográficas que
gostaríamos de responder não podem ser respondidas no futuro previsível, mesmo
com a ajuda de computadores. Há um ditado entre os usuários de computador: “Entra
lixo, sai lixo”. O que isso significa para os tipos de problemas demográficos
de interesse aqui é que, sem uma base de dados de escopo, precisão e estrutura
adequados, nenhum resultado útil pode ser obtido de um computador,
independentemente da sofisticação dos métodos analíticos e estatísticos empregados.
Eu tenho discutido as principais dificuldades em obter uma base de dados
adequada (The Hoax {of the twentieth century}, páginas
13-17, 222-240). Há pouco que poderia ser acrescentado de forma útil aqui,
exceto talvez uma indicação de quão fútil até mesmo alguma sofisticação,
substancialmente financiada, poderia ser. Um estudo dos registros disponíveis
pode, por exemplo, mostrar que não seria proibitivamente difícil determinar
quantos Goldsteins e Kaplans existiram nos EUA em vários momentos. Estes são
nomes judeus distintamente da Europa Oriental. Também pode ser possível
determinar a frequência de ocorrência de tais nomes entre os judeus do Leste
Europeu pré-guerra. Talvez um pouco mais de análise pareça indicar um método
para determinar o número de judeus do Leste Europeu que imigraram para os EUA
em vários períodos, mas todo o projeto se tornaria fútil, especialmente para o
período de interesse central do pós-guerra, por duas considerações. Em primeiro
lugar, os judeus sempre trocaram nomes com frequência; esta frequência foi
muito amplificada no período pós-guerra. Em segundo lugar, grande parte dessa
mudança de nome não foi feita formalmente nos tribunais dos EUA, mas
informalmente e até ilegalmente antes do envolvimento formal com os EUA. Por
exemplo, sabemos que muitos judeus receberam passaportes sul-americanos
bastante irregulares e ilegais, com o incentivo muito ativo do governo dos EUA
e de outras agências que estavam tentando ajudar os judeus durante a guerra.
Isso não esgota as irregularidades a que os judeus recorreram nesse período. As
consequências são problemas demográficos imanejáveis.
Tradução
e palavras entre chaves por Mykel Alexander
Continua em O Caso Faurisson – II - por Arthur R. Butz
Fonte: The Faurisson Affair, por Arthur R. Butz, Journal for Historical Review, página
323, volume 1, nº4, 1980.
http://www.ihr.org/jhr/v01/v01p323_Butz.html
Sobre o
autor: Arthur Roberts Butz nasceu em 1933 e foi criado em Nova York. Ele
recebeu bacharelado e mestrado em engenharia elétrica pelo Massachusetts
Institute of Technology. Em 1965, ele recebeu seu doutorado em Ciências de
Controle pela Universidade de Minnesota. Em 1966, ingressou na faculdade da
Northwestern University (Evanston, Illinois), onde trabalhou por anos como
professor associado de engenharia elétrica e ciências da computação. Dr. Butz é
autor de vários artigos técnicos. Ele é talvez mais conhecido como o autor de The Hoax of the Twentieth Century. Por
muitos anos, ele foi membro do Comitê Consultivo Editorial do Journal of Historical Review do
Institute for Historical Review.
Arthur R. Butz: The Hoax of the Twentieth Century—The Case Against the Presumed Extermination of European Jewry; 4th, corrected and expanded edition. Para comprar livro físico ou baixar gratuitamente o PDF acesse Holocaust Handbooks & Documentaries - Presented by Castle Hill Publishers and CODOH:
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Recomendado, leia também:
A controvérsia internacional do “holocausto” - Arthur Robert Butz
Contexto e perspectiva na controvérsia do ‘Holocausto’ - parte 1 - por Arthur R. Butz
Contexto e perspectiva na controvérsia do ‘Holocausto’ - parte 2 - por Arthur R. Butz
Os Homens que “passaram o pano” para Hitler {com análise crítica revisionista} - Por Gitta Sereny
Bloco de notas sobre Auschwitz (Parte 3) - Tampos e aberturas - por Ditlieb Felderer
Bloco de notas sobre Auschwitz (Parte 4) – Portas e portinholas - por Ditlieb Felderer
O Primeiro Holocausto - por Germar Rudolf
Revisionismo e Promoção da Paz - parte 1 - por Harry Elmer Barnes
Revisionismo e Promoção da Paz - parte 2 - por Harry Elmer Barnes
Carta para o ‘The Nation’ {sobre o alegado Holocausto} - por Paul Rassinier
Sobre a importância do revisionismo para nosso tempo - por Murray N. Rothbard
A vigilante marcação pública no revisionismo - parte 1 - por Harry Elmer Barnes
A vigilante marcação pública no revisionismo - parte 2 - por Harry Elmer Barnes
O “Holocausto” colocado em perspectiva - por Austin Joseph App
O Relatório Leuchter: O Como e o Porquê - por Fred A. Leuchter
O que é ‘Negação do Holocausto’? - Por Barbara Kulaszka
As câmaras de gás: verdade ou mentira? - parte 1 - por Robert Faurisson (primeira de seis partes, as quais são dispostas na sequência).
A Mecânica do gaseamento - Por Robert Faurisson
O “problema das câmaras de gás” - Por Robert Faurisson
As câmaras de gás de Auschwitz parecem ser fisicamente inconcebíveis - Por Robert Faurisson
A mentira a serviço de “um bem maior” - Por Antônio Caleari
Liberdade para a narrativa da História - por Antonio Caleari