{Introdução por Mykel
Alexander: Abaixo segue integralmente o artigo (The men who whitewash Hitler, New
Statesman de 2 de novembro de 1979) de Gitta Sereny, celebrada escritora
judia da segunda metade do século XX, e que foi confrontado com cartas de três
autores revisionistas (Dr. Arthur R. Butz, Richard Verrall e Dr. Robert
Faurisson). Colocações centrais do artigo de Gitta Sereny estão marcadas em
vermelho e seguidas das contestações, escritas em azul, das mencionadas e já
publicadas cartas dos revisionistas acima citados, e, por fim, as minhas colocações estão em verde.
No final do artigo de
Gitta Sereny está a carta de Arthur R. Butz, questionando porque as mencionadas
cartas com os argumentos revisionistas não foram publicadas pelo New
Statesman, e também está o posicionamento de Bruce Page, então o editor do New
Statesman que preferiu evadir-se da própria polêmica do assunto em questão,
sem enfrentá-la em suas questões centrais.
É preciso registrar que
os argumentos revisionistas colocados abaixo incluem apenas as cartas datadas
até 1979, excluindo os estudos posteriores do próprio Robert Faurisson, bem
como os de Carlo Mattogno e como os de Germar Rudolf, os quais acumulam
evidencias e refutações em sua maioria irrefutáveis. Ver especialmente as
publicações da série Holocaust Handbooks: https://holocausthandbooks.com/ }
{{Para ler a carta nº 1 ver: Cartas {questionando a veracidade do alegado Holocausto} ao ‘New Statesman’ (que nunca foram publicadas) - parte 1 - por Dr. Arthur R. Butz
Para ler a carta nº 2 ver: Cartas {questionando a veracidade do alegado Holocausto} ao ‘New Statesman’ (que nunca foram publicadas) - parte 2 - por Richard Verrall
Para ler a carta nº 3 ver: Cartas {questionando a veracidade do alegado Holocausto} ao ‘New Statesman’ (que nunca foram publicadas) – parte 3 – por Robert Faurisson
Para ler a carta adicional de Richard Verrall ver: Carta para o New Statesman a partir do editor do Spearhead - Por Richard Verrall}
__________________________________________________________________________________
Gitta Sereny |
Academicamente
não-noticiado, a direita pseudo-intelectual está criando um submundo de
história contemporânea. Sua reivindicação, prensada com massa fresca de
‘evidência,’ é a negação da guerra nazista contra os judeus: nós, como outros
recebemos numerosas cartas de falsos e escarniados eruditos, como esta (abaixo)
de Richard Verrall, do {então partido inglês} National Front. Aqui Gitta Sereny
demoli os apologistas nazistas, juntos com a frivolidade comercial a qual
fornece as oportunidades deles.
Há um grau de indecência em entreter um diálogo com
indivíduos tais como Richard Verrall e aqueles de sua persuasão. Não obstante
ele é necessário. Nós podemos desprezá-los, mas somente sob nosso perigo nós os
escarneamos ou os subestimamos, pois o melhor – ou pior – deles nem carece de
inteligência nem de recursos. De acordo com o fazendeiro e, em meio-período,
editor Robin Beauclerc (um dos originais apoiadores do National Front), cuja
editora ativamente ocupada produziu não somente o obnóxio panfleto Did Six
Million Really Die?, de Verral, mas também o livro de A. R. Butz The
Hoax of the Twentieth Century, quase um milhão de cópias do panfleto tem
sido distribuído em 40 países. Eu mesmo os tenho visto, bem como o livro de
Butz, nas escolas, universidades e bibliotecas na Europa Ocidental bem como nos
Estados Unidos. Notoriamente ambos têm chegado na Austrália.
Pessoas que se consideram elas mesmas geralmente
bem-informadas dizem: ‘Mas por que seguir com este ridículo argumento? Se há
qualquer coise que nós sabemos, certamente, bom Deus, nós sabemos sobre os
horríveis campos e os seis milhões?’ Não é somente a geração da Segunda Guerra
Mundial: uma jovem pessoa inteligente, relanceando no material sobre minha
escrivaninha, também disse: ‘Mas POR QUE o dá o NEW STATESMAN espaço? POR QUE
levá-lo seriamente? Por que desperdiçar precioso tempo e espaço em refutar
mentiras óbvias?’
Tempo e espaço são, de fato, preciosos, e nem escritores
e nem editores devem gastá-los totalmente. Há duas razões de peso porque alguém
deve buscar estes debates com os Verralls, os Irvings, os Butzes e iguais.
O primeiro é que eles são por nenhum meio motivados por
quaisquer preocupações ética ou intelectual com a verdade histórica, mas ao
invés, por direcionamentos políticos precisos para o futuro. Conforme todos
filósofos políticos têm necessitado de seus precursores, e partidos de seus
profetas, assim eles requerem um modelo, um herói, e esse é, naturalmente,
Hitler, quem eles necessitam para servir nesse modelo. Mas, por causa que as
pessoas em geral são mais boas do que más, deve ser um Hitler mostrado ter sido
não somente poderoso, mas moral.
Não importa que ele tem criado um estado policial –
justificativa que pode ser remendada em seus cascalhos por alguma coisa a qual
os outros têm também feito. Não importa que ele se apropriou de terras e povos
vizinhos. Justificativas ideológicas e demográficas podem ser idealmente
aparelhadas. E não importa que ele
provocou e lutou uma guerra amarga, a qual custou a vida de milhões. Guerras
têm sempre sido lutadas, elas têm sempre custado também muitas vidas, e têm
sempre sido ‘justificadas’. Nenhuma destas coisas, nem mesmo a implacabilidade
com a qual ele primeiro buscou estas apontadas direções, detratam a adequação
de Hitler para ser um herói que eles procuram e necessitam.
Há somente uma coisa pela qual não havia razão de guerra;
nenhum precedente; nenhuma justificativa. Uma coisa do puro mal, e isto eles
não podem se permitir aceitar: as câmaras de gás assassinas na Polônia ocupada,
a tentativa de exterminar os judeus.
O tempo e novamente suas diatribes – aqui novamente nas
cartas de Verral – indiferente da montanha de evidência, indiferente das
testemunhas vivas, eles harpeiam em sua reivindicação obsessiva: não houve
holocausto; não havia câmaras de gás, não
falar disso. E, naturalmente, eles retornam para sua polêmica sobre o número de
seis milhões, com o qual eles realizam degradantes
acrobacias mentais.
{Sobre
as câmaras de gás e as degradantes
acrobacias mentais o Dr. Robert Faurisson observou que:
Certamente a perseguição existiu; mas não
houve “extermínio,” “genocídio” ou “Holocausto.”
Gitta Sereny é incapaz de oferecer um
único item de evidência em contrário.
O próprio Tribunal Internacional de
Nuremberg nos deu um modelo dessa indiferença à verdade. Aqui estão alguns
trechos de seus estatutos:
Artigo 19: “O Tribunal não será vinculado
por normas técnicas de evidência (...)”
Artigo 21: “O Tribunal não exigirá a
prova dos fatos do conhecimento comum, mas deverá tomar conhecimento judicial
deles (...)”
O Zyklon B é ácido cianídrico; ainda
usado na França para desinfetar navios. Ele adere fortemente às superfícies.
Para entrar em um local que foi desinfetado com ele, é preciso esperar cerca de
24 horas por aeração natural (não ventilação). Agora, aqui está a minha
questão: Como os membros do “Sonderkommando” {supostos prisioneiros
encarregados de operarem as alegadas “câmaras de gás”} puderam entrar na letal
“câmara de gás” imediatamente após a morte das vítimas, e enquanto comiam e
bebiam; quer dizer, se eu entendi corretamente, sem mesmo a máscara de gás?
Como poderiam arrancar com as mãos nuas os milhares de cadáveres encharcados de
cianeto em uma atmosfera de ácido cianídrico? Como eles poderiam cortar cabelo,
arrancar dentes e assim por diante, quando em uma câmara de gás de prisão
americana há 40 operações que precisam ser feitas (incluindo neutralização
parcial do ácido cianídrico pela amônia) antes de entrar no cubículo com
máscaras de gás, luvas de borracha, e avental, a fim de limpar cuidadosamente o
cadáver para que o médico e seus auxiliares não sejam envenenados? Se os
alemães não tivessem se importado com a saúde dos membros do “Sonderkommando,”
{supostos prisioneiros encarregados de operarem as alegadas “câmaras de gás”}
esses homens teriam morrido no local, e assim a “câmara de gás” nunca teria
recebido seus próximos lotes de cargas de vítimas.
Em 70 horas de conversas com Franz
Stangl, a Sra. Sereny não fez nenhuma pergunta sobre os detalhes técnicos das
“câmaras de gás.” Que tipo de gás? Qual mecanismo de gaseamento? Qual processo
químico? Quantas vítimas? Como foi possível entrar imediatamente? Não há sequer
um fragmento de evidência, nem um item de prova, de que mesmo uma “câmara de
gás” existiu em Sobibor ou Treblinka. Dona Sereny nem mesmo dá as plantas reais
dos campos!
Richard
Verrall observou sobre os alegados seis milhões de
judeus que:
Primeiramente, um completamente
desaparecido seis milhões de judeus não é um “fato demográfico”. O World
Almanac de 1951 calculou a população judaica em 1939 em 16.643.120. Mas de
acordo a números publicados no New York Times por Hanson Baldwin e
baseados nas fontes da ONU, havia entre 15 e 18 milhões de judeus no mundo em
1948. Permitindo um crescimento natural, que dificilmente deixa espaço para os
seis milhões terem desaparecido completamente naqueles anos.}
*
* *
A segunda razão porque nós devemos chegar aos apertos em
ambas substância e detalhes das reivindicações neonazistas é que algumas vezes
equívocos têm sido feitos, têm sido dada imensa publicidade, e se tornado parte
da cultura do holocausto.
Sob o risco de ofensa, nós devemos corrigir e explicar estes equívocos, a fim
de que eles não possam ser explorados novamente.
Os do tipo de Verral e Butz têm mostrado um considerável
talento por misturar verdade com
mentiras, ao injetar repetidamente alguma verdade em todas mentiras, e
mentiras na verdade. Eles fazem astuto uso dos erros humanos (e do latente
preconceito). Então, eles têm sido bem-sucedidos em alguma extensão em explorar
um terrível e espantoso fato, o qual é que depois de 35 anos e bilhões de palavras,
a confusão ainda abunda no assunto do genocídio de Hitler.
Isto nunca tinha sido mostrado mais planamente que no
caso do filme de televisão americana Holocausto. Como um membro de um
painel da BBC na noite de sua transmissão, eu vocalizei apreensão e dúvidas
sobre seus erros fatuais, e tentei explicar porque estes seriam particularmente
difíceis para os alemães aceitarem. Via satélite, o produtor estava com minhas
observações. O filme foi altamente um sucesso e útil no que ele forneceu uma ligação emocional, para milhões
de pessoas, com eventos os quais muitas delas tinham rejeitado por causa que
eles eram impossíveis para visualizar. Mas, depois de muita despesa em pesquisa, Holocaust não
poderia colocar os mal-entendidos para descansar.
O argumento atual com o Sr. Verrall, por exemplo, lida
com um elemento principal nesta confusão. Ele faz muito valor do que ele chama
de ‘admissão’ pelo Instituto de História Contemporânea em Munique de que
‘...nenhuma de ais coisas (como as câmaras de gás) existiram em... Belsen,
Buchenwald e Dachau... etc etc’.
Esta então-chamada ‘admissão’ surge como um caule de uma
carta a qual o historiado Martin Broszat, agora diretor do Instituto, endereçou
em 1962 para o semanário Die Zeit. O professor Broszat lembra a carta
bem – ‘Como poderia eu esquecê-la? Publicações neonazistas e da extrema direita
têm a usado fora do contexto desde então...’
A carta foi escrita em ainda outra tentativa – muitas têm
sido feitas, por muitas pessoas – para estabelecer o registro direto. O que
Broszat estava tentando fazer, ele explica
Foi martelar em casa, uma vez mais, a persistentemente ignorada ou negada diferença entre campos de concentração e de extermínio; a distinção fundamental entre o metódico assassinato em massa de milhões de judeus nos campos de extermínio na Polônia ocupada, por um lado, e por outro, os descartes individuais dos detentos dos campos de concentração na Alemanha – não necessariamente, ou mesmo primariamente judeus – que eram não mais úteis como trabalhadores.
A maioria dos campos de concentração na Alemanha
propriamente não tinham câmaras de gás. Dachau tinha uma a qual nunca foi
usada. ‘Mathausem, Natzweiler, tinham uma. Sachsenhausen, também, eu acho,’
disse Broszat. ‘Eles os usaram frente ao fim, para substituir os tiros e
injeções em pequenos grupos de prisioneiros, os quais tinham se tornado tão
desmoralizados para a equipe.’
{Faurisson
observou sobre alegados campos de extermínio, os quais se mostraram
inexistentes como local de extermínio, mas que serviram como acusação contra os
chamados nazistas, que:
Devo eu lembrar que até 1960 deveríamos
ter milhares de provas, confissões e evidências de testemunhas oculares de que
houve assassinatos em massa em Dachau, Ravensbrück, Buchenwald e assim por
diante. Portanto, agora temos que reconhecer que os autores de tais confissões
(Suhren, Schwarzhuber, Dr. Treite ...) devem ter sido submetidos a “questionamentos
persuasivos” por parte de seus carcereiros franceses, britânicos e americanos.
Isso deve dar o que pensar, pelo menos no que são concernidas às “confissões.”
Richard Verrall sobre a mesma questão
observou que:
Enquanto pelos testemunhos dos
julgamentos, as então chamadas “testemunhas” testemunharam em Nuremberg que
câmaras de gás estavam em operação em Belsen, Buchenwald e Daschau. Quinze anos
mais tarde o Instituto de História Contemporânea em Munique admitiu que tais
coisas não existiram naqueles campos. As “câmaras de gás” tinham somente sido
usadas na Polônia. Essa revisão reduziu a nada os milhares de “testemunhos” e
“provas” de gaseamentos na Alemanha. Por que, portanto, devemos nós aceitar
“testemunhos” sobre Auschwitz ou outros campos poloneses quando testemunhos
sobre Belsen e Dachau têm provado ser menos dignos do que mentiras?
Finalmente, eu gostaria de perguntar à
Srta. Sereny, de que forma precisa a “montanha de evidências” provando que as
câmaras de gás foram operadas na Polônia difere da montanha de evidências apresentadas
em tribunais militares para provar que lá tinha havido câmaras de gás em campos
na Alemanha, onde é agora admitido que não tinha havido nenhuma?}
*
* *
Como é então que o mito do gaseamento nos campos na
Alemanha tinham sido tão universalmente aceitos, desse modo fornecendo aos
neonazistas sua mais atesourada munição (a oportunidade de refutar o que foi
nunca o caso)? A explicação é tanto simples e infinitamente complexa.
Os campos de concentração alemães, estabeleceram-se em
princípio como centros de detenção para dissidentes religiosos, criminosos,
políticos, e para desviados sexuais e judeus, eram nem então nem mais tarde primariamente
usados para o aprisionamento de judeus.
Depois de 1940, conforme a necessidade surgiu para uma
imensa força-de-trabalho para as indústrias de guerra, os pequenos campos
penais, até então usados somente para alemães, austríacos e tchecos (incluindo
judeus destes países) cresceram até gigantescas instalações com muitas centenas
de milhares de russos, poloneses e ‘indesejáveis’ a partir da Europa Ocidental
ocupada fazendo erigir uma vasta população de escravos de trabalho.
A aspereza de tratamento variava entre categorias de
prisioneiros. Os criminosos alemães estavam usualmente no topo da hierarquia do
campo. ‘Políticos’ estavam no meio, seguidos por desviados sexuais e
religiosos; com os poloneses, os russos e os judeus – nesta ordem – no fundo.
Milhões destas pessoas morreram nestes campos de-concentração-de-trabalho-forçado:
alguns – os mais divulgados – por tortura, brutalidade ou experimentos médicos
muito feios. Mas de longe a maioria deles morreram de enfermidades e
doenças.
Estes eram os campos que todos os alemães
conheciam a cerca e temiam terrivelmente. Estes foram os cadáveres
encontrados pelos exércitos Aliados horrorizados conforme eles entraram na
Alemanha. Estes fizeram as fotos e filmes que nós temos principalmente
visto. Estes esqueletos emaciados, alguns ainda de alguma maneira de pé, alguns
deitados em beliches em estupor, ainda outros pilhados pelados, tombados e
amontoados prontos para queimar – estas são as imagens que nos assombram.
Estas pessoas
morreram aos milhões, mas elas não foram ‘exterminadas’ no sentido que os
nazistas se fizeram únicos por eles mesmos. Estes campos não tinham crematórios
de fornos a gás, para o descarte dos corpos. As chaminés arrotavam fora o
cheiro da carne queimando, e os guardas, em ameaça ou escárnio, diziam aos
prisioneiros: ‘O único caminho que você irá conseguir sair daqui é através das
chaminés.’
‘Gaseamento’ tinha sido parte do vocabulário na Europa
Central, e particularmente na própria Alemanha, desde a destruição a gás pelos
nazistas de 80.000 pessoas deficientes física e mentalmente (crianças e
adultos) entre 1939 e 1941. Assim, quando prisioneiros doentes ou inativos em
sua capacidade desapareceram nos campos alemães, quando as chaminés fumegavam,
e os trabalhadores prisioneiros reportaram que aqueles faltando tinham ‘virado
gás’ – isto era entre homens e mulheres vivendo em constante e moral medo – não era difícil para ‘gasear’ se
tornar um termo geral, usado sem muita distinção.
As tropas Aliadas que entraram nos campos não tinham
ideia do que realmente era ‘gasear’. Tudo o que eles sabiam era o que eles
viram ou ouviram sobre: os esqueletos, as câmaras de gás, e centenas de
milhares de histórias e memórias agonizadas.
Como um oficial de bem-estar da UNRRA {United Nations Relief and
Rehabilitation Administration} em 1945-6, eu vi muitas destas visões, ouvi
muitas daquelas histórias, e tentei visualizar aquelas temíveis memórias.
*
* *
E então houve Auschwitz, e mais tarde Majdanek: os dois,
os únicos dois, onde os nazistas combinaram enormes instalações de
trabalho e instalações para extermínio nas proximidades. Auschwitz, por causa
que tantas muitas pessoas sobreviveram a ele, tem adicionado a maioria de nosso
conhecimento, mas também a maioria de nossa confusão como entre os dois tipos
de campos. O que exatamente era Auschwitz, o qual tem se tornado para muitas
pessoas a palavra-chave para
o inteiro horror nazistas?
Era, acima de tudo, ao redor de 1943 o maior dos campos
de trabalho forçado que os nazistas tinham, com uma população de 100.000
trabalhadores que eram tratados piores que animais, e cuja expectativa de vida
variava entre dez dias – se eles eram judeus ou russos – e umas poucas semanas
ou meses. Até a primavera de 1942 ele era apenas um pequeno campo de trabalho,
com somente a maioria das instalações de gaseamento rudimentares. Então, a I.
G. Farben começou a construir uma fábrica de combustível e borracha sintética –
a ‘Bunawerke’ – sobre as marchas adjacentes, e números ainda maiores de
trabalhadores-escravos foram aí arrastados, para construí-la e operá-la.
Foi
sob a cobertura da construção de Bunawerke que os nazistas fizeram os escravos
construírem as câmaras de gás em Birkenau, em uma área arborizada a três milhas
do campo principal, chamada Campo II. Foi aqui que, principalmente em 1943, os
‘selecionados’ – a maioria judeus, e alguns russos – foram trazidos das
adjacências das ferrovias várias milhas afora, e do principal campo. Também do
campo I, unicamente, vieram milhares de doentes e débeis: não, por alguma razão
misteriosa, morrer de uma vez, mas para serem mantidos em totalíssima sórdida
imundície, virtualmente sem rações, até eles finalmente escorregarem fora.
Pelo outono de 1944, cerca de mais de 700.000 judeus
tinham morrido nas câmaras de gás em Birkenau (Campo II), e 20.000
russos tinham sido mortos, mas não gaseados (este método era reservado para os judeus). E ao redor do tempo da libertação, mais
146.200 judeus e vários centenas de milhares outros tinham morrido de
sobrecarga no trabalho e por doença no Campo I.
Richard Verrall, ativamente ocupado com seu vil jogo de números, assevera que as confissões de
Rudolf Höss, comandante de Auschwitz, foram obtidas ‘sob tortura’ na Polônia,
eram ‘sem sentido’ e são assim ‘prova positiva’ de uma fraude.
{Além
das já acima citadas cifras (World Almanac de 1951 e New York Times
referente a 1948) contra o que Sereny chama de vil jogo
de números de Richard Verrall, o próprio Richard Verrall mostra donde
vem o jogo de números:
Essencialmente, o que a Srta. Sereny
tinha sido forçada a fazer, sob o impacto do Revisionismo, foi estreitar o
suposto programa de extermínio a apenas quatro campos em Chelmno, Belzec,
Sobibor e Treblinka; campos os quais já não existem e para os quais as provas
documentais de gaseamentos são fornecidas apenas pela notória Declaração de
Gerstein. Este documento, o qual contradiz a própria tese da Srta. Sereny ao
afirmar que Auschwitz foi o pior dos campos de extermínio, contém absurdos e
impossíveis coisas sem sentido, tais como que os nazistas gasearam 25 milhões
de pessoas e que 700-800 vítimas foram amontoadas em câmaras de gás de 25
metros quadrados (nesse caso, eles teriam morrido de asfixia primeiro). Ele
também descreve uma visita de Hitler a um campo de extermínio que até
Reitlinger admite nunca ter ocorrido.}
O que quer que possa ser dito sobre Höss, seu papel e
suas posteriores pretensões maníacas, o que realmente conte é que suas
declarações para o psiquiatra americano Dr. G. M. Gilbert em Nuremberg foram feitas
antes que ele fora entregue para a Polônia, e o que ele disse em
Nuremberg quase exatamente o que ele disse na Polônia – incluindo duas
conjuntos de estimativas para os mortos em Auschwitz. O segundo número ele
citou cada vez, um total de cerca de 1.3 milhões de mortos, chega muito próximo
das estimativas mais cuidadosas de Gerald Reitlinger de 700.000 judeus gaseados
no Campo II, e 500.000 prisioneiros (incluindo 146.000 judeus) mortos de
exaustão e doença no campo I.1
Mas isto é em um sentido o ponto porque Verrall e Butz,
enquanto tentando desacreditar Höss, citam ele sempre que eles esperam fazer um
ponto. Conforme eles totalmente negam a existência de outros campos de
extermínio na Polônia ocupada, Auschwitz é alguma coisa de viga nos olhos deles.
Mas é importante para aqueles de nós interessados na verdade relembrar
Auschwitz, a despeito de seu emblemático nome, foi não primariamente um
campo de extermínio para judeus e não é o caso central através do qual nós
estudamos a política de extermínio.
{Além
das já citadas colocações do Dr. Robert Faurisson, Richard Verrall observou
sobre os alegados extermínios que:
Os “ainda campos e crematórios”
remanescentes em pé provam nada de qualquer maneira. Há uma vasta quantidade de
documentação sobre a construção crematório para o propósito de descarte dos
mortos em maneira normal, especialmente aqueles que morreram na epidemia de
tifo, mas não há uma única ordem, voz interna, plano ou plantas para uma
“câmara de gás.” Nem tem qualquer tal dispositivo sido mostrado existir.
A senhorita Sereny faz um esforço
malsucedido para contestar minha afirmação de que não existe nenhum pedido,
fatura, plano ou projeto para uma câmara de gás. O que eu queria era uma prova
de construção. Não é notável que, embora há milhares de documentos relativos à
construção de crematórios, incluindo faturas precisas quase até o último
Pfennig, não se possa encontrar um único pedido para construção, ou um plano ou
uma fatura ou uma fotografia de uma câmara de gás? Não é grandemente
surpreendente que não saibamos nada dessas câmaras de gás, tais armas tão
prodigiosas de assassinato, que o testemunho sobre elas seja tão louca e
selvagemente contraditório e que não tenham sido objeto dos mais escrupulosos
exames arqueológicos e científicos?}
*
* *
Os primeiros assassinatos em massa ocorreram enquanto
Auschwitz era ainda um campo de trabalho penal: eles seguiram a ‘Ordem
Comissária” de março e julho de 1941, a qual comandou a liquidação dos
comissários políticos soviéticos, ciganos, inferiores raciais, ‘não-sociais’ e
judeus. Estes assassinatos – e nenhum dos neonazistas – tem muito a dizer sobre
eles – foram apresentados como operações paramilitares. As centenas de milhares
de homens, mulheres e crianças peladas que foram alvejadas nas beiradas das
covas coletivas foram descritas, mesmo pelos seus assassinos, os Einsatzgruppen,
como ‘partidários’ e ‘bandidos.’
Mas as ações dos Einsatzgruppen mostraram aos
nazistas que este método pseudomilitar poderia funcionar para grandes massas de
judeus ainda a serem lidadas. Conforme nós conhecemos de centenas de
declarações das testemunhas alemães nos julgamentos dos Einsatzgruppen
na Alemanha Ocidental, os assassinatos colocaram uma intolerável tensão de
esforço no pessoal – a despeito das fontes liberais de álcool e sexo – e
provocou protestos da Wehrmacht {Exército Alemão}.
Contudo, os nazistas tinham uma solução testada em mãos.
Das 80.000 pessoas indesejáveis mortas no ‘Programa de Eutanásia,’ algumas (mas
somente pequenas crianças) tinham sido mortas por injeções em alas de hospitais
especiais. A maioria tinha morrido em câmaras de gás em Institutos de
Eutanásia. Mais de 400 homens e mulheres – polícia, equipe administrativa e
médica, sob a direta autoridade do Führer-Chancelaria, no departamento T-4 –
tinham feito estes assassinatos.
Aqui havia uma técnica, e uma equipe para operar. Os
‘especialistas’ que tinham sido preparados para matar os desamparados alemães e
austríacos poderiam seguramente serem confiados para a chacina de milhões de
judeus e milhares de ciganos: erradicando, conforme Hitler colocou, ‘o bacilo
no corpo político da raça alemã.’
O Sr. Verrall reclama que entre a vasta documentação
remanescente ‘não há uma única encomenda... etc para uma “câmara de gás”’.
Tipicamente, as diatribes neonazistas reivindicam que não há registro de vastos
arranjos de transportes os quais teriam sido requiridos para levar a frente um
programa de extermínio.
Poucos daqueles que leem este entulho {rubbish, no
original em inglês} têm uma oportunidade para examinar os próprios registros.
Mas qualquer um que tem realmente trabalhado nos arquivos é familiar com
centenas de sinais de ferrovias os quais sobrevivem, descrevendo com horrível
monotonia o destino e conteúdo dos trens para Sobibor e Treblinka. E todos os
pesquisadores são somente tão familiares com os incontáveis documentos,
‘encomendas, vozes, planos,’ e, de fato, ‘plantas estruturais’ concernindo
precisamente a construção das câmaras de gás.
Um dos documentos (N.O. 365),
o primeiro dos que eu conheço concernindo os campos de gaseamento e
significantemente ligando-os ao T-4) é datado em 25 de outubro de 1941, e
afirma que ‘Viktor Brack (Chefe da Seção II do T-4) está pronto para colaborar
na instalação das construções necessárias e maquinário de asseamento...’ A
longa carta, a qual concerne os campos a serem erigidos em Riga e Minsk, é
bastante explícita no uso do equipamento que é para ser colocado.
{Faurisson
observou que em relação ao documento (N.O. 365):
Ela menciona o documento NO-365 de
Nuremberg, mas este “documento” nem mesmo está assinado e, portanto, não tem
valor como evidência. }
Assim entre dezembro de 1941 e abril de 1942 noventa e
seis dos homens do T-4 de Brack estavam postados na Polônia Ocupada e a ‘Aktion
Reinhard’ (nomeado após Reinhard Heydrich, morto na Tchecoslováquia). Eles
foram assinalados para os quatro especializados campos de extermínio, os quais
eram Chelmno, Belzec, Sobibor e Treblinka. Estes tinham sido construídos sob o
comando do chefe da SS em Lublin, Odilo Globocnik.
*
* *
Estes não eram campos de concentração ou de trabalho. As
instalações forneciam hospedagem para apenas uns poucos alemães da Waffen-SS,
menos que 100 supervisores bálticos ou ucranianos da SS, e um grupo
constantemente em mudança de entre 300 e 1000 ‘judeus-de-trabalho’. Embora
milhões chegassem, nenhum mais viveu muito o suficiente para comer, lavar ou
dormir. Estas eram plantas-estruturais planejadas meticulosamente para matar.
As estimativas oficiais polonesas (as quais provavelmente erram sobre o lado conservador)
são que 2 milhões de judeus e 52.000 ciganos, no mínimo um terço deles sendo
crianças, foram mortos nestas quatro instalações entre dezembro de 1941 e
outubro de 1943. De todos aqueles que os alcançaram, oitenta e dois
sobreviveram.
Eu sou capaz de carregar algumas testemunhas destes
eventos. Meu conhecimento vem da pesquisa que eu fiz para meu livro Into
That Darkness,2 a estória de Franz
Stangl, comandante de Treblinka. Eu conversei com Stangl por semanas na prisão;
eu conversei com outros que trabalharam sob ele, e com as famílias deles. Eu
conversei com pessoas que, de outra forma não envolvida, testemunharam estes
eventos na Polônia. E eu conversei com uns poucos daqueles próprios que
sobreviveram.
Butz reivindica em seu Hoax {of the Twentieth
Century} que aquelas (centenas) que admitiram tomar parte no extermínio
estavam fazendo como um arranjo {plea-bargaining, no orginal em inglês} a
fim de obter sentenças mais leves. Mas aqueles que eu conversei tinham sido
julgados. Muitos tinham cumprido suas sentenças, e nenhum deles tinha qualquer
coisa a ganhar – exceto vergonha – pelo que eles disseram-me. O próprio Stangl
queria somente conversar, e então morrer. E Stangl está morto. Mas se Verrall,
Butz & Co estavam realmente interessados na verdade, a esposa de Stangl, e
muitas outras testemunhas são ainda capazes de testemunhar.
{Arthur
Butz observou que:
Em um “julgamento,” alguma coisa
específica é para ser julgada, ou seja, o tribunal deve começar tratando essa
coisa como uma questão em aberto.
A alegação de “extermínio” nunca tem
estado em questão em nenhum sentido prático em nenhum dos julgamentos
relevantes e, em alguns, não tem sido aberta à questão em um sentido jurídico
formal. A questão sempre foi somente responsabilidade pessoal em um contexto no
qual a alegação de extermínio era inquestionável. Assim, as “confissões” dos
alemães, que em todos os casos buscavam negar ou mitigar a responsabilidade
pessoal, eram meramente somente defesas que eles podiam apresentar em suas
circunstâncias.
Robert
Faurisson observou que:
Considerando as torturas sistematicamente
infligidas aos soldados e oficiais alemães pelos Aliados, deve-se ler o livro
de Sir Reginald Paget, Manstein: His Campaign & His Trial (Collins,
1951). Na página 109, descobre-se que a Comissão de Inquérito Simpson (EUA)
“relatou, entre outras coisas, que dos 139 casos que eles tinham investigado,
137 tiveram seus testículos destruídos permanentemente por chutes recebidos da
Equipe de Investigação de Crimes de Guerra dos Estados Unidos.”}
Os campos ‘Aktion Reinhard’ existiram para um propósito
somente, totalmente não-conectado com qualquer requerimento da guerra, e eles
foram totalmente erradicados quando o propósito deles foi servido. Os edifícios
foram colocados abaixo, e árvores foram plantadas na terra a qual tinha se
tornado tão rica. Trinta e cinco anos mais tarde elas têm crescido em altura. Uma
carta de Globocnik para Himmler sobrevive, datada de Trieste em 5 de janeiro de
1944 e cuidadosamente contem:
Por razões de rigorosa vigilância uma pequena fazenda tem sido construída no local de cada dos (anteriores) campos, para serem ocupados por um fazendeiro a quem uma anuidade deve ser assegurada a fim de encorajá-lo manter a fazenda...
Em sua própria carta de comenda para Globocnik, datada de
30 de novembro de 1943, Himmler usou seu nome carinhoso para Globocnik:
Querido Globus,
Eu confirmo sua carta de 4.11.43 e seu reporte sobre a conclusão da Aktion Reinhardt (sic)... Eu quero expressar para você minha gratidão e apreço pelos grandes e únicos serviços que você tem rendido ao povo alemão como um todo ao tocar adiante a Aktion Reinhardt.
Heil Hitler!
Cordialmente, H.H.
{Faurisson
observou que:
Ela prossegue mencionando a “Aktion
Reinhardt,” mas, novamente, isso não implica qualquer assassinato em massa;
refere-se meramente ao confisco da propriedade dos judeus deportados.}
*
* *
Aqui então está a verdade para aqueles que desejam
conhecimento. Dentro de um terrível universo de opressão e morte – conhecido
para nós através de palavras como Belsen, Natthausen, Dachau – houve outro
universo, de chacina metodicamente louca de um tipo sem precedentes – os nomes
de lugares sendo Chelmno, Belzec, Sobibor e Treblinka. Auschwitz, o mais
citado, era um complexo, exemplo transitório. Há razões porque os piore nomes
são menos citados: um, complexo em suas raízes, é que o Terceiro Reich tentou
apresentar sua (marginalmente) menos feíssima face frente ao Ocidente, e os
exércitos ocidentais nunca alcançaram o território dos campos da morte. E os
bem-dirigidos campos de extermínio deixaram poucos sobreviventes para dizer a
estória deles.
A situação, portanto, apresenta algumas possibilidades
para confusão para pseudo-historiadores e apologistas neonazistas. E eles são
assistidos ainda mais pelo fato que eventos de tais magnitudes emprestam-se
eles próprios para ‘uso’ dramático, são, portanto, usados, e não-infrequentemente
mal-usados. Por sua vez, Verralls e Butzes podem alegar que tais mal-usos são
parte de uma conspiração ‘sionista.’
É vital para eles acreditar que qualquer um que está
envolvido com esta questão deve ser judeu, e, portanto, inconfiável. Isto, para
começar, é sem sentido: (a) muitas das autoridades líderes sobre o Terceiro
Reich não são judaicas, e (b) muitas daquelas que são, são tão abjetas como
qualquer um pode ser. (Em seus derramamentos de antissemitismo, esses
indivíduos nunca se referem aos ‘judeu,’ mas quase invariavelmente ais
‘sionistas.’ Eles sabem que 35 anos depois de Hitler muitas pessoas não irão
aceitar o ataque sobre os ‘judeus,’ mas muitos serem persuadidas pelo mais
‘político’ rótulo ‘sionista’. Naturalmente, muitos judeus não são sionistas.)
Mas é verdadeiro que, junto com muitos autênticos
trabalhos, tem havido muitos livros ou filmes os quais eram somente
parcialmente verdadeiros, ou mesmo eram parcialmente não-legítimos {faked,
no original em inglês}. E infelizmente, mesmo historiadores de reputação
frequentemente falham em seu dever de cuidado. Por exemplo, Martin Gilbert
(biógrafo de Churchill) oferece em Final Journey3
que é em muitas maneiras um admiravelmente apresentado resumo do que aconteceu
aos judeus europeus.
Mas ao citar supostas ‘testemunhas oculares’ que, de
fato, estão repetindo boatos, Gilbert perpetua erros os quais – por causa que
eles são tão facilmente desfeitos em suas provas – fornecem as oportunidades
dos revisionistas. Por exemplo, de seu capítulo The Treblinka Deathcamp:
nenhum dos ‘nazistas no campo... viveram no campo juntos’ com suas famílias; o
SS Hauptsturmführer von Eupen nunca foi comandante em Treblinka, mas do campo
de treinamento Trawniki nas proximidades; o ‘choro’ das vítimas e lágrimas
derramadas das crianças’ não podem ser ouvidos nos vilarejos das
vizinhanças, pois com boa razão os assassinos asseguraram que não havia
vilarejos dentro de milhas; e os alemães não trouxeram ‘os mais famosos
músicos no mundo do gueto de Varsóvia’ para ‘tocar quando os transportes
chegavam.’ Havia tais orquestras, por exemplo em Auschwitz, as quais
tocaram quando os trabalhadores escravos marchavam para e do trabalho. Mas não
havia necessidade para tais coisas em qualquer puro campo de extermínio.
Hitler’s War de David Irving cai dentro da
categoria de ‘parcialmente verdadeiro’. Ele tinha algum material historicamente
interessante, mas vendido (admiravelmente) tanto aqui {Inglaterra} e além dos
mares por causa da espúria e audaciosamente colocada reivindicação de que o
próprio Hitler estava em grande parte inconsciente da ‘Solução Final.’ Tais
livros fazem melhor do que, por exemplo, a {obra} sócio-história acadêmica Accounting
for Genocide,4 de Helen Fein, que é
seguramente essencial para quaisquer pesquisadores sérios. Mas esta é uma área
na qual entulhos {rubbish, em inglês} comercialmente motivados podem ter
terríveis consequências de longo prazo.
Relatos ‘pessoais’ tais como o recentemente publicado Dora,5 pesadamente divulgados por publicidade
no Guardian não são entulhos {rubbish, no original em inglês} em si
mesmos. Jean Michel, absolutamente sem dúvida, foi um trabalhador no terrível
campo de escravos nas Montanhas Harz onde as armas-V foram construídas. O
problema com livros como este é que eles são ‘assombrados’ por ferreiros
profissionais – os franceses são especialmente adeptos – que têm nem interesse
e nem capacidade para transportar em conteúdo a verdade com coibição. É menos o
exagero do que a falsa ênfase e humor barato os quais os desqualificam.
* * *
Pior novamente são as parciais ou completas não-legitimidades,
tais como Treblinka6 de Jean
Francois Steiner ou For Those I Loved7.
O livro de Steiner sobre a superfície parece mesmo certo: ele é um homem de
talento e convicção, e é difícil saber como ele poderia ir tão errado. Mas o
que ele finalmente produziu foi uma mixórdia de verdade e falsidade, lançando
libelo tanto nos mortos como nos vivos. O livro original francês teve de ser
retirado e relançado com todos nomes mudados. Mas ele reteve seu formato de
conversas imaginadas e reações – ou seja, pura ficção – incrivelmente
remanescendo, todavia, em bibliografias sérias.
For Those I Loved de Gray foi o trabalho
de Max Gallo o escritor fantasma, que também produziu Papillon. Durante
a pesquisa para um inquérito do Sunday Times sobre o trabalho de Gray,
M. Gallo informou-me friamente que ele ‘necessitava’ um longo capítulo sobre
Treblinka porque o livro requeria alguma coisa forte para puxar nos leitores.
Quando eu mesma disse a Gray, o ‘autor,’ que ele tinha manifestadamente nuca
estado, nem escapado de Treblinka, ele finalmente pediu-me, desesperadamente: ‘Mas
faz importância?’ Não foi a coisa somente que Treblinka aconteceu, que
ele deveria ser escrito sobre, e que alguns judeus deveriam ser
mostrados terem sido heroicos?
Ele ocorreu, e, de fato, muitos judeus foram heróis. Mas
a não-verdade sempre importa, e não apenas porque é desnecessário mentir quando
tão grande terrível verdade está disponível. Toda falsificação, todo erro, todo
o escorregadio trabalho de reescrita é uma vantagem para os neonazistas.
Uma outra coisa assiste os revisionistas: muitos judeus,
incluindo sobreviventes do Gueto de Varsóvia e Treblinla, estão indispostos a
trazer testemunhas e expor pessoas como Gray pelo o que eles são.
Compreensivelmente, eles não desejam trazer de volta suas temíveis experiências
para suas vidas que eles têm reconstruído. Tragicamente eles temem
antissemitismo renovado.
* * *
Retornar à Grã-Bretanha, agora tristemente o bastante um
tipo de centro neonazista: quem são as ‘figuras públicas e crescente número de
acadêmicos’ que Richard Verrall cita (NS {New Statesman, cartas, 21
setembro} como se movendo rumo a sua posição? Eu penso que a absurda e tola
reivindicação de David Irving tem sido adequadamente lidada no Sunday Times,
e ele ao menos não nega que os assassinatos ocorreram.
O jurista australiano John Bennett tem sido lidado
adequadamente por Ken Buckley (NS {New Statesman 5 outubro} e pode ser
deixado para seus companheiros australianos. Robert Faurisson, um professor associado
de Literatura em Lion, autor de alguns leves guias literários (As t’on lu Rimbaud
etc) é certamente um estudo: eu tive uma longa conversação por telefone com
ele recentemente na qual ele buscou um encontro urgente comigo, sobre as bases
que a ‘arte talentosa’ de meu livro Into that Darkness tinha produzido ‘a
prova final de que as câmaras de gás nunca existiram.’ O mecanismo de
pensamento de opiniões contrárias {double-think no original em inglês} é
admitidamente fascinante.
A principal autoridade para Verrall é Paul Rassinier, cujo trabalho tem sido bem-descrito por Raul Hilberg como ‘uma mistura de erro, fantasia e fabricação.’ Rassinier, agora morto, foi um historiador e foi naquele então um interno em Buchenwald {campo de concentração}. Mas nem aqueles fatos o colocam necessariamente no lado dos anjos: quando ele processou por difamação escritores que tinham dito que ele tinha feito causa comum com neonazistas, a alegação foi encontrada provada.
{Observo
eu, Mykel Alexander, que é bem emblemática a marca de dicotomia “bem x mal”
na expressão “no lado dos anjos”, usada por
Gitta Sereny, bem como existente também tal dicotomia na historiografia do
alegado Holocausto e sobre os judeus como um todo, sobre a pessoa de Adolf
Hitler e sobre seu regime político, em que “no lado dos
anjos” estão os judeus e os filojudeus, enquanto no lado do mau são
situados Adolf Hitler, os chamados nazistas e filonazistas. Em análise
histórica isso se configura em pressão constante para evitar apurações que
evidenciem qualquer acerto ou bem-feitoria por parte de Hitler e mesmo de
judeus que mantinham relações diplomáticas de benefício recíproco com o regime
de Hitler, tal como ocorrera no acordo entre o governo e Hitler e os judeus
para conseguirem um território para os judeus (projeto denominado Acordo
Haavara). O próprio fato da existência de tal acordo, e de sua persistente e
geral omissão para com o público geral, mostra o cuidado dos antirrevisionistas
para se evitar que se conheça fatos que evidenciem a flexibilidade e
boa-vontade de Hitler em muitas situações que assim era necessária tal
postura.}
E o respeitado ‘historiador alemão Helmut Diwald’ é, de
fato, apenas isto. Seu campo, contudo, é o período de Carlos Magno à
Wallenstein (Guerra dos Trinta Anos), e quando seu Geschichte der Deutschen (História
dos Alemães) apareceu no início deste ano, seu capítulo sobre o Terceiro Reich
foi quase universalmente achado ser defeituoso e incompleto. Os publicadores
retiraram o livro: emitindo juntamente com Diwald uma apologia e uma nova
edição iria lidar ‘inequivocadamente... com a perseguição e assassinato dos
judeus no Terceiro Reich.’
Finalmente, A. R. Butz, que é um professor associado de engenharia
na Northwestern University, Illinois. Seu Hoax of the Twentie Century faz,
como Hugh Trevor-Rop ‘um grande desfile de academicismo {scholarship no
original em inglês} (mas)... a maioria do livro é irrelevante, e a questão
central é evadida.’ A admirável resposta da Northwestern foi iniciar, no ano que
a tirada de Butz alcançou os EUA, primeiro um curso e então um curso de verão
de seu próprio campus, lidando com os fatos do holocausto. Sempre a réplica
apropriada para estes desonrados homens começa com conhecimento.
{Sobre
as críticas que acima Gitta Sereny faz às credenciais dos pesquisadores
revisionistas, Richard Verrall observou que:
Eu não fiquei impressionado com a
tentativa da srta. Sereny de rejeitar a posição acadêmica dos Revisionistas,
enfatizando que Faurrison é um professor de literatura francesa, Butz um
professor de engenharia e que Diwald, embora um historiador, é um medievalista.
Devo eu ressaltar que nenhum dos então chamados especialistas em Holocausto é
historiador. {o judeu} Reitlinger é especialista em arte e {o judeu} Hilberg é
sociólogo.
Acrescento
eu mesmo, Mykel Alexander, que a própria Gitta Sereny não possui, ela própria,
a formação acadêmica de historiadora, pese todas as festividades e premiações
que foram concedidas a ela (ver Gitta Sereny obituary, The Guardian, 19
de junho de 2012. https://www.theguardian.com/books/2012/jun/19/gitta-sereny
}.
___________________________________________________________________________________
Adendo
17 de janeiro de 1980
Caro senhor:
Estou
escrevendo para lhe perguntar por que você não tem publicado nenhuma das cartas
que você recebeu de pessoas cujas opiniões foram reprovadas e deturpadas no
extenso artigo de Gitta Sereny de 2 de novembro de 1979.
A
honestidade intelectual, bem como a decência normal, requer que você conceda a
essas pessoas o direito de resposta. A recusa em conceder esse direito
constitui jornalismo desonroso, ou mais especificamente covarde.
Sinceramente
Dr. Arthur R. Butz
___________________________________________________________________________________
24 de janeiro de 1980
Caro Butz,
Cartas
de Verrall e de outros simpatizantes seus não foram publicadas pelo New
Statesman porque, em minha opinião, eles, como você, há algum tempo se
excluíram das decências do debate intelectual. Não faria mais sentido entrar no
debate intelectual com você do que faria com Goebbels.
Com os melhores
cumprimentos,
Bruce Page
editor
New
Statesman
Fonte:
Fonte: Letters to the “New Statesman”, por Richard Verrall, The Journal
of Historical Review, inverno de 1982 (Vol. 1, nº 2), página 153.
http://www.ihr.org/jhr/v01/v01p153_Butz.html
___________________________________________________________________________________
Tradução
e palavras entre chaves por Mykel Alexander
1 Nota de Gitta Sereny: Gerald Reitlinger, The Final Solution, Vallentine Mitchell.
2 Nota de Gitta Sereny: André Deutsh/Picador, £1.50.
3 Nota de Gitta Sereny: George Allen & Unwin. £7.95.
4 Nota de Gitta Sereny: Collier-Macmillian, London.
5 Nota de Gitta Sereny: Weidenfeld & Nicolson, £8.50.
6 Nota de Gitta Sereny: Weidenfeld & Nicolson/Corgi.
7 Nota de Gitta Sereny: Bodley Head.
Fonte: Gitta Sereny, The men who whitewash Hitler, New
Statesman de 2 de novembro de 1979.
Para a edição deste texto
foi usada também a edição, que sofreu alterações, presente em: Gitta Sereny, The
German Trauma: Experiences and Reflections 1938-2001, Penguin Books, Londres,
2001. Capítulo The men
who whitewash Hitler.
Sobre a autora: Gitta
Sereny (1921-2012) foi uma ativista e escritora judia que teve em seus livros
uma relativamente grande popularidade no Ocidente do pós-Segunda Guerra
Mundial, e sua própria pessoa também gozou de popularidade sobre biografias e
controvérsias relativas ao regime da Alemanha de Hitler e ao alegado
Holocausto. Após a Segunda Guerra Mundial, ela trabalhou para a Administração
de Socorro e Reabilitação das Nações Unidas {United Nations Relief and
Rehabilitation Administration, ou UNRRA} com refugiados na Alemanha ocupada
pelos Aliados. Também compareceu aos Julgamentos de Nürnberg por quatro dias em
1945. Sereny adentrou em contendas contra o trabalho do pesquisador David Irving.
___________________________________________________________________________________
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