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Kevin MacDonald |
Parte disso foi postado
originalmente em 2014, mas continua relevante, com algumas
atualizações/elaborações, conforme observado.
Philip
Giraldi tem uma bela coluna sobre o poder contínuo dos neoconservadores,
particularmente na situação da Ucrânia (“Diplomacia é uma palavra de quatro
letras”).
O vitríolo descarregado
na Rússia desde a ascensão de Vladimir Putin e, mais recentemente,
ridicularizando quase todos os aspectos dos Jogos Olímpicos é muito surpreendente.
…
A pressão sustentada
sobre a Ucrânia em vários meses passados também foi notável e, em outras
circunstâncias, seria difícil de explicar, mas pelo fato de que ela e a Rússia
são essencialmente duas metades de uma política que está sendo orquestrada pelo
mesmo grupo de neoconservadores, alguns dos quais agora, fortuitamente,
aderiram ao partido no poder na Casa Branca, que são os democratas. Foi
bastante fácil fazer isso, já que muitos neoconservadores são basicamente
democratas liberais se excluirmos suas visões agressivas de política externa.
Certo.
Os neoconservadores são muitas vezes associados apenas aos republicanos, mas
historicamente os neoconservadores tinham tido uma posição forte no Partido
Democrata e puxaram os republicanos para a esquerda em questões vitais como a
imigração. De fato, uma vertente muito importante veio dos seguidores
trotskistas de extrema esquerda de Max Shachtman, um líder trabalhista judeu que,
na época de sua morte, tinha feito grandes incursões no Partido Democrata e
cujo legado ainda está conosco hoje.
O movimento trotskista
tinha um ambiente judaico quando Shachtman atraiu jovens discípulos judeus – o
familiar modelo de rabino/discípulo dos movimentos intelectuais judaicos. … Ele
se tornou o guru rabínico por excelência – o líder de um grupo próximo e
psicologicamente intenso. …
“No final da década de
1950, ele se mudou para o a principal corrente da social-democracia dos EUA”
com uma estratégia de expulsar as grandes empresas e os sulistas brancos do
Partido Democrata (o inverso da “estratégia sulista” de Nixon para o Partido
Republicano). Na década de 1960, “ele sugeriu mais abertamente do que nunca que
o poder dos EUA poderia ser usado para promover a democracia no terceiro mundo”
– uma visão que o alinha com os neoconservadores posteriores. …
Em 1972, pouco antes de
sua morte, Shachtman, “como um anticomunista aberto e defensor tanto da Guerra
do Vietnã quanto do sionismo”, apoiou o senador Henry Jackson nas primárias
presidenciais democratas. Jackson era um forte defensor de Israel (veja
abaixo), e a essa altura o apoio a Israel havia “se tornado um teste decisivo
para os Shachtmanitas”. (veja “Neoconservadorismo como Movimento Judaico”, página 17).
Assim,
os Shactmanitas acabaram apoiando uma política externa agressiva, exemplificada
por Henry Jackson, um guerreiro frio e o mais visível defensor de Israel no
Senado dos EUA. Um dos muitos discípulos judeus de Shachtman foi Carl Gershman,
que agora é chefe do National Endowment for Democracy (NED), mas em sua juventude foi
associado à Liga Socialista dos Jovens e aos Social-Democratas dos EUA, ambos
de extrema esquerda. Sobre o papel do NED {National Endowment for Democracy – Fundo/Dotação
Nacional para a Democracia} na crise da Ucrânia, Giraldi tem a dizer:
Lembre-se das revoluções
pastel na Europa Oriental que foram patrocinadas pelos Estados Unidos e algumas
nações ocidentais, mas que agora são melhor esquecidas? O envolvimento de Organizações
Não-Governamentais (ONGs) em lugares como a Ucrânia e a Moldávia com certeza
deu certo, principalmente quando a maior ONG de todas, o National Endowment for
Democracy (NED) se envolveu. Quando os russos e outros reclamaram das
atividades das ONGs interferindo em suas políticas domésticas, NED era o que
eles estavam se referindo. O NED {National Endowment for Democracy – Fundo/Dotação
Nacional para a Democracia} instintivamente favorecia pessoas que se diziam
democratas e eram capazes de falar inglês, habilidade poliglota demonstrando de
alguma forma sua confiabilidade política. Eles se revelaram tão corruptos
quanto seus antecessores e não menos inclinados a fazer de tolo o sistema
eleitoral que herdaram. A manipulação na Geórgia por Washington e seus
substitutos israelenses quase levou ao envolvimento americano em uma guerra com
a Rússia na qual Washington não tinha nenhum interesse concebível. Lembre-se de
John McCain “Somos todos georgianos agora?”
Depois de destruir a
Europa Oriental, o NED {National Endowment for Democracy – Fundo/Dotação
Nacional para a Democracia} tem vindo ao trabalho duro e dedicado relacionado à
Primavera Árabe, cujos resultados são claramente visíveis na Tunísia, Egito e
Iraque. Mas agora o foco está novamente na antiga União Soviética, com milhões
de dólares indo para os partidos da oposição, desta vez com a força total de
uma mídia acrítica por trás do esforço. Facilmente esquecidos são dois fatos
indiscutíveis relativos à Rússia e à Ucrânia. Primeiro, antes da dissolução da
União Soviética em 1991, havia um entendimento de que os EUA e a Europa não
usariam a situação como desculpa para expandir suas esferas de influência para
o Leste Europeu. O NED {National Endowment for Democracy – Fundo/Dotação
Nacional para a Democracia} e outros grupos violaram esse entendimento quase
imediatamente e agora Croácia, República Tcheca, Eslováquia, Bulgária, Romênia,
Eslovênia, Estônia, Letônia, Lituânia, Hungria, Romênia e Polônia estão na
União Europeia e também na OTAN, organização que tem absolutamente nenhuma
razão de ser além de servir como uma aliança militar contra a Rússia.
Segundo... A Ucrânia é
cerca de setenta e cinco por cento de etnia ucraniana, mas dez milhões de
cidadãos ucranianos são de etnia russa, mais de 17% da população. Muitos
ucranianos, portanto, olham para a Rússia como um aliado natural e parceiro
comercial, enquanto aqueles que já fizeram parte da Polônia tendem a olhar para
o oeste, mas o que é indiscutível é que o atual governo ucraniano levemente
pró-Moscou de Viktor Yanukovych chegou ao poder após uma eleição livre.
monitorado por observadores internacionais em 2010. Yanukovych acredita em
fortes laços com a Rússia, mas também é amigável com a União Europeia e os
Estados Unidos. Apesar dessa neutralidade estudada, Washington e os europeus
estão provocando distúrbios e tentando coagir o governo ucraniano a entrar em
um acordo formal com a U.E. {União Europeia} que sua liderança eleita acredita
não ser de seus melhores interesses. Os manifestantes, apoiados e possivelmente
até treinados e equipados pela Europa e pelos EUA, responderam com violência.
Giraldi
então traça as credenciais neoconservadoras impecáveis de Victoria Nuland {uma
judia} e sua hostilidade tipicamente neoconservadora em relação à Rússia,
concluindo:
Como seu marido {O judeu
Robert Kagan}, Nuland, apoiada pela Casa Branca e políticos como os senadores
John McCain e Lindsey Graham, é consistentemente hostil a Moscou, possivelmente
porque a visão de mundo neoconservadora favorece os oligarcas predominantemente
judeus que saquearam a economia russa antes de serem trazidos aos calcanhares
por Putin.
Adicionado:
Victoria Nuland é atualmente a Subsecretária de Estado para Assuntos Políticos
do Departamento de Estado de Biden e foi Secretária de Estado Adjunta para
Assuntos Europeus e Eurasianos no Departamento de Estado na administração de
Obama. Ela está, sem dúvida, desempenhando um papel muito importante durante a
crise atual. Seu marido é {o judeu} Robert Kagan, “um membro sênior da
Brookings Institution, tem sido um defensor de quase todos os erros da política
externa dos EUA nas últimas duas décadas. Ele era um defensor da guerra no
Iraque e de uma abordagem muscular à Síria. O New York Times informou
que seu pai, Donald Kagan, “um historiador da Grécia antiga, é um patriarca do
neoconservadorismo”.
Há
consciência do papel de Nuland em alguns círculos conservadores; em 25 de
fevereiro, Tucker Carlson a mencionou ao falar sobre os principais promotores,
assim como fez Pedro Gonzalez de Chronicles em um segmento separado. Mas
é claro que eles não vão discutir que ela é judia e profundamente envolvida em
círculos de política externa raivosamente pró-Israel e globalistas.
... Eu estou certo de que
o apoio da Rússia ao Irã e à Síria também alimenta a mistura de motivos
neoconservadores para hostilidade à Rússia, mas não há dúvida de que os
neoconservadores têm sido fortes apoiadores dos oligarcas, sem dúvida porque
seria bom para os judeus. Como observei:
Um ponto de virada foi a
prisão de Mikhail Khodorkovsky, o chefe da Yukos, a gigante do petróleo. O
arquineoconservador Richard Perle liderou a acusação contra Putin, pedindo a
saída da Rússia do G-8 – o mesmo tipo de política que os neoconservadores estão
propondo após a invasão da Geórgia. Khodorkosky era visto como sem qualquer
sentimento pelo nacionalismo russo e muito amigável com os
Estados Unidos. (“The Neocons Versus Rússia”)
Putin
basicamente impediu a tomada da Rússia por oligarcas com valores globalistas e
ocidentais. Portanto, eu duvido que o NED {National Endowment for Democracy – Fundo/Dotação
Nacional para a Democracia} esteja realmente preocupado com a democracia na
Ucrânia, apesar de sua missão oficial. Afinal, como observa Giraldi, o governo
da Ucrânia é devidamente eleito em uma eleição supervisionada
internacionalmente, e os neoconservadores (e os EUA) têm uma longa história de
olhar para o outro lado quando governos não democráticos atendem a seus
interesses (por exemplo, negligenciando o flagrante afastamento da democracia
em Israel [e apoio à agressão saudita no Iêmen]) e criticando governos
democraticamente eleitos quando não o fazem (por exemplo, Hamas em Gaza). De
fato, a clássica declaração neoconservadora sobre democracia e direitos
humanos, da ex-chefe de Gershman, Jeanne Kirkpatrick {importante membro da
política de Ronald Reagan} (1979), argumentou que a democracia e os direitos
humanos deveriam ficar em segundo plano em relação a outras questões, como a
luta da Guerra Fria entre os EUA e URSS (discutido aqui, página 31). (Gershman {judeu}, junto
com Joshua Muravchik {judeu} e
Kenneth Adelman {judeu}, foi vice de Kirkpatrick quando ela serviu como
embaixadora da ONU no governo Reagan. Todos eram fortes defensores da guerra do
Iraque, Adelman escrevendo uma famosa coluna “Cakewalk in Iraq.”)
É
o mesmo agora. O verdadeiro nome do jogo não é democracia, mas a cruzada
neoconservadora contra a Rússia, com uma forte dose de motivação judaica
relacionada a Putin, o fracasso dos oligarcas em tomar o controle da Rússia, e
Israel.
Adicionado, 27 de
fevereiro de 2022:
Recentemente,
eu postei uma palestra do Prof. John Mearsheimer que, como eu twittei, é
“obviamente convincente” e onde ele fornece uma solução – uma Ucrânia neutra –
que teria evitado a guerra. Observe que Philip Giraldi apontou que o governo
Yanukovych era efetivamente neutro. Isso era inaceitável para os neoconservadores
e, portanto, o levante Maidan de 2014 que substituiu Yanukovych – uma revolução
em que {a judia} Nuland e outros elementos solidamente estabelecidos da
política externa dos EUA estavam profundamente envolvidos.
A análise de Mearsheimer
é tão obviamente convincente que me surpreende como tantas pessoas – toda a
esquerda e a maioria dos conservadores – a ignoram. Uma Ucrânia neutra teria
satisfeito os interesses legítimos da Rússia e não prejudicaria a Ucrânia.
Nenhuma guerra.
Versão mais longa aqui: https://youtu.be/JrMiSQAGOS4
Mas
é claro que essa solução nunca aconteceu. E nós temos que perguntar por que os
EUA estão tão comprometidos com a hostilidade frente a Rússia – determinados a
cercar a fronteira ocidental da Rússia com uma aliança militar que os EUA nunca
tolerariam na América do Norte (como recita piedosamente a Doutrina Monroe;
lembra-se da crise dos mísseis cubanos? ). Como sugere Mearsheimer, os EUA são
os instigadores aqui, pressionando a Ucrânia ou pelo menos incentivando-a a
insistir em se juntar na OTAN.
Aqui
está Mearsheimer sobre a crise atual. Nos primeiros 25 minutos, ele expõe o
pano de fundo histórico em grande detalhe. Pontos-chave que ilustram amplamente
a agressividade do Ocidente.
2008: A OTAN declarou que
a Ucrânia estará na OTAN; Os russos estão com raiva, mas é só até onde estes
vão.
2014: O golpe ocidental
(Departamento de Estado dos EUA, neoconservadores, CIA) instalou um governo
pró-ocidental que resulta em guerra civil na Ucrânia e na Rússia, tomando a
Crimeia;
Trump [com armas
antitanque, mas não armas de defesa aérea] e agora Biden (mas não Obama) armam
a Ucrânia, tornando-a um membro “de fato” da OTAN;
uma série de incursões
militares provocativas da OTAN em águas territoriais russas [embora essas
alegações sejam negadas pelos EUA e pela Grã-Bretanha].
Link do video:
https://youtu.be/Nbj1AR_aAcE
Este é um jogo muito cínico. Mearsheimer previu em 2015
que a Rússia destruiria a Ucrânia em vez de permitir que ela fizesse parte da
OTAN, e está em processo de ser destruída agora, com imenso sofrimento e perda
desconhecida de vidas.
Então,
fundamentalmente, nós temos que perguntar por que nossas elites odeiam a
Rússia. Conforme observado em meu artigo de 2014, uma das principais razões - e
de longe a razão mais importante neste momento - é a política externa da Rússia
no Oriente Médio em apoio ao Irã e à Síria (onde o apoio da Rússia virou a maré
em favor do governo Assad). contra os rebeldes apoiados pelos EUA e por
Israel). Uma derrota russa na Ucrânia mudaria drasticamente o equilíbrio de
poder no Oriente Médio em favor de Israel e seu estado cliente, os EUA.
Então,
por que isso importa para a Rússia? Certamente, não há evidências de que Putin
seja antijudaico ou hostil a Israel. Suspeito que Putin vê o Oriente Médio da
mesma forma que vê a Europa – como tendo potencial para mais cerco da Rússia
por governos dominados pelo Ocidente. Lembre-se: os neoconservadores também
querem uma mudança de regime no Irã e eram apoiadores entusiasmados das forças
anti-Assad na Síria. Curiosamente, Trump resistiu às pressões para tentar
uma mudança de regime no Irã defendida por seus conselheiros neoconservadores
John Bolton (super-falcão instalado por insistência de Sheldon Adelson, um
fanático pró-Israel e o maior doador de Trump) e Mike Pompeo.
O presidente Trump
pareceu frustrar as esperanças de seus conselheiros de política externa
neoconservadores quando rejeitou explicitamente uma estratégia de mudança de
regime para o Irã na segunda-feira. … “Não estamos procurando uma mudança de
regime. Eu quero deixar isso claro… Ninguém quer ver coisas terríveis
acontecerem.”
O presidente especificou
que seu princípio motriz era impedir a aquisição iraniana de armas nucleares,
em oposição a um ideal utópico de impor uma “democracia liberal” de estilo
ocidental sobre estado islâmico {o Irã, e não o chamado Estado Islâmico ISIS}.
Mas
com o senil e incompetente Biden (descrito por Pepe Escobar como “o
senil Presidente dos Estados Unidos [que é controlado] pelo fone de ouvido/teleprompter
[e] nunca foi acusado de ser a lâmpada mais brilhante da sala – qualquer sala”)
lendo linhas escritas por nomes como {a judia} Nuland e com Obama (que rejeitou
armar o Irã) e Trump fora do cargo, é um novo jogo de bola.
Então,
vamos ver um mapa da Eurásia do ponto de vista de Putin:
O
Ocidente já mostrou suas intenções no Oriente Médio e no Afeganistão (este
último um miserável fracasso). Mas está claro que eles também querem uma
mudança de regime no Cazaquistão, onde no mês passado houve uma tentativa de
uma “revolução colorida”. Essa história não causou grande impacto
na mídia ocidental, mas “em Moscou, [recebeu] cobertura de notícias 24 horas
por dia, 7 dias por semana, como se fosse uma ameaça apocalíptica à segurança
da Rússia”. Ele falhou quando a Organização do Tratado de Segurança Coletiva,
dominada pela Rússia (Rússia, Armênia, Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão e
Bielorrússia) enviou tropas. A tentativa de revolução foi amplamente acreditada ter sido auxiliada pelas
potências ocidentais.
A
Rússia obviamente viu a tentativa de revolução como uma ameaça existencial e vê
a Ucrânia, já perto de ser um membro de fato da OTAN, de maneira semelhante. A
Rússia seria efetivamente cercada. Do ponto de vista da Rússia, uma invasão da
Ucrânia era a única resposta possível a tudo isso.
O
quadro geral é que no final é tudo sobre a hegemonia ocidental e os “valores
ocidentais” sendo impostos ao resto do mundo, e isso tem sido explicitamente
expresso
pelo Departamento de Estado dos EUA na última quinta-feira:
O porta-voz do
Departamento de Estado, Ned Price, fez uma admissão impressionante sobre o que
esta guerra realmente significa.
De acordo com Price, a Rússia e a China
“também querem uma ordem mundial”, mas ele alertou que se vencerem sua ordem
mundial “seria profundamente iliberal”…
A
China deu “aprovação tácita” à última invasão da Ucrânia pelo presidente russo,
Vladimir Putin, no julgamento de autoridades norte-americanas, como parte de um
esforço conjunto para minar as instituições que os líderes americanos e aliados
estabeleceram para minimizar os conflitos nas décadas que se seguiram à Segunda
Guerra Mundial.
“A
Rússia e a República Popular da China também querem uma ordem mundial,”
disse o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, na quarta-feira. “Mas
esta é uma ordem que é e seria profundamente iliberal. … É uma ordem que é, em
muitos aspectos, mais destrutiva do que aditiva”. (ênfase no original)
Em
outras palavras, “tornar o mundo seguro para a democracia” – e imigração em
nível de substituição e ideologia de gênero LGBTQ+, e os caldeirões de conflito
étnico em que as sociedades ocidentais se tornaram. Nem a China nem a Rússia
querem isso; nem muitas pessoas no Ocidente, e certamente incluindo vários
governos do Leste Europeu e uma grande porção de seu povo.
E
observe a inclusão da China, outro governo não democrático nada comprometido
com os “valores ocidentais”. Após a queda da União Soviética, os neoconservadores
lideraram o coro daqueles que celebravam um mundo unipolar dominado pelos EUA
como hegemonia, resultando em repetidas tentativas de mudança de regime em todo
o Oriente Médio, Norte da África e Ásia. O que está acontecendo agora é
essencialmente uma reação séria contra isso – uma tentativa de estabelecer um
mundo multipolar. O apoio da China à invasão russa é parte integrante disso e
certamente esteve na mente do Departamento de Estado ao emitir sua declaração.
Mas o que isso significa é que o status dos EUA e de seus parceiros ocidentais
como hegemonia mundial está em sério risco. É um momento semelhante ao Armageddon:
nenhum dos lados vê a derrota como uma opção.
Por
fim, pergunta-se se a identidade judaica do presidente ucraniano Volodymyr
Zelenskyy tem um papel na compreensão da resposta ucraniana. Jewish Telegraph
Agency:
Zelensky não tem elaborado
os detalhes de sua educação judaica ou sua religiosidade, mas também não se
esquivou de expressar uma mensagem ocasional de orgulho judaico e um forte
senso de solidariedade com Israel. E essa identidade judaica
tem sido repetidamente apreendida por inimigos e rivais, e celebrada por
apoiadores judeus em todo o mundo.
Um
presidente diferente teria estado mais aberto a rejeitar o status da OTAN e
tudo o que isso implica para o Ocidente na expansão do império ocidental? Mais
disposto a evitar a destruição de seu país e sofrimento indescritível para o
povo ucraniano? É improvável que nós iremos mesmo saber.
Enquanto
escrevo isso, a guerra continua a aumentar e há relatos generalizados de que os
ucranianos, encorajados por Zelenskyy, estão oferecendo resistência
significativa e frustrando o avanço russo. Dificilmente se pode esperar que a
Rússia recue neste momento. Dadas as apostas semelhantes ao Armagedom nesta
batalha, é provável que o Ocidente também aumente, levando o mundo inteiro a um
território completamente naõ cartografado.
Tradução
e palavras entre chaves por Mykel Alexander
Fonte: Neocons, Ukraine, Russia, and the Western
Struggle for Global Hegemony, por Kevin MacDonald, 27 de fevereiro de 2022, The
Occidental Observer.
https://www.theoccidentalobserver.net/2022/02/27/philip-giraldi-on-the-neocons-ukraine-russia-and-the-oligarchs/
Sobre o autor: Kevin B.
MacDonald (1944 – ) é um professor americano de psicologia na Universidade
Estadual da Califórnia. Graduou-se em Filosofia (University of
Wisconsin-Madison), fez o mestrado em Biologia (University of Connecticut),
Doutorado em Ciências Biocomportamentais (University of Connecticut). É um
estudioso das relações da população judaica com os povos ocidentais. É editor
do periódico The Occidental Quarterly e do site The
Occidental Observer.
Entre seus principais livros estão:
Social and Personality Development: An Evolutionary
Synthesis (Plenum
1988).
The
Culture of Critique: A People That Shall Dwell Alone: Judaism As a Group
Evolutionary Strategy, With Diaspora Peoples, (Praeger 1994).
The
Culture of Critique: Separation and Its Discontents Toward an Evolutionary
Theory of Anti-Semitism, (Praeger 1998).
Understanding
Jewish Influence: A Study in Ethnic Activism (Praeger 2004)
The
Culture of Critique: An Evolutionary Analysis of Jewish Involvement in
Twentieth-Century Intellectual and Political Movements, (Praeger 1998).
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Relacionado, leia também:
Os Neoconservadores versus a Rússia - Por Kevin MacDonald
{Retrospectiva 2014} O triunfo de Putin - O Gambito da Crimeia - Por Israel Shamir
{Retrospectiva 2014} A Revolução Marrom na Ucrânia - Por Israel Shamir
{Retrospectiva 2019 – Corrupção Ucrânia-JoeBiden-EUA} O saque da Ucrânia por democratas americanos corruptos- Uma conversa com Oleg Tsarev revela a suposta identidade do “denunciante Trump/Ucrânia” - por Israel Shamir
O vice-Presidente Biden reconhece o ‘imenso’ papel judaico nos meios de comunicação de massa e vida cultural americana - Por Mark Weber
{Retrospectiva 2014 - Rússia-Ucrânia-EUA-Comunidade Europeia} O pêndulo ucraniano - Duas invasões - Por Israel Shamir
{Retrospectiva 2013 - Rússia-Ucrânia-EUA-Comunidade Europeia} - Putin conquista nova vitória na Ucrânia O que realmente aconteceu na crise ucraniana - Por Israel Shamir
{Retrospectiva 2014 - Rússia-Ucrânia... e os judeus} O Fatídico triângulo: Rússia, Ucrânia e os judeus – por Israel Shamir
Odiar a Rússia é um emprego de tempo integral Neoconservadores ressuscitam memórias tribais para atiçar as chamas - Por Philip Girald
Sobre a influência do judaico bolchevismo (comunismo-marxista) na Rússia ver: