Israel Shamir |
As
apostas são altas na Ucrânia: após o golpe, quando a Crimeia e Donbas afirmaram
seu direito à autodeterminação, tropas americanas e russas entraram no
território ucraniano, ambas disfarçadas.
Os
soldados americanos são “conselheiros militares”, ostensivamente membros do
exército privado da Blackwater (renomeado Academi); algumas centenas deles
patrulham Kiev enquanto outros tentam suprimir a revolta em Donetsk.
Oficialmente, eles foram convidados pelo novo regime instalado pelo Ocidente.
Eles são a ponta de lança da invasão dos EUA tentando sustentar o regime e
derrubar toda a resistência. Eles têm já ensanguentado as mãos em Donetsk.
Além
disso, o Pentágono dobrou o número de caças americanos em uma missão de
patrulha aérea da OTAN no Báltico; a transportadora aérea dos EUA entrou no Mar
Negro, alguns fuzileiros navais dos EUA aterrizaram em Lvov “como parte de
manobras pré-planejadas”.
Os
soldados russos aparentemente pertencem à Frota Russa, legalmente estacionada
na Crimeia. Eles estavam na Crimeia antes do golpe, de acordo com o tratado
russo-ucraniano (como a 5ª frota dos EUA no Kuwait), mas sua presença
provavelmente foi reforçada. Tropas russas adicionais foram convidadas pelo
presidente deposto, mas legitimamente eleito, Yanukovych (compare isso com o
desembarque dos EUA no Haiti em apoio ao presidente deposto Aristide). Eles
ajudam a milícia pró-Rússia local a manter a ordem e ninguém é morto no
processo. Além disso, a Rússia colocou suas tropas em alerta e retornou alguns
navios de guerra ao Mar Negro.
É
apenas a presença russa a qual é descrita como uma “invasão” pela mídia
ocidental, enquanto a americana dificilmente é mencionada. “Nós temos o dever
moral de enfiar o nariz em seus negócios em seu quintal a um mundo de distância
de nossa terra natal. É para o seu próprio bem”, escreveu um irônico blogueiro
americano.
Moscou
acordou com problemas na Ucrânia depois que sua preocupação, ou melhor,
obsessão, com os Jogos Olímpicos de Inverno amainou um pouco – quando as
pessoas começaram a dizer que “Putin ganhou os jogos e perdeu a Ucrânia”.
De
fato, enquanto Putin assistia a esportes em Sochi {cidade russa no Mar Negro},
a Revolução Marrom {analogia às tropas de assalto vestidas de pardo/marrom de
Hitler, as S.A., embora é preciso registrar, estas, as de Hitler, estavam com o
povo, e não contra} teve sucesso na Ucrânia. Um grande país europeu do tamanho
da França, a maior república da ex-URSS (exceto a Rússia), foi tomado por uma
coalizão de ultranacionalistas ucranianos e oligarcas (principalmente judeus).
O presidente legítimo foi forçado a fugir para salvar sua vida.
Membros
do Parlamento foram maltratados e, em alguns casos, seus filhos foram tomados
como reféns para garantir seu voto, pois suas casas foram visitadas por
pistoleiros. O golpe foi concluído. O Ocidente reconheceu o novo governo; A
Rússia se recusou a reconhecê-lo, mas continuou a lidar com ele no dia-a-dia.
No entanto, a verdadeira história está agora se desenvolvendo na Crimeia e no
leste da Ucrânia, uma história de resistência à tomada pró-ocidental.
O Golpe
A
situação econômica da Ucrânia é terrível. Eles estão onde a Rússia estava na
década de 1990, antes de Putin – na Ucrânia, os anos 90 nunca terminaram.
Durante anos, o país foi roubado pelos oligarcas que desviaram os lucros para
os bancos ocidentais, levando-o à beira do abismo. Para evitar a inadimplência
e o colapso, a Ucrânia deveria receber um empréstimo russo de 15 bilhões de
euros sem condições prévias, mas então veio o golpe. Agora, o primeiro-ministro
da junta ficará feliz em receber apenas um bilhão de dólares dos EUA via FMI.
(Os europeus prometeram mais, mas daqui uns poucos anos…) Ele já aceitou as
condições do FMI, o que significará austeridade, desemprego e vínculo de servidão
por dívida. Provavelmente essa foi a raison d’être {razão de ser} do
golpe. Os empréstimos do FMI e dos EUA são uma importante fonte de lucro para a
comunidade financeira e são usados para escravizar países devedores, como {John}Perkins
{que já assessorou o Banco Mundial, Nações Unidas, FMI, Departamento do Tesouro
dos EUA} explicou extensamente.[1]
Os
oligarcas que financiaram a operação Maidan dividiram os espólios: o apoiador
mais generoso, o multibilionário Igor “Benya” Kolomoysky, recebeu a grande
cidade de língua russa de Dnepropetrovsk em feudo. Ele não foi obrigado a
desistir de seu passaporte israelense. Seus irmãos oligarcas tomaram outras
cidades industriais de língua russa, incluindo Kharkov e Donetsk, a ucraniana
Chicago ou Liverpool. Kolomoysky não é apenas um “oligarca de origem judaica”:
ele é um membro ativo da comunidade judaica, um apoiador de Israel e um doador
de muitas sinagogas, uma delas a maior da Europa. Ele não teve nenhum problema
em apoiar os neonazistas, mesmo aqueles cuja entrada nos EUA havia sido
proibida por causa de seu antissemitismo declarado. É por isso que os apelos à
consciência judaica contra o Golpe Marrom {analogia às tropas de assalto
vestidas de pardo/marrom de Hitler, as S.A., embora é preciso registrar, estas,
as de Hitler, estavam com o povo, e não contra} falharam demonstravelmente.
Agora
veio a cruzada dos nacionalistas contra os falantes de russo (russos étnicos e
ucranianos de língua russa – a distinção é discutível), principalmente
trabalhadores industriais do leste e do sul do país. O regime de Kiev proibiu o
Partido Comunista e o Partido das Regiões (o maior partido do país, apoiado
principalmente pelos trabalhadores de língua russa). O primeiro decreto do
regime baniu o idioma russo das escolas, rádio e TV, e proibiu todo o uso
oficial do russo. O ministro da Cultura chamou os falantes de russo de
“imbecis” e propôs prendê-los por usar a língua proibida em locais públicos.
Outro decreto ameaçava todos os detentores de dupla nacionalidade
russa/ucraniana com uma sentença de dez anos de prisão, a menos que ele
entregasse a russa imediatamente.
Não
palavras vazias, essas ameaças: as tropas de assalto {analogia às tropas de
assalto vestidas de pardo/marrom de Hitler, as S.A., embora é preciso
registrar, estas, as de Hitler, estavam com o povo, e não contra} do Setor
Direita {ou seja, o Pravyi sektor, confederação de grupos paramilitares
ucranianos e seus apoiadores pró-Ocidente}, a principal força de combate da
Nova Ordem, percorreram o país aterrorizando funcionários, tomando prédios do
governo, espancando cidadãos, destruindo estátuas de Lenin, destruindo
memoriais da Segunda Guerra Mundial e outras formas de impor seu governo. Um
vídeo[2] mostrou um combatente do
Setor Direita {ou seja, o Pravyi sektor, confederação de grupos paramilitares
ucranianos e seus apoiadores pró-Ocidente} maltratando o advogado da cidade
enquanto a polícia olhava para o outro lado. Eles começaram a caçar policiais
de choque que apoiavam o ex-presidente e incendiaram uma ou duas sinagogas.
Eles torturaram um governador e lincharam alguns técnicos que encontraram na
sede do antigo partido no poder. Começaram a tomar conta das igrejas ortodoxas
de rito russo, pretendendo transferi-las para a sua própria Igreja
Greco-Católica.
As
instruções de Victoria Nuland {judia}, do Departamento de Estado dos EUA, foram
seguidas: a Ucrânia teve o governo que ela prescreveu na famosa conversa
telefônica com o embaixador dos EUA. Surpreendentemente, enquanto ela
notoriamente deu “foda-se” à EU {União Europeia}, ela não deu a mínima para a
visão russa do futuro imediato da Ucrânia.
A
Rússia não estava envolvida nos desenvolvimentos ucranianos: Putin não queria
ser acusado de se intrometer nos assuntos internos ucranianos, mesmo quando os
enviados dos EUA e da EU {União Europeia} ajudaram e dirigiram os rebeldes. O
povo da Rússia o aplaudiria se ele enviasse seus tanques a Kiev para recuperar
toda a Ucrânia, pois a consideram parte integrante da Rússia. Mas Putin não é
um nacionalista russo, nem um homem de desígnios imperiais. Embora desejasse
que a Ucrânia fosse amiga da Rússia, anexá-la, no todo ou em parte, nunca tem
sido sua ambição. Seria muito caro mesmo para a Rússia rica: a renda média na
Ucrânia é apenas metade da russa, e sua infraestrutura está em frangalhos.
(Compare com a custosa aquisição da RDA {República Democrática Alemã, isto é, a
Alemanha Oriental} pela Alemanha Ocidental.) Também não seria fácil, pois todos
os governos ucranianos nos últimos vinte anos encharcaram o povo com
sentimentos antirrussos. Mas o envolvimento foi forçado a Putin.
Centenas
de milhares de ucranianos votaram com os seus pés e fugiram para a Rússia,
pedindo asilo. Duzentos mil refugiados deram entrada durante o fim de semana. O
único pedaço de terra livre em toda a república era a cidade de Sebastopol,
objeto de um cerco francês e britânico em 1852 e de um cerco alemão em 1941, e
a base da frota russa do Mar Negro. Esta cidade heroica não se rendeu aos
emissários de Kiev, embora mesmo aqui alguns deputados locais estivessem
prontos para se submeter. E nesse último momento, o povo começou sua
resistência. O terrível sucesso do golpe foi o começo de sua ruína. O pêndulo
da Ucrânia, sempre oscilando entre o Oriente e o Ocidente, começou seu
movimento de retorno.
A Ascensão
O
povo da Crimeia se levantou, demitiu seus funcionários que buscavam
compromissos e elegeu um novo líder, Sr. Sergey Aksyonov. A nova liderança
assumiu o poder, assumiu a Crimeia e pediu que as tropas russas os salvassem do
ataque iminente das tropas de assalto de Kiev {analogia às tropas de assalto
vestidas de pardo/marrom de Hitler, as S.A., embora é preciso registrar, estas,
as de Hitler, estavam com o povo, e não contra}. Não parece ter sido necessário
neste estágio: havia muitos crimeanos prontos para defender suas terras dos
invasores marrons {analogia às tropas de assalto vestidas de pardo/marrom de Hitler,
as S.A., embora é preciso registrar, estas, as de Hitler, estavam com o povo, e
não contra}, havia voluntários cossacos e há a marinha russa estacionada na
Crimeia por tratado. Seus fuzileiros navais provavelmente seriam capazes de
ajudar os crimeanos em caso de problemas. Os crimeanos, com alguma ajuda russa,
guarneciam os bloqueios de estradas no estreito istmo que liga a Crimeia ao
continente.
O
parlamento da Crimeia votou para se juntar à Rússia, mas essa votação deve ser
confirmada por uma pesquisa em 16 de março para determinar o futuro da Crimeia
– se ela voltará para a Rússia ou permanecerá uma república autônoma dentro da
Ucrânia. Pela minha conversa com os habitantes locais, parece que eles
prefeririam se juntar à Federação Russa que deixaram por ordem de Khrushchev {líder
da URSS durante 1958–1964} apenas meio século atrás. Dada a questão da língua
russa e a consanguinidade, isso faz sentido: a Ucrânia está falida, a Rússia
está solvente e pronta para assumir sua proteção. A Ucrânia não pode pagar
salários e pensões, a Rússia prometeu fazê-lo. Kiev estava tirando a maior
parte da renda gerada na Crimeia por turistas russos; agora os lucros
permanecerão na península e presumivelmente ajudarão a reparar a infraestrutura
ladeira abaixo. O preço dos imóveis provavelmente aumentaria drasticamente,
supõem os nativos otimistas, e essa visão é compartilhada por empresários
russos. Eles já dizem que a Crimeia vencerá Sochi {cidade russa no Mar Negro}
em alguns anos, pois as coisas velhas e sem graça serão substituídas pelo
chique imperial russo.
Talvez
Putin prefira que a Crimeia ganhe independência, como Kosovo, ou mesmo
permaneça sob uma soberania ucraniana simbólica, já que Taiwan ainda é
nominalmente parte da China. Poderia se tornar uma vitrine pró-Rússia da
Ucrânia para permitir que outros ucranianos vejam o que estão perdendo, como
Berlim Ocidental foi para os alemães orientais durante a Guerra Fria. Recuperar
a Crimeia seria bom, mas não ao preço de ter uma Ucrânia consolidada e hostil
como vizinha. Ainda assim, Putin provavelmente não terá escolha a não ser aceitar
a decisão do povo.
Houve
uma tentativa de jogar os tártaros da Crimeia contra os russos; aparentemente
falhou. Embora os majlis, sua organização autonomeada, apoiem Kiev, os anciãos
defenderam a neutralidade. Há rumores persistentes de que o pitoresco líder
checheno Kadyrov, um firme defensor de Putin, enviou seus esquadrões aos
tártaros para forçá-los a abandonar suas objeções à mudança da Crimeia para a
Rússia. No início, os tártaros apoiaram Kiev e até tentaram impedir a aquisição
pró-russa. Mas essas pessoas sábias são sobreviventes desde o nascimento, sabem
quando ajustar suas atitudes e não há dúvida de que manejarão bem.
Os
nazistas russos, tão anti-Putin quanto os nazistas ucranianos, estão divididos:
alguns apoiam uma “Crimeia russa”, enquanto outros preferem Kiev pró-europeia.
Eles são ruins como inimigos, mas ainda piores como amigos: os nazistas
solidários tentam se colocar entre russos e ucranianos e tártaros, e eles
odeiam ver que a Chechênia de Kadyrov realmente ajuda os planos russos, pois
eles são anti-chechenos e tentam convencer as pessoas de que a Rússia está
melhor sem os chechenos, uma tribo muçulmana guerreira.
Conforme
a Crimeia desafiou as ordens de Kiev, ela tornou-se um farol para outras
regiões da Ucrânia. Donbas, a região do carvão e do aço, levantou bandeiras
russas e declarou seu desejo de autodeterminação, “como a Crimeia”. Eles querem
aderir a uma União Aduaneira liderada pela Rússia; não está claro se eles
preferem independência, autonomia ou outra coisa, mas eles também agendaram uma
votação – para 30 de março. Houve grandes manifestações contra o regime de Kiev
em Odessa, Dnepropetrovsk, Kharkov e outras cidades de língua russa.
Praticamente em todos os lugares, os deputados buscam acomodação com Kiev e
procuram uma maneira de fazer algum lucro, mas o povo não concorda. Estão
furiosos e não aceitam a junta
O
regime de Kiev não aceita a busca deles pela liberdade. Um prefeito de Donetsk
popularmente eleito foi sequestrado pelas forças de segurança ucranianas e
levado para Kiev. Agora há manifestações violentas na cidade.
A
marinha ucraniana no Mar Negro mudou sua lealdade de Kiev para a Crimeia, e
foram seguidas por algumas unidades da força aérea com dezenas de caças e
tropas terrestres. As tropas leais a Kiev foram bloqueadas pelos crimeanos, mas
não houve violência nessa transferência pacífica de poder.
A
junta nomeou um oligarca para governar Donbas, Sr. Sergey Taruta, mas ele teve
dificuldade em assumir o poder porque a população local não o queria, e com
boas razões: Taruta comprou o principal porto polonês de Gdansk e o levou à
falência.[3] Parece que ele é melhor em
desviar capital do que em administrar negócios sérios. De forma ameaçadora,
Taruta trouxe consigo alguns seguranças aluguel não identificados e fortemente
armados, reportadamente armados de da Blackwater (também conhecido como
Academi) recém-chegados do Iraque e do Afeganistão. Ele necessitará de muito
mais deles se quiser tomar Donbas pela força.
Em
Kharkov, a maior cidade oriental, antiga capital da Ucrânia soviética, a
população local expulsou a força invasora do Setor Direita dos escritórios do
governo, mas a polícia se juntou aos oligarcas. Enquanto a falsa revolução
ocorreu em Kiev sob a tutela dos enviados dos EUA e da CE {Comunidade Europeia},
a verdadeira revolução está ocorrendo agora, e seu futuro está longe da certeza.
A
Ucrânia não tem muito exército, conforme os oligarcas roubaram tudo que já foi
atribuído aos militares. O regime de Kiev não depende de seu exército de
qualquer maneira. Sua tentativa de recrutar homens aptos falhou imediatamente,
pois quase ninguém respondeu ao chamado. Eles ainda pretendem esmagar a
revolução. Outros trezentos mercenários da Blackwater desembarcaram na
quarta-feira no aeroporto de Kiev. O regime de Kiev solicitou ajuda da OTAN e
expressou sua disposição de permitir que mísseis dos EUA sejam estacionados na
Ucrânia. Mísseis na Ucrânia (como agora estacionados na Polônia, também perto
demais para o conforto russo) provavelmente cruzariam a linha vermelha da
Rússia, assim como os mísseis russos em Cuba cruzaram a linha vermelha da
América em 1962. O chefe de inteligência israelense aposentado Yaakov Kedmi,
especialista em Rússia, disse que, em sua opinião, os russos simplesmente não
podem permitir isso, a qualquer preço, mesmo que isso signifique uma guerra
total.
Putin
pediu permissão à câmara alta do parlamento russo para enviar tropas russas, se
necessário, e o parlamento unanimemente aprovou seu pedido. Eles provavelmente
serão mobilizados para defender os trabalhadores em caso de ataque de um Setor
de Direita {ou seja, o Pravyi sektor, confederação de grupos paramilitares
ucranianos e seus apoiadores pró-Ocidente} reforçado por mercenários da
Blackwater. Catástrofes humanitárias, distúrbios em grande escala, o fluxo de
refugiados ou a chegada de tropas da OTAN também podem forçar a mão de Putin,
mesmo contra sua vontade.
O presidente no exílio
O
presidente Yanukovych será historicamente visto como uma figura fraca e
trágica, e merece uma caneta melhor com um ritmo mais tranquilo do que o meu.
Ele tentou o seu melhor para evitar baixas, embora tenha enfrentado uma revolta
em grande escala liderada por tropas de assalto marrom {analogia às tropas de
assalto de Hitler, as S.A., embora é preciso registrar, estas, as de Hitler,
estavam com o povo, e não contra} muito violentas. E ainda assim ele foi
culpado por matar cerca de oitenta pessoas, protestantes e policiais.
Algumas
das vítimas foram mortas pelo Setor Direita {ou seja, o Pravyi sektor,
confederação de grupos paramilitares ucranianos e seus apoiadores pró-Ocidente}
quando invadiram os escritórios do partido no poder. Os políticos deixaram o prédio
com bastante antecedência, mas a equipe de secretaria ficou para trás – muitas
mulheres, zeladores e afins. Um engenheiro chamado Vladimir Zakharov foi até os
rebeldes sitiantes e pediu que deixassem as mulheres saírem. Eles o mataram no
local com seus bastões. Outro homem foi queimado vivo.
Mas
a maioria das vítimas foram vítimas de tiros de franco-atiradores, também
atribuídos a Yanukovych. O regime de Kiev chegou a pedir ao tribunal de Haia
que indiciasse o presidente como fizeram com o presidente Milosevic. Mas agora,
uma conversa telefônica[4] entre a representante da
CE {Comunidade Europeia}, Catherine Ashton, e o ministro das Relações
Exteriores da Estônia, Urmas Paet, revela que os emissários da CE {Comunidade
Europeia} estavam cientes de que dezenas de vítimas de franco-atiradores no
Maidan foram mortas por apoiadores rebeldes de Maidan, e não pela polícia ou
pelo presidente Yanukovych, conforme eles alegaram. Urmas Paet reconheceu a
veracidade desta conversa em conferência de imprensa e pediu um inquérito
independente. Descobriu-se que os atiradores rebeldes atiraram e mataram
policiais e manifestantes de Maidan, a fim de derramar sangue e culpar o
presidente.
Esta
parece ser uma característica básica das revoluções organizadas pelos EUA.
Atiradores de elite matando manifestantes e policiais foram relatados nas
revoluções de Moscou de 1991 e 1993, bem como em muitos outros casos. Algumas
fontes afirmam que atiradores israelenses famosos foram empregados nessas
ocasiões, o que é plausível em vista da conexão israelense de Kolomoysky
{judeu}. Um amigo pessoal de Kolomoysky {judeu}, membro proeminente da então
oposição, o parlamentar e atual chefe de administração Sergey Pashinsky foi
parado pela polícia[5]
quando ele removeu um rifle de atirador com um silenciador da cena do
assassinato. Esta descoberta foi brevemente relatada no New York Times,
mas posteriormente removida. Essa revelação elimina (ou pelo menos prejudica
seriamente) o caso contra o presidente. Provavelmente desaparecerá no buraco da
memória e será totalmente esquecido, conforme foram as revelações de Seymour
Hersh[6] sobre o ataque de sarin da
Síria.
Outra
revelação foi feita pelo presidente Putin em sua coletiva de imprensa de 4 de
março de 2014. Ele disse que convenceu (leia-se: forçou) o presidente
Yanukovych a assinar seu acordo de 21 de fevereiro de 2014 com a oposição, como
os ministros ocidentais exigiram. Por este acordo, ou ato de capitulação, o
presidente ucraniano concordou com todas as demandas dos rebeldes marrons
{analogia às tropas de assalto vestidas de pardo/marrom de Hitler, as S.A.,
embora é preciso registrar, estas, as de Hitler, estavam com o povo, e não
contra} incluindo eleições rápidas para o Parlamento e Presidente. No entanto,
o acordo não ajudou: os rebeldes tentaram matar Yanukovych na mesma noite em
que ele viajava para Kharkov.
Putin
expressou grande espanto por eles não estarem satisfeitos com o acordo e
prosseguiram com o golpe de qualquer maneira. A razão foi fornecida por
capangas do Setor Direita {ou seja, o Pravyi sektor, confederação de grupos
paramilitares ucranianos e seus apoiadores pró-Ocidente}: eles disseram que
seus pistoleiros estariam estacionados em todas as cabines eleitorais e que contariam
os votos. Naturalmente, o acordo não permitia isso, e a junta tinha todos os
motivos para duvidar de sua capacidade de vencer eleições honestas.
Parece
que Yanukovych esperava estabelecer uma nova base de poder em Kharkov, onde uma
grande assembleia de deputados do leste e do sul da Ucrânia foi convocada
antecipadamente. A assembleia, diz o Sr. Kolomoysky {judeu}, foi convidada a
assumir poderes e apoiar o presidente, mas os deputados recusaram. É por isso
que o presidente Yanukovych, com grande dificuldade, escapou para a Rússia. Seu
pouso em Rostov impressionou bastante as pessoas, pois seu avião foi
acompanhado por caças.
Yanukovych
tentou entrar em contato com o presidente Putin, mas o presidente russo não
quis deixar a impressão de que quer forçar Yanukovych ao povo da Ucrânia e se
recusou a encontrá-lo ou falar diretamente com ele. Talvez Putin não tivesse
tempo a perder com uma figura tão fraca, mas mesmo assim o reconheceu
publicamente como o legítimo presidente da Ucrânia. Isso fazia sentido, pois o
presidente Yanukovych solicitou às tropas russas que trouxessem a paz ao seu
país. Ele ainda pode fazer um retorno – como presidente de uma Ucrânia Livre,
se ela for formada em alguma parte do país – ou como protagonista de uma ópera.
Tradução
e palavras entre chaves por Mykel Alexander
[1]
Fonte utilizada por Israel Shamir: John Perkins, Confessions of an Economic
Hit Man, Berrett-Koehler Publishers, 2004. {no Brasil publicado como Confissões de um
Assassino Econômico, Editora Cultrix, 2005}.
[2] Fonte utilizada por Israel Shamir:
https://www.youtube.com/watch?v=VQakVj7IvZM
{A conta de quem postou o vídeo foi encerrada}.
[3] Fonte utilizada por Israel Shamir:
[4]
Fonte utilizada por Israel Shamir: “Breaking: Estonian Foreign Minister Urmas
Paet and Catherine Ashton discuss Ukraine over the phone.”
https://www.youtube.com/watch?v=ZEgJ0oo3OA8
[5] Fonte utilizada por Israel Shamir:
https://www.youtube.com/watch?v=vM4Dn6mqUBg
{A conta de quem postou o vídeo foi encerrada}.
[6] Fonte utilizada por Israel Shamir:
Whose sarin?, por Seymour M.
Hersh, Vol. 35 nº 24 – 19 de dezembro de 2013, London Review of Books.
https://www.lrb.co.uk/the-paper/v35/n24/seymour-m.-hersh/whose-sarin
Fonte: The Ukrainian
Pendulum - Two Invasions, por Israel Shamir, 07 de março de 2014, The Unz
Review – An Alternative Media Selection.
https://www.unz.com/ishamir/the-ukrainian-pendulum/?highlight=shamir+pendulum
Sobre o autor: Sobre ou autor: Israel Shamir (1947-) é um internacionalmente aclamado pensador político e espiritual, colunista da internet e escritor. Nativo de Novosibirsk, Sibéria, moveu-se para Israel em 1969, servindo como paraquedista do exército e lutou na guerra de 1973. Após a guerra ele tornou-se jornalista e escritor. Em 1975 Shamir juntou-se a BBC e se mudou para Londres. Em 1977-1979 ele viveu no Japão. Após voltar para Israel em 1980 Shamir escreveu para o jornal Haaretz e foi porta-voz do Partido Socialista Israelense (Mapam). Sua carreira literária é muito elogiada por suas próprias obras assim como por suas traduções. Vive em Jaffa (Israel) e passa muito tempo em Moscou (Rússia) e Estocolmo (Suécia); é pai de três filhos.
___________________________________________________________________________________
Relacionado, leia também:
Sobre a influência do judaico bolchevismo (comunismo-marxista) na Rússia ver:
Os destruidores - Comunismo {judaico-bolchevismo} e seus frutos - por Winston Churchill
Líderes do bolchevismo {comunismo marxista} - Por Rolf Kosiek
Wall Street & a Revolução Russa de março de 1917 – por Kerry Bolton
Wall Street e a Revolução Bolchevique de Novembro de 1917 – por Kerry Bolton
Esquecendo Trotsky (7 de novembro de 1879 - 21 de agosto de 1940) - Por Alex Kurtagić
Sobre a questão judaica, sionismo e seus interesses globais ver:
Conversa direta sobre o sionismo - o que o nacionalismo judaico significa - Por Mark Weber
Judeus: Uma comunidade religiosa, um povo ou uma raça? por Mark Weber
Controvérsia de Sião - por Knud Bjeld Eriksen
Sionismo e judeus americanos - por Alfred M. Lilienthal
Por trás da Declaração de Balfour A penhora britânica da Grande Guerra ao Lord Rothschild - parte 1 - Por Robert John {as demais 5 partes seguem na sequência}
Raízes do Conflito Mundial Atual – Estratégias sionistas e a duplicidade Ocidental durante a Primeira Guerra Mundial – por Kerry Bolton
Por que querem destruir a Síria? - por Dr. Ghassan Nseir
Congresso Mundial Judaico: Bilionários, Oligarcas, e influenciadores - Por Alison Weir
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários serão publicados apenas quando se referirem ESPECIFICAMENTE AO CONTEÚDO do artigo.
Comentários anônimos podem não ser publicados ou não serem respondidos.