quinta-feira, 5 de março de 2020

O vice-Presidente Biden reconhece o ‘imenso’ papel judaico nos meios de comunicação de massa e vida cultural americana - Por Mark Weber


Mark Weber
Este item foi escrito e publicado pela primeira vez em julho de 2013. Foi atualizado e ligeiramente editado em maio de 2019.


            Em um discurso notável, mas pouco divulgado, o vice-presidente Joe Biden recentemente reconheceu que o “imenso” e “desproporcional” papel judaico nos meios de comunicação de massas e na vida cultural têm sido o fator mais importante em moldar a atitude americana ao longo do século passado, e em conduzir as maiores mudanças culturais e políticas.

            “A herança judaica tem moldado quem nós somos – todos nós – tanto ou mais do que qualquer outro fator nos últimos 223 anos. E isto é um fato.” Disse Biden a um grupo de líderes judeus em 21 de maio de 2013, em Washington, DC. “A verdade é que a herança judaica, cultura judaica, valores judaicos são uma parte tão essencial de quem somos que é justo dizer que a herança judaica é a herança americana” acrescentou ele[1].

            “Pense – por trás de tudo isso, eu aposto com você que 85 por cento daquelas mudanças [sócio-políticas], seja em Hollywood ou seja na mídia social, são uma consequência daqueles líderes judeus na indústria. A influência é imensa, a influência é imensa. E, devo acrescentar, é tudo para o bem,” disse ele. “Nós falamos sobre isso em termos de incríveis realizações e contribuições” de indivíduos judeus, Biden então prosseguiu com o assunto, mas isto é mais profundo do que foi dito “porquê os valores, os valores estão tão profundamente e tão enraizado na cultura americana, em nossa Constituição.”

            Biden fala com a consciência e perspectiva de um experimentado do ambiente interno de Washington. Ele foi um senador dos EUA por 26 anos, manteve importantes cargos no Congresso, e foi duas vezes candidato à presidência dos EUA. Poucos homens têm estado mais profundamente envolvidos na política nacional, ou são mais intimamente familiares com as realidades do poder da vida pública americana.

{Joe Biden (1942 - ) vice-presidente dos EUA  - 2009-2017
 Foto oficial Candidato democrata de 2020 a presidência.}

            Biden passou a falar do papel crucial desempenhado pelos judeus na evolução da jurisprudência americana, e nesse sentido mencionou sete juízes da Suprema Corte: Brandeis, Fortas, Frankfurter, Cardozo, Ginsburg, Breyer e Kagan. “Você não pode falar sobre o reconhecimento de... direitos na Constituição sem olhar para esses incríveis juristas que nós tivemos.”

            Biden também poderia ter mencionado que dos atuais nove juízes da Suprema Corte Americana, três são judeus, e que estes judeus são vastamente super-representados em outros autos níveis em cargos do governo federal, estadual e municipal. Ele poderia ter mencionado que o dirigente da Federal Reserve, e os prefeitos das três mais populosas cidades da América – Nova Iorque, Los Angeles e Chicago – são judeus.

            “O povo judeu tem contribuído muito para a América. Nenhum grupo tem tido uma tão descomunal influência per capita,” disse Biden. Mais especificamente, ele citou o papel judaico na formação das atitudes populares e na definição das medidas políticas sobre as relações raciais, o papel da mulher na sociedade, e os “direitos gays.” Ele continuou: “Você não pode falar sobre movimento dos direitos civis neste pais sem falar sobre paladinos da liberdade judaicos e Jack Greenberg... Você não pode falar sobre movimento feminino sem falar sobre Betty Friedan.” Biden também elogiou a “adoção da imigração” pela comunidade judaica.

            “Eu acredito que o que afeta os movimentos [sócio-políticos] na América, o que que afeta nossas atitudes na América são a cultura e as artes mais que qualquer coisa mais,” disse Biden. “Não foi alguma coisa que nós [os políticos] legislativamente fizemos,” ele continuou. “Foi ‘Will and Grace’ [assim como os programas de televisão], foi a mídia social. Literalmente. É isso o que mudou a atitude das pessoas. É por isso que eu estava tão certo que a vasta maioria das pessoas abraçariam, e rapidamente abraçaram” o casamento do mesmo sexo.

            Embora a influência judaica tenha sido um importante fato da vida americana por décadas, esta realidade é raramente reconhecida abertamente, especialmente por um proeminente americano não judeu da estatura de Biden. Na sociedade que supostamente se esforça pela “diversidade,” “ação afirmativa” de igualdade, e justiça, o fato que um grupo étnico-religioso que compõe não mais que dois por cento de toda a população e exerce um poder e influência grandemente desproporcional é, ou deveria, ser uma fonte de embaraço. Talvez isto explique porquê as observações excepcionalmente francas de Biden receberam somente uma escassa cobertura da imprensa, e levou a quase nenhum comentaria nos principais fluxos midiáticos.

            Para alguns judeus, declarações ousadas do vice-presidente eram realmente preocupantes. Um proeminente jornalista judeu escreveu que, embora possam ser gratificantes as observações muito “filo-semitas” de Biden, um reconhecimento tal de influência judaica está “vagando dentro de um terreno altamente desconfortável.” O vice-presidente foi muito longe, advertiu Jonanthan Chait, especialmente tendo em conta que “muitas pessoas” não estão totalmente felizes sobre como os “judeus têm usado a influência deles sobre a cultura popular para mudar as atitudes da sociedade frente à homossexualidade.[2]

             Conforme Biden mencionou, o papel judaico na formação das atitudes não é de nenhuma maneira um fenômeno recente. Isso foi notado, por exemplo, em 1968 por Walter Kerr, um renomado autor, diretor e crítico teatral vencedor do Prêmio Pulitzer. Escrevendo no New York Times, ele comentou: “O que tem acontecido desde a Segunda Guerra Mundial é que a sensibilidade americana tem se tornado em parte judaica, talvez tão judaica como nenhuma coisa mais... A mente literata americana tem se transformado em alguma medida para pensar judaicamente. Ela tem sido ensinada a isso, e estava pronta para isso. Depois dos novelistas e artistas de entretenimento vieram os críticos, políticos e teólogos judeus. Críticos, políticos e teólogos são por profissão formadores; eles formam os modos de ver[3].”

            “Não faz sentido algum tentar negar a realidade do poder judaico e sua proeminência na cultura popular,” escreveu Michael Medved, um bem conhecido autor judaico e crítico de filmes, em 1996. “Qualquer lista dos mais influentes produtores executivos em cada principal estúdio cinematográfico,” ele disse, “irá produzir uma pesada maioria de reconhecíveis nomes judaicos[4].” Joel Stein, um colunista do Los Angeles Times , escreveu em 2008: “Como um orgulhoso judeu, eu quero que a américa saiba de nossas realizações. Sim, nós controlamos Hollywood... eu não me importo se os americanos pensam que nós controlamos os noticiários, Hollywood, Wall Street ou o governo. Eu apenas me importo que nós consigamos nos manter controlando eles[5].”

            Enquanto Biden elogiou o papel judaico nos meios de comunicação de massa e na cultura popular como “tudo para o bem,” alguns proeminentes americanos não têm ficado satisfeitos. O Presidente Richard Nixon e o reverendo Billy Graham, o mais conhecido cristão evangélico, falaram juntos francamente sobre a posse tenaz dos meios de comunicação de massas durante um encontro privado na Casa Branca em 1972. A conversação secreta deles não foi feita pública até 30 anos depois. Durante a conversa Graham disse: “Este estrangulamento tem de ser quebrado ou o país vai para o ralo.” O Presidente respondeu dizendo: “Você acredita nisso?” Graham respondeu: “Sim, senhor.” E Nixon disse: “Oh, menino. Eu também! Eu não posso jamais [publicamente] dizer isso, mas eu acredito nisso[6].”

            Nos Estados Unidos, como em toda sociedade moderna, aqueles que controlam a grande mídia, e especialmente os filmes e a televisão, guiam e formam como as pessoas, e especialmente os mais socialmente e culturalmente sintonizados, pensam sobre as mais importantes questões. Os meios de comunicação de massa, incluindo os de entretenimento popular, colocam limites nas discussões “permitidas” de importantes assuntos e, portanto, orienta a direção geral da política pública. Visões e ideias que aqueles que controlam os meios de comunicação de massa não aprovam são vilipendiados como “ofensivo”, e “separatista”, e são eliminados da consideração pública “aceitável”, enquanto qualquer um que ousa expressar tais visões tem sua imagem envilecida como um fanático, retrógrado e intolerante.

            Um resultado importante da posse judaica da mídia de massa americana é uma larga inclinação pró-Israel na apresentação das notícias, questões atuais e história – uma parcialidade que é evidente para qualquer um que cuidadosamente compare a cobertura dos noticiários de Israel e do conflito Israel-Palestina na mídia americana com cobertura na Europa, Ásia ou América Latina.

            Outra expressão notável do papel judaico nos meios de comunicação de massa tem sido uma rotineiramente representação dos judeus como vítimas, com muita ênfase no “Holocausto” e na “memória do Holocausto”, incentivando assim um forte e emocional apoio para Israel[7].”

            Com atenção especial aos medos e preocupações judaicas, a mídia de comunicação de massas destaca os reais e supostos perigos para Israel e judeus ao redor do mundo. Além disso, os adversários de Israel são rotineiramente retratados como inimigos da América, portanto encorajando guerras americanas contra os países que Israel considera como perigoso[8].

             Outra importante consequência da posse judaica sobre os meios de comunicação de massa e da vida cultural tem sido – conforme o vice-Presidente Biden sugeriu – uma larga e longa promoção, por décadas, da “diversidade” e “pluralismo” racial e cultural. Líderes judeu-sionistas veem o máximo de “tolerância” e “diversidade” nos Estados Unidos e outras sociedades como benéfica para os interesses da comunidade judaica[9]. “A pluralista sociedade Americana é o coração da segurança judaica,” disse Abraham Foxman, o diretor nacional da Anti-Defamation League – uma organização líder do judaico-sionismo. “A longo prazo,” ele continua, “o que tem feito a vida judaico americana um experiência positiva única na história da diáspora e na qual tem nos habilitado sermos aliados do Estado de Israel, é a saúde de uma sociedade americana, tolerante, pluralista e inclusiva[10].”

            Filmes americanos e televisão, em colaboração com influentes organizações judaico-sionistas, têm por muitos anos procurado persuadir americanos – especialmente jovens americanos – saudar e abraçar ainda mais “diversidade” social, cultural e racial, e para consideram a si mesmo simplesmente como indivíduos. Enquanto se esforça para depreciar e derrubar a identidade e coesão racial, religiosa, étnica e cultural dos americanos não-judeus, os meios de comunicação de massas americanos promovem um nacionalismo tribal (sionismo) para os judeus, e defendem Israel como um orgulhoso estado étnico-religioso.

            Sem uma compreensão do papel judaico nos meios de comunicação de massa e na vida cultural americana nos Estados Unidos, as principais tendências sócio-políticas do século passado são todas nada que não seja algo incompreensível. O franco reconhecimento do vice-Presidente Biden desta “imensa” influência é uma bem-vinda contribuição para uma maior consciência desta importante realidade da vida americana.

Tradução e palavras entre chaves por Mykel Alexander


Notas

[1] Nota do autor:  Jennifer Epstein, “Biden: 'Jewish heritage is American heritage',” Politico, 21 de maio de 2013. (http://www.politico.com/politico44/2013/05/biden-jewish-heritage-is-american-heritage-164525.html); Daniel Halper, “Biden Talks of 'Outsized Influence' of Jews: 'The Influence Is Immense',” The Weekly Standard, 22 de maio de 2013.

[2] Nota do autor: Jonathan Chait, “Biden Praises Jews, Goes Too Far, Accidentally Thrills Anti-Semites,” New York magazine, 22 de maio de 2013.

[3] Nota do autor:  Walter Kerr, “Skin Deep is Not Good Enough,” The New York Times, April 14 de abril de 1968, páginas D1, D3. Citado em: Kevin MacDonald, The Culture of Critique (Praeger, 1998), página 243.
Ver também Mark Weber, “A Straight Look at the Jewish Lobby” (http://ihr.org/leaflets/jewishlobby.shtml), {traduzido ao português como Conversa direta sobre o sionismo - o que o nacionalismo judaico significa - Por Mark Weber, em World Traditional Front, 19 de maio de 2019 (https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2019/05/conversa-direta-sobre-o-sionismo-o-que.html)}.

[4] Nota do autor: M. Medved, “Is Hollywood Too Jewish?,” Moment, Vol. 21, Nº 4 (1996), página 37.

[5] Nota do autor: J. Stein, “How Jewish Is Hollywood?,” Los Angeles Times, 19 de dezembro de 2008.
(http://www.latimes.com/news/opinion/commentary/la-oe-stein19-2008dec19,0,4676183.column).

[6] Nota do autor: “Nixon, Billy Graham Make Derogatory Comments About Jews on Tapes,” Chicago Tribune, 1 de março de 2002 (28 de fevereiro de 2002),
(http://www.fpp.co.uk/online/02/02/Graham_Nixon.html);
“Billy Graham Apologizes for '72 Remarks,” Associated Press, Los Angeles Times, 2 de março 2002. “Graham Regrets Jewish Slur,” BBC News, 2 de março de 2002.
(http://news.bbc.co.uk/2/hi/americas/1850077.stm) A conversa aparentemente ocorreu em 1º de fevereiro de 1972.

[7] Nota do autor: M. Weber, “Holocaust Remembrance: What's Behind the Campaign?”
(http://www.ihr.org/leaflets/holocaust_remembrance.shtml).

[8] Nota do autor: M. Weber, “Iraq: A War for Israel.” (http://www.ihr.org/leaflets/iraqwar.shtml), {traduzido ao português como Iraque: Uma guerra para Israel - Por Mark Weber, em World Traditional Front, 09 de julho de 2019 (https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2019/07/iraque-uma-guerra-para-israel-por-mark.html )}.

M. Weber, “Behind the Campaign for War Against Iran”

[9] Nota do autor:  Kevin MacDonald, The Culture of Critique. Praeger, 1998 (Softcover edition, 2002). Ver também: Resenha de Stanley Hornbeck of The Culture of Critique em junho de 1999, edição de American Renaissance. (http://www.csulb.edu/~kmacd/review-AR.html).

[10] Nota do autor: Foxman carta de 11 de novembro de 2005. Publicada em The Jerusalem Post, 18 de novembro de 2005. (http://archive.adl.org/media_watch/newspapers/20051111-JPost.htm).







Sobre o autor: Mark weber é um historiador americano, escritor, palestrante e analista de questões atuais. Ele estudou história na Universidade de Illinois (Chicago), na Universidade de Munique (Alemanha), e na Portland State University. Ele possui um mestrado em História Europeia da Universidade de Indiana. Desde 1995 ele tem sido diretor do Institute for Historical Review, um centro independente de publicações, educação e pesquisas de interesse público, no sul da Califórnia, que trabalha para promover a paz, compreensão e justiça através de uma maior consciência pública para com o passado. 


Para Leitura Adicional

Norman F. Cantor. The Sacred Chain: A History of the Jews. New York: Harper, 1994.
Benjamin Ginsberg. The Fatal Embrace: Jews and the State. The Univ. of Chicago Press, 1993.

Peter Harrison, “What Causes Anti-Semitism?” Review of Macdonald’s Separation and Its DiscontentsThe Journal of Historical Review, May-June 1998.
http://ihr.org/jhr/v17/v17n3p28_Harrison )

Alfred M. Lilienthal, The Zionist Connection. New York: Dodd, Mead, 1978.

Seymour Martin Lipset and Earl Raab. Jews and the New American Scene. Harvard University Press, 1995.

Kevin MacDonald, Separation and Its Discontents: Toward an Evolutionary Theory of Anti-Semitism. Praeger, 1998

Kevin MacDonald, The Culture of Critique: An Evolutionary Analysis of Jewish Involvement in Twentieth-Century Intellectual and Political Movements. Praeger, 1998 (Softcover edition, 2002).

Tony Martin, “Tactics of Organized Jewry in Suppressing Free Speech” June 2002.

W. D. Rubinstein. The Left, The Right and the Jews. New York: Universe Books, 1982.

Mark Weber, “The Danger and Challenge of Jewish-Zionist Power.” May 2015.

M. Weber, “A Straight Look at the Jewish Lobby”

{Traduzido ao português como “Conversa direta sobre o sionismo - o que o nacionalismo judaico significa,” em World Traditional Front, 19 de maio de 2019 (https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2019/05/conversa-direta-sobre-o-sionismo-o-que.html)}

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Relacionado, leia também:

A Agenda de Hollywood, e o poder atrás dela - Por Mark Weber

Êxodo recorrente: Identidade judaica e Formação da História - Por Andrew Joyce

2 comentários:

  1. 77% dos judeus votaram em Biden
    06.11.20 19:10
    https://www.oantagonista.com/mundo/77-dos-judeus-votaram-em-biden/?oam

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  2. Lendo este artigo, me convenço cada mais que Hitler tinha razão.... A influência sionista é perniciosa para o mundo todo.

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