Ferdinand Bardamu {academic auctor pseudonym} |
O
livro de Kevin MacDonald intitulado The Culture of Critique (CofC)
deveria ser revisado para focalizar Karl Marx, o fundador do primeiro movimento
intelectual e político dos judeus de âmbito mundial? Sendo o criador judeu do
socialismo “científico”, ele deu início à crítica radical da sociedade europeia
que se estende ao século XXI. Embora o CofC {The Culture of Critique} aborde
especificamente os movimentos intelectuais e políticos judaicos do século XX,
ele certamente poderia ter ampliada sua compreensão da esquerda judaica, se
Marx pudesse ser incluído no seu quadro teórico como o fundador dos movimentos
intelectuais e políticos que tanto orientaram a esquerda judia no século XX.
{O livro de Kevin MacDonald intitulado The Culture of Critique foi banido da Amazon, mesmo sendo altamente contundente e convicente em seus argumentos. Quais interesses os argumentos de tal livro desafiam? Veja mais em: Amazon bane Culture of Critique e Separation and Its Discontents - Por Kevin MacDonald}. |
A primeira questão a ser levantada é se Marx se
reconhecia como dirigente judeu de um movimento intelectual e político de
judeus. O CofC {The Culture of Critique} de Kevin MacDonald indica os
passos a seguir para a solução do problema. Examinemos detidamente as
indicações de Kevin MacDonald.
A
metodologia de Kevin MacDonald é bastante objetiva. O primeiro passo consiste
em “identificar movimentos influentes sob direção judaica, quaisquer sejam, não
importando se todos ou a maioria dos judeus participassem deles”. O segundo
passo consiste em “determinar se os participantes judeus se assumiam como
judeus E se, por tal participação, buscassem atender a interesses
judeus”.[1] Depois, então,
discutiremos a influência e o impacto desses movimentos na Europa e nos Estados
Unidos.
Em
vista desses critérios de Kevin MacDonald, acreditamos em que o socialismo
científico de Marx atenda aos dois quesitos.
Em
primeiro lugar, Marx teve participação direta na criação das principais
organizações de esquerda no século XIX. A maioria das primeiras organizações
socialistas sofreram influência direta de Marx, quais sejam: a Liga Comunista,
cofundada por Marx e Engels em 1847; o Partido Social-Democrático da Alemanha,
fundado em 1863; o Partido Socialista Trabalhista da América, fundado em 1876;
o Partido dos Trabalhadores Franceses, cofundado pelo genro de Marx, Paul
Lafargue, em 1880; e a Federação Social-Democrática Britânica, fundada em 1881.
A maioria dessas organizações moldaria a vida política da Europa e dos Estados
Unidos no século XX.
Aquele
que foi o sabatigói [N.T.: no original: Shabbos Goy] de Marx por
longo tempo, Engels, reconheceu a preponderância dos judeus nos movimentos
esquerdistas do século XIX:
“Ademais, temos para com os judeus uma dívida de gratidão. Sem falar de Heine e Böme, Marx era de pura origem judia; Lassalle era judeu. Muitos entre os melhores da nossa gente são judeus. Meu amigo Victor Adler, que agora está cumprindo pena numa prisão em Viena por sua devoção à causa do proletariado; Eduard Bernstein, o editor da publicação londrina Sozialdemokrat, Paul Singer, um dos melhores homens no Reichstag —essas pessoas deixam-me orgulhoso por sua amizade, e todos eles são judeus! Eu mesmo fui considerado judeu pelo [semanário conservador] Gartenlaube. Na verdade, se eu tivesse de escolher, preferiria ser um judeu a ser um ‘Herr von’!” [2]
Em
1911, o sociólogo Robert Michels chamou atenção para a “abundância de judeus na
direção dos partidos socialistas e revolucionários”:
“Sobretudo na Alemanha, a influência dos judeus tem sido evidente no movimento dos trabalhadores. Os dois primeiros grandes capitães, Ferdinand Lassalle e Karl Marx, eram judeus, bem assim como o contemporâneo deles Moses Hess. O primeiro eminente político da velha escola a abraçar o socialismo, Johann Jacoby, era judeu. Também Karl Höchberg, um idealista, seu pai era rico comerciante de Francoforte, fundador da primeira revista socialista publicada em língua alemã. Paul Singer, que quase sempre presidia os congressos socialistas alemães, era judeu. Entre os 81 deputados socialistas mandados ao Reichstag na penúltima eleição geral, havia nove judeus. Este número é extremamente alto, comparado com a percentagem de judeus na população da Alemanha, com o total de trabalhadores judeus e com o número de judeus no Partido Socialista.” [3]
Em
segundo lugar, longe de ser um etnomasoquista antissemita, Karl Marx
identificava-se fortemente como judeu e estava muito envolvido com a comunidade
judaica:
“Com os judeus e a judaicidade, Marx sempre manteve laços positivos. Entre seus amigos mais próximos estavam os judeus Heinrich Heine e Ludwig Kugelmann; por certo tempo privou com Moses Hess e ajudou o ex-comunista de Colônia Abraham Jacoby a emigrar para os Estados Unidos (onde ele se tornou um médico influente).” [4]
Fato
indicando forte identificação judaica é que, quando Jacoby militava pela
revolução na Europa, sua agenda era a “emancipação” judaica, — a naturalização
e eleitoralização dos judeus. Como no caso de Marx, seus associados mais
próximos também tinham forte senso de identidade grupal judaica. Eles
compartilhavam objetivos, crenças e compromissos em pró da emancipação dos
judeus.
{Ao redor do judeu Karl Marx (1818-1883) estavam os campeões judeus da subversão de esquerda que era simultânea direta ou indiretamente ao empenho dos interesses do judaísmo. Da esquerda para direita na parte superior: Ferdinand Lassalle (1825-1864) militante e vanguardista da esquerda moderada e progressista; Moses Hess (1812-1875) vanguardista do nacionalismo para os judeus e socialismo de esquerda para os demais povos; Johann Jacoby (1805-1877) militante, político e teórico para inserir os judeus na sociedade alemã valendo-se do avanço da esquerda. Da esquerda para direita na parte inferior: Karl Höchberg (1853-1885) revigorou a esquerda na Alemanha; Paul Singer (1844-1911), foi uma liderança de primeiro escalão no marxismo político alemão; Heinrich Heine (1797-1856), poeta de renome e influenciador de primeira grandeza da identidade judaica contra a tradição germânica. Crédito das fotos: Ferdinand Lassalle (Wikipedia em português), Moses Hess (Wikipedia em inglês), Johann Jacoby (Wikipedia em inglês), Karl Höchberg (Wikipedia em inglês), Paul Singer (Look amd Learn), Heinrich Heine (Wikipedia em inglês)}. |
A
persistente crítica de Marx contra as sociedades europeias resultava dos
sentimentos de sua marginalização. Ele era etnicamente judeu, fora criado numa
família liberal judia conforme os valores do Iluminismo. Seu pai abraçou o
universalismo iluminista por causa da marginalidade dos judeus na sociedade
europeia. Em consequência de sua marginalidade social, Marx tornou-se hostil à cultura
e aos valores europeus. Reagindo a isso, ele construiu uma identidade social
judia positiva, retratando o comportamento judeu balizado pelo ganho financeiro
como motivo de orgulho étnico, não como conduta a ser demonizada. Conforme
Marx, a emancipação dos judeus não implicaria a dissolução de sua identidade
étnica, antes seria resultado da futura condição proletário-comunista ou, mais
precisamente, secular, das sociedades europeias, com plena aceitação dos
judeus. Ele chegou a acreditar que o judaísmo secular cumpriria papel positivo
nas sociedades cristãs europeias. O triunfo mundial do comunismo corresponderia
à vitória mundial do judaísmo secular, deixando livres os judeus para a defesa
de seus interesses coletivos em sociedades formalmente europeias ainda, mas
judaizadas. Nesse particular, Marx não era diferente dos profetas hebreus — que
pregavam o domínio israelita do mundo sob a realeza messiânica, a não ser pelo
fato de que Marx disfarçava seu particularismo étnico judeu sob a roupagem
universalista do Iluminismo liberal.
{O judeu Karl Marx (1818-1883) iniciou movimentos sócio-políticos que fez os maiores danos nos inimigos dos judeus ao longo dos séculos XIX e XX. Fonte da imagem: domínio público Wikipedia em português} |
Em
A questão judaica, ele não apenas clamou pela emancipação judaica, como
também desafiou o “antissemitismo”. Ele faria a mesma coisa novamente em A
sagrada família, publicado em 1844. Esses ensaios foram escritos para
refutar Bruno Bauer, para quem a raça judia era “horrorosa” e não teria
contribuído com nada para a “construção da modernidade”.[5] Marx acreditava que o
preconceito antissemita europeu poderia ser eliminado pela transformação da
Europa nas utopias proletário-comunistas, por cuja tolerância poderia o
judaísmo continuar a existir. Aparentemente Marx não se iludia ao combater pela
emancipação dos judeus, pois ele tinha plena consciência de ser judeu e queria
proteger os judeus da perseguição branca por meio do universalismo, em
detrimento das maiorias europeias na própria Europa.
Os
mais importantes discípulos de Marx ou eram judeus ou eram descendentes de
judeus, a exemplo de Adler, Bauer, Bernstein, Luxemburgo, Lenin, Trotsky e os
membros da Escola de Francforte. Apesar disso, os marxistas judeus
aparentemente não ligavam importância à identidade judia de seus membros,
pretendendo apresentar a luta pela emancipação judaica como parte da luta
contra a sociedade burguesa. Como observou Kevin MacDonald no CofC {The
Culture of Critique}, os ativistas étnicos judeus escamoteavam sua
etnicidade judaica, recrutando não-judeus para servir de manequins, que vestiam
de linda roupagem para disfarçar o que na realidade era um movimento judeu.
Dissimulando sua judaicidade, os dirigentes marxistas puderam promover os
interesses judaicos quase sem nenhuma oposição, o que lhes permitiu recrutar mais
inocentes úteis entre os góis {isto é, entre os não-judeus}. Embora o
socialismo moderno deva suas origens a um judeu e tenha sido dominado pelos
judeus, o movimento atraiu muitos góis {os não-judeus}, alguns deles se
destacaram, como Bebel e Liebknecht. Aliás, quando foi da morte de Marx em
1883, seu maior porta-voz era Engels, um sabatigói.
Marx
dizia-se amigo do proletariado, mas suas relações com a comunidade judaica eram
estreitas. Como todos os ativistas étnicos judeus, Marx tinha a obsessão de
combater o antissemitismo onde quer que se lhe deparasse, mas para não alarmar
os góis {os não-judeus}, esse combate apresentava-se de mistura com a luta
contra a sociedade burguesa. O artifício prestava-se a propósito vital, já que
assim Marx acobertava sua atitude adversa à sociedade europeia e ainda atraía
os não-judeus para a nova fé secular judaica — não-judeus que também iriam
ajudá-lo na luta contra o antissemitismo, como se apenas militassem pela
revolução proletária mundial. Enquanto ínfima minoria nas sociedades europeias,
os judeus sempre se serviram de não-judeus para a consecução de seus objetivos,
assim fizeram os marxistas que se valeram do proletariado, assim fazem os
neoconservadores que se valem dos conservadores do estabilismo {do meio sócio-político
estabilizado atualmente} para favorecer Israel.
A
análise e a apologética marxistas sempre tiveram por base o “cepticismo e
esoterismo científicos”.[6] Como indica Kevin
MacDonald no seu CofC {The Culture of Critique}, os ativistas étnicos
judeus do século XX comumente lançavam mão dessas táticas mistificatórias. O
capitalismo deve atender a requisitos de alto padrão para ser considerado um
sistema econômico viável, apesar de sua longa história de sucesso na geração de
crescimento econômico, enquanto o comunismo é sempre considerado profícuo,
apesar de seus embaraçosos precedentes de estado policial autoritário,
pauperização massiva, totalitarismo extremo e catástrofes ambientais. Temos aí
dois pesos e duas medidas quanto ao ônus da prova que servem para apresentar o
marxismo como um sistema de crenças viável. De igual modo, os apoiantes judeus
de Marx argumentam, maliciosamente, que “O socialismo não fracassou, o que
fracassou foi o estalinismo, isto é, a ditadura burocrática do partido”. [7]
A
análise econômica de Marx era tão hegelianizante que seus críticos e adeptos
não lhe puderam compreender a exata significação. Livros dele como A
ideologia alemã e O capital geram ainda controvertidas
interpretações. Ele vazava seu discurso em linguagem científica para cobrir
suas profecias como o verniz da credibilidade. Por exemplo, o socialismo de
Marx era chamado de socialismo “científico”, para que se distinguisse de suas
variantes “utópicas”. O fato de apresentar sua versão do socialismo como “científica”
indica que o esoterismo da linguagem de Marx era proposital, no que foi imitado
pelos epígonos. Na realidade, o socialismo marxiano consistia numa espécie de
culto secular da religião judia, cujos princípios dogmáticos não permitiam
revisão, mesmo quando confrontados com irrefutáveis evidências em contrário.
Até os nossos dias, nenhuma das leis marxistas do desenvolvimento capitalista
tornou possível experiências empíricas de falsificação, nem qualquer de suas
profecias foi confirmada.
É
interessante notar que Franz Boas não foi o primeiro intelectual judeu a
submeter a aplicação social do darwinismo a virulenta crítica intelectual; essa
honraria cabe a Marx e a seu sabatigói pessoal, Engels. A princípio, eles eram
adeptos entusiastas da obra de Darwin A origem das espécies. Acreditavam
que a seleção natural corroborava a análise dialético-materialista do
desenvolvimento histórico. Entretanto, Marx e Engels chegaram à conclusão de
que a teoria de Darwin era “metafisicamente inaceitável”:
“Dado que Darwin via a luta na natureza, em grande parte, como luta entre indivíduos, sua teoria pareceu-lhes solapar a própria possibilidade da solidariedade de classe e a eliminação final do conflito humano. […] Na opinião de Marx, a deficiência mais grave da teoria de Darwin residia na ênfase posta sobre o caráter indeterminado e aleatório das mutações, implicando que no mundo para além do reino animal o progresso fosse ‘puramente acidental e não necessário’, ao contrário do que desejava Marx e exigia a sua teoria (Marx apud Feuer, 1975, página 121). O Darwinismo ameaçou a fé de Marx e Engels num processo histórico mais propício.” [8]
Em
virtude de a biologia darwiniana haver limitado o poder explanatório de sua
dialética histórica, Marx e Engels recorreram a causalidades ambientais e
subjetivísticas:
“Em razão de que outras teorias da evolução, como as de Trémaux e Lamarck, tivessem enfatizado como causas das mutações adaptativas nas espécies ou nas raças a ação direta do meio ambiente ou a resposta automática às necessidades do organismo, tais teorias pareceram mais atraentes para Marx e Engels (como também para Stálin e Lysenko), por darem sanção ‘científica’ para a mundivisão deles.” [9]
A
exemplo dos ativistas étnicos judeus que Kevin MacDonald citou no CofC {The
Culture of Critique}— Boas, Lewontin, Gould etc. — Marx e Engels combateram
a aplicação social do darwinismo, porque comprometia sua capacidade de impor a
perspectiva ambientalista às sociedades europeias, a partir da qual projetavam
a construção de nova raça humana pela manipulação do ambiente conforme as
ideias marxistas. Na consecução desse objetivo, os comunistas mataram milhões
de dissidentes, sem nenhum escrúpulo, abrindo caminho para o novo homem que
fosse criado pelo sistema educacional comunista.
Marx
era conhecido por suas tendências ditatoriais, característica que ele compartia
com os ativistas étnicos judeus do CofC {The Culture of Critique}. No
seu pugnaz empenho para conquistar o poder, os judeus foram acusados de
autoritarismo pelos seus oponentes. Em 1850, Eduard Müller-Tellering publicou Vorgeschmack
in die kuenftige deutsche Diktatur von Marx und Engels, ou A foretaste
of the future German dictatorship of Marx and Engels [A pré-estreia da
futura ditadura alemã de Marx e Engels], atacando Marx por sua mania de
dominação. Os dois tiveram um bate-boca, que Müller-Tellering atribuiu à sede
de vingança do “futuro ditador alemão” Karl Marx, motivada pelo fato de ele,
Müller-Tellering, haver publicado artigo contra os judeus no próprio jornal de
Marx, o Neue Rheinische Zeitung [Nova Gazeta Renana]. Segundo
Müller-Tellering, o implacável e vingativo comportamento de Marx resultava da
natureza dos judeus, da perversidade deles.
A
personalidade autoritária de Marx alienou dele o anarquista Mikhail Bakunin
(1814-1876), que escreveu o seguinte:
“Todo esse mundo judeu constitui uma só seita exploradora, um tipo de povo-vampiro, um parasito coletivo, voraz, auto-organizado não apenas por sobre as fronteiras dos Estados, mas também por sobre as diferenças de opinião política — esse mundo está, pelo menos em grande parte, à disposição de Marx e dos Rothschilds. Eu sei que os Rothschilds, reacionários como são e continuarão sendo, admiram profundamente os predicados do comunista Marx; e por sua vez o comunista Marx sente-se atraído, por interesse instintivo e respeitosa admiração, pelo gênio financeiro dos Rothschilds. A solidariedade judaica, aquela poderosa solidariedade que se manteve ao longo dos séculos, ligou Marx aos Rothschilds.” [10]
Percebe-se
aí que Bakunin tinha consciência do grande número de seguidores judeus de Marx
— ele sabia que o mundo judaico repartia-se entre Marx e Rothschild. Bakunin
rejeitou a ditadura do proletariado de Marx, porque implicava a centralização
do poder do Estado, o que levaria ao seu controle por pequena elite. Marx e
Bakunin andavam sempre às turras. Bakunin lutava por uma “confederação
descentralizada de comunas autônomas”, sendo atacado por Marx, para quem o
melhor seria a ditadura do proletariado. Depois do embate entre os comunistas
de Marx e os anarquistas de Bakunin, no Congresso de Haia de 1872 {O Congresso
de Haia da Associação Internacional dos Trabalhadores, dirigido por Karl Marx e
Frederik Engels*a}, Bakunin acabou sendo
expulso da Primeira Internacional, por determinação pessoal de Marx.
Assim
como os ativistas judeus citados no CofC {The Culture of Critique}, Marx
combatia na guerra étnica contra as sociedades europeias. O seu socialismo
científico ameaçava solapar a moral e as fundações intelectuais da Europa, de
sorte que se transformasse numa sociedade secular para suportar indefinidamente
a continuação da existência do judaísmo. Por exemplo, em O capital, a
sua obra magna, Marx tentou desvelar o funcionamento dos mecanismos internos do
modo de produção capitalista na Europa Ocidental, explicando por que ele
entraria em colapso sob o peso de suas próprias contradições, preparando o
caminho para a revolução proletária. A ditadura do proletariado era visionada
como ferramenta de forte dominação, centralizada e autoritária. Quando ela foi
imposta aos russos pela elite hostil {nominalmente uma elite judaica*b} que assumiu o poder a partir de 1917,
teria como consequência a morte de muitos milhões e a opressão política de
todos, sendo plausível supor que Marx teria ficado muito feliz se houvesse sido
capaz de impor semelhante regime sobre todos os europeus. Embora a defesa que
fazem os judeus do universalismo nas sociedades brancas signifique a
autodestruição cultural e racial dos próprios brancos, ela enseja as condições
ideais para a prosperidade judaica, ao maximizar o controle judaico sobre a
população europeia inclusiva e ao minimizar o temor judaico da perseguição
antissemítica.
Foi
Marx quem assentou as bases ideológicas da principal corrente do ativismo
étnico judeu no século XX. No quadro teórico do CofC {The Culture of
Critique}, a importância de Marx é depreendida de sua condição de fundador
judeu de um movimento intelectual e político judeu em meado do século XIX, cuja
influência estende-se até o presente. Por exemplo, o mais influente movimento
intelectual judeu contemporâneo, a Escola de Francforte, era seita marxista
ortodoxa a princípio, mas revisou o marxismo, desviando-o da luta de classes
para uma teoria enfatizando o etnocentrismo branco como o problema fundamental
e inaugurando o que agora é frequentemente denominado de marxismo cultural.
A
conclusão é que o engajamento judeu na esquerda remonta a meado do século XIX e
continua exercendo influência no mundo contemporâneo, mostrando-se diante dos
europeus como força opositora.
Tradução
por Chauke Stephan Filho
Palavras
entre chaves por Mykel Alexander
[1] Nota de Ferdinand Bardamu: Kevin Macdonald, Culture of critique, páginas 11-2.
[2] Nota de Ferdinand Bardamu: Frederick Engels, “On anti-semitism”. Arbeiter-Zeitung, nº 19, 9 de maio de 1890. Disponível em: https://www.marxists.org/archive/marx/works/1890/04/19.htm
[3] Nota de Ferdinand Bardamu: Robert Michels, Political Parties. página 246.
[4] Nota de Ferdinand Bardamu: Jerrold Seigel, Marx’s Fate. Página 114.
[5] Nota de Ferdinand Bardamu: Karl Marx e Frederick Engels, The Holy
Family. Marxists.org, 2019. Disponível
em: www.marxists.org/archive/marx/works/1845/holy-family/ch04.htm.
[6] Nota de Ferdinand Bardamu: Kevin Macdonald, Culture of critique, páginas 122.
[7] Nota de Ferdinand Bardamu: , Ernest Mandel, The Roots of the Present Crisis in the Soviet Economy (1991). Disponível em: https://www.marxists.org/archive/mandel/1991/xx/sovecon.html
[8] Nota de Ferdinand Bardamu: Howard Kaye, Social Meaning of Modern Biology, página 25.
[9] Nota de Ferdinand Bardamu: Howard Kaye, Social Meaning of Modern Biology, página 25.
[10] Nota de Ferdinand Bardamu: Hal Draper, Karl Marx’s Theory of Revolution, volume 4, página 596.
*a Nota de Mykel Alexander: Ver:
https://www.marxists.org/history/international/iwma/documents/1872/hague-conference/index.htm
*b Nota de Mykel Alexander: Sobre a
elite judaica articulando e protagonizando a tomada de poder na Rússia em 1917:
- A liderança judaica na Revolução Bolchevique e o
início do Regime soviético - Avaliando o gravemente lúgubre legado do comunismo
soviético - por Mark Weber, 14 de novembro de 2020, World Traditional Front.
https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2020/11/a-lideranca-judaica-na-revolucao.html
- Líderes do bolchevismo {comunismo marxista} - Por
Rolf Kosiek, 19 de setembro de 2021, World Traditional Front.
https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2021/09/lideres-do-bolchevismo-por-rolf-kosiek.html
- Wall Street & a Revolução Russa de março de 1917
– por Kerry Bolton, 23 de setembro de 2018, World Traditional Front.
https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2018/09/wall-street-revolucao-russa-de-marco-de.html
- Wall Street e a Revolução Bolchevique de Novembro de
1917 – por Kerry Bolton, 14 de outubro de 2018, World Traditional Front.
https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2018/10/wall-street-e-revolucao-bolchevique-de.html
- Mentindo sobre o judaico-bolchevismo {comunismo-marxista}
- Por Andrew Joyce, Ph.D. {academic auctor pseudonym}, 26 de setembro de 2021, World
Traditional Front.
https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2021/09/mentindo-sobre-o-judaico-bolchevismo.html
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FINE, Robert, PHILIP, Spencer. Antisemitism and the
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Fonte em português:
Karl Marx: o patriarca da
esquerda judia?, 22 de março de 2020, O Sentinela – Mídia Crítica Independente.
https://www.osentinela.org/karl-marx-o-patriarca-da-esquerda-judia/
Fonte em inglês:
Karl Marx: Founding Father of the Jewish Left?, por Ferdinand
Bardamu, 04 de Janeiro de 2020, The Occidental Observer.
https://www.theoccidentalobserver.net/2020/01/04/karl-marx-founding-father-of-the-jewish-left/
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Karl Marx, o judeu que odiava seu povo
ResponderExcluir-------------------------------------
A culpa é dos judeus
*
No seu ensaio, "Sobre a Questão Judaica", de 1843, Marx diz literalmente que a ascensão do capitalismo na Europa é culpa dos judeus e sua cultura empreendedora. Ele argumenta que "o mundo moderno comercializado é o triunfo do judaísmo, uma religião odiosa cujo deus é o dinheiro". Segundo o historiador Hyam Maccoby, Marx ficava constrangido por suas origens judias e usava os judeus como encarnação do mal.
*
"O Deus dos judeus se secularizou e se tornou o Deus do mundo. A letra de câmbio é o deus real do judeu. Seu deus não passa de uma letra de câmbio
ilusória. A visão que se obtém da natureza sob a dominação da propriedade privada e do dinheiro é o desprezo real, a degradação prática da natureza, que de
fato se pode constatar na religião judaica, ainda que apenas em forma de ilusão."
Pois é Marco Antonio F!
Excluir"Sobre a Questão Judaica" é de 1843, mas no decorrer do tempo a influencia dos militantes judeus Heinrich Heine (1797-1856) e Moses Hess (1812-1875), os quais cada qual ao seu modo defendiam o unidade judaica acima de tudo, foi o que se refletiu no trabalho de Karl Marx, fazendo deste, que antes era um crítico geral, em um subversivo dos valores europeus como os que seguem: imperialismo, nacionalismo, costumes de alta moral, idealismo, família, patriarcado, entre outros.
Se me mostrares críticas de Karl Marx às casas bancárias judaicas na Europa que cresciam e cresciam (Rothschild, Montefiore, Seligman etc) e da imprensa pró-judaísmo, na verdade judaica, e agitação dele, Karl Marx, contra organizações judaicas como a Aliança Israelita Universal ou mesmo nas que não-judeus participavam, como a maçonaria, então temos um começo para ver se Marx realmente militou contra o judaísmo.
Aguardo as fontes e citações, isto, se é que ele fez algo do tipo.
Imaginar Marx como fundador do socialismo é de um amadorismo grosseiro e deliberado. Ele mesmo em seus escritos cita dezenas teóricos que o sucederam. Nenhum dos conceitos básicos de sua interpretação da História é criação sua.
ResponderExcluirVocê quer dizer que Karl Marx cita "cita dezenas teóricos que o 'precederam' {e não sucederam}", certo?
ExcluirCerto! Karl Marx em suas obras ataca vários socialistas denominados hoje de "socialistas utópicos," os quais irritavam ou contrariavam Karl Marx por vários motivos. Um dos principais motivos eram que tais socialismos visavam unir as classes e não fomentar a luta de classes.
O movimento resultante do empenho de Karl Marx dos que na retaguarda dele estavam foi minando a capacidade compreensão das massas de que as classes devem ser unidas e não desunidas, que existem líderes e liderados, que existem diferenças, mas a política deve harmonizar isso.
Outra ação deletéria do marxismo e suas derivações foi a tendência de omitir ou distorcer as lições da história universal de que as grandes culturas e seus estágios de expansão, isto é, suas respectivas civilizações, quando iam bem era pela união e não pela luta de classes.