Andrew Joyce, Ph.D., {academic auctor pseudonym} |
Os
escritos e discussões da historiografia judaica na academia contemporânea
convencional requerem uma coreografia sublime. É basicamente uma série de
evasões assemelhando-se a danças, em que os fatos são mostrados e defendidos, e
narrativas extravagantes são avançadas, as quais todos sabem ser falsas, mas
que emergem de forma repetitiva e desavergonhada. Minha atenção foi tirada pela
primeira vez de “A Specter Haunting Europe: The Myth of Judeo-Bolshevism” de
Paul Hanebrink, pela recente revisão brilhante de Christopher Browning,*a intitulado “O falso perigo do
comunismo judaico” {originalmente em inglês como “The Fake Threat of Jewish
Communism”} no New York Review of Books. Browning é um
historiador do establishment com registro de legalmente ajudar
judeus – pelo preço certo. Bem como receber mais de $30,000 de Deborah Lipstadt
para testemunhar contra David Irving, Browning testemunhou contra um
número significante de ex-soldados europeus em tribunais de crimes de guerra.
Embora seu mais notável trabalho, “Ordinary Men: Reserve Police Batallion
101 and the Final Solution in Poland” (1992), contenha menos
que a notável tese de que a guerra transforma homens ordinários em matadores, a
dedicação de Browning a narrativa judaica o levou a tornar-se um verdadeiro
guru da vitimologia judaica. Tendo recebido prêmios e fundos de organizações
incluindo Yad Vashem e USC Shoah Foundation Center e
a promoção abundante na mídia e academia convencionais, o certificado de elogio
de Browning no campo é potencialmente “construtor de carreira”. Evidentemente,
ele escolheu conceder seu toque magico em Paul Hanebrink. Neste ensaio eu quero
explorar a aproximação de ambos na revisão de Browning e do texto de Hanebrink
como exercícios na manufatura de histórias duplicadas.
Eu
tive de olhar duas vezes para o título de Browning. Meu primeiro pensamento
foi: “Sério? Você realmente quer levar este assunto à frente? Você
realmente acha que pode ‘desmascarar’ a faticidade do comunismo judaico?” Tal
esforço inquestionavelmente iria requerer abundante chutzpah {audácia
judaica em mentir em dado contexto}, mas fica claro desde o próprio princípio
da revisão que será um esforço de evasão ao invés de debate direto e aberto.
Como Browning afirma no parágrafo de abertura, “a aproximação de Hanebrink não
é repetir o que ele considera um erro do período entreguerras – a tentativa
fútil de refutar um mito na base de fatos históricos e dados estatísticos.”
Embora sua evasão seja previsível, é bastante notável ver uma mais ou menos
admissão aberta de dois alegadamente magistrais historiadores que eles não
possuem fatos suficientes para dissipar o próprio “mito” que estabeleceram para
desafiar. Descrever qualquer tal apresentação de fatos como uma “tentativa
fútil” parece intelectualmente fraco; uma concessão da fraqueza do caso.
Mas
o que é realmente apresentado aqui, claro, é a estrutura padrão da
historiografia judaica: evitar os fatos, minimizá-los se a concessão for
absolutamente necessária e mover a discussão em abstrações e sofisma. Tomando
uma página da cartilha da ADL {Liga Anti-Difamação, em inglês Anti-Defamation
League, que é uma organização não governamental judaica internacional},
Browning choraminga timidamente que “um pequeno núcleo de verdade sustentou o
estereótipo do bolchevique judeu”, mas insiste, a respeito do comunismo, que “o
judeu como a face da revolução” foi uma percepção “culturalmente construída”.
Nós, assim sendo, chegamos na posição familiar onde fatos não importam e tudo que
os judeus não gostam é triunfantemente declarado uma mera construção.
{O historiador Christopher Browning: virulento filojudeu} |
A
revisão de Browning é bagunçada em clichês, que por sua vez trai uma
interpretação do antissemitismo fortemente influenciado por um útil companheiro
filossemita, o falecido Gavin Langmuir. Eu perfilei a pesquisa de Langmuir em
comprimento quatro anos atrás,*b durante
o qual eu escrevi:
O trabalho de Langmuir imitou as produções judaicas por essencialmente absolver as populações judaicas medievais de qualquer responsabilidade em provocar reações negativas de suas populações hospedeiras cristãs, e por atribuir a sociedade cristã/ocidental um tiro defeituoso psicologicamente arraigado através da fantasia, repressão e sadismo. Apesar de sua experiência muito limitada sobre a história legal medieval, Langmuir se viu apto a rapidamente fazer grandes pronunciamentos sobre a natureza e as origens do sentimento antissemita pela Europa e ao longo dos séculos. Seus trabalhos, frequentemente com evidência lamentável rala de leitura mais ampla, retratado antissemitismo como “um fenômeno primariamente ocidental”.[1] Ele arrogantemente reivindicou ter sido capaz de “definir o Cristianismo e categorizar suas manifestações, incluindo o Catolicismo, objetivamente.”[2] Ele abruptamente confessou em seus livros que “não discutirei atitudes pagãs para os judeus na antiguidade.”[3] Ele desdenhosamente descreveu tentativas de chegar a teorias racionais, baseadas em interesses de conflitos intergrupais entre judeus e não-judeus como “esforços pseudocientíficos mal orientados de teóricos raciais”, e mesmo argumentou que tentativas de chegar a explicações de “senso comum” do antissemitismo se provaria “desastroso”.[4] Antissemitismo foi, em vez disso, “tanto em suas origens e em suas mais horríveis manifestações recentes…a hostilidade desperta pelo pensamento irracional sobre os judeus.”[5]
Browning
subscreve plenamente a linha de pensamento de Langmuir, comentando no texto de
Hanebrink:
O judeu da Idade Média, um infiel, passou a ser o judeu do século vinte um subversivo político. Com os judeus emancipados sendo os beneficiários mais visíveis da economia comercial e industrial modernas pelo final do século dezenove, o epíteto medieval da usura judaica já tinha sido substituído com aquela do rapace capitalismo judaico, e após 1914 a imagem do judeu como uma ameaça econômica foi apenas intensificado por acusações de especulação e mercado negro judaico. O judeu, como um clã forasteiro, na Cristandade medieval foi facilmente transformado no judeu como uma minoria inassimilável e um perigo interno alienígena.
Os
fatores em comum em Langmuir e Browning são a necessidade total para que haja
uma conexão psicológica e cultural entre as atitudes antijudaicas
na Idade Média e o presente. Isso é explicado nas asserções de ambos
historiadores como essencialmente religioso/irracional em origem, e estas asserções
são por sua vez apoiadas por uma dispersão frequente de palavras-chave
persuasivas que agem como encantamentos que cativam o leitor em certas maneiras
de ver. Note a insistência de Browning sobre a posição do judeu como um infiel
espiritual, e a evasão clara dos vários fenômenos reais da usura judaica, que
são reduzidos nas estimativas de Browning a um mero “epíteto”. A competição
econômica judaica no período moderno é caricaturada como uma “imagem”
irracional, e a especulação de guerra do judeu é simplesmente uma “acusação”.
Epítetos, imagens, acusações e o passivo e inocente judeu. Em termos
sociológicos-psicológicos é o clássico Freud e a Escola de Frankfurt, e na
historiografia é o clássico Langmuir.
Como
com o sofisma de Langmuir, tais afirmações requerem uma quantidade
significativa de qualquer duplicidade ou dissonância cognitiva, ou talvez
ambos. O número de textos cobrindo apenas a atividade histórica do mercado
negro judaico é surpreendente. Sabemos de uma história publicada de Stanford,
por exemplo, que na França em 1941, 90% dos comerciantes do mercado negro em
uma província eram judeus.[6] Similarmente, na
publicação de Oxford de Mark Roodhouse, Black Market Britain:
1939-1955, é comentado que os judeus foram massivamente
super-representados nos processos judiciais por atividade de mercado negro em
Londres durante os anos 1940.[7] O maior especulador de
guerra no comercio de comida ilícita na Grã-Bretanha em tempo de guerra foi o
judeu Sidney Seymour, nascido Skylinsky, que recebeu a mais pesada sentença do
período por um delito de mercado negro após se evadir dos regulamentos de
alimentos e estocar alimentos do mercado negro em sua sinagoga.[8] Estes são apenas dois
pequenos exemplos colhidos aleatoriamente das histórias disponíveis, mas o
ponto aqui é que, para Browning como com Langmuir, é a “acusação” supostamente
irracional e não os fatos “fúteis” que importam.
Browning
continua com a previsível explicação para o domínio muito real do judeu na
esquerda:
Mesmo após a crise de 1918-1919, a qual combinou as experiencias da derrota e revolução para vários europeus, os judeus foram invariável e desproporcionalmente representados nos partidos liberais e socialistas porque eles não eram bem-vindos para participar nos partidos políticos católico e conservador. A tendência de estigmatizar tudo à esquerda de conservadora como judaica já foi evidente em 1912, quando a vitória eleitoral na Alemanha dos democratas liberais, social democratas e católicos – que também decidiu a “Coalizão Weimar” de 1919, que foi grandemente responsável por elaborar a Constituição Weimar, tão desprezada pelos conservadores alemães – foi apelidada a “eleição judaica”. [ênfase adicionada]
Nós
estamos novamente em um território muito familiar: quando você sente que não
pode evitar um fato (“Judeus foram invariável e desproporcionalmente
representados”), e não pode minimiza-lo, então explique-o por preconceito
(“eles não eram bem-vindos”). O problema com retratos da história como esse,
como eu expliquei muitas vezes antes, é que eu vim denominar uma “explicação da
linha do tempo recortada” – algo que é extremamente comum em toda
historiografia judaica e filossemita a respeito do antissemitismo. Quando
confrontados com um fato desconfortável e inevitável envolvendo o comportamento
judeu (esquerdismo, usura, crime financeiro, pornografia, etc.) começa-se com
suposições de preconceito antijudeu e trabalha de lá. Judeus estão na esquerda?
Deve ser porque foram excluídos da direita. Problemas começam a aparecer quando
as perguntas são feitas por que os judeus foram excluídos ou vistos como social
e culturalmente opostos em primeiro lugar. Aqui, “preconceito irracional” é o
último recurso, mas além disso, quando confrontados com mais interrogação dessa
ideia e do contexto histórico ainda mais profundo, nada está lá. Confronta-se
com olhos em branco, retóricos becos-sem-saída e terrenos baldios factuais.
Por
enquanto eu já estava pegando o sentido que Browning estava afogando em sua própria
revisão, sob o peso puro de suas próprias evasões e contorções. As perguntas,
para qualquer leitor, certamente estavam se multiplicando. Os judeus foram
super-representados no comunismo ou não? Se sim, como é a ideia do esquerdismo
judeu um mito? Se o ‘mito’ não pode ser desmascarado com fatos, como pode ser
desmascarado com um trabalho de um sofista acadêmico que o rotula de construção
cultural? As contorções só pioram. Browning continua:
Do começo da Primeira Guerra Mundial, a Rússia czarista tratou seus assuntos judeus como incertos e potencialmente desleais. Seus militares forçosamente deslocaram alguns 500,000 a um milhão de judeus de zonas de combate. A mesma abordagem do exército russo assim também instigou o voo de muitos outros judeus das regiões orientais do Império Austro-húngaro à presumida segurança das cidades como Viena e Budapeste. A revolução russa irrompeu entre os já existentes medos da lealdade judaica e inundações de judeus deslocados, e intensificaram aqueles medos. O “pânico” sobre o judaico-bolchevismo, argumenta Hanebrink, “floresceu em solo que foi preparado pela paranoia do tempo de guerra sobre a lealdade judaica.
Esse
é outro excelente exemplo do emprego de explicações do cronograma recortado.
Browning implica que as preocupações com o esquerdismo judeu foram fundamentas
em uma “paranoia” sobre a lealdade judaica, mas não sente a necessidade de
contextualizar essa “paranoia” com qualquer consideração histórica concernendo
o período anterior a 1914. Qualquer um, mesmo remotamente familiar com a
literatura, e honesto em suas conclusões, afirmaria que a judiaria russa foi
uma bomba-relógio de radicalismo, amargamente hostil a Rússia, e aproveitando o
apoio raivoso dos judeus pelo mundo. Marsha Rozenblit e Jonathan Karp notaram
em World War I and the Jews (2017) que os judeus pela Europa
consideraram a eclosão da guerra como “uma guerra sagrada contra um inimigo
bárbaro, mal e rapace, o inimigo da liberdade e cultura, e o inimigo
tradicional dos judeus, um Amaleque moderno que cometeu atrocidades contra os
judeus ambos na Rússia e na ocupada Galícia.”[9] Rozenblit e Karp escrevem
que “para os judeus em particular, a destruição deste inimigo foi de
importância primária.”[10] Tudo isso encaixa
extremamente bem com a explicação de Kevin MacDonald do esquerdismo judeu como
enraizado no autoconceito judaico como vítima, a hostilidade extrema dos judeus
às estruturas de poder não-judaicas, sua visão do esquerdismo como fornecendo os
meios e poder para derrubar as elites tradicionais, e uma forma excelente de
facilitar a consolidação de sua posição como uma elite hostil. Nenhuma dessas
características no comentário de Browning, claro, porque, por sua estimativa, a
elite russa foi meramente paranoica em pensar que os judeus foram
potencialmente perigosos.
Neste
ponto eu temporariamente abandonei Browning e procurei o texto de Hanebrink.
Conteúdo de lado, para mim a mais óbvia desvantagem de qualquer tal projeto
seria falta de originalidade, o monógrafo agindo essencialmente como um quase
plágio do lamentável The Myth of Jewish Communism: A Historical
Interpretation (2011) de André Gerrits da Universidade Leiden.[11] O pobre Gerrits nem
sequer tem uma menção do astuto Hanebrink, que conseguiu que a sempre filossemítica
Imprensa da Universidade de Harvard [com um quadro que é mais de 40% judeu]
publicasse sua peça de trabalho bastante leve, talvez pelo menos parcialmente
no campo de vendas que foi novela. Enlameando as águas ainda mais, revisões do
trabalho de Gerrits prefiguram a revisão de Browning em suas multifacetadas
contorções. Assim, somos tratados com uma revisão de Gerrits por Eliezer
Ben-Rafael da Universidade de Tel-Aviv, que afirma que Gerrits se atira no
“mito do comunismo judaico” por apresentar “as histórias fascinantes do
comunismo judaico e dos judeus comunistas.” Se desmascarar as ideias com provas
de sua veracidade não foi suficiente, é explicado em uma revelação banal que o
mito combina “antissemitismo e anticomunismo”, e tem uma ligação para a
realidade no fato que “em efeito, muitos judeus estavam proeminentemente
envolvidos no comunismo não apenas na Rússia, mas também nas revoluções húngara
e bávara em 1917 e, após a Segunda Guerra Mundial, na Checoslováquia, Romênia,
Lituânia, Polônia e Bulgária.”[12] O comunismo judeu é,
portanto, claramente um mito porque os judeus estavam proeminentemente
envolvidos nas revoluções comunistas em diversos países por diversas décadas.
Certo.
{O historiador Paul Hanebrink} |
O
texto de Paul Hanebrink é tanto ativismo político quanto historiografia
corrupta. Em comum com muita história filossemítica, ele posa como “história
com um aviso”. Assim sendo, o livro abre não com a Primeira Grande Guerra ou
mesmo os judeus da Rússia czarista, mas com Charlottesville. Hanebrink está
preocupado com o conceito do judaico-bolchevismo porque acredita que isso nunca
morreu e que está passando por um ressurgimento não apenas na extrema-direita e
em sua corrente principal. Hanebrink não está sozinho. O historiador
judeu-britânico Mark Mazower felicitou o livro de Hanebrink em novembro de
2018, escrevendo*c no Financial
Times: “O livro de Paul Hanebrink é um lembrete oportuno da tradição
intelectual implantada por políticos republicanos nos EUA quando se juntaram a
coalizão solta de teóricos da conspiração através do Atlântico alegremente
demonizando George Soros.” Dias atrás, outra brilhante revisão apareceu
no New York Times, de autoria do acadêmico judeu Samuel Moyn.
Intitulado “O Meme Favorito da Direita Alternativa tem 100 Anos {no original em
inglês, “The
Alt-Right’s Favorite Meme is 100 Years Old”}”,*d
a peça de Moyn argumentou que “O mais largo discurso ao redor do marxismo
cultural hoje assemelha-se a nada mais do que uma versão do mito
judaico-bolchevique atualizado para uma nova era.” Em 16 de fevereiro de
2019, Jacobin publicou uma breve e túrgida peça de uma dupla
de esquerdistas suecos em “O Retorno do Judaico-Bolchevismo {no original em
inglês, “The Return of Judeo-Bolshevism”}”.*e
Além de ser recebido de braços abertos por acadêmicos judeus e webzines marxistas,
o livro também tem sido felicitado com entusiasmo pelo Partido Socialista dos
Trabalhadores Britânicos, essencialmente o resto do velho Partido Comunista
Britânico. Que o livro é claramente um alegre ganho para judeus e bolcheviques
deveria presumivelmente não ter qualquer relação sobre nossa estimativa de sua
abordagem objetiva ao conceito do judaico-bolchevismo. Mas em um campo cheio de
ativismo político, ele certamente levanta bandeiras vermelhas.
O
crescimento na atividade de propaganda apologética em relação ao
judaico-bolchevismo não é acidente. Os judeus claramente têm sido perturbados
pelo crescimento exponencial na discussão do marxismo cultural nos últimos dez
anos. Embora o “marxismo cultural” seja um diferente rótulo do
“judaico-bolchevismo”, o curioso não precisará investigar o primeiro por muito
tempo antes de ser confrontado com a multiplicidade de fatos relativos ao
último. Discussão e consciência do marxismo cultural estão crescendo, e quando
o marxismo cultural é discutido por figuras como Tucker Carlson e (tanto quanto
eu não goste dele) Jordan Peterson, milhões estão estabelecidos em um caminho
que apresenta tais pontos de referência como a Escola de Frankfurt, os
massacres de Béla Kun e o Holodomor. Nem todos alcançarão tais pontos de
referência, mas muitos irão e é profundamente concernente àqueles procurando
manter o controle da narrativa. E então, é completamente previsível que a
máquina do establishment entraria em movimento, produzindo material
planejado a distanciar os judeus do marxismo, e especialmente de qualquer ideia
que houve fortes ligações históricas entre os dois.
Em
sua introdução, Hanebrink castiga os nacionalistas nos Estados Unidos e Europa
de acusar “judeus comunistas” de promover homossexualidade e multiculturalismo
em suas terras, apesar de os judeus estarem demonstravelmente conduzindo a
indústria dos migrantes refugiados*f
e ter escrito abertamente o seu papel de liderança em promover
homossexualidade.*g Mesmo
muito recentemente, quando o líder do agrupamento marxista-antifascista de
Washington DC foi desmascarado*h
pelo Daily Caller, houve pouca surpresa ao fato que ele era um
judeu de nome Joseph Alcoff. Alcoff, cuja mãe é a ativista acadêmica dos
“estudos da branquitude” Linda Alcoff*i
(que uma vez escreveu uma peça intitulada “A Questão da Branquitude” antes de
deletá-la – está salvo aqui)*j.
Claramente um fanático desequilibrado, Joseph Alcoff foi preso semanas atrás,*k após atacar um casal de fuzileiros
navais hispânicos enquanto gritava histericamente que eles eram “nazis” e
“supremacistas brancos”.
O
fato de que as pessoas possam estar preocupadas com o comunismo judaico hoje
porque os comunistas judeus como Alcoff ainda estão ativamente perseguindo sua
agenda não figura na conta de Hanebrink. Ao invés, o comunismo judaico é
apresentado como mais ou menos um delírio, ambos passado e presente. O problema
com a tese de Hanebrink é que não foi provada em lugar algum, ou até mesmo
tentada a ser provada, e ainda é disparada com reivindicações a vitória total
sobre o “mito”. Na decima quinta pagina Hanebrink escreve:
De novo e de novo, acadêmicos, políticos liberais e membros da comunidade judaica têm desmascarado a afirmação de que “os judeus foram responsáveis pelo comunismo.” Eles convincente e autoritariamente expuseram o “mito do judaico-bolchevismo” como uma construção ideológica.
Mas
Hanebrink não fornece uma nota de rodapé citando qualquer destes textos
supostamente ubíquos, convincentes e de autoridade. Isso porque eles não
existem. Aqui, o mito real é, portanto, “o mito que o comunismo judeu tem sido
desmascarado”, e esse é o mito que Hanebrink baseia toda sua abordagem. Ele
continua: “Dada esta história, o propósito de estudar o mito do
judaico-bolchevismo não deve ser determinar quão verdadeiro é isso (página.
05)”. Sim, ele realmente escreveu isso! Eu realmente tive de ler esta sentença
três vezes antes de tranquilizar-me de que esta foi de fato uma sentença
publicada pelo que ainda é, por ora, uma das instituições acadêmicas de
publicação mais respeitadas do planeta.
Como
Browning, Hanebrink teve um momento muito desconfortável lidando com as
estatísticas. Além de demonstrar uma aparente necessidade de colocar a palavra
‘super-representado’ em citações assustadoras, mesmo quando mencionando super-representações
reais (página 140), ele nervosamente menciona que entre 20 e 40 porcento do
Partido Comunista Polonês foi judeu antes de declarar que é uma “estatística
seca” (página 21) e rapidamente se movendo adiante. Infelizmente, ele se move para
igualmente estranha instância de tentar combater a ideia do
judaico-bolchevismo, argumentando pedantemente que em 1917 “os judeus decidiram
50 porcento da liderança dos Mencheviques (página 22)”; um fato que
provavelmente trouxe pouco conforto ao Czar. A análise de Hanebrink é também
lamentavelmente superficial. Por exemplo, ele escreve (página 25) que como os
judeus “se viraram para o comunismo, todos romperam com o milieu judeu
de seus avós.” Tal afirmação fica desconfortável ao lado de estatísticas que
efetivamente argumentam pela criação e presença de um novo milieu judeu
dentro do comunismo e a, como mostra MacDonald,*l
identificação judaica continuando forte entre judeus comunistas e outros
esquerdistas. Encarado com repetidas super-representações de judeus, Hanebrink
defende-se esquivando assim (página 25): “Generalizações úteis são difíceis de
encontrar.” Elas são?
A
falta de qualquer discussão da etnicidade judaica, em qualquer parte do texto,
é uma de suas falhas mais flagrantes, e ainda assim é uma, previsivelmente, que
Hanebrink tenta apresentar como uma positiva. Logo no início do livro (página
05) ele afirma que uma consideração da etnicidade judaica entre comunistas
“requer historiadores a impor rígidas categorias étnicas nos homens e mulheres
cuja consciência de si mesmos foi sempre mais complexa e multifacetada.” Não,
não requer. A maioria dos historiadores está ciente de uma disposição das
maneiras de “ser judeu” que não requer categorias rígidas, mas requer uma
avaliação da identificação étnica, associação étnica e comportamento. O que
Hanebrink realmente está fazendo aqui é fornecer um tipo de desculpa
multiculturalista por evitar o tópico explosivo da etnicidade judaica no
comunismo – algo que deve certamente estar no coração de qualquer tese lidando
com concepções do judaico-bolchevismo. “Eu não quero rotular estas pessoas” é
nesta instância a admissão: “Se eu rotular estas pessoas minha tese está
condenada”.
Um
excelente exemplo de evasão ao longo destas linhas é a discussão de Hanebrink
de Béla Kun. Hanebrink argumenta (página 25) que não havia “nada significativo
em absoluto” sobre o fundo judeu de Kun enquanto em outro lugar (página 16) notando
que dos 47 comissários do povo reunidos por Kun pelo regime húngaro soviético
de 1919, 30 eram companheiros judeus. Claramente sentindo que seus próprios
argumentos são não convincentes, Hanebrink dá seguimento a sua rendição inicial
na questão dos fatos com (página 25): “Verdadeiramente entendendo as
expectativas, medos e motivações de cada indivíduo revolucionário judeu em toda
sua irredutível complexidade é em última instância uma tarefa melhor realizada
por um biógrafo”. Isso é apenas mais uma outra rendição na questão de
identidade étnica judaica – um assunto que Hanebrink está simplesmente
despreparado e está indisposto a dissertar. Ele também transpõe sua relutância
em áreas que beiram o ridículo. Pegue, por exemplo, o seguinte (página 25):
Estes homens e mulheres gravitaram pelo Bolchevismo pelos mesmos motivos que muitos outros judeus no Império Russo e através da Europa abraçaram o Sionismo ou nacionalismo assimilacionista: deslizar os laços das comunidades tradicionais, abraçar oportunidades culturais e sociais que a modernidade ofereceu, ou senti-los parte do arraste da história.
É
simplesmente notável que um acadêmico aparentemente sério poderia discutir
apoio paro o Sionismo sem mencionar identidade judaica, etnicidade ou
percepções do interesse judeu. Os judeus abraçaram o Sionismo, na leitura
singular de Hanebrink, para ser “parte do arraste da história”. Essa é uma
característica da falha total do livro em abordar criticamente a questão da
identidade judaica.
Ligado
a essa abordagem é a insistência de Hanebrink no mais estrito significado
possível do judaico-bolchevismo. Como mencionado acima, ele apresenta o fato
que os judeus decidiram 50 porcento da liderança dos Mencheviques como um
argumento contra a ideia do judaico-bolchevismo – porque os Mencheviques e
Bolcheviques foram rivais ferozes. Não é nada mais que pedantismo bruto, porque
Hanebrink certamente deve estar ciente de que o termo judaico-bolchevismo é um
termo genérico para o subversivo esquerdismo judaico, e especialmente o
comunismo judaico como um todo, e ele ignora*m
a massiva atração judaica ao Bolchevismo e seu crescimento ao status de uma
elite (hostil) após do sucesso da Revolução Bolchevique. Estranhamente, ao
longo do livro, Hanebrink se afasta sem explicação das interpretações rigorosas
como essa para interpretações mais abrangentes. Por exemplo, ele amplamente
descreve o judaico-bolchevismo em outro lugar (página 08) como “um fanático
étnico-ideológico, um intento cruzador de fronteiras destrutivo em mobilizar
judeus locais e outros grupos descontentes para derrubar a ordem moral e
social.” Esta é realmente uma excelente definição de um judaico-bolchevique,
mas deveria ser óbvio que os judeus mencheviques podem facilmente se encaixar
nessas características, junto com os socialistas e liberais judeus. A realidade,
claro, é que os judeus foram apoiadores confiáveis e partidários pelo comunismo
durante a Segunda Grande Guerra, um período que testemunhou o pico da propaganda
contra o judaico-bolchevismo. Ao invés de ser uma opinião controversa, esse é
um dos achados do historiador judeu Dov Levin em seu Baltic Jews Under the
Soviets, 1940-1946 (1994) e The Lesser of Two Evils: Eastern European
Jewry Under Soviet Rule, 1939-1941 (1995), bem como uma hoste de histórias
de outros acadêmicos. E após a Segunda Guerra Mundial, os judeus dominaram
governos comunistas por toda Europa Oriental.
Talvez
o único elemento remotamente valoroso do livro é o sexto capitulo, o qual concerne
a mudança dos entendimentos do Ocidente do judaico-bolchevismo para a tropa Ocidental
da civilização “judaico-cristã”. Hanebrink corretamente concebe a última como
uma construção sociológica moderna projetada para colocar (principalmente) os
judeus americanos no interior de uma “rubrica universalista” (página 224) e,
depois, promover a imagem pro-Sionismo de uma “comunidade de valores
transatlânticos” unidos contra o Islã (página 281). Isso é em si parte do mais
amplo desenvolvimento do século vinte e um com a Questão da ‘Branquitude’, e
mais recentemente a Questão Islâmica. Considero esse desenvolvimento como um
dos mais cruciais do século vinte e um, e ainda exigindo explicação completa,
documentação e análise. É evidente que Hanebrink não chega perto de oferecer
nenhuma destas, mas sou muito oposto a terminologia de uma imaginada
civilização judaico-cristã, e presumidos inteiros interesses judaico-cristãos
compartilhados, e que qualquer coisa estourando esta bolha está vinculado a
ganhar meu aceno de aprovação. Isto é, no entanto, em última análise, magra
recompensa para um trabalho verdadeiramente terrível.
“A
Specter Haunting Europe”, de Paul Hanebrink, é,
enfim, um livro extremamente estranho, mas muito típico da escrita
contemporânea na história judaica. É cheio de promessas e magro em substância.
É caracterizado por omissões ofuscantes e uma análise profundamente insincera
acompanhada por um filossemitismo enjoado. Interessantemente, o texto não tem
qualquer semelhança com confidência intelectual, e sente-se que Hanebrink, que
não é presumidamente um judeu, está certamente alerta do que ele está criando:
uma flagrante apologética pró-judaica. As razoes por que um acadêmico branco
poderia querer produzir algo como isso não são difíceis de supor. Como com
Christopher Browning, tais esforços são massivamente incentivados. Apesar de
não ser original, escasso em fatos e pobre em análises, Hanebrink, professor de
história associado em Rutgers,*n
escreveu um livro publicado por uma prestigiada editora acadêmica (talvez a
mais prestigiada) e foi prodigamente elogiado nos principais órgãos da mídia
dominante. A mensagem de nossos comissários modernos é clara: “Venda tudo e nós
faremos você uma estrela”.
Tradução de Diego Sant´Anna
Revisão
da tradução e palavras entre chaves por Mykel Alexander
*a
Fonte utilizada por Andrew Joyce: Christopher R. Browning, The Fake Threat of
Jewish Communism, Paul Hanebrink’s ‘A Specter Haunting Europe’, 21 de fevereiro
de 2019, The New York Review.
https://www.nybooks.com/articles/2019/02/21/fake-threat-of-jewish-communism/
*b Fonte utilizada por Andrew Joyce: Andrew Joyce, Ph.D., On History, Religion, and Anti-Semitism: The Disgraceful Legacy of Gavin Langmuir,31 de março de 2015, The Occidental Observer:
[1] Nota de Andrew Joyce: G. Langmuir, History, Religion and Antisemitism (Los Angeles: University of California Press, 1990), página 15.
[2] Nota de Andrew Joyce: Ibid. {G. Langmuir, History, Religion and Antisemitism (Los Angeles: University of California Press, 1990)}, página 13.
[3] Nota de Andrew Joyce: Ibid. {G. Langmuir, History, Religion and Antisemitism (Los Angeles: University of California Press, 1990)}, página 275.
[4] Nota de Andrew Joyce: Ibid. {G. Langmuir, History, Religion and Antisemitism (Los Angeles: University of California Press, 1990)}, páginas 19 & 67.
[5] Nota de Andrew Joyce: Ibid. {G. Langmuir, History, Religion and Antisemitism (Los Angeles: University of California Press, 1990)}, página 265.
[6] Nota de Andrew Joyce: Michael Murras, Vichy France and the Jews (Stanford: Stanford University Press, 1981), página 183.
[7] Nota de Andrew Joyce: Mark Roodhouse, Black Market Britain, 1939-1955 (Oxford: Oxford University Press, 2013), página 159.
[8] Nota de Andrew Joyce: Ibid. {Mark Roodhouse, Black Market Britain, 1939-1955 (Oxford: Oxford University Press, 2013)}, página 234.
[9] Nota de Andrew Joyce: Marsha Rozenblit and Jonathan Karp, World War I and the Jews: Conflict and Transformation in Europe, the Middle East and America (New York: Berghahn), página 36.
[10] Nota de Andrew Joyce: Ibid. {Marsha Rozenblit and Jonathan Karp, World War I and the Jews: Conflict and Transformation in Europe, the Middle East and America (New York: Berghahn)}, página 37.
[11] Nota de Andrew Joyce: André Gerrits, The Myth of Jewish Communism: A Historical Interpretation (Brussels: PIE Peter Lang, 2009).
[12] Nota de Andrew Joyce: Eliezer Ben-Rafael, “André Gerrits, The Myth of Jewish Communism: A Historical Interpretation,” International Sociology Review of Books, Volume: 26, fascículo: 2, páginas 260-263, p.260.
*c Fonte utilizada por Andrew Joyce: https://www.ft.com/content/a2a167ec-e0f6-11e8-a8a0-99b2e340ffeb
*d Fonte utilizada por Andrew
Joyce: Samuel Moyn, The Alt-Right’s Favorite Meme Is 100 Years Old - ‘Cultural
Marxism’ might sound postmodern but it’s got a long, toxic history, 13 de
novembro de 2018, The New York Times.
https://www.nytimes.com/2018/11/13/opinion/cultural-marxism-anti-semitism.html
*e Fonte utilizada por Andrew Joyce:
Ellen Engelstad, Mímir Kristjánsson, The Return of “Judeo-Bolshevism”, 16 de
fevereiro de 2019, Jacobin.
https://jacobinmag.com/2019/02/antisemitism-judaism-bolsheviks-socialists-conspiracy-theories
*f Fonte utilizada por Andrew
Joyce: Andrew Joyce, Ph.D., Jewish Involvement in Contemporary Refugee and
Migrant Organizations, 29 de dezembro de 2018, The Unz Review.
https://www.unz.com/article/jewish-involvement-in-contemporary-refugee-and-migrant-organizations/
*g Fonte utilizada por Andrew
Joyce: Amy Dean, How Jews Brought America to the Tipping Point on Marriage
Equality: Lessons for the Next Social Justice Issues, 10 de março de 2014, Tikkun.
*h Fonte utilizada por Andrew
Joyce: Andrew Kerr, Revealed: Antifa Leader Relied On Anonymity To Push
Radical, Violent Communist Agenda, 18 de dezembro de 2018, Daily Caller.
https://dailycaller.com/2018/12/18/antifa-leader-violent-communist/
*i Fonte utilizada por Andrew Joyce:
Entrada na Wikipedia em inglês: Linda Martín Alcoff {consulta 15 de julho de
2021}.
*j Fonte utilizada por Andrew Joyce:
https://web.archive.org/web/20180311135134/www.alcoff.com/content/whiteque.html
*k Fonte utilizada por Andrew
Joyce: Victor Fiorillo, D.C. “Antifa Leader” Is Third Man Charged in Marine
Attack in Philadelphia, 29 de Janeiro de 2019, Philadelphia.
https://www.phillymag.com/news/2019/01/29/joseph-alcoff-antifa-marines-philadelphia/
*l Fonte utilizada por Andrew Joyce: Kevin Macdonald, Judaism as a Group Evolutionary Strategy, Chapter Jews and the Left.
https://www.researchgate.net/publication/320704620_Jews_and_the_Left
{Capítulo presente em Kevin MacDonald, The Culture of Critique, primeira edição 1998, segunda edição 2002}.
*m Fonte utilizada por Andrew
Joyce: Yuri Slezkine, Kevin MacDonald, STALIN’S WILLING EXECUTIONERS JEWS AS A
HOSTILE ELITE IN THE USSR The Jewish Century.
*n Fonte utilizada por Andrew
Joyce: Department of History of Rutgers School of Arts and Sciences.
https://history.rutgers.edu/faculty-directory/160-hanebrink-paul
Fonte em português: O Sentinela
– mídia crítica independente, 06 de Abril de 2019
https://www.osentinela.org/andrew-joyce-mentindo-sobre-o-judaico-bolchevismo/
Andrew Joyce Ph.D., Lying about Judeo-Bolshevism, 02
de março de 2019, The Occidental Observer.
https://www.theoccidentalobserver.net/2019/03/02/lying-about-judeo-bolshevism/
Sobre o autor: Andrew
Joyce é o pseudônimo de um acadêmico PhD em História, especializado em filosofia,
conflitos étnicos e religiosos, imigração, e questão judaica. Ele compõe o
editorial do The Ocidental Quarterly e é contribuinte regular do The
Occidental Observer, e assessor do British Renaissance Policy Institute.
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