05/06/2018
Tendo acabado de retornar
de uma viagem para a Rússia, tenho o prazer de reportar que o povo russo e a
burocracia que eu encontrei não demonstraram nenhuma das mordacidades frente
aos americanos que eu esperava como uma resposta ao vilipêndio de Moscou e
todos estes trabalhos que permeiam a mídia e sistema dos EUA. Para ser certo,
muitos russos com quem conversei foram rápidos em criticar a administração
Trump por sua performance quente e fria face a face as ligações bilaterais como
Moscou enquanto também expressando mistificação sobre o porquê o relacionamento
tinha ido mal tão rapidamente, mas esta raiva sobre a política externa não
necessariamente traduziu-se em desprezo para o povo americano e o estilo de
vida que caracterizou o período soviético. Ao menos não ainda.
De certa forma para minha surpresa, os russos ordinários
foram também rápidos em criticar abertamente o presidente Vladmir Putin por
suas tendências autocratas e sua disposição para continuar tolerar corrupção,
mas todos que eu conversei também concederam que ele tinha geralmente atuado
construtivamente e tinha melhorado grandemente a vida do povo ordinário. Putin
permanece muito amplamente popular.
Uma questão que surgiu com frequência foi “Quem está
conduzindo a hostilidade frente à Rússia?” Eu respondi que a resposta não é tão
simples e existe um número de grupos que, por uma razão ou outra, necessita um
poderoso inimigo para justificar suas políticas que iriam, caso contrário, ser
insustentável. Colaboradores de defesa
necessitam um inimigo para justificar a existência deles enquanto
congressistas necessitam de colaboradores para financiar suas campanhas. A mídia
necessita de uma boa história de temor para ajudar vender ela mesma e o público
também está acostumado a ter um mundo no qual terríveis ameaças espreitam logo
abaixo do horizonte, aumentando assim apoio para o controle governamental da
vida cotidiana para manter todos “seguros.”
E então existem os neoconservadores. Como sempre, eles
são uma distinta força para destruição criativa, conforme eles colocam,
certamente em primeiro lugar com suas mãos para obter financiamento de suas
fundações e think tanks {grupos de formadores de opinião compostos por alegados
especialistas} que não poupam custos, mas também dirigem ideologicamente, o que
tem feito eles a vanguarda intelectual do partido da guerra. Eles fornecem a
palatável estrutura para a América tomar o mundo, metaforicamente falando, e
constituem a força de ataque que está sempre pronta para aparecer nos programas
de entrevistas na televisão ou serem citados na mídia com uma inteligente
sonoridade apropriada que pode ser usada para justificar o impensável. Em
troca, eles são ricamente recompensados com dinheiro e status.
Os neoconservadores acreditam somente em duas coisas.
Primeiro, que os Estados Unidos é a única superpotência do mundo, dada a licença
por alguma coisa como uma Entidade Divina para exercer a liderança global se
necessário. Isto tem sido traduzido para o público como “excepcionalismo
americano.” De fato, o intervencionismo americano na prática tem sido por força
maior, preferencialmente, conforme ele deixa pouco espaço para debate ou
discussão. E o segundo princípio guia neocon é que todas coisas possíveis devem
ser feitas para proteger e promover Israel. Na ausência destas duas crenças,
você não tem um neocon.
Os pais fundadores do movimento neocon eram judeus “intelectuais”
de Nova Iorque que evoluíram (ou recaíram) de serem trotskistas lançadores de
bombas para “conservadores,” um processo que eles próprios definiram como “idealismo
sendo assaltado pela realidade.” A única realidade é que eles têm sempre sido
falsos conservadores, abraçando um número de agressivas políticas externas e
posições de segurança nacional enquanto também privadamente endossam a linha
liberal judaica sobe questões sociais. O fanatismo neocon sobre as questões que
eles promovem também sugerem que mais que um pouco do trotskismo permanece no
caráter deles, daí a tenacidade deles e a habilidade para deslizar entre os
partidos Democrata e Republicano enquanto também aparecem confortavelmente em
disparatados meios midiáticos considerados ser ou liberais ou conservadores, ou
seja, tanto nos programas Fox News e MSNBC, apresentando os gostos de Rachel
Maddow.
Eu tenho há muito tempo acreditado que o ódio central da
Rússia vem dos neoconservadores e é baseada em grande parte à uma extensão
tribal ou, se você preferir, étnico-religiosa. Por que? Por causa que se os neoconservadores
eram realmente realistas na política externa existiria nenhuma boa razão para
expressar qualquer desgosto visceral da Rússia ou de seu governo. As alegações
que Moscou interferiu na eleição presidencial de 2016 nos EUA são claramente
uma farsa[1], assim como são as
histórias do alegado envenenamento dos Skripals[2] em Winschester, Inglaterra
e, mais recentemente, o alegado assassinato do jornalista Arkady Babchenko[3] em Kiev o qual mostrou-se
ser uma bandeira falsa. Mesmo o mais superficial exame dos desenvolvimentos da
década passada na Geórgia e Ucrânia revelam que a Rússia estava reagindo a
legítimas ameaças de segurança maior engendradas pelos Estados Unidos com uma
pequena ajuda de Israel e outros. A Rússia não tem desde o terminada a guerra
fria ameaçado os Estados Unidos e sua habilidade para readquirir seus
anteriores satélites da Europa Oriental é uma fantasia. Então por que o ódio?
Na verdade, os neoconservadores se davam muito bem com a
Rússia quando eles e seus oligarcas e ladrões de commodities internacionais com
seus amigos financeiros esmagadoramente judeus estavam saqueando os recursos da
antiga União Soviética sob o infeliz Boris Yeltsin durante os anos 1990. Os
alarmes sobre a suposta ameaça russa somente ressurgiram na mídia dominada de neoconservadores
e think tanks quando o velho nacionalista Vladmir Putin assumiu o cargo e fez
do principal objetivo[4] de seu governo desligar a
torneira de dinheiro.
Com os saques interrompidos por Putin, os neoconservadores
e amigos não mais tinham qualquer razão para atuarem simpaticamente, então eles
usaram seus consideráveis recursos na mídia e dentro das salas de poder em
lugares como Washington, Londres e Paris para destacar Moscou. E eles também
tem percebido que existia uma ameaça pior aparecendo. O governo de Putin
apareceu para ressuscitar o que os neoconservadores podiam perceber como um
pogrom que empesteava a Sagrada Rússia! Antigas igrejas arrasadas pelos
bolcheviques estavam sendo reconstruídas e as pessoas estavam indo à missa e
reivindicando a crença em Jesus Cristo. A antiga Praça Vermelha agora hospeda
um mercado de natal enquanto o túmulo de Lenin, nas proximidades, é aberto
somente numa manhã na semana e atrai poucos visitantes.
Gostaria de sugerir que é muito possível que os
historicamente bem informados neoconservadores estão meramente desejando pelos
bons velhos tempos dias bolcheviques na Rússia. O fato é que muitos do ateísmo
do estado bolchevique foi dirigido em grande representação excessiva de judeus
no partido em seus dias de formação. O meticulosamente bem pesquisado estudo de
1920 do jornalista britânico Robert Wilton[5] “The Last Days of the Romanovs” descreve como David R. Francis,
embaixador dos Estados Unidos na Rússia, avisou em uma mensagem de 1918 para
Washington que “Os líderes bolcheviques aqui, a maioria deles são judeus e 90
por cento dos quais são retornados de exílios, importam-se pouco pela Rússia ou
qualquer outro país mas são internacionalistas e eles estão tentando iniciar
uma revolução social mundial.”
O embaixador holandês William Oudendyke[6] ecoou este sentimento,
escrevendo que “a não ser que o bolchevismo seja cortado imediatamente, ele
está encaminhado a espalhar-se em um forma ou outra sobre a Europa e no mundo
inteiro conforme ele é organizado e trabalhado por judeus que não têm
nacionalidade, e cujo objetivo é destruir para seus próprios fins a ordem das
coisas.”
O maior escritor da Rússia do século XX, Alexander
Solzhenitsyn, homenageado no Ocidente por sua firme resistência ao
autoritarismo soviético, subitamente encontrou ele mesmo sem amigos pela mídia
e mundo editorial quando ele escreveu “Two
Centuries Together: A Russo-Jewish History to 1972”, recontando algo do
lado negro da experiência russo-judaica. Em particular Solzhenitsyn citou a
significante super-representação dos judeus russos como bolcheviques e,
anterior a este período, como proprietários de servos.
Judeus notadamente desempenharam um papel particularmente
desproporcional na polícia secreta soviética, a qual começou como Cheka e,
afinal, tornou-se KGB. O historiador judeu Leonard Schapiro observou[7] como “qualquer um que
tivesse o infortúnio de cair nas mãos da Cheka tinha um boa chance de
encontrar-se ele próprio confrontado com, e possivelmente baleado por, um
investigador judaico.” Na Ucrânia, “os judeus compunham aproximadamente oitenta
por cento dos agentes da Cheka.”
À luz de tudo isso, não deveria surpreender ninguém que o
novo governo da Rússia de 1918 emitiu um decreto uns poucos meses depois de
tomar o poder fazendo do antissemitismo um crime na Rússia. O regime comunista
tornou-se o primeiro do mundo a criminalmente punir qualquer sentimento
antijudaico.
Wilton usou documentos do governo russo para identificar
a composição do regime bolchevique em 1917-1919. Os 62 membros do Comitê
Central incluíam 41 judeus, enquanto os 36 membros da Extraordinária Comissão
da Cheka da Cheka de Moscou incluíam 23 judeus. O forte Conselho dos
Comissários do Povo com 22 membros, tinha 17 judeus. De acordo os dados
fornecidos pelas autoridades soviéticas, dos 556 mais importantes funcionários
do estado bolchevique em 1918-1919 havia: 17 russos, 2 ucranianos, 11 armênios,
35 letões, 15 alemães, 1 húngaro, 10 georgianos, três poloneses, três
finlandeses, 1 tcheco e 458 judeus.
Em 1918-1919, o poder governamental efetivo russo
permaneceu no Comitê Central do partido bolchevique. Em 1918 este corpo tinha
doze membros, dos quais nove eram de origem judaica, e três eram russos. Os
nove judeus eram, Trotsky, Zinoviev, Larine, Uritsky, Volodarski, Kamenev,
Smirdovich, Yankel, e Steklov. Os três russos eram: Lenin[8], Krylenko, e Lunacharsky.
A diáspora comunista na Europa e América era também em
grande parte judaica, incluindo a cabala de fundadores do neoconservadorismo em
Nova Iorque. O Partido Comunista dos Estados Unidos foi predominantemente judeu
desde o início. Ele foi na década de 1930 chefiado pelo judeu Earl Breowder,
avô do atual vendedor de óleo de serpente Bill Browder, que tem estado
proclamando santimonialmente seu desejo para punir Vladmir Putin por vários
supostos altos crimes. Browder é um completo hipócrita que tem fabricado e
vendido ao congresso uma narrativa relatando a corrupção russa. Ele é também,
não surpreendentemente, um queridinho neocon da mídia nos EUA. Tem sido mais
que plausivelmente alegado que Browder foi o principal saqueador de recursos da
Rússia na década de 1990 e os tribunais russos o têm condenado ele por evasão
de impostos entre outros crimes.
A inegável afinidade histórica dos judeus pelo tipo
bolchevique de comunismo casada com a judaicidade dos assim chamados oligarcas,
sugere ainda que o ódio de uma Rússia que virou suas costas para estes aspectos
particulares da herança judaica pode ser pelo menos parte do que impulsiona
alguns neoconservadores. Assim como no caso da Síria a qual os neoconservadores,
que se curvam aos interesses de Israel, preferem ver no caos, alguns anseiam
por um retorno aos bons e velhos dias de pilhagens pela maior parte de
interesses estrangeiros judeus, conforme sob Yeltsin, ou melhor ainda para os
dias inebriantes do bolchevismo de 1918-1919 quando judeus governaram toda a
Rússia.
Tradução
por Mykel Alexander
Notas
[1] Fonte utilizada pelo autor: “Amid ‘Russiagate’ Hysteria, What Are
the Facts? - We must end this Russophobic insanity.”, por Jack F. Matlock Jr.,
01/06/2018, The Nation.
[2] Nota do tradutor: Refere-se ao
ex-agente duplo espião, que trabalhava para o serviço secreto inglês, e sua
filha.
[3] Fonte utilizada pelo autor: “Arkady Babchenko tells media he was
taken to morgue for staged 'murder'”, por Luke Harding em Londres e Christopher
Miller em Kiev, 31/05/2018 e 01/06/2018, The
Guardian.
[4] Fonte utilizada pelo autor: https://www.youtube.com/watch?v=Q2Cl8lSv9Is
[5]
Fonte utilizada pelo autor: Robert Wilton, The
Last Days of the Romanovs: How Tsar Nicholas II & Russia's Imperial Family
Were Murdered.
[6]
Fonte utilizada pelo autor: Mark Weber, The
Journal of Historical Review, Jan.-Fev. 1994 (Vol. 14, No. 1), paginas
4-22.
[7]
Fonte utilizada pelo autor: Mark Weber, The
Journal of Historical Review, Jan.-Fev. 1994 (Vol. 14, No. 1), paginas
4-22.
[8] Nota do tradutor: É relevante
registrar que Lenin mesmo tem linhagem Judaica por parte de mãe.
Sobre o autor: Philip
Giraldi (1946 –) é um ex-agente de contraterrorismo, agente da Cia e da
inteligência militar dos EUA. Concluiu seu BA na Universidade de Chicago, com
Mestrado e PhD na Universidade de Londres, em História Europeia. Atualmente é
colunista, comentador televisivo e Diretor Executivo do Council for the
National Interest. Escreveuartigos para as revistas e jornais The American Conservative magazine, The Huffington Post, e Antiwar.com para a rede midiática Hearst Newspaper. Foi entrevistado pelos jornais e revistas Good Morning America, 60 Minutes, MSNBC, Fox News Channel, National Public Radio, a Canadian Broadcasting Corporation, a British Broadcasting Corporation, al-Jazeera, al-Arabiya, Iran Daily, Russia Today, Veterans Today, Press TV.
Foi
conselheiro de política internacional para a campanha de Ron Paul em 2008.
>PUTIN SAID ISRAEL WOULD TAKE CARE OF IRAN'
ResponderExcluirhttp://m.jpost.com/Diplomacy-and-Politics/Putin-said-Israel-would-take-care-of-Iran
>Russian President, Vladimir Putin, Unveils Red Army WWII Victory Monument in Israel
http://www.jewishpost.com/news/putin-in-israel.html
>Putin donates month's salary to Jewish museum
https://www.ynetnews.com/articles/0,7340,L-3409150,00.html
https://www.stormfront.org/forum/t393983/
>At Putin's side, an army of Jewish billionaires
http://www.jpost.com/Jewish-World/Jewish-Features/At-Putins-side-an-army-of-Jewish-billionaires
>Putin criminalizes holohoax
http://www.ynetnews.com/articles/0,7340,L-4516656,00.html
>He excuses Stalin and construction of a new monument
tohonom
:http://www.independent.co.uk/news/world/europe/vladimir-putin-soviet-leader-joseph-stalin-was-no-worse-than-oliver-cromwell-9016836.html
>He sees Lenin as a sacredrelik:
http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/europe/russia/9737569/Vladimir-Putin-compares-Lenin-to-holy-Christian-relics.html
>He cooperates militarily with Israel
: http: //rt.com/news/israel-barak-militar Serdyukov /
>First Jewish University to Open in Russia
https://www.haaretz.com/world-news/europe/first-jewish-university-to-open-in-russia-1.5893073
>REPORT: IRAN ACCUSES RUSSIA OF GIVING ISRAEL CODES FOR SYRIAN AIR DEFENSES
Iran has accused Russia of giving the codes for Syria's anti-aircraft missiles to Israel, a senior official in the engineering department of Iran's Defense Department told the Kuwaiti daily Al-Jarida on Monday.
http://m.jpost.com/Arab-Israeli-Conflict/Report-Iran-accuses-Russia-of-giving-Israel-codes-for-Syrian-air-defenses-484777
President of the World Jewish congress named Russia the safest country for Jews
http://tass.ru/obschestvo/4911077
Russia & Israel Partners Against Holocaust Denial’
"Russia and Israel are partners in the struggle against revisionist history, Russian officials said.
Russia and Israel are partners in the struggle against Holocaust denial, says Valentina Matviyenko, head of the Federation Council of Russia.
Matviyenko attended a memorial ceremony in Netanya on Wednesday together with a number of regional council members and members of Knesset at the National Monument Commemorating the Victory of the Red Army Over Nazi Germany."
http://www.jewishpress.com/news/breaking-news/russia-israel-partners-against-holocaust-denial/2016/02/04/