sábado, 14 de novembro de 2020

A liderança judaica na Revolução Bolchevique e o início do Regime soviético - Avaliando o gravemente lúgubre legado do comunismo soviético - por Mark Weber

 

 Mark Weber


            Na noite de 16-17 de julho de 1918, uma esquadra da polícia secreta Bolchevique assassinou o último imperador da Rússia, o Czar Nicolau II, junto com sua esposa, a Czarina Alexandra, seu filho mais velho de 14 anos, o Tsarevich* Alexis, e suas quatro filhas. Eles foram abatidos numa salva de balas num pequeno espaço de um cômodo da casa em Ecaterimburgo, uma cidade na região dos Montes Urais, onde eles estavam mantidos como prisioneiros. A finalização da execução das filhas foi feita com baionetas. Para prevenir o culto ao Czar morto, os corpos foram descartados para o campo aberto e apressadamente enterrados em uma cova secreta.

As autoridades Bolcheviques inicialmente relataram que o imperador Romanov tinha sido baleado após a descoberta de um plano para libertá-lo. Por algum tempo as mortes da Imperatriz e das crianças foram mantidas em segredo. Historiadores soviéticos alegaram por muitos anos que bolcheviques locais tinham atuado pela própria responsabilidade na matança, e que Lenin, fundador do Estado Soviético, não tinha nada a ver com o crime.

Em 1990, o dramaturgo e historiador Edvard Radzinsky anunciou o resultado de sua detalhada investigação sobre os assassinos. Ele descobriu reminiscências do guarda costa de Lenin, Alexei Akimov, quem recontou como ele pessoalmente transmitiu do escritório de telégrafo a ordem de Lenin para execução. O telegrama foi também assinado pelo chefe do governo soviético Yakov Sverdlov. Akimov tinha salvado a fita do telegrama original como um registro da ordem secreta[1].

A pesquisa de Radzinsky confirmou o que as evidencias prévias tinham já indicado. Leon Trotsky – um dos mais próximos colegas de Lenin – tinha revelado anos atrás que Lenin e Sverdlov tinham juntos feito a decisão de sentenciar à morte o Czar e a família dele. Relembrando esta conversação em 1918, Trotsky escreveu[2]:

Minha próxima visita para Moscou ocorreu após a [temporária] queda de Ecaterimburgo [para as forças anticomunistas]. Falando com Sverdlov, eu perguntei em passagem:

“Oh sim, e onde está o Czar?”

“Finalizado” ele respondeu. “Ele foi baleado.”

“E onde está a família?”

“A família foi junto com ele.”

“Todos eles?” eu perguntei, aparentemente com um traço de surpresa.

“Todos eles” respondeu Sverdlov. “E então?” Ele estava esperando ver minha reação. Eu não dei nenhuma resposta.

“E quem fez a decisão?” Eu perguntei.

“Nós decidimos isso aqui. Ilyich [Lenin] acreditou que nós não deveríamos deixar os Brancos com algum símbolo para reuni-los, especialmente sobre as difíceis circunstâncias presentes.”

Eu não questionei nada além e considerei a questão encerrada.

Recentes pesquisas e investigações de Radzinsky e outros, também corroboraram os relatos fornecidos em anos prévios por Robert Wilton, correspondente do London Times na Rússia por 17 anos. Seus relatos, The Last Days of the Romanovs – originalmente publicados em 1920, e relançado em 1993 pelo Institute for Historical Review – é baseado em maior parte nos achados de uma detalhada investigação iniciada em 1919 por Nikolai Sokolov {Nicolas Sokoloff, ver nota *c} sob a autoridade do Líder “Branco” (anticomunista) Alexander Kolchak. O livro de Wilton permanece um dos mais precisos e completos relatos do assassinato da família imperial da Rússia[3].

{Robert Archibald Wilton (1868-1925), jornalista britânico do New York Herald e The Times, foi uma das principais testemunhas da subversão judaico-bolchevique na Rússia, desastre mais conhecido como "Revolução Russa." Crédito da foto portal Alchetron} Escreveu Wilton: 

O inteiro relato do bolchevismo na Rússia é indelevelmente impresso com a estampa de uma invasão 'alienígena'. O assassinato do Czar, deliberadamente planejado pelo judeu Sverdlov (que veio para a Rússia como um agente pago pela Alemanha) e desempenhado pelos judeus Goloshchekin, Syromolotov, Safarov, Voikov e Yurovsky, é um ato não do povo russo, mas de seus invasores hostis.” (Ver nota 24)} 

Uma sólida compreensão da história tem sido há muito tempo o melhor guia para compreender o presente e antecipar o futuro. É certo que as pessoas são mais interessadas em questões históricas durante tempos de crise, quando o futuro parece mais incerto. Com o colapso do reinado comunista na União Soviética, 1989 – 1991, e enquanto os russos batalham para construir uma nova ordem sobre suas velhas ruínas, questões históricas têm se tornado destaque. Por exemplo, muitos perguntam: Como fizeram os bolcheviques, um pequeno movimento guiado pelos ensinamentos do filósofo alemão-judeu Karl Marx, para serem bem-sucedidos em tomar o controle da Rússia e impor um cruel e despótico regime nas pessoas?

Em recentes anos, judeus ao redor do mundo têm estado sonoramente ansiosos em relação ao espectro do antissemitismo nas terras da ex-União Soviética. Nesta nova e incerta era, nos tem sido dito que suprimidos sentimentos de ódio e raiva contra os judeus estão uma vez mais sendo expressados. De acordo com uma enquete de opinião pública conduzida em 1991, por exemplo, a maioria dos Russos querem todos os Judeus saindo do país[4]. Mas, precisamente porque é o sentimento de antijudaísmo tão vastamente espalhado entre as pessoas da ex-União Soviética? Porquê muitos russos, ucranianos, lituanos, e outros acusam “os judeus” por tanto infortúnio?

 

Assunto tabu

            Embora oficialmente os Judeus nunca tiveram perfeito mais que cinco por cento da população total,[5] eles desempenharam numa desproporcionalmente altíssima e provavelmente decisiva ação na infância do regime bolchevique, efetivamente dominando o governo soviético durante seus primeiros anos. Historiadores soviéticos, junto com a maioria de seus colegas no Ocidente, por décadas preferiram ignorar este assunto. Os fatos, todavia, não podem ser negados.

            Com a notável exceção de Lenin (Vladmir Ulyanov), a maioria dos líderes comunistas que tomaram o controle da Rússia em 1917-1920 eram judeus. Leon Trotsky (Lev Bronstein) liderou o Exército Vermelho e, por um período, foi chefe do Departamento Soviético de Assuntos Estrangeiros. Yakov Sverdlov (Solomon) foi ambo secretário executivo do partido bolchevique e – presidente do Comitê Central Executivo – líder do governo soviético. Grigori Zinoviev (Radomyslsky) liderou a Internacional Comunista (Comitern), a agência central para propagação da revolução nos países estrangeiros. Outros proeminentes judeus incluíram o comissário de imprensa Karl Radek (Sobelsohn), comissário de assuntos estrangeiros Maxim Livtinov (Wallach), Lev Kamenev (Rosenfeld) e Moisei Uritsky.[6]

O próprio Lenin era ancestralmente na maior parte russo e calmuque, mas ele era também um-quarto judeu. Seu avô materno, Israel (Alexander) Blank, foi um judeu ucraniano que posteriormente foi batizado na Igreja Ortodoxa Russa.[7]

Com direcionamento internacionalista, Lenin viu as lealdades culturais ou étnicas com desprezo. Ele tinha poucas considerações para seus próprios conterrâneos. “Um russo inteligente”, uma vez realçou, “é quase sempre um judeu ou alguém com sangue judeu em suas veias.”[8]

 

{Vladimir Ilyich Ulianov (1870-1924), mais conhecido como Lenin, foi o primeiro grande líder do comunismo soviético. Tinha em sua ancestralidade também sangue judeu. Lenin chegou a destacar que: “Um russo inteligente é quase sempre um judeu ou alguém com sangue judeu em suas veias.” (ver nota 8). Crédito da foto Pavel Semyonovich Zhukov, via Wikipedia em português.}

Reunião crítica

            Na tomada comunista do poder na Rússia, a atuação judaica foi provavelmente crítica.

            Duas semanas anteriormente a “Revolução de Outubro” bolchevique de 1917, Lenin convocou uma reunião ultrassecreta em São Petersbugo (Petrogrado) na qual os líderes chave do Comitê Central do Partido Bolchevique fizeram a fiel decisão de tomar o poder de surpresa numa virada violenta. Das doze pessoas que tomaram parte nesta reunião decisiva, haviam quatro russos (incluindo Lenin), um georgiano (Stalin) um polonês (Dzerzhinsky), e seis judeus.[9]

Para dirigir a tomada de poder, um “Escritório Político” de sete homens foi escolhido. Ele consistia de dois russos (Lenin e Bubnov), um georgiano (Stalin), e quatro judeus (Trotsky, Sokolnikov, Zinoviev, e Kamenev).[10] Enquanto isso, a Petersburgo Soviética (Petrogrado) – cujo presidente era Trotsky – estabeleceu um “Comitê Militar Revolucionário” de 18 membros para efetivamente realizar a tomada do poder. Esse comitê incluía oito (ou nove) russos, um ucraniano, um polonês, um caucasiano, e seis judeus.[11] Finalmente, para supervisionar a organização do levante, o Comitê Central Bolchevique estabeleceu um “Centro Militar Revolucionário” de cinco homens como comando de operações do Partido. Ele consistia de um russo (Bubnov), um georgiano (Stalin), um polonês (Dzerzhinsky), e dois judeus (Sverdlov e Uritsky).[12]

 

Contemporâneas vozes do aviso

            Bem-informados observadores, ambos dentro e fora da Rússia, tomaram nota na época da crucial ação judaica no Bolchevismo. Winston Churchill, por exemplo, avisou em um artigo publicado em 8 de fevereiro de 1920, na edição do Illustrated Sunday Herald de Londres que o Bolchevismo é uma “conspiração mundial pela derrubada da civilização e a reconstituição da sociedade com base no desenvolvimento detido, na malevolência invejosa e na igualdade impossível”. O eminente líder político britânico e historiador escreveu[13]:

Não há necessidade de exagerar o papel desempenhado na criação do bolchevismo e na real realização da Revolução Russa, por esses judeus internacionais e em sua maioria ateístas, é certamente muito grande; provavelmente supera todos os outros. Com a notável exceção de Lenin, a maioria das principais figuras são judeus. Além disso, a principal inspiração e força motriz vem dos líderes judeus. Assim, Tchitcherin, um russo puro, é ofuscado por seu subordinado nominal Litvinoff, e a influência de russos como Bukharin ou Lunacharski não pode ser comparada com o poder de Trotsky, ou de Zinovieff, o ditador da Cidadela Vermelha (Petrogrado) ou de Krassin ou Radek – todos os judeus. Nas instituições soviéticas, a predominância de judeus é ainda mais surpreendente. E a parte proeminente, se não mesmo a principal, do sistema de terrorismo aplicado pelas Comissões Extraordinárias de Combate à Contrarrevolução tem sido tomada pelos judeus e, em alguns casos notáveis, por judias.

É desnecessário dizer que as paixões mais intensas de vingança foram excitadas nos seios do povo russo.

{Artigo de Winston Churchill publicado em 8 de fevereiro de 1920, na edição do Illustrated Sunday Herald, advertindo a liderança judaica dentro do comunismo russo na época.}


David R. Francis, embaixador dos Estados Unidos na Rússia, avisou num comunicado de 18 de janeiro de 1918 para Washington: “Os líderes bolcheviques aqui, a maioria dos quais são judeus, e 90 por cento dos quais regressados de exílios, importam-se pouco com a Rússia ou qualquer outro país, mas são internacionalistas e eles estão tentando iniciar uma revolução social mundial”.[14]

O embaixador da Holanda na Rússia, Oudendyke, fez muito sobre o mesmo ponto de vista uns poucos meses mais tarde. “A menos que o bolchevismo seja cortado pelo broto imediatamente, ele está enlaçado a espalhar-se de uma forma ou de outra sobre a Europa e sobre o mundo inteiro conquanto que ele é organizado e trabalhado por judeus que não tem nacionalidade alguma, e cujo único objetivo é destruir para seus próprios fins a ordem existente das coisas”.[15]

“A Revolução Bolchevique,” declarou um jornal líder da comunidade Judaico Americana em 1920, “foi largamente o produto do pensamento judaico, do descontentamento judaico, e do esforço judaico de reconstrução”.[16]

Como uma expressão deste caráter radicalmente antinacionalista, o novo governo soviético emitiu um decreto, uns poucos meses após tomar o controle, que fez do antissemitismo um crime na Rússia. O novo regime comunista consequentemente tornou-se o primeiro no mundo a punir severamente todas as expressões de sentimento antijudaico.[17] Oficiais soviéticos aparentemente viam tais medidas como indispensáveis. Baseado em cuidadosa observação durante a longa estadia na Rússia, o erudito americano-judeu Frank Golder relatou em 1925 que “por causa que muitos líderes soviéticos são judeus o antissemitismo está crescendo [na Rússia], particularmente no exército [e] entre a velha e nova intelligentsia*a que estão lotados em suas posições pelos filhos de Israel”.[18]

 

{“Como uma expressão deste caráter radicalmente antinacionalista, o novo governo soviético emitiu um decreto, uns poucos meses após tomar o controle, que fez do antissemitismo um crime na Rússia. O novo regime comunista consequentemente tornou-se o primeiro no mundo a punir severamente todas as expressões de sentimento antijudaico.” (Mark Weber). Na foto o judeu Yakov Sverdlov e Vladimir Lenin, este com parte de ancestralidade judaica, abrem a estátua de Karl Marx, também judeu, em 1918. Crédito da foto à Alexey Ivanovich Savelyev, via Wikipedia em inglês.} 

 


Visões da história

            Resumindo a situação naquele tempo, o historiador israelense Louis Rapoport escreveu:[19]

Imediatamente após a Revolução [Bolchevique], muitos judeus estavam eufóricos sobre sua alta representação no novo governo. O primeiro Politburo*b de Lenin foi dominado por homens de origem judaica.

Sob Lenin, judeus tornaram-se envolvidos em todos os aspectos da Revolução, incluindo seus trabalhos mais sujos. A despeito dos votos comunistas para erradicar o antissemitismo, ele espalhou-se rapidamente após a Revolução – parcialmente por causa da proeminência de tão muitos judeus na administração soviética, bem como devido ao impulso traumático e inumano de sovietização que seguiu-se. O historiador Salo Baron tem notado que um imenso e desproporcional número de judeus juntou-se a nova polícia secreta bolchevique, a Cheka e muitos daqueles que caíram em conflito com a Cheka iriam ser baleados por investigadores judeus.

A liderança coletiva que emergiu nos dias derradeiros de Lenin foi encabeçada pelo judeu Zinoviev, um loquaz, mesquinho, Adonis de cabelos encaracolados cuja vaidade não conhecia limites.

{O jornalista judeu Louis Rapoport (1942-1991) observou:“Imediatamente após a Revolução [Bolchevique], muitos judeus estavam eufóricos sobre sua alta representação no novo governo. O primeiro Politburo de Lenin foi dominado por homens de origem judaica.” (Ver nota 19.)}

“Qualquer um que tenha o infortúnio de cair nas mãos da Cheka,” escreveu o historiador judeu Leonard Schapiro, “fica numa chance muito provável de achar-se confrontado com, e possivelmente baleado por um investigador judeu.”[20] . Na Ucrânia, “Judeus perfizeram aproximadamente 80 por cento das fileiras de funcionários e agentes da Cheka,” relata W. Bruce Lincoln, um professor americano de história russa.[21] (Começando como a Cheka, ou Vecheka) a polícia secreta soviética foi posteriormente conhecida como GPU, OGPU, NKVD, MVD e KGB.)

{Escreveu o historiador judeu Leonard Schapiro (1908-1983): “Qualquer um que tenha o infortúnio de cair nas mãos da Cheka fica numa chance muito provável de achar-se confrontado com, e possivelmente baleado por um investigador judeu.” (Ver nota 20). Crédito da foto Wikipedia em inglês.}

Na luz de tudo isso, não deve ser surpresa que Yakov M. Yurovksy, o líder da esquadra bolchevique que encarregou-se do assassinato do Czar e de sua família, era judeu, assim como era Sverdlov, o chefe soviético que co-assinou a ordem de execução de Lenin.[22]

            Igor Shafarevich, um matemático russo de estatura mundial, tem agudamente criticado a ação judaica em derrubar a monarquia Romanov e estabelecer o regime Comunista em seu país. Shafarevich foi um líder dissidente durante as décadas finais do regime soviético. Um proeminente ativista dos direitos humanos, ele foi um membro fundador do Comitê de Defesa dos Direitos Humanos na URSS.

Em Russophobia, um livro escrito dez anos antes do colapso do regime comunista, ele notou que judeus eram “espantosamente” numerosos entre o departamento da polícia secreta bolchevique. A característica judaica dos executores bolcheviques, Shafarevich explicou, é mais conspícua na execução de Nicolau II:[23]

Esta ação ritual simbolizou o fim de séculos da história russa, tanto que isso pode ser comparado somente com a execução de Carlos I na Inglaterra ou Luiz XVI na França. Pareceria que a representatividade de uma insignificante minoria étnica deveria manter-se tão longe quanto possível desta ação dolorosa, a qual iria reverberar em toda história. Ainda que nomes nós encontramos? A execução foi pessoalmente supervisionada por Yakov Yurovsky quem atirou no Czar, o presidente dos sovietes locais Beloborodov (Vaisbart); a pessoa responsável pela administração geral em Ecaterimburgo era Shaya Goloshchekin. Para completar o quadro, na parede do cômodo onde a execução ocorreu estava um dístico de um poema de Heine*c (escrito em alemão) sobre o Rei Baltazar, que ofendeu Jehovah e foi morto pela ofensa.

{A documentação oficial da investigação forense sobre o assassinato da família Romanov, da autoria de Nicolas Sokoloff  (também escrito ortograficamente como Nikolai Sokolov,  um juiz do tribunal de Omsk) foi traduzida ao francês como Enquète judiciaire sur l’assassinat dela famille imperiale russe, Editora Payot, Paris, 1926 (há edições anteriores), 350 páginas. A foto da parede do cômodo com a passagem escrita na parede está na lâmina  8, entre as páginas 112-113.} 

Em seu livro de 1920, o veterano jornalista britânico Robert Wilton ofereceu uma avaliação similarmente áspera:[24]

O inteiro relato do bolchevismo na Rússia é indelevelmente impresso com a estampa de uma invasão “alienígena”. O assassinato do Czar, deliberadamente planejado pelo judeu Sverdlov (que veio para a Rússia como um agente pago pela Alemanha) e desempenhado pelos judeus Goloshchekin, Syromolotov, Safarov, Voikov e Yurovsky, é um ato não do povo russo, mas de seus invasores hostis.

Na batalha por poder que seguiu a morte de Lenin em 1924, Stalin emergiu vitorioso sobre seus rivais, eventualmente sucedendo em levar à morte aproximadamente todos principais líderes bolcheviques dos primeiros tempos – incluindo Trotsky, Zinoviev, Radek e Kamenev. Com a passagem do tempo, e particularmente após 1928 a liderança judaica no escalão máximo do Estado Soviético e no Partido Comunista diminuiu marcadamente.

 

{Protagonistas do crime: O judeu Jacob Sverdlov foi o organizador da execução, enquanto os judeus Jacob Yourovski e Chaia Goloshchekin estavam entre os executores de frente do assassinato da família imperial russa. Fonte,Nicolas Sokoloff, Enquète judiciaire sur l’assassinat dela famille imperiale russe, Editora Payot, Paris, 1926. A foto da parede do cômodo com a passagem escrita na parede está na lâmina  17, entre as páginas 256-257.} 

Aplicada a morte sem julgamento

            Por uns poucos meses após tomarem o poder, os líderes bolcheviques consideraram trazer “Nicolau Romanov” perante um “Tribunal Revolucionário” que tornaria público seus “crimes contra o povo” antes de sentenciá-lo a morte. Precedentes históricos existiram para isso.  Dois monarcas europeus tinham perdido suas vidas como uma consequência de um levante revolucionário: Carlos I na Inglaterra foi degolado em 1649, e na França Luís XVI foi guilhotinado em 1793.

            Nestes casos, o rei foi levado a morte após um prolongado julgamento público, durante o qual foi a eles permitidos apresentarem argumentos em defesa deles. Nicolau II, no entanto, não foi nem acusado e nem julgado. Ele foi secretamente levado à morte – junto com sua família e empregados íntimos – na calada da noite, num ato que se assemelhava mais a um massacre ao estilo gangster do que a uma formal execução.

Porquê Lenin e Sverdlov abandonaram os planos para um julgamento espalhafatoso do ex-Czar? Na visão de Wilton, Nicolau e sua família foram assassinados por que os líderes bolcheviques sabiam bem que eles careciam de genuíno apoio popular, e temiam claramente que o povo russo nunca iria aprovar que matassem o Czar, indiferente de pretextos e formalidades legalistas.

Por sua parte, Trotsky defendeu o massacre como útil, e mesmo como medida necessária. Ele escreveu:[25]

A decisão [para matar a família imperial] não foi somente um expediente, mas necessária. A severidade desta punição mostrou a todos que nós iríamos continuar lutando impiedosamente, não parando em nada. A execução da família do Czar foi necessária não somente na ordem de assustar, horrorizar, e instilar um senso de desesperança no inimigo, mas também para chacoalhar para cima nossas próprias fileiras, para mostrar que não existia mais volta, que a frente repousava ou a vitória total ou a danação total. Isto Lenin percebeu bem.

 

{O judeu Liev Davidovich Bronstein (1879-1940), mais conhecido como Leon Trótski, endossou a chacina judaico-bolchevique sentenciada por Lenin sobre a família imperial russa. Seu parecer: "A decisão [para matar a família imperial] não foi somente um expediente, mas necessária; {...} Isto Lenin percebeu bem." (Ver nota 25). Crédito da foto, domínio público Wikipedia em português.}


Contexto histórico

            Nos anos levando à revolução de 1917, os judeus eram desproporcionalmente representados em todos partidos subversivos esquerdistas na Rússia. [26] O ódio judaico para o regime czarista tinha bases em condições objetivas. Dos poderes que lideravam a Europa de então, a Rússia Imperial era mais institucionalmente conservadora e antijudaica. Por exemplo, judeus eram normalmente não permitidos residir fora de uma larga área no império ocidental conhecida como a “Zona de Assentamento”.[27]

Embora compreensível, e talvez mesmo defensável, que a hostilidade judaica frente ao regime imperial possa ter sido, o destacado papel judaico no vastamente mais despótico regime soviético é menos fácil justificar. Num livro recentemente publicado sobre os judeus na Rússia durante o século 20, a escritora judia nascida na Rússia Sonya Margolina vai tão longe o quanto chama o papel judaico em apoiar o regime bolchevique de “pecado histórico dos judeus”.[28] Ela aponta, por exemplo, o proeminente papel dos judeus como comandantes dos campos de concentração e trabalho, Gulag, soviéticos, e a participação dos comunistas judeus na destruição sistemática das igrejas russas. Mais ainda, ela continua, “Os judeus do mundo inteiro apoiaram o poder soviético, e permaneceram em silêncio em face de qualquer criticismo da oposição”. Na luz deste relato, Margolina oferece uma sinistra predição:

A exageradamente entusiástica participação dos judeus bolcheviques na destruição da Rússia é um pecado que irá ser vingado. O poder soviético irá ser equiparado com o poder judaico, e o furioso ódio contra os bolcheviques irá tornar-se ódio contra os judeus.

Se o passado é alguma indicação, é desagradável que muitos russos irão procurar a revanche que Margolina profetiza. De qualquer maneira, acusar “os judeus” pelos horrores do comunismo parece mais justificável que acusar “pessoas brancas” pela escravidão negra, ou “os alemães” pela Segunda Guerra Mundial ou pelo “Holocausto”.

 

Palavras de um portento gravemente lúgubre

             Nicolau e sua família são somente os mais conhecidos das incontáveis vítimas do regime que abertamente proclamou seu implacável propósito. Umas poucas semanas após o massacre de Ecaterimburgo, um jornal do recente Exército Vermelho declarou:[29]

Sem piedade, sem poupar, nós iremos matar nossos inimigos pelas cifras de centenas, deixem elas serem milhares, deixem eles derramar neles mesmos o próprio sangue deles. Pelo sangue de Lenin e Uritskii deixem fluir os dilúvios de sangue da burguesia – mais sangue, tanto quanto for possível.

Grigori Zinoviev, falando num comício dos Comunistas em setembro de 1918, efetivamente pronunciou a sentença de morte para dez milhões de seres humanos: “Nós devemos nos importar com 90 milhões dos 100 milhões de habitantes da Rússia soviética. Enquanto para o resto, nós não temos nada a dizer para eles, Eles devem ser aniquilados.”[30]

 

{O judeu Hirsch Apfelbaum, então conhecido como Grigori Zinoviev (1883-1936), fotografado em 1918 entre seus liderados comunistas, emitiu a nova tendência na Rússia, sob a liderança predominantemente judaica: “Nós devemos nos importar com 90 milhões dos 100 milhões de habitantes da Rússia soviética. Enquanto para o resto, nós não temos nada a dizer para eles, Eles devem ser aniquilados.” (Ver nota 30). Crédito das fotos Krasnay Panorama, número 21 (39) novembro de 1924, via Wikipedia em inglês.}

‘Os vinte milhões’

            Como se tem trazido para fora, o pedágio soviético das vidas humanas e sofrimento provou ser muito maior do que sugeriu a retórica assassina de Zinoviev. Raramente, se é que alguma vez, tem um regime pego as vidas de tantos de seu próprio povo.[31]

            Citando os recentemente disponíveis documentos da KGB, o historiador Dmitri Volkogonov, cabeça de uma comissão especial parlamentária russa, recentemente concluiu que “de 1929 para 1952, 21,5 milhões de pessoas [soviéticas] foram reprimidas. Destas, um terço foi baleada, o resto sentenciado a prisão, onde muitos também morreram.”[32]

Olga Shatunovskaya, um membro da Comissão Soviética de Controle do Partido, e líder de uma comissão especial durante os anos de 1960 apontada pelo premier Khrushchev, tem similarmente concluído: “De 1º de janeiro de 1935 a 22 de junho de 1941, 19,840,000 inimigos do povo foram presos. Destes, sete milhões foram baleados na prisão, e a maioria dos outros morreram no campo.”  Estes números foram também achados nos papéis do membro do Politburo Anastas Mikoyan.[33]

Robert Conquest, o distinto especialista da história soviética, recentemente evocou um sinistro relato da “repressão” soviética de seu próprio povo.[34]

É difícil evitar a conclusão que o pedágio de mortes pós 1934 foi bem maior que os dez milhões. Para isto deve ser adicionada vítimas de fome de 1930-1933, as deportações dos kulak, e outras campanhas anti-camponeses, contando assim outros dez milhões a mais. O total está consequentemente no alcance do que os Russos agora referem-se como ‘Os Vinte Milhões’.

Uns poucos outros estudiosos têm dado estimativas significantemente maiores.[35]

 

Retrospecto da era Czarista

            Com o dramático colapso do regime soviético, muitos russos estão pegando uma nova e uma mais respeitável imagem do país deles de sua história pré-comunismo, incluindo a era do último imperador Romanov. Enquanto os soviéticos – junto com muitos no Ocidente – têm estereotipado esta era como pouco mais que uma idade de despotismo arbitrário, cruel supressão e pobreza em massa, a realidade é mais diferente. Enquanto é verdadeiro que o poder do Czar era absoluto, que somente uma pequena minoria tinha qualquer significante voz política e que as massas de cidadãos do império eram camponeses, é digno de nota que os russos durante o reinado de Nicolau II tinham liberdade de imprensa, religião, assembleias, associação e proteção da propriedade privada, uniões laborais {sindicais} livres. Inimigos jurados do regime eram tratados com destacável leniência.[36]

Durante as décadas anteriores à eclosão da Primeira Guerra Mundial, a economia russa estava florescendo. De fato, entre 1890 e 1913, foi russo o mais rápido crescimento do mundo. Novas linhas férreas foram abertas num dobro da frequência anual que ocorria nos dias do regime soviético. Entre 1900 e 1913, a produção de ferro aumentou em 58%, enquanto o carvão mais do que dobrou[37]. Grãos exportados da Rússia alimentaram toda a Europa. Finalmente, as últimas décadas da Rússia czarista testemunharam um magnífico florescimento da vida cultural.

            Tudo mudou com a Primeira Guerra Mundial, uma catástrofe não somente para a Rússia, mas para o Ocidente inteiro.

 

Sentimento Monarquista

Apesar da (ou talvez por causa da) implacável campanha oficial durante a inteira era soviética para acabar com toda memória não crítica dos Romanovs e da Rússia imperial, um virtual culto popular de veneração por Nicolau II tem estado a avançar na Rússia em recentes anos.

            As pessoas têm estado avidamente a pagar o equivalente a várias horas de trabalho para adquirir retratos de Nicolau II junto aos vendedores das ruas de Moscou, São Petersburgo e outras cidades russas. Seu retrato figura agora em inúmeros lares e apartamentos russos. No final de 1990, todas as 200.000 cópias da primeira edição de um panfleto de 30 páginas sobre os Romanovs foram rapidamente esgotadas. Disse um vendedor de rua: “eu pessoalmente vendo quatro mil cópias em pouco tempo. É como uma explosão nuclear. As pessoas realmente querem saber sobre o Czar e a família dele.”  Pequenas raízes pró-czarismo e organizações monarquistas têm brotado em muitas cidades.

Uma pesquisa de opinião pública conduzida em 1990 encontrou que três de quatro cidadãos soviéticos inqueridos consideraram o assassinato do Czar e de sua família como um desprezível crime[38]. Muitos russos ortodoxos veem Nicolau II como um mártir. A independente “Igreja Ortodoxa” canonizou a família imperial em 1981, e a Igreja Ortodoxa Russa de Moscou tem estado sob popular pressão para tomar o mesmo passo, a despeito de sua relutância de longo tempo para tocar neste tabu oficial. O Arque-Bispo da Igreja Ortodoxa de Ecaterimburgo anunciou planos em 1990 para construir uma grande igreja no local das mortes. “As pessoas amaram o Imperador Nicolau II,” ele disse. “Sua memória vive com as pessoas, não como um santo, mas como alguém executado sem veredito de corte, injustamente, como um sofredor por sua fé e por sua ortodoxia.”[39]

No aniversário de 75 anos do massacre (em julho de 1993), os russos recordaram a vida, morte e legado de seu último Imperador. Em Ecaterimburgo, onde uma grande cruz branca enfeitada com flores agora marca o local onde a família foi morta, prantos enlutados como hinos foram cantados e orações foram feitas para as vítimas.[40]

Refletindo ambos sentimento popular e novas realidades políticas sociais, a bandeira tricolor horizontal, branca, azul e vermelha foi oficialmente adotada em 1991, substituindo a bandeira soviética vermelha. E em 1993, a águia imperial de duas cabeças foi restaurada como emblema oficial da nação, substituindo o martelo e a foice soviética. Cidades que tinham sido renomeadas para honrar figuras comunistas – tais como Leningrado, Kuibyshev, Frunze, Kalinin, e Gorky – têm readquirido seus nomes da era czarista. Ecaterimburgo, a qual tinha sido nomeada Sverdlovsk pelos soviéticos em 1924 em honra ao chefe judaico-soviético, em setembro de 1991 restaurou seu nome pré-comunista, o qual prestava honras a imperatriz Catarina I.

  

Significado simbólico

            Em vista dos milhões que seriam condenados a morte pelos governantes soviéticos nos anos seguintes, o assassinato da família Romanov pode não parecer de importância extraordinária. E ainda, o evento tem profundo significado simbólico. Nas adequadas palavras do historiador Richard Pipes da Universidade de Harvard:[41]

A maneira na qual o massacre foi preparado e realizado, a princípio negado e então justificado, tem algo excepcionalmente odioso sobre ele, algo que radicalmente distingue ele dos atos anteriores de regicídio e marca isso como o prelúdio para os assassinatos em massa do século XX.

            Outro historiador, Ivor Benson, caracterizou o assassinato da família Romanov como simbólico do trágico destino da Rússia e, certamente, do Ocidente inteiro, neste século de conflitos e de agonias sem precedentes.

            O assassinato do Czar e de sua família é ainda mais deplorável, porquê quaisquer que fossem suas falhas como um monarca, Nicolau II era, por todas as contas, uma pessoa decente, generosa, humana e um homem honrado.

 

O lugar do massacre na história

            A chacina em massa e caos da Primeira Guerra Mundial, e os levantes revolucionários que varreram a Europa em 1917-1918, trouxeram um fim não somente da antiga dinastia Romanov na Rússia, mas para a inteira ordem social continental. Varrida também foi a dinastia Hohenzollern na Alemanha, com sua monarquia constitucional estável, e a antiga dinastia Habsburgo da Austria-Hungria com seu império multinacional da Europa Central. Estados líderes da Europa compartilhavam não somente as mesmas fundações cristãs e da cultura ocidental, mas a maioria dos monarcas reinantes da Europa estavam vinculados por sangue. O Rei George da Inglaterra foi, através de sua mãe, primo em primeiro grau do Czar Nicolau, e através de seu pai, primo em primeiro grau da Imperatriz Alexandra. O Kaiser Guilherme da Alemanha foi primo em primeiro grau de Alexandra, nascida na Alemanha, e um distante primo de Nicolau.

            Mais do que era o caso com as monarquias da Europa ocidental, a personalidade do Czar da Rússia simbolizava sua terra e nação. Consequentemente, o assassinato do último imperador da dinastia que tinha reinado na Rússia por três séculos não somente simbolicamente pressagiou a chacina em massa nos quais os comunistas reivindicariam tantas vidas russas nas décadas que se seguiram, mas foi o símbolo do esforço comunista para matar a alma e o símbolo da própria Rússia.

Tradução e palavras entre chaves por Mykel Alexander

Notas

* Nota do tradutor: Título do filho de um czar. Ver Dicionário Houaiss. 

[1] Nota de Mark Weber: Edvard Radzinksy, The Last Tsar (New York: Doubleday, 1992), páginas 327, 344-346; Bill Keller, “Cult of the Last Czar,” The New York Times, 21 de novembro de 1990. 

[2] Nota de Mark Weber: De uma anotação de abril de 1935 em “Trotsky's Diary in Exile.” Citado em: Richard Pipes, The Russian Revolution (New York: Knopf, 1990), páginas 770, 787.; Robert K. Massie, Nicholas and Alexandra (New York: 1976), páginas 496-497.; E. Radzinksy, The Last Tsar (New York: Doubleday, 1992), páginas 325-326.; Ronald W. Clark, Lenin (New York: 1988), páginas 349-350. 

[3] Nota de Mark Weber: Sobre Wilton e sua carreira na Rússia, ver: Phillip Knightley, The First Casualty (Harcourt Brace Jovanovich, 1976), páginas 141-142, 144-146, 151-152, 159, 162, 169, e, Anthony Summers e Tom Mangold, The File on the Tsar (New York: Harper and Row, 1976), páginas 102-104, 176. 

[4] Nota de Mark Weber: Nota da Associated Press de Moscou, Toronto Star, 26 de setembro de 1991, página A2; Similarmente, um estudo de 1992 descobriu que um-quarto das pessoas nas repúblicas da Bielorrússia (Rússia branca) e Uzbequistão eram a favor da deportação de todos os judeus para uma região judaica especial na Rússia Siberiana. “Estudo encontra antissemitismo no levantar das terras ex-soviéticas”, Los Angeles Times, 12 de junho de 1992, página A4. 

[5] Nota de Mark Weber: Na virada do século, os judeus constituíam 4,2% da população do Império Russo.

Richard Pipes, The Russian Revolution (New York: 1990), página 55 (nota de rodapé). 

[6] Nota de Mark Weber: Veja entradas individuais em: H. Shukman, ed., The Blackwell Encyclopedia of the Russian Revolution (Oxford: 1988); e em G. Wigoder, ed., Dictionary of Jewish Biography (New York: Simon and Schuster, 1991).

O proeminente papel judaico no submundo revolucionário da Rússia antes de 1914 e no início do regime soviético também é confirmado em: Stanley Rothman and S. Robert Lichter, Roots of Radicalism (New York: Oxford, 1982), páginas 92-94.

Em 1918, o Comitê Central do Partido Bolchevique tinha 15 membros. O estudioso alemão Herman Fehst - citando registros soviéticos publicados - relatou em seu útil estudo de 1934 que seis desses 15 eram judeus. Herman Fehst, Bolschewismus und Judentum: Das jüdische Element in der Führerschaft des Bolschewismus (Berlin: 1934), páginas 68-72; Robert Wilton, no entanto, relatou que em 1918 o Comitê Central do partido bolchevique tinha doze membros, dos quais nove eram de origem judaica e três eram de ascendência russa. R. Wilton, The Last Days of the Romanovs (IHR, 1993), página 185. 

[7] Nota de Mark Weber: Após anos de supressão oficial, esse fato foi reconhecido em 1991 no semanário de Moscou Ogonyok. Ver: Jewish Chronicle (Londres), 16 de julho de 1991; Ver também: Carta por L. Horwitz no The New York Times, 5 de agosto de 1992, a qual cita informações da revista russa “Native Land Archives”; “Lenin's Lineage?” ‘Jewish,’ Claims Moscow News,” Forward (New York City), 28 de fevereiro de 1992, páginas 1, 3 ; M. Checinski, Jerusalem Post (edição semanária internacional), Jan. 26 de janeiro de 1991, página 9. 

[8] Nota de Mark Weber: Richard Pipes, The Russian Revolution (New York: Knopf, 1990), página 352. 

[9] Nota de Mark Weber: Harrison E. Salisbury, Black Night, White Snow: Russia's Revolutions, 1905-1917 (Doubleday, 1978), página 475.; William H. Chamberlin, The Russian Revolution (Princeton Univ. Press, 1987), vol. 1, páginas 291-292; Herman Fehst, Bolschewismus und Judentum: Das jüdische Element in der Führerschaft des Bolschewismus (Berlin: 1934), páginas 42-43.; P. N. Pospelov, ed., Vladimir Ilyich Lenin: A Biography (Moscow: Progress, 1966), páginas 318-319.

Esta reunião foi realizada em 10 de outubro (estilo antigo, calendário juliano) e em 23 de outubro (novo estilo). Os seis judeus que participaram foram: Uritsky, Trotsky, Kamenev, Zinoviev, Sverdlov e Soklonikov.

Os bolcheviques tomaram o poder em Petersburgo em 25 de outubro (estilo antigo) - daí a referência à “Grande Revolução de Outubro” - que é 7 de novembro (novo estilo). 

[10] Nota de Mark Weber: William H. Chamberlin, The Russian Revolution (1987), vol. 1, página  292.; H. E. Salisbury, Black Night, White Snow: Russia's Revolutions, 1905-1917 (1978), página 475. 

[11] Nota de Mark Weber: W. H. Chamberlin, The Russian Revolution, vol. 1, páginas 274, 299, 302, 306.; Alan Moorehead, The Russian Revolution (New York: 1965), páginas 235, 238, 242, 243, 245.; H. Fehst, Bolschewismus und Judentum (Berlin: 1934), páginas 44, 45. 

[12] Nota de Mark Weber: H. E. Salisbury, Black Night, White Snow: Russia's Revolutions, 1905-1917 (1978), página 479-480.; Dmitri Volkogonov, Stalin: Triumph and Tragedy (New York: Grove Weidenfeld, 1991), paginas 27-28, 32; P. N. Pospelov, ed., Vladimir Ilyich Lenin: A Biography (Moscow: Progress, 1966), páginas 319-320. 

[13] Nota de Mark Weber: {Winston Churchill}, “Zionism versus Bolshevism: A struggle for the soul of the Jewish people,” Illustrated Sunday Herald (Londres), 8 de fevereiro 1920. Facsimile reimpresso em: William Grimstad, The Six Million Reconsidered (1979), página 124. (Na época em que este ensaio foi publicado, Churchill estava servindo como ministro da Guerra e do Ar.) 

[14] Nota de Mark Weber: David R. Francis, Russia from the American Embassy (New York: 1921), página 214. 

[15] Nota de Mark Weber: Foreign Relations of the United States – 1918 – Russia, Vol. 1 (Washington, DC: 1931), páginas 678-679. 

[16] Nota de Mark Weber: American Hebrew (New York), setembro de 1920. Citado em: Nathan Glazer and Daniel Patrick Moynihan, Beyond the Melting Pot (Cambridge, Mass.: 1963), página 268. 

[17] Nota de Mark Weber: C. Jacobson, “Jews in the USSR” em: American Review on the Soviet Union, Agosto de 1945, página 52; Avtandil Rukhadze, Jews in the USSR: Figures, Facts, Comment (Moscow: Novosti, 1978), páginas 10-11. 

*a Nota de Mykel Alexander: Sobre o termo intelligentsia ver Carlo Marletti:“Afora alguns precedentes incertos, o adjetivo latino teve sua primeira forma de substantivação na metade do século XIX, na língua russa, com o termo inteligencija, criado pelo romancista P. D. Boborykin e quase contemporaneamente retomado e difundido por I. S. Turgeneev. Traduzido para as principais línguas européias, este termo indicou, inicialmente, um grupo social particular, típico da Rússia czarista e de alguns países eslavos; mas logo se generalizou para designar a classe culta, a categoria das pessoas que têm, em todas as sociedades, uma instrução superior.” (Norberto Bobbio, Nicola Matteucci e Gianfranco Pasquino, em Dicionário de Política, 2 volumes, UNB, 11ª edição, Brasília, 1998, vocábulo Intelectuais por Carlo Marletti. 

[18] Nota de Mark Weber: T. Emmons and B. M. Patenaude, eds., War, Revolution and Peace in Russia: The Passages of Frank Golder, 1913-1927 (Stanford: Hoover Institution, 1992), páginas 320, 139, 317. 

[19] Nota de Mark Weber: Louis Rapoport, Stalin's War Against the Jews (New York: Free Press, 1990), páginas 30, 31, 37. Ver também páginas 43, 44, 45, 49, 50. 

*b Nota de Mykel Alexander: Sobre o termo Politburo ver Alberto Falcionelli:

Politicheskoe Biuró: Oficina Política (do comitê central do PC da URSS). Organismo criado em março de 1919 depois da proposta do humanitário Félix Dzerzhinskiy {...} por motivos de ‘melhor controle’, transformando-o em Praesidium do mesmo Comitê Central em outubro de 1952 pelo XIX Congresso do partido. Segundo Stalin, o Politburo é ‘o organismo mais alto, não dentro do Estado, mas sim dentro do Partido, e o Partido é a força mais alta dentro do Estado”, o que constitui uma disquisição bizantina – talmúdica, se se preferir – para afirmar, sem afirmá-lo, mas afirmando-o de todos modos, que o Politburo ou Praesidium é o órgão político supremo no que se encontra a soma do poder e da infalibilidade, entre todos os órgãos executivos, legislativos e coativos criados na União Soviética para maior comodidade do ditador.” (Alberto Falcionelli, El licenciado, el seminarista y el plomero – breve glossário del comunismo em accion, Editorial El Mandragora, Buenos Aires, 196. Vocábulo POLITIBURO.) 

[20] Nota de Mark Weber: Citado em: Salo Baron, The Russian Jews Under Tsars and Soviets (New York: 1976), páginas 170, 392 (nº 4). 

[21] Nota de Mark Weber: The Atlantic, setembro 1991, página 14.

Em 1919, três quartos da equipe da Cheka em Kiev eram de judeus, que foram cuidadosos em poupar companheiros judeus. Por fim, a Cheka pegou poucos reféns judeus. R. Pipes, The Russian Revolution (1990), página 824; O historiador isrealita Louis Rapoport também confirma a dominante participação feita pelos judeus na polícia secreta soviética através dos anos de 1920 e 1930. L. Rapoport, Stalin's War Against the Jews (New York: 1990), página 30-31, 43-45, 49-50. 

[22] Nota de Mark Weber: E. Radzinsky, The Last Tsar (1992), páginas 244, 303-304.; Bill Keller, “Cult of the Last Czar,” The New York Times, 21 de novembro de 1990; Ver também: W. H. Chamberlin, The Russian Revolution, vol. 2, página 90. 

[23] Nota de Mark Weber: Citado em The New Republic, 5 de fevereiro de 1990, páginas 30 e seguintes; Por causa do alegado antissemitismo de Russophobia, em julho de 1992. Shafarevich foi solicitado pela Academia Nacional de Ciências (Washington, DC) para abdicar-se como um membro associado daquele prestigioso corpo acadêmico. 

*c Nota de Mykel Alexander: Heinrich Heine (1797-1856) foi um escritor e jornalista judeu de influência de primeira estatura na comunidade judaica europeia na primeira metade do século XIX, exortando ao mesmo tempo entre o povo judeu a adesão fervorosa à alegada grandeza judaica de fontes bíblicas e ressentimento ao modo alemão de ser. Influiu decisivamente em Marx. Ver: Max Beer, Karl Marx – Sua Vida – Sua Obra, Gráfico – Editora Unitas Limitada, São Paulo, 1933. Página 61; Símon Dubnow, Manual de la Historia Judia, Editorial S. Sigal, Buenos Aires, 1955. Páginas 580-581; The Dictionary of Jewish Biography, Dan Cohn-Sherbok, Continuum, Bodmin (Cornwall), 2005. Vocábulo Heine, Heinrich (1797-1856).

                A documentação oficial da investigação forense sobre o assassinato da família Romanov, da autoria de Nicolas Sokoloff (juiz do tribunal de Omsk) foi traduzida ao francês como Enquète judiciaire sur l’assassinat dela famille imperiale russe, Editora Payot, Paris, 1926 (há edições anteriores), 350 páginas. A foto da parede do cômodo com a passagem escrita na parede está na lâmina entre as páginas 112-113. 

[24] Nota de Mark Weber: R. Wilton, The Last Days of the Romanovs (1993), página 148. 

[25] Nota de Mark Weber: Richard Pipes, The Russian Revolution (1990), página 787; Robert K. Massie, Nicholas and Alexandra (New York: 1976), páginas 496-497. 

[26] Nota de Mark Weber: Um artigo de uma edição de 1907 do respeitado jornal americano National Geographic relatou na situação revolucionária que fermentava na Rússia nos anos anteriores a Primeira Guerra Mundial: “Os líderes revolucionários pertenciam quase todos a raça judaica, e a mais efetiva agência revolucionária é a judaica Bund” W. E. Curtis, “The Revolution in Russia,”  National Geographic, maio de 1907, páginas 313-314.

                Piotr Stolypin, provavelmente o maior estadista da Rússia Imperial, foi assassinado em 1911 por um assassino judeu. Em 1907, judeus perfaziam aproximadamente dez por cento da filiação do Partido Bolchevique.  No Partido Menchevique, outra facção do Partido Social Democrático do Trabalhador Russo, a proporção judaica era duas vezes maior. R. Pipes, The Russian Revolution (1990), página 365;  Ver também R. Wilton, The Last Days of the Romanovs (1993), páginas 185-186. 

[27] Nota de Mark Weber: Martin Gilbert, Atlas of Jewish History (1977), páginas 71, 74; A despeito da política restritiva de “assentamento”, em 1897 aproximadamente 315,000 judeus viviam fora do Pale {região de assentamento}, a maioria deles ilegalmente. Em 1900 mais que 20,000 estavam vivendo na capital da São Petersbugo, e outros 9,000 em Moscou. 

[28] Nota de Mark Weber: Sonja Margolina, Das Ende der Lügen: Russland und die Juden im 20. Jahrhundert (Berlin: 1992). Citado em: “Ein ganz heisses Eisen angefasst,” Deutsche National-Zeitung (Munich), 21 de julho de 1992, página 12. 

[29] Nota de Mark Weber: Krasnaia Gazetta (“Red Gazette”), 1º de setembro de 1918. Citado em: Richard Pipes, The Russian Revolution (1990), páginas 820, 912 (nota 88). 

[30] Nota de Mark Weber: Richard Pipes, The Russian Revolution (New York: 1990), página 820. 

[31] Nota de Mark Weber: Contrário aos números que os historiadores ocidentais têm por anos sugerido, o terror soviético e o sistema de campos Gulag não começaram com Stalin. Nos fins dos anos de 1920, a Rússia Soviética tinha já 84 campos de concentração com aproximadamente 50,000 prisioneiros. Em outubro de 1923 o número tinha aumentado para 315 campos com 70,000 presos. R. Pipes, The Russian Revolution (1990), página 836. 

[32] Nota de Mark Weber: Citado pelo historiador Robert Conquest em uma resenha / artigo no The New York Review of Books, 23 de setembro de 1993, página 27. 

[33] Nota de Mark Weber: The New York Review of Books, 23 de setembro de 1993, página 27. 

[34] Nota de Mark Weber: Resenha/artigo por Robert Conquest em The New York Review of Books, 23 de setembro de 1993, página 27; No “Grande Terror” durante os anos de 1937-1938 somente, Conquest tem calculado, que aproximadamente um milhão foram baleados pela polícia secreta soviética, e outros dois milhões pereceram nos campos soviéticos. R. Conquest, The Great Terror (New York: Oxford, 1990), páginas 485-486; Conquest tem estimado que 13,5 para 14 milhões de pessoas pereceram na campanha de coletivização (“dekulakization”) e forçados a situação de fome entre 1929-1933. R. Conquest, The Harvest of Sorrow (New York: Oxford, 1986), páginas 301-307. 

[35] Nota de Mark Weber: O professor russo Igor Betuzhev-Lada, escrevendo em uma edição de 1988 do semanário de Moscou Nedelya, sugeriu que somente durante a era de Stalin (1935-1953), tanto quanto 50 milhões de pessoas foram mortas, condenadas para os campos dos quais eles nunca mais saíram, ou perderam suas vidas como resultado direto da brutal campanha de “dekulakization” contra os camponeses. “Sovietes admitem que Stalin matou mais de 50 milhões”, The Sunday Times, Londres, 17 de abril de 1988; R. J. Rummel, um professor de ciência politica na Universidade do Havaí, tem recentemente calculado que 61, 9 milhões de pessoas foram sistematicamente mortas pelo regime comunista soviético de 1917 até 1987. R. J. Rummel, Lethal Politics: Soviet Genocide and Mass Murder Since 1917 (Transaction, 1990). 

[36] Nota de Mark Weber: Por causa de suas atividades revolucionárias, Lenin foi sentenciado em 1897 por três anos de exílio na Sibéria. Durante este período de “punição”, ele casou, escreveu aproximadamente 30 trabalhos, fez extensivo uso da bem alojada biblioteca local, redigiu numerosos periódicos estrangeiros, manteve volumosa correspondência com seus apoiadores através da Europa, e usufruiu numerosas caças esportivas e excursões esportivas no gelo, enquanto todo o tempo recebendo uma bolsa do estado. Ver Ronald W. Clark, Lenin (New York: 1988), páginas 42-57; P. N. Pospelov, ed., Vladimir Ilyich Lenin: A Biography (Moscow: Progress, 1966), páginas 55-75. 

[37] Nota de Mark Weber: R. Pipes, The Russian Revolution (1990), páginas 187-188. 

[38] Nota de Mark Weber: The Nation, 24 de junho de 1991, página 838. 

[39] Nota de Mark Weber: Bill Keller, “Cult of the Last Czar,” The New York Times, 21 de novembro de 1990. 

[40] Nota de Mark Weber: “Nostalgic for Nicholas, Russians Honor Their Last Czar,” Los Angeles Times, 18 de julho de 1993; “Ceremony marks Russian czar's death,” Orange County Register, 17 de julho 1993. 

[41] Nota de Mark Weber: R. Pipes, The Russian Revolution (1990), página 787.

 


Fonte: The Journal of Historical Review, janeiro-fevereiro de 1994 (Vol. 14, nº 1), páginas 4-22.

http://www.ihr.org/jhr/v14/v14n1p-4_Weber.html

Sobre o autor: Mark weber é um historiador americano, escritor, palestrante e analista de questões atuais. Ele estudou história na Universidade de Illinois (Chicago), na Universidade de Munique (Alemanha), e na Portland State University. Ele possui um mestrado em História Europeia da Universidade de Indiana. Desde 1995 ele tem sido diretor do Institute for Historical Review, um centro independente de publicações, educação e pesquisas de interesse público, no sul da Califórnia, que trabalha para promover a paz, compreensão e justiça através de uma maior consciência pública para com o passado.

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Um comentário:

  1. Was the Bolshevik Revolution a Jewish Plot?

    A. Asa-El - The Jerusalem Post (Israel)

    https://www.jpost.com/Opinion/Middle-Israel-Was-the-Bolshevik-Revolution-a-Jewish-plot-513835

    ... Os deputados de Lenin, Lev Kamenev (originalmente Rozenfeld) e Grigory Zinoviev (nascido Hirsch Apfelbaum) e seu tesoureiro Grigori Sokolnikov (Girsh Yankelevich Brilliant) eram todos judeus, assim como Karl Radek (Sobelsohn), co-escritor da Constituição Soviética, Maxim Litvinov (Meir Henoch Wallach-Finkelstein), ministro dos Negócios Estrangeiros da URSS... O mais proverbialmente é que um judeu – Yakov Sverdlov – supervisionou a execução nocturna do czar Nikolai, da imperatriz Alexandra e dos seus cinco filhos. Os revolucionários judeus também eram proeminentes fora da Rússia... Na Polónia, dois dos três estalinistas que lideraram a sua transição para o comunismo – Hilary Minc, que coletivizou a sua economia, e Jakub Berman, que chefiou a sua polícia secreta – eram judeus. A revolução, em suma, estava tão repleta de judeus que era de se perguntar se “os judeus” eram inerentemente revolucionários.

    ... Lenin’s deputies Lev Kamenev (originally Rozenfeld) and Grigory Zinoviev (born Hirsch Apfelbaum) and his treasurer Grigori Sokolnikov (Girsh Yankelevich Brilliant) were all Jews, as were Karl Radek (Sobelsohn), co-writer of the Soviet Constitution, Maxim Litvinov (Meir Henoch Wallach-Finkelstein), foreign minister of the USSR ... Most proverbially, a Jew – Yakov Sverdlov – oversaw the nighttime execution of Czar Nikolai, Empress Alexandra, and their five children. Jewish revolutionaries were prominent beyond Russia as well ... In Poland, two of the three Stalinists who led its transition to communism – Hilary Minc, who collectivized its economy, and Jakub Berman, who headed its secret police – were Jews. The revolution, in short, was so crowded with Jews that one had to wonder whether “the Jews” were inherently revolutionary.

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