domingo, 19 de janeiro de 2025

Jürgen Graf – Um Legado Maior que a Vida – 15 agosto 1951 - 13 Janeiro 2025 - Obituário - por Germar Rudolf

 

 Germar Rudolf 


Obituário

Por Germar Rudolf ∙ 17 de Janeiro, 2025

Um grande Revisionista do Holocausto tem falecido. Normalmente eu não escrevo revisionista com letra maiúscula. Mas, neste caso, eu tenho de fazê-lo. Jürgen era um amigo muito querido. Eu o encontrei pela primeira vez em 1994, em sua cidade natal, Basileia, quando nós saímos para jantar uma noite. No ano anterior, Jürgen havia publicado dois livros revisionistas: O Der Holocaust-Schwindel, de mais de 300 páginas (não é necessário traduzir), e o livreto Der Holocaust auf dem Prüfstand (O Holocausto na bancada de testes), muito mais curto, de 100 páginas. No mesmo ano, foi publicada a primeira edição do meu relatório de especialista sobre a química de Auschwitz (título atual em inglês Chemistry of Auschwitz), bem como o Vorlesungen über Zeitgeschichte (agora em inglês como Lectures on the Holocaust), de 350 páginas. Evidentemente, nós dois estávamos trabalhando em nossos respectivos projetos ao mesmo tempo, mas em completo isolamento e ignorando a existência um do outro. Nós dois mantínhamos contato com o Dr. Robert Faurisson desde 1991, que sabia do nosso trabalho em andamento e nos dava conselhos, mas Robert nunca mencionou a nenhum de nós nada sobre o outro. Isso foi uma pena, pois nós dois poderíamos ter nos beneficiado muito com as habilidades e o conhecimento um do outro.


Jürgen Graf:  15 agosto 1951 - 13 Janeiro 2025

Enquanto os livros que eu escrevi me colocaram em sérios problemas na Alemanha, arruinando minha carreira como químico pesquisador iniciante e terminando com uma pena de prisão por minha pesquisa forense iconoclasta, Jürgen inicialmente só perdeu seu cargo de professor de língua estrangeira na Suíça, enquanto um último livro que ele escreveu também lhe rendeu uma pena de prisão (que ele conseguiu se esquivar de cumprir ao se exilar na Rússia).

Durante nosso jantar naquela noite memorável de 1994, nós decidimos não mais trabalhar separadamente, mas unir forças para ajudar um ao outro em nossos esforços para entender o que realmente aconteceu com os judeus dentro da esfera de influência alemã durante a Segunda Guerra Mundial.

Enquanto eu me exilei na Inglaterra em 1996 e criei uma pequena editora revisionista em língua alemã (batizada em 1998 de Castle Hill Publishers), Jürgen se uniu ao pesquisador revisionista italiano Carlo Mattogno e fez várias viagens a arquivos no antigo Bloco Oriental. Jürgen era um poliglota que conseguia conversar em 12 idiomas, eu acho. Ou eram 17? Não me lembro. De qualquer forma, está muito além da compreensão da maioria das pessoas como um cérebro humano pode fazer malabarismos competentes com tantos idiomas diferentes. E ele não se limitava apenas aos idiomas europeus comuns (alemão, francês, inglês, russo, polonês, dinamarquês, espanhol, italiano...). Não, ele falava indonésio e chinês mandarim também. Certa vez, ele me disse, brincando, que desenvolveu um sério sentimento de inferioridade ao conhecer um russo que falava 21 idiomas fluentemente.

Suas habilidades linguísticas foram muito úteis quando ele e Carlo visitaram arquivos poloneses e russos durante a década de 1990. Sem as habilidades linguísticas de Jürgen e seu charme vencedor, Carlo não poderia ter viajado para esses países e recebido acesso a tanto material de arquivo. Uma visita fatídica dos dois foi a um arquivo em Moscou que armazenava os documentos deixados para trás em Auschwitz pelo Escritório Central de Construção da Waffen SS e pela Polícia de Auschwitz, a organização responsável pela construção do campo – cercas, alojamentos, torres de vigilância, banheiros, chuveiros, prédios de desinfestação, etc... e os infames crematórios que supostamente abrigavam as alegadas câmaras de gás homicidas. No entanto, não foi tanto o conteúdo desse arquivo que foi fatídico para Jürgen. Foi a senhora que estava encarregada dessa coleção. Ela estava vasculhando esses cerca de 80.000 documentos há anos, categorizando-os e catalogando-os. Quando Jürgen e Carlo entraram no arquivo, a senhora foi muito atenciosa e também muito honesta. Ela disse imediatamente aos dois pesquisadores revisionistas que, em sua humilde opinião, não há nenhum traço de evidência naquela coleção de que câmaras de gás homicidas existiram em Auschwitz e que, portanto, ela não acredita nos contos de terror sobre Auschwitz. Seu nome era Olga, e ela acabou se casando com Jürgen. Eles ficaram juntos até que a morte os separou.

Olga era uma típica russa (ou melhor, uma bielorrussa, se não me engano, originária de Minsk). Ela não acreditava no mito da câmara de gás, mas acreditava que todos os americanos eram maus. Alguma propaganda soviética tinha de ser mantida. De qualquer forma, Jürgen e Olga vieram me visitar no verão de 2002, quando eu morava em Coosa Circle, em Huntsville, Alabama. Minha casa alugada ficava na periferia norte da cidade, na fronteira com uma floresta com uma bela rede de trilhas para caminhadas, o que é raro nos Estados Unidos. A família Graf ficou comigo por duas semanas, se bem me lembro. Fizemos várias caminhadas pela floresta, onde refresquei a memória enferrujada de Jürgen sobre as Wanderlieder (canções de caminhada) alemãs. Nós nos divertimos muito juntos. Também cantávamos algumas canções folclóricas quando voltávamos para casa, algumas delas com clara influência do Leste Europeu, o que Olga adorava. Embora não entendesse as letras em alemão, ela ouvia os sons da Rússia nas melodias. Foi a última vez que vi Jürgen pessoalmente. Quando eles partiram, Olga havia revisado radicalmente sua opinião sobre os americanos: onde quer que fosse e revelasse sua origem (bielo)russa, era calorosamente recebida e abraçada por todos os americanos que encontrava. Não havia hostilidade em nenhum deles.

Meu relacionamento com Jürgen nos anos seguintes limitou-se principalmente à tradução para o alemão de livros escritos principalmente ou exclusivamente por nosso amigo Carlo Mattogno. Jürgen era um tradutor excelente, se não mesmo extraordinário. Ele aprimorava qualquer livro que recebia para tradução, não apenas fazendo uma tradução precisa, mas também polindo a linguagem e tornando-a mais elegante e agradável de ler. Às vezes, ele também tomava a liberdade de enfatizar um ponto que o autor estava defendendo, acrescentando ironia, sarcasmo e, ocasionalmente, um comentário sarcástico. Não é preciso dizer que isso nem sempre era aprovado pelo autor. Mas, considerando o material às vezes absurdo ou até mesmo grotesco que ele tinha de analisar, Jürgen não conseguia se conter e deixava transparecer seu humor e sua inteligência. Algumas vezes tive que fazer uma limpeza depois dele para manter o material livre de acréscimos não intencionais do autor. Mas eu devo admitir que, pessoalmente, gostei. Carlo é um autor muito seco, e Jürgen colocou alguns temperos na mistura que os leitores revisionistas mais experientes devem gostar. No entanto, os meninos do coro não são nosso único público-alvo. Acadêmicos sérios também são importantes e geralmente zombam de tais artifícios retóricos.

A carreira pós-professor de Jürgen consistia principalmente em fazer traduções profissionais de vários idiomas para seu alemão nativo, na maioria das vezes para editoras de direita na Alemanha. Em 2016, a carga de trabalho de Jürgen se tornou tão intensa e sua situação financeira tão incerta que ele teve de recusar quando lhe pedi o serviço de tradução de mais um dos livros de Carlo, geralmente com um desconto muito alto. Por isso, eu tive que me sentar e fazer isso sozinho. Depois de alguns anos e vários livros de Carlo, e com a ajuda indispensável das traduções automáticas, eu me tornei bastante hábil na tradução de textos em italiano, ou melhor, na edição de textos traduzidos por máquinas. Eu não precisava mais de um tradutor real. Isso foi bom para o revisionismo, pois removeu o principal gargalo para a publicação de novas pesquisas, mas também afrouxou os laços estreitos que eu costumava ter com Jürgen. Começamos a nos perder de vista.

Jürgen zombava da ideia de usar computadores para traduzir textos. Quando se trata de elegância linguística, ele estava certo. Suas habilidades de tradução sempre superaram as da “Burrice Artificial”. Mas as minhas não, e por isso eu uso as traduções automáticas como um trampolim para obter uma vantagem inicial, e isso tem funcionado muito bem para mim. O problema é que a tradução de um livro de 300 páginas por um tradutor profissional custa pelo menos uns US$ 3.000, o que nós, revisionistas, não podemos pagar. Além disso, um tradutor profissional geralmente envia um texto que é uma bagunça de formatação, exigindo dias de edição e formatação. O software de tradução atual, por outro lado, deixa a formatação perfeitamente intacta e me custa apenas alguns dólares. Embora esse texto precise de uma revisão e edição minuciosas para detectar falhas ocasionais, isso não é muito mais trabalhoso do que revisar/editar as idiossincrasias e erros ocasionais de um tradutor real. Não se engane: os dias dos tradutores e intérpretes profissionais estão contados. Em breve, ninguém mais precisará falar idiomas diferentes. Será um mundo mais pobre.

Jürgen foi poupado de passar por isso. Quando eu recebi a triste notícia, no verão passado, de que ele estava lutando mais uma vez contra o câncer, desta vez mais seriamente, eu sabia que a despedida final provavelmente estava se aproximando. Eu fico gratamente feliz em saber que ele recebeu o apoio que achava necessário para essa batalha final.

Jürgen Graf 


Eu estou triste por ter perdido mais um amigo querido e um camarada nesta batalha épica pela verdade na história. Apenas dois dias antes, eu havia perdido outra amiga que me era muito querida. Nascida no mesmo ano que Jürgen, ela morreu em meus braços. Eu fiquei arrasado com essa experiência. Agora eu ouvi dizer que Jürgen a seguiu até o campo de caça eterno. Meu coração sangra.

Que suas almas descansem em paz, e que seus espíritos olhem por nós!

 

Bibliografia

Abaixo está uma lista de livros de Jürgen’. Eu listo edições em inglês, quando disponíveis, e link para sua localização on-line. O ano(s) entre parênteses denota(s) o primeiro (Inglês) e a edição atual de cada livro. Sinta-se livre para explora-los à vontade:

  Der Holocaust auf dem Prüf­stand (1993)

  Der Holocaust-Schwindel (1993)

  Todesursache Zeitgeschichts­forschung (1996)

  Das Rotbuch. Vom Untergang der Schweizerischen Freiheit (1997)

  The Giant with Feet of Clay (2001, 2022)

  Concentration Camp Majdanek (com C. Mattogno, 2003, 2016).

  Concentration Camp Stutthof (com C. Mattogno, 2003, 2016).

  Treblinka: Extermination Camp or Transit Camp? (com C. Mattogno, 2004, 2020)

  Sobibór: Holocaust Propaganda and Reality (com T. Kues, C. Mattogno, 2010, 2018)

  The “Extermination Camps” of “Aktion Reinhardt” (com T. Kues, C. Mattogno, 2013, 2015).

  White World Awake! (2016)

•  Auschwitz: Eyewitness Reports and Perpetrator Confessions (2019)

Tradução por Davi Ciampa Heras

Revisão por Mykel Alexander

 

Fonte: Jürgen Graf, 15 August 1951 – 13 January 2025, Obituary, por Germar Rudolf, 17 de janeiro de 2025, CODOH - Committee for Open Debate on the Holocaust.

https://codoh.com/library/document/jurgen-graf-15-august-1951-13-january-2025/

Sobre o autor: Sobre o autor: Germar Rudolf nasceu em 1964 em Limburg, Alemanha. Ele estudou química na Universidade de Bonn, onde ele graduou-se em 1989 com um diploma comparável ao grau de PhD no EUA. De 1990 – 1993 ele preparou uma tese de PhD (na graduação alemã) no Instituto Max Planck, paralelo a isso Rudolf preparou um relatório especial sobre as questões químicas e técnicas das alegadas câmaras de gás de Auschwitz, The Rudolf Report. Como a conclusão era de que as instalações de Auschwitz e Birkenau não eram para propósitos de extermínio em massa ele teve que enfrentar perseguições e encontrou exílio na Inglaterra onde fundou a editora Castle Hill. Por pressão do desgoverno alemão por extradição ele teve que fugir em 1999 para o EUA em busca de asilo político. No EUA casou e tornou-se cidadão americano em 2005, mas imediatamente a isso foi preso e subsequentemente deportado para Alemanha onde cumpriu 44 meses de prisão por seus escritos acadêmicos, muitos deles feitos no EUA onde não são ilegais. Atualmente ele reside no norte do estado de Nova York. Entre suas principais obras estão:

Dissecting the Holocaust, 1ª edição 2003 pela Theses & Dissertations Press, EUA. 3ª edição revisada, Castle Hill, Uckfield (East Sussex), 2019.

The Chemistry of Auschwitz: The Technology and Toxicology of Zyklon B and the Gas Chambers – A Crime-Scene Investigation, Castle Hill, Uckfield (East Sussex), 3ª edição revisada e expandida (março de 2017).

Lectures on Holocaust (1ª ed. 2005) 3ª edição revisada e expandida, Castle Hill, Bargoed, 2023.

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O que é o Holocausto? - lições sobre holocausto - por Germar Rudolf

O que é ‘Negação do Holocausto’? - Por Barbara Kulaszka

O Primeiro Holocausto - por Germar Rudolf

O Primeiro Holocausto – e a Crucificação dos judeus deve parar - parte 1 - Por Olaf Rose (Parte 2 na sequência do próprio artigo)

O Holocausto de Seis Milhões de Judeus — na Primeira Guerra Mundial - por Thomas Dalton, Ph.D. {academic auctor pseudonym}

O Mito do extermínio dos judeus – Parte 1.1 {nenhum documento sequer visando o alegado extermínio dos judeus foi jamais encontrado} - por Carlo Mattogno (demais partes na sequência do próprio artigo)


Sobre o revisionismo em geral e o revisionismo do alegado Holocausto ver:

Uma breve introdução ao revisionismo do Holocausto - por Arthur R. Butz

{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} – Definindo evidência - por Germar Rudolf

{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} – Tipos e hierarquia de evidências - por Germar Rudolf

Por que o revisionismo do Holocausto? - por Theodore J. O'Keefe

Revisionismo e Promoção da Paz - parte 1 - por Harry Elmer Barnes

Revisionismo e Promoção da Paz - parte 2 - por Harry Elmer Barnes

O “Holocausto” colocado em perspectiva - por Austin Joseph App

A controvérsia internacional do “holocausto” - Arthur Robert Butz

Contexto e perspectiva na controvérsia do ‘Holocausto’ - parte 1 - por Arthur R. Butz

Contexto e perspectiva na controvérsia do ‘Holocausto’ - parte 2 - por Arthur R. Butz

O Relatório Leuchter: O Como e o Porquê - por Fred A. Leuchter

Sobre a importância do revisionismo para nosso tempo - por Murray N. Rothbard


Sobre as alegadas câmaras de gás nazistas homicidas ver:

As câmaras de gás: verdade ou mentira? - parte 1 - por Robert Faurisson (primeira de seis partes, as quais são dispostas na sequência).

A Mecânica do gaseamento - Por Robert Faurisson

O “problema das câmaras de gás” - Por Robert Faurisson

As câmaras de gás de Auschwitz parecem ser fisicamente inconcebíveis - Por Robert Faurisson

O Relatório Leuchter: O Como e o Porquê - por Fred A. Leuchter

A técnica e a química das ‘câmaras de gás’ de Auschwitz - por Germar Rudolf - Parte 1 - Introdução (demais partes na sequência do próprio artigo)


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