John J. Mearsheimer |
Eu
não acredito que qualquer coisa que eu diga sobre o que está acontecendo em
Gaza afetará a política israelense ou americana naquele conflito. Mas eu quero
deixar registrado para que, quando os historiadores olharem para trás para essa
calamidade moral, vejam que alguns americanos estavam do lado certo da
história.
O
que Israel está fazendo em Gaza com a população civil palestina — com o apoio
do governo Biden — é um crime contra a humanidade que não serve a nenhum
propósito militar significativo. Como J-Street, uma organização importante no
lobby de Israel, coloca: “O escopo do desastre humanitário em andamento e das
vítimas civis é quase insondável.”1
Deixe-me
elaborar.
Primeiro,
Israel está propositalmente massacrando um grande número de civis, cerca de 70%
dos quais são crianças e mulheres. A alegação de que Israel está fazendo
grandes esforços para minimizar as baixas civis é desmentida por declarações de
altos funcionários israelenses. Por exemplo, o porta-voz das Forças de Defesa
de Israel disse em 10 de outubro de 2023 que “a ênfase está nos danos e não na
precisão.” No mesmo dia, o Ministro da Defesa Yoav Gallant anunciou: “Eu reduzi
todas as restrições – nós mataremos todos contra quem lutamos; nós usaremos
todos os meios.”2
Além
disso, fica claro pelos resultados da campanha de bombardeio que Israel está
matando civis indiscriminadamente. Dois estudos detalhados da campanha de
bombardeio das Forças de Defesa de Israel — ambos publicados em veículos
israelenses — explicam em detalhes como Israel está assassinando um grande
número de civis. Vale a pena citar os títulos dos dois artigos, que capturam
sucintamente o que cada um tem a dizer:
“‘Uma Fábrica de Assassinatos em Massa’: Por Dentro do Bombardeio Calculado de Gaza por Israel”3
“O Exército Israelense Abandonou a Contenção em Gaza, e os Dados Mostram Matança Sem Precedentes.”4
Similarmente,
o New York Times publicou um artigo no final de novembro de 2023
intitulado: “Civis de Gaza, sob bombardeio israelense, estão sendo mortos em
ritmo histórico”.5 Assim, não é de
surpreender que o Secretário-Geral da ONU, Antonio Guterres, tenha dito que “nós
estamos testemunhando uma matança de civis sem paralelo e sem precedentes em
qualquer conflito desde” sua nomeação em janeiro de 2017.6
Segundo,
Israel está propositalmente matando de fome a população palestina desesperada
ao limitar muitíssimo a quantidade de comida, combustível, gás de cozinha,
remédios e água que podem ser levados para Gaza. Além disso, é extremamente
difícil obter assistência médica para uma população que agora inclui
aproximadamente 50.000 civis feridos. Israel não somente limitou muito o
fornecimento de combustível para Gaza, que os hospitais necessitam para
funcionar, mas também atacou hospitais, ambulâncias e postos de primeiros
socorros.
O
comentário do Ministro da Defesa Gallant em 9 de outubro captura a política
israelense: “Eu tenho ordenado um cerco completo na Faixa de Gaza. Não haverá
eletricidade, comida, combustível, tudo está fechado. Estamos lutando contra
animais humanos e estamos agindo de acordo.”7
Israel foi forçado a permitir suprimentos mínimos para Gaza, mas as quantidades
são tão pequenas que um alto funcionário da ONU relata que “metade da população
de Gaza está morrendo de fome”. Ele continua relatando que “nove em cada 10
famílias em algumas áreas estão passando ‘um dia e uma noite inteiros sem
comida alguma’.”8
Terceiro,
os líderes israelenses falam sobre os palestinos e o que eles gostariam de
fazer em Gaza em termos chocantes, especialmente quando você considera que
alguns desses líderes também falam incessantemente sobre os horrores do
Holocausto. De fato, sua retórica levou Omar Bartov, um proeminente estudioso
israelense do Holocausto, a concluir que Israel tem “intenção genocida”.9 Outros estudiosos em estudos sobre o
Holocausto e genocídio ofereceram um aviso semelhante.10
Para
ser mais específico, é comum que os líderes israelenses se refiram aos
palestinos como “animais humanos”, “bestas humanas” e “animais horríveis e
desumanos”.11 E como o presidente
israelense Isaac Herzog faz claro, esses líderes estão se referindo a todos os
palestinos, não apenas ao Hamas: em suas palavras, “é uma nação inteira lá fora
que é responsável”.12 Sem
surpresa, como relata o New York Times, faz parte do discurso israelense
normal pedir que Gaza seja “achatada”, “apagada” ou “destruída”.13 Um general aposentado das Forças de Defesa
de Israel, que proclamou que “Gaza se tornará um lugar onde nenhum ser humano
pode existir”, também defende que “epidemias severas no sul da Faixa de Gaza
trarão a vitória para mais perto”.14
Indo ainda mais longe, um ministro do governo israelense sugeriu lançar uma
arma nuclear em Gaza.15 Essas
declarações não estão sendo feitas por extremistas isolados, mas por membros
seniores do governo de Israel.
Claro,
há também muita fala de limpeza étnica de Gaza (e da Cisjordânia), produzindo,
na prática, outra Nakba.16 Para
citar o Ministro da Agricultura de Israel, “Nós estamos agora implementando a
Nakba de Gaza.”17 Talvez a evidência mais
chocante das profundezas a que a sociedade israelense se afundou seja um vídeo
de crianças muito pequenas a cantar uma canção de gelar o sangue celebrando a
destruição de Gaza por Israel: “Dentro de um ano aniquilaremos toda a gente, e
depois voltaremos a arar os nossos campos.”18
Em
quarto lugar, Israel não está apenas matando, ferindo
e deixando passar fome um grande número de palestinos, mas também destruindo
sistematicamente suas casas, bem como infraestrutura crítica – incluindo
mesquitas, escolas, locais históricos, bibliotecas, edifícios governamentais
importantes e hospitais.19 Até 1º
de dezembro de 2023, as Forças de Defesa de Israel danificaram ou destruíram
quase 100.000 edifícios, incluindo bairros inteiros que têm sido reduzidos a
escombros.20 Consequentemente,
impressionantes 90% dos 2,3 milhões de palestinos de Gaza foram deslocados de seus
lares.21 Além disso, Israel está fazendo um
esforço concentrado para destruir o patrimônio cultural de Gaza; como relata a
NPR, “mais de 100 locais históricos de Gaza foram danificados ou destruídos por
ataques israelenses”.22
Quinto,
Israel não está apenas aterrorizando e matando palestinos, mas também está
humilhando publicamente muitos de seus homens que foram presos pela Forças de
Defesa de Israel em buscas de rotina. Soldados israelenses os despojam até
ficarem apenas com suas roupas íntimas, os vendam e os exibem de forma pública
em seus bairros – sentando-os em grandes grupos no meio da rua, por exemplo, ou
desfilando pelas ruas – antes de levá-los em caminhões para campos de detenção.
Na maioria dos casos, os detidos são então liberados, pois não são combatentes
do Hamas.23
Sexto,
embora os israelenses estejam fazendo o massacre, eles não poderiam fazê-lo sem
o apoio do governo Biden. Os Estados Unidos não foram apenas o único país a
votar contra uma resolução recente do Conselho de Segurança da ONU exigindo um
cessar-fogo imediato em Gaza, mas também têm fornecido a Israel o armamento
necessário para travar esse massacre.24
Conforme um general israelense (Yitzhak Brick) fez claro recentemente: “Todos
os nossos mísseis, a munição, as bombas guiadas de precisão, todos os aviões e
bombas, são todos dos EUA. No minuto em que eles fecham a torneira, você não
pode continuar lutando. Você não tem capacidade... Todos entendem que não
podemos lutar esta guerra sem os Estados Unidos. Ponto final.”25 Notavelmente, o governo Biden tem
procurado agilizar o envio de munição adicional a Israel, ignorando os
procedimentos normais da Lei de Controle de Exportação de Armas.26
Sétimo,
embora a maior parte do foco esteja agora em Gaza, é importante não perder de
vista o que está acontecendo simultaneamente na Cisjordânia. Colonos
israelenses, trabalhando em estreita colaboração com as Forças de Defesa de
Israel, continuam a matar palestinos inocentes e roubar suas terras. Em um
excelente artigo na New York Review of Books descrevendo esses horrores,
David Shulman relata uma conversa que teve com um colono, a qual reflete
claramente a dimensão moral do comportamento israelense em relação aos
palestinos. “O que nós estamos fazendo com essas pessoas é realmente desumano”,
o colono admite livremente, “Mas se você pensar sobre isso claramente, tudo
decorre inevitavelmente do fato de que Deus prometeu esta terra aos judeus, e
somente a eles.”27 Junto com seu ataque a
Gaza, o governo de Israel aumentou significativamente o número de prisões
arbitrárias na Cisjordânia. De acordo com a Anistia Internacional, há
evidências consideráveis de que esses prisioneiros foram torturados e
submetidos a tratamento degradante.28
Enquanto
eu observo o desdobrar desta catástrofe para os palestinos, fico com uma questão
simples para os líderes de Israel, seus defensores americanos e o governo
Biden: vocês não têm decência?
Tradução
e palavras entre chaves por Mykel Alexander
1
Nota de John J. Mearsheimer: Moment of Truth for Israel’s Government: Either
Heed Biden Administration Limits Or Lose U.S. Support for Military Operation,
07 de dezembro de 2023, J Street.
https://jstreet.org/press-releases/moment-of-truth-for-israels-government/
2
Nota de John J. Mearsheimer: Ambas as citações podem ser encontradas em: The
Israeli Army Has Dropped the Restraint in Gaza, and the Data Shows
Unprecedented Killing, por Yagil Levy, 09 de dezembro de 2023, Haaretz.
3
Nota de John J. Mearsheimer: ‘A mass assassination factory’: Inside Israel’s
calculated bombing of Gaza
Permissive
airstrikes on non-military targets and the use of an artificial intelligence
system have enabled the Israeli army to carry out its deadliest war on Gaza, a
+972 and Local Call investigation reveals, por Yuval Abraham, 30 de novembro, +972
magazine.
4
Nota de John J. Mearsheimer: The Israeli Army Has Dropped the Restraint in
Gaza, and the Data Shows Unprecedented Killing, por Yagil Levy, 09 de dezembro
de 2023, Haaretz.
5
Nota de John J. Mearsheimer: Gaza Civilians, Under Israeli Barrage, Are Being
Killed at Historic Pace
Even a
conservative assessment of the reported Gaza casualty figures shows that the
rate of death during Israel’s assault has few precedents in this century,
experts say, por Lauren Leatherby, 25 de novembro de 2023, The New York
Times.
https://www.nytimes.com/2023/11/25/world/middleeast/israel-gaza-death-toll.html
6
Nota de John J. Mearsheimer: Secretary-General's press conference on UNEP
Emissions Gap Report Launch, por António Guterres, Secretary-General, 20 de novembro
de 2023, United Nations.
7
Nota de John J. Mearsheimer: Defense minister announces ‘complete siege’ of
Gaza: No power, food or fuel, por Emanuel Fabian, 09 de outubro
de 2023, The Times of Israel.
8 Nota de John J. Mearsheimer: Israel-Gaza war: Half of Gaza's
population is starving, warns UN, por Fiona
Nimoni, 9 de dezembro de 2023, BBC.
https://www.bbc.com/news/world-middle-east-67670679
Ver
também:
- We Are No
Strangers to Human Suffering, but We’ve Seen Nothing Like the Siege of Gaza, Michelle
NunnTjada D’Oyen McKennaJan EgelandAbby MaxmanJeremy Konyndyk and Janti
Soeripto, 11 de dezembro de 2023, The New York Times.
9
Nota de John J. Mearsheimer: What I Believe as a Historian of Genocide, por Omer
Bartov, 10 de novembro de 2023, The New York Times.
https://www.nytimes.com/2023/11/10/opinion/israel-gaza-genocide-war.html
Ver também:
- An Open
Letter on the Misuse of Holocaust Memory - Appealing to the memory of the
Holocaust obscures our understanding of the antisemitism Jews face today and
dangerously misrepresents the causes of violence in Israel-Palestine, por Omer
Bartov, Christopher R. Browning, Jane Caplan, Debórah Dwork, Michael Rothberg,
et al., 20 de novembro de 2023, The New York Review.
https://www.nybooks.com/online/2023/11/20/an-open-letter-on-the-misuse-of-holocaust-memory/
10 Nota de John J. Mearsheimer: Statement
of Scholars in Holocaust and Genocide Studies on Mass Violence in Israel and
Palestine since 7 October, por Raz Segal. 09 de dezembro de 2023, Contending
Modernities.
https://contendingmodernities.nd.edu/global-currents/statement-of-scholars-7-october/
12 Nota de John J. Mearsheimer: Israeli
President Suggests That Civilians In Gaza Are Legitimate Targets -“It is an
entire nation out there that is responsible,” Isaac Herzog said as Israel
ordered 1.1 million Palestinians to evacuate their homes, 16 de outubro de
2023, Yahoo. {Link
retirado do ar pelo próprio Yahoo.}
13 Nota de John J. Mearsheimer: ‘Erase
Gaza’: War Unleashes Incendiary Rhetoric in Israel - Experts say that
inflammatory statements by prominent Israelis are normalizing ideas like the
killing of civilians and mass deportations, por Mark Landler, 15 de novembro de
2023, The New York Times.
https://www.nytimes.com/2023/11/15/world/middleeast/israel-gaza-war-rhetoric.html
14 Nota de John J. Mearsheimer: What
I Believe as a Historian of Genocide, por Omer Bartov, 10 de novembro de 2023, The
New York Times.https://www.nytimes.com/2023/11/10/opinion/israel-gaza-genocide-war.html
- Giora
Eiland's Monstrous Gaza Proposal Is Evil in Plain Sight, por Gideon Levy, 23 de
novembro de 2023, Haaretz.
- Influential
Israeli national security leader makes the case for genocide in Gaza, por
Jonathan Ofir, 20 de novembro de 2023, Mondoweiss.
15 Nota de John J. Mearsheimer: Far-right
minister says nuking Gaza an option, PM suspends him from cabinet meetings, por
Michael Bachner, 05 de novembro de 2023, The Times of Israel.
16 Nota de John J. Mearsheimer: Israeli
think tank lays out a blueprint for the complete ethnic cleansing of Gaza - An
Israeli think tank with ties to Israeli Prime Minister Benjamin Netanyahu
issued a report on October 17 promoting the "unique and rare
opportunity" for the “relocation and final settlement of the entire Gaza
population.”, por Jonathan Ofir, 23 de outubro de 2023, Mondoweiss.
17 Nota de John J. Mearsheimer: 'We're
Rolling Out Nakba 2023,' Israeli Minister Says on Northern Gaza Strip
Evacuation, por Michael Hauser Tov, 12 de novembro de 2023, Haaretz.
18 Nota de John J. Mearsheimer: Watch:
Israeli children sing, “We will annihilate everyone” in Gaza, por Ali Abunimah,
19 de novembro de 2023, Electronic Intifada.
19 Nota de John J. Mearsheimer: Israel-Palestine
war: Gaza’s main public library destroyed in Israeli bombing - The bombing of
the library has been decried as a deliberate attempt to destroy thousands of
books and historical documents, por Nadda Osman, 28 de novembro de 2023, Middle
East Eye.
https://www.middleeasteye.net/news/israel-palestine-war-gaza-public-library-destroyed-bombing
- Israel’s
War on Hospitals - Israel is carrying out a campaign to make Gaza
uninhabitable. This campaign includes destroying all of Gaza’s hospitals. The
message Israel is sending is clear - Nowhere is safe. If you stay you die, por
Christopher Hedges, 20 de novembro de 2023, Substack.
https://chrishedges.substack.com/p/israels-war-on-hospitals
- Report:
Israel destroyed 192 mosques in Gaza Strip, 11de dezembro de 2023, Middle East
Monitor.
https://www.middleeastmonitor.com/20231211-report-israel-destroyed-192-mosques-in-gaza-strip/
- Israeli strike leaves Gaza's oldest mosque in ruins,
Daniel Estrin, 09 de novembro de 2023, NPR.
https://www.npr.org/2023/12/09/1218384968/mosque-gaza-omari-israel-hamas-war
20 Nota de John J. Mearsheimer: Nearly
100,000 Gaza buildings may be damaged, satellite images show, por Dominic
Bailey, Erwan Rivault & Daniele Palumbo, 01 de dezembro de 2023, BBC.
21 Nota de John J. Mearsheimer: Israel
continues attacks across Gaza as hopes for cease-fire fade, 10 de dezembro de
2023, CBS News.
https://www.cbsnews.com/news/israel-gaza-attacks-north-south-us-veto-un-ceasefire-resolution/
22 Nota de John J. Mearsheimer: More
than 100 Gaza heritage sites have been damaged or destroyed by Israeli attacks,
por Chloe Veltman, 03 de dezembro de 2023, NPR.
https://www.npr.org/2023/12/03/1216200754/gaza-heritage-sites-destroyed-israel
23 Nota de John J. Mearsheimer: Israel
Detains Hundreds of Palestinian Men in Search for Hamas
Videos
online show Palestinian men detained in their underwear, sparking concern among
human rights groups, por Shayndi Raice e Carrie Keller-Lynn, The Wall Street
Journal.
24 Nota de John J. Mearsheimer: US
vetoes UN Security Council resolution demanding immediate ceasefire in Gaza
Strip, 09 de dezembro de 2023, The Times of Israel.
25 Nota de John J. Mearsheimer: Biden
is the primary obstacle to Israeli victory - Polling shows that the
overwhelming majority of Americans support Israel in this war and want it to
destroy Hamas; the overwhelming majority of lawmakers from both parties share
that view, por Caroline B. Glick, 27 de novembro de 2023, Jewish News
Sydicate.
https://www.jns.org/biden-is-the-primary-obstacle-to-israeli-victory/
26 Nota de John J. Mearsheimer: State
Department Bypasses Congress to Approve Israel’s Order for Tank Ammunition - It
is the first time the Biden administration has declared an emergency to
expedite arms shipments to the Middle East, which are controversial because of
the civilian death toll from Israeli airstrikes, por Edward Wong, 09 de
dezembro de 2023, The New York Times.
https://www.nytimes.com/2023/12/09/world/middleeast/us-israel-tanks-ammunition.html
27 Nota de John J. Mearsheimer: A
Bitter Season in the West Bank - The war in Gaza has provided Israeli settlers
fresh opportunity and impunity. I see entire villages fleeing in panic, por David
Shulman, 21 de dezembro de 2023, The New York Review.
https://www.nybooks.com/articles/2023/12/21/a-bitter-season-in-the-west-bank-david-shulman/
28 Nota de John J. Mearsheimer: Israel/OPT:
Horrifying cases of torture and degrading treatment of Palestinian detainees
amid spike in arbitrary arrests, 08 de novembro de 2023, Amnesty
International.
Fonte: Death and Destruction in Gaza, por John J.
Mearsheimer, 11 de dezembro de 2023, The Unz Review – An Alternative Media
Selection.
https://www.unz.com/article/death-and-destruction-in-gaza/
Sobre o autor: John Joseph Mearsheimer (1947-) é um cientista político
americano e estudioso de relações internacionais, que pertence à escola de
pensamento realista. Ele é o R. Wendell Harrison Distinguished Service
Professor na Universidade de Chicago (de 1989 a 1992, atuou como presidente do
departamento). Aos 17 anos, Mearsheimer se alistou no Exército dos EUA. Após um
ano como membro alistado, obteve uma nomeação para a Academia Militar dos
Estados Unidos em West Point, que frequentou de 1966 a 1970. Após a formatura,
serviu por cinco anos como oficial da Força Aérea dos Estados Unidos. Em 1974,
enquanto estava na Força Aérea, Mearsheimer obteve um mestrado em relações
internacionais pela University of Southern California. Ele entrou na
Universidade de Cornell e em 1980 obteve um Ph.D. no governo, especificamente
nas relações internacionais. De 1978 a 1979, foi pesquisador da Brookings
Institution em Washington, DC. De 1980 a 1982, foi pós-doutorando no Centro de
Assuntos Internacionais da Universidade de Harvard. Durante o ano acadêmico de
1998-1999, ele foi o Whitney H. Shepardson Fellow no Conselho de Relações
Exteriores em Nova Iorque. Ele também é membro do corpo docente do programa de
pós-graduação do Comitê de Relações Internacionais e é codiretor do Programa de
Política de Segurança Internacional.
É autor de: Conventional Deterrence (1983), Nuclear
Deterrence: Ethics and Strategy (co-editor, 1985); Liddell
Hart and the Weight of History (1988); The Tragedy of Great
Power Politics (2001); The Israel Lobby and U.S. Foreign
Policy (2007); e Why Leaders Lie: The Truth About Lying in
International Politics (2011); The Great Delusion: Liberal
Dreams and International Realities (2018).
Seus artigos apareceram em revistas acadêmicas como a International Security, Foreign Affairs e em revistas populares como a London Review of Books. Ele escreveu artigos de opinião para o The New York Times, o Los Angeles Times e o Chicago Tribune.
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ResponderExcluirhttps://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2024-09/ataque-de-israel-deixa-dezenas-de-mortos-e-feridos-na-faixa-de-gaza