quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} – Atenção mundial: Irving x Lipstadt - por Germar Rudolf

 

 Germar Rudolf 


O texto a seguir é baseado principalmente em apresentações reais que fiz na Alemanha e em outros lugares. A maioria deles foi estruturada como diálogos com membros da audiência, que foram continuamente encorajados a fazer perguntas, fazer objeções e oferecer contra-argumentos. Este estilo de diálogo é mantido neste livro. Minhas próprias contribuições são marcadas com “Germar Rudolf” e as dos ouvintes com “Ouvinte” (ou Ouvinte'/Ouvinte"/ Ouvinte'" no caso de comentários consecutivos de vários ouvintes distintos).

* * *

Germar Rudolf: Voltemos agora à já mencionada professora norte-americana de estudos religiosos judaicos e investigação sobre o Holocausto, Deborah E. Lipstadt, e ao seu livro sobre Denying the Holocaust {Negando o Holocausto}. Como mencionado anteriormente, neste livro ela dá principalmente a sua perspectiva do contexto político e das motivações dos revisionistas e também tenta lidar com alguns argumentos revisionistas.1

{A acadêmica judia Deborah Esther Lipstadt (1947-)}


Ouvinte: Um livro muito recomendado, assim eu acharia…

Germar Rudolf: …se achar apropriada a polêmica política sobre o assunto.

Ouvinte: O que há de polêmico sobre o livro?

Germar Rudolf: Por exemplo, Lipstadt castiga os revisionistas, que são mais frequentemente não-alemães, por serem amigos dos alemães, e ao fazê-lo avalia esta atitude negativamente, e ao mesmo tempo junta isto com outras supostas atitudes dos revisionistas, igualmente julgadas como negativos, como o antissemitismo, o racismo e o extremismo de direita.2 Para o leitor anglófono estas passagens podem não se destacar particularmente, mas na tradução alemã o seu efeito é extremamente repulsivo, e tem-se a impressão de que a autora está defendendo a noção de que apenas alguém que é hostil aos alemães é uma boa pessoa.3 Esta pode ser uma atitude generalizada entre os círculos judaicos e também anglo-saxónicos, mas apenas prova as suas opiniões racistas antialemãs.

A professora Lipstadt explica ainda que ela acredita que manter viva a lembrança da singularidade do Holocausto na Alemanha tem uma importância extraordinária.

Ouvinte: Isto é, claro, somente apropriado.

Germar Rudolf: Isso é discutível. Deixe-me citar a Sra. Lipstadt (1993, página 213)*1:

Se a Alemanha também foi vítima de uma ‘queda’, e se o Holocausto não foi diferente de uma mistura de outras tragédias, a obrigação moral da Alemanha de acolher todos os que procuram refúgio dentro das suas fronteiras é diminuída.”

Germar Rudolf: O que – deixando de lado os motivos políticos – poderia induzir uma professora de teologia norte-americana a assumir que a Alemanha é moralmente obrigada a acolher todos os refugiados, e isso num livro sobre revisionismo, que obviamente não tem qualquer ligação com o assunto dos refugiados? Finalmente, há a reação de Lipstadt à afirmação justificada do Professor Ernst Nolte de que o Nacional-Socialismo também é histórico e que deve ser investigado cientificamente sem reservas morais, como qualquer outra época (Nolte 1987a&b, 1993).*2 Lipstadt não apenas rejeita a afirmação de Nolte, mas também deseja estabelecer-se como uma supervisora da historiografia alemã que se esforça para suprimir opiniões como as do Prof. Nolte, pois ela explica (Lipstadt 1993, página 218)*3:

Nós não treinamos em nossas respectivas áreas para ficarmos como vigias e mulheres no Reno. Ainda, é isso que devemos fazer.”

Ouvinte: Essa é realmente uma estranha compreensão da liberdade acadêmica! A julgar por isto, a Sra. Lipstadt é a favor de um tratamento especial para os alemães como criaturas com direitos inferiores, de quem é repreensível gostar.

Germar Rudolf: Esse é exatamente o significado de suas palavras. Eu quero deixar assim aqui. Se você estiver interessado numa análise mais aprofundada do livro de Lipstadt, você poderá consultar o meu livro pertinente, onde mostro em detalhe que, em particular, a sua tentativa de refutar as afirmações revisionistas foi mal concebida e que os seus próprios métodos são plena e totalmente anticientíficos (Rudolf 2017)*4. A verdadeira controvérsia sobre o livro, porém, gira em torno do historiador britânico David Irving, que é mencionado no livro de Lipstadt apenas de passagem. Lipstadt o repreende como um extremista, um admirador de Hitler e um racista e antissemita que nega o Holocausto. David Irving, que já foi considerado o mais bem-sucedido historiador da história contemporânea do mundo devido a ter o maior número de edições de suas obras em circulação, estava se defendendo contra esse massacre de sua reputação e processou Lipstadt e sua editora britânica por difamação (Bench Division 1996)*5

{O pesquisador inglês David John Cawdell Irving (1938-)}


Ouvinte: … e perdeu o julgamento de forma retumbante. Desde então, os argumentos revisionistas são considerados como tendo finalmente sido refutados (Pelt 2002; Guttenplan 2001; Evans 2001)*6.

Germar Rudolf: Assim é reivindicado, mas não é absolutamente assim, pois os argumentos revisionistas não foram tratados neste julgamento, mas sim os argumentos de Irving, e isso não é a mesma coisa. David Irving se destacou com seus estudos sobre a Segunda Guerra Mundial e com suas biografias de personalidades dessa época. Ele nunca publicou um único artigo sobre o Holocausto, muito menos um livro. Ele tem-se expressado repetidamente de maneira derrogatória sobre o assunto, o que não lhe interessa de todo, e quando o visitei em Londres em 1996, ele disse-me pessoalmente que nunca leu um único livro revisionista (conferir Graf 2009)*7.

Além disso, ele recusou-se até mesmo a considerar, no período anterior ao seu julgamento, permitir que os revisionistas comparecessem como peritos. Consequentemente, a sua situação era catastrófica, quando durante o seu julgamento ele se viu confrontado com a argumentação concentrada do lobby mundial do Holocausto. A derrota para ele era inevitável. Isto diz pouco sobre o calibre dos argumentos revisionistas. Uma refutação revisionista dos principais argumentos apresentados pela defesa de Lipstadt foi publicada apenas em 2010 (Mattogno 2010a, 2019)*8, fortemente atrasada e completamente redesenhada devido à minha prisão, deportação e encarceramento de longo prazo, porque eu tinha originalmente a intenção de conseguir esta refutação lançada em 2006.

Ouvinte: Do ponto de vista científico, o julgamento de Irving-Lipstadt foi em grande parte irrelevante, não só porque a maioria dos argumentos revisionistas não foram abordados, mas também porque, em última análise, um juiz que tinha ainda menos ideia do assunto do que Irving fez a decisão. Pode-se imaginar como teria sido a carreira do juiz, se ele tivesse decidido que o Holocausto deveria agora ser considerado pelo menos parcialmente refutado! Pois onde estaríamos se as verdades históricas fossem determinadas por juízes!

Germar Rudolf: Nós estaríamos na Alemanha, por exemplo. Mas brincadeiras à parte, deixem-me citar aqui o ex-presidente da organização de historiadores americanos, Carl Degler, que é citado pela Professora Lipstadt como tendo declarado:4

“[…] uma vez que os historiadores começam a considerar os ‘motivos’ por trás da pesquisa e da escrita histórica, ‘nós colocamos em perigo todo o empreendimento em que os historiadores estão envolvidos.’”

Germar Rudolf: Eu penso que este é o comentário adequado às tiradas de Lipstadt, bem como aos intermináveis esforços para imputar ou provar algum tipo de motivações políticas por parte de Irving ou dos historiadores revisionistas do Holocausto. Isso nada mais é do que intrometer-se em atitudes privadas e repressão da liberdade de opinião.

O que gostaria de salientar aqui é o fato de o revisionismo do Holocausto nunca ter recebido tanta atenção nos meios de comunicação internacionais como durante o julgamento civil de Irving versus Lipstadt. Eu darei alguns exemplos aqui. O primeiro é um artigo de Kim Murphy publicado no Los Angeles Times em 7 de janeiro de 2000 com o título: “Perigo em negar o Holocausto?” Ela apresenta seu artigo desta maneira:

Um jovem químico alemão chamado Germar Rudolf retirou pedaços de gesso das paredes de Auschwitz em 1993 e enviou-os para um laboratório para análise. Havia muitos vestígios de gás cianeto nas câmaras de despiolhamento onde os comandantes dos campos nazistas mandaram fumigar cobertores e roupas. Havia até mil vezes menos nas salas descritas como câmaras de gás humanas.

Rudolf, doutorando na Universidade de Stuttgart, concluiu que um grande número de judeus pode ter morrido de febre tifóide, fome e assassinato no campo da morte mais famoso da Europa na Segunda Guerra Mundial, mas nenhum deles morreu numa câmara de gás.

Quando um relatório sobre os seus achados – encomendado por um antigo general do Terceiro Reich – foi divulgado, Rudolf perdeu seu emprego no respeitado Instituto Max Planck e o seu doutoramento foi suspenso. Foi condenado a 14 meses de prisão […], o senhorio expulsou-o, ele fugiu para o exílio e a sua mulher pediu o divórcio.

[…] Rudolf é uma figura crucial pelo que representa: um químico altamente treinado que pretende – apesar de uma grande variedade de provas científicas em contrário – ter provas físicas de que as câmaras de gás em Auschwitz não existiram.

Ao longo da última década, os defensores de tais teorias examinaram minuciosamente centenas de milhares de páginas de documentos e diários do Terceiro Reich disponibilizados após o colapso da União Soviética. Eles têm analisado a construção de câmaras de gás.

Eles têm identificado contradições e detalhes difíceis de acreditar em histórias contadas por sobreviventes dos campos e, em meio ao desprezo quase universal do meio acadêmico oficialmente estabelecido, eles ganharam testemunhos de alguns de seus trabalhos de acadêmicos de instituições respeitadas, como a Universidade Northwestern5 e a Universidade de Lyon6.”

Germar Rudolf: O artigo de Murphy aborda então Irving e seu julgamento que estava chegando, e ela permite que ambos os lados tenham uma palavra a dizer, o que é altamente incomum. Cinco meses mais tarde, Kim Murphy, que tinha participado numa conferência revisionista inteira como a primeiro repórter dos meios de comunicação social a fazê-lo, produziu um relatório não distorcido com justas citações e caracterizações dos oradores (Murphy 2000b; conferir IHR 2000)*9.

A mídia britânica noticiou extensivamente o julgamento de Irving. O London Times escreveu em 12 de janeiro durante o período preliminar (página 3)7:

O que está em jogo aqui não é o amor próprio de indivíduos com egos grosseiramente inflados. Em vez disso, é se um dos capítulos mais negros da história do século XX realmente aconteceu ou se é uma invenção encaixada de judeus com motivação política.”

Germar Rudolf: O Korea Herald considerou que se tratava de uma questão de vaidades ocidentais distantes:8

Este julgamento atinge o cerne da identidade, da psicologia e da autoimagem ocidentais. Para os Aliados vitoriosos: Grã-Bretanha, América e a antiga União Soviética, a luta contra Hitler tornou-se uma narrativa legitimadora: uma luta titânica da luz contra as trevas, do bem contra o mal, do progresso contra o fascismo. A realidade, claro, era mais complexa. Mas os Aliados passaram a acreditar na sua própria propaganda.”

Germar Rudolf: A edição de fevereiro do Atlantic Monthly dedicou um longo artigo ao Julgamento de Irving, escrito por um inimigo declarado do revisionismo. Nele ele afirmou (Guttenplan 2000)*10:

Agora, quase quarenta anos depois da captura de Eichmann, o Holocausto está mais uma vez em julgamento […]. Irving não nega que muitos judeus morreram. Em vez disso, ele nega que qualquer um deles tenha sido morto em câmaras de gás, que Hitler tenha ordenado diretamente a aniquilação dos judeus europeus e que as matanças tenham sido de alguma forma significativamente diferentes das outras atrocidades da Segunda Guerra Mundial. É claro que muitos excêntricos de direita argumentaram em linhas semelhantes. O que torna Irving diferente é que as suas opiniões sobre o Holocausto aparecem no contexto de um trabalho que tem sido respeitado, e até admirado, por alguns dos principais historiadores da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos.”

Ouvinte: Como pode um historiador que defende tais teses tornar-se o autor de obras históricas sobre a Segunda Guerra Mundial mais lido no mundo?

Germar Rudolf: Até 1988, ele tinha o que era essencialmente a noção comum do Holocausto, mas mudou de opinião devido ao Relatório Leuchter.9 Em 1989, chegou a publicar uma edição brilhante do Relatório Leuchter com um prefácio de sua autoria:

Ao contrário da escrita da história, a química é uma ciência exata. […] Até ao final deste século trágico existirão sempre historiadores, estadistas e publicistas incorrigíveis que se contentam em acreditar, ou não têm alternativa economicamente viável senão acreditar, que os nazis usaram as “câmaras de gás” em Auschwitz para matar seres humanos. Mas cabe-lhes agora explicar-me, como estudante inteligente e crítico da história moderna, por que não há vestígios significativos de qualquer composto de cianeto no edifício que sempre identificaram como as antigas câmaras de gás. A química forense é, repito, uma ciência exata. A bola está na quadra deles.

David Irving, maio de 1989

Ouvinte: Essa é uma receita para se tornar um leproso social e profissional.

Germar Rudolf: O que ele próprio provavelmente não esperava. Devido às suas convicções históricas, Irving cometeu um suicídio financeiro e social figurativo. Em qualquer caso, como ninguém antes dele, ele conseguiu chamar a atenção do público para o revisionismo. Mas mesmo neste caso os revisionistas não tiveram voz em parte alguma, mas na sua maioria foram – como sempre – somente insultados.

Uma consequência deste interesse voyeurista temporário no revisionismo “diabólico” foi um artigo de onze páginas na edição de fevereiro de 2001 da revista norte-americana Esquire, uma revista altamente respeitável com uma circulação de cerca de 600.000 exemplares (Sack 2001)*11.

O artigo intitulado “Inside the Bunker” {“Dentro do Bunker”} foi escrito por John Sack, que tinha feito o nome como autor de An Eye for an Eye, no qual relatava o assassinato em massa de alemães em campos de trabalhos forçados no leste da Alemanha ocupado pela Alemanha após a Segunda Guerra Mundial (Sack 1993)*12.

Ouvinte: A tradução alemã desse livro (Sack 1995)*13 não foi destruída na Alemanha?

Germar Rudolf: A princípio, era suposto ser publicado pela editora Piper, mas como o autor era alvo da animosidade de grupos judaicos, a editora liquidou toda a tiragem antes mesmo de seu lançamento. Mas acabou por ser publicado por uma editora alemã diferente (Curtiss 1997, cf. Rudolf 1999)*14.

Ouvinte: Então John Sack é um antissemita?

{O jornalista judeu John Sack (1930-2004)}


Germar Rudolf: Não. Sack, que morreu em 2003, era ele próprio descendente de judeus. O seu “erro” foi ter reportado o assassinato indiscriminado de vingança de alemães inocentes por pessoal de campos judeus na Alemanha Oriental depois da guerra.

             O falecido revisionista norte-americano Dr. Robert Countess escreveu uma crítica favorável ao livro de Sack e mandou-a para Sack. A partir disto, desenvolveu-se uma amizade entre os dois, e isto tornou possível a Sack conhecer pessoalmente alguns revisionistas dos EUA e participar em várias das suas conferências (Countess 2001, 2004)*15. Agora, aqui está o que um autor judeu da conjuntura oficialmente estabelecida, que acredita nas câmaras de gás e no Holocausto, tem a dizer sobre os revisionistas “maliciosos” (Sack 2001, páginas 100, 140; conferir Weber 2000b)*16:

A despeito da sua opinião sobre o Holocausto, eles [os revisionistas] eram afáveis, de mente aberta, inteligentes e intelectuais. Seus olhos não eram fogos de certeza inacessível, e seus lábios não eram reviravoltas cor de limão de ódio adstringente. Nazistas e neonazistas eles não pareciam ser. Nem pareciam eles antissemitas. […]

Mas também eu queria dizer algo terapêutico [durante uma conferência revisionista], dizer algo sobre o ódio. No hotel [onde a conferência aconteceu], eu não veria nada disso, certamente menos do que veria quando os judeus estivessem falando de alemães. Ninguém jamais disse algo remotamente parecido com Elie Wiesel: “Todo judeu, em algum lugar de seu ser, deveria reservar uma zona de ódio – ódio saudável e viril – pelo que persiste nos alemães”10, e ninguém disse nada como Edgar Bronfman, o presidente do Congresso Judaico Mundial. Um professor chocado disse certa vez a Bronfman: ‘Você está ensinando uma geração inteira a odiar milhares de alemães’, e Bronfman respondeu: ‘Não, eu estou ensinando uma geração inteira a odiar milhões de alemães’. o ódio alemão que vi em todas as páginas de Hitler’s Willing Executioners {Carrascos voluntários de Hitler} [1996 de Daniel Goldhagen], não vi absolutamente em ninguém deles [...]”

Germar Rudolf: Sack também admitiu que alguns dos argumentos que os revisionistas (“negacionistas”) têm apresentado durante muitos anos são realmente verdadeiros:

“[…] Os negadores do Holocausto dizem – e eles têm razão – que um comandante de Auschwitz [Rudolf Höss] confessou depois de ter sido torturado [Faurisson 1986], e que os outros relatórios [sobre o Holocausto] estão cheios de preconceitos, rumores, exageros, e outros assuntos prepósteros, para citar o editor de uma revista judaica cinco anos depois da guerra [Gringauz 1950, página 65]*17. Os negadores dizem, e mais uma vez estão certos, que os comandantes, médicos, SS e judeus em Bergen-Belsen, Buchenwald e todo um alfabeto de campos testemunharam depois da guerra que havia câmaras de cianeto [gás] nesses campos que todos os historiadores hoje refutam.”

Germar Rudolf: Nem Sack permanece calado sobre a perseguição aos revisionistas:

Outros dezesseis palestrantes [revisionistas] falaram […durante a conferência revisionista em 2000], e eu contei seis que entraram em conflito com a lei devido à sua descrença no Holocausto e no aparato de morte em Auschwitz. Professar isto ao alcance da voz de alguém é ilegal não apenas na Alemanha, mas também na Holanda, Bélgica, França, Espanha, Suíça, Áustria, Polónia e Israel, onde negar o Holocausto pode significar cinco anos, enquanto negar a Deus pode significar apenas um. Um palestrante, David Irving, foi multado em 18 mil dólares por ter dito em voz alta na Alemanha que uma das câmaras de cianeto [gás] em Auschwitz é uma réplica construída pelos poloneses depois da guerra. É realmente uma réplica, mas a verdade nestas questões não é defesa na Alemanha.”

Ouvinte: E qual foi a experiência de Sack depois disso?

Germar Rudolf: Ele teve de ter Deborah Lipstadt, por exemplo, a dizer dele que ele era um neonazista, um antissemita, que, sim, ele era mesmo pior do que os “negacionistas do Holocausto” (Countess 2004)*18. Afinal de contas, os revisionistas e os seus amigos devem, de acordo com a noção predominante, ser retratados como malfeitores desumanos e não como vítimas simpáticas. Esse foi o raciocínio, aliás, que Kim Murphy teve quando foi informada pelo editor-chefe do Los Angeles Times de que não lhe seria permitido publicar mais artigos sobre a perseguição aos revisionistas nas páginas do Los Angeles Times.  Em vez disso, Kim Murphy foi “penalizada com transferência” para o Alasca pela justiça demonstrada nos dois artigos dela mencionados acima.11

Todo o caso Irving-Lipstadt teve consequências cinematográficas em 2016, porque naquele ano um filme intitulado Denial {Negação} chegou às salas de cinema e conta a história deste julgamento a partir da perspectiva de Lipstadt, com base no relato autobiográfico de Lipstadt (Lipstadt 2005; conferir Lynch 2016)*19. Além disso, em 3 de maio de 2022, o Presidente dos EUA, Joe Biden, nomeou a Dra. Lipstadt para servir como Enviado Especial do Governo dos EUA para Monitorizar e Combater o Antissemitismo.12 Agora a raposa está no comando do galinheiro.

Tradução e palavras entre chaves por Mykel Alexander

 Notas


1 Nota de Germar Rudolf: Lipstadt baseia-se essencialmente no trabalho de J.-C. Pressac, veja as notas 1-29 de seu apêndice na página 231 e seguinte. 

2 Nota de Germar Rudolf: Deborah E. Lipstadt, Denying the Holocaust: The Growing Assault on Truth and Memory, Free Press, New York, 1993, páginas 74, 83, 91 e seguinte., 127, 138. 

3 Nota de Germar Rudolf: Deborah E. Lipstadt, Betrifft: Leugnen des Holocaust, Rio Verlag, Zürich 1994, páginas 92, 107, 111 e seguinte., 157, 170.

*1 Fonte utilizada por Germar Rudolf: Deborah E. Lipstadt, Denying the Holocaust: The Growing Assault on Truth and Memory, Free Press, New York, 1993. 

*2 Fonte utilizada por Germar Rudolf: Ernst Nolte, Das Vergehen der Vergangenheit, Ullstein, Frankfurt/Main 1987; Ernst Nolte, Der Europäische Bürgerkrieg 1917-1945, Ullstein, Frankfurt am Main/Berlin, 1987; Ernst Nolte, Streitpunkte, Ullstein, Frankfurt am Main/Berlin, 1993. 

*3 Fonte utilizada por Germar Rudolf: Deborah E. Lipstadt, Denying the Holocaust: The Growing Assault on Truth and Memory, Free Press, New York, 1993. 

*4 Fonte utilizada por Germar Rudolf: Germar Rudolf, Bungled: “Denying the Holocaust”: How Deborah Lipstadt Botched Her Attempt to Demonstrate the Growing Assault on Truth and Memory, Castle Hill Publishers, Uckfield, 2017. 

*5 Fonte utilizada por Germar Rudolf: Bench Division, Royal Courts of Justice. Strand, London, David John Cawdell Irving vs. (1) Penguin Books Limited, (2) Deborah E. Lipstadt, ref. 1996 I. nº 113;

www.holocaustdenialontrial.com  

*6 Fonte utilizada por Germar Rudolf: Robert J. van Pelt, The Case for Auschwitz: Evidence from the Irving Trial, Indiana University Press, 2002; Don D. Guttenplan, The Holocaust on Trial: History, Justice and the David Irving Libel Case, Granta Books, London, 2001; Richard J. Evans, Lying About Hitler: History, Holocaust, and the David Irving Trial, Basic Books, New York, 2001.  

*7 Fonte utilizada por Germar Rudolf: Jürgen Graf, “David Irving and the ‘Aktion Reinhardt Camps,’” Inconvenient History, vol. 1, nº 2 (2009); www.inconvenienthistory.com/1/2/1905  

*8 Fonte utilizada por Germar Rudolf: Carlo Mattogno, The Case for Sanity: A Historical and Technical Study of Jean-Claude Pressac’s “Criminal Traces” and Robert Jan van Pelt’s “Convergence of Evidence,2 vols., The Barnes Review, Washington, D.C., 2010; Carlo Mattogno, The Real Case for Auschwitz: Robert van Pelt’s Evidence from the Irving Trial Critically Reviewed, 2ª edição, Castle Hill Publishers, Uckfield, 2019. 

4 Nota de Germar Rudolf: Deborah E. Lipstadt, Denying the Holocaust: The Growing Assault on Truth and Memory, Free Press, New York, 1993, página 204. Até a Prof. Lipstadt concorda com isso, Denying the Holocaust: The Growing Assault on Truth and Memory, Free Press, New York, 1993, página 206: “Mas em certo nível Carl Degler estava certo: seus motivos são irrelevantes.” 

5 Nota de Germar Rudolf: Referência ao Prof. Dr. Arthur R. Butz. 

6 Nota de Germar Rudolf: Referência ao Prof. Dr. Robert Faurisson. 

*9 Fonte utilizada por Germar Rudolf: Kim Murphy, “Noted Holocaust revisionist Joins Irvine Conclave,” Los Angeles Times, 30 de maio de 2000. 

7 Nota de Germar Rudolf: Para mais recortes sobre a cobertura mediática do julgamento, consulte www.fpp.co.uk/docs/press  (acessado em 13 de abril de 2017) e Raven 2000a&b. 

8 Nota de Germar Rudolf: Korea Herald, 25 de fevereiro de 2000.

(www.fpp.co.uk/docs/trial/KoreaHerald250200.html ;  acessado em 13 de abril de 2017). 

*10 Fonte utilizada por Germar Rudolf: Don D. Guttenplan, “The Holocaust on Trial,” The Atlantic Monthly, 285(2) (2000), páginas 45-66; www.fpp.co.uk/docs/trial/guttenplan/atlm1.html . 

9 Nota de Germar Rudolf: Conferir o testemunho de Irving durante o julgamento contra Ernst Zündel em 1988: Kulaszka 1992, páginas 363-423 Lenski 1990, pp. 399-447.  

*11 Fonte utilizada por Germar Rudolf: John Sack, “Inside the Bunker,” Esquire, fevereiro de 2001, páginas 98-140; http://germarrudolf.com/wp-content/uploads/2012/04/ListPos62.pdf . 

*12 Fonte utilizada por Germar Rudolf: John Sack, An Eye for an Eye, Basic Books, New York, 1993. 

*13 Fonte utilizada por Germar Rudolf: John Sack, Auge um Auge, Kabel Verlag, Hamburg, 1995. 

*14 Fonte utilizada por Germar Rudolf: Richard H. Curtiss, The Washington Report On Middle East Affairs junho/julho de 1997, páginas 37, 62; Germar Rudolf, “John Sack und die Gaskammern,” Vierteljahreshefte für freie Geschichtsforschung, 3(1) (1999), páginas 94 e seguinte. 

*15 Fonte utilizada por Germar Rudolf: Robert H. Countess, “John Sack in Memoriam,” The Revisionist, 2(2) (2004), página 214 e seguinte. 

*16 Fonte utilizada por Germar Rudolf: John Sack, “Inside the Bunker,” Esquire, February 2001, páginas 98-140; Mark Weber, “John Sack's Defective Esquire Article,” Journal of Historical Review, 19(6) (2000), páginas 26 e seguinte.

http://germarrudolf.com/wp-content/uploads/2012/04/ListPos62.pdf  

10 Nota de Germar Rudolf: Elie Wiesel 1982, capítulo 12: “Appointment with Hate,” começando na página 142.  

*17 Fonte utilizada por Germar Rudolf: Samuel Gringauz, “Some Methodological Problems in the Study of the Ghetto,” em: Salo W. Baron, Koppel S. Pinson (eds.), Jewish Social Studies, vol. XII, New York, 1950, páginas 65-72.

*18 Fonte utilizada por Germar Rudolf: Robert H. Countess, “John Sack in Memoriam,” The Revisionist, 2(2) (2004), página 214 e seguinte.  

11 Nota de Germar Rudolf: Comunicação pessoal da Sra. Murphy. Contudo, em 2005, ela ganhou o Prêmio Pulitzer por suas reportagens na Rússia.  

*19 Fonte utilizada por Germar Rudolf: Lipstadt, Deborah E. Lipstadt, History on Trial: My Day in Court with David Irving, Ecco, New York, 2005; Trevor Lynch, “Denial,” 3 de novembro de 2016; www.counter-currents.com/2016/11/denial/ 

12 Nota de Germar Rudolf: www.state.gov/biographies/deborah-lipstadt  (acessado em 19 de dezembro de 2022).  

Fonte: Germar Rudolf, Lectures on the Holocaust - Controversial Issues Cross-Examined, 4th, revised edition, January 2023, Castle Hill Publishers, PO Box 141, Bargoed CF82 9DE, UK, 4th edition. Castle Hill Publishers. Capítulo 2.17. Worldwide Attention: Irving vs. Lipstadt. PDF gratuito disponível no link abaixo.

https://holocausthandbooks.com/index.php?page_id=15

Sobre o autor: Germar Rudolf nasceu em 1964 em Limburg, Alemanha. Ele estudou química na Universidade de Bonn, onde ele graduou-se em 1989 com um diploma comparável ao grau de PhD no EUA. De 1990 – 1993 ele preparou uma tese de PhD (na graduação alemã) no Instituto Max Planck, paralelo a isso Rudolf preparou um relatório especial sobre as questões químicas e técnicas das alegadas câmaras de gás de Auschwitz, The Rudolf Report. Como a conclusão era de que as instalações de Auschwitz e Birkenau não eram para propósitos de extermínio em massa ele teve que enfrentar perseguições e encontrou exílio na Inglaterra onde fundou a editora Castle Hill. Por pressão do desgoverno alemão por extradição ele teve que fugir em 1999 para o EUA em busca de asilo político. No EUA casou e tornou-se cidadão americano em 2005, mas imediatamente a isso foi preso e subsequentemente deportado para Alemanha onde cumpriu 44 meses de prisão por seus escritos acadêmicos, muitos deles feitos no EUA onde não são ilegais. Desde 2011 vive com sua família, esposa e três crianças, na Pennsylvânia. Entre suas principais obras estão:

Dissecting the Holocaust, 1ª edição 2003 pela Theses & Dissertations Press, EUA. 3ª edição revisada, Castle Hill, Uckfield (East Sussex), 2019.

The Chemistry of Auschwitz: The Technology and Toxicology of Zyklon B and the Gas Chambers – A Crime-Scene Investigation, Castle Hill, Uckfield (East Sussex), 3ª edição revisada e expandida (março de 2017).

Lectures on Holocaust (1ª ed. 2005) 3ª edição revisada e expandida, Castle Hill, Bargoed, 2023.

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Recomendado, leia também:

O que é o Holocausto? - lições sobre holocausto - por Germar Rudolf

O que é ‘Negação do Holocausto’? - Por Barbara Kulaszka

O Primeiro Holocausto - por Germar Rudolf

O Primeiro Holocausto – e a Crucificação dos judeus deve parar - parte 1 - Por Olaf Rose (Parte 2 na sequência do próprio artigo)

O Holocausto de Seis Milhões de Judeus — na Primeira Guerra Mundial - por Thomas Dalton, Ph.D. {academic auctor pseudonym}

O Mito do extermínio dos judeus – Parte 1.1 {nenhum documento sequer visando o alegado extermínio dos judeus foi jamais encontrado} - por Carlo Mattogno (demais partes na sequência do próprio artigo)


Sobre o revisionismo em geral e o revisionismo do alegado Holocausto ver:

Por que o revisionismo do Holocausto? - por Theodore J. O'Keefe

Revisionismo e Promoção da Paz - parte 1 - por Harry Elmer Barnes

Revisionismo e Promoção da Paz - parte 2 - por Harry Elmer Barnes

O “Holocausto” colocado em perspectiva - por Austin Joseph App

A controvérsia internacional do “holocausto” - Arthur Robert Butz

Contexto e perspectiva na controvérsia do ‘Holocausto’ - parte 1 - por Arthur R. Butz

Contexto e perspectiva na controvérsia do ‘Holocausto’ - parte 2 - por Arthur R. Butz

O Relatório Leuchter: O Como e o Porquê - por Fred A. Leuchter

Sobre a importância do revisionismo para nosso tempo - por Murray N. Rothbard


Sobre as alegadas câmaras de gás nazistas homicidas ver:

As câmaras de gás: verdade ou mentira? - parte 1 - por Robert Faurisson (primeira de seis partes, as quais são dispostas na sequência).

A Mecânica do gaseamento - Por Robert Faurisson

O “problema das câmaras de gás” - Por Robert Faurisson

As câmaras de gás de Auschwitz parecem ser fisicamente inconcebíveis - Por Robert Faurisson

O Relatório Leuchter: O Como e o Porquê - por Fred A. Leuchter

A técnica e a química das ‘câmaras de gás’ de Auschwitz - por Germar Rudolf - Parte 1 - Introdução (demais partes na sequência do próprio artigo)


Sobre censura e fuga da investigação histórica ver: 

A vigilante marcação pública no revisionismo - parte 1 - por Harry Elmer Barnes

A vigilante marcação pública no revisionismo - parte 2 - por Harry Elmer Barnes

Os Homens que “passaram o pano” para Hitler {com análise crítica revisionista} - Por Gitta Sereny

Argumentos contra O PROJETO DE LEI nº 192 de 2022 (PL 192/2022) que propõe criminalizar o questionamento do alegado HOLOCAUSTO, o que, por consequência, inclui criminalizar também quaisquer exames críticos científicos refutando a existência do alegado HOLOCAUSTO – por Mykel Alexander

Liberdade para a narrativa da História - por Antonio Caleari

A mentira a serviço de “um bem maior” - Por Antônio Caleari

Os Julgamentos de Nuremberg - Os julgamentos dos “crimes de guerra” provam extermínio? - Por Mark Weber


História do revisionismo do alegado holocausto e suas conquistas:

{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} - As Origens Esquerdistas do Revisionismo {primeiro desafio do revisionismo x uma “testemunha” das alegadas câmaras de gás} - por German Rudolf

{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} - Porque o que não deveria existir, não pode existir {o primeiro golpe de Robert Faurisson na narrativa do alegado Holocausto} - por Germar Rudolf

{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} - Uma pessoa morta são muitas pessoas {é um argumento válido dizer que menos ou mais mortos nas pesquisas sobre alegado Holocausto não mudam os fatos do que significa o Holocausto?} por Germar Rudolf

{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} - Escândalo na França {Robert Faurisson leva os defensores do alegado holocausto na França à derrota, culminando na queda de Jean-Claude Pressac} - por Germar Rudolf

{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} - Nenhuma câmara de gás em Sachsenhausen - por Germar Rudolf

{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} - Clareza sobre Dachau - por Germar Rudolf

{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} - Sabão, abajures e cabeças encolhidas judaicas - por Germar Rudfolf

{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} – O elefante invisível no porão {sem evidências do alegado holocausto} - por Germar Rudolf

{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} - A mentira de Mermelstein {primeiro desafio do revisionismo x uma “testemunha” das alegadas câmaras de gás} - por German Rudolf

{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} – O especialista em execução executado - por Germar Rudolf

{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} – Liberdade de expressão nos EUA - por Germar Rudolf

{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} – Ivan, o cara errado - por Germar Rudolf

{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} – Mentiras antifascistas - por Germar Rudolf

{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} – O Debacle de Wannsee - por Germar Rudolf 

{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} – Revisionismo nos países de língua alemã - por Germar Rudolf

{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} – Revisionismo no mundo muçulmano - por Germar Rudolf


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