domingo, 10 de setembro de 2023

{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} - Uma pessoa morta são muitas pessoas {é um argumento válido dizer que menos ou mais mortos nas pesquisas sobre alegado Holocausto não mudam os fatos do que significa o Holocausto?} por Germar Rudolf

 Continuação de {Retrospectiva Revisionismo em ação na História} – Propaganda de guerra, antes e agora - por Germar Rudolf

 Germar Rudolf 


O texto a seguir é baseado principalmente em apresentações reais que fiz na Alemanha e em outros lugares. A maioria deles foi estruturada como diálogos com membros da audiência, que foram continuamente encorajados a fazer perguntas, fazer objeções e oferecer contra-argumentos. Este estilo de diálogo é mantido neste livro. Minhas próprias contribuições são marcadas com “Germar Rudolf” e as dos ouvintes com “Ouvinte” (ou Ouvinte'/Ouvinte"/ Ouvinte'" no caso de comentários consecutivos de vários ouvintes distintos).

* * *

Ouvinte: Você tem acabado de explicar#1 que, por muitas décadas após a guerra, este número de seis milhões tem uma base mística ou simbólica, em vez de ser fundada em dados do censo. Mas se todas as autoridades nesta área estiverem de acordo quanto ao fato de seis milhões de pessoas terem sido mortas no Holocausto, diria que estão todas fora do alvo?

Germar Rudolf: Eu irei, de fato, agora discutir o número de vítimas.

Ouvinte: Mas isso realmente importa? Mesmo que se descobrisse que apenas um milhão, ou mesmo apenas 10 mil judeus, tivessem sido mortos, ainda assim seria um crime desprezível, não seria?

Germar Rudolf: Eu até daria um passo adiante. Mesmo aquelas medidas de perseguição durante o Terceiro Reich que não causaram a morte de ninguém eram completamente inaceitáveis do ponto de vista jurídico e moral. Contudo, tal ponto de vista é inadequado quando se trata da análise de dados estatísticos, ou no tanto quanto à questão de saber se e, em caso afirmativo, como foi realizado o extermínio dos judeus. Deixe-me dar três razões para isso:

Primeiro de tudo, é um argumento insatisfatório pela própria razão que por décadas o número de vítimas tem sido considerado como sagrado. Se o número de vítimas não importasse, não haveria razão para torná-lo um tabu ou mesmo chegar ao ponto de protegê-lo por leis, como acontece em diversas nações. Aparentemente, há mais por detrás deste número de seis milhões do que apenas a soma dos destinos individuais das pessoas envolvidas. Ele tem se tornado um símbolo que não deve ser abandonado, porque quaisquer dúvidas justificadas sobre este número levariam rapidamente a questões mais indesejáveis sobre outros aspectos do Holocausto.

É absolutamente estupefato que, por um lado, quem questione este número de seis milhões de vítimas seja considerado um pária intelectual ou seja mesmo alvo de perseguições legais, enquanto, por outro lado, sempre que são levantados argumentos válidos contra este número, a sociedade e até mesmo os juízes recuarão, alegando que números precisos não são a questão e insistindo no carácter criminoso de mesmo uma única vítima. Será este número de seis milhões um parâmetro jurídico ou não tem importância? Não pode ser ambos.

Em seguida, enquanto seja perfeitamente válido do ponto de vista moral sublinhar o fato de que uma vítima são muitas vítimas, este argumento não pode ser utilizado contra um exame científico deste crime. Enquanto sem dizer, segue que não queremos negar o carácter trágico do destino de cada vítima individual, a comunidade científica deve insistir que a discussão de números deve ser sempre permitida, porque é da própria natureza da ciência buscar por respostas acuradas. Faria sentido impedir legalmente um físico de calcular a capacidade do sistema de refrigeração de um reator nuclear, sobre um fundamento baseado de que mesmo o sistema de refrigeração mais poderoso não poderia oferecer segurança absoluta e, portanto, ainda assim seria insuficiente? Se um físico tivesse que trabalhar sob tais condições, mais cedo ou mais tarde apresentaria resultados falsos que poderiam se tornar uma ameaça gigantesca à vida humana.

Se os historiadores forem condenados ao ostracismo ou mesmo processados porque as suas descobertas ou mesmo as questões que se propõem a responder são consideradas imorais, nós não podemos deixar de assumir que os resultados de uma forma tão distorcida de escrever a história não serão fiáveis. E porque a nossa visão da história tem um impacto direto nas políticas daqueles que nos governam, uma perspectiva histórica distorcida levará a políticas distorcidas. É tarefa fundamental e principal responsabilidade de qualquer tipo de ciência produzir resultados e dados confiáveis. Os princípios que têm sido geralmente aceites no campo da ciência e da tecnologia não podem ser atirados ao mar quando se trata da ciência da história – a menos que estejamos prontos para regressar intelectualmente aos períodos escuros da Idade Média.

Finalmente, o argumento moralmente justificado de que uma vítima são muitas vítimas não pode ser utilizado para impedir o exame de um crime, em particular se a aberração moral deste crime for considerada única na história da humanidade. Um crime alegadamente único deve, de fato, estar aberto a uma análise detalhada do que realmente aconteceu de uma forma que seja aplicável a qualquer crime. Eu vou mesmo dar um passo adiante: qualquer pessoa que postule a singularidade de um crime também deve aceitar uma análise singularmente profunda do suposto crime, antes que a singularidade possa ser aceita. Se, no entanto, cercássemos este crime alegadamente único com um escudo protetor de indignação moral, cometeríamos ipso facto um crime único, nomeadamente a negação de qualquer defesa contra acusações tão monstruosas.

Ouvinte: Isto soa como você se estivesse a dizer que nos muitos julgamentos relativos ao Holocausto que tiveram lugar na Alemanha e noutros locais nos anos após a guerra, os réus não foram capazes reunir uma defesa apropriada. Mas a grande maioria destes julgamentos foram realizados em tribunais regidos por leis de sistemas jurídicos altamente conceituados, onde os arguidos gozavam de todas as proteções legais disponíveis num tribunal normal.

Germar Rudolf: Nós lidaremos com as circunstâncias desses julgamentos mais tarde#2. Contudo, eu nem estava pensando primariamente em procedimentos legais. Eu estava falando sobre a possibilidade, no campo da historiografia, de apresentar novas evidências, independentemente de um ou outro lado considerá-las úteis ou prejudiciais à sua causa. Ninguém deve ser excluído ou processado por causa de tais novas evidências ou novas interpretações. Se nós aplicássemos tal abordagem de forma geral, isso levaria à abolição da liberdade da ciência e da investigação como tal, e, portanto, ao direito do homem de duvidar, de perguntar e de procurar respostas sem coerção.

Tradução por Mykel Alexander


Notas

#1 Nota de Mykel Alexander: Ver especialmente:

- O Primeiro Holocausto – e a Crucificação dos judeus deve parar - parte 1, por Olaf Rose, 15 de janeiro de 2023, World Traditional Front. (Parte dois na sequência do artigo).

https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2023/01/o-primeiro-holocausto-e-crucificacao.html

- O Holocausto de Seis Milhões de Judeus — na Primeira Guerra Mundial - por Thomas Dalton, Ph.D. {academic auctor pseudonym}, 15 de fevereiro de 2022, World Traditional Front.

http://worldtraditionalfront.blogspot.com/2022/02/o-holocausto-de-seis-milhoes-de-judeus.html

- O Primeiro Holocausto - por Germar Rudolf, 26 de janeiro de 2020, World Traditional Front.

http://worldtraditionalfront.blogspot.com/2020/01/o-primeiro-holocausto-por-germar-rudolf.html  

#2 Nota de Mykel Alexander: Ver especialmente:

- Resenha do livro de Werner Maser sobre os julgamentos de Nuremberg - por David McCalden, 26 de maio de 2021, World Traditional Front.

http://worldtraditionalfront.blogspot.com/2021/05/resenha-do-livro-de-werner-maser-sobre.html

- Os Julgamentos de Nuremberg - Os julgamentos dos “crimes de guerra” provam extermínio? - Por Mark Weber, 20 de novembro de 2020, World Traditional Front.

https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2020/11/os-julgamentos-de-nuremberg-os.html

- O valor do testemunho e das confissões no holocausto - parte 1 - Por Germar Rudolf (na sequência do artigo as demais partes 2 e 3}, 21 de março de 2021, World Traditional Front.

https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2021/03/o-valor-do-testemunho-e-das-confissoes.html 

 


Fonte: Germar Rudolf, Lectures on the Holocaust - Controversial Issues Cross-Examined, 4th, revised edition, January 2023, Castle Hill Publishers, PO Box 141, Bargoed CF82 9DE, UK, 4th edition. Castle Hill Publishers. Capítulo 1.5. One Person Killed Is One Person Too Many. PDF gratuito disponível no link abaixo.

https://holocausthandbooks.com/index.php?page_id=15


Sobre o autor: Germar Rudolf nasceu em 1964 em Limburg, Alemanha. Ele estudou química na Universidade de Bonn, onde ele graduou-se em 1989 com um diploma comparável ao grau de PhD no EUA. De 1990 – 1993 ele preparou uma tese de PhD (na graduação alemã) no Instituto Max Planck, paralelo a isso Rudolf preparou um relatório especial sobre as questões químicas e técnicas das alegadas câmaras de gás de Auschwitz, The Rudolf Report. Como a conclusão era de que as instalações de Auschwitz e Birkenau não eram para propósitos de extermínio em massa ele teve que enfrentar perseguições e encontrou exílio na Inglaterra onde fundou a editora Castle Hill. Por pressão do desgoverno alemão por extradição ele teve que fugir em 1999 para o EUA em busca de asilo político. No EUA casou e tornou-se cidadão americano em 2005 mas imediatamente a isso foi preso e subsequentemente deportado para Alemanha onde cumpriu 44 meses de prisão por seus escritos acadêmicos, muitos deles feitos no EUA onde não são ilegais. Desde 2011 vive com sua família, esposa e três crianças, na Pennsylvânia. Entre suas principais obras estão:

Dissecting the Holocaust, 1ª edição 2003 pela Theses & Dissertations Press, EUA. 3ª edição revisada, Castle Hill, Uckfield (East Sussex), 2019.

The Chemistry of Auschwitz: The Technology and Toxicology of Zyklon B and the Gas Chambers – A Crime-Scene Investigation, Castle Hill, Uckfield (East Sussex), 3ª edição revisada e expandida (março de 2017).

Lectures on Holocaust (1ª ed. 2005) 3ª edição revisada e expandida, Castle Hill, Bargoed, 2023.

___________________________________________________________________________________

Recomendado, leia também:

{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} - Porque o que não deveria existir, não pode existir {o primeiro golpe de Robert Faurisson na narrativa do alegado Holocausto} - por Germar Rudolf

{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} - As Origens Esquerdistas do Revisionismo {primeiro desafio do revisionismo x uma “testemunha” das alegadas câmaras de gás} - por German Rudolf

O que é o Holocausto? - lições sobre holocausto - por Germar Rudolf

Crematórios e Incinerações em Trincheiras Abertas de Auschwitz – parte 1 - lições sobre holocausto - por Germar Rudolf (parte 2 na sequência do próprio artigo)

Vítimas do Holocausto: uma análise estatística W. Benz e W. N. Sanning – Uma Comparação - {parte 1 - introdução e método de pesquisa} - por German Rudolf (demais partes na sequência do próprio artigo) 

Prefácio de Dissecando o Holocausto - Edição 2019 - Por Germar Rudolf

Campos de Concentração Nacional-Socialistas {nazistas}: lenda e realidade - parte 1 - precedentes e funções dos campos - por Jürgen Graf (demais partes na sequência do próprio artigo)

A técnica e a química das ‘câmaras de gás’ de Auschwitz - por Germar Rudolf - Parte 1 - Introdução (demais partes na sequência do próprio artigo)

O valor do testemunho e das confissões no holocausto - parte 1 - Por Germar Rudolf (primeira de três partes, as quais são dispostas na sequência).

O Holocausto em Perspectiva - Uma Carta de Paul Rassinier - por Paul Rassinier e Theodore O'Keefe

O Primeiro Holocausto - por Germar Rudolf

O Primeiro Holocausto – e a Crucificação dos judeus deve parar - parte 1 - Por Olaf Rose (Parte 2 na sequência do próprio artigo)

A controvérsia internacional do “holocausto” - Arthur Robert Butz

Contexto e perspectiva na controvérsia do ‘Holocausto’ - parte 1 - por Arthur R. Butz

Contexto e perspectiva na controvérsia do ‘Holocausto’ - parte 2 - por Arthur R. Butz

O Holocausto de Seis Milhões de Judeus — na Primeira Guerra Mundial - por Thomas Dalton, Ph.D. {academic auctor pseudonym}

Os Homens que “passaram o pano” para Hitler {com análise crítica revisionista} - Por Gitta Sereny

Bloco de notas sobre Auschwitz (Parte 1) Certas impossibilidades da ‘Declaração de Gerstein’ - Por Ditlieb Felderer

Bloco de notas sobre Auschwitz (Parte 2) Mais impossibilidades da ‘Declaração e Gerstein.’ - por Ditlieb Felderer

Bloco de notas sobre Auschwitz (Parte 3) - Tampos e aberturas - por Ditlieb Felderer

Bloco de notas sobre Auschwitz (Parte 4) – Portas e portinholas - por Ditlieb Felderer

Cartas {questionando a veracidade do alegado Holocausto} ao ‘New Statesman’ (que nunca foram publicadas) - parte 1 - por Dr. Arthur R. Butz

O Caso Faurisson {polêmicas levantadas por refutarem a narrativa do alegado Holocausto} - por Arthur R. Butz

Revisionismo e Promoção da Paz - parte 1 - por Harry Elmer Barnes

Revisionismo e Promoção da Paz - parte 2 - por Harry Elmer Barnes

Carta para o ‘The Nation’ {sobre o alegado Holocausto} - por Paul Rassinier

Sobre a importância do revisionismo para nosso tempo - por Murray N. Rothbard

A vigilante marcação pública no revisionismo - parte 1 - por Harry Elmer Barnes

A vigilante marcação pública no revisionismo - parte 2 - por Harry Elmer Barnes

O “Holocausto” colocado em perspectiva - por Austin Joseph App

O Relatório Leuchter: O Como e o Porquê - por Fred A. Leuchter

O que é ‘Negação do Holocausto’? - Por Barbara Kulaszka

Por que o revisionismo do Holocausto? - por Theodore J. O'Keefe

As câmaras de gás: verdade ou mentira? - parte 1 - por Robert Faurisson (primeira de seis partes, as quais são dispostas na sequência).

A Mecânica do gaseamento - Por Robert Faurisson

O “problema das câmaras de gás” - Por Robert Faurisson

As câmaras de gás de Auschwitz parecem ser fisicamente inconcebíveis - Por Robert Faurisson

Confissões de homens da SS que estiveram em Auschwitz - por Robert Faurisson - parte 1 (primeira de seis partes, as quais são dispostas na sequência).

A mentira a serviço de “um bem maior” - Por Antônio Caleari

Os Julgamentos de Nuremberg - Os julgamentos dos “crimes de guerra” provam extermínio? - Por Mark Weber

Liberdade para a narrativa da História - por Antonio Caleari


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Os comentários serão publicados apenas quando se referirem ESPECIFICAMENTE AO CONTEÚDO do artigo.

Comentários anônimos podem não ser publicados ou não serem respondidos.