terça-feira, 19 de dezembro de 2023

{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} - A mentira de Mermelstein {primeiro desafio do revisionismo x uma “testemunha” das alegadas câmaras de gás} - por German Rudolf

 

 Germar Rudolf 


O texto a seguir é baseado principalmente em apresentações reais que fiz na Alemanha e em outros lugares. A maioria deles foi estruturada como diálogos com membros da audiência, que foram continuamente encorajados a fazer perguntas, fazer objeções e oferecer contra-argumentos. Este estilo de diálogo é mantido neste livro. Minhas próprias contribuições são marcadas com “Germar Rudolf” e as dos ouvintes com “Ouvinte” (ou Ouvinte'/Ouvinte"/ Ouvinte'" no caso de comentários consecutivos de vários ouvintes distintos).

***

Germar Rudolf: O livro acadêmico de Butz foi uma semente de cristal para o revisionismo no mundo. Ele mostrou pela primeira vez que o revisionismo consegue satisfazer os padrões académicos. E, como tal, ele também contribuiu indiretamente para a formação da primeira instituição revisionista, o Institute for Historical Review (IHR), o qual foi criado em 1978 na Califórnia e que até meados da década de 1990 produziu uma quantidade considerável de literatura académica revisionista, principalmente com seu agora extinto periódico The Journal of Historical Review.

Ouvinte: O Institute for Historical Review ainda não cessou as operações?

Germar Rudolf: Não, ele ainda existe, mas ele deixou de ser uma inspiração para os revisionistas devido à persistente má gestão desde meados da década de 1990. Mas isso é uma questão diferente.

O Institute for Historical Review ganhou alguma notoriedade pública logo após a sua criação, quando ofereceu provocativamente uma recompensa de 50.000 dólares a qualquer pessoa que pudesse apresentar “evidências físicas comprováveis do extermínio de judeus nas câmaras de gás”.  O antigo recluso judeu de Auschwitz, Mel Mermelstein, exigiu que a recompensa lhe fosse paga, mas o Institute for Historical Review recusou o pagamento, uma vez que Mermelstein apenas ofereceu o seu testemunho, mas nenhuma evidência física comprovável. Mermelstein posteriormente processou o Institute for Historical Review por esta quantia. Em processos civis nos EUA, o requerente normalmente tem que provar o seu caso. Mas quando se trata do Holocausto, a água às vezes corre morro acima: O juiz que tratou do caso simplesmente determinou, em 9 de outubro de 1981, que o Holocausto e o assassinato nas câmaras de gás com Zyklon B são factos indiscutíveis, negando assim à defesa que provasse o oposto. Assim, o Institute for Historical Review teve de pagar a contragosto a recompensa mais as despesas (Weber 1982)#1. Os principais meios de comunicação social até hoje celebram isto como uma vitória sobre o revisionismo, embora nem um único argumento tenha sido trocado durante esse julgamento, muito menos refutado ou confirmado.

Ouvinte: Portanto, foi um desastre de relações públicas para revisionismo, realmente.

Germar Rudolf: Teria sido, não fosse uma consequência importante, que poderia facilmente ter resultado na ruína financeira do Institute for Historical Review.  Quatro anos após o julgamento acima mencionado, Bradley R. Smith publicou um artigo no boletim informativo do Institute for Historical Review, no qual chamava Mel Mermelstein de mentiroso. Mermelstein processou o Institute for Historical Review novamente, mas desta vez por onze milhões de dólares de indenização. Tomou algum tempo até que este julgamento se desenrolasse, mas quando isso chegou a um confronto em 1991, o Institute for Historical Review conseguiu fundamentar a sua afirmação de que Mermelstein tinha de fato mentido numa pletora de casos. Assim, Mermelstein sofreu uma derrota esmagadora e o seu pedido de recurso acabou por ser negado (M. Piper 1994, O’Keefe 1994 e 1997)#2.

{O judeu Mel Mermelstein (1926-2022) aceitou um
desafio revisionista, o qual, após altos e baixos, resultou
em 1991 em constatação de blefe e  fraude, uma derrota
 a qual a publicidade em sua retaguarda evita mencionar}.


Ouvinte: Será que o Institute for Historical Review processou Mermelstein para obter de volta os 50 mil dólares iniciais? Afinal de tudo, como um mentiroso múltiplo comprovado, ele obviamente não serve como testemunha confiável de qualquer coisa.

Germar Rudolf: Se o Institute for Historical Review tivesse conseguido explorar este caso, poderia ter feito fortuna com isso, de uma forma ou de outra. Mas, ao redor desse tempo, o Institute for Historical Review herdou vários milhões de dólares e, subsequentemente, eclodiu uma luta interna dentro da organização guarda-chuva do Institute for Historical Review, em resultado da qual a maior parte dos ativos foi perdida e toda a organização ficou paralisada.

Tradução e palavras entre chaves por Mykel Alexander

Notas

#1 Nota de Mykel Alexander: Mark Weber,“Declaration of Mark Edward Weber,” Journal of Historical Review, 3(1) (1982), páginas 31-51. 

#2 Nota de Mykel Alexander: Michael C. Pipper, Best Witness: The Mel Mermelstein Affair and the Triumph of Historical Revisionism, Center for Historical Review, Washington, D.C., 1994; Theodore J. O’Keefe, 1997. “History and Memory: Mel Mermelstein’s ‘Eyewitness’ Evidence”, Journal of Historical Review, 16(4) (1997), página 2-13.

 


Fonte: Germar Rudolf, Lectures on the Holocaust - Controversial Issues Cross-Examined, 4th, revised edition, January 2023, Castle Hill Publishers, PO Box 141, Bargoed CF82 9DE, UK, 4th edition. Castle Hill Publishers. Capítulo 2.9 The Mermelstein Lie. PDF gratuito disponível no link abaixo.

https://holocausthandbooks.com/index.php?page_id=15


Sobre o autor: Germar Rudolf nasceu em 1964 em Limburg, Alemanha. Ele estudou química na Universidade de Bonn, onde ele graduou-se em 1989 com um diploma comparável ao grau de PhD no EUA. De 1990 – 1993 ele preparou uma tese de PhD (na graduação alemã) no Instituto Max Planck, paralelo a isso Rudolf preparou um relatório especial sobre as questões químicas e técnicas das alegadas câmaras de gás de Auschwitz, The Rudolf Report. Como a conclusão era de que as instalações de Auschwitz e Birkenau não eram para propósitos de extermínio em massa ele teve que enfrentar perseguições e encontrou exílio na Inglaterra onde fundou a editora Castle Hill. Por pressão do desgoverno alemão por extradição ele teve que fugir em 1999 para o EUA em busca de asilo político. No EUA casou e tornou-se cidadão americano em 2005, mas imediatamente a isso foi preso e subsequentemente deportado para Alemanha onde cumpriu 44 meses de prisão por seus escritos acadêmicos, muitos deles feitos no EUA onde não são ilegais. Desde 2011 vive com sua família, esposa e três crianças, na Pennsylvânia. Entre suas principais obras estão:

Dissecting the Holocaust, 1ª edição 2003 pela Theses & Dissertations Press, EUA. 3ª edição revisada, Castle Hill, Uckfield (East Sussex), 2019.

The Chemistry of Auschwitz: The Technology and Toxicology of Zyklon B and the Gas Chambers – A Crime-Scene Investigation, Castle Hill, Uckfield (East Sussex), 3ª edição revisada e expandida (março de 2017).

Lectures on Holocaust (1ª ed. 2005) 3ª edição revisada e expandida, Castle Hill, Bargoed, 2023.

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Recomendado, leia também:

O que é o Holocausto? - lições sobre holocausto - por Germar Rudolf

O que é ‘Negação do Holocausto’? - Por Barbara Kulaszka

O Primeiro Holocausto - por Germar Rudolf

O Primeiro Holocausto – e a Crucificação dos judeus deve parar - parte 1 - Por Olaf Rose (Parte 2 na sequência do próprio artigo)

O Holocausto de Seis Milhões de Judeus — na Primeira Guerra Mundial - por Thomas Dalton, Ph.D. {academic auctor pseudonym}

O Mito do extermínio dos judeus – Parte 1.1 {nenhum documento sequer visando o alegado extermínio dos judeus foi jamais encontrado} - por Carlo Mattogno (demais partes na sequência do próprio artigo)


Sobre o revisionismo em geral e o revisionismo do alegado Holocausto ver:

Por que o revisionismo do Holocausto? - por Theodore J. O'Keefe

Revisionismo e Promoção da Paz - parte 1 - por Harry Elmer Barnes

Revisionismo e Promoção da Paz - parte 2 - por Harry Elmer Barnes

O “Holocausto” colocado em perspectiva - por Austin Joseph App

A controvérsia internacional do “holocausto” - Arthur Robert Butz

Contexto e perspectiva na controvérsia do ‘Holocausto’ - parte 1 - por Arthur R. Butz

Contexto e perspectiva na controvérsia do ‘Holocausto’ - parte 2 - por Arthur R. Butz

O Relatório Leuchter: O Como e o Porquê - por Fred A. Leuchter

Sobre a importância do revisionismo para nosso tempo - por Murray N. Rothbard


Sobre as alegadas câmaras de gás nazistas homicidas ver:

As câmaras de gás: verdade ou mentira? - parte 1 - por Robert Faurisson (primeira de seis partes, as quais são dispostas na sequência).

A Mecânica do gaseamento - Por Robert Faurisson

O “problema das câmaras de gás” - Por Robert Faurisson

As câmaras de gás de Auschwitz parecem ser fisicamente inconcebíveis - Por Robert Faurisson

O Relatório Leuchter: O Como e o Porquê - por Fred A. Leuchter

A técnica e a química das ‘câmaras de gás’ de Auschwitz - por Germar Rudolf - Parte 1 - Introdução (demais partes na sequência do próprio artigo)


Sobre censura e fuga da investigação histórica ver: 

A vigilante marcação pública no revisionismo - parte 1 - por Harry Elmer Barnes

A vigilante marcação pública no revisionismo - parte 2 - por Harry Elmer Barnes

Os Homens que “passaram o pano” para Hitler {com análise crítica revisionista} - Por Gitta Sereny

Argumentos contra O PROJETO DE LEI nº 192 de 2022 (PL 192/2022) que propõe criminalizar o questionamento do alegado HOLOCAUSTO, o que, por consequência, inclui criminalizar também quaisquer exames críticos científicos refutando a existência do alegado HOLOCAUSTO – por Mykel Alexander

Liberdade para a narrativa da História - por Antonio Caleari

A mentira a serviço de “um bem maior” - Por Antônio Caleari

Os Julgamentos de Nuremberg - Os julgamentos dos “crimes de guerra” provam extermínio? - Por Mark Weber


História do revisionismo do alegado holocausto e suas conquistas:

{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} - As Origens Esquerdistas do Revisionismo {primeiro desafio do revisionismo x uma “testemunha” das alegadas câmaras de gás} - por German Rudolf

{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} - Porque o que não deveria existir, não pode existir {o primeiro golpe de Robert Faurisson na narrativa do alegado Holocausto} - por Germar Rudolf

{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} - Uma pessoa morta são muitas pessoas {é um argumento válido dizer que menos ou mais mortos nas pesquisas sobre alegado Holocausto não mudam os fatos do que significa o Holocausto?} por Germar Rudolf

{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} - Escândalo na França {Robert Faurisson leva os defensores do alegado holocausto na França à derrota, culminando na queda de Jean-Claude Pressac} - por Germar Rudolf

{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} - Nenhuma câmara de gás em Sachsenhausen - por Germar Rudolf

{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} - Clareza sobre Dachau - por Germar Rudolf

{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} - Sabão, abajures e cabeças encolhidas judaicas - por Germar Rudfolf

{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} – O elefante invisível no porão {sem evidências do alegado holocausto} - por Germar Rudolf


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