sexta-feira, 4 de julho de 2025

{Retrospectiva Rússia 2011} – Dissidentes judeus miram Putin - por Daniel W. Michaels

 

Daniel W. Michaels 

Um artigo recente, A Hidden History of Evil [1]{“Uma História Oculta do Mal”}, da escritora neoconservadora Claire Berlinski, publicado no renomado City Journal, afirma que — por razões desconhecidas — o Ocidente tem ignorado deliberadamente as revelações de crimes cometidos na Federação Russa desde que Putin assumiu o poder. Berlinski menciona especialmente dois dissidentes atualmente exilados na Inglaterra: Pavel Stroilov e Vladimir Bukovsky. Bukovsky é bem conhecido por sua denúncia do uso soviético de hospitais psiquiátricos para silenciar críticos do regime comunista, tendo ele próprio sido vítima dessa prática durante anos antes de ser exilado na Inglaterra. Stroilov, por outro lado, pertence à era pós-soviética e afirma possuir documentos que colocam Putin e Gorbachev sob uma luz nada lisonjeira, até mesmo desprezível, mas não consegue despertar neles qualquer interesse por parte das agências governamentais anglo-americanas. Ambos os senhores fazem parte de um movimento muito maior, “Putin Deve Sair”, com apoiadores expressivos na própria Rússia, bem como na Inglaterra e nos Estados Unidos.

Outros observadores mais neutros afirmam, no entanto, que a campanha contra Putin conduzida pelos dissidentes e por uma imprensa cúmplice é injustificada e simplesmente mais um exemplo da solidariedade judaica na oposição a políticas que prejudicam seus próprios interesses e no apoio àquelas que os favorecem. Dissidência e oposição durante a mais dura era soviética das décadas de 1920 e 1930 e durante a Segunda Guerra Mundial teriam sido mais do que justificadas, mas infelizmente raramente foram ouvidas no Ocidente.

Em grande medida, oligarcas judeus obscenamente ricos, que foram expulsos da Federação Russa por Vladimir Putin, para grande deleite do povo russo, financiam esse movimento multifacetado. Não escapou à atenção de alguns observadores das relações EUA-URSS que os principais envolvidos nos acordos firmados entre os representantes americanos (Jeffrey Sachs, Andrei Schleifer, Robert Rubin, Larry Summers) e soviéticos (Yegor Gaidar, Anatoly Chubais) para introduzir o capitalismo na URSS eram todos judeus, e que os oligarcas recém-criados resultantes também eram judeus. Outros amigos de Gaidar incluíam Mikhail Khodorkovsky (cuja libertação da prisão é um grande projeto neoconservador[2]), Platon Lebedev, Grigory Yavlinsky e Boris Nemtsev. Todos são judeus, todos se opõem a Putin e alguns estão presos. Esses acordos incomuns de colaboração, feitos por pessoas de mesma etnia na Rússia e nos Estados Unidos com a aprovação da liderança política oficial desses países, não podem deixar de lembrar a afirmação de Hitler, durante a Segunda Guerra Mundial, de que os judeus capitalistas da América conspiraram com seus irmãos comunistas na União Soviética para definir as políticas de guerra de ambos os países. No entanto, a alegria de ver o comunismo abandonado na União Soviética como resultado dessas negociações incomuns foi tão grande que a maioria das críticas foi silenciada.

Contudo, nem dissidentes judeus exilados nem judeus locais podem acusar honestamente o primeiro-ministro Putin ou o presidente Medvedev de antissemitismo, especialmente aqueles que controlam a grande mídia. Putin apenas insiste e continuará a insistir que a mídia de massa na Rússia não seja usada para difamação de reputação ou para formular ou subverter políticas governamentais. Ele acredita que os russos, e não os magnatas da mídia judaica com dupla cidadania, devem governar a Rússia. Apesar de muitos russos se oporem ao fato de empreendedores judeus praticamente monopolizarem a exportação de recursos minerais russos para o exterior, o governo russo continua a permitir isso. Oleg Deripaska, por exemplo, um associado de Nathaniel Rothschild, é um desses oligarcas, assim como Roman Abramovich, amigo de Boris Berezovsky, é outro. Eles têm permissão para fazê-lo porque não tentam administrar o governo russo nem ditar suas políticas e também porque atendem às demandas dos globalistas internacionais.

É interessante notar que, desde 2003, Deripaska contratou Bob Dole, ex-líder da maioria e candidato à presidência, para pressionar o Departamento de Estado dos EUA a lhe conceder um visto. O visto foi aprovado apenas por um ano, pois o bilionário é suspeito de ter ligações com a comunidade criminosa. Diz-se que Dole recebeu cerca de US$ 500.000 por seus serviços. Ao mesmo tempo, o ex-chefe do FBI William Sessions vem pressionando o Departamento de Justiça dos EUA em nome de Semyon Mogilevich[3], que está na lista dos mais procurados do FBI por supostas ligações com o crime organizado. A troca de dinheiro obviamente tem precedência sobre qualquer outra consideração, seja ela de interesse nacional ou ética.

Tantos russos exilados e anti-Putin já têm recebido asilo político na Inglaterra e optaram por residir em Londres que a cidade é chamada de Londongrado. O governo britânico obviamente não se opõe a isso, pois os exilados direcionam bilhões de dólares para a economia britânica que, de outra forma, poderiam ir para outros lugares. Alguns observadores conjecturam que os governos do Reino Unido e dos Estados Unidos permitiram e até encorajaram os acordos monetários pouco ortodoxos firmados com a antiga União Soviética, sabendo plenamente que os judeus envolvidos inevitavelmente desviariam o comércio internacional resultante para os países que utilizam o dólar ou a libra esterlina.

Tradução e palavras entre chaves por Mykel Alexander

 Notas:


[1] Fonte utilizada por Daniel W. Michaels:

https://www.city-journal.org/2010/20_2_soviet-archives.html

[2] Fonte utilizada por Daniel W. Michaels: The Neocons Versus Russia, por Kevin MacDonald,16 de agosto de 2008, The Occidental Observer.

https://www.theoccidentalobserver.net/2008/08/16/the-neocons-versus-russia/

[3] Fonte utilizada por Daniel W. Michaels:

http://www.ocnus.net/artman/publish/article_28664.shtml

Fonte: Jewish Dissidents Target Putin por Daniel W. Michaels, 03 de março de 2011, The Occidental Observer.

https://www.theoccidentalobserver.net/2011/03/03/jewish-dissidents-target-putin/

Sobre o autor: Daniel W. Michaels (1928-2015) foi um especialista em história russa e europeia. Formou-se pela Universidade de Columbia (Phi Beta Kappa, 1954) e foi aluno de intercâmbio Fulbright na Universidade de Tübingen, na Alemanha (1954). Ele e a esposa moraram por anos em Washington, D.C. Fluente em russo e alemão, serviu na Agência de Segurança Nacional (NSA), na Biblioteca do Congresso (Analista Sênior de Pesquisa) e no Centro de Inteligência Marítima Naval.

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Relacionado, leia também:

Sobre a influência do judaico bolchevismo (comunismo-marxista) na Rússia ver:

Revisitando os Pogroms {alegados massacres de judeus} Russos do Século XIX, Parte 1: A Questão Judaica da Rússia - Por Andrew Joyce {academic auctor pseudonym}.  Parte 1 de 3, as demais na sequência do próprio artigo.


Mentindo sobre o judaico-bolchevismo {comunismo-marxista} - Por Andrew Joyce, Ph.D. {academic auctor pseudonym}

Os destruidores - Comunismo {judaico-bolchevismo} e seus frutos - por Winston Churchill

A liderança judaica na Revolução Bolchevique e o início do Regime soviético - Avaliando o gravemente lúgubre legado do comunismo soviético - por Mark Weber

Líderes do bolchevismo {comunismo marxista} - Por Rolf Kosiek

Wall Street & a Revolução Russa de março de 1917 – por Kerry Bolton

Wall Street e a Revolução Bolchevique de Novembro de 1917 – por Kerry Bolton

Esquecendo Trotsky (7 de novembro de 1879 - 21 de agosto de 1940) - Por Alex Kurtagić

{Retrospectiva Ucrânia - 2014} Nacionalistas, Judeus e a Crise Ucraniana: Algumas Perspectivas Históricas - Por Andrew Joyce, PhD {academic auctor pseudonym}

Nacionalismo e genocídio – A origem da fome artificial de 1932 – 1933 na Ucrânia - Por Valentyn Moroz

A Revolução Bolchevique e seu rescaldo - por Ron Keeva Unz


      Sobre a restauração tradicional russa ver:

{Retrospectiva 1995 - Rússia} Sentimento nacionalista difundido, crescendo na Ex-União Soviética - As dores do parto de uma nova Rússia - por Mark Weber

{Retrospectiva 2014} – Ucrânia: o fim da guerra fria que jamais aconteceu - Por Alain de Benoist

Aleksandr Solzhenitsyn, Ucrânia e os Neoconservadores - Por Boyd T. Cathey

{Restrospectiva 2014 – Crise Ocidente x Rússia} – Examinando o ódio de Vladimir Putin e da Rússia - Por Boyd D. Cathey


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