segunda-feira, 11 de agosto de 2025

As fornalhas de cremação de Auschwitz - parte 22 - por Carlo Mattogno e Franco Deana

 Continuação de As fornalhas de cremação de Auschwitz - parte 21 - por Carlo Mattogno e Franco Deana

Carlo Mattogno


9. Durabilidade dos tijolos refratários das fornalhas de cremação

Como um resultado de tensões térmicas, o tijolo à prova de fogo de uma fornaçha crematório inevitavelmente se desgasta, o que eventualmente se torna um sério risco. Nas fornalhas crematórios civis, construídos da maneira usual e com os materiais de construção normalmente utilizados na década de 1930, a vida útil do revestimento à prova de fogo era de cerca de 2.000 cremações, mas a Topf Company alegou ter conseguido estender sua durabilidade para 3.000 cremações,179 mas isso se referia ao forno elétrico do crematório de Erfurt, no qual a temperatura era distribuída de forma mais uniforme e a tensão na alvenaria era correspondentemente mais baixa do que em fornalhas a coque, resultando em uma vida útil mais longa.

Nas fornalhas de cremação dos campos de concentração, o problema de desgaste dos tijolos à prova de fogo era maior, não apenas devido à menor massa desse material à prova de fogo e sua qualidade inferior, mas também devido à maior taxa de utilização da instalação e também devido à sua operação por presos não treinados, cuja atitude hostil em relação ao trabalho pode muito bem ter se refletido no descuido demonstrado ao executá-lo.

O impacto bastante real desses fatores é demonstrado pelo caso da fornalha crematório de dupla mufla Topf em Gusen. Esta fornalha entrou em serviço em 29 de janeiro de 1941,180 mas já estava danificado apenas oito meses depois. Em 24 de setembro, o Escritório de Construção da SS do Campo de Mauthausen solicitou à Companhia Topf que “despachasse imediatamente um de seus especialistas em fornalhas para consertar a fornalha crematório no Campo de Trabalho de Gusen.”181 Topf enviou o montador August Willing, que chegou a Gusen em 11 de outubro e começou a trabalhar no dia seguinte. A partir dos “recibos de faturamento especial referentes a trabalhos diários” relevantes, nós sabemos que este trabalho durou de 12 de outubro a 9 de novembro de 1941. Durante 68 horas de trabalho na semana de 16 a 22 de outubro, ele substituiu o tijolo à prova de fogo do fornalha (“desmontando a fornalha e reconstruindo o interior”). Durante 68 horas de trabalho na semana seguinte, ele terminou de revestir a alvenaria externa e realizou um teste de cremação. Willing permaneceu em Gusen até 9 de novembro para ajustar a fornalha adequadamente e supervisionar sua operação.182

De 1º de fevereiro a 15 de outubro de 1941, dia das últimas cremações antes do início das obras de reparo, 2.876 detentos morreram e foram cremados no Campo de Gusen durante esses 260 dias. Houve outras 14 mortes entre 29 e 31 de janeiro, trazendo para o número para cima em 2.890.183 Isso significa que 1.445 cremações ocorreram em cada mufla – indicando que a vida útil do material refratário de uma mufla era de cerca de 2.000 cremações na melhor das situações.

Assim, as 46 muflas nos fornos crematórios de Birkenau poderiam ter cremado um máximo de (46 × 2.000 =) 92.000 corpos. Depois disso, elas teriam que ser desmanteladas para a substituição dos tijolos refratários.

Se somente no Crematório II 500.000 pessoas foram gaseadas e queimadas, conforme van Pelt nos faria acreditar,184 as 15 muflas durante o período em questão ([500.000] ÷ [15 × 2.000] =) teriam que ser renovadas 16 vezes! Tudo isso teria gerado um imenso número de documentos, mas a extensa correspondência entre a Companhia Topf ou qualquer outra empresa competente e o Escritório de Construção de Auschwitz não contém nenhum vestígio de tal papelada. Não há sequer referências indiretas ou outras pistas que indiquem uma tarefa tão gigantesca – com uma única exceção: uma carta da Topf ao Escritório de Construção da SS sobre um vagão de material à prova de fogo, datada de 9 de dezembro de 1941, indica que o Escritório de Construção havia encomendado “um vagão de tijolos refratários” da Topf.185 Esse material, que era suficiente “para a nova construção de uma fornalha”, deveria ser usado “como material de reposição para trabalhos de reparo”. Devido à data de envio antecipada, esse material poderia ter sido destinado apenas ao reparo de uma fornalha no antigo crematório do Campo Principal.

Levando em consideração essa restauração do tijolo à prova de fogo de duas muflas, as seis muflas do Auschwitz I (o Campo Principal) foram capazes de cremar um total de 16.000 corpos.

De tudo isso, segue que as fornalhas de Auschwitz I e Birkenau (Auschwitz II), juntas, foram capazes de cremar um máximo absoluto de cerca de (92.000 + 16.000 =) 108.000 corpos durante o período de sua existência. Este número condiz bastante com o número de detentos registrados e falecidos conhecidos.

Consequentemente, a cremação das supostas vítimas de gaseamento era fisicamente impossível em aspectos tecnológicos também.

Tradução e palavras entre chaves por Mykel Alexander

Continua em  As fornalhas de cremação de Auschwitz - parte 23 - por Carlo Mattogno e Franco Deana

Notas

179 Nota de Carlo Mattogno: Rudolf Jakobskötter, “Die Entwicklung der elektrischen Einäscherung bis zu dem neuen elektrisch beheizten Heißlufteinäscherungsofen in Erfurt,” Gesundheits-Ingenieur, 64(43) (1941), página 583.

180 Nota de Carlo Mattogno: Esta data consta da lista de entregas de coque ao crematório de Gusen. ÖDMM, B 12/31, página 352.

181 Nota de Carlo Mattogno: Carta do Escritório de Construção da SS do campo de concentração de Mauthausen para a Companhia Topf, 24 de setembro de 1941. BAK, NS 4 Ma/54.

182 Nota de Carlo Mattogno: J. A. Topf & Söhne, receipts for special billing regarding day-rate jobs, 12 de outubro – 9 de novembro, 1941. BAK, NS 4 Ma/54.

183 Nota de Carlo Mattogno: Hans Marsalek, Die Geschichte des Konzentrationslagers Mauthausen. Dokumentation, Österreichische Lagergemeinschaft Mauthausen, Vienna 1980, página 156.

184 Nota de Carlo Mattogno: Robert Jan van Pelt, The Case for Auschwitz: Evidence from the Irving Trial, Indiana University Press, Bloomington/Indianapolis 2002, páginas 68, 458 e 469.

185 Nota de Carlo Mattogno: APMO, BW 11/1, página 4.

Fonte: Carlo Mattogno e Franco Deana, em Germar Rudolf (editor) Dissecting the Holocaust - The Growing Critique of ‘Truth’ and ‘Memory’, Castle Hill Publishers, P.O. Box 243, Uckfield, TN22 9AW, UK; novembro, 2019. Capítulo The Cremation Furnaces of Auschwitz.

Acesse o livro gratuitamente no site oficial:

https://holocausthandbooks.com/index.php?main_page=1&page_id=1

Sobre os autores: Franco Deana foi um engenheiro italiano. Carlo Mattogno nasceu em 1951 em Orvietto, Itália. Pesquisador revisionista, ele empreendeu estudos em filosofia (incluindo estudos linguísticos em grego, latim e hebraico bem como estudos orientais e religiosos)  e em estudos militares (estudou em três escolas militares). Desde 1979 dedica-se aos estudos revisionistas, tendo estado associado com o jornal francês Annales d’Histoire Revisionniste bem como com o The Journal of Historical Review.

Dentre seus mais de 20 livros sobre a temática do alegado holocausto estão: 

The Real Auschwitz Chronicle: The History of the Auschwitz Camps, 2 volumes, Castle Hill Publishers (Bargoed, Wales, UK), 2023.

Auschwitz: the first gassing – rumor and reality; Castle Hill, 4ª edição, corrigida, 2022.

Curated Lies – The Auschwitz Museum’s Misrepresentations, Distortions and Deceptions; Castle Hill, 2ª edição revisada e expandida, 2020.

Auschwitz Lies – Legends, Lies, and Prejudices on the Holocaust; Castle Hill, 4ª edição, revisada, 2017. (Junto de Germar Rudolf).   

Debunking the Bunkers of Auschwitz – Black Propaganda versus History; Castle Hill, 2ª edição revisada, 2016.

Inside the Gas Chambers: The Extermination of Mainstream Holocaust Historiography, 2ª edição corrigida, 2016.

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O que é o Holocausto? - lições sobre holocausto - por Germar Rudolf

O que é ‘Negação do Holocausto’? - Por Barbara Kulaszka

O Primeiro Holocausto - por Germar Rudolf

O Primeiro Holocausto – e a Crucificação dos judeus deve parar - parte 1 - Por Olaf Rose (Parte 2 na sequência do próprio artigo)

O Holocausto de Seis Milhões de Judeus — na Primeira Guerra Mundial - por Thomas Dalton, Ph.D. {academic auctor pseudonym}

O Mito do extermínio dos judeus – Parte 1.1 {nenhum documento sequer visando o alegado extermínio dos judeus foi jamais encontrado} - por Carlo Mattogno (demais partes na sequência do próprio artigo)


Sobre o revisionismo em geral e o revisionismo do alegado Holocausto ver:

Uma breve introdução ao revisionismo do Holocausto - por Arthur R. Butz

{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} – Definindo evidência - por Germar Rudolf

{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} – Tipos e hierarquia de evidências - por Germar Rudolf

Por que o revisionismo do Holocausto? - por Theodore J. O'Keefe

Revisionismo e Promoção da Paz - parte 1 - por Harry Elmer Barnes

Revisionismo e Promoção da Paz - parte 2 - por Harry Elmer Barnes

O “Holocausto” colocado em perspectiva - por Austin Joseph App

A controvérsia internacional do “holocausto” - Arthur Robert Butz

Contexto e perspectiva na controvérsia do ‘Holocausto’ - parte 1 - por Arthur R. Butz

Contexto e perspectiva na controvérsia do ‘Holocausto’ - parte 2 - por Arthur R. Butz

O Relatório Leuchter: O Como e o Porquê - por Fred A. Leuchter

Sobre a importância do revisionismo para nosso tempo - por Murray N. Rothbard


Sobre as alegadas câmaras de gás nazistas homicidas ver:

As câmaras de gás: verdade ou mentira? - parte 1 - por Robert Faurisson (primeira de seis partes, as quais são dispostas na sequência).

A Mecânica do gaseamento - Por Robert Faurisson

O “problema das câmaras de gás” - Por Robert Faurisson

As câmaras de gás de Auschwitz parecem ser fisicamente inconcebíveis - Por Robert Faurisson

O Relatório Leuchter: O Como e o Porquê - por Fred A. Leuchter

A técnica e a química das ‘câmaras de gás’ de Auschwitz - por Germar Rudolf - Parte 1 - Introdução (demais partes na sequência do próprio artigo)


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