domingo, 24 de junho de 2018

Harvard odeia a raça branca? – Por Paul Craig Roberts



Paul Craig Roberts
08 de setembro de 2008

            É a campanha multicultural realmente algo sobre diversidade? Ou é sobre a erradicação pela força da civilização ocidental e da própria “raça branca”?

            Os estudantes universitários irão dizer a você que uma educação universitária de hoje é uma viagem rumo à culpa para brancos. O propósito é impedir os brancos de apreciar e absorver sua própria cultura e fazer difícil aos brancos resistir a demandas irrazoáveis (cotas, reparações, etc.) das “pessoas de cor.”

            Para as questões “quem eu sou, o que eu sou”, o aluno branco universitário responde: “um opressor racista, sexista, homofóbico”

            Nem os pais, administradores, alunos, nem o público está consciente da propaganda anti-brancos mascarada como educação. Quando alguém que está consciente diz a eles, eles pensam que a pessoa está exagerando a fim de conseguir ser convincente.

            Agora vem o graduado em Harvard Noel Ignatiev, um acadêmico no W.E.B. DuBois Institute for African-American Research. O Dr. Ignatiev é o fundador de um jornal, Race Traitor, o qual tem como lema, “traição aos brancos é lealdade para com a humanidade.”

            O propósito do jornal é ‘abolir a raça branca’.

            No mínimo, o Dr. Ignatiev pretende o genocídio cultural e psicológico para os brancos. Não está claro se o extermínio físico faz parte do programa. Uma afirmação dos editores do website diz que os novos abolicionistas:
não limitam-se eles próprios aos meios socialmente aceitáveis de protestos, mas meio algum eles rejeitam ao avanço de obter os objetivos deles.”
            O Dr. Ignatiev nem acredita que sua agenda é controversa. Ele escreve:
O objetivo de abolir a raça branca é descaradamente tão desejável que alguns podem achar difícil acreditar que isso poderia incorrer em alguma oposição que não seja as cometidas pelos supremacistas brancos.” Assim, ele coloca a raça branca em notícia. Se eles se opõem a abolição deles mesmos, eles são “supremacistas brancos.”
            De acordo com o Dr. Ignatiev,
a chave para resolver os problemas sociais de nossa época é abolir a raça branca.”
Não se enganem sobre isso,” ele diz,
nós pretendemos manter surrando os homens brancos mortos, e os vivos, e as fêmeas também, até a construção social conhecida como ‘a raça branca’ estar destruída, não ‘desconstruída’, mas destruída.”
            Qual “construção social” irá ser poupada? Os negros? Os hispânicos? Muçulmanos? Asiáticos? E quanto a judiaria?

Noel Ignatiev
            O Washington Times relata que o Dr. Ignatiev é ele mesmo judeu. Se os intelectuais judeus e líderes políticos israelenses podem ser acreditados, os judeus têm uma consciência racial e cultural. Israel é a pátria dos judeus, e os israelenses parecem determinados a manter isso deste jeito. Pode alguém imaginar um gentil em uma universidade israelense fundando uma revista devotada para abolir a raça judaica?

            Sim, o Dr. Ignatiev acredita que é auto-evidente que os brancos em seus países de origem devem ser abolidos.

            De onde ele conseguiu esta visão? Sua única graduação foi em Harvard onde ele recebeu duas graduações.

            Está Harvard embaraçada? Não. Dr. Ignatiev [ igantiev@fas.harvard.edu ] é apresentado na edição atual da Harvard Magazine. Livrar-se dos brancos não é controverso em Harvard, porque esse é o negócio das universidades americanas.

Um pele branca, é a marca do privilégio. Não é o privilégio de ser admitido em Harvard mesmo embora você não encontre os requerimentos de entrada. Não é o privilégio de ser contratado independentemente da habilidade por causa das cotas raciais impostas pelo governo. Não é o privilégio de ser apto para processar brancos e “empresas brancas” se negros não são proporcionalmente representados na força de trabalho. Não é o privilégio de ser apto  a chamar os nomes de cada branco no livro e processar se um branco responde na mesma moeda.

            O privilégio de ser branco é o que os brancos podem secretamente acreditar que eles são superiores e, contanto que eles não mencionem isso, ser leal para com a raça branca.
            “A raça branca é como um clube privado,” diz o Dr. Ignatiev.
            Eu estou certo que o Dr. Ignatiev é bem informado, mas nenhum sinal eu vejo desta lealdade branca. A maioria dos multiculturalistas e feministas radicais são brancos. Brancos colocando em desvantagem os brancos por cotas raciais impostas. A despeito da generalizada oposição para as cotas, nem um partido político “branco” irá atuar para parar as inconstitucionais cotas, as quais tem feito escárnio da igualdade sobre a lei. Os brancos são inundados por massiva imigração não-branca, e nem um partido político “branco’ irá atuar para conter esta imigração. Ao contrário, ambos partidos cedem aos imigrantes.

Mas o Dr. Ignatiev tem uma ideia como a de Hitler. A raça é culpada e deve prosseguir. Os comunistas disseram que a culpa de classe que tinha de prosseguir.

            Se você pensou que o genocídio foi deixado para trás no século XX, esteja informado que o genocídio de hoje tem um lar no sistema de educação.

Tradução por Mykel Alexander





Sobre o autor: Paul Craig Roberts (1939 – ) licenciou-se em Economia no Instituto Tecnológico da Geórgia e doutorou-se na Universidade da Virgínia. Como pós-graduado frequentou a Universidade da Califórnia, a Universidade de Berkeley e a Faculdade Merton, da Universidade de Oxford. De 1981 a Janeiro de 1982 é nomeado Secretário de Estado do Tesouro para a política econômica da gestão de Ronald Reagan. Foi Distinto Investigador do Instituto Cato entre 1993 e 1996. Foi também Investigador Sênior do Instituto Hoover.

Entre seus livros estão: The New Color Line: How Quotas and Privilege Destroy Democracy (1995); The Tyranny of Good Intentions: How Prosecutors and Bureaucrats Are Trampling the Constitution in the Name of Justice (2000, e segunda edição 2008); How America was Lost. From 9/11 to the Police/Warfare State (2014).

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“Judeus, comunistas e o ódio genocida nos Estudos sobre a branquitude

terça-feira, 12 de junho de 2018

‘Darkest Hour’ {o destino de uma nação}: grande filme, história defeituosa - Por Mark Weber


Mark Weber
Abril de 2018

“Darkest Hour” {o destino de uma nação} – um retrato de Winston Churchill durante os sombrios dias da Segunda Guerra Mundial – é um sucesso de bilheteria, e uma inspiração para espectadores saturados e famintos por heróis. Por seu extraordinário retrato do líder britânico em tempos de guerra, Gary Oldman tem justamente ganhado um Oscar. Mas enquanto isso é uma conquista artística e um grande entretenimento, “Darkest Hour” é uma história severamente falha.

            A história do filme se desdobra sobre umas poucas semanas na primavera de 1940. Seguindo o assombroso sucesso alemão contra as forças francesas e britânicas na Noruega, o parlamento tinha perdido a fé na habilidade do Primeiro Ministro Neville Chamberlain para continuar a liderar a nação. Churchill, que é bem conhecido por sua ferrenha hostilidade frente a Hitler e a Alemanha, é chamado a dirigir um governo novo e mais amplo. Apesar dos graves receios sobre seu julgamento e temperamento – compartilhado pelo Rei e muitos colegas, incluindo líderes em seu próprio partido – Churchill tornar-se primeiro-ministro.

            No campo de batalha as coisas rapidamente vão de mal a pior. As forças alemãs esmagam os ingleses e franceses no continente europeu, e as tropas britânicas são forçadas a retirarem-se através do Canal de Dunquerque. Com o país encarando um desastre militar sem paralelo na história moderna, membros chaves de seu próprio círculo interno pressionam Churchill a abrir conversas de paz com a Alemanha antes que a posição deles de negociação enfraqueça ainda mais.

            Não totalmente certo do que fazer a seguir, Churchill procura compreender o humor dos cidadãos ordinários, acima de tudo para medir a disposição deles para suportar muito maior sofrimento e dificuldades se a Grã-Bretanha continuasse lutando, incluindo os horrores de uma possível invasão.

            Em um episódio chave do filme, e um que é inteiramente fictício, ele abruptamente sai de seu carro com motorista em uma ruma movimentada para descer – pela primeira vez em sua vida – para uma estação de metrô para encontrar com londrinos ordinários. As pessoas com quem ele fala unanimemente expressam a determinação delas para continuar a luta, não importa o que aconteça. Fortificado por essa supostamente representativa amostra do espírito público, Churchill então entrega seu famoso discurso “Nós nunca nos renderemos” para um parlamento vibrante, uma peça de oratória com maestria que conclui o filme com uma nota inflamadora.
 Na cena conclusiva do filme "Darkest hour,"
 Gary Oldman representa Winston Churchill
 conforme faz seu discurso "Nunca nos renderemos"
 para o parlamento em 4 de junho de 1940.

            De fato, Churchill tinha pouco respeito pela opinião pública. Ao longo de sua carreira, suas visões sobre as grandes questões do dia estavam frequentemente em desacordo com as da maioria dos cidadãos, ou mesmo a maioria dos membros de seu próprio Partido Conservador. Ele era justificadamente considerado como um dissidente.

            Quando Chamberlain retornou de Munique em setembro de 1938 depois de concluir um acordo da crise dos “Sudetos” com os líderes da Alemanha, França e Itália, a maioria dos britânicos acolheu-o em casa com sentimentos de gratidão e alívio. O público esmagadoramente aprovou o que a maioria considerou como um acordo razoável da crise que tinha ameaçado instaurar uma nova guerra europeia. O desprezo sincero de Churchill pelo acordo de Munique e, de modo mais geral, pela política de “apaziguamento” de Chamberlain frente a Alemanha de Hitler estava em ríspido desacordo com a atitude da maioria dos membros de seu próprio partido que ele foi escolhido para substituir o menos beligerante Chamberlain como primeiro-ministro.

            Talvez a expressão mais humilhante do quão fora de alcance Churchill estava com as preocupações e esperanças da maioria dos britânicos veio em julho de 1945, algumas semanas após o fim da guerra na Europa. Nas primeiras eleições gerais desde antes da eclosão da guerra, os eleitores britânicos rejeitaram decisivamente Churchill e os conservadores em um em uma surpreendente virada que colocou o Partido Trabalhista no poder.

Richard Toye 
            “Darkest Hour” reforça a crença difundida que os discursos de Churchill desempenharam um papel crucial em sustentar a moral britânica. Um estudioso que tinha cuidadosamente olhado para a matéria tem encontrado que esta visão é em grande parte um mito. Após examinar documentos e pesquisas do governo, bem como diários contemporâneos de pessoas ordinárias, o professor Richard Toye da Universidade de Exeter concluiu que existe “pouca evidência” que a oratória de Churchill foi importante em sustentar a resolução britânica do tempo de guerra.

            “Os primeiros discursos de Churchill como primeiro ministro nos dias sombrios de 1940 não foram universalmente aclamados,” diz o prof. Toye. “Muitas pessoas pensam que ele estava bêbado durante sua famosa transmissão ‘Finest Hour’, e existe pouca evidência que eles fizeram uma diferença decisiva para o a vontade do povo britânico para ir lutando.” Conforme ele explica em seu livro, The Roar of the Lion, Toye ficou surpreso pelos resultados de sua pesquisa.

Winston Churchill em 1942
            Ele também examinou relatórios da inteligência doméstica e arquivos observacionais de massas para aprender o que as pessoas pensavam dos discursos de Churchill na época comparado com o que eles lembraram, ou pensavam que eles lembravam. Seu famoso discurso “Never Surrender” no parlamento nunca foi transmitido, mas as pessoas se convenceram elas próprias de que elas ouviram-no. “Ele nunca foi transmitido, embora foi noticiado na BBC por um locutor e citado na imprensa,” observa o professor Toye. “Contudo, as pessoas alegam lembrar tendo ouvido este famoso discurso de 1940, mesmo embora não o tivessem feito. Foi gravada para a posteridade junto com outros de seus discursos de tempo de guerra nove anos depois.”

            A reputação de Churchill como um grande orador é baseada sobre um punhado de passagens frequentemente repetidas de apenas uns poucos de seus muitos discursos. Enquanto aquelas frases memoráveis são inegavelmente estimulantes, elas são também não normais. Frequentemente também todos seus discursos eram verbosos, sinuosos, difíceis de compreender, e polvilhados com distorções e erros fatuais.

            O empolgante discurso “Never Surrender” que conclui “Darkest Hour” é puro teatro. De fato, Hitler nunca pediu, ou buscou, a capitulação da Grã-Bretanha. Ele somente queria que a Grã-Bretanha cessasse sua guerra contra a Alemanha.

            Como alguém que por anos tinha sonorizado grande admiração pelos britânicos, Hitler como chanceler trabalhou pela amizade germano-britânica. Ele ficou imensamente agradado   quando os dois países concluíram um importante acordo naval em 1935. Quando a Grã-Bretanha declarou guerra contra a Alemanha em 1939, ele ficou abalado e desanimado. Ainda, ele continuou a buscar os líderes da Grã-Bretanha, tanto em público quanto através de canais diplomáticos, para de alguma forma colocar um fim as lutas.

            Após a espetacular vitória alemã sobre as forças francesas e britânicas em maio-junho de 1940, e a aceitação francesa de um armistício, Hitler fez um esforço corajoso para acabar com a guerra. Em um importante discurso que foi transmitido em estações de rádio ao redor do mundo, ele dramaticamente apelou para os líderes em Londres, e para o povo britânico, por um final honroso para o conflito. Foi Churchill que insistiu em continuar, conforme ele dizia, para “fazer guerra, pelo mar, terra e ar, com toda nossa força” em busca da “vitória a todos os custos.”

            No histórico discurso que conclui “Darkest Hour,” Churchill incitou apoio por sua política de guerra sugerindo que a paz com Hitler significaria bandeiras da suástica voando sobre Londres. Isto é sem sentido. Mesmo em países que estavam aliados com a Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial, tais como Finlândia e Bulgária, as bandeiras da suástica nunca ondularam sobre suas cidades.

            Churchill tinha sido contencioso da política de apaziguamento condicional de seu predecessor em relação à Alemanha. Mas depois que ele se tornou primeiro-ministro, Churchill adotou sua própria política de apaziguamento de muito maior extensão – desta vez frente à União Soviética. Embora Churchill tenha dito ao mundo que Hitler não poderia ser confiado, ele repetidamente proclamou sua confiança e segurança de todo coração no ditador soviético Stalin.

            Quando a Grã-Bretanha declarou guerra contra a Alemanha em 1939, líderes em Londres alegaram que eles foram obrigados a fazer por causa que o regime de Hitler ameaçava a independência da Polônia. Mas depois de cinco anos e meio de guerra, e mantendo a política de Churchill de colaboração com Stalin, a independência da Polônia foi eliminada, desta vez pelo regime soviético.

            “Darkest Hour” reforça a impressão amplamente mantida, a qual o próprio Churchill encorajou, que uma paz honrosa ou duradoura com Hitler simplesmente não era possível. Mas como ele mesmo reconheceu mais tarde, isto simplesmente não é verdade. Em uma mensagem confidencial de 24 de janeiro de 1944, Churchill escreveu ao premier soviético Stalin: “Eu estou certo que você sabe que eu não iria nunca negociar com os alemães separadamente... Nós nunca pensamos em fazer uma paz separada mesmo nos dias quando nós estávamos totalmente só e poderíamos facilmente ter feito uma sem sérias perdas para o Império Britânico e, em grande parte, as suas custas.”

            Especialmente em 1940 ou 1941, um líder britânico poderia prontamente ter alcançado um acordo com Hitler, onde a Grã-Bretanha iria ter mantido sua soberania, sua grande frota naval, e seu império. Para ter certeza, isto teria significado reconhecer a hegemonia alemã na Europa oriental. Mas no fim da guerra, a Grã-Bretanha aceitou o domínio mais áspero e alienígena da Rússia soviética sobre esta região.

John Charmley
            Dado o respeito de Hitler pela independência e neutralidade da Suécia e Suíça através dos anos de guerra, ele certamente teria respeitado a soberania de uma Grã-Bretanha muito mais solidamente defendida. Conforme foi, a Grã-Bretanha emergiu da morte e destruição da Segunda Guerra Mundial, não tanto como vitoriosa, mas mais como um aliado subordinado dos vencedores reais – os Estados Unidos e União Soviética.

            O famoso discurso do líder britânico “Nós nunca iremos nos render” foi pouco mais do que “sublime absurdo,” diz o historiador britânico John Charmley. “Em nítido contraste com todos aqueles admiradores que têm estrenuamente negado que uma paz honrosa poderia ter sido feita em 1940 ou 1941,” Charmley explica, “Churchill sabia melhor. A paz poderia ter sido feita. Ela não teria dependido de ‘confiar’ em Hitler, mas sim da presunção que ele estaria vinculado a entrar em conflito com Stalin.”

            Alan Clark – historiador e uma vez ministro da Defesa britânico – tem dado um similarmente áspero veredito da política de guerra de Churchill: “Existiram várias ocasiões quando um líder racional poderia ter conseguido da Alemanha, primeiro razoáveis, então excelentes termos... A guerra foi longe por muito tempo, e quando a Grã-Bretanha emergiu o país foi à falência. Nada permaneceu de ativos mar afora. Sem imensos e punitivos empréstimos dos EUA nós teríamos morrido de fome. A velha ordem social tinha ido para sempre. O império foi danificado terminalmente. Os países da Commonwealth tinham visto a confiança deles traída e os soldados deles desperdiçados...”

Alan Clark

            O jornalista e autor britânico Peter Millar afirma esta avaliação: “... a visão aceita que a teimosia de seu ‘bulldog’ [Churchill] levou a Grã-Bretanha através de seu ‘momento mais valoroso’ a uma vitória gloriosa é tristemente superficial... Em nenhum sentido que não o moral, pode a Grã-Bretanha ser dita ter vencido. Ela meramente sobreviveu. A Grã-Bretanha foi para a Guerra ostensivamente para honrar uma aliança com a Polônia. Ainda a guerra terminou com a Polônia reestruturada ao capricho de um ditador, ainda que ao de Stalin ao invés do de Hitler, e, não obstante, ocupada por Russos ao invés de alemães. Na realidade a Grã-Bretanha foi para a guerra para manter o equilíbrio do poder. Mas o continente europeu em 1945 foi dominado por um único poder opressor hostil a tudo pelo que a Grã-Bretanha levantou-se. A Grã-Bretanha, desesperançosamente em penhor para com os Estados Unidos, não tinha poder nem cara para manter o império dela... O ‘gênio maligno empenhado na conquista do mundo’ que a maioria dos americanos acreditam ser Hitler, é um mito. O gênio do mal tinha metas mais precisas na Europa oriental. Uma Grã-Bretanha que teria se retirado da rixa e de toda a influência na Europa para concentrar-se em seu vasto império teria o agradado admiravelmente.”

            Dado tudo isto, talvez não surpreenda que Churchill posteriormente refletiu com algum desapontamento sobre o resultado da guerra. Uns poucos anos após o fim dos combates, ele escreveu em suas memórias: “A tragédia humana alcança seu clímax no fato que depois de todos os esforços e sacrifícios de centenas de milhões de pessoas e de vitórias da Causa Justa, nós temos ainda não encontrado a Paz ou Segurança, e que nós repousamos sob as garras de perigos ainda piores daqueles que nós temos superados.”

Tradução e palavras entre chaves por Mykel Alexander



Leitura recomendada

Patrick J. Buchanan, Churchill, Hitler and 'The Unnecessary War': How Britain Lost Its Empire and the West Lost the World. New York: Crown, 2008. {Em português, Churchill, Hitler e a “Guerra Desnecessária”, Editora Nova Fronteira, Rio de Janeira, 2008.}

Patrick J. Buchanan, “Did Hitler Want War?,” Sept. 1, 2009.

John Charmley, Churchill’s Grand Alliance, Harcourt Brace/ Harvest, 1996

John Charmley, Churchill: The End of Glory. Hodder and Stroughton, 1993

Christopher Hitchens, “The Medals of His Defeats: Winston Churchill,” The Atlantic, April 2002.

Adolf Hitler, Reichstag address of July 19, 1940

Peter Millar, “Millar's Europe: Question over Glory Days," The European (London), Jan. 7-10, 1993.
Kevin Myers, “Everything People Believed About Hitler's Intentions Toward Britain Was a Myth Created by Churchill,” Irish Independent (Ireland), June 19, 2012.
http://www.independent.ie/opinion/columnists/kevin-myers/kevin-myers-everything-people-believed-about-hitlers-intentions-toward-britain-was-a-myth-created-by-churchill-3143805.html )

Michael Phillips, “'Darkest Hour' Review: For Gary Oldman, Churchill Role is V for Victory,” Chicago Tribune, Dec. 6, 2017.

M. Robinson, “Winston Churchill’s Wartime Speeches Did Not Inspire ...,” Daily Mail (Britain), August 20, 2013.

David Sims, “Darkest Hour Is a Thunderous Churchill Biopic,” The Atlantic, Nov. 27, 2017
https://www.theatlantic.com/entertainment/archive/2017/11/darkest-hour-review/546497/ )

David Smith, “Churchill 'In the Year of Trump': Darkest Hour Feeds America’s Love for Winston,” The Guardian (Britain), Nov. 26, 2017.
https://www.theguardian.com/film/2017/nov/26/darkest-hour-winston-churchill-gary-oldman )

F. Stieve, What the World Rejected: Hitler’s Peace Offers, 1933-1939.
http://ihr.org/other/what-the-world-rejected.html )

V. Thorpe, “The Actor Who Was Churchill’s Radio Voice,” The Guardian/ Observer (Britain), Oct. 29, 2000.

Mark Weber, “The 'Good War' Myth of World War Two,” May 2008.
http://www.ihr.org/news/weber_ww2_may08.html )

Mark Weber, “Winston Churchill: An Unsettled Legacy,” The Journal of Historical Review, July-August 2001





Sobre o autor:

           Mark Weber é um historiador americano, escritor, palestrante e analista de questões atuais. Estudou história na Universidade de Illinois (Chicago), a Universidade de Munique, Portland State University e Indiana University (M.A., 1977, História Europeia). Em março de 1988 ele testemunhou por cinco dias na Corte do Distrito de Toronto como um reconhecido especialista e testemunha na questão da política judaica no período de guerra da Alemanha e do Holocausto. Ele foi editor do Journal of Historical Review do IHR de abril de 1992 até dezembro de 2000. Desde 1995 até atualmente é o diretor do Institute for Historical Review, trabalhando para promover a paz, compreensão e justiça através de uma maior consciência pública para com o passado.

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quarta-feira, 6 de junho de 2018

A noção de diversidade racial na academia alemã e na legislação nacionalsocialista - parte 2 - Por Tomislav Sunić

Ver parte 1: A noção de diversidade racial na academia alemã e na legislação nacionalsocialista - Por Tomislav Sunić

Tomislav Sunić

Introdução

            O que segue são mais excertos traduzidos sobre raça, tomados de livros raros e de difícil acesso escritos por proeminentes estudiosos do direito Nacionalsocialista, com foco em “traços adquiridos” versus “traços inatos” e como eles interagiram nas legislações raciais nacionalsocialistas propostas. Este explosivo tópico, particularmente na União Europeia e EUA modernos e altamente multirraciais tem sido coberto recentemente em mais detalhes por proeminentes sóciobiológos, conhecidos como “estudiosos da raça”, Richard Lynn, J. Philippe Rushton, Arthur Jensen, Kevin MacDonald e outros. A principal intensão deste ensaio, contudo, não é glorificar o Nacionalsocialismo ou absolve-lo de alguns de seus crimes, mas indiretamente apontar que não então chamada livre democracia liberal existem assuntos que estão sendo cuidadosamente evitados por professores de humanas e estudiosamente evitados por políticos de todas as cores. Por tanto tempo quanto a verdade histórica, particularmente nas análises de várias vítimas da Segunda Guerra Mundial, estiver sendo definida por advogados do Estado e juízes e não por cientistas sociais e historiadores, e por tanto tempo quanto a discussão sobre raça estiver sendo deixada para ideólogos incitadores da ralé e colegas agitadores, a muita pomposa falada liberdade de expressão no Ocidente irá permanecer um jargão vazio.
De acordo com esses exemplos pode dificilmente existir qualquer dúvida que a dotação hereditária do homem, tendo sido examinada em diversas áreas de predisposições genéticas humanas, tem sido sujeita a regulamentações bem estabelecidas para o resto da natureza viva. Essas descobertas, contudo, têm um significado decisivo e de longo alcance para a avaliação da doutrina que todos os homens são iguais. Esta doutrina é conhecida ser um dos principais pilares da estrutura de ensinamento do marxismo. Os aderentes do marxismo têm encontrado no dogma da igualdade de todas pessoas a justificativa para a atitude internacionalista deles. De fato, se todas as pessoas são na verdade iguais, é preciso logicamente chegar à conclusão que a segregação dos povos e nações uma contra outra é uma condição desafiando qualquer justificativa interna, e, portanto, necessita ser descartada. Assim, marxistas de todas cores apegam-se para o dogma da igualdade como a última palha de esperança deles. Certamente, eles não podem ignorar seriamente a abundância esmagadora de já examinados casos de estudos da efetividade das leis de herança de Mendel[1]. Mas eles (os marxistas) sabem como ajudar eles próprios fornecendo a eles mesmos com outro dogma: a saber, que na hereditariedade humana pode haver outras regras designadas para humanos, as quais podem também entrar em jogo. Dr. Gustav Franke, Vererbung und Rasse: eine Einführung in Vererbungslehre, Rassenhygiene und Rassenkunde (München: Deutscher Volksverlag, 1938, 1943), (Hereditariedade e Raça: Uma introdução ao Ensino da Hereditariedade, Higiene Racial e Estudos da Raça), página 97.
A presunção sobre a hereditariedade de traços adquiridos é um pré-requisito para o dogma da igualdade de todas as pessoas. Este dogma, no entanto, é o pilar do ensino marxista. Contudo, se a igualdade de todas pessoas é apresentada como uma cosmovisão internacionalista, então a derrubada de todas barreiras estabelecidas pela consciência nacional (“Volkstum”) e raça, torna-se viável. Assim, o marxismo foi compelido a adotar, sem qualquer reserva, os excessos das teorias ambientais a fim de certificar que todas as desigualdades visíveis entre a humanidade poderiam ser traçadas remontando a fatores ambientais, isto é, a defeitos, danos e padrões falhos da “sociedade”. Em adição, o marxismo foi, portanto, obrigado a buscar socorro no lamarckismo, cuja presunção de hereditariedade dos traços adquiridos foi considerado ser, do ponto de vista biológico, uma fundação científica. Para o marxismo, a doutrina da hereditariedade dos traços adquiridos é uma questão de vida e de morte. Isto é o que os governantes soviéticos reconheceram com toda a seriedade. Portanto, na Rússia, a negação de características hereditárias adquiridas é punida com morte, ou no mínimo com um exílio de longo prazo. (Ibid. página 113).
Conforme [Fritz] Lenz, um dos mais importantes higienistas raciais descreve, os líderes soviéticos apegam-se à doutrina da hereditariedade dos traços adquiridos por ainda outra razão específica. Eles necessitam desta doutrina a fim de acalmar a consciência deles. Porque se tudo se resume a influências ambientais, a matança bolchevique de tantos portadores de valiosos traços hereditários não significa uma perda insubstituível, mas ao invés um ambiente regulado pelo Estado, requerendo gastos particularmente altos para ensino e educação que iriam gerar progênie suficientemente valiosa entre as classes mais baixas. Que ensinamento piedoso, de fato! (Ibid, página 114).
Também interessantes são as observações anteriores de Lenz que os proponentes da doutrina da hereditariedade de traços adquiridos são em grande parte judeus. A inclinação dos judeus ao lamarckismo, escreve Lenz, é evidentemente nascida pelo desejo que não deve existir diferenças raciais irreconciliáveis. E além disso ele diz: “se houvesse uma hereditariedade de traços adquiridos, judeus poderiam então, em sua vida no ambiente alemão e na apropriação deles da cultura alemã, tornarem-se alemães reais.” Tais pensamentos podem ser apropriados para alguns judeus. Ainda, aqui nós devemos enfrentar os fatos: O judeu permanece sendo o judeu, mesmo que seus ancestrais tenham vivido entre os alemães por mil anos (Ibid., página 114).
Leis raciais e “Mischlings
Não há apenas pessoas racialmente puras, assim como existe nenhuma nação racialmente pura. Se este fosse o caso, alguém teria que saltar muito mais anteriormente sobre o fato das diferenças raciais, bem como sobre legislação racial diferente. A maioria das pessoas hoje é mestiça (“Mischlinge” no texto), a maioria das nações é composta de pessoas mistas. O mischling difere do homem racialmente puro por seu mundo emocionalmente dividido (“duas almas, infelizmente, estão residindo em meu peito”, W. Goethe, Faust; linhas 1112 – 1117). Isto significa que sua vida emocional não é inequívoca, harmoniosa ou pura. Um homem racialmente puro toma decisões faz decisões não forçadas, firmes, e instintivamente de maneira certa. O mischling deve sempre escolher entre as duas possibilidades opostas. Ele carece de um sentimento seguro, uma autoconsciência clara. Ele não sente o que é bom e mau; ele deve avaliá-lo primeiro.
Tal mischling é primariamente um judeu. De acordo com [Hans] Günther, a essência do judaísmo pode somente ser compreendida a partir de seus múltiplos cruzamentos raciais. Portanto, o judeu se apega aos mandamentos externos, da lei, ao dogma, e à letra da lei. Ele não tem a sensação do que é certo e do que é apropriado; ele deve primeiro explorá-lo através da razão. Deve ser dito a ele primeiro de fora. Isto é porque o homem judeu deve fornecer ele próprio com maquinário legislativo (“Gesetzgebungsmaschine”), dizendo a ele o que é proibido e o que é permitido, respectivamente. Ele vê no Estado, ou em alguma outra organização externa a fonte da lei. Isto é porque ele adora o poder que promulga leis e concebe a justiça como o cumprimento externo desses mandamentos (Ibid. página 29).
Nos deparamos com a visão entre todos povos racialmente mestiços que a lei deve ser “estabelecida” a partir de “cima” ou a partir de “fora,” pelo Estado, ou por algum poder. Este foi o caso nos últimos dias de Hellas [Grécia antiga], no Império Romano tardio, e este é também o curso dos recentes desenvolvimentos que têm vindo a nós. Quanto mais mestiço um povo é, mais judeu (“verjudet” no textp) ele é, mais salvação ele espera das “leis de deus” as quais devem manter juntas massas de espírito baixo, espalhadas, mongrelizadas, com os múltiplos e insensíveis desejos. A lei escrita, ou seja, a lei “positiva”, aparece então como o alfa e ômega de toda sabedoria. O “positivismo” deve levar a mão por cima, e em seu despertar ele altera os procedimentos escolásticos da lei, isto é, a completa renúncia sobre a justiça de uma específica provisão legal, transformando assim o juiz em escravo de causas legais. A pessoa de mente independente está sendo empurrada ao lado e em seu lugar entre o buscador de parágrafo, que acredita que a justiça pode ser servida pela correta interpretação da letra da lei (Ibid., página 29). Dr. Helmut Nicolai, Presidente Distrital do Governo de Magdeburgo (Die rassengesetzliche Rechtslehre, München: Herausg. G. Feder; Verlag Frz. Eher Nachf. Gmbh, 1933) (Jurisprudência Racial).
Tradução por Mykel Alexander


Nota


[1] Fonte utilizada pelo autor: As leis básicas de herança são importantes na compreensão dos padrões de transmissão de doenças. Os padrões de hereditariedade de doenças de um único gene são frequentemente referidos como mendelianos desde que Gregor Mendel primeiro observou os padrões diferentes de segregação gênica para características selecionadas em ervilhas e foi capaz de determinar probabilidades de recorrência de uma característica para as gerações subsequentes. Se uma família é afetada por uma doença, uma precisa história da família irá ser importante para estabelecer um padrão de transmissão… Em adição, a história da família pode mesmo ajudar excluir doenças genéticas, particularmente para doenças comuns onde comportamento e meio ambiente desempenham fortes papéis. Fonte:  Understanding Genetics: A District of Columbia Guide for Patients and Health Professionals.
Appendix BClassic Mendelian Genetics (Patterns of Inheritance)



Fonte: The Notion of Racial Diversity in German Academia and National-Socialist Legislation, Part 2, The Occidental Observer, 17/07/2017.





Sobre o autor: Tomislav Sunić (1953 – ), nascido na Croácia, é um autor, diplomata, tradutor, professor de Ciência Política, historiador. Estudou francês, inglês e literatura na Universidade de Zagreb. Tem mestrado na Califórnia State University e recebeu seu doutorado em Ciência Política na Universidade da Califórnia, Santa Bárbara. De 1993 até 2001 ele trabalhou como funcionário do governo croata em diversas posições diplomáticas em Zagreb, Londres, Compenhagen e Bruxelas. Entre seus livros estão:

 Against Democracy and Equality: The European New Right – 1ª edição (New York: P. Lang, 1990), 2ª edição (Newport Beach, CA: Noontide Press, 2004), e 3ª edição (London: Arktos Media, 2011). Em espanhol foi publicado como Contra la Democracia y la Igualdad: La Nueva Derecha Europea (Tarragona: Ediciones Fides, 2014)

Homo americanus: Child of the Postmodern Age (USA: Book Surge Publishing, 2007).Tradução espanhola: Homo Americanus: Hijo de la Era Postmoderna (Barcelona: Ediciones Nueva República, 2008).Tradução francesa: Homo Americanus: Rejeton de l’ère postmoderne (Saint-Genis-Laval: Akribeia, 2010).

Postmortem Report: Cultural Examinations from Postmodernity (Shamley Green, UK: The Paligenesis Project, 2010).

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sexta-feira, 1 de junho de 2018

A noção de diversidade racial na academia alemã e na legislação nacionalsocialista - parte 1 - Por Tomislav Sunić

Ver parte 2: A noção de diversidade racial na academia alemã e na legislação nacional-socialista - Por Tomislav Sunić

Tomislav Sunić

Introdução

O que segue abaixo são as traduções de vários trechos de raros livros e ensaios sobre raça publicados pelos proeminentes estudiosos de direito, biologistas e médicos alemães que eram também membros do alto escalão do Partido Nacionalsocialista antes e durante a Segunda Guerra Mundial. O foco das passagens traduzidas é sobre a análise verbal, legal e sociológica sobre raça. Não é intenção minha ou do The Occidental Observer tornar aprazível o Nacionalsocialismo ou glorificar o trabalho de seus porta-vozes acadêmicos ou militares. O fato que depois da tomada de poder do Nacionalsocialismo o número de membros do partido Nacionalsocialista disparou como um foguete dos modestos 800,000 para 8 milhões em 1943, um número o qual também incluem um grande número de acadêmicos e cientistas alemães conhecidos mundialmente, prova que o oportunismo e a duplicidade intelectual entre os estudiosos é nada nova. Ideias dominantes, por mais bizarras, ou perigosas que possam basicamente soar, contanto que elas sejam escudadas pela classe dominante e sua polícia, irão sempre atrair líderes de torcida entre os rebanhos de acadêmicos sedentos de glória, pesquisadores na ribalta, e um bando de sicofantas. Muitos deles irão rapidamente rejeitar as crenças deles quando diferentes tendências culturais ou ideológicas começarem a espreitar no horizonte político.

            O grande perigo, contudo, reside no fato que ideias políticas dominantes invariavelmente tem um impacto na definição de ciência natural – e nunca o contrário. Portanto, é uma perda de tempo hoje tentar convencer o adversário político sobre diferenças raciais inundando ele / ela com dados empíricos, especialmente se as ideias dominantes expostas pelas elites são hostis no avanço de qualquer discussão sobre raça. Fatos são raramente importantes – o que conta é a interpretação dos fatos.

            A única intenção destes ensaios é apontar erros semânticos e conceituais significativos que surgiram hoje com o uso de conceitos políticos e legais da anterior Alemanha relacionados a questão da raça a qual, enquanto comum no ensino superior e na política na Alemanha Nacionalsocialista, frequentemente voltou-se após a Segunda Guerra Mundial em demoníacas inapropriações de termos.   

            Seguindo a eleição de Donald Trump para a presidência dos EUA, acompanhada pelas distorções de linguagem em curso na mídia e no ensino superior, também conhecidas como “fake news”, e na luz da chegada em massa de migrantes não brancos para os EUA e Europa, bem como pela crescente racialização do discurso, alguns paralelos no clima intelectual entre a Alemanha de Weimar e a Nacionalsocialista e os EUA e os EUA de hoje podem ser traçados.

            A beleza e a tragédia da língua alemã é que como a mais rica língua européia ela é altamente passível para todos tipos de escapadas legais e conceituais. Sua formação de palavras permite ao locutor o luxo de criar incontáveis substantivos compostos, cada um com um significado específico, frequentemente soando estranho e pesado nos ouvidos de um locutor estrangeiro. Não é por acidente que muitos alemães continuam a considerar a língua deles a língua dos “pensadores e poetas” (Denker und Dichter). Muitas antigas palavras alemãs, do campo da legislação e do estudo da raça, quando traduzido para o inglês, têm uma ressonância desajeitada, ainda mais que o significado original delas hoje está frequentemente sendo distorcido. Por exemplo, a difundida depreciativa palavra “Nazi”nunca esteve em uso na Alemanha Nacionalsocialista. A palavra “Nazi” tinha sido cunhada pelos soviéticos nos anos da década de 1930, obtendo depois disso uma infame popularidade ao redor do mundo. Imagine um jornal acadêmico dos EUA usando uma similar palavra depreciativa, tal como “commie”, quando descrevendo a época comunista na União Soviética!.

            Substantivos compostos alemães com um específico significado, tais como Estudos de Raça e Teorias de Raça (“Rassenkunde”, “Rassenlehre”), ou dotação genética (“Erbanlage”) com dúzias de derivativos verbais, quando traduzidos para o Inglês, frequentemente evocam um diferente, se não um assustador significado. Muitas palavras do campo da ciência social, carregando hoje uma conotação negativa, são falsamente atribuídas ao jargão nacionalsocialista. Por exemplo, uma palavra popular hoje em dia na mídia dominante, ‘totalitarismo’, era não existente na ciência social na Europa até 1945. Na Alemanha Nacionalsocialista, no estudo da política, a palavra “Estado Total”[1] (totaler Staat) foi usada[2] ao invés, embora sua denotação original na língua alemã difere significativamente de sua denotação hoje. A autora judia Hannah Arendt[3], logo após a Segunda Guerra Mundial, popularizou o termo ‘totalitarismo’ em sua exaustiva descrição do Nacionalsocialismo e comunismo – como se o liberalismo fosse miraculosamente destinado para sempre a permanecer imune as tentações totalitárias. Além disso, a palavra ‘raça’, tanto nos EUA como na Europa hoje, tem praticamente desaparecido do currículo estudantil e discurso político, depois de ter sido substituída por uma mansa, genérica e imprecisa palavra ‘étnica’.

            Os eruditos raciais alemães mais bem conhecidos[4], mesmo antes do Nacionalsocialismo assumir o poder, eram Hans F. Günther e Ludwig F. Clauss, que por sua vez influenciaram os trabalhos dos autores cujos textos estão abaixo. Deve ser ressaltado, contudo, que os trabalhos de Clauss e Günther raramente focaram nos aspectos biológicos da raça. Ambos pensadores mergulharam, muito em linha com a velha tradição erudita alemã de “aprendizado” (Gelehrtheit), numa perspectiva mais ampla, cobrindo linguística, antigas línguas semitas, história, estudo do latim e grego antigo, toda maneira de pesquisa deles do pensamento político moderno e suas interrelações com o estudo da raça.

            Eu estava tentando não tirar as passagens traduzidas fora de seu contexto maior. Só estou adicionando as legendas e as fontes em negrito, sem meus comentários.     

I Visão de mundo define (in)consciência racial
Primeiro e acima de tudo, cada declínio de um claro e coeso ponto de vista em uma visão de mundo leva a uma propensão frente à dano biológico e paralisia na segurança instintiva. Assim, por exemplo, uma pessoa cuja visão de mundo é saudável, com um correspondente estilo de vida, é imune à corrupção racial. Ele simplesmente ignora isso. Uma pessoa com uma visão doentia do mundo é basicamente inclinada a fazer compromissos, permitindo tacitamente a disseminação da mistura racial. Como resultado, irá tolerar a decomposição de seu corpo nacional. Ao entrar, contudo, o último estágio de sua vida, ele irá começar propagar a mistura racial como um “ideal cultural” (“Kulturideal” – ênfase no texto). Nós temos já testemunhado vários estágios deste modelo de decomposição racial entre os povos. Sua causa primária foi sempre a decomposição de uma visão de mundo. Contrariamente, na luta contra a mistura racial, o objetivo final deve consistir na imunização do corpo nacional por meios de uma visão de mundo salvaguardada pelas leis raciais da vida. (Dr. Ferdinand Rossner, “Rasse als lebensgesetz” (Raça como uma Lei da Vida), em Rassenpolitik im Krieg, editado pelo Dr. Walter Kopp, (Hannover: Verlag M. & H. Schaper 1941), página 70.

Nota:  Uma palavra alemã popular ‘Weltanschauung’ (visão de mundo) é frequentemente traduzida pela palavra ‘ideologia’. Isto é falso. As autoridades Nacionalsocialistas usam o termo ‘Weltanschauung’ (visão de mundo) exclusivamente para o Nacionalsocialismo, um substantivo composto carregando um significado amplamente literário e filosófico, com significado radicalmente diferente da palavra ‘ideologia’. O termo ‘ideologia’ foi atribuído pelos eruditos alemães e autoridades nacional-socialistas ao comunismo.


II. Auto-consciência racial x outras raças 
Uma situação muita séria surge do fato de que outros povos e estados, especialmente as nações não-arianas, sentiram que a dignidade e honra das nações deles tinha sido difamada e ofendida após a aprovação da Legislação Racial Alemã e sua separação das raças estrangeiras. Eu não posso enumerar todos aqueles povos e países com quem, sobre estas bases, sérios argumentos tinham ocorrido. É suficiente dizer, por exemplo, que o inteiro do mundo no Extremo Oriente ficou por um longo tempo sobre a impressão que um homem alemão, com sua nova crença nacional-socialista, era inclinado a retratar todos eles como não-arianos. Sendo descritos como não-arianos, ele era, portanto, inclinado a considerar eles num todo como uma ralé inferior. Daí se segue: Os alemães discernem todos eles como inferior, humanos de segunda-classe, enquanto projetava eles próprios como os reais portadores da cultura. É suficiente dizer, compreensivelmente, que uma tal crença entre orgulhosos, autoconscientes e sinceros povos nacionais, como é o Japão por exemplo, estava inclinada a provocar interminável comoção e ódio contra essa Alemanha nazista. Similar ocorrências nós tínhamos de alguma maneira experimentado na área da Índia, bem como entre os povos do Oriente Médio. (Prof. Dr. Walter Gross – Chefe do Escritório de Políticas Raciais do NSDAP). “Der Deutsche Rassengedanke und die Welt (Pensamento Racial Alemão e o Mundo), (Berlin: Juncker und Dünnhaupt, 1939), página 24.
O que nós estávamos supondo fazer em considerar esta propensão do pensamento racial alemão sendo geralmente alvo de difamação por diversos povos? Nós poderíamos fazer nada mais que colocar o pensamento racial alemão, calmamente em nossa própria vantagem, dentro de sua forma adequada, fazendo claro que a essência do vislumbre racial não consiste na avaliação ou desvalorização de outros grupos humanos deste mundo, mas sim usar uma avaliação da ciência natural – em uma maneira sóbria, eu devo adicionar, e sem usar quaisquer outras avaliações – de diferentes grupos humanos vivendo neste mundo. Exemplo: “Você é de um tipo racial diferente em seu relacionamento conosco” não contém nem mais, ou menos um julgamento de valor que uma observação científica de um homem andando através da floresta e falando para si mesmo: “Estas não são apenas árvores na floresta, mas estas árvores são abetos, pinheiros, bétulas, e ali, há carvalhos. Isto somente significa uma declaração do fato, assim como quando nós fazemos uma afirmação que especifica povos e grupos étnicos nesta Terra são racialmente relacionados a nós, com alguns sendo totalmente estranhos para nós. (ibid, páginas 26-27). 
Uma ideia genuína, um vislumbre correto, bem como boa vontade para fazer o bem para seu próprio povo, podem ser eventualmente reconciliados com os interesses de outros povos e em alguma forma tê-los unidos. Mas nenhuma conciliação é possível com os sistemas de pensamento de marca internacional, porque estes sistemas, em seu estágio final intelectual, não são nem genuínos nem honrosos. Estes sistemas são baseados em mentiras horrendas, isto é, a mentira da igualdade das pessoas. (Ibid. página 30).

III. Sobre a questão judaica 
Se quisermos compreender a influência judaica na legislação, então nós necessitamos conhecer primeiro que traços específicos caracterizam os judeus. Nós necessitamos estar cientes da composição racial judaica, assim como nós necessitamos saber que esta composição racial significa da perspectiva do ensinamento da alma-racial [Rassensellenkunde]. Nós nunca vamos resolver a questão judaica através de um rábido “antissemitismo,” conforme tem sido mostrado para nós pela história judaica, não apenas na Alemanha, mas pela história do mundo também. A solução para a questão judaica é somente e exclusivamente possível com um satisfatório pleno cumprimento da ideia de raça por cada raça. Nós nunca iremos cumprir a ideia de raça a não ser que nós façamos a distinção entre raça e povo (Rasse und Volk – itálicos no texto). Não existe tal coisa como raça alemã, e não existe tal coisa como raça judaica. Existe o povo alemão, e existe o povo judeu. Deve também ser levado em conta que o povo alemão tem obtido suas intrínsecas características da raça nórdica, o qual é seu elemento de vínculo. O elemento de vínculo do povo judeu, contudo, não é a raça europeia, mas uma não europeia, raça oriental. Dado que cada raça tem seu estilo intrínseco, o povo alemão e o povo judeu, devido a diferente composição racial deles, precisam fazer uma distinção fundamental um do outro. Muitas vezes isso não é reconhecido. Frequentemente, somente a distinção numa aparência do corpo [Erscheinungsbild; isto é, fenótipo em português] é levado em conta, esquecendo que cada raça possui, baseado em seu próprio estilo intrínseco, sua própria escala de valores. Devemos ter cuidado para não impor a escala de valores do povo alemão sobre outros povos com uma composição racial completamente diferente. Tais visões levam a efeitos adversos. Nacionalsocialismo não é antissemita; ele é não-semita” [negrito no texto]. (Prof. Dr. Falk Ruttke, F. Wilhelm Universtität, Berlim, “Judentum um Recht” (Judeus na Legislação) em Rasse, Recht und Volk (Raça, Lei e Povo), (Berlim: F. Lehmanns Verlag, 1937), página 12.

Tradução e palavras entre chaves por Mykel Alexander  


Notas


[1] Fonte utilizada pelo autor: The Total State, Ernst Forsthoff. Originalmente publicado em Ernst Forsthoff, Der Totale Staat (Hamburg: Hanseatische Verlagsanstalt, 1933), 30–32, 37–39.

[2] Fonte utilizada pelo autor: “Carl Schmitt’s “Jews in Jurisprudence” (Part 1)”, por Tomislav Sunić, 06/01/2012, The Occidental Observer.

[3] Fonte utilizada pelo autor: Hannah Arendt, The Origins of Totalitarianism. {Em português publicado como Origens do Totalitarismo}.

[4] Fonte utilizada pelo autor: “Ludwig F. Clauss: Racial Style, Racial Character (Part I)”, por Tomislav Sunić, 09/11/2011, The Occidental Observer.

“Racial Studies of Jews in National Socialist Germany”, por Dan Michaels, 13/03/2010, The Occidental Observer.



Fonte: The Notion of Racial Diversity in German Academia and National-Socialist Legislation, Part 1, The Occidental Observer, 03/07/2017.




Sobre o autor: Tomislav Sunić (1953 – ), nascido na Croácia, é um autor, diplomata, tradutor, professor de Ciência Política, historiador. Estudou francês, inglês e literatura na Universidade de Zagreb. Tem mestrado na Califórnia State University e recebeu seu doutorado em Ciência Política na Universidade da Califórnia, Santa Bárbara. De 1993 até 2001 ele trabalhou como funcionário do governo croata em diversas posições diplomáticas em Zagreb, Londres, Compenhagen e Bruxelas. Entre seus livros estão:

 Against Democracy and Equality: The European New Right – 1ª edição (New York: P. Lang, 1990), 2ª edição (Newport Beach, CA: Noontide Press, 2004), e 3ª edição (London: Arktos Media, 2011). Em espanhol foi publicado como Contra la Democracia y la Igualdad: La Nueva Derecha Europea (Tarragona: Ediciones Fides, 2014)

Homo americanus: Child of the Postmodern Age (USA: Book Surge Publishing, 2007).Tradução espanhola: Homo Americanus: Hijo de la Era Postmoderna (Barcelona: Ediciones Nueva República, 2008).Tradução francesa: Homo Americanus: Rejeton de l’ère postmoderne (Saint-Genis-Laval: Akribeia, 2010).

Postmortem Report: Cultural Examinations from Postmodernity (Shamley Green, UK: The Paligenesis Project, 2010).

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