quinta-feira, 31 de julho de 2025

A religião do “holocausto” - por Humberto Nuno de Oliveira

 

Humberto Nuno de Oliveira



Sobre as infelizes e recentes declarações do Senhor Gol, representante diplomático de Israel em Lisboa, muito foi já escrito e, em muitos casos, muito bem!

Declarações mentirosas, proferidas durante a Conferência “Portugal e o Holocausto, aprender com o passado, ensinar para o futuro”,- ofensivas para Portugal e para os Portugueses – e que faltaram, desde logo, às mais elementares regras da urbanidade, razão pela qual tal “nódoa” me leva a não o tratar por embaixador que, por bem menos, em tempos de decência deixaria de o ser, de imediato.

Poucos abordaram, porém, a insistência no “holocausto” (por falta de espaço veja-se, por favor, a definição deste termo em qualquer bom dicionário) e seu ensino entre nós, criticando Portugal por ser apenas observador na Task Force Internacional para a Educação, Memória e Investigação do Holocausto, organização intergovernamental criada em 1998 e da qual são membros 31 países (e faltam tantos nesta organização de cariz religioso pois trata de algo que, como dogma, na perspectiva judaica não pode, nem deve, se r discutido). Acrescentou vociferante: “Já chega de ser apenas um observador. Portugal tem obrigação de ser um membro de parte inteira da Task Force”, informando que já disse ao Ministro da Educação, para assinar um acordo com o Governo de Israel para que “os professores portugueses aprendam a ensinar o Holocausto” para que haja uma formação mais institucionalizada.

Na realidade, a soberba desta gente não conhece limites e ao Senhor Gol gostaria de dizer que, como historiador, enquanto o “holocausto”, seu estudo e conclusões, não forem tratados como um qualquer facto histórico – logo passível de ser estudado, livremente investigado e consequentemente discutido – sendo ao invés um dogma unilateral imposto por limitações à liberdade de investigadores não precisamos dessa aprendizagem que vem colocando nas prisões vozes dissonantes por toda a Europa, situação que, estamos certos, o Senhor Gol tanto gostaria de ver implementada na legislação portuguesa e seguramente na europeia.

É que para dogma já temos o da religião que nos legaram os nossos antepassados cristãos e não carecemos de mais em pleno século XXI.


 



Fonte: A religião do “holocausto”, por Humberto Nuno de Oliveira, 13 de novembro de 2012, O Diabo.

Via Inacreditável: https://inacreditavel.com.br/wp/a-religiao-do-holocausto/

Sobre o autor: Humberto Nuno de Oliveira (1961-) Licenciado em História, Pós-Graduado em História Militar, Mestre em Edição e PhD em História, foi docente do ensino superior em diversas instituições durante vinte anos, especialmente na Universidade Lusíada de Lisboa. Historiador e Investigador sobretudo nos domínios da Heráldica e da Falerística preside, neste último domínio, à Academia Falerística de Portugal. É investigador do Centro Lusíada de Estudos Genealógicos, Heráldicos e Históricos da Universidade Lusíada de Lisboa. Membro do Conselho Científico da Comissão Portuguesa de História Militar. Cumpriu, como Miliciano, o Serviço Militar Obrigatório tendo-lhe sido concedido na conclusão do mesmo um louvor do General Manuel Themudo Barata. Foi por Sua Majestade o Rei dos Belgas como Oficial da Ordem da Coroa. Autor de dezenas de artigos científicos em revistas nacionais e estrangeiras, diretor de duas publicações científicas, já publicou mais de 10 livros, entre os quais:  GUERRA D'AFRICA, 1961-1974 - Estava a Guerra Perdida? (1.ª e 2.ª edições); O cinquentenário do quê? - A Guerra de África 1961-1974.

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O que é ‘Negação do Holocausto’? - Por Barbara Kulaszka

O Primeiro Holocausto - por Germar Rudolf

O Primeiro Holocausto – e a Crucificação dos judeus deve parar - parte 1 - Por Olaf Rose (Parte 2 na sequência do próprio artigo)

O Holocausto de Seis Milhões de Judeus — na Primeira Guerra Mundial - por Thomas Dalton, Ph.D. {academic auctor pseudonym}

O Mito do extermínio dos judeus – Parte 1.1 {nenhum documento sequer visando o alegado extermínio dos judeus foi jamais encontrado} - por Carlo Mattogno (demais partes na sequência do próprio artigo)


Sobre o revisionismo em geral e o revisionismo do alegado Holocausto ver:

Uma breve introdução ao revisionismo do Holocausto - por Arthur R. Butz

{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} – Definindo evidência - por Germar Rudolf

{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} – Tipos e hierarquia de evidências - por Germar Rudolf

Por que o revisionismo do Holocausto? - por Theodore J. O'Keefe

Revisionismo e Promoção da Paz - parte 1 - por Harry Elmer Barnes

Revisionismo e Promoção da Paz - parte 2 - por Harry Elmer Barnes

O “Holocausto” colocado em perspectiva - por Austin Joseph App

A controvérsia internacional do “holocausto” - Arthur Robert Butz

Contexto e perspectiva na controvérsia do ‘Holocausto’ - parte 1 - por Arthur R. Butz

Contexto e perspectiva na controvérsia do ‘Holocausto’ - parte 2 - por Arthur R. Butz

O Relatório Leuchter: O Como e o Porquê - por Fred A. Leuchter

Sobre a importância do revisionismo para nosso tempo - por Murray N. Rothbard


Sobre as alegadas câmaras de gás nazistas homicidas ver:

Campos de Concentração Nacional-Socialistas {nazistas}: lenda e realidade - parte 1 - precedentes e funções dos campos - por Jürgen Graf (demais partes na sequência do próprio artigo).

As câmaras de gás: verdade ou mentira? - parte 1 - por Robert Faurisson (primeira de seis partes, as quais são dispostas na sequência).

A Mecânica do gaseamento - Por Robert Faurisson

O “problema das câmaras de gás” - Por Robert Faurisson

As câmaras de gás de Auschwitz parecem ser fisicamente inconcebíveis - Por Robert Faurisson

O Relatório Leuchter: O Como e o Porquê - por Fred A. Leuchter

A técnica e a química das ‘câmaras de gás’ de Auschwitz - por Germar Rudolf - Parte 1 - Introdução (demais partes na sequência do próprio artigo)


terça-feira, 29 de julho de 2025

{Materialismo, brutalidade dos EUA e Velho Testamento} - O Direito e a “Grande Besta Metálica” - por Horst Mahler

 

Horst Mahler


{Edição em tributo à Horst Mahler (1936-2025)}

O cunho do princípio que determina o comportamento dos povos e Nações entre si – principalmente na guerra – alterou-se da Europa impregnada pelo Novo Testamento para os EUA impregnados e liderando segundo o Velho Testamento.

 

Os EUA como a encarnação da imoralidade

Nós podemos pensar na vontade em saciar a própria fome com o peixe que o irmão pescou para satisfazer a sua própria, como expressão de boa vontade?

Nós não saberíamos que todos nós teríamos morrido de fome há muito tempo se coletivamente fosse assim pensado e realizado?

Não é razoável querer que cada um providencie seu próprio sustento sem roubar o próximo?

Se todos nós concordamos que não é o roubo generalizado, mas sim a constante aquisição por meios próprios é que pode garantir nossa existência, então não iríamos tomar precauções para conduzir a este caminho aqueles que dentre nós querem outra via e, saqueando, assolam seus vizinhos?

Como deveriam ser estas precauções? Nós não pensamos logo na polícia, a qual teria que agarrar os ladrões? E mais: nós não iríamos querer um juiz imparcial que proteja suspeitos inocentes contra acusações improcedentes?

Seguramente nós iríamos concordar mutuamente e aqui confirmar, que a vontade a favor do próprio ganha-pão e da proteção contra ladrões e punições injustas seja nosso melhor Bem – e neste sentido, crua razoabilidade?

Essa vontade eu chamo de Direito, se ele se apresenta como lugar comum de fato.

Ele é de fato quando um policial está a postos, agarra o ladrão em flagrante e o coloca atrás das grades. Ele é lugar comum de fato, quando sem considerar a posição social das pessoas, a todo ladrão e a todo bandido possa ser garantido, que ele irá ser agarrado, apresentado diante do tribunal e julgado.

Este lugar comum de fato é a vontade razoável de uma sociedade, que através da polícia, justiça e Forças Armadas – como instâncias supremas, como poder da coletividade, se coloca contra a arbitrariedade de um indivíduo ou contra inimigos externos e então, é, como Estado, um ente duradouro. O fundamento deste poder está na vontade de todos nós. O Estado passa a ser, portanto, a Existência de toda nossa liberdade.

[A forma e o meio como este lugar comum de fato de uma Sociedade desenvolvida é determinado, diz respeito à forma externa. Em nossos dias, admite-se que os muitos indivíduos, que formam a sociedade, poderiam determiná-la através da contagem de votos (democracia). As críticas deste sistema e sua essência destrutiva serão tratadas em outra oportunidade.]

Somente quando estivermos certos que a patrulha policial ao final da rua é formada por nosso pessoal, que a todo o momento estão a postos para aparecer armados no local do crime, nós iremos – se estivermos cansados – baixar nossas armas e dormir tranqüilo.

Mas nós não iríamos nos assustar em nossos sonhos e nos lançar às armas, se formos assolados com a constatação de que a patrulha policial não seja formada por nossos cidadãos que deveriam nos proteger, mas sim por marionetes de um inimigo saqueador, prestes a abrir os portões e entregar a cidade à pilhagem?

Direito é, portanto, o poder organizado da vontade coletiva de uma concreta Sociedade. A vontade razoável de cada cidadão tem seu reconhecimento por parte deste poder, o qual é livre, pois ele depende somente de si mesmo. O indivíduo se espelha desta forma na Sociedade e sua própria vontade como Direito. Este é seu poder e liberdade. Se ele é prejudicado em seu Direito, o poder público o serve como Justiça para restabelecer através de sanções seu reconhecimento como cidadão.

Pode-se imaginar o ordenamento jurídico como uma fonte de energia sob alta-tensão, a qual entrelaça a Sociedade com “energia da vontade”. A quebra do Direito seria como o contato com um cabo energizado. O choque produzido pela descarga elétrica seria como as sanções que recaem sobre os infratores.

São sempre e somente os povos e nações de fato que produzem por si próprio um ordenamento jurídico e na forma descrita, garantam o Direito subjetivo mantenedor do poder.

Este poder não existe isolado, não está separado do corpo vivo da comunidade, mas ele é sua própria força vital e sua existência. Um ordenamento jurídico não pode ser então transferido para uma outra comunidade ou até mesmo imposto. Ele pode quando muito ser aceito de dentro para fora – através da assimilação da vontade popular dos pensamentos provenientes de uma ordenamento jurídico externo.

O poder desta livre vontade coletiva – o Direito – termina ali onde a comunidade se extingue e uma outra comunidade com vontade própria inicia.

Se a segunda comunidade usurpasse da primeira comunidade com seu braço armado – seja até bem intencionada, este braço não seria um organismo da própria livre vontade da segunda comunidade? Esta {a primeira comunidade} seria em todo caso submetida ilegalmente ao domínio estrangeiro e tornar-se-ia indignada já com o abuso.

Povos auto-determinados não se encontram em relações jurídicas entre si como as aqui descritas. Suas relações são de outra natureza. Elas são para si mesma não parte de um todo, que como comunidade com vontade própria que contém os povos como momentos dependentes de si. A abstrata comunidade dos povos não é um poder que se ocupa das partes integrantes de si. A comunidade dos povos ou até mesmo a humanidade –assim como a fruta – é uma abstração. Como sabemos não existe fruta, mas sim somente as frutas concretas – maças, peras, morangos etc.

Esta diferença é importante e deve ser lembrada quando o tema do “Direito Internacional”. Direito internacional não é direito no sentido aqui mostrado.

Como foi exposto, a vontade no Direito não é determinada arbitrariamente, mas sim dentro da razoabilidade. O mundo como razão existencial (como espírito mundial) é também o parâmetro para a determinação do comportamento ou dos comportamentos dos povos entre si ou não. Mas se agora, nas relações entre si, a razão determina aquela especial vontade dos povos, a razão é como um dever ser – mas não como um poder da vontade coletiva – efetivo. Para ser de Direito, falta à vontade a concreta coletividade.

“O direito internacional resulta das relações entre Estado independentes. O seu conteúdo em si e para si tem a forma do dever ser porque a sua realização depende de vontades soberanas diferentes.” [Hegel, Princípios da Filosofia do Direito, Editora Martins Fontes, pág. 301]

Logo, o direito internacional não é concreta vontade coletiva, mas sim aquela especial vontade dos diferentes povos soberanos, Estados e Nações. É real somente como dever ser, a realidade vence só em especiais vontades dos povos soberanos que se comportam segundo o dever ser.

“Enquanto Estado, o povo é Espírito em sua racionalidade substancial e em sua realidade imediata. É pois o poder absoluto sobre a terra. Em relação aos outros Estados, o Estado é, por conseguinte, soberanamente autônomo. Existir como tal para um outro Estado, isto é, ser reconhecido por ele, é sua primeira e absoluta legitimação.” [Hegel, Princípios da Filosofia do Direito, Editora Martins Fontes, pág. 301]

“A realidade imediata dos Estados uns em face dos outros divide-se em situações diversas que se regulam pela autônoma boa vontade de ambas as partes e, em geral, tem pois esse regulamento a natureza formal do contrato. A natureza de tais contratos é, porém, de uma diversidade muito menor do que na sociedade civil, em que os indivíduos reciprocamente dependem uns dos outros em numerosos aspectos. Os Estados independentes são, pelo contrário, totalidades que a si mesmas se satisfazem.” [Hegel, Princípios da Filosofia do Direito, Editora Martins Fontes, pág. 302-303]

O fundamento do direito dos povos (direito internacional, red.) como direito universal que entre Estados é válido em si e para si e que é diferente o conteúdo particular dos contratos reside no dever de se respeitar os contratos, pois neles se fundam as obrigações dos Estados uns para com os outros. Como, porém, a relação entre eles tem por princípio a sua soberania, daí resulta que se encontram uns perante os outros num estado de natureza e os seus direitos não consistem numa vontade universal constituída num poder que lhes é superior mas obtêm a realidade das suas recíprocas relações na sua vontade particular. Esta condição geral mantém-se no estado de dever ser e o que realmente se passa é uma sucessão de situações conformes a tais tratados e de abolições desses tratados. Nota – Não há pretores mas, quando muito, árbitros ou mediadores entre os Estados e da sua vontade dependem as contingentes arbitragens e mediações. A concepção kantiana de uma paz eterna assegurada por uma liga internacional que afastaria todos os conflitos e regularia todas as dificuldades como poder reconhecido por cada Estado, assim impossibilitando a solução que a guerra traz, supõe a adesão dos Estados; teria esta de assentar em motivos morais subjetivos ou religiosos que dependeriam sempre da vontade soberana particular, e estaria, portanto, sujeita à contingência.” [Hegel, Princípios da Filosofia do Direito, Editora Martins Fontes, pág. 303-304]

Kant e Hegel se debruçaram sobre a questão do direito internacional tendo como pano de fundo a dominante opinião dos Estados envolvidos durante a guerra européia dos 30 anos sobre solo alemão (1618-1648), como descrita principalmente por Hugo Grotius.

As nações européias formam uma família segundo o princípio geral de seu ordenamento jurídico, seus costumes, sua formação, e assim se modifica através disso o relacionamento entre os povos europeus de tal forma, onde normalmente dominaria a maldade.

É o modo de pensar do ocidente cristão que aqui aflora. No mandamento do batismo (“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações…”, Mateus 28,19), os povos são reconhecidos como jovem Jesus. Isto corresponde à terminologia {isso é, cessação} européia da guerra.

“Até na guerra como situação de violência e contingência, como situação não-jurídica, subsiste uma que é a de os Estados mutuamente se reconhecerem como tais. Nesta ligação valem eles um para o outro como existentes em si e para si, de tal modo que a guerra se determina como algo de transitório. Implica ela, portanto, o seguinte caráter concordante com o direito: até na guerra, a possibilidade da paz é preservada; os parlamentares são, por exemplo, respeitados e, em geral, nada é feito contra as instituições internas de cada Estado, contra a vida familiar do tempo de paz nem contra as pessoas privadas. Aliás, este comportamento recíproco durante a guerra (como quando, por exemplo, se fazem prisioneiros) depende dos costumes das nações, que constituem um interno caráter geral de comportamentos e se mantêm em todas as situações.” [Hegel, Princípios da Filosofia do Direito, Editora Martins Fontes, pág. 303-304]

Isto mudou radicalmente desde então. O cunho do princípio que determina o comportamento dos povos e Nações entre si – principalmente na guerra – alterou-se da Europa impregnada pelo Novo Testamento para os EUA impregnados e liderando segundo o Velho Testamento. Ponto central deste é o pensamento elitista, que não deixa lugar para o reconhecimento dos outros povos e nações. A guerra é desde o início levada mentalmente para fora das fronteiras e sobre a guerra propriamente dita, ela objetiva o extermínio do inimigo, ou seja, a niilização de sua soberania, nacionalidade e forma de pensar do povo (guerra total). A América sucumbida diante do Velho Testamento é a Existência da imoralidade pura e somente.[1] Sua linguagem é a linguagem da dissimulação, da hipocrisia (“Fale manso e tenha sempre consigo um grande porrete!”, Theodor Roosevelt). Suas guerras são – como as guerras das linhagens segundo o Velho Testamento de Judá e Israel – campanhas de extermínio.[2]

A forma embrionária desta barbárie contemporânea se formou na guerra contra os índios e principalmente na Guerra Civil norte-americana (1861-1865).

Queira comprovar este contexto um extrato da obra do militar inglês Fuller [J.F.C. Fuller, A conduta da Guerra, Biblioteca do Exército Editora, Rio de Janeiro 2002, Pág. 106 et. seq.]:

Decadência Moral

À proporção que a defensiva ganhava força, a luta se tornava mais encarniçada e indecisa, mais distante se situava o fim da guerra e mais intenso era o ódio, até que a frustração despertou um espírito de vingança no coração dos Federais contra toda a população do Sul. Antes de Grant e Sherman terem iniciado sua campanha simultânea, em 1864, a violência, com poucas exceções, tinha sido limitada à frente exterior, isto é, às forças armadas da Confederação. Agora, porém, devia também ser dirigida contra a frente interna, a população civil do Sul, isto é, contra os fundamentos morais e econômicos tanto do Governo confederado como de seu Exército. Esta modificação na direção da violência foi estimulada, como devia acontecer cada vez mais nas futuras guerras, pela crescente civilização materialista do Norte. A respeito de Lee, diz Rhodes, que, por suas características essenciais, parecia-se com Washington. Pertencia ele, portanto, ao século XVIII, à fase agrícola da História. Sherman e, em menor escala, Sheridan e outros generais federais pertenciam À fase da Revolução Industrial e seu princípio diretor era o da máquina, isto é, da eficiência. Como esta é governada por uma única lei, a de que o fim justifica os meios, não podia ser tolerada qualquer concepção moral ou espiritual ou de comportamento tradicional que a isso constituísse obstáculo.

Sherman era o expoente máximo desta volta ao barbarismo. Rompeu com as convenções da guerra do século XIX, travou-a com o aço tão impiedosamente como o fazia Calvin com a palavra. Após uma luta árdua, conquistou, em 1° de setembro de 1864, Atlanta, “a porta de entrada do Sul”, e, decidido a não deixar o inimigo à sua retaguarda, evacuou toda a população. Explicou, em carta dirigida ao General Halleck, Chefe do Estado-Maior, em Washington, que: “Se os habitantes bradarem contra minha barbaridade e crueldade, direi que guerra é guerra… Se querem a paz, devem eles e suas famílias parar de fazer a guerra.”

Para o século XIX, esta era uma concepção nova, porque significava que o fator decisivo na guerra – o de solicitara paz – passava do governo para o povo e que a pacificação era uma conseqüência da revolução. Isto significava levar o princípio da Democracia a seu último estágio e, ao mesmo tempo, a introdução da teoria do ataque psicológico – em essência a guerra marxista. De Sherman, conta-nos o Major George W. Nichols, um de seus ajudantes-de-ordens: “É um democrata na melhor acepção da palavra. Nele nada existe de europeu. É um tipo impressionante de nossas instituições.”

Mais tarde, quando Sherman empreendeu sua famosa marcha através da Virgínia, tomou este novo conceito de guerra seu princípio guia e levou a guerra tanto à população do Sul como às suas forças armadas.

Nada parecido com esta marcha fora visto no Ocidente, desde os saques de Tilly e Wallestein, na Guerra dos Trinta Anos. As guerrilhas sulistas, observa Sherman, tinham mostrado e continuavam a mostrar grande brutalidade. As atrocidades que perpetravam, porém, eram ações individuais e não atos de política. Com certa razão, Jefferson Davis chama Sherman de “o Átila do Continente Americano”.

O terror era o fator básico na política de Sherman. Eis três citações selecionadas entre um número considerável delas. “É inútil ocupar a Geórgia, antes de poder povoá-la de novo, mas a destruição completa das estradas, das casas e da população anulará seus recursos militares (…) sentir-me-ei justificado em recorrer às medidas mais duras e farei pouco esforço para conter meu exército.”

“Não estamos combatendo apenas exércitos inimigos, mas um povo inimigo e devemos fazer velhos e jovens, ricos e pobres sentirem a mão de ferro da guerra (…). A verdade é que todo o exército arde no insaciável desejo de vingar-se da Carolina do Sul. Eu quase tremo por sua sorte.”

Sherman, como Nichols, acreditava que seu exército era o “instrumento da justiça de Deus”. Hitchcock, outro ajudante-de-ordens de Sherman, afirma quase a mesma coisa: “É agora a guerra que não pode durar sempre. Que Deus nos mande a paz – não há porém paz a não ser com a completa submissão ao governo, e isto parece impossível, salvo através dos horrores de guerra.” E continua: “Sherman está perfeitamente certo – a única maneira possível de terminar este triste e atroz conflito (…) é torná-lo tão terrível, que ultrapasse qualquer resistência.”

Embora os soldados fossem proibidos de entrar nos lares civis ou de “cometer qualquer delito”, como fossem instruídos a “forragear liberalmente”, nenhuma atenção era prestada a tais proibições, e “forragear liberalmente” conduzia imediatamente ao saque e à pilhagem. Escreve Hitchcock: “Os soldados ‘forrageavam liberalmente’ – levavam todo o amendoim que secava nos telhados dos depósitos e, após havermos deixado a casa e cavalgado certa distância, víamos o celeiro, velho e frágil, em chamas…” Ontem atravessamos as plantações do sr. Stubbs. A casa, a máquina de descaroçar algodão, a prensa, as pilhas de trigo, as baias, tudo que podia queimar estava em chamas… E onde quer que nosso exército tenha passado, tudo que tinha a forma de um cachorro foi morto.”

Uma das conseqüências deste forrageamento sem restrição – na realidade rapina – foi o relaxamento da disciplina. O exército transformou-se numa turba. Hitchcock anota: “Não houve muito fogo nos flancos hoje, mas os soldados estiveram sempre ‘forrageando’ e vagueando. Para um noviço, parece que tais fatos ultrapassam as normas da disciplina.”

O próprio Sherman era impotente para interromper a injustificada pilhagem que havia desencadeado. Eis dois exemplos disso: “Há homens que fazem isso”. Dizia Sherman. “Montem-se tantas guardas que se quiser, eles entrarão furtivamente e botarão fogo. Aquele Tribunal de Justiça teve o fogo apagado – de nada serve: provavelmente toda a cidade será incendiada… Eu não ordenei isso, mas nada pode ser feito. Digo que Jefferson Davis os queimou.” “O General recomendou, muito amavelmente (em tom), para que levasse tudo que pudesse de milho, trigo etc., para dentro de sua casa, a fim de os colocar ao abrigo dos soldados.” Que confissão de fraqueza! Em 21 de dezembro, Savannah caiu nas mãos das hordas de pilhagem de Sherman, agora seguidas por milhares de negros saqueadores. No dia seguinte, ofereceu-se como um presente de Natal ao Presidente Lincoln. Seguiu-se então a devastação das Carolinas. Sherman estima os danos causados na Geórgia em cem milhões de dólares, vinte dos quais apenas “em nosso benefício”: o restante representava “simples desperdício e destruição”.

Tal selvageria desagradava a numerosos oficiais de Sherman, principalmente aos generais J. C. Davis, H. W. Slocum, J. R. Hawley e J. Kilpatrick. O próprio Hitchcock considerava-a, sob o ponto de vista moral, errada. O historiador Ropes observa, corretamente, que as “operações militares não são executadas com a finalidade de punir faltas políticas” e, portanto, “se Sherman, intencionalmente destruía ou era conivente com a destruição de bens não necessários ao suprimento de seu exército ou do exército inimigo, violava um dos cânones fundamentais da guerra moderna e conduzia a guerra dentro de princípios obsoletos e bárbaros”. E assinala, com razão, que as depredações do exército de Sherman tiveram pouca influência nas operações de Grant na Virgínia.

 

As conseqüências da Guerra

Uma das coisas mais estranhas a respeito de Sherman é que no pedestal de sua estátua, em Washington, estão inscritas as nobres palavras certa vez pronunciadas por ele: “O legítimo objetivo da guerra é uma paz mais perfeita.” Não obstante, não podia, manifestamente, admitir que a pilhagem e o incêndio intencional não são meios próprios para obtê-la. Infelizmente, a crueldade na qual se apoiou continuou durante a paz que se seguiu à guerra.

Em 14 de abril de 1865, cinco dias depois da rendição de Lee, o Presidente Lincoln foi assassinado e o julgamento dos pretensos conspiradores devia permanecer durante oitenta anos como a maior paródia da justiça, quando o tema monotonamente repetido pelo assistente do promotor da justiça militar foi novamente explorado. O tema era o seguinte: “A rebelião, em proveito da qual foi montada esta conspiração e cometido este grande crime contra um homem público, foi (…) em si (…) uma conspiração criminal e um assassinato gigantesco.” Conseqüentemente, toda a população do Sul estava condenada.

Embora a guerra civil causasse a ruína do Sul e seus males fossem agravados pela vingança no decorrer dos anos da reconstrução, trouxe para o Norte a vitória e uma prosperidade sem precedentes.

“Jamais antes”, escreveram Morison e Commager, “tinha o povo americano mostrado maior vitalidade; jamais, desde então, foi sua vitalidade conseguida por mais imprudente irresponsabilidade. Para a geração que salvara a União, tudo parecia possível: não havia outro mundo, a não ser o do espírito, que não pudesse ser conquistado. Os homens lançavam-se pelo continente com desenvoltura brutal como se fossem arrebatar sua riqueza.”

Os recursos do novo império eram quase inesgotáveis: abundavam o ferro, o carvão, o petróleo, o trabalho e a energia pessoal. As invenções fluíam das pranchetas de desenho, as mercadorias, das fábricas, e o trigo, dos campos, enquanto centenas de milhares de emigrantes acorriam para as cidades e as planícies.

Dentro de duas gerações depois de terminada a guerra, os Estados Unidos tornaram-se a maior potência capitalista e industrial do globo. Stephen Vincent Benét denomina-os de “a grande besta metálica” e descreve seu aparecimento na luta titânica da guerra civil nestas terríveis linhas:

Dos músculos poderosos de John Brown surgiram os arranha-céus,

De seu coração se elevam as monótonas construções,

Rebites e vigas, motores e dínamos,

Colunas de fumaça durante o dia e de fogo à noite,

As cidades com a fisionomia de aço que alcançam os céus,

Toda a enorme ossatura animada

Ornada com austeras jóias da luz elétrica,

Enfumaçada com a tristeza, enegrecida com o esplendor,

De tom mais pálido do que a seda de Damasco para uma noiva de cristal

Com sóis de metal, a era dominada pela máquina

O gênio que criamos para governar a terra.

Com o aparecimento de um exército norte-americano em solo europeu (1917), o direito dos povos europeus sucumbiu. Em seu lugar apareceu a barbárie travestida de Direitos Humanos.

Woodrow Wilson enganou a liderança do Reich alemão ainda com a promessa do direito à auto-determinação dos povos. Ele referenciava, porém, somente à vivissecção de ambos últimos impérios em solo europeu. A ilusão do elitismo judaico no Novo Mundo, presente agora também como potência mundial, não admite os povos e nações como comunidades auto-determinadas.[3] Eles devem sucumbir: “Submissão através da escravidão pelos juros ou a morte!”.[4] Esta foi e é a fórmula da política externa norte-americana desde 1898. A fraude de Wilson foi somente um estágio a caminho do império nefasto dos Direitos Humanos, instituído por Franklin Delano Roosevelt. Nele, a idéia da soberania das nações foi crucificada.[5] Em um mundo globalizado, existe por um lado somente os EUA e seus aliados e por outro, os Estados Terroristas. Estes últimos pertencem ao “Eixo do Mal” e devem ser eliminados (Bush Filho).

{Para o leigo, a política externa dos EUA é dirigida e efetuada, em seu modo decisivo, por americanos, vale dizer a grosso modo, por descendentes sanguíneos de europeus. No entanto, os postos decisivos estavam ocupados quase exclusivamente por judeus: Duas dezenas de neoconservadores judeus haviam sido introduzidos por Dick Cheney (vice-presidente dos EUA de 2001 a 2009) em posições-chave, incluindo (na foto acima da esquerda para direita) Richard Perle, Paul Wolfowitz e Douglas Feith no Pentágono, David Wurmser no Departamento de Estado, e Philip Zelikow e Elliott Abrams no Conselho de Segurança Nacional. Todos judeus.} 

{Comenta Laurent Guyénot: “Do ponto de vista bíblico, as nações devem reconhecer a soberania de Israel e seus reis ‘prostar-se-ão diante de ti [Israel] com o rosto em terra’ (Isaías 49:23), ou serem destruídos. Jeová disse a Israel que identificou ‘sete nações mais poderosas e numerosas do que tu’, que ‘tu as derrotarás e as sacrificarás como anátema {equivalente a autorização para aniquilação total}’ e não ‘e não as trataras com piedade’. Quanto aos seus reis, ‘apagarás o seu nome de sob o céu’ (Deuteronômio 7:1-2, 24). E nós lembramos que, de acordo com o falso delator Wesley Clark {ver nota 7: https://www.youtube.com/watch?v=iY96Z5Mqn40} filho de Benjamin Jacob Kanne, os neoconservadores tinham planos para destruir precisamente sete nações – outra prova de que eles estão possuídos por Jeová.”}

Eles matam do homem até à mulher, desde os meninos até aos de peito, desde os bois até às ovelhas, e desde os camelos até aos jumentos (1. Samuel 15,3), e se vêem – manchados de sangue que estão – como executores voluntários de seu Senhor dos Exércitos, que está indignado sobre todos não-judeus. Estes são entregues aos judeus para a matança. E seus mortos serão arremessados e dos seus cadáveres subirá o seu mau cheiro; e os montes se derreterão com o seu sangue (Isaías 34,2-3).

{Para fim de rigor literário seguem abaixo as duas passagens bíblicas acima procedendo da tradução contida na Bíblia de Jerusalém, da École biblique de Jérusalem (Escola Bíblica e Arqueológica Francesa de Jerusalém). É preciso registrar que, ao menos a edição em português, a tradução da Bíblia de Jerusalém atenua muito através da escrita o impacto da violência, crueldade e agressividade o teor das passagens bíblicas, especialmente as do Antigo Testamento

1. Samuel 15,3 – Guerra contra os amalecitas: “Vai, pois agora, e investe contra Amalec, condena-o ao anátema com tudo o que lhe pertence, não tenhas piedade dele, homens e mulheres, crianças e recém-nascidos, bois e ovelhas, camelos e jumentos.”

Isaías 34,2-3: “... porque a cólera de Jeová atinge todas as nações, seu furor, todo o seu exército. Anatematizou-as, entregou-as a matança. Seus mortos são lançados fora, o mau cheiro dos seus cadáveres se espalha, os montes se inundam com seu sangue”.} [6]

Deste culto não cresce mais qualquer moral que poderia cuidar da guerra. O grande morticínio através da máquina de extermínio em massa judaico-norte-americana prevalecerá até o momento em que os povos reconhecerem o Diabo no Senhor dos Exércitos, Jeová, e o cassem até o Inferno.[7]

Eles nos condicionaram como o cachorro de Pavlov, para que, quando a palavra “Direitos Humanos” for pronunciada, nós lambamos sua saliva e, a nós mesmo, nosso povo, esqueçamos.[8]

Mais do que nunca, o estado primitivo domina as relações com esta potência. O maior dos mandamentos é a preservação de todos os povos contra o poder do Diabo. Razoável – e neste sentido legal – é tudo que enfraqueça o Diabo e fortaleça os povos.

A guerra lançou a tecnologia de extermínio a um patamar, que o centro da força militar que serve para o extermínio não é mais formado pelas tropas da potência estabelecida. A sociedade capitalista como um todo é o centro de gravidade. A diferenciação entre combatentes e civis – se isso nos agrada ou não – se tornou sem sentido. Os soldados, que cumprem seu dever com boa fé, são tão inocentes ou culpados, como o cientista que desenvolve armas climáticas; como a universidade que forma cientistas; e como o padeiro que alimenta os professores, os técnicos da artilharia e os soldados.

{Horst Mahler (1936-2025) foi um advogado, revisionista e ativista político alemão. Ele estudou direito na Universidade Livre de Berlim com o apoio da Fundação Nacional Alemã de Mérito. Com atuação militante tanto na denominada esquerda quanto na denominada direita, Horst Mahler teve seus maiores condenações, incluindo prisão na condição de octogenário, por delito de opinião.}

As populações na sala de criadagem de Moloch levam a vida ainda de mimados escravos domésticos. Eles têm à mão a possibilidade de libertar a si mesmo e os povos através da rebelião. Se eles não cumprem este dever e canalizam sua força vital na máquina de extermínio em massa, eles se encontram na área de revide militar dos povos. Eles não devem apelar para a compaixão e solidariedade dos esfolados e daqueles privados de seus direitos. A partir de agora eles não serão mais ouvidos.

Tradução e edição por Marcelo Franchi

Palavras entre chaves e edição por Mykel Alexander

Notas:

[1] Nota de Mykel Alexander: Sionismo, Cripto-Judaísmo e a farsa bíblica - parte 1, por Laurent Guyénot,26 de março de 2023, World Traditional Front. (parte 2 na sequência do próprio artigo).

https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2023/03/sionismo-cripto-judaismo-e-farsa.html

[2] Nota de Mykel Alexander: Ver especialmente:

- Israel vs. Direito Internacional: Quem vencerá?, por Laurent Guyénot, 7 de julho de 2024, World Traditional Front.

https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2024/07/israel-vs-direito-internacional-quem.html

- Deus, os judeus e nós – Um Contrato Civilizacional Enganoso, por Laurent Guyénot, 14 de julho de 2024, World Traditional Front.

https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2024/07/deus-os-judeus-e-nos-um-contrato.html

- O truque do diabo: desmascarando o Deus de Israel – parte 1, por Laurent Guyénot, 9 de abril de 2023, World Traditional Front. (As demais partes na própria sequência do artigo).

https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2023/04/o-truque-do-diabo-desmascarando-o-deus.html

- A Psicopatia Bíblica de Israel, por Laurent Guyénot, 03 de março de 2024, World Traditional Front.

https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2024/03/a-psicopatia-biblica-de-israel-por.html

- O Evangelho de Gaza - O que devemos aprender com as lições bíblicas de Netanyahu, por Laurent Guyénot, 08 de março de 2024, World Traditional Front.

https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2024/03/o-evangelho-de-gaza-o-que-devemos.html

[3] Nota de Mykel Alexander: Ver especialmente:

- Grande rabino diz que não-judeus são burros {de carga}, criados para servir judeus, por Khalid Amayreh, 26 de abril de 2020, World Traditional Front.

https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2020/04/grande-rabino-diz-que-nao-judeus-sao.html

- Ex-rabino-chefe de Israel diz que todos nós, não judeus, somos burros, criados para servir judeus - como a aprovação dele prova o supremacismo judaico, por David Duke, 3 de maio de 2020, World Traditional Front.

https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2020/05/ex-rabino-chefe-de-israel-diz-que-todos.html

- “O vice-Presidente Biden reconhece o ‘imenso’ papel judaico nos meios de comunicação de massa e vida cultural americana”, por Mark Weber, 05 de março de 2020, World Traditional Front. https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2020/03/o-vice-presidente-biden-reconhece-o.html

[4] Nota de Mykel Alexander: Desnacionalização da Economia {Por que a economia no Nacional-Socialismo Alemão (nazismo) foi odiada pelos Aliados?}, por Salvador Borrego, 28 de outubro de 2018, World Traditional Front.

https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2018/10/desnacionalizacao-da-economia-por.html

[5] Nota de Mykel Alexander: Por que os EUA preferiram se aliar com a URSS contra a Alemanha e não com a Alemanha contra a URSS?, por Salvador Borrego, 4 de maio de 2025, World Traditional Front.https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2025/05/por-que-os-eua-preferiram-se-aliar-com.html 

[6] Nota de Mykel Alexander: As passagens bíblicas deste artigo procedem da versão traduzida publicada como Bíblia de Jerusalém (1ª edição, 2002, 12ª reimpressão, 2017, Paulus, São Paulo), da École biblique de Jérusalem (Escola Bíblica e Arqueológica Francesa de Jerusalém), a qual é vertida diretamente do hebraico, do aramaico e do grego para o português, de modo que nos textos do Antigo Testamento a divindade judaica é traduzida como Yahweh, mas, por fins didáticos, usarei a forma simplificada de Jeová.

[7] Nota de Mykel Alexander: Ver especialmente:

- O truque do diabo: desmascarando o Deus de Israel – parte 1, por Laurent Guyénot, 9 de abril de 2023, World Traditional Front. (As demais partes na própria sequência do artigo).

https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2023/04/o-truque-do-diabo-desmascarando-o-deus.html

[8] Nota de Mykel Alexander: Ver:

- Nota do tradutor: Igualdade: o caminho para uma vida sem sentido - por Alex Kurtagić, 21 de junho de 2020, World Traditional Front.

https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2020/06/igualdade-o-caminho-para-uma-vida-sem.html

- Igualdade: uma justificativa de privilégio, opressão e desumanidade, por Alex Kurtagić, 28 de junho de 2020, World Traditional Front.

https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2020/06/igualdade-uma-justificativa-de.html


Fonte: O Direito e a “Grande Besta Metálica”, por Horst Mahler, Inacreditável.

https://inacreditavel.com.br/wp/o-direito-e-a-grande-besta-metalica/

Sobre o autor: Horst Mahler (1936-2025) foi um advogado, revisionista e ativista político alemão. Ele estudou direito na Universidade Livre de Berlim com o apoio da Fundação Nacional Alemã de Mérito. Com atuação militante tanto na denominada esquerda quanto na denominada direita, Horst Mahler teve seus maiores condenações por delito de opinião.


quinta-feira, 24 de julho de 2025

Páscoas Sangrentas do Dr. Toaff – Acompanhamento - por Israel Shamir

Continuação de As Páscoas Sangrentas do Dr. Toaff - por Israel Shamir

Israel Shamir


{Registro do revisor: a maior parte das notícias dos grandes jornais, referenciadas nas notas, foram no decorrer dos anos, retiradas do net, aqui especificamente do jornal israelense Haaretz, evidenciando a falta de compromisso para com a verdade da mídia pró-sionista}

 

A tempestade causada pela publicação do livro Passovers of Blood[1] do Dr. Toaff não está diminuindo. O torturado e quase crucificado professor Toaff é forçado a um novo ato de arrependimento todos os dias.[2] O Haaretz relatou que agora “Ele quer deixar claro que os judeus de Trento não assassinaram Simão ou qualquer outra criança cristã para propósitos rituais. Toaff também deixará claro que o sangue de cristãos mortos não poderia ter sido usado, seja em alimentos, bebidas ou para fins medicinais ou mágicos, porque o sangue comercializado por judeus e cristãos na época veio de doadores vivos, não de cadáveres. Sua conclusão é que os judeus não poderiam ter assassinado crianças cristãs por seu sangue.” Se eles apertassem um pouco mais o parafuso, Toaff confessaria que assassinou São Simão pessoalmente para colocar a culpa em judeus livres de culpa.

O parlamento israelense (Knesset) planeja mandar o Dr. Toaff para a cadeia.[3] A negação do Holocausto já é uma ofensa criminal; mas a negação do horror de Trento é um dever. Negacionista, ou negador, é agora um termo para um judeu que nega os sacrifícios de sangue. Este e outros itens interessantes estão disponíveis em italiano no site do nosso ousado amigo italiano Claudio Moffa[4].

{O acadêmico judeu Dr. Ariel Toaff (1942-) sofreu total pressão do judaísmo internacional para silenciar seu trabalho sobre atividades judaicas de rituais de sangue durante a Idade Média.}

Antes de continuar com a cobertura, vejamos as cartas dos leitores:

Ian Buckley escreveu:

Como um vento frio do passado – então era verdade afinal, em maior ou menor parte.

Mas deve ter sido verdade – ou por que mais o último livro de Burton teria sido suprimido por 100 anos? Ou por que mais o santuário do menino Hugh de Lincoln seria clandestinamente desmantelado pelo Reitor e pelo Capítulo da Catedral de Lincoln? Mais sobre o pequeno Hugh de Lincoln: cerca de 4 ou 5 anos atrás, lembro-me de uma notícia sobre um bom e velho ‘excêntrico’ britânico que foi preso após distribuir panfletos sobre o caso. Mas o julgamento por esse ‘crime’ nunca ocorreu, pois de repente foi decidido de cima para baixo que ‘não seria do interesse público prosseguir’.

Os registros do tribunal relativos ao caso original de 1255 ainda estão fechados, eu acredito. Enquanto alguns dos acusados foram enforcados após o julgamento — realizado em parte na frente do próprio Henrique III — outros foram absolvidos e soltos, o que dificilmente se enquadra no conceito de justiça popular. A tortura também não foi usada nos réus.

Talvez deva ser melhor visto como consequência de uma ideologia. Mas de forma alguma judeus individuais que não compartilham ou defendem essa ideologia devem ser culpados. Há outro lado. Adam {Israel Adam Shamir}, recentemente eu vi um filme antigo, ‘A Kid for Two Farthings’, que era obviamente quase totalmente judaico em seu ambiente e contexto. Ele retratava um mundo que era muito mais humano e normal em todos os sentidos do que a Grã-Bretanha vulgar, louca e degenerada de Blair. Da mesma forma, uma das minhas cantoras favoritas, Alma Cogan, é lembrada como uma pessoa totalmente decente e amorosa.

Nós sabemos como a ‘igreja’ judaica deve ser considerada – você é seu Voltaire – mas os judeus individuais podem ser bons, maus ou indiferentes, assim como todos os outros.

Shamir respondeu:

Com certeza, Ian, “Mas de forma alguma os judeus individuais que não compartilham ou defendem essa ideologia devem ser culpados. Há outro lado.” Isso é tão verdadeiro quanto o fato de que os ingleses individuais não devem ser culpados por Harris, o Bombardeiro, pelos assassinatos em massa na Índia, pelo bombardeio de Kagoshima, pela invasão da América do Norte... Há outro lado, a Inglaterra de Shakespeare e Chesterton, dessas lindas igrejas das quais você me envia tantas fotos, do chá da tarde, das donzelas esbeltas etc. Este é o mundo, esta é a humanidade, e as más ações de nossos ancestrais estão lá para nos manter modestos, enquanto suas boas ações estão lá para aspirarmos.

 

De John Powell, Flórida

Israel {Shamir},

Eu acabei de ler sua resenha maravilhosamente longa do livro de Toaff. Sua resenha é brilhante!! Incrível!!! Uma obra-prima!!!!

Especialmente poderosa e perspicaz foi sua observação do fato de que pessoas como Dershowitz são a favor da tortura (e confiantes nos resultados da tortura) quando a tortura é cometida contra muçulmanos; mas esses mesmos tipos de Dershowitz são contra a tortura (e menosprezam os resultados da tortura) quando o tópico é tortura cometida contra judeus. Gênio!!!!! Sua mente é um universo magnífico!

Você vai a lugares internos e vê elementos internos, que não são visitados nem vistos por ninguém, exceto você! Brilhante!!!!! Vida longa a Israel Adam Shamir!!!!!!

John Powell

Flórida, EUA

 

De Tarik Hussein, Dinamarca

Eu realmente AMEI seu artigo sobre São Simão, ficar do lado de crianças assassinadas de repente parece original, o que é instigante e altamente divertido. Alguém deveria dar uma olhada na abordagem humorística sobre isso. Eu quero dizer, aqui nós temos isso de redutos científicos, confirmado pela extrema sensibilidade e negações frenéticas de todos os Grandes e Bons Judeus, que os judeus realmente gostam de devorar o sangue de crianças cristãs na Páscoa, os cristãos deveriam pensar sobre isso antes de contratar uma babá judia. Eu certamente posso imaginar Abe Foxman preferindo encher sua cara taça de vinho com sangue fresco de bebê cristão, ou comer seu pão matinal com manteiga feita de gordura de criança cristã, comendo cérebros de fetos cristãos como iguarias...

Só que falando sério, o fato de alguns judeus se sentirem genuinamente perturbados em nome de todos os judeus por causa de algo assim é, francamente, uma piada doentia, mas também muito engraçada!

Tarik

 

Do Prof. Manifacier

Eu li sua resenha do livro do Dr. Toaff com grande interesse. Até hoje, essas histórias de assassinatos rituais eram apenas um exemplo de propaganda antissemita, só para dizer que não estou familiarizado com histórias sobre esses assassinatos e nunca ouvi falar do Dr. Ariel Toaff antes.

No entanto, eu dei uma olhada rápida em algumas das referências, em particular a versão “católica” e a “judaica” desses eventos. A versão judaica começa com uma previsão do “semidemente” (existe uma prova disso?) frade franciscano Bernardini de Feltre: ….. “prevendo “que na próxima Páscoa judaica um assassinato ritual ocorreria”. Novamente, há uma prova, e qual, (sem fofocas) dessa previsão? E assim por diante… essa versão me parece de valor duvidoso. A “versão católica” também pode ser criticada, mas não da mesma maneira.

Alguns pensamentos me vieram à mente:

1- Se as confissões dos “assassinos” eram inaceitáveis, porque obtidas sob “tortura física”, por que a retratação do Dr. Toaff, rabino filho de rabino, seria aceita quando obtida sob “tortura mental”?

2- Há algo a ser escrito sobre esse aumento de “retratações públicas altamente elogiadas”. Tenho em mente uma recente e rápida do presidente J. Chirac sobre as armas atômicas iranianas que não eram tão perigosas assim. (isto de uma entrevista que ele deu a jornalistas do NYT {New York Times} e do Nouvel Observateur).

3- Mais genericamente, como nós podemos discutir livremente eventos históricos antigos quando nossa história em tempo real é distorcida diariamente pelas mesmas pessoas que deveriam nos informar? Para dar um exemplo, como as gerações futuras interpretarão ou aprenderão sobre essas ignomínias: iraquianos, palestinos etc. sofrendo, se a mentalidade neoconservadora prevalecer nas notícias?

4- “Herodes... banhando-se no sangue de bebês” (talvez verdade) me lembrou de uma história da Fox News onde um dissidente iraquiano estava explicando que Saddam Hussein estava tomando banho no sangue de suas vítimas (provavelmente falso).

Você faz muito por mais justiça na Palestina e em outros lugares. Eu aprecio seus artigos (e os de Gilad Atzmon e outros). É bastante angustiante quando nós percebemos que as próprias pessoas que nós tentamos proteger podem ainda não apreciar nossa luta. Mas, afinal, a compaixão é o único mundialismo de que eu gosto. Esta é uma longa luta e no final a ideia platônica de beleza, seja verdade ou justiça real, prevalecerá.

Tome cuidado, JCM

 

De: Thomas, Hollywood,

Saudações da América, onde ainda desfrutamos de alguma liberdade de pensamento e religião, por enquanto. Eu gostei muito do seu artigo, Páscoas Sangrentas do Dr. Toaff, realmente interessante e assustador, especialmente para alguém como eu, que trabalha em uma indústria sob o controle de muitos judeus do Leste Europeu. É melhor eu ter cuidado com o que filmo!

Desde que eu descobri seu site, tenho gostado de ler e obtive muito esclarecimento sobre o seu fim do mundo, muito obrigado!

Atenciosamente,

Thomas, Diretor.

 

De David Duke (para poupar sua indignação para ocasiões melhores: Duke não é membro da KKK há cerca de 30 anos, e desde então ele provou ser um antissionista destemido. Ele visitou Damasco e Teerã, então ele é amigável com os muçulmanos. Um amigo de Louis Farrakhan, ele não deve ser considerado um inimigo dos negros, também).

Que artigo maravilhoso e extremamente brilhante você escreveu sobre as Páscoas Sangrentas do Dr. Toaff! Sua justaposição da invalidação de confissões sob torturas em Guantánamo, Israel e Nuremberg: inestimável. Seu uso da linguagem foi preciso e artístico do começo ao fim. É incrível que você não seja um falante nativo de inglês, mas você escreve melhor do que 99% dos principais escritores de inglês que são publicados hoje.

Eu escrevi um pequeno comentário sobre o assunto e seu artigo e coloquei alguns parágrafos do artigo com um link para seu site. Eu espero que traga muito tráfego, pois o davidduke.com está atualmente obtendo uma audiência incrível hoje em todo o mundo.

 

E agora voltando ao Dr. Toaff e sua pesquisa.

“Um estudo de pesquisa como este, publicado supostamente em nome da liberdade acadêmica, corrói a validade moral de proibir a negação do Holocausto”, disse o Dr. Ron Breiman,[5] um membro do direitista Professors for a Strong Israel. “Mesmo que, factualmente, o estudo de Toaff esteja correto, ele não é bom para os judeus” e, portanto, não deveria ocorrer.

Por que a pesquisa de Toaff é importante? Rituais de magia negra com sangue eram praticados por judeus e não judeus na Idade Média e assim em diante. Michael Pellivert corretamente, se cinicamente, disse:[6] “E supondo que eles bebessem sangue?” Os judeus querem se sentir superiores: todos podem ser lembrados de uma falha ou crime cometido por seus ancestrais, mas os judeus têm que se sentir como um Ubermensch {Sobre-Humano} Sagrado. Contudo, os judeus perdem em comparação.

A diferença entre judeu e não judeu é que o não judeu não teria a proteção de sua comunidade. Para um feiticeiro assassino não judeu, ninguém irá subornar bispos e cúrias, reis e juízes. Um assassino judeu – seja um feiticeiro ou um simples assassino em massa como Sharon – sempre será protegido pela comunidade judaica. Seu crime será negado ou minimizado, enquanto crimes contra judeus são capitalizados.

O estudo do Dr. Toaff pode ajudar nossos amigos superenvolvidos com a narrativa do Holocausto a ver a luz. Esta narrativa é uma significação de-jour {tema do dia} de proclamar o sofrimento eterno dos judeus e de causar sentimentos de culpa entre os goyim {os não-judeus}. Quando se lê textos judaicos e judeófilos pré-guerra, percebe-se que o lugar atualmente ocupado pelo Holocausto não estava vago; foi tomado por outras narrativas: pelos pogroms na Rússia, pelos julgamentos de Dreifus, pela Inquisição, pela expulsão da Espanha, pela destruição do Templo e, em grande medida, pelo “libelo de sangue”.*1 Essas narrativas causaram a criação de contranarrativas: a narrativa dos pogroms foi desmascarada com sucesso por Kozhinov, etc. e agora o “libelo de sangue” foi combatido pelo Dr. Toaff e pelo Dr. Yuval.

Em um blog de paródia engraçada http://dannysteinberg.blogspot.com/ há uma proposta de como lidar com qualquer referência a tal delito: Se um goy {não-judeu} alguma vez trouxer isso à tona novamente, acuse-o de antissemitismo. Dê a ele aquele olhar fulminante e hipócrita e diga “Você está trazendo à tona essa velha mentira antissemita, de novo? Daqui a pouco você estará citando os Protocolos dos Sábios de Sião! Por quanto tempo devemos sofrer em suas mãos?” HAHAHA. Sempre mencione os “Protocolos dos Sábios de Sião”. Isso realmente os envergonha.

Os judeus não são livres para indagar, a menos que suas indagações levem ao Bem para os judeus. E o que não é bom para os judeus, perguntou Lily Galili no Haaretz:

Teria sido muito mais fácil descartar o livro se o autor fosse cristão. Então o dilema poderia ter sido rapidamente resolvido rotulando o acadêmico como antissemita. Também é fácil dispensar judeus radicais da diáspora que não apenas atacam as políticas de Israel, mas também às vezes desafiam seu próprio direito de existir. Eles podem ser simplesmente apelidados de judeus que odeiam a si mesmos. O assunto se torna muito mais complicado quando um acadêmico judeu de uma universidade judaica religiosa toca em uma questão que desperta medos judaicos primordiais.

“Estou menos preocupado com as ramificações na Europa, que atualmente está passando por um processo de secularização”, disse o professor Israel Jacob Yuval, da Universidade Hebraica de Jerusalém, que ensina história judaica. “No entanto, estou muito preocupado com as reações no mundo islâmico, onde uma história como essa poderia inflamar paixões e ser utilizada para outros propósitos.”

Yuval, que rejeita totalmente a possibilidade de qualquer verdade por trás dos libelos de sangue, dada a natureza precária da existência da minoria judaica na Europa medieval, tornou-se alvo de ataques acadêmicos em conexão com esse tópico emocionalmente carregado. Em 1993, ele publicou um artigo no qual argumentava que os libelos de sangue europeus do século XII estavam relacionados ao comportamento judaico durante a Primeira Cruzada, quando, em atos de martírio, os judeus cometeram suicídio e mataram seus próprios filhos. Yuval investigou a maneira como os relatos desses atos foram distorcidos na cristandade, onde foi alegado que, se os judeus pudessem matar seus próprios filhos, eles certamente estavam matando crianças cristãs. Embora ele argumentasse que os libelos de sangue eram infundados e eram apenas uma fantasia cristã, ele foi severamente atacado por seus colegas acadêmicos. Artigos acadêmicos sustentavam que ele havia responsabilizado as vítimas judias pelos libelos de sangue e que ele estava desecrando seu martírio. Mais tarde, ele soube que as pessoas até pediram sua demissão do corpo docente. Apesar de suas próprias experiências, ele não acredita que os acadêmicos devam se abster de publicar o que consideram descobertas válidas.

Embora {a Universidade} Bar-Ilan alegue que não tem intenção de prejudicar a posição acadêmica de Toaff, todo o caso levanta a questão da liberdade de expressão acadêmica em Israel. A questão se tornou um assunto de debate público na controvérsia sobre uma tese de mestrado da Universidade de Haifa. Theodore Katz, um estudante de pós-graduação, argumentou que a Brigada Alexandroni das Forças de Defesa de Israel conduziu um massacre na vila árabe de Tantura durante a Guerra da Independência de Israel. Em uma carta que o comandante da operação circulou entre os antigos membros da brigada, ele alegou que os “sentimentos de frustração e humilhação são apenas comparáveis às emoções geradas por um libelo de sangue.”

Alguns estudiosos israelenses afirmam que os pesquisadores devem se autocensurar e devem sempre considerar se seu trabalho é ou não “bom para os judeus”.

O historiador Moshe Zimmerman, professor da Universidade Hebraica, vivenciou pessoalmente essa censura. Zimmerman, que adora ser provocativo, certa vez declarou que os colonos judeus em Hebron estavam criando seus filhos seguindo os moldes da Juventude Hitlerista. Até hoje, ele argumenta que a analogia foi produto de pesquisa acadêmica. O resultado foi desanimador. “Meus colegas exigiram que eu fosse demitido”, ele lembrou. “Embora eu não tenha sido demitido, minhas possibilidades de promoção na universidade diminuíram. No meu caso, como no de Toaff, houve rumores de que ‘os doadores da universidade estão começando a ficar chateados’. E isso certamente é uma ameaça.”

Outra resposta interessante é um longo artigo do Dr. Ronnie Po-chia Hsia,[7] um acadêmico de Yale de origem Hong Kong, que escreveu um livro sobre o assassinato de Trento.

Ele começa com: “No domingo de Páscoa de 1475, o corpo de um menino cristão de 2 anos chamado Simão foi encontrado no porão da casa de uma família judia em Trento, Itália.”

A Jewish encyclopedia diz que a criança foi encontrada nas proximidades de uma casa judaica. Mas o especialista diz “A criança foi encontrada no porão de certos judeus”, e ela não chegou lá sozinha. No entanto, o homem de Yale não se importa com a criança morta e não tenta explicar como o corpo foi encontrado lá, e quem e o que o mutilou. Ele diz insensivelmente: “A Páscoa foi realmente sangrenta, mas foi o sangue dos judeus que testemunhou uma fantasia violenta nascida da intolerância.” E quanto ao sangue de crianças assassinadas, Po-chia Hsia? Elas não eram judias, provavelmente não seriam seus empregadores, mas eram humanas! Como você ousa negar o sangue delas?

“Em uma série de interrogatórios que envolveram uso liberal de tortura judicial, os magistrados obtiveram as confissões dos homens judeus.” Po-chia Hsia constrói seu caso na palavra Tortura. Se os acusados foram torturados, suas confissões são inválidas, ele alega. O acusado “acreditava firmemente que é certo que os judeus matem crianças cristãs e bebam seu sangue. Ele queria ter sangue cristão na Páscoa”. Tudo se deve à Tortura, diz o estudioso de Yale.

{O historiador chinês Po-Chia Hsia (1955-), de Hong-Kong, enclave ocidental na China, pese seus méritos e seu acolhimento no Ocidente, empenha seus estudos precisamente em mitigar os fatos e polêmicas da questão judaica, recebendo uma Bolsa Guggenheim para Ciências Humanas, o que foi conveniente tanto para ele quanto para quem se beneficia em manter a questão judaica menos compreendida de modo claro, amplo e profundo.}

Po-chia Hsia falta ao ponto, pois o Estado italiano e as autoridades da igreja do século XV agiram humanamente ao aplicar tortura aos judeus, pois esta era a aplicação da lei judaica aos judeus, já que a lei judaica aprova a tortura. Foi o que nos foi dito não apenas por Alan Dershowitz, mas por um especialista judeu em ética, o rabino Dr. Asher Meir, do Business Ethics Center de Jerusalém, em um artigo com o título atraente The Jewish Ethicist – The Ethics of Torture.[8] Foi perguntado a ele: “O que o judaísmo diz sobre torturar suspeitos para obter informações que salvam vidas?” e ele responde:

“Qualquer pessoa com informações que salvam vidas é obrigada a revelá-las (dever de resgate), e que o direito de autodefesa justificaria ações agressivas para obrigar o conhecedor a revelar suas informações... Ao deixar de agir, o informante em potencial torna possível que uma calamidade ocorra... Portanto, fica claro que a lei da perseguição sanciona qualquer forma de força corporal, incluindo mutilação, quando necessário para preservar a vida da vítima... Na lei judaica, o ponto crucial do argumento é a obrigação do próprio informante de ajudar os outros. Dessa forma surpreendente, a sanção pela tortura se torna uma expressão de sua humanidade, em vez de sua desumanidade. Temos permissão para causar-lhe dor precisamente porque insistimos, a despeito de sua inimizade, em vê-lo como alguém que tem suas próprias obrigações éticas para com seus semelhantes.”

Assim, os investigadores da igreja foram “autorizados a causar dor [aos judeus] precisamente porque insistimos, a despeito de sua inimizade, em vê-los como alguém que tem suas próprias obrigações éticas de ajudar seus semelhantes”. Em suma, “a sanção para tortura se torna uma expressão de sua humanidade”; e os judeus aplicaram essa norma em muitas prisões israelenses, na prisão de al-Khiayam no sul do Líbano ocupado, e como conselheiros de Abu Ghraib. Então, o que há de errado em aplicar essa norma judaica aos judeus?

A tortura é mais comum nos EUA, como você pode ler aqui.[9]

O estudioso de Yale continua: “O papa interveio e suspendeu o julgamento. Apelos das comunidades veneziana e judaica levaram Sisto IV a nomear o dominicano Baptista Dei Giudici, bispo de Ventigmiglia, como comissário apostólico para investigar o caso. O Decretum de 1247 do Papa Inocêncio IV proibiu julgamentos de assassinato ritual por conta dos abusos judiciais envolvidos e da violência contra os judeus. A tarefa de Dei Giudici, portanto, era precisamente ver se abusos e violência excessiva estavam envolvidos no procedimento judicial em Trento.”

Você consegue imaginar que um Decretum do Papa ou um Decreto do Presidente proibiria julgamentos de clérigos por acusações de pedofilia? Ou julgamentos de banqueiros por acusações de fraude? A Santa Sé estava em dívida com os judeus e agia como seu protetor. O Bispo de Ventigmiglia deveria impedir o julgamento, mas o povo não permitiu. De fato, as elites sempre foram boas com os judeus, são as pessoas comuns e simples que sofreram e, portanto, eram hostis a eles.

Esta história não acabou para o Dr. Toaff, que está sendo perseguido por sua devoção à verdade. Esta história não acabou, porque cada centímetro da autojustiça hipócrita judaica é usada para pressionar o Irã e atacar Gaza. Esses caras não estão contentes em governar as mentes americanas e europeias: eles querem permanecer governantes invisíveis e mártires santos. Isso deve ser negado.

Tradução por Dignus {academic auctor pseudonym - studeo liber ad collegium}

Revisão e palavras entre chaves por Mykel Alexander

Notas

[1] Fonte utilizada por Israel Shamir: The Bloody Passovers of Dr Toaff, por Israel Shamir, The Writings of Israel Shamir.

http://www.israelshamir.net/English/Eng11.htm

{Em português: As Páscoas Sangrentas do Dr. Toaff, por Israel Shamir, 23 de março de 2025, World Traditional Front.

https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2025/03/as-pascoas-sangrentas-do-dr-toaff-por.html

- The Bloody Passovers of Dr Toaff, por Israel Shamir, 17 de fevereiro de 2007, The Unz Review – An Alternative Media Selection.

https://www.unz.com/ishamir/the-bloody-passovers-of-dr-toaff/ }

[2] Fonte utilizada por Israel Shamir:

http://haaretz.com/hasen/spages/830711.html

[3] Fonte utilizada por Israel Shamir:

http://www.haaretz.com/hasen/spages/831189.html

[4] Fonte utilizada por Israel Shamir:

http://www.mastermatteimedioriente.it/pdf/toaff.pdf

[6] Fonte utilizada por Israel Shamir:

http://www.haaretz.com/hasen/spages/827845.html

*1 Nota de Mykel Alexander: Na realidade um evento com a denominação e/ou cifra numérica de 6 milhões de vítimas ou potenciais vítimas judaicas já estava vigorando pelo menos desde a década de 1900. Ver especialmente:

- O Primeiro Holocausto – e a Crucificação dos judeus deve parar - parte 1, por Olaf Rose, 15 de janeiro de 2023, World Traditional Front. (Parte 2 na sequência do próprio artigo).

https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2023/01/o-primeiro-holocausto-e-crucificacao.html

- O Holocausto de Seis Milhões de Judeus — na Primeira Guerra Mundial - por Thomas Dalton, Ph.D. {academic auctor pseudonym}, 15 de fevereiro de 2022, World Traditional Front.

http://worldtraditionalfront.blogspot.com/2022/02/o-holocausto-de-seis-milhoes-de-judeus.html

- O Primeiro Holocausto - por Germar Rudolf, 26 de janeiro de 2020, World Traditional Front.

http://worldtraditionalfront.blogspot.com/2020/01/o-primeiro-holocausto-por-germar-rudolf.html 

- Foram 6 milhões de judeus assassinados durante a Segunda Guerra Mundial?, por John Wear, 14 de junho de 2023, World Traditional Front.

https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2023/06/foram-6-milhoes-de-judeus-assassinados.html

[7] Fonte utilizada por Israel Shamir:

http://www.haaretz.com/hasen/spages/827035.html

[9] Fonte utilizada por Israel Shamir: The US psychological torture system is finally on trial

This article is more than 18 years old, por Naomi Klein, 23 de fevereiro de 2007, The Guardian.

http://www.guardian.co.uk/comment/story/0,,2019341,00.html

Fonte: Bloody Passovers of Dr Toaff – Follow Up, por Israel Shamir, 28 de fevereiro de 2007, The Unz Review – An Alternative media Selection.

https://www.unz.com/ishamir/bloody-passovers-of-dr-toaff-follow-up/

Sobre ou autor: Israel Shamir (1947-) é um internacionalmente aclamado pensador político e espiritual, colunista da internet e escritor. Nativo de Novosibirsk, Sibéria, moveu-se para Israel em 1969, servindo como paraquedista do exército e lutou na guerra de 1973. Após a guerra ele tornou-se jornalista e escritor. Em 1975 Shamir juntou-se a BBC e se mudou para Londres. Em 1977-1979 ele viveu no Japão. Após voltar para Israel em 1980 Shamir escreveu para o jornal Haaretz e foi porta-voz do Partido Socialista Israelense (Mapam). Sua carreira literária é muito elogiada por suas próprias obras assim como por suas traduções. Vive em Jaffa (Israel) e passa muito tempo em Moscou (Rússia) e Estocolmo (Suécia); é pai de três filhos.

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Relacionado ver:

As Páscoas Sangrentas do Dr. Toaff - por Israel Shamir

Estranhezas da Religião Judaica - Os elementos surpreendentes do judaísmo talmúdico - parte 1 - Por Ron Keeva Unz (continuação na sequência do próprio artigo)

A Psicopatia Bíblica de Israel - por Laurent Guyénot

O Evangelho de Gaza - O que devemos aprender com as lições bíblicas de Netanyahu - por Laurent Guyénot

Controvérsia de Sião - por Knud Bjeld Eriksen

Crimes de Guerra e Atrocidades-embustes no Conflito Israel/Gaza - por Ron Keeva Unz

A cultura do engano de Israel - por Christopher Hedges

Israel como Um Homem: Uma Teoria do Poder Judaico - parte 1 - por Laurent Guyénot (Demais partes na sequência do próprio artigo)

 O peso da tradição: por que o judaísmo não é como outras religiões - por Mark Weber

Sionismo, Cripto-Judaísmo e a farsa bíblica - parte 1 - por Laurent Guyénot (as demais partes na sequência do próprio artigo)

O truque do diabo: desmascarando o Deus de Israel - Por Laurent Guyénot - parte 1 (Parte 2 na sequência do próprio artigo)

Congresso Mundial Judaico: Bilionários, Oligarcas, e influenciadores - Por Alison Weir

Historiadores israelenses expõem o mito do nascimento de Israel - por Rachelle Marshall