Continuação de As câmaras de gás: verdade ou mentira? - parte 2 - por Robert Faurisson
Robert Faurisson |
PERGUNTA 3: Você tem ido
ao ponto de negar qualquer intenção deliberada por parte de Hitler de
exterminar os judeus. E ultimamente, no curso de um debate na televisão suíço-italiana,
o senhor disse: “Hitler nunca teve uma única pessoa morta porque eles eram
judeus”. O que exatamente você quer dizer com esta frase?
RESPOSTA 3:
Digo
exatamente isso: “Hitler nunca ordenou nem admitiu que alguém fosse morto por
causa de sua raça ou sua religião.”
Esta
frase é talvez chocante para certas pessoas, mas eu verdadeiramente acredito
nela. Hitler era antijudaico e racista. Seu racismo, além disso, não se opunha
a fomentar a admiração pelos árabes e hindus. Ele era hostil ao colonialismo.
Em 7 de fevereiro de 1945, ele declarou ao seu séquito: “Os brancos têm levado
a este povo (colonial) o pior que eles podiam carregar: as pragas do mundo:
materialismo, fanatismo, alcoolismo e sífilis. Além disso, desde o que essa
gente possuía por si próprios foi superior a tudo o que poderíamos lhes dar,
eles têm permanecidos eles mesmos ... O único resultado da atividade dos
colonizadores é: eles têm em todo lugar despertado o ódio.”40
Hitler
tornou-se hostil aos judeus bastante tarde. Antes de dizer e repetir que os
judeus são “os grandes mestres da mentira”41,
ele tinha sido bastante favorável a eles. Ele escreve em Mein Kampf. “Eles foram perseguidos (por causa de suas crenças)
conforme eu acreditava, muitas vezes fazendo meu desgosto por afirmações desfavoráveis
sobre eles quase alcançar o ponto de repugnância.”
Pessoalmente,
eu conheço Hitler muito pobremente, e ele me interessa não mais do que Napoleão
Bonaparte. Se ele tresvariou, então eu não vejo por que deveríamos tresvariar
com ele. Vamos nos esforçar por falar de Hitler com o mesmo sangue-frio com o
qual se costuma falar de Amenophis Akhenaton. Entre Hitler e os judeus houve
uma guerra inexpiável. É evidente que cada um responsabiliza o outro por este
conflito. Na pessoa de Chaim Weizmann, presidente do Congresso Judaico Mundial
(e futuro presidente do Estado de Israel), a comunidade judaica internacional
declarou guerra à Alemanha em 5 de setembro de 1939.42
Até então, já em 1934, a hostilidade da comunidade judaica internacional tinha
se manifestado pelas exigências do boicote econômico contra a Alemanha nazista.43 Obviamente, foi motivado por
retaliação contra as medidas tomadas por Hitler contra os judeus alemães. Essa mortal
cadeia de eventos, por parte de ambos os lados, era para levar à guerra
mundial. Hitler disse: “Os judeus e os Aliados desejam nossa aniquilação, mas
são eles que serão destruídos”, enquanto os Aliados e os judeus disseram: “Hitler
e os nazistas e seus aliados desejam nossa destruição, mas são eles que será
destruído.” Os dois campos hostis durante o inteiro curso da guerra, portanto, assim
intoxicaram-se eles mesmos em proclamações beligerantes e fanáticas. O inimigo
se tornou uma besta a ser abatida. Pense, da mesma maneira, nas palavras da
Marselhesa: “Qu'un cantou impur abreuve nos sillions!” (“Deixe nosso solo ser
encharcado por seu sangue impuro!”)
{Daily Express, Londres, 24 de março de 1933}
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Além
disso, os Aliados travaram uma guerra impiedosa contra os nazistas e, 35 anos
após o fim da guerra, ainda buscam uma espécie de “caça aos nazistas”. Mas, da
mesma forma conforme os Aliados nunca realmente decretaram que um nacional-socialista
civil, seja ele homem, mulher ou criança, deveria ser morto apenas com base em
seu nacional-socialismo, da mesma forma também deve ser dito que Hitler – a
despeito de toda a antipatia que ele tinha frente aos judeus – nunca decretou
que todos os judeus, ou mesmo um judeu, deveriam ser mortos somente sobre uma
só e única base de seu judaísmo. Embora, no caso de represálias contra “partidários”
ou “terroristas” quando os alemães selecionaram seus reféns para execução, era
melhor ser nem judeu, nem comunista, nem criminoso de direito comum, mas, nesse
caso específico, era um aspecto familiar da tomada de reféns (para matar os
reféns mais dispensáveis), assim como havia sido praticado em todos os lugares através
das eras.
Hitler
tinha uma proporção de judeus europeus internados, mas em nenhuma maneira
internação significa “extermínio”. Também não tem havido “genocídio” nem “Holocausto”.
Todo campo de concentração é uma visão que inspira piedade e um horror,
independentemente de ser um campo alemão, russo, britânico, francês, americano,
japonês, chinês, vietnamita ou cubano. É claro que há graus nessa pena ou nesse
horror, e é certo que em tempos de guerra, de fome, de epidemias, um campo de
concentração se torna ainda mais horrível. Mas nada no caso que nos preocupa
aqui permite-nos dizer que houve campos de extermínio deliberados, ou seja,
campos onde pessoas teriam sido colocadas para serem mortas.
Os
exterminacionistas fingem que, no verão de 1941, Hitler deu a ordem de
exterminar os judeus. Mas ninguém tem jamais visto essa ordem. Por outro lado, também
não existem conversas específicas de Hitler nem medidas tomadas por seus
exércitos, o que implica que tal ordem não poderia ter sido dada. Em 24 de
julho de 1942, em reunião restrita, Hitler lembrou que os judeus tinham
declarado guerra a ele por intermédio de Chaim Weizmann, e disse que depois da
guerra fecharia as cidades aos judeus, uma após a outra. Suas palavras precisas
foram: “... se o chorume judaico não decampou e se não emigraram para
Madagascar ou para alguma outra pátria nacional judaica.”44
De minha própria parte, eu gostaria de saber como se pode reconciliar essa
conversa em um círculo de confidentes com qualquer “ordem definitiva de extermínio”
supostamente dada um ano antes (verão de 1941).
Mesmo
em julho de 1944, na frente oriental, onde os soldados alemães travavam uma
guerra feroz contra os guerrilheiros (judeus ou não judeus, russos ou
comunistas, ucranianos, etc.), o exército deu as ordens mais draconianas de que
nenhum soldado alemão deveria participar de quaisquer excessos contra a
população civil, judeus incluídos. Caso contrário, eles seriam julgados pela
corte marcial.45 Tais excessos deveriam
ser absolutamente suprimidos. Hitler clamou para uma batalha implacável luta,
especialmente contra os guerrilheiros, incluindo, se necessário, contra
mulheres e crianças misturando-se com os guerrilheiros ou que eram aparentes
cúmplices dos guerrilheiros. Ele evidentemente não rejeitou a prática de fazer
reféns (nem os Aliados, é claro). Mas ele não foi além dessa medida. No dia em
que nossa mídia decidir romper com certos tabus e se devotar aos crimes de
guerra dos Aliados mesmo um milésimo do tempo que dedica aos crimes de guerra
dos completamente vencidos, nesse dia haverá grande espanto entre o público
ingênuo. Os “crimes” de Hitler assumirão então suas proporções corretas em uma
perspectiva histórica adequada.
Há, de fato, pouca conversa sobre Dresden e Katyn. Mas eu digo que Dresden e Katyn são questões pequenas quando comparadas com as deportações que os Aliados infligiram às minorias alemãs nos territórios orientais. É verdade que oficialmente não se tratava de “deportações”, mas de ... “deslocamento” (por exemplo, “pessoas deslocadas”). E eu me pergunto se os campeões de todos os “criminosos de guerra” não foram os britânicos com sua entrega aos soviéticos de seus internos russos?46
Tradução
e palavras entre chaves por Mykel Alexander
40 Nota de Robert Faurisson: Extrato do que os alemães chamam de “Diários de Bormann” (“Bormann Vermercke”. A parte final destes “Diários de Bormann” foi publicada na França sob o título de Le Testament politique de Hitler (O Testamento Político de Hitler), versão francesa e prefácio de François Genoud, Paris, Arthème Fayard, 1959, páginas 71-72.
41 Nota de Robert Faurisson: “Dass sie deshalb [wegen ihrer Konfession] verfolgt worden waren, wie ich glaubte, liess manchmal meine Abneigung gegenüber ungünstigen Äusserungen über sie fast zum Abscheu werden” (Mein Kampf (Minha Luta), Munich, NSDAP, 1942, página 55). “Die grossen Meister der Lüge” (“Os grandes mestres da mentira”): são as palavras de Schopenhauer, retomadas por Hitler (página 253 de Mein Kampf, ibid.).
42 Nota de Robert Faurisson: Declaração publicada no Jewish Chronicle, Londres, de 8 de setembro 1939, pl. {Conferir na imagem também na imagem acima a declaração publicada no London Times de 6 de setembro de 1939.}
43 Nota de Robert Faurisson: Daily Express, Londres, 24 de março de 1933, pl.
44 Nota de Robert Faurisson: “Nach Beendigung des Krieges werde er [Hitler] sich rigoros auf den Standpunkt stellen, dass er Stadt für Stadt zusammenschlage, wenn nicht die Drecksjuden rauskämen und nach Madagaskar oder einem sonstigen jüdischen Nationalstaat abwanderten.” (“Após o fim da guerra, ele [Hitler] adotaria rigorosamente o ponto de vista de que demoliria cidade após cidade, se o chorume judaico não decampou e se não emigraram para Madagascar ou para alguma outra pátria nacional judaica.”) Ver Henry Picker , Hitlers Tischgespräche in Führerhauptquartier (Hitler's Table Talk at the Führer HQ), publicado por Percy Henry Schramm (...), Stuttgart, 1963, página 471.
45 Nota de Robert Faurisson: Textos e fatos abundam os quais comprovam que as autoridades alemãs proibiram e puniram esses excessos, mesmo quando judeus foram as vítimas. Citarei apenas um texto e dois fatos. Este texto é do General von Roques datado de 29 de julho de 1944, na frente russa (documento NOKW-1620). Quanto aos fatos, estão relatados no documento NOKW-501. Aqui está o primeiro fato: na primavera de 1944, em Budapeste, um tenente matou uma judia que desejava denunciá-lo por ter roubado alguns de seus bens, junto com alguns de seus homens. Um tribunal militar alemão condenou o oficial à morte e ele foi executado, enquanto vários de seus homens e sargentos foram condenados a longas penas na prisão. Aqui está o segundo fato: perto de Rostov, URSS, dois soldados foram condenados à morte por um tribunal militar alemão (e executados?) Por terem matado o único morador judeu de um vilarejo. Esses exemplos e muitos outros fatos do mesmo gênero podem ser encontrados no 42º e final volume das transcrições do IMT de Nuremberg. Infelizmente, este volume é ignorado por quase todos. É particularmente ignorado pelo judiciário, quem permite a invocação de “o que aconteceu em Nuremberg”, mas não dá, no entanto, atenção suficiente para reler a documentação real produzida pelos CONQUISTADORES passando julgamento sobre os COMPLETAMENTE VENCIDOS. O historiador pode permitir esta superficialidade ainda menos quando se dá conta de que esses mesmos conquistadores cometeram duas injustiças gravíssimas: 1. Foram eles que sortearam os documentos alemães capturados, sem permitir nenhum acesso da defesa; 2. Eles selecionaram dentre esta e outras seleções quando publicaram os 42 volumes, sem incluir algumas das provas documentais depositadas pela defesa. É de vital importância perceber que ainda hoje – 35 anos após a guerra – o Aliados ainda mantêm em segredo uma quantidade impressionante de documentos alemães, dos quais já selecionaram aqueles itens que, aos seus olhos, poderiam mostrar a Alemanha em uma luz ruim. Imagine a montanha de “crimes de guerra” que poderiam ser julgados com tais procedimentos por um “Tribunal Militar Internacional” se fosse a CONQUISTADA sendo capaz de julgar seus CONQUISTADORES! Mas, retornando à questão dos “excessos” ou dos “crimes de guerra”, eu sugeriria que o exército alemão, e em particular a Waffen-SS, foi certamente muito duro tanto no combate quanto nas operações de “limpeza” contra os guerrilheiros, mas se mostraram de certo modo muito menos ameaçadores para os civis não-combatentes do que outros exércitos. Em princípio, quanto mais disciplinado e controlado é um exército, menos a população civil deve temer excessos de todos os tipos. Usando esta regra prática, seguir-se-ia que bandos de guerrilheiros – qualquer que seja a simpatia que possa ser sentida por sua causa – são quase sempre mais uma ameaça para os civis.
46 Nota de Robert Faurisson: Isso foi
descrito como “Operação Keelhaul”. Ver Julius Epstein, Operation Keelhaul, Devin-Adair, 1973;
Nikolai Tolstoy, The Secret Betrayal
1944-1947, Scribners, 1977; Arthur R. Butz, The Hoax of the Twentieth Century, IHR, 1979, páginas 248-249. O termo “keelhaul” fala por si;
este verbo inglês significa “infligir a punição de puxar a vítima de um lado para
o outro de um navio, fazendo-a passar sob a quilha”.
Fonte: The gas chambers: truth or lie?, por Robert Faurisson, The Journal for Historical Review, Inverno 1981, Volume 2 número 4, Página 319.
http://www.ihr.org/jhr/v02/v02p319_Faurisson.html
Sobre o autor: Robert Faurisson (1929-2018), tem por anos sido o líder revisionista sobre o tema do alegado Holocausto.
Formou-se em Sorbonne, Paris, em Letras Clássicas (Latim e Grego) obtendo o seu doutorado em 1972, e serviu como professor associado na Universidade de Lyon na França de 1974 até 1990. Ele é reconhecido como especialista de análise de textos e documentos. Depois de anos de pesquisa privada e estudo, o Dr. Faurisson fez pública suas visões céticas sobre a história de exterminação no Holocausto em artigos publicados em 1978 no diário francês Le Monde. Seus escritos sobre a questão do Holocausto têm aparecido em vários livros e numerosos artigos acadêmicos e foi um frequente contribuidor do The Journal of Historical Review. Por suas pesquisas sofreu muitas perseguições pela patrulha judaico-sionista ou pelas patrulhas àquelas vinculadas, além de um atentado contra sua vida no qual lhe deixou hospitalizado, porém manteve sempre em primeiro lugar seu compromisso para com a busca pela verdade durante toda sua vida, mantendo-se em plena atividade investigativa até a data de seu falecimento.
Mémoire en défense (contre ceux qui m'accusent de falsifier l'Histoire : la question des chambres à gaz), Editora La vieille taupe , 1980.
Réponse à Pierre Vidal-Naquet. Paris: La Vieille Taupe, 1982.
Réponse à Jean Claude Pressac Sur Le Problème Des Chambres à Gaz, Editora R.H.R., 1994.
Quem escreveu o diário de Anne Frank (em português impresso pela Editora Revisão).
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