quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Mnemosyne e Lethe; A cultura da lembrança e do esquecimento no sistema ocidental - Por Tomislav Sunić, Ph.D.

 

Tomislav Sunić


A cultura da lembrança molda a fundação política de cada estado do mundo. Ao abordar a cultura da lembrança na Alemanha, o que passa pela cabeça imediatamente é a memória coletiva prescrita pelos Aliados para o povo alemão instalado no final da Segunda Guerra Mundial. As raízes psicológicas dessa cultura da lembrança do pós-guerra e seu significado para os alemães, bem como para outros povos da Europa, voltam ao fundo do passado deles. Por que a cultura da lembrança, em oposição à cultura do esquecimento, desempenha um papel tão proeminente na Alemanha, mas também em menor medida em todo o Ocidente – como se o curso real da história mundial tivesse começado depois das consequências do desastre de 1945?

A memória e a memória coletiva são as fundações do processo de formação da identidade, independentemente de nosso ódio ou amor por nossos formadores de opinião ou por nossos políticos, respectivamente, ou, nesse caso, independentemente do zeitgeist {em alemão, algo como a mentalidade da época} predominante. Deve-se primeiro esclarecer uns poucos termos e separar alguns nomes da mitologia e história europeias, e também colocar este assunto em um contexto histórico e filosófico mais amplo. Inevitavelmente, tentamos resgatar alguns poetas e pensadores.

Na mitologia grega antiga, Mnemosyne é o nome da deusa da memória; ela é o símbolo da onisciência e de todo o conhecimento. Sem Mnemosyne não há vida humana, nenhuma linguagem, nenhuma cultura, e sem ela, todas as pessoas estão condenadas a vegetar como animais despojados de sua memória. Em contraste com a deusa da memória Mnemosyne, a deusa Lethe é retratada como um rio de esquecimento; isto é, Lethe é a corrente do esquecimento fluindo no notório mundo subterrâneo. Aquele que ousa beber deste rio esquece sua vida anterior, mas também suas preocupações e sua weltschmerz {em alemão, algo como dor adquirida na vida na Terra}, na esperança de alcançar uma vida relativamente despreocupada no submundo, ou reconstituir uma nova vida na terra.[1] Essas duas deusas são frequentemente evocadas por poetas, e figurativamente falando por todos nós diariamente quando lutamos para suprimir ou obliterar eventos passados embaraçosos, incluindo aqueles de natureza política. Paralelamente, ansiamos por ressuscitar nossas belas memórias, ou melhor ainda, reviver os momentos de nossa bem-aventurança do passado.

Há, no entanto, diferenças entre as memórias individuais e coletivas. Memórias coletivas, que geralmente são administradas em dias de memória ou comemorações públicas, ou outros eventos públicos, são sempre politicamente supervisionadas. Por exemplo, incontáveis ​​dias de memória coletiva homenageando as vítimas do fascismo ou colonialismo em países do antigo bloco comunista Oriental se transformaram em espetáculos políticos – mas de natureza transitória. No dia seguinte, a maioria daqueles dias memoriais ou foram esquecidos coletivamente ou foram recebidos com desinteresse geral. Depois disso, cidadãos da ex-Alemanha Oriental ou da ex-Iugoslávia contaram piadas a portas fechadas sobre os espetáculos comunistas e seus organizadores. Pode-se lembrar de eventos memoriais gigantescos na ex-Alemanha Oriental ou na ex-Iugoslávia, realizados em honra aos soldados soviéticos ou guerrilheiros {partisans} comunistas caídos na Segunda Guerra Mundial. Claro, comemorações públicas para as vítimas do comunismo não eram permitidas; vítimas anônimas do comunismo foram empurradas para a cultura do esquecimento. Na cultura oficial da memória comunista, não poderia haver nenhuma vítima do comunismo, visto que os termos “vítima” e “memória” eram aplicados apenas a heróis comunistas selecionados. Seguindo a queda do Muro de Berlim em 1989, bem como na esteira do colapso da Iugoslávia em 1991, os eventos memoriais comunistas tiveram que ser remodelados e substituídos por novas palavras memoriais, com ex-autopromotores comunistas tendo que se adaptar ao zeitgeist {em alemão, algo como a mentalidade da época} liberal. Nesses novos eventos comemorativos, o antigo simbolismo comunista está sendo substituído agora por uma verborragia e iconografia liberais. Poucas coisas mudaram, entretanto, até onde é concernido o conteúdo antifascista. Aliás, os dias de comemoração coletiva das vítimas do fascismo e, especialmente, a homenagem às vítimas do Holocausto {cujas investigações críticas atuais desmentem a existência do alegado holocausto judaico}[2] constituem a base do direito internacional na Europa Ocidental, Europa Oriental e na América.

 

Lembrando o pensamento positivo

Nossa lembrança individual, por outro lado, especialmente se ela traz imagens de encontros felizes do passado ou momentos alegres dos bons velhos ou antigos tempos, muitas vezes funciona como uma quimera, por meio da qual projetamos nostalgicamente essas imagens felizes do passado no presente, ou o futuro próximo na esperança de revivê-los mais uma vez. Todo pensamento positivo, entretanto, é uma consequência lógica de uma memória desfigurada. Pode-se relembrar aqui as palavras do poeta Hölderlin em seu poema “Mnemosyne”, em que expressa seu anseio pelo renascimento dos tempos míticos:

E há uma lei,

Que as coisas se arrastam na maneira de cobras,

Profeticamente, sonhando nas colinas do céu.

E há muito que precisa ser retido,

Como uma carga de madeira nos ombros.

Mas os caminhos são perigosos.[3]

A cada um de nós as suas próprias memórias, a cada um dos outros também a sua interpretação das suas memórias. Minha interpretação de minhas memórias de meus encontros anteriores é elaborada de forma diferente daquelas compostas por indivíduos que compartilharam esses encontros anteriores. Mesmo pessoas sem imaginação têm necessidade de memórias imaginárias, muitas vezes beirando o pensamento positivo que nega a realidade.O contraste entre a realidade e o pensamento positivo, entretanto, desempenha um papel especial nas memórias individuais, porque o pensamento positivo muitas vezes beira o autoengano. A fim de ilustrar melhor o pensamento positivo, pode-se enumerar inúmeros poetas alemães e especialmente Romanticistas Sombrios alemães descrevendo suas memórias que geralmente levam a catástrofes, suicídio ou mortes.

Em particular, surgem grandes decepções com as lembranças relacionadas a pontos de vista políticos. Muitos de nós conhecemos colegas que são críticos astutos do Sistema, mas cujos sonhos alternativos sobre o futuro da Europa ou dos Estados Unidos se baseiam em julgamentos irreais. Sempre que nós fazemos referência a sonhos políticos, o que vem à mente é o simbolismo da novela An Incident at the Owl Creek Bridge, do escritor americano Ambrose Bierce.[4] O personagem principal é um político local do sul que foi capturado e condenado à morte no meio da Guerra Civil Americana. Ele já está balançando na forca, mas imaginando como ele escapou habilmente do laço de seus algozes ianques, enquanto ao mesmo tempo saboreia seu retorno para sua família dentro de seu tempo sobrecarregado. O desejo por seu doppelganger {algo como a parte duplicada da alma, a qual é mais ativa durante o sono, e que é um conceito comum em vários povos} que pudesse trocar de lugar era uma grande ilusão, entretanto. Ele já estava morto e se foi.

A diferença entre memória individual e coletiva é ofuscante. Nossas memórias individuais, mesmo que não sejam geradas por um político poderoso, também podem se transformar em um pesadelo. Cada memória, seja individual ou coletiva, corre o risco de se esgotar em uma noção subjetiva de extensão do tempo. Pensar profunda e extensamente sobre aqueles momentos felizes do passado devora mais tempo do que o tempo real que levou para viver esses momentos felizes. 

Pior, pensar profunda e extensamente sobre momentos felizes pode se transformar na sensação de um eu distorcido o qual anseia por melhorias mundiais. Por outro lado, também ansiamos por abandonar algumas de nossas memórias ruins, especialmente se elas nos lembrarem, em retrospecto, de nosso comportamento grotesco do passado ou de nossos encontros anteriores embaraçosos, ou de nosso antigo estilo de vida político. Ernst Jünger descreve vividamente a sensação do tempo sobrecarregado resultante de ponderar incessantemente sobre nossas memórias.

A memória coletiva, ou uma memória imposta por um governo ou um tirano, gera facilmente psicose em massa, como vivemos hoje com os regulamentos de Covid decretados pelo Estado. A propósito, também se pode notar uma série de comemorações histórico-políticas na EU {União Europeia} e na América em favor dos migrantes não europeus e de sua história de colonização. Os políticos alemães em tais ocasiões gostam de se posicionar como modelos para uma nação transgressora autoinduzida (“Tätervolk”) – uma nação que deve realizar em público e por toda a eternidade os rituais de lembrança em nome das vítimas do fascismo. Esse exagero na compulsão alemã de agradar os estrangeiros é muito antigo, tendo suas raízes na política de abnegação estendendo profundamente por centenas de anos de história alemã sem Estado {até antes de 1871}. Erwin Stransky, um pensador alemão e neurologista de ascendência judaica e muito amigo dos alemães, notou pouco depois do fim da Primeira Guerra Mundial, ou seja, que bem antes do pós-Segunda Guerra Mundial a lavagem cerebral dos Aliados e a reeducação liberal comunista começaram. Ele observou como os alemães[5] gostam de desvairar sobre alienígenas e “que em nenhum lugar é mais fácil do que na Alemanha engodar e confundir os espíritos com bordões pseudocientíficos ou pseudolegais habilmente ‘lançados.’”[6] Tal memória desfigurada tem agora se tornado uma marca registrada de todos os povos ocidentais.

 

Ficando alto no esquecimento

Onde fica a cultura do esquecimento? O esquecimento coletivo é frequentemente encorajado por políticos da EU {União Europeia} e dos EUA e pela mídia, especialmente em relação a milhões de vítimas desconhecidas do comunismo ou incontáveis vítimas do atentado terrorista aéreo aliado na Segunda Guerra Mundial. Durante décadas, essas vítimas só apareceram como notas de rodapé na mídia ocidental. Ainda mais grotesco é o desejo de esquecimento por parte de muitos intelectuais e políticos do establishment dos Estados Unidos e da UE {União Europeia} em relação ao defasagem de suas antigas visões políticas – visões das quais eles eram ardorosos porta-estandartes não muito tempo atrás. Este é o caso dos ex-intelectuais marxistas após o colapso de sua mística marxista. A maioria dessas pessoas agora mudou completamente para a ideologia do livre mercado capitalista.

O sono é uma ferramenta útil para o autoesquecimento e, acima de tudo, ajuda muito no combate às más lembranças. O sono sem sonhos é a melhor maneira de se livrar das lembranças ruins. Os protagonistas de Shakespeare costumam falar do sono como o melhor método de salvação, pelo qual uma boa noite de sono de um prisioneiro político traz mais felicidade do que dias memoráveis e sem dormir de um tirano. O cansado Hamlet, sempre traído e enganado por sua família real, fala consigo mesmo:

Dormir! Possibilidade de sonhar; sim, aí está o problema;

Pois nesse sono de morte que sonhos podem vir

Quando nós tivermos saído se arrastando desta sequência espiral mortal,

Deve nos dar uma pausa: há o respeito

Isso faz a calamidade de uma vida tão longa;

Para quem suportaria os chicotes e os escárnios do tempo[7]

O poderoso governante Rei Henrique IV em outro drama de Shakespeare elogia ainda mais a salvação de um sono tranquilo:

Quantos milhares de meus assuntos mais pobres

A esta hora estão dormindo! Ó sono, ó sono suave,

Ama doce da natureza, como eu te assustei,

Que tu não mais percas a força em minhas pálpebras

E mergulhes meus sentidos no esquecimento?[8]

Em adição ao sono, existem métodos mais vívidos para aproveitar o processo de esquecimento e livrar-se das lembranças ruins, ou pelo menos mantê-las temporariamente sob controle. O remédio antigo é o álcool, ou melhor ainda, a droga ópio, a qual retarda o fluxo do tempo e mantém as memórias embaraçosas em xeque. Uma vez novamente, devemos nos referir a Ernst Jünger, que não foi apenas o melhor observador do nosso fim dos tempos, mas também o melhor conhecedor alemão de numerosos narcóticos.

Jünger foi um cavalheiro refinado que lidou muito com a ingestão de “ácido” – LSD – a fim de circunavegar melhor as paredes do tempo liberal-comunista ácidas. Em adição, Jünger era amigo do descobridor do LSD, Dr. Albert Hoffmann. Ambos viveram por mais de cem anos. “O ácido é ótimo!” – diriam seus discípulos viciados em seu nome.

Sob a influência de narcóticos, o tempo fica mais lento. O rio flui com mais suavidade; os bancos recuam. O tempo se torna ilimitado; ele se transforma em um mar.[9]

            É preciso ter cuidado, porém, com viagens de drogas, pois sempre há o risco de esquecer o destino.[10] Odisseu de Homero enfrentou esse perigo com seus marinheiros no caminho de volta para casa. Depois de sua longa perambulação pelo mar, um dia todos eles acabaram na terra dos comedores de lótus – homens que se entregaram a comer a droga de lótus, adquirindo assim as habilidades para se livrar de suas memórias e todas as preocupações que os acompanham. Odisseu teve muitos problemas para fazer seus camaradas intoxicados e sem memória voltarem a bordo.[11] Na verdade, aqueles comedores de lótus míticos que Odisseu conheceu são uma imagem primitiva de cidadãos contemporâneos na Alemanha, na EU {União Européia} e nos EUA. Não há mais necessidade de o Sistema fabricar mártires, como era o caso sob o comunismo; o Sistema sabe como usar métodos muito mais elegantes para impor a vontade geral através do esquecimento em massa forçado. Na Geórgia, no Cáucaso, onde o tirano Stalin nasceu, há solo fértil bom para o cultivo de cannabis. Em vez dos gulags {campos de concentração soviéticos} na Sibéria, Stalin poderia ter tido mais sucesso na criação de campos de maconha na ex-União Soviética.

Mais tarde, Odisseu acaba nas instalações da deusa bruxa Circe – a deusa cujos poderes transformaram seus marinheiros perdidos em porcos. Essas novas criaturas suínas, embora dotadas de compreensão humana, não reclamam mais de sua nova vida. Pelo contrário. O processo de esquecimento pode ser bom.[12] Em um ambiente tão propenso ao esquecimento, as famosas palavras de Nietzsche parecem bastante desatualizadas: “Bem-aventurados os esquecidos; pois eles superam suas estupidezes também.” Lembrar de uma vida anterior na Terra pode ser um inferno para muitas pessoas. O Sistema, com seus contos que melhoram o mundo, agora usa métodos semelhantes de transformação de porcos homéricos de emburrecimento em massa, prometendo o nascimento de La La Land {expressão inglesa para uma existência fora da realidade}, mas adiando-o repetidas vezes até o futuro indefinido, quando todo o mal tiver sido eliminado. Além disso, o Sistema emprega técnicas refinadas para manter seus cidadãos sob controle, seja por meio do esquecimento forçado ou da memorização seletiva.

            E isso não é nada novo na história. Damnatio memoriae ou danação da memória era um processo comum na Roma antiga contra políticos desprezíveis, embora já falecidos. Poucos são os que têm coragem de atacar os tiranos vivos. O mesmo processo de amaldiçoar a memória dos hereges ou dissidentes modernos continua a atuar com raiva e com força total na Alemanha moderna, nos Estados Unidos e na EU {União Europeia}. O que é novo, entretanto, é o aumento da autocensura e do autopoliciamento da vasta maioria dos políticos, mas também da maioria dos acadêmicos estabelecidos convencionalmente. A censura sempre fez parte do esquecimento coletivo imposto pelo Estado, tendo estado ao redor desde tempos antigos. No Ocidente contemporâneo, contudo, autocensura significa abnegação, por meio da qual até mesmo pessoas inteligentes em algum momento de sua carreira decidem voluntariamente renunciar a si mesmas. O poeta e médico alemão Gottfried Benn, junto com muitos outros pensadores europeus que conseguiram sobreviver aos bombardeios terroristas e expurgos aliados durante e após a Segunda Guerra Mundial, escreveu em seu poema “The Lost Self” sobre o indivíduo perdido no tempo e no espaço, sem direção ou valores.

Perdido eu – destruído por estratosferas,

vítima de íon -: cordeiro de raios gama -

partícula e campo -: quimeras e infinito

em sua grande pedra de Notre-Dame.[13]

 

Autocensura e autonegação

É digno de lembrar o muito elogiado filólogo e acadêmico alemão, professor Harald Weinrich, que é frequentemente citado pela mídia amiga do Sistema e que escreveu um bom livro sobre a cultura do esquecimento e da memória na literatura europeia. Como acontece com incontáveis acadêmicos convencionalmente estabelecidos, no entanto, ele é mandatado para ocasionalmente realizar ritos de expiação. Isso chama a atenção no Capítulo IX de seu livro Lethe: The Art and Critique of Forgetting, onde ele insiste na perpétua lembrança de Auschwitz {cujas investigações críticas atuais desmentem a existência do alegado holocausto judaico.}[14] “Esquecer não é mais permitido aqui. Não pode haver uma arte de esquecer aqui também e não deveria haver nenhuma.”[15] Em seus comentários para a mídia, ele continua com suas declarações de sinalização de virtude: “Eu só posso, portanto, concordar de todo o coração que deveria haver uma proibição absoluta de esquecer o genocídio.”[16]

Essas confissões de culpa semelhantes às de Canossa[17] fazem hoje parte do folclore político da Alemanha. Nem uma palavra de Weinrich e outros companheiros de viagem antifa {anti-fascistas} sobre o esquecimento forçado imposto pelo Sistema em relação a milhões de alemães, croatas e outros europeus orientais perseguidos após a marcha vitoriosa dos Aliados em 1945. Weinrich e muitos de seus espíritos de mesmo parentesco, com sua religião da lembrança recém-adquirida, se encaixam no arquétipo hipermoralista de Nietzsche, “onde este homem de má consciência tem se apossado de pressupostos religiosos a fim de prover sua autotortura com suas mais horríveis aspereza e agudeza.”[18] Weinrich é somente um pequeno exemplo da maioria dos jovens acadêmicos da EU {União Europeia}, todos competindo por uma visibilidade brilhante na mídia acadêmica por meio de sua autoflagelação e abnegação. Há muito tempo, a alegoria dessa auto-emasculação espiritual alemã foi descrita pelo poeta e pintor alemão Wilhelm Busch em sua história sarcástica sobre Santo Antônio. O sempre arrependido Santo Antônio, o grande amante dos animais, decide ficar noivo de um porco, presumivelmente para melhor assegurar sua ascensão zoófila de transgênero ao céu por toda a eternidade:

Bem vinda! Entre em paz!

Nenhum amigo está divorciado do amigo aqui. Bastante

poucas ovelhas entram,

porque não um bom porco também!![19]

Vários autores escreveram criticamente sobre a consciência histórica distorcida e um processo seletivo de memória dos brancos. Parece que quanto mais se fala hoje sobre a necessidade de lembrar as vítimas do fascismo, mais essas memórias antifascistas regurgitadas se transformam em objetos de incredulidade e ridículo em massa. Enquanto isso, a memória de milhões de vítimas do comunismo está sendo relegada ao reino do esquecimento. Lembrar o destino de civis alemães expulsos e mortos após a Segunda Guerra Mundial está se tornando gradualmente de interesse apenas para arquivos de antiquários, e somente esporadicamente. A mídia alemã, norte-americana e da União Europeia, incluindo historiadores e políticos convencionalmente estabelecidos, se e quando narrarem os campos de extermínio comunistas, são extremamente cuidadosos para nunca ofuscar a memória da contagem de cadáveres do Holocausto {o qual as investigações críticas atuais desmentem a existência do alegado holocausto judaico.}[20] Por exemplo, a catástrofe croata pós-Segunda Guerra Mundial com suas centenas de milhares de mortos, conhecida entre os croatas de mentalidade nacionalista como a “tragédia de Bleiburg,”[21] dificilmente é alguma vez referida como parte da memória coletiva ocidental.[22] Por outro lado, a superlicitação nas memórias antifascista, judaica e anticolonial, onde o proverbial “mau alemão” sempre aparece no palco, desempenha um papel central no direito internacional. Memórias anticomunistas esporádicas que estão um tanto alinhadas com as festividades memoriais patrocinadas pelo Sistema estão sendo rebaixadas a eventos semimitológicos e folclóricos que podem ser observados de vez em quando na Europa Oriental de hoje.

Assim como há diferenças entre os vivos, deve haver diferenças entre os mortos. A questão que surge é se o Sistema e seus desdobramentos pós-comunistas e liberais na Alemanha, na UE {União Europeia} e nos Estados Unidos podem sobreviver sem chamar para resgatar as memórias das “bestas fascistas”? Sem invocar demônios domésticos como Ante Pavelic, Francisco Franco, Vidkun Quisling, etc.? E sem se lembrar constantemente de Adolf Hitler, o demônio cósmico atemporal? A cultura da lembrança do horário nobre de hoje, ou seja, o destino dos judeus na Segunda Guerra Mundial, há muito tempo se transformou no ato de um psicodrama religioso que vai muito além da lembrança histórica. Além disso, muitos povos não europeus também estão agora lutando apaixonadamente por seu próprio pedestal de vitimização, a fim de destacá-lo como o único digno de memória mundial. Aqui podemos nos referir à citação de A. de Benoist:

A ferramenta favorita do exagero da vitimização é o “dever de lembrar”. A memória está escrita contra um fundo de esquecimento, porque somente se pode lembrar selecionando o que não deve ser esquecido. (Essa tarefa não teria sentido se tivéssemos que nos lembrar de tudo). A memória é, portanto, altamente seletiva. ... Um dos destaques do “dever de lembrar” significa que não há estatuto de limitações para o “crime contra a humanidade” – uma noção a qual é igualmente desprovida de significado. Estritamente falando, apenas um extraterrestre poderia cometer um crime contra a humanidade (a propósito, os perpetradores de tais crimes são geralmente retratados no sentido metafórico como “extraterrestres.”) – e em total contradição com a tradição cultural europeia, que ao conceder anistia fornece a forma judicial do esquecimento.[23]

É preciso lembrar as palavras críticas de Nietzsche aqui, quando ele escreve sobre o exagero de nossas memórias “monumentais” e “antiquárias”: “O enfartamento de história de uma época me parece hostil e perigoso para a vida ...”[24] Aviso de Nietzsche, no entanto, aplica-se hoje a todos os povos europeus e suas respectivas vitimologias, sejam elas de natureza antiquária ou monumental. Até que ponto os europeus, e especialmente o povo alemão, devem expandir suas memórias históricas? Até o massacre dos saxões em Verden em 782 d.C., ou até os milhões de mortos na Guerra dos Trinta Anos, ou até os milhões de alemães étnicos e europeus orientais mortos no rescaldo da Segunda Guerra Mundial? Pensar profunda e extensamente sobre as memórias opostas está se tornando inútil hoje. Com ou sem seus mortos esquecidos e ressuscitados, todo o Sistema Alemanha-União Europeia-Estados Unidos se assemelha a uma grande livraria de antiquários multicultural, desatualizada, onde falsos aprendizes de feiticeiro continuam dando palestras sobre memórias seletivas e não genuínas.

Tradução e palavras entre chaves por Mykel Alexander


Notas

[1] Nota de Tomislav Sunić: T. Sunic, Titans are in Town (A Novella and Accompanying Essays), prefácio de Kevin MacDonald (Londres, Budapeste: Arktos, 2017). 

[2]  Nota de Mykel Alexander: Ver especialmente Germar Rudolf (Ed.), Dissecting the Holocaust - The Growing Critique of ‘Truth’ and ‘Memory’, Castle Hill Publishers, P.O. Box 243, Uckfield, N22 9AW, UK, novembro de 2019 (3ª edição revisada).

https://holocausthandbooks.com/index.php?main_page=1&page_id=1

Também ver de modo mais abrangente toda a série Holocaust Handbooks:

https://holocausthandbooks.com/index.php?main_page=1  

[3] Nota de Tomislav Sunić: Poems of Friedrich Hölderlin, selecionados e traduzidos por James Mitchell; bilíngue, em alemão e inglês (San Francisco: Ithuriel’s Spear, 2007), página 95. 

[4] Nota de Tomislav Sunić: Ambrose Bierce, An Occurrence at Owl Creek Bridge and other stories –Ein Vorfall an der Eulenfluß-Brücke und andere Erzählungen) (editado por Angela Uthe-Spencker), (München: Deutscher Taschenbuch-Verlag,bilingual 1980). 

[5] Fonte utilizada por Tomislav Sunić: The Paranoid German Mind: Counting Down to the Next War, por Tomislav Sunić, 28 de setembro de 2015, The Occidental Observer.

https://www.theoccidentalobserver.net/2015/09/28/the-paranoid-german-mind-counting-down-to-the-next-war/  

[6] Nota de Tomislav Sunić: Erwin Stransky, Der Deutschenhass (Wien und Leipzig: F. Deuticke Verlag, 1919), página 71. 

[7] Nota de Tomislav Sunić: William Shakespeare, Hamlet (Act III, Sc 1) (Philadelphia: J.B. Lippincott & Co., 1877) páginas 210-211. 

[8] Nota de Tomislav Sunić: Dramatic Writings of Shakespeare, Henry IV, Part 2, Act III, Sc. I, London: ed. John BellBritish Library, 1788), página 60. 

[9] Nota de Tomislav Sunić: Ernst Jünger, Annäherungen: Drogen und Rausch (München: DTV Klett-Cotta, 1990), página 37. 

[10] Nota de Tomislav Sunić: Conferir Tomislav Sunic, “Rechter Rausch; Drogen und Demokratie”, Neue Ordnung (Graz, IV/2003). 

[11] Nota de Tomislav Sunić: The Oddyssey of Home, Book IX, with explanatory notes por T.A. Buckley, (London: George Bell and Sons, 1891). página 118. 

[12] Nota de Tomislav Sunić: The Oddyssey of Home, Book X, páginas 137-146. Harald Weinrich, Lethe-Kunst und Kritik des Vergessens, (München: Verlag C.H Beck, 1997), página 230. 

[13] Nota de Tomislav Sunić: Gottfried Benn, “Das verlorene Ich”, Statische Gedichte (Hamburg: Luchterhand Ver., 1991), página 48. Também traduzido em inglês por Mark W. Roche: https://mroche.nd.edu/assets/286548/roche_benn_verlorenes_ich_english.pdf  

[14]  Nota de Mykel Alexander: Ver especialmente Germar Rudolf (Ed.), Dissecting the Holocaust - The Growing Critique of ‘Truth’ and ‘Memory’, Castle Hill Publishers, P.O. Box 243, Uckfield, N22 9AW, UK, novembro de 2019 (3ª edição revisada).

https://holocausthandbooks.com/index.php?main_page=1&page_id=1

Também ver de modo mais abrangente toda a série Holocaust Handbooks:

https://holocausthandbooks.com/index.php?main_page=1  

[15] Nota de Tomislav Sunić: Harald Weinrich, Lethe-Kunst und Kritik des Vergessens (München: Verlag C.H Beck, 1997), página 230.

Conferir Lethe, The Art and Critique of Forgetting (Cornell University Press, 2004). 

[16] Nota de Tomislav Sunić: H. Weinrich, “Bayerischer Rundfunk” progam 4 de abril de 1999.

https://www.br.de/fernsehen/ard-alpha/sendungen/alpha-forum/harald-weinrich-gespraech100~attachment.pdf 

[17] Fonte utilizada por Tomislav Sunić: Definição de Canossa: um lugar ou ocasião de submissão, humilhação ou penitência {referente a uma disputa entre autoridades políticas e religiosas na Europa durante o século XI d.C.}. Dicionário Merriam Webster.

https://www.merriam-webster.com/dictionary/Canossa  

[18] Nota de Tomislav Sunić: Friedrich Nietzsche, On the Genealogy of Morality, Second Essay, Section 22. Traduzido por Carol Diethe (Cambridge University Press, 2007), página 63. 

[19] Nota de Tomislav Sunić: See the whole German text, Wilhelm Busch, Der Heilige Antonius von Padua, (Straßburg; Verlag von Moritz Schauenburg, sem data), página 72. Também partes em inglês:

https://second.wiki/wiki/der_heilige_antonius_von_padua#:~:text=Saint%20Anthony%20of%20Padua%20is,anti%2Dclerical%20attitude%20Wilhelm%20Buschs  

[20]  Nota de Mykel Alexander: Ver especialmente Germar Rudolf (Ed.), Dissecting the Holocaust - The Growing Critique of ‘Truth’ and ‘Memory’, Castle Hill Publishers, P.O. Box 243, Uckfield, N22 9AW, UK, novembro de 2019 (3ª edição revisada).

https://holocausthandbooks.com/index.php?main_page=1&page_id=1

Também ver de modo mais abrangente toda a série Holocaust Handbooks:

https://holocausthandbooks.com/index.php?main_page=1  

[21] Fonte utilizada por Tomislav Sunić: Tomislav Sunić, Dysgenics of a Communist Killing Field: The Croatian Bleiburg, 15 de março de 2009, The Occidental Observer.

https://www.theoccidentalobserver.net/2009/03/15/sunic-bleiburg/   

[22] Nota de Tomislav Sunić: Conferir Tomislav Sunić, “Es leben meine Toten! – Die Antifa-Dämonologie und die kroatische Opferlehre”. Neue Ordnung (Graz, I/2015). 

[23] Nota de Tomislav Sunić: Alain de Benoist, Les Démons du Bien (Paris: éd. P. Guillaume de Roux, 2013), páginas 34-35. 

[24] Nota de Tomislav Sunić: F. Nietzsche, On the Advantage and Disadvantage of History for Life, Section 5, traduzido por Preuss (Indianapolis: Hackett Publishing Co., 1980), página 28. 


Fonte: Mnemosyne and Lethe; The Culture of Remembrance and Oblivion in the Western System, por Tomislav Sunić, 25 de novembro de 2021, The Occidental Observer.

https://www.theoccidentalobserver.net/2021/11/25/mnemosyne-and-lethe-the-culture-of-remembrance-and-oblivion-in-the-western-system/#_edn17

Sobre o autor: Tomislav Sunić (1953 – ), nascido na Croácia, é um autor, diplomata, tradutor, professor de Ciência Política, historiador. Estudou francês, inglês e literatura na Universidade de Zagreb. Tem mestrado na Califórnia State University e recebeu seu doutorado em Ciência Política na Universidade da Califórnia, Santa Bárbara. De 1993 até 2001 ele trabalhou como funcionário do governo croata em diversas posições diplomáticas em Zagreb, Londres, Compenhagen e Bruxelas. Entre seus livros estão:

 Against Democracy and Equality: The European New Right – 1ª edição (New York: P. Lang, 1990), 2ª edição (Newport Beach, CA: Noontide Press, 2004), e 3ª edição (London: Arktos Media, 2011). Em espanhol foi publicado como Contra la Democracia y la Igualdad: La Nueva Derecha Europea (Tarragona: Ediciones Fides, 2014).

Homo americanus: Child of the Postmodern Age (USA: Book Surge Publishing, 2007).Tradução espanhola: Homo Americanus: Hijo de la Era Postmoderna (Barcelona: Ediciones Nueva República, 2008).Tradução francesa: Homo Americanus: Rejeton de l’ère postmoderne (Saint-Genis-Laval: Akribeia, 2010).

Postmortem Report: Cultural Examinations from Postmodernity (Shamley Green, UK: The Paligenesis Project, 2010).

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Mykel Alexander


Introdução por Mykel Alexander[1]

Dentre as temáticas aludindo ao chamado nazismo (nacional-socialismo alemão) certamente a da questão racial é uma das mais polêmicas. Todavia, a polêmica na opinião pública atual não costuma ser aprofundada com rigor crítico e interdisciplinar e nem realmente examina a questão. A junção do tema da questão racial com a temática do suposto holocausto judaico (cujas investigações críticas atuais desmentem a existência do alegado holocausto judaico[2]), em última análise, criou no imaginário ocidental uma relação obrigatória de que quem investiga a temática racial necessariamente seria um indivíduo perturbado, com a intenção de promover genocídios em outros povos/raças e outros grupos sociais, rumando inevitavelmente para o surgimento de novos “holocaustos”. Como resultado de tantas distorções em tais temas, formou-se na mentalidade investigativa o receio de abordar a questão racial, e, no caso de conseguir abordá-la, persistia o receio para saber até que limite de aprofundamento na temática racial se conseguiria avançar sem trazer para si consequências danosas.

Como exemplo envolvendo alguém de estatura máxima tocando na temática racial temos ninguém menos que James Dewey Watson (1928-), o Nobel de Medicina em 1962 ao ser descobridor das hélices de DNA, e que sofreu muitas retaliações por expressar considerações da temática racial, especialmente por ter implicado na diferença entre brancos e negros. É admitido que, mesmo sendo talvez o principal nome da biologia da segunda metade do século XX, ele está em um tipo de exilio profissional, pois “foi forçado a se aposentar de seu emprego como chanceler do Laboratório Cold Spring Harbor em Long Island,” também tem um fundo de verdade que por retaliação financeira, perda de financiamentos e cargos, “ele se tornou o primeiro Nobelista vivo a vender sua medalha.” (Amy Harmon, 01 de janeiro de 2019, The New York Times).[3]

Podemos conceder que os que silenciam a questão racial podem ser denominados de promotores da globalização. O próprio artigo do The New York Times aponta que o revide a considerada afronta de Waston foi a partir de “críticas globais”.

O biólogo ganhador do Nobel atraiu críticas globais com pronunciamentos infundados sobre genética, raça e inteligência {The Nobel-winning biologist has drawn global criticism with unfounded pronouncements on genetics, race and intelligence.}[4]

Sendo mais direto e preciso, como centro desta articulação global de intervenção na ciência e opinião pública cientifica, pode-se identificar o judaísmo internacional.  O acadêmico Kevin MacDonald em sua obra The Culture of Critique – An Evolutionary Analyses of Jewish Involvement in Twenteth-Century Intelectual and Political Moviments (1ª edição 1998, 2ª edição revisada 2002) aborda minuciosamente as várias linhas de frente do judaísmo internacional em ação nessa temática biológica, sociológica e cultural (este livro de Kevin MacDonald foi excluído da amazon por afrontar interesses alheios ao rigor investigativo).[5] Novamente, não é difícil deduzir, o atrito judaísmo internacional x Hitler sobre o que é verdade ou não na questão racial está como fundo de uma contenda.

A palavra raça que em si mesma é polissêmica (isto é, tem vários significados), e estando no centro de polemicas teóricas, sociológicas, geopolíticas e militares no século XX, foi alvo de disputas por definições[6] as quais resultaram na formação de um entendimento geral de que as palavras raça, racismo e racista estão necessariamente relacionadas com falta de entendimento cientifico e com implicância gratuita, no sentido de um povo ou raça causar mal a outro povo ou raça. Deste modo passou a se entender que raça, embora possa ser admitido possuir alguma realidade dentro da classificação dos povos, não seria relevante para compreender a natureza dos povos, e cuja investigação traria mais conflitos entre os povos do que benefícios científicos; ao passo que o racismo seria muito mais hostilidade gratuita contra alguma raça e não uma visão de mundo considerando a importância do significado racial em sua devida compreensão filosófica, antropológica e biológica; e racista seria o sujeito que pratica o mencionado racismo.

Assim, raça, racismo e racista passaram a ser palavras que supõem falta de conhecimento científico junto com hostilidade gratuita de alguém contra alguma raça. Daí associam tal alegada falta de conhecimento sobre a temática biológica-racial com preconceito, uma vez que preconceito é um parecer precipitado sem que o indivíduo que emita tal parecer tenha estudado o assunto previamente e seriamente. Deste modo foi gradualmente sendo colocado na opinião pública que o racista, que o indivíduo que estuda a raça e admite valor da raça é preconceituoso. Mas eis uma consideração fundamental: é que essa associação de que quem valoriza a realidade da raça é necessariamente um preconceituoso não se limita aos leigos, mas é imposta também nos mais sérios e rigorosos estudiosos.

O inglês Nicholas Wade (1942-), com graduação e mestrado em Ciências em Cambridge, Inglaterra (colunista das revistas Nature e Science, e do The New York Times), adentrou na polêmica em 2014 (A Troublesome Inheritance: Genes, Race and Human History, Penguin Books, 2014) e comentou sobre o ambiente de coerção direta e indireta instaurado no meio acadêmico quando o assunto é raça:

Ao referir-se a qualquer pessoa que investigue o fundamento biológico da raça como “racista científico” {ver parágrafo acima sobre a conotação que a palavra racista adquiriu}, e assim essencialmente satanizá-lo como se fosse racista, a esquerda acadêmica conseguiu suprimir quase toda discussão a respeito da diferenciação humana. A maior parte dos pesquisadores foge do assunto em vez de arriscar-se a ser maculados com insinuações de racismo, que colocariam em risco suas carreiras e financiamento (Nicholas Wade, Uma Herança incômoda – genes, raça e história humana, Editora Três estrelas, São Paulo, 2016, pagina 8).

Se um gigante vencedor de Nobel como James Watson teve problemas, embora pouco recuou ou se retratou, não é difícil imaginar que outros indivíduos sem a estatura dele teriam mais dificuldades em adentrar em tais polêmicas.   

Obviamente um indivíduo como Adolf Hitler, que embora sem graduação acadêmica fosse um erudito leitor, nos dias de hoje fosse ouvido (na verdade lido) sobre o que tem a considerar sobre a questão racial, seu parecer, por todo o contexto do século XX, especialmente o que é proveniente do embate entre seu regime político e o judaísmo internacional, embate o qual é por décadas baseado na narrativa do judaísmo internacional, seria entendido de que maneira? Certamente o parecer de Hitler seria reputado como sendo o parecer tanto de um ignorante no assunto como o de um louco cheio de ódio, o que vale dizer ser visto como um racista conforme é compreendida atualmente esta palavra. É exatamente isso aí que ocorre. Hitler é em geral visto como alguém que não estudou a temática racial de modo minimamente seriamente.

Mas as polêmicas da temática racial não começaram com o movimento político de Hitler em 1919/1920 ou quando este assume o poder na Alemanha em 1933. Muito produtivo em termos de compreensão sociológica e antropológica foi o trabalho Contemporary sociological theories (Harper & Brothers, Nova Iorque, 1928), do acadêmico russo Pitirim Sorokin (1889-1968), o qual, em suma, mostra que vários fatores atuam concomitantemente na sociedade humana, como, por exemplo, a densidade demográfica, os componentes biológico-raciais, econômicos e geográficos, entre outros. Neste trabalho vários nomes que atualmente são colocados como cientistas equivocados ou mal-intencionados, muitos deles anteriores à Adolf Hitler, são abordados apenas pelo conteúdo de suas teorias e pesquisas, sem adentrar em outras considerações a pessoa deles, como, por exemplo, de que viés político ou ideológico eles teriam ou supostamente teriam.

O grande biólogo de Oxford, John Randal Baker (1900-1984), comentou em 1974 sobre a mentalidade da época em que este trabalho de Sorokin foi publicado:

Em 1928, o ano após aquele no qual o segundo volume de Mein Kampf foi publicado, apareceu nos EUA um trabalho intitulado Contemporary sociological theories. O autor era Pitirim Sorokin, professor de Sociologia na Universidade de Minnesota. O livro contém um capítulo do problema étnico. Este capítulo é memorável, pois ela marca o fim do período no qual ambos os lados na controvérsia étnica estavam livres para colocar a frente suas visões, e os autores que desejavam fazer assim poderiam dar relatos da evidência apontando em cada direção. A partir do início dos anos da década de 1930 em diante escassamente qualquer um fora da Alemanha e seus aliados ousavam sugerir que qualquer raça poderia ser em algum respeito ou em algum sentido superior a qualquer outra, a menos que devesse parecer o autor estar apoiando ou fazendo concessões à causa nazista. Aqueles que acreditavam na igualdade de todas as raças estavam livres para escrever o que eles gostavam, sem medo de contradição. Eles fizeram o pleno uso da oportunidade deles nas décadas que seguiram, quando nada semelhante ao capítulo de Sorokin apareceu impresso. Ele mesmo {Sorokin} não apoiou nenhum lado. Tudo o que ele fez foi expressar ambos lados da controvérsia. O capítulo de Sorokin é bem digno de se ler hoje, conforme a lembrança do que era ainda possível antes da cortina vir abaixo. Em recentes anos um canto dela tem sido já levantada (John Randal Baker, Race, Oxford, Londres, 1974, página 61).

            Também esclarecedor sobre a relação do próprio regime político de Adolf Hitler com a questão racial foi o artigo em duas partes[7] que cientista político croata Tomislav Sunić (1953-) escreveu, o qual entendo ser bem exemplar para refutar a imagem distorcida sobre a questão racial do regime de Hitler que os inimigos deste fizeram. No artigo ficam expostos exemplos básicos de considerações científicas conciliadas com diplomacia e dignidade para com os demais povos por parte do regime político de Hitler, não sendo caracterizada postura alguma de irracionalidade ou hostilidade gratuita para com outros povos.

            Fica a pergunta para os que colocam inúmeros impedimentos e inúmeras desculpas para evitar a compreensão da temática racial: Adolf Hitler, conforme extração logo abaixo, não teve aversão às pesquisas, então por que supostos entendedores da verdade, que alegam não temer a verdade, teriam medo das pesquisas?

Por fim, é bem significativo que enquanto John Randal Baker admite certa propriedade na exposição sobre raça que fez Adolf Hitler em seu livro Mein Kampf (“A primeira parte do capítulo lidando com o problema étnico é muito bem escrita e não é desinteressante.”, John Randal Baker, Race, Oxford, Londres, 1974, página 59), o próprio Hitler após fazer suas considerações depositou expectativa no avanço das ciências para melhorar a compreensão da questão racial:

Futuramente caberá como tarefa a uma história mundial e cultural fazer pesquisas nesse sentido e não se deixar sufocar na enumeração de fatos puramente exteriores, como se dá, infelizmente, as mais das vezes, com a ciência histórica da atualidade (Adolf Hitler, capítulo 11, Volk und Rasse. em Mein Kampf).

 

Mykel Alexander possui Licenciatura em História (Unimes, 2018), Licenciatura em Filosofia (Unimes, 2019) e Bacharel em Farmácia (Unisantos, 2000).

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As noções de Raça (rasse) e cultura (Kultur) no Mein Kampf {livro de Adolf Hitler} em uma nova tradução por Senhor B. {academic auctor pseudonym}


Raça como um fenômeno natural

Há verdades de tal modo disseminadas por toda parte que chegam a escapar, por isso mesmo, à vista ou, pelo menos, ao conhecimento da maioria do povo. Este, passa frequentemente como cego diante destas verdades à vista de todo mundo e mostra a máxima surpresa, quando, de repente, alguém descobre o que todos, portanto, deveriam saber. Os ovos de Colombo andam espalhados por centenas de milhares; os Colombos, porém, são realmente mais difíceis de encontrar.

E assim os homens erram pelo Jardim da Natureza, convencidos de quase tudo saber e conhecer, e, no entanto, com raras exceções, deixam de enxergar um dos princípios básicos de maior importância na sua organização: o isolamento das espécies de todos os seres vivos desta terra[8].

Já a observação mais superficial nos mostra, como lei mais ou menos implacável e fundamental, presidindo a todas as inúmeras manifestações expressivas da vontade de viver na Natureza, o processo em si mesmo limitado, pelo qual esta se preserva e se multiplica. Cada animal só se associa a um companheiro da mesma espécie. O abelheiro cai com o abelheiro, o tentilhão com o tentilhão, a cegonha com a cegonha, o rato campestre com o rato campestre, o rato caseiro com o rato caseiro, o lobo com a loba, etc.

Só circunstâncias extraordinárias conseguem alterar essa ordem, entre as quais figura, em primeiro lugar, a coerção exercida pela prisão do animal ou qualquer outra impossibilidade de união dentro da mesma espécie. Aí, porém, a Natureza começa a defender-se por todos os meios, e seu protesto mais evidente consiste, ou em privar futuramente aos híbridos da capacidade de procriação ou em limitar a fecundidade dos descendentes futuros. Na maior parte dos casos, ela priva-os da faculdade de resistência contra moléstias ou ataques hostis.

Isso é um fenômeno perfeitamente natural.

 

A tendência inata à qualidade racial

Todo cruzamento entre dois seres um pouco desiguais dá, como produto, um intermediário entre os dois pontos ocupados pelos pais. Significa isto: o filho chegará provavelmente a uma situação mais alta que a de um de seus pais, o racialmente inferior, mas não atingirá, entretanto, a altura da outra metade superior. Mais tarde será, por conseguinte, derrotado na luta contra este superior. Semelhante união está, porém em franco desacordo com a vontade da Natureza, que, de um modo geral, visa o aperfeiçoamento da vida na procriação. Essa hipótese não se apoia na ligação do elemento superior com o inferior, mas na vitória incondicional do primeiro. O papel do mais forte é dominar, e não se misturar com o mais fraco, sacrificando assim sua grandeza própria. Somente o fraco de nascença poderá ver nisso uma crueldade, o que se explica pela sua compleição fraca e limitada; mas se esta lei não prevalecesse, todo desenvolvimento superior imaginável de todos os seres vivos orgânicos seria impensável.[9]

Esse instinto que vigora em toda a Natureza, essa tendência à qualidade racial, tem por consequência não só levantar uma barreira poderosa entre cada raça e o mundo exterior, como também uniformizar as disposições naturais dentro de si mesma. A raposa é sempre raposa, o ganso, ganso, o tigre, tigre, etc. A diferença só poderá residir na medida variável de força, robustez, agilidade, resistência etc., verificada em cada espécie individualmente. Nunca se achará, porém, uma raposa manifestando a um ganso sentimentos humanitários da mesma maneira que não há um gato com inclinação favorável a um rato.

Eis porque a luta recíproca surge aqui, motivada, menos por antipatia íntima, por exemplo, do que por impulsos de fome e amor. Em ambos os casos, a Natureza é uma espectadora, plácida e mesmo satisfeita. A luta pelo pão cotidiano deixa sucumbir tudo que é fraco, doente e menos resoluto, enquanto a luta do macho pela fêmea só ao mais sadio confere o direito ou pelo menos a possibilidade de procriação. Sempre, porém, aparece a luta como um meio de estimular a saúde e a resiliência na espécie, e, por isso mesmo, um incentivo ao seu aperfeiçoamento.

Se o processo fosse outro, cessaria todo progresso na continuação e na elevação da espécie, sobrevindo mais facilmente o contrário. Dado o fato de que o elemento de menor valor sobrepuja sempre o melhor na quantidade, mesmo que ambos possuam igual capacidade de conservar e reproduzir a vida, o pior elemento muito mais depressa se multiplica, a ponto de forçar o melhor a passar para um plano secundário. Impõe-se, por conseguinte, uma correção em favor do melhor. Mas a Natureza disso se encarrega, sujeitando o mais fraco a condições de vida difícil, que, só por isso, o número desses elementos se torna reduzido. Não consentindo que os demais se entreguem, sem seleção prévia, à reprodução, ela procede aqui a uma nova e imparcial escolha, baseada no princípio da força e da saúde.

Se, por um lado, ela pouco deseja a associação individual dos mais fracos com os mais fortes, ainda menos a fusão de uma raça superior com uma inferior. Isso se traduziria em um golpe quase mortal dirigido contra todo o seu trabalho ulterior de aperfeiçoamento, executado talvez através de centenas de milênios.

Inúmeras provas disso nos fornece a experiência histórica. Com assombrosa clareza ela demonstra, que, em toda mistura de sangue entre o ariano[10] e povos inferiores, o resultado foi sempre a extinção do elemento civilizador. A América do Norte, cuja população, decididamente, na sua maior parte, se compõe de elementos germânicos, que só muito pouco se misturaram com povos inferiores e de cor, apresenta outra humanidade e cultura do que a América Central e do Sul, onde os imigrantes, quase todos latinos, se fundiram, em grande número, com os habitantes nativos. Bastaria esse exemplo para fazer reconhecer clara e distintamente, o efeito da fusão de raças. O germano do continente americano elevou-se até a dominação deste, por se ter conservado mais puro e sem mistura; ali continuará a imperar, enquanto não se deixar vitimar pelo pecado da mistura do sangue.

 

Os resultados do cruzamento das raças

Em poucas palavras, o resultado do cruzamento de raças é, portanto, sempre o seguinte: a) rebaixamento do nível da raça mais forte; b) declínio físico e intelectual e, com isso, o começo de uma enfermidade, que progride devagar, mas seguramente.

Provocar semelhante coisa não passa então de um atentado, um pecado contra a vontade do Criador eterno.

Mas este atentado é, também, punido como um pecado.

Procurando rebelar-se contra a lógica férrea da Natureza, o homem entra em conflito com os princípios fundamentais, aos quais ele mesmo deve exclusivamente a sua existência no seio da humanidade. Desse modo, esse procedimento de encontro às leis da Natureza só pode conduzir à sua própria queda.

É oportuno repetir a afirmação do pacifista moderno, tão tolo quanto genuinamente judaico, na sua petulância: “O homem vence a própria Natureza!”. Milhões de indivíduos repetem mecanicamente esse absurdo judaico e imaginam, por fim, que são, de fato, uma espécie de domadores da Natureza. A única arma de que dispõem para firmar tal pensamento é uma ideia tão miserável, na sua essência, que mal se pode concebê-la.

Somente pondo de parte que o homem ainda não superou em coisa alguma a Natureza, não tendo passado de tentativas o levantar, pelo menos, uma ou outra pontinha do gigantesco véu sob o qual ela encobre os eternos enigmas e segredos; que ele, de fato, nada inventa, mas apenas descobre o que existe e que ele não domina a Natureza; e só tendo ascendido ao grau de senhor entre os demais seres vivos graças à ignorância destes e pelo seu próprio conhecimento de algumas leis e de alguns segredos da Natureza – pondo de parte tudo isso, uma ideia não pode dominar as hipóteses sobre a origem e o destino da Humanidade, visto a ideia mesma só depender do homem. Sem o homem não pode haver ideia humana no mundo, porquanto a ideia como tal é sempre condicionada pela existência dos homens e, por isso mesmo, por todas as leis, que regulam a sua vida.

E, não fica nisso! Ideias definidas acham-se ligadas a determinados indivíduos. Verifica-se isso, em primeiro lugar, no caso de pensamentos cujo conteúdo não deriva de uma verdade exata, científica, porém do mundo sentimental, reproduzindo, como se costuma tão claramente definir, hoje em dia, um fato “vivido interiormente”. Todas as ideias que em si nada têm que ver com a lógica fria, representando, pelo contrário, manifestações sentimentais, representações éticas, etc., prendem-se à vida do homem devido a sua própria existência à força imaginativa criadora do espírito humano.

Aí justamente é que se impõe a conservação dessas determinadas raças e criaturas como condição primordial para a durabilidade dessas ideias. Quem, por exemplo, quisesse realmente, de coração, desejar a vitória do pensamento pacifista, teria que se empenhar, por todos os meios, para que os alemães tomassem posse do mundo; pois, se porventura acontecesse o contrário, muito facilmente, com o último alemão, extinguir-se-ia também o último pacifista, visto o resto do mundo dificilmente já ter sido logrado por um absurdo tão avesso à natureza e à razão, quanto o foi o nosso próprio povo.  Seria, pois, necessário, de bom ou de mau grado, nos decidirmos com toda a seriedade a fazer a guerra a fim de chegarmos ao pacifismo. Foi isso e nada mais a intenção de Wilson, o redentor universal americano. Assim pensavam pelo menos os nossos visionários alemães que, por esse meio, chegaram a seus fins.

 

A luta enquanto essência da vida

Talvez o conceito pacifista humanitário chegue a ser de fato aceitável, quando o homem que for superior a todos, tiver previamente conquistado e subjugado o mundo, ao ponto de tornar-se o senhor exclusivo desta terra. A tal ideia torna-se impossível produzir consequências nocivas, desde que a sua aplicação na realidade se torna cada vez mais difícil, e por fim, impraticável. Portanto, primeiro, a luta, depois talvez o pacifismo. No caso contrário, a humanidade teria passado o ponto culminante do seu desenvolvimento resultando, por fim, não no império de qualquer ideia moral, mas sim em barbárie e caos. Naturalmente um ou outro poderá rir dessa afirmação. É preciso que ninguém se esqueça, porém, de que este planeta já percorreu o éter por milhões de anos sem ser habitado e poderá, um dia, empreender o mesmo percurso da mesma maneira, se os homens esquecerem que não devem sua existência superior às teorias de uns poucos ideólogos malucos, mas ao reconhecimento e à aplicação incondicional de leis férreas da Natureza.

Tudo que hoje admiramos nesta terra – ciência e arte, técnica e invenções – é o produto criador somente de poucos povos e talvez, na sua origem, de uma única raça. Deles também depende a estabilidade de toda esta cultura. Com a destruição desses povos baixará igualmente ao túmulo toda a beleza desta terra.

Por mais poderosa que possa ser a influência do solo sobre os homens, seus efeitos sempre hão de variar segundo as raças. A falta de fertilidade de um país pode estimular uma raça a alcançar nas suas atividades um rendimento máximo; em outra ela só se torna a causa da maior miséria, acompanhada de alimentação insuficiente e todas as suas consequências. As qualidades intrínsecas dos povos são sempre o que determina a maneira pela qual se exercem as influências externas. A mesma causa, que a uns leva a passar fome, provoca em outros o estímulo para trabalhar com mais afinco.

A razão pela qual todas as grandes culturas do passado pereceram, foi a extinção, por envenenamento de sangue, da primitiva raça criadora[11].

A última causa de semelhante decadência foi sempre o fato de o homem ter esquecido que toda cultura dele depende e não vice-versa; que para conservar uma cultura definida o homem, que a constrói, também precisa ser conservado.

Semelhante conservação, porém, se prende à lei férrea da necessidade e do direito de vitória do melhor e do mais forte.

Quem desejar viver, que se prepare para lutar, e quem não estiver disposto a isso, neste mundo de luta eterna, não merece a vida.[12]

Por mais doloroso que isso seja, é preciso confessá-lo – é assim que as coisas são! A sorte mais dura é, sem dúvida alguma, a do homem que julga poder vencer a Natureza e na realidade a Natureza do mesmo escarnece. A réplica da Natureza se resume então em privações, infelicidades e moléstias! O homem que desconhece e despreza as leis raciais, em verdade, perde desgraçadamente a felicidade que lhe parece reservada, impede a marcha triunfal da melhor raça, com isso estreitando também a condição primordial de todo progresso humano. No decorrer dos tempos, vai caminhando para o reino do animal indefeso, sobrecarregado com a sensibilidade humana.

 

A raça criadora de cultura por excelência

É uma tentativa ociosa querer discutir qual a raça ou quais as raças que foram os depositários da cultura humana e os verdadeiros fundadores de tudo aquilo que compreendemos sob o termo “humanidade”. É mais simples aplicar essa pergunta ao presente, e, aqui também, a resposta é fácil e clara. O que hoje se apresenta a nós em matéria de cultura humana, de resultados colhidos no terreno da arte, da ciência e da técnica, é quase que exclusivamente produto da criação do ariano. É sobre tal fato, porém, que devemos apoiar a conclusão de ter sido ele o fundador exclusivo da humanidade superior, representando assim o arquétipo daquilo que entendemos por “homem”. É ele o Prometeu da humanidade, e da sua fronte é que jorrou, em todas as épocas, a centelha do gênio, acendendo sempre de novo aquele fogo do conhecimento que iluminou a noite dos tácitos mistérios, fazendo ascender o homem a uma situação de superioridade sobre os outros seres terrestres. Exclua-o, e, talvez depois de poucos milênios, descerão mais uma vez as trevas sobre a terra; a civilização humana chegará a seu termo e o mundo se tornará um deserto.

Se a humanidade se pudesse dividir em três categorias: fundadores de cultura, depositários de cultura e destruidores de cultura, só o ariano deveria ser visto como representante da primeira classe. Dele provêm os alicerces e os muros de todas as criações humanas, e apenas a forma externa e a cor são determinadas pelos traços característicos de cada povo. É ele quem fornece o formidável material de construção e os projetos para todo progresso humano. Só a execução da obra é que varia de acordo com as condições peculiares das outras raças. Dentro de poucas dezenas de anos, por exemplo, todo o leste da Ásia possuirá uma cultura, cujo último fundamento será tão impregnado de espírito helênico e técnica germânica quanto o é a nossa. A forma exterior é que, pelo menos parcialmente, acusará traços de caráter asiático. Muitos julgam erroneamente que o Japão assimilou a técnica da Europa na sua civilização. Não é o caso. É a ciência e a técnica europeias que recebem apenas um verniz japonês. A base da vida real não é mais a cultura específica do Japão – embora seja ela quem dá “a cor local” à vida do país – o que impressiona mais à observação do europeu, justamente devido aos aspectos externos originais: aquela base se encontra, porém, na formidável produção científica e técnica da Europa e da América e, portanto, de povos arianos. Só se baseando nessas produções é que o Oriente poderá seguir o progresso geral da humanidade. Só elas é que descortinam o campo para a luta pelo pão cotidiano, criando, para isso, armas e utensílios; ao espírito japonês só se vai adaptando gradualmente o aspecto exterior de tudo isso.

Se a partir de hoje, cessasse toda a influência ariana sobre o Japão – imaginando-se a hipótese de que a Europa e a América atingissem uma decadência total – a ascensão atual do Japão no terreno técnico-científico ainda poderia perdurar algum tempo. Dentro de poucos anos, porém, a fonte iria secar, sobreviveria a preponderância do caráter japonês, e a cultura atual morreria, regressando ao sono profundo, do qual, há setenta anos, fora despertada bruscamente pela onda da civilização ariana. Eis porque, em tempos remotos, também foi a influência do espírito estrangeiro que despertou a cultura japonesa. Hoje também o progresso do país é inteiramente devido à influência ariana. A melhor prova desse fato é a fossilização e a rigidez, que, mais tarde, se foram verificando em tal cultura, fenômeno este que um povo só pode assinalar, quando a primitiva semente criadora se perdeu em uma raça, ou quando a viu faltar à influência externa que dera o impulso e o material necessários ao primeiro desenvolvimento cultural. Pode-se denominar tal raça depositária, nunca, porém, criadora de cultura. Está provado, que quando a cultura de um povo, na sua essência, foi recebida, absorvida e assimilada de raças estrangeiras, uma vez retiradas influências exteriores, ela cai de novo no mesmo torpor.

Um exame dos diferentes povos, sob tal ponto de vista, confirma o fato de que, nas origens, quase não se trata de povos construtores, mas, sempre pelo contrário, de depositários de uma civilização.

Sempre resulta mais ou menos, o seguinte quadro de sua evolução: tribos arianas – muitas vezes em número ridiculamente reduzido – subjugam povos estrangeiros, desenvolvendo, então, animadas por condições especiais da nova região (fertilidade, clima etc.) e favorecidas pelo número avultado de auxiliares de tipo inferior, suas latentes capacidades intelectuais e organizadoras. Elas criam, frequentemente, em poucos milênios e até em períodos de séculos, civilizações, que, de começo, revelam integralmente os traços íntimos da sua individualidade adaptados às propriedades específicas do solo como dos homens por elas subjugados. Por fim acontece, porém, que os conquistadores pecam contra o princípio – observado no começo – da pureza conservadora do sangue. Dão para misturar-se com os habitantes subjugados, e põem termo com isso à sua própria existência; pois a queda, no homem, do paraíso, foi seguida de sua expulsão.

Depois de um milênio ou mais, transparece frequentemente o último vestígio visível do antigo povo dominador na coloração mais clara da pele, deixada pelo seu sangue à raça vencida e também em uma civilização entorpecida, criada por ele primitivamente para ser a geradora de outras. Da mesma maneira que o verdadeiro conquistador espiritual se perdeu no sangue dos vencidos, perdeu-se também o combustível para a tocha do progresso da civilização humana! Tal qual a cor da pele, devido ao sangue do antigo senhor, ainda guardou como recordação um ligeiro brilho, a noite da vida espiritual igualmente se acha suavemente iluminada pelas criações dos primitivos portadores de luz. Através de toda a barbárie recomeçada, elas continuam a brilhar despertando no espectador distraído a suposição de ver o quadro de um povo atual, enquanto ele apenas mira no espelho do passado.

Pode então acontecer, que, no decorrer da sua história, um povo entre em contato duas vezes ou até mais com a raça de seus antigos civilizadores, sem que seja preciso existir ainda uma reminiscência de prévios encontros. O resto do antigo sangue dominador se encaminhará inconscientemente para o novo tipo e a vontade própria conseguirá então o que, a princípio, só era possível por coação. Verifica-se uma nova onda civilizadora que se mantém, até que os seus expoentes desapareçam por sua vez no sangue de povos estrangeiros.

Futuramente caberá como tarefa a uma história mundial e cultural fazer pesquisas nesse sentido e não se deixar sufocar na enumeração de fatos puramente exteriores, como se dá, infelizmente, as mais das vezes, com a ciência histórica da atualidade.

 

Notas

[1] Nota de Senhor B. {academic auctor pseudonym}: HITLER, Adolf. 11. Kapitel: Volk und Rasse. Em: Mein Kampf. Deutsche Sprache, 1925, Ungekürzt. Free Thought Books, 1925. 

[2] Nota de Mykel Alexander: Ver especialmente Germar Rudolf (Ed.), Dissecting the Holocaust - The Growing Critique of ‘Truth’ and ‘Memory’, Castle Hill Publishers, P.O. Box 243, Uckfield, N22 9AW, UK, novembro de 2019 (3ª edição revisada).

https://holocausthandbooks.com/index.php?main_page=1&page_id=1

Também ver de modo mais abrangente toda a série Holocaust Handbooks:

https://holocausthandbooks.com/index.php?main_page=1

[3] Nota de Mykel Alexander: James Watson Had a Chance to Salvage His Reputation on Race. He Made Things Worse., por Amy Harmon, 01 de janeiro de 2019, The New York Times).

https://www.nytimes.com/2019/01/01/science/watson-dna-genetics-race.html

[4] Nota de Mykel Alexander: James Watson Had a Chance to Salvage His Reputation on Race. He Made Things Worse, por Amy Harmon, 01 de janeiro de 2019, The New York Times).

https://www.nytimes.com/2019/01/01/science/watson-dna-genetics-race.html

[5] Nota de Mykel Alexander: Nota de Mykel Alexander: Amazon bane Culture of Critique e Separation and Its Discontents - Por Kevin MacDonald, 15 de abril de 2019, World Traditional Front.

Traduzido do inglês ao português por Mykel Alexander a partir de:

“Amazon Bans Culture of Critique and Separation and Its Discontents”, por Kevin MacDonald, 12 de março de 2019, The Occidental Observer:

https://www.theoccidentalobserver.net/2019/03/12/amazon-bans-culture-of-critique-and-separation-and-its-discontents/

[6] Nota de Mykel Alexander: Ver especialmene John Fuerst, The Nature of Race the Genealogy of the Concept and the Biological Cons truct's Contemporaneous Utility.  Enviado para Open Behavioral Genetics 25 de dezembro de 2014, e publicado em Open Behavioral Genetics 20 de junho de 2015.

https://philpapers.org/rec/FUETNO

[7] Nota de Mykel Alexander: Ver:

- A noção de diversidade racial na academia alemã e na legislação nacionalsocialista - parte 1 - Por Tomislav Sunić, 01 de junho de 2018, World Traditional Front.

http://worldtraditionalfront.blogspot.com/2018/06/a-nocao-de-diversidade-racial-na.html

Traduzido do inglês ao português por Mykel Alexander a partir de: The Notion of Racial Diversity in German Academia and National-Socialist Legislation, Part 1, The Occidental Observer, 03/09/2017.

https://www.theoccidentalobserver.net/2017/09/03/the-notion-of-racial-diversity-in-german-academia-and-national-socialist-legislation-part-1/

- A noção de diversidade racial na academia alemã e na legislação nacionalsocialista - parte 2 - Por Tomislav Sunić, 06 de junho de 2018, World Traditional Front.

http://worldtraditionalfront.blogspot.com/2018/06/a-nocao-de-diversidade-racial-na_6.html

                Traduzido do inglês ao português por Mykel Alexander a partir de: The Notion of Racial Diversity in German Academia and National-Socialist Legislation, Part 2, The Occidental Observer, 17/09/2017.

https://www.theoccidentalobserver.net/2017/09/17/the-notion-of-racial-diversity-in-german-academia-and-national-socialist-legislation-part-2/

[8] Nota de Senhor B. {academic auctor pseudonym}: “der inneren Abgeschlossenheit der Arten sämtlicher Lebewesen dieser Erde”.

[9] Nota de Senhor B. {academic auctor pseudonym}: Ocioso comentar o número de equívocos tendenciosos na tradução deste parágrafo, cujo original diz: “Das heißt also: das Junge wird wohl höher stehen als die rassisch niedrigere Hälfte des Elternpaares, allein nicht so hoch wie die höhere. Folglich wird es im Kampf gegen diese höhere später unterliegen. Solche Paarung widerspricht aber dem Willen der Natur zur Höherzüchtung des Lebens überhaupt. Die Voraussetzung hierzu liegt nicht im Verbinden von Höher – und Minderwertigem, sondern im restlosen Siege des ersteren. Der Stärkere hat zu herrschen und sich nicht mit dem Schwächeren zu verschmelzen, um so die eigene Größe zu opfern. Nur der geborene Schwächling kann dies als grausam empfinden, dafür aber ist er auch nur ein schwacher und beschränkter Mensch; denn würde dieses Gesetz nicht herrschen, wäre ja jede vorstellbare Höherentwicklung aller organischen Lebewesen undenkbar”.

 [10] Nota de Senhor B. {academic auctor pseudonym}: Do original “der Arier”, nome sânscrito para os indo-europeus que significa “nobre” ou “distinto”, ligado às grandes migrações indo-europeias ou arianas do terceiro milênio a.C. responsáveis pela fundação das civilizações hindu, suméria, persa, egeia e romana, além de todas as tribos celtas e germanas dispersas pelo centro e norte europeu até o advento do Cristianismo. A atribuição deste nome aos alemães feita pelo autor não é, como se verá, exclusivista e nem megalomaníaca como se popularizou.

[11] Nota de Senhor B. {academic auctor pseudonym}: Do original: “Alle großen Kulturen der Vergangenheit gingen nur zugrunde, weil die ursprünglich schöpferische Rasse an Blutvergiftung abstarb”.

[12] Nota de Senhor B. {academic auctor pseudonym}: “Wer leben will, der kämpfe also, und wer nicht streiten will in dieser Welt des ewigen Ringens, verdient das Leben nicht”.

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