domingo, 28 de outubro de 2018

Desnacionalização da Economia {Por que a economia no Nacional-Socialismo Alemão (nazismo) foi odiada pelos Aliados?} - Por Salvador Borrego


Salvador Borrego
            Se um país vende seus meios de produção a capitais estrangeiros, que depois transforma-os em utensílios e os levam a seus lugares de origem;

            Se um país submete a seus trabalhadores a uma competência internacional para oferecer cada ano mão de obra mais barata;

            Se um país se afunda na armadilha de não autofinanciar seu crescimento, se não há endividar-se no estrangeiro e depois se vê acossado por interesses usurários;

            Se um país aceita entregar seu mercado interno aos produtores estrangeiros, abrindo suas portas de par em par;

            Se um país procede assim, o que de estranho tem que caminha para a ruína[1]?

            E é o que está ocorrendo desde o México até a argentina.

            Para incorrer em tais absurdos se fala de um Economia que – de ser liberal – passou a ser Neoliberal. E se dá a entender que esta Economia (que só vem de uma “Teoria”), obedece a “leis econômicas”, como se estas fossem superiores a razão e o interesse e a sobrevivência dos povos.

            Existem dezenas de “teorias econômicas”. A da Manchester, a Franco-americana, a Jurídica-social, a Clássica (da qual, se deriva a Neo-Liberal, que nos arruína), e outras mais. Mas de que vale uma teoria quando não é capaz de dar ao povo o m ais imprescindível para sua subsistência? … E de que vale quando nem sequer pode brindar ao povo uma esperança em que as coisas melhorarão em um futuro imediato?

            Mas porque aferrar-se a uma “teoria” arruinadora como a dos últimos 32 anos da vida do México?

            Simplesmente, porquê desde 1970 se pactuou secretamente, a desnacionalização da Economia Mexicana. As verdades costumam ser simples como esta.

            Falso que a economia seja um ciência infinitamente complexa, fora do alcance do sentido comum, sobre a qual está vedado ao povo colocar sua visão. Assim se tem querido forjar um dogma a fim de que não se descubra que governantes “comprometidos” (ainda que não com seu povo) têm desnacionalizado a economia de seus países.

            John Kenneth Galbraith (estelar economista norte-americano) disse:
Não há neste domínio (o da Economia) nenhuma ideia que não possa ser expressada em linguagem comum e corrente, ainda que isso exija algum esforço, a obscuridade que caracteriza a prosa econômica profissional não deriva da dificuldade do tema. É consequência de um pensamento não totalmente amadurecido; ou bem reflete o desejo do alto perito de elevar-se por cima do vulgo[2]
            Outro economista não menos famoso, Ludwig von Mises, afirma que:
“A economia, agradando-nos ou não, tem deixado de ser uma ramificação esotérica do saber, acessível somente a uma minoria de estudantes e especialistas porquê a ciência econômica se ocupa precisamente dos problemas básicos da sociedade humana[3]
            Assim, pois, o leitor não deve deixar-se impressionar demasiadamente pela ladainha de termos com que políticos e economistas oficiosos explicam que se o nível de vida vai mau se deve a leis “superiores”, impossíveis de modificar. Sofismas pelo estilo tem por objetivo ocultar que certas Cúpulas Supra-capitalistas têm se apoderado, em seu próprio benefício, da Economia dos povos. E têm conseguido mediante a a conivência de governantes dóceis e suas lojas ou cegos por sua própria ignorância[4].”


Se pode afundar um país emprestando-lhe dinheiro?

            Uma resposta apressada diria “naturalmente que não!”...

            Todavia, faz mais de três mil anos que já se havia elaborado um mecanismo para que o crédito beneficiasse particularmente o prestamista, ainda com o prejuízo do devedor.

            Oitocentos anos antes de Cristo o profeta Amós condenava a esse tipo de negociantes. “Aumentais os preços, alterais as balanças, obrigais aos pobres a vender-se por um par de sandálias.[5]

            A palavra “mamon” (em aramaico) significava o enriquecimento feroz as custa do próximo. O economista alemão Gottfried Feder dedicou um estudo específico em relação a servidão do juros do dinheiro, “O mamonismo – disse – é a grave enfermidade que tudo alcança e invade, da qual padece nosso atual mundo civilizado e, mais ainda, toda a humanidade. É uma epidemia devastadora, como um veneno corrosivo.[6]

            Feder explica que por mamonismo tem de entender-se, por uma parte, como o poder mundial do dinheiro, e por outra, como uma concepção da vida orientada exclusivamente aos valores materiais, com a queda de todas as normas morais.
            “A tese do empréstimo à juros – afirma Feder – é o invento diabólico do supra-capitalismo. Só ela possibilita a indolente vida de zangão de uma minoria de poderosos do dinheiro, as custas dos povos criadores e de sua capacidade de trabalho, é ela quem tem levado a sociedade a viver contrastes abismais.
            “O rompimento da servidão do juros do dinheiro significa a restauração da livre personalidade, a salvação do homem da escravização e também da fascinação mágica em que sua alma foi enredada pelo mamonismo.
            “O capital prestamista é tão infinitamente superior frente a todo grande capital industrial (dedicado a produção), que as grandes potências do dinheiro só podem ser enfrentadas eficientemente mediante o rompimento da servidão dos juros do capital prestamista.”
            Em 1932, quando todavia essa desproporção não era tão grande com agora, o capital prestamista era vinte vezes maior que o capital industrial, tão somente na Alemanha. Desta maneira o povo estava pagando 12,000 milhões de marcos por juros anualmente.
           
            Agora todos os povos vivem aplastados – entre outros fatores – pelo pagamento dos juros de sua dívida. Se se tira este obstáculo, explica Feder, é possível abolir numerosos impostos, propiciar as inversões, elevar a produção, dar milhares e milhares de postos de trabalho e alcançar um nível de vida superior.

            Em efeito, o México está pagando anualmente[7], 240,000 milhões de pesos, só de juros[8]. Em um sexênio se vai UM BILHÃO E MEIO de pesos. O que poderia fazer-se com este dinheiro!... Esta é uma sangria diária ao trabalho de todos os mexicanos. Dinheiro que vai aos borbotões para enriquecer mais aos prestamistas.

           
Existe outra Economia que não a extorsão?

            Na atualidade não.

            Mas houve, pacificamente, durante sete anos na Alemanha de 1933 a 1939. Em seu início recebeu um país em crise, com seis milhões de desempregados e dois milhões de sub-empregados. A essa economia lhe bastaram dois anos para impulsionar um desenvolvimento transbordante e aos quatro anos o país era já uma potência entre as potências.

            O paradoxo que os que implementaram essa mudança – em primeira fila Spengler, Deumer, Lueger, Feder e Hitler – não partiram propriamente desde uma teoria, senão de uma nova concepção material e espiritual.

            Oswald Spengler afirmava:
            “Toda vida econômica é a expressão de uma vida psiquíca... Uma economia pode moldar-se segundo a alma de uma geração. A economia tem um dever moral. Desde Adam Smith até Marx se utiliza uma análise eminentemente materialista...
            Teremos uma concepção nova da economia que está situada  mais além do capitalismo e do socialismo.[9]
            Por sua parte, Feder proclamava:
            “Na área da política financeira nosso princípio reza: as finanças estão a serviço da Comunidade. Os plutocratas não devem formar um Estado dentro do Estado... Na área da política social nosso princípio é: o bem comum é a lei suprema.[10]
            Em conversa com os operários da construção – onde milhões de desempregados estavam encontrando emprego – Hitler lhes dizia:
            “Eu julgo a economia desde o ponto de vista do proveito que ela proporciona e não partindo de uma teoria. Assim, pois, se alguém me disser: 'Ouça, tenho uma teoria econômica maravilhosa', eu lhe responderia: 'Que proveito se pode obter?' Isto é o decisivo. A teoria não me interessa em modo algum; me interessa unicamente o proveito, pois as pessoas não estão a serviço da economia, senão a economia a serviço das pessoas.”
            Coincidindo totalmente com Feder, Hitler rechaçou as proposições de Schacht[11] para que a Alemanha pedisse empréstimos ao estrangeiro.
Os créditos – lhe disse –, ademais de que significam uma carga de juros, implicam depender politicamente de forças estranhas à nação... Os juros devoram a capacidade de poupança do povo.[12]
            Enfim, o princípio de que “uma economia pode modelar-se segundo a alma de uma geração”, se viu realizado no quinto ano de regime da nova economia Nacional Socialista. No estrangeiro, muitos economistas haviam-se enganado quanto ao “experimento” e haviam esperado uma catastrófica queda alemã. Como isto não ocorria, depois de oito anos, o College Radcliffe, de Cambridge, Massachusetts, ofereceu uma bolsa de estudos a Maxine Yaple Sweezy para que fosse a Alemanha fazer uma investigação.

            Maxine disse que era necessário fazer um estudo da estrutura nazi porquê – contra o esperado – nenhuma inflação, nem a falta de recursos econômicas nem um revolução interna haviam liquidado a Hitler.

            E já no campo dos fatos, Maxine foi encontrando muitas novidades, das quais a imprensa mundial não dava cabal informação.

  • Reduzido o custo do Governo, os fundos se dedicavam a empreender grandes obras públicas para dar trabalho aos desempregados[13]
  • A agricultura recebeu decisivo apoio com a Frente de Trabalho[14], e outras medidas, e pode incrementar a produção de víveres para não depender da importação estrangeira. 
  • Na indústria se fixaram propriedades. Se um investimento ia render consideráveis lucros, mas não produzisse algo que fosse de benefício coletivo, o respectivo investimento era desviado a outro produto, ainda que desse menos lucros. 
  • Era obrigado que a indústria rebaixasse os preços de seus produtos quando se conseguia diminuir o custo de tais matérias primas (insumos). Um sentido de patriotismo contra-arrestava a ambição de obter mais lucros. 
  • Os líderes que se enriqueciam com cotas sindicais foram substituídos por “tribunais de honra”, que exigiam cumprir seus deveres a operários tanto os operários como os patrões. O patriotismo se mobilizou como um nexo de solidariedade. 
  • Esse mesmo nexo foi cultivado para aproximar à classe alta, a média e a baixa, a fim de que a unidade de classes desse mais força a nação. 
  • Enquanto se criavam empregos para os desempregados, um dia ao mês seus compatriotas consumiam “um prato único” (na refeição do meio dia) e cediam o resto para o Serviço de Auxílio[15]
  • Trabalhadores e empregados que chegavam a idade de retiro, mas em boas condições físicas, seguiam trabalhando. Para casos de redução de rendimento se criaram oficinas especiais[16]
  • Plano de construção de casas: o custo máximo era de 7,000 marcos, dos quais podiam obter-se 2,000 como empréstimo governamental, com uma taxa de juros de 3% anual. 
  • Isenção de impostos à empresas que desenvolvessem processos técnicos de importância nacional. Isto alentava a criatividade.        
  • Se impulsionou a indústria química para produzir substitutos para produtos escassos. Assim surgiu a margarina. Do carbono de pedra se começou a produzir gasolina sintética. Com pele de pescado se faziam sapatos. Os ônibus foram adaptados para usar gás em vez de gasolina. Se aproveitou o vidro para fazer tubulações. O papel e o óleo descartado foram reciclados e utilizados novamente. Os pastos de verão puderam ser utilizados no inverno mediante depósitos fermentadores. Da serragem se obteve farinha para forragem. Das batatas se extraíram açúcar, etc. Surgiu uma grande variedade de compostos químicos ersatz[17]
  • A economia se ajustou para evitar desvalorizações, pois se negou que estas tivessem algo positivo, ainda que o sistema liberal lhes atribuíssem certas virtudes. 
  • Nasceu o Volkswagen. Em cinco anos se duplicou o número de automóveis. Em Fallersleben se construiu não só a maior fábrica de automóveis do mundo, senão a maior fábrica do mundo de modo geral. 
  • Muitas liberdades (próprias do liberal “deixa fazer, deixa passar”) foram restringidas quando se tratava de beneficiar as maiorias. Um sentido de solidariedade conseguia que isto fosse aceitado, segundo o socialismo nacional[18]
            O conhecimento de outras realizações ficou vedado para viajantes como Maxine Y. Sweezy. Por exemplo, os grandes laboratórios de Peenemunde[19], donde se inventou o motor capaz de lançar foguetes estratosféricos, e donde se resolveram os problemas a fim de colocar satélites no espaço exterior, que agora são utilizados na comunicação telefônica mundial.

            Maxine tampouco pode inteirar-se de que, em um laboratório de Rostock, o físico Pabst von Chaim estava terminando de inventar um motor a reação, que depois foi aperfeiçoado pelo professor Messerschimitt. Este motor (conhecido agora como “jet”), veio a transformar a aeronáutica em todo mundo.

            Ao mesmo tempo, nos laboratórios de Heinkel dava seus primeiros passos a computação. Assim nasceu para fazer rapidamente os complicados cálculos sobre o melhor rendimento das curvaturas nas asas dos aviões.

            Maxine tampouco teve acesso a muitas outras oficinas ou laboratórios onde a física, a mecânica e a química estavam conseguindo avanços superiores ao que se conhecia no mundo ocidental. (Ao terminar a guerra os aliados  requisitaram 346 mil patentes).

            Ainda que Maxine reconhece que teve muitos êxitos a Economia Nacional-Socialista que regia na Alemanha de Hitler, suas conclusões a condenam porque – disse – entranhava um fator “antissemita” e porque “era um economia de guerra”. Esta última colocação havia-se encarregado de difundir o professor Samuelson, coisa que lhe valeu obter o Prêmio Nobel de 1970.

            Todavia, se trata de um dogma sem bases reais.

            John Kenneth Galbraith, chefe do Controle de Preços nos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial, disse que até 1941 (durante os primeiros nove anos de regime de Hitler), havia mais economia de guerra na Grã-Bretanha que na Alemanha. O demonstra – afirma – que nesse ano os ingleses fabricaram 20,100 aviões militares, frente a 10,775 aviões alemães; 4,843 tanques ingleses, frente a 3,790; 16,700 canhões frente a 11,200[20]

            Outro especialista, Burton E. Klein, também nega que a Economia Nacional Socialista tivesse se baseado desde 1933 no que se chama de “economia de guerra”. Até que a guerra se generalizou (1941 – 1942) começou o grande esforço bélico. Hitler persistiu muito tempo na ideia de que a contenda se localizaria no choque Alemanha – URSS. Via como “anti-natural” que o Ocidente chegasse a uma luta total para salvar o Comunismo. Seu secretário de Relações Exteriores, Von Ribbentrop, lhe cultivava esta crença. Todavia o voo de Hess para a Inglaterra, em maio de 1941, tinha a intensão de convencer os ingleses de que a Alemanha não queria guerra contra eles[21].


Objetivo Prioritário:
Ocultar o que era a Economia Nacional Socialista

            As realizações dessa economia foram tão consideráveis e se deram em tão curto tempo, que seus adversários têm considerado indispensável ocultarem no que consistia. Tem-se colocado em cima uma lápide e não se mostra aos universitários nem aos alunos das escolas de economia.

            É mais um dos motivos da Segunda Guerra Mundial. Foi precisamente acabar com dita economia, a fim de que unicamente reja a [atual] economia, encaminhada para a Globalização. 

Tradução e palavras entre chaves por Mykel Alexander



Notas


[1]    Nota de Salvador Borrego: Tudo isto é precisamente o oposto à economia Nacional Socialista que expõe Gottfried Feder.

[2]    Nota de Salvador Borrego: Memorias, J. K. Galbraith; Editora Grijalbo; 1982.

[3]    Nota de Salvador Borrego: La Acción Humana.  Tratado de Economia. Ludwig von Mises; Editorial Sopec, S.A.; Madrid; 1968.

[4]    Nota de Salvador Borrego: Um exemplo de ensinamentos desorientados, não isenta de certo esoterismo científico, pode encontrar-se no Tratado de economia do Prêmio Nobel Paul Samuelson. Editora McGraz-Hill, 1980.

[5]    Nota do tradutor: Livro do Profeta Amós, 8, versículo 4 e 6.

[6]    Nota de Salvador Borrego: A enciclopédia UT.E.HA diz que,  na boca de Jesus Cristo, o termo mamonismo implica uma tentação exagerada de riqueza que faz os homens pecarem e perderem-se.

[7]    Nota do tradutor: O ano exato de quando o artigo foi escrito não sei exatamente, mas com certeza foi após 1981.

[8]    Nota do tradutor:  Em artigo publicado em abril de 2014 o economista Adriano Benayon pontuou o gasto do  Brasil somente com o pagamento de juros em 350 bilhões de reais anuais que são sugados pelos bancos multinacionais. Em outras palavras o Brasil, somente para pagar juros, praticamente paga 1 bilhão de reais por dia. Fonte: http://inacreditavel.com.br/wp/financas-e-subdesenvolvimento/ e http://www.diarioliberdade.org/opiniom/opiniom-propia/47892-finan%C3%A7as-e-sub-desenvolvimento.html .

[9]    Nota de Salvador Borrego: Se referia ao “socialismo marxista”, que deformou o sentido original do termo pois corretamente  este implica preeminência da sociedade sobre o interesse isolado  de indivíduos ou grupos.

[10]  Nota de Salvador Borrego: Isso se promete em muitas democracias, mas não se cumpre.

[11]  Nota do tradutor: Horace Greeley Hjalmar Schacht (1877 – 1970) Foi um economista, banqueiro, e político liberal alemão, que, conforme expõe Salvador Borrego, encabeçava um:

                       “(...) grupo conspirador, bem encoberto. Fingindo-se amigo de Goering, primeiro, e depois de Hitler, atuou como presidente do Reichsbank desde março de 1933 até janeiro de 1939; como ministro de Economia desde julho de 1934 até novembro de 1937, e como ministro sem pasta até janeiro de 1943. O caso de Schacht é extraordinário. Em 1908 se fez maçom seguindo a tradição de sua família, pois seu avô Christian Ulrich havia figurado entre os grandes 'mestres' de sua época. Através da maçonaria Schacht se vinculou com numerosos judeus banqueiros internacionais, os quais o ajudaram a prosperar em sua carreira.” (Salvador Borrego, Derrota Mundial, capítulo III, O Ocidente se interpõe, sub-capítulo o calcanhar de Aquiles do Nacional Socialismo.)

[12]  Nota de Salvador Borrego: Tem havido ano em que o México destina 60% de seu orçamento para pagar o 'serviço da dívida', e para fazê-lo tem tido que emitir bônus ou pedir outros empréstimos.                 

[13]  Nota de Salvador Borrego: Hitler e outros funcionários não cobravam soldo.

[14]  Nota do tradutor: A Frente Alemã de Trabalho (D.A.F.) se ocupa em função de uma cosmovisão da condução política e técnica de todos os trabalhadores alemães.  A finalidade da Frente Alemã de Trabalho não é o lugar donde seriam decididos os problemas materiais da vida cotidiana do trabalho e sim no doutrinamento na concepção nacional socialista dos cidadãos que vivem de seu trabalho. De modo simplificado a Frente Alemã de Trabalho se empenhava em resgatar os valores do trabalho como realização da vocação do Ser Humano, a integração e conscientização do trabalho de cada cidadão na coletividade alemã, no aperfeiçoamento técnico e na organização logística do trabalho dentro do funcionamento da nação. Fonte capítulo terceiro (a nova ordem social e econômica) da versão em castelhano da obra publicada em 1934 na Alemanha como Die Wirtschaft in nationalsozialistischen Weltbild, da autoria de Arthur R. Hermann e Arthur Ritsch.

[15]  Nota do tradutor: Refere-se ao trabalho social do governo do III Reich chamado de Auxílio de Inverno que foi implementado em outubro de 1933, quando na no Reich haviam 17 milhões de alemães necessitando de ajuda. Na realidade a colaboração do prato único foi apenas um dos meios que o programa Auxílio de Inverno utilizou. Foram utilizados doações provenientes em datas específicas dos proprietários de armazéns e casas de comércio, restaurantes, titulares de contas corrente em bancos, loteria, festivais artísticos. Com o passar do tempo, conforme o corpo governamental ganhava experiência o programa de Auxílio de Inverno foi sendo aprimorado. Um detalhe fundamental deste programa é que ele foi implementado num Estado Politizado e Racista, considerando o racismo em questão em teor científico, porém sem ter em conta a posição política, a raça ou nacionalidade do beneficiado, em acordo com o discurso de Hitler proferido no inverno de 1935/1936, quando o líder germânico comunicou que: “Nós não excluímos á ninguém! Combatemos o comunista até vencê-lo. Mas, se ele diz: tenho fome, se lhe dará de comer.” O número de estrangeiros socorridos no inverno de 1937/1938 tem chegado aproximadamente 90.000 pessoas. O auxílio aos judeus necessitado se executou através do Auxílio Judeu de Inverno. Fonte: Cesare Santoro, Socialismo Nacional contra Socialismo Internacional, edição mexicana que é a tradução do original em alemão Der Nationalsozialismus, publicado no inverno de 1937/1938.

[16]  Nota do tradutor: É fundamental esclarecer que o esforço que o governo fez para manter em atividade os que mesmo aposentados tendo plenas condições de trabalho e também para os que não tinham plenas condições de trabalho era, antes de tudo, para permitir ao cidadão veterano viver plenamente, na medida de suas capacidades, sem que enveredasse para o sedentarismo e para a estagnação, assumindo um certo sentido do que hoje chamamos hobby, mas com uma possibilidade de maior utilidade para a comunidade.

[17]  Nota do tradutor: É um termo alemão que significa substituição, compensação. Em termos da história contemporânea refere-se aos compostos substitutos que na Primeira Guerra Mundial a Alemanha teve de desenvolver para suprir as faltas geradas pelos bloqueios navais que impediam a chegada de mantimentos e víveres.

[18]  Nota de Salvador Borrego: La Economista Nacionalsocialista. M. Y. Sweezy. Fundo de cultura México. A investigação foi feita em 1940.

      Nota do tradutor: Antes da edição mexicana, o estudo de Maxine Bernard Yaple Sweezy Woolston foi publicado em 1941 no idioma inglês como The Structure of the Nazi Economy, Harvard University Press, Cambridge (EUA), 1941. Foi reeditada em 2014 numa parceria com as editoras Harvard University Press e De Gruyter (http://www.hup.harvard.edu/catalog.php?isbn=9780674434196 ).

[19]  Nota do tradutor: É uma pequena cidade alemã na costa do Mar Báltico. 

[20]  Nota de Salvador Borrego: Memorias. John Kennth Galbraith., Editora Grijalbo. 1981, pág. 240.

[21]  Nota de Salvador Borrego: Hess era Secretário do Partido Nacional Socialista, amigo íntimo de Hitler e um de seus possíveis sucessores.



    Fonte: Artigo escrito por Salvador Borrego para a introdução da tradução castelhana do livro de Gottfried Feder O PROGRAMA NACIONALSOCIALISTA e suas concepções doutrinárias ideológicas essenciais (o original em alemão é Das Programm der NSDAP un seine weltanschaungen grundgedanken) segunda edição argentina, de 2008 (no México foi publicado como Economia de Exito). O ano exato de quando o artigo foi escrito não sei exatamente, mas com certeza foi após 1981 e posteriormente foi inserido como introdução da tradução da obra de Gottfried Feder, conforme mencionado acima.



Sobre o autor: Salvador Borrego Escalante nasceu na Cidade do México (1915-2018). Foi um jornalista e escritor mexicano. Cursou estudos de Sociologia, História, Economia e Jornalismo, e durante sua juventude realizou estudos militares, tendo publicado mais de 50 livros nestes temas. Foi um dos poucos jornalistas que testemunhou os eventos da Segunda Guerra Mundial em diante até a segunda década do século XXI, formando uma visão ampla e profunda do desdobramento dos fatos.

            Foi diretor de 37 jornais e diretor fundador de vários deles. Trabalhou de 1935 à 1965 como repórter, editor de notícias e editor chefe dos jornais mexiacanos Excélsior e Últimas Notícias. Foi acessor e fundador de El Sol de Guadalajara, El Sol de México, El Sol de Potosí, El Sol de Durango, El Sol de Aguacalientes; reorganizador de várias publicações e, chefe da redação central (1965 – 1974) da rede de jornais de José García Valseca (a Cadena Garcia Valseca). Fundador (1949) e diretor (1949 – 1955) da Academia Teórica-Práctica de Periodismo Garcia Valseca. Professor de Periodismo na Universidad Femenina de México. Presidente honorário da “Mexicanos Defraudados, A.C.”. Escreveu também artigos mensais em “La Hoja de Combate” durante 32 anos.

            Junto ao espanhol Joaquín Bochaca é considerado como dois dos principais representantes do revisionismo histórico de fala hispânica.

            Entre suas principais obras estão:

            Derrota Mundial Orígenes de la 2ª guerra mundial. Desarollo de la guerra. Consequencias actuais de la guerra. 1ª edição, Editorial Salvador Borrego, Cidade do México, 1953. Várias edições posteriores pelo Editorial Nueva Orden, Buenos Aires.

            Infiltracion Mundial, Editorial Salvador Borrego, Cidade do México, 1968. Posteriormente publicado pelo Editorial Nueva Orden, Buenos Aires, 1985.

Inflación Empobrecedora. Deflación Empobrecedora. Tenazas del Supracapitalismo, Editorial Salvador Borrego, Cidade do México, 1980. Posteriormente várias edições.

            Supra capitalismo – contra capital y libertad – capitalismo, termino de contradiccion hacia una revolucion total, Editorial Salvador Borrego, Cidade do México, 1980. Posteriormente publicado pelo Editorial Nueva Orden, Buenos Aires, 1985.

            Que passa com EE.UU?, Editorial Salvador Borrego, Cidade do México, 1995. Posteriormente publicado pelo Editorial Nueva Orden, Buenos Aires, 1987.    

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segunda-feira, 22 de outubro de 2018

A Mecânica do gaseamento - Por Robert Faurisson

Em memória ao seu espírito de luta e compromisso para com a verdade.
Robert Faurisson (25/01/1929 - 21/10/2018)

Robert Faurisson

            Entre todas aquelas que fazem declarações, discursos ou usam sentenças nas quais a expressão “câmara de gás” aparece, quantas destas pessoas realmente sabem o que elas estão falando? Não me levou muito tempo para imaginar que muitas pessoas cometem um dos mais gritantes erros. Estas pessoas imaginam uma “câmara de gás” como sendo similar a um mero quarto sob a porta da qual um gás doméstico é liberado. As pessoas esquecem que a execução por gás é por definição profundamente diferente daquela de uma simples asfixia acidental ou suicida. No caso de uma execução, deve-se cuidadosamente evitar todo risco de doenças, envenenamento ou morte ao executor e sua equipe. Tal risco é para ser evitado, antes, durante e depois da execução. As dificuldades técnicas implicadas aqui são consideráveis. Eu estava muito ansioso para saber como martas domésticas foram gaseadas, como raposas foram gaseadas em suas tocas, e como nos EUA uma pessoa que foi sentenciada a morte foi executada por gaseamento. Eu tenho descoberto que, na vasta maioria dos casos, ácido cianídrico foi usado para tais propósitos. Este foi precisamente o mesmo gás o qual os alemães usaram para fumigar seus quarteis. Foi também com este gás que eles alegadamente mataram grupos de indivíduos assim como também grandes massas de pessoas. Eu tenho, portanto, estudado este gás. Eu queria conhecer seu uso na Alemanha e na França. Eu tenho revisto documentos ministeriais que regulam o uso deste produto altamente tóxico. Eu tive a boa sorte de descobrir alguns documentos sobre Zyklon B e ácido cianídrico os quais têm sido reunidos pelos aliados nos arquivos industriais alemães em Nuremberg.

            Então, com um maior escrutínio, eu reexaminei certas declarações e confissões as quais têm sido feitas na Alemanha e cortes Aliadas referentes ao uso do Zyklon B para levar os prisioneiros à morte, e fiquei chocado. E agora, por sua vez, você também irá ficar chocado. Eu irei primeiro ler a você a declaração ou confissão de Rudolf Höss. Então, eu irei dizer a você os resultados de minha pesquisa, puramente física, sobre ácido cianídrico e Zyklon B. (Por favor tenha em mente que R. Höss foi um dos três sucessivos comandantes oficiais em Auschwitz; todos três os quais foram detidos e interrogados pelos Aliados. Somente Höss deixou uma confissão, para a qual nós estamos em dívida para com seus carcereiros poloneses.)

            Nesta confissão, a descrição do real gaseamento é extraordinariamente curta e vaga. Contudo, é essencial imaginar que todos aqueles outros que alegam ter estado presente neste tipo de operação são também vagos e breves e que suas declarações são cheias de contradições sobre certos pontos. Rudolf Höss escreve, “Meia hora depois de ter liberado o gás, nós iriamos abrir a porta e ligar o ventilador. Nós iriamos imediatamente começar remover os corpos.[1]” Eu chamo atenção para a palavra “imediatamente”; em alemão a palavra é “sofort”. Höss então adiciona que a equipe responsável pela manipulação e remoção de 2,000 corpos da “câmara de gás” e de transportar eles para os fornos crematórios faziam enquanto “comiam ou fumavam”; portanto, se eu compreendi corretamente, estas tarefas eram todas realizadas sem máscaras de gás. Tal descrição corre contra todo o senso comum. Ela implica que é possível entrar em uma área saturada com ácido cianídrico sem tomar qualquer medida de precaução no manuseamento de mãos nuas de 2,000 cadáveres expostos ao ácido cianídrico os quais estavam provavelmente ainda contaminados com o gás fatal. O cabelo (o qual foi supostamente cortado depois da operação) estava indubitavelmente impregnado com gás. As membranas mucosas teriam sido impregnadas também. Bolsas de ar entre os corpos os quais supostamente foram amontoados um sobre o outro teriam sido preenchidos com gás. Que tipo de superpoderoso ventilador é capaz de instantaneamente dispersar tanto gás à deriva através do ar e nas bolhas de ar? Mesmo se um tal ventilador tivesse existido, seria necessária a realização de um teste para detecção de qualquer vestígio de ácido cianídrico e para desenvolver um procedimento para informar à equipe que o ventilador tinha realizado plenamente sua função e que a sala estava segura. Agora, é abundantemente claro da descrição de Höss que o ventilador em questão deve ter sido de poderes mágicos a fim de ser capaz de dispersar todo ao gás com tal performance impecável de modo que não havia causa para preocupação ou necessidade para verificação da ausência de gás!

            O que o mero senso comum sugeriu é agora confirmado pelos documentos técnicos referentes ao Zyklon B e seu uso[2]. Afim de fumigar uma barraca, os alemães foram constrangidos por numerosas medidas de precaução: times especialmente treinados os quais foram licenciados somente após um estágio em uma fábrica de Zyklon B; materiais especiais incluindo os filtros “J” os quais usados em máscaras de gás foram capazes de proteger um indivíduo sobre as mais rigorosas condições tóxicas; evacuação de todas as casernas adjacentes; avisos postados em várias línguas e trazendo um crânio e ossos cruzados; um meticuloso exame do local a ser fumigado afim de localizar e selar fissuras ou aberturas; a vedação de qualquer chaminé ou tubulação de ar e a remoção das chaves das portas. As latas de Zyklon B eram abertas no próprio lugar. Depois que o gás tinha aparentemente matado todos os vermes, a mais crítica operação iria começar; esta era a ventilação do local. Os sentinelas eram para estar estacionados a uma certa distância das portas e janelas, as costas deles para o vento, afim de prevenir a aproximação de todas as pessoas. E equipe especialmente treinada e equipada com máscaras de gás então iria entrar no edifício e desobstruir as chaminés e rachaduras, e abrir as janelas. Esta operação completada, eles tinham que ir para o exterior novamente, remover suas máscaras e respirar livremente por dez minutos. Eles tinham de colocar suas máscaras novamente e entrar novamente na construção e executar o próximo passo. Uma vez que todo este trabalho fosse completado, era ainda necessário esperar VINTE horas. Na verdade, por causa que o Zyklon B era “difícil de ventilar desde que ele adere fortemente as superfícies,” a dispersão do gás requeria uma longa ventilação natural. Isto era especialmente importante quando grandes volumes de gás eram empregados como no caso de uma caserna contendo mais que um andar. (Quando o Zyklon B era usado numa autoclave com um volume total de somente 1 metro cúbico, ventilação (forçada ou artificialmente) era ainda necessária.) Depois que vinte horas tinham se passado, a equipe iria retornar usando suas máscaras. Eles iriam então verificar por meios de um papel teste (o papel iria ficar azul na presença de ácido cianídrico) quanto a possibilidade do local estar ou não apto para a habitação humana. E então nós vemos que um local o qual tinha sido gaseado não era acessível até um mínimo de 21 horas ter decorrido. Desde quando a legislação francesa lida com isto, o mínimo fixado é 24 horas[3].

            Torna-se, portanto, evidente que na ausência de um ventilador mágico capaz de expelir instantaneamente um gás que é “difícil de ventilar, uma vez que ele adere fortemente à superfícies,” o “matadouro humano” chamado de “câmara de gás” teria ficado inacessível por aproximadamente um dia inteiro. Suas paredes, pisos, teto teriam retido porções de um gás o qual era altamente venenoso para o homem. E o que acontece aos corpos? Estes cadáveres poderiam ter sido nada menos que saturados com o gás, assim como as almofadas, colchões e cobertores discutidos no mesmo documento técnico sobre o uso do Zyklon B teriam sido saturados também. Estes colchões, etc., tinham de ser levados para fora das portas para serem arejados e batidos por uma hora sob condições atmosféricas secas e por duas horas quando o clima estivesse úmido. Quando isto era realizado, estes itens eram então amontoados juntos e batidos novamente se o teste de papel revelasse qualquer outra presença do ácido cianídrico.

            Ácido cianídrico é tanto inflamável como explosivo. Como poderia ele ter sido usado em grande proximidade da entrada dos fornos crematórios? Como poderia alguém ter entrado na “câmara de gás” enquanto fumando?

            Eu não tenho ainda nem mesmo tocado no assunto da superabundância de impossibilidades técnicas e físicas as quais tornam-se evidentes sobre um real exame do local e das dimensões das supostas “câmaras de gás” em Auschwitz-Birkenau. Ainda mais, apenas como um inquisitivo curioso do museu polonês pode descobrir, estas câmaras eram na realidade nada mais que “câmaras frigoríficas” (necrotérios) e eram típicos em tais salas tanto a conformação como o tamanho. A suposta “câmara de gás” de Krema II em Birkenau, da qual permanece somente uma ruína, era, na verdade, um necrotério, localizado abaixo do solo a fim de proteger ele do calor e medindo 30 metros de comprimento e 7 metros de largura (dois metros em cada lado por cadáver e metros abaixo do centro para permitir o movimento de vagões). A porta, os corredores, o elevador de carga (que mede apenas 2,10 metros por 1,35 metros) os quais levam à câmara de crematório eram todos de dimensões liliputianas em comparação às insinuações do relato de Höss[4]. De acordo a Höss, a câmara de gás poderia facilmente acomodar 2,000 vítimas de pé, mas tinha uma capacidade de 3,000. Consegue você imaginar isso? Três mil pessoas cremadas num espaço de 210 metros quadrados. Em outras palavras, para fazer uma comparação, 286 pessoas de pé em uma sala medindo 5 metros por 4 metros! Não se deixe enganar que antes da retirada os alemães explodiram as “câmaras de gás” e fornos crematórios para esconder qualquer traço dos alegados crimes deles. Se alguém consegue obliterar todos traços de uma instalação a qual seria intrinsecamente tão sofisticada, deve ser escrupulosamente desmantelada de cima para baixo de modo que permaneça nem um retalho de evidência incriminatória. Destruição por meios de demolição teria sido ingênua. Se explosivos tivessem sido empregados, a mera remoção dos blocos de concreto iria ainda ter deixado este ou aquele sinal revelador. Como uma questão de fato, os poloneses dos presentes dias no museu de Auschwitz têm reconstruído os restos de alguns “Kremas” (significando, na realidade, reconstruções do crematório e supostas “câmaras de gás”). Contudo, todos os artefatos mostrados aos turistas atestam a existência de fornos crematórios em vez de qualquer coisa mais[5].

            Nos EUA a primeira execução por gaseamento ocorreu em 08 e fevereiro de 1924 na prisão de Carson City, Nevada, Duas horas depois da execução, traços do veneno ainda eram encontrados no pátio da prisão. Sr. Dickerson, governador da prisão, declarou que, referente ao homem condenado, o método de execução foi certamente o mais humano até agora empregado. Mas ele acrescentou que ele iria rejeitar aquele método no futuro por causa do perigo para as testemunhas[6].

            As reais câmaras de gás, tais como aquelas criadas pelos americanos em 1924 e posteriormente desenvolvidas por eles em 1936 – 1938, oferecem alguma ideia da inerente complexidade de tal método de execução. Os americanos, para uma coisa, somente gaseiam um prisioneiro por vez, normalmente (existem algumas câmaras de gás, contudo, equipada com dois assentos para a execução de dois irmãos, por exemplo). O prisioneiro é totalmente imobilizado. Ele é envenenado pelo ácido cianídrico (na verdade, por meio de pelotas de cianeto de sódio despejadas num recipiente contendo ácido sulfúrico e água destilada, resultando na liberação de ácido cianídrico). Dentro de aproximadamente 40 segundos, o prisioneiro cochila, e em uns poucos minutos ele morre. Aparentemente, o gás não causa desconforto. Como no caso do Zyklon B, é a dispersão do gás que causa problemas. A ventilação natural por 24 horas não é possível neste caso: obviamente, a localização do local de execução se opõe a tal ventilação conforme iria implicar em sérios perigos para os guardas e internos. O que, então, é o melhor curso de ação com um gás que apresenta tais dificuldades de ventilação? A solução é transformar os vapores ácidos em um sólido, um sal, o qual pode ser retirado com água. Para este fim o vapor de amônia, uma base, é colocado para reagir com os vapores ácidos, formando esta reação química o desejado sal. Quando o ácido cianídrico tem, depois de tudo, desaparecido, um certo sinal irá alertar o médico assistente e seus assessores que estão do lado oposto da barreira de vidro. Este sinal é fenolftaleína. Ela está disposta em contentores em vários locais na câmara: ela muda do rosa para o púrpura na ausência do ácido cianídrico. Uma vez que a ausência do veneno está indicada e uma vez que o arranjo de ventiladores dissipa os vapores de amônia através de um exaustor de escape, os médicos e seus assistentes entram na câmara vestindo máscaras de gás. Eles também vestem luvas de borracha para proteção. O médico desarranja o cabelo do condenado morto de modo a poder escovar qualquer resíduo de ácido cianídrico. Somente depois de uma hora completa ter passado pode o guarda entrar na câmara. O corpo é então lavado muito cuidadosamente e a sala é regada. O gás de amônia tem a esta altura sido expelido através de uma alta e longa chaminé acima da prisão. Por causa do perigo dos guardas normalmente estacionados nas torres de observação, em algumas prisões estes homens eram obrigados a deixar os postos deles durante uma execução. Eu irei apenas mencionar os outros requisitos para uma câmara de gás completamente estanque, tais como a necessidade de trancas seladas, barreiras de vidro Herculite® de considerável espessura (para resistir a implosão devido a vácuo parcial no interior da câmara), um sistema de vácuo, válvulas de mercúrio, etc.

            Um gaseamento não é uma improvisação. Se os alemães tinham decidido gasear milhões de pessoas, uma revisão de alguns muito formidáveis maquinários teria sido absolutamente essencial. A ordem geral, instruções, estudos, comandos e planos seriam certamente necessários também. Tais itens nunca têm sido encontrados. Reuniões de especialistas teriam sido necessárias: de arquitetos, químicos, médicos, e especialistas em um vasto alcance de campos técnicos. Desembolsos e alocações de fundos teriam sido necessários. Tivesse isso ocorrido num estado tal como o Terceiro Reich, uma riqueza de evidências iria ter certamente sobrevivido. Nós conhecemos, por exemplo, até o pfennig, o custo do canil em Auschwitz e dos loureiros os quais foram encomendados para os berçários. Os pedidos para os projetos iriam ter sido emitidos. Trabalhadores e engenheiros civis não teriam sido permitidos se misturar com os internos. Os passes não teriam sido concedidos para os alemães no campo, e seus membros da família não teriam tido direitos de visitas. Acima de tudo, os prisioneiros que tinham servido suas sentenças não iriam ter sido liberados e permitidos retornarem para seus respectivos países: este bem guardado segredo entre os historiadores nos foi revelado vários anos atrás em um artigo por Louis De Jong, diretor do Instituto de História da Segunda Guerra Mundial de Amsterdã. Ainda mais, nos Estados Unidos a recente publicação de fotografias aéreas de Auschwitz é um golpe de morte na fábula de extermínio: mesmo no verão de 1944 no auge do influxo de judeus húngaros, existia nenhuma indicação de qualquer pira ou multidão de prisioneiros próximos ao crematório (mas um portão aberto e uma área de jardim é claramente visível) e existe nenhuma fumaça suspeita (embora alegadamente as chamas e os montes de fumaça do crematório eram continuamente vomitados e que eram visíveis de uma distância de vários quilômetros de dia e de noite). 

            Eu irei concluir com um comentário sobre o que eu considero como critério de falso testemunho em relação as câmeras de gás. Tenho noticiado que todas estas afirmações, vagas e inconsistentes como elas são, concordam no mínimo em um ponto: a equipe responsável por remover os corpos das “câmaras de gás” entraram no local ou “imediatamente” ou em “poucos momentos” depois das mortes das vítimas. Eu afirmo que este ponto por si só constitui a pedra angular de falso testemunho, porque isto é uma impossibilidade física. Se você encontrar uma pessoa que acredita na existência das “câmaras de gás,” pergunte a ela como, na opinião dela, os milhares de cadáveres foram removidos para deixar a sala pronta para o próxima carga.

Tradução por Mykel Alexander


Notas


[1] Nota do autor: Kommandant in Auschwitz / Autobiographische Aufzeichnungeh (Comandante de Auschwitz / Notas autobiográficas) por Rudolf Höss, introdução e comentários por Martin Broszat, 1958, Verlagsanstalt, Stuttgart. Está na página 166 deste livro, na parte da confissão que Höss tinha redigido em novembro de 1946, na que a seguinte passagem é encontrada: “Eine halbe Stunde nach den Einwurf des Gasses wurde die Tür geöffnet und die Entlüftungsanlage eingeschaltet. Es wurde sofort mit dem Herausziehen der Leichen begonnen.” (Meia hora depois do gás ter sido inserido, a porta foi aberta e o aparato de ventilação ligado. A remoção dos corpos foi iniciada imediatamente.”) E está na página 126, no fragmento datado de fevereiro de 1947, que é dito que a equipe encarregada de remoção dos cadáveres da “câmara de gás” fez este trabalho “mit einerstumpfer Gleichmütigkei” (“com uma indiferença sombria”) como se fosse uma tarefa diária (“als wenn es irgend etwas Alltäglisches wäre”). Höss é suposto ter acrescentado: “Beim Leichenschleppen assen sie oder rauchten,” isto é: “Enquanto retirando [os cadáveres] eles costumavam comer ou fumar.” Para Höss, além disso, eles não pararam de comer. Eles iriam comer quando retiravam os cadáveres das câmaras, quando extraiam os dentes de ouro deles, quando cortavam os cabelos deles, quando arrastavam eles para os fornos ou poços. Höss mesmo adiciona esta escandalosa observação: “Nos poços eles agiam para manter o fogo aceso. Eles iriam derramar gordura acumulada sobre os novos corpos, e iriam atiçar ao redor dos montes de corpos em chamas para criar um ducto.”

                Höss não revelou como a gordura conseguia não ser ela mesma queimada (cadáveres não são torrados como se fossem galinhas, mas são queimados em montes no chão ou em piras). Ele não diz como os homens poderiam se aproximar destas formidáveis piras para coletar os fluxos de gordura (!), nem nos diz como eles poderiam se aproximar o suficiente para atiçar os montes de corpos para efetuar a combustão. O absurdo deste “derramar gordura acumulada” (“das Übergiessen des angesammelten Fettes”) é, além do mais tão óbvia que o tradutor francês do livro apresentado por Martin Broszat muito discretamente omitiu traduzir aquelas cinco palavras alemãs (Rudolf Höss, Le Commandant d’Auschwitz parle (O Comandante de Auschwitz Fala), traduzido do alemão para o francês por Constantin de Grunwald, Paris, Julliard, 1959, tiragem de 15 de março de 1970, página 212. Filip Müller tem escrito Sonderbehandlung, traduzido como Eyewitness Auschwitz / Three Years in the Gas Chambers, New York, Stein & Day, 1979, XIV – 180 páginas. Da página 132 até a 142 ele acumula as mais surpreendentes histórias sobre ferver gordura humana como água, coletando panelas para gordura, gordura fervente esvaziadas com baldes sobre uma longa haste curvada e derramada toda sobre o poço, o guarda SS atirando bebes vivos dentro de gordura humana fervente, e assim por diante.

[2] Nota do autor: Para os vários julgamentos deles, chamados “Julgamentos de Nuremberg”, os americanos percorreram muitos documentos técnicos relativos ao Zyklon B. Se eles tivessem lido estes documentos cuidadosamente, e se eles tivessem – como eu mesmo tenho feito – continuado prosseguindo com a pesquisa em certos tomos técnicos na Livraria do Congresso em Washington, eles iriam ter se tornado conscientes do incrível número de impossibilidades técnicas contidos na evidência das “câmaras de gás” alemãs. Um dia irei devotar um estudo para quatro documentos específicos os quais, em minha opinião, destrói completamente a lenda das “câmaras de gás”. Aqueles quatro documentos são: primeiro, dois documentos gravados pelos americanos para o Julgamento de Nuremberg, e então, dois estudos técnicos assinados por Gerhard Peters, todos dos quais pode-se consultar na Livraria do Congresso. Eu irei relembrar ao leitor que Gerhard Peters foi, durante a guerra, diretor atuante da firma DEGESCH (Deutsch Gesellschaft fur Schädlingsbekämpfung: Companhia Alemã para Controle de Peste) o qual dirigia, em particular, a distribuição do Zyklon B. Depois da guerra Peters era para ser trazido perante os tribunais muitas vezes por seus próprios compatriotas. Ele afirmou que ele nunca tinha durante a guerra ouvido sobre qualquer uso homicida do Zyklon B.

                Documentos de Nuremberg (documentos com o prefixo NI, refere-se a “Nuremberg, Industriais”):

                1. NI-9098, registrado somente em 25 de julho de 1947: uma brochura intitulada Acht Vorträge aus dem Arbeitgebiet der DEGESH (Oito leituras sobre os aspectos das operações de campo do DEGESH) e impresso em 1942 para uso privado. No fim desta brochura, na página 47, aparece uma tabela descritiva sobre cada um dos oitos gases distribuídos pela firma. No ponto número 7 da descrição se lê para o Zyklon B: “Lüftbarkeit: wegen starken Haftvermögens des Gases na Oberflächen erschwert und langwierig.” (Propriedades de ventilação: complicada e demorada para ventilar desde que o gás adere fortemente em superfícies.”)

                2. NI-9912, Registrado somente em 21 de agosto de 1947: uma notícia pública intitulada Richtlinien fur die Anwendung von Blausäure (Zyklon) zur Ungerziefervertilgung (Entwesung) (Diretivas para o uso do ácido cianídrico (Zyklon) para a destruição de vermes (desinfestação)). Este documento é de capital importância. Melhor que qualquer outro ele mostra em que grau o manuseio do Zyklon B poderia ser feito somente por pessoal treinado. O tempo requerido para o produto destruir vermes alcança de 6 horas em clima quente à 32 horas em frio. A duração normal é 16 horas. Esta longa duração é explicada indubitavelmente pela composição do Zyklon. Zyklon é ácido prússico, ou ácido cianídrico, absorvido por uma substância acessória de diatomito. O gás é liberado lentamente por causa da substância acessória. Esta lentidão é tal que não se pode compreender como na terra os alemães poderiam ter escolhidos um gás tal como o Zyklon a fim de liquidar massas de seres humanos. Teria sido mais fácil para eles ter usado ácido cianídrico em sua forma líquida. Eles tinham a disposição deles significantes quantidades deste ácido nos laboratórios da planta da IG-Farben em Auschwitz, onde eles tentaram fazer borracha sintética. É do documento NI-9912 que eu redigi a informação relativa ao uso de Zyklon B para a fumigação de casernas, a duração de seu arejamento (no mínimo 21 horas), etc.

Documentos na Livraria do Congresso. Estes referem-se a dois estudos escritos por Gehard Peters, ambos publicados em Sammlung Chemischer & Chemisch-technischer Vorträge, o primeiro em 1933 em Neue Folge, Heft 20, e o outro em Neue Folge, Heft 47a em1942, (resenha editada por Ferdinand Enke em Suttgart). Aqui estão os títulos, seguidos pela referência da Livraria do Congresso:

1. “Blausäure zur Schädlingsbekämfung” (QD1, S2, n.f., hft. 20, 1933), 75 páginas.

2. “Die Hochwirksamen Gase und Dämpfe in der Schädlingsbekämpfung” (QD1, S2, n.f., hft. 47a, 1942), 143 páginas. Deve ser dito de passagem que é admirável que esta resenha a qual foi publicada durante a guerra na Alemanha devia ter chegado seguramente também durante a guerra na Livraria do Congresso em Washington!. A edição de 1942 traz a data de registro em Washington de ... 1 de abril, 1944!

[3] Nota do autor: As regulamentações francesas relativas ao uso de ácido cianídrico são tão estritas como as alemãs. Ver decreto 50-1290 de 18 de outubro de 1950 do Ministério de Saúde Pública, Paris.

[4] Nota do autor: A planta que permite-nos dar estas dimensões o mais próximo de centímetros é encontrada nos arquivos do Museu Estadual de Oswiecim (Auschwitz). O número de referência da reprodução da planta é Neg. 519. As plantas de “Kremas” (crematória) IV e V são ainda mais interessantes que aquelas de Kremas II e III. Eles provam, em feito, que os três locais enganosamente descritos como “câmaras de gás” eram de fato inofensivas estruturas, completadas com portas e janelas ordinárias. O único meio para os homens da SS “arremessar o Zyklon” dentro destes locais “a partir do lado externo” teria sido como segue a cena: Eles iriam ter de perguntar para as vítimas deles – comprimidas por centenas ou milhares – para abrir as janelas e permitirem eles “arremessar Zyklon”, depois de tal ação as vítimas iriam cuidadosamente fechar as janelas, em seguida, abstiveram-se de esmagar as vidraças, até a morte se suceder. É perfeitamente fácil de compreender porquê as autoridades polonesas comunistas são tão relutantes em mostrar estas plantas; eles preferem contar com as “confissões” de Höss sem dados topográficos de apoio.

[5] Nota do autor: Estes interessantes restos dos crematórios podem ser vistos através de um grande painel de vidro na parte traseira da sala a qual, em exibição no bloco nº 4, é dedicada aos Kremas.

[6] Nota do autor: Estes detalhes da primeira execução por gás venenoso foram publicados no jornal belga Le Soir de 09 fevereiro de 1974, sobre o título de “II y a 50 ans” (50 anos atrás): uma reedição da edição do artigo de 09 de fevereiro de 1924.


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Informação Bibliográfica:

Autor
Robert Faurisson
Título
The Mechanics of Gassing
Fonte
The Journal for Historical Review (http://www.ihr.org)
Data
Primavera de 1980
Fascículo
Volume 1 número 1
Localização
Página 23
Link

O Institute for Historical Review na época da publicação deste artigo em 1980 no The Journal of Historical Review emitiu a nota que segue:
Devido a pressão do tempo, lamentamos que o artigo do Dr Faurisson é publicado aqui sem notas de rodapé ou referências. Isto foi porque o Dr. Faurisson deseja ambas as referências e sua tradução serem escrupulosamente precisas. As referências e notas irão ser publicadas em uma data posterior. Leitores que desejarem estudar “A folha de procedimentos da câmara de gás” das prisões dos EUA devem se dirigir ao The Spotlight newspaper (300 Independence Avenue, South-East, Washington D.C. 20003) de 24 de dezembro de 1979.
No entanto nesta tradução para o idioma português estas notas foram devidamente incluídas a partir do endereço abaixo:


Sobre o autor: Robert Faurisson (1929-2018), tem por anos sido o líder revisionista sobre o tema do alegado Holocausto.

            Formou-se em Sorbonne, Paris, em Letras Clássicas (Latim e Grego) obtendo o seu doutorado em 1972, e serviu como professor associado na Universidade de Lyon na França de 1974 até 1990. Ele é reconhecido como especialista de análise de textos e documentos. Depois de anos de pesquisa privada e estudo, o Dr. Faurisson fez pública suas visões céticas sobre a história de exterminação no Holocausto em artigos publicados em 1978 no diário francês Le Monde. Seus escritos sobre a questão do Holocausto têm aparecido em vários livros e numerosos artigos acadêmicos e foi um frequente contribuidor do The Journal of Historical Review. Por suas pesquisas sofreu muitas perseguições pela patrulha judaico-sionista ou pelas patrulhas àquelas vinculadas, além de um atentado contra sua vida no qual lhe deixou hospitalizado, porém manteve sempre em primeiro lugar seu compromisso para com a busca pela verdade durante toda sua vida, mantendo-se em plena atividade investigativa até a data de seu falecimento.

Mémoire en défense (contre ceux qui m'accusent de falsifier l'Histoire : la question des chambres à gaz), Editora  La vieille taupe , 1980.

Réponse à Pierre Vidal-Naquet. Paris: La Vieille Taupe, 1982.

Réponse à Jean Claude Pressac Sur Le Problème Des Chambres à Gaz, Editora R.H.R., 1994.

Quem escreveu o diário de Anne Frank (em português impresso pela Editora Revisão).

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Relacionado, leia também:

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