quarta-feira, 13 de novembro de 2019

As origens judaicas do multiculturalismo na Suécia – Por Kevin McDonald


 Kevin McDonald


            Em The Culture of Critique e outros escritos eu tenho desenvolvido a visão que os judeus e a organizada comunidade judaica foram uma condição crítica necessária para a ascensão do multiculturalismo no Ocidente. No capítulo 7[1], sobre o envolvimento judaico em moldar a política de imigração, eu foquei principalmente nos EUA, mas também tinham breve seções sobre a Inglaterra, Canadá, Austrália (grandemente elaborada recentemente em TOO por Brenton Sanderson[2]), e França.

            Uma questão que eu frequentemente chego é sobre o papel dos judeus na Suécia e outros países da Europa com relativamente poucos judeus. Agora lá tem tido uma tradução do sueco de um artigo, “Como e porquê a Suécia se tornou multicultural,” que resume o escrito acadêmico sobre o papel judaico em fazer a Suécia uma sociedade multicultural. Este artigo deve ser lido em sua totalidade, mas alguns pontos são salientados:
O judeu David Schwarz
(1928-2008)
A mudança ideológica começou em 1964 quando David Schwarz, judeu polonês e sobrevivente do Holocausto que migrou para a Suécia no início da década de 1950, escreveu o artigo “O problema da imigração na Suécia” no maior e mais importante jornal matutino da Suécia – Dagens Nyheter (“Notícias Diárias”) de propriedade judaica. Isso iniciou um rancoroso debate que tomou lugar no Dagens Nyheter, mas o qual subsequentemente continuou até em outros jornais, nas páginas editoriais e em livros...
O judeu Gunnar Heckscher
(1909-1987)
            Schwarz era de longe o mais ativo formador de opinião e foi responsável por 37 de um total de 118 contribuições para o debate da questão da imigração nos anos de 1964 – 1968. Schwarz e seus co-pensadores eram tão dominantes e agressivos que os debatedores com uma visão alternativa foram repelidos para a defensiva e sentiram seus pontos de vista suprimidos. Por exemplo, Schwarz jogou a “carta” do antissemitismo eficientemente a fim de desacreditar seus oponentes... 
Foi o conservador partido de direita que primeiro abraçou a ideia de pluralismo cultural e grandemente contribuiu para moldar a nova direção radical. É digno de mencionar que o presidente do partido de direita entre 1961 – 1965, Gunnar Heckscher, foi o primeiro líder do partido de ascendência judaica.
O judeu Stephen J. Gould
(1941-2002)
            Como nos EUA e outros lugares, os ativistas judaicos foram auxiliados pela mídia de propriedade judaica. Ativistas salientaram a necessidade de reformular a política de imigração para expiar a perseguição aos judeus – no caso da Suécia, o papel do governo sueco frente aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial. (Similarmente, nos EUA, os judeus ativistas enfatizaram que a lei de restrição de imigração de 1924 foi motivada por antissemitismo, e muitos ativistas, incluindo o acadêmico ativista Stephen J. Gould [em seu notório The Mismeasure of Man; ver aqui, página 30 e sequência[3]] alegou que a restrição de imigração resultou nos judeus morrerem no Holocausto. Mesmo Stephen Steinlight, quem advoga restrição da imigração muçulmana [e somente imigração muçulmana], denominou a lei de 1924 como “maligna, xenofóbica, antissemita,” “vilmente discriminatória,” uma “vasta falha moral,” uma “medida política monstruosa”; ver aqui, página 5)[4].

            A assimilação à cultura sueca foi vista como um objetivo inaceitável:
O ponto de partida foi assim uma perspectiva cultural pluralista, a qual significava que os imigrantes com massiva intervenção e suporte financeiro do governo iriam ser encorajados a preservar a cultura deles (e, portanto, sinalizam para o mundo que a Suécia é um país tolerante onde todos são bem vindos). O encontro entre a cultura sueca e as culturas das minorias iria ser enriquecedora para a comunidade como um todo e a maioria da população iria começar a se adaptar as minorias...
Não é coincidência que os judeus organizados da Europa consistentemente se dissociam eles mesmos dos críticos politicamente organizados do Islã, porque cada generalização negativa frente a um grupo que é minoria em última instância pode atingir os judeus.
            O artigo nota, e eu concordo, que os judeus são motivados pelo desejo de quebrar as sociedades etnicamente e culturalmente homogêneas por causa do medo que tais sociedades possam direcionar sobre os judeus, como ocorreu na Alemanha, 1933 – 1945, mas também por causa do ódio judaico frente à civilização cristã do Ocidente. Ele conclui por notar que, além da mídia de propriedade judaica, a influência judaica foi facilitada pela dominância da antropologia acadêmica pela escola boasiana – um movimento intelectual judeu[5] – e suas visões sobre o relativismo cultural e difamação da cultura ocidental.

            Eu concordo inteiramente que a influência judaica deriva deles sendo uma elite acadêmica e midiática, assim como a habilidade deles para desenvolver organizações ativistas altamente efetivas e bem fundadas[6]. Aqui, o papel de Bruno Kaplan do World Jewish Congress é enfatizado.

            Esta é uma importante contribuição para compreensão para o impedimento da morte do Ocidente. Desnecessário dizer, que tais análises não eliminam a óbvia necessidade para uma compreensão do porquê as culturas ocidentais têm sido unicamente suscetíveis[7] às ideologias que veem a destruição do Ocidente como um imperativo moral. No entanto, é de vital importância compreender as forças que têm ativamente atuado, procurando mover as culturas ocidentais nesta direção.

Tradução por Mykel Alexander



Notas


[1] Fonte utilizada pelo autor: Kevin MacDonald, capítulo 7 de The Culture of Critique: An Evolutionary Analysis of Jewish Involvement in Twentieth-Century Intellectual and Political Movements, Praeger 1998, 1ª edição, 2002 2ª edição. Capítulo “Jewish Involvement in Shaping U.S. Immigration Policy”.

[2] Fonte utilizada pelo autor: “, The War on White Australia: A Case Study in the Culture of Critique, Part 1 of 5”, por Brenton Sanderson (pseudônimo). The Occidental Observer, 13/08/2012.
Demais partes publicadas respectivamente em 16/08/2012, 18/08/2012, 20/08/2012, 22/08/2012.

[3] Fonte utilizada pelo autor: Kevin MacDonald, capítulo 2 de The Culture of Critique: An Evolutionary Analysis of Jewish Involvement in Twentieth-Century Intellectual and Political Movements, Praeger 1998, 1ª edição, 2002 2ª edição. Capítulo The Boasian School of Anthropology and the Decline of Darwinism in the Social Sciences.

[4] Fonte utilizada pelo autor: Kevin MacDonald, prefácio de The Culture of Critique: An Evolutionary Analysis of Jewish Involvement in Twentieth-Century Intellectual and Political Movements, Praeger 1998, 1ª edição, 2002 2ª edição.

[5] Fonte utilizada pelo autor: Kevin MacDonald, Capítulo 2 de The Culture of Critique: An Evolutionary Analysis of Jewish Involvement in Twentieth-Century Intellectual and Political Movements, Praeger 1998, 1ª edição, 2002 2ª edição. Capítulo The Boasian School of Anthropology and the Decline of Darwinism in the Social Sciences.

[6] Fonte utilizada pelo autor: Kevin MacDonald, The Occidental Quarterly, volume 3, nº 2, Understanding Jewish Influence I: Background traits for jewish activism.

[7] Fonte utilizada pelo autor: “Žižek, Group Selection, and the Western Culture of Guilt”, por Kevin MacDonald, The Occidental Observer 15/07/2014.




Fonte: The Occidental Observer 14/01/2013.

Sobre o autor: Kevin B. MacDonald (1944 – ) é um professor americano de psicologia na Universidade Estadual da Califórnia. Graduou-se em Filosofia (University of Wisconsin-Madison), fez o mestrado em Biologia (University of Connecticut), Doutorado em Ciências Biocomportamentais (University of Connecticut). É um estudioso das relações da população judaica com os povos ocidentais. É editor do periódico The Occidental Quarterly e do site The Occidental Observer.

            Entre seus principais livros estão:

            Social and Personality Development: An Evolutionary Synthesis (Plenum 1988).

            The Culture of Critique: A People That Shall Dwell Alone: Judaism As a Group Evolutionary Strategy, With Diaspora Peoples, (Praeger 1994).

            The Culture of Critique: Separation and Its Discontents Toward an Evolutionary Theory of Anti-Semitism, (Praeger 1998).

            Understanding Jewish Influence: A Study in Ethnic Activism (Praeger 2004)

            The Culture of Critique: An Evolutionary Analysis of Jewish Involvement in Twentieth-Century Intellectual and Political Movements, (Praeger 1998).

_________________________________________________________________________________

Relacionado, leia também:

Harvard odeia a raça branca? – Por Paul Craig Roberts

Os povos brancos e suas realizações estão encaminhados para a lixeira da história - por Paul Craig Roberts

Judeus, comunistas e o ódio genocida nos "Estudos sobre a branquitude” Por Andrew Joyce

A cultura ocidental tem morrido uma morte politicamente correta - Paul Craig Roberts

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Os comentários serão publicados apenas quando se referirem ESPECIFICAMENTE AO CONTEÚDO do artigo.

Comentários anônimos podem não ser publicados ou não serem respondidos.