sábado, 12 de dezembro de 2020

Ciência politizada vs. política científica - por Alex Kurtagić

 

Alex Kurtagić


Pode parecer irônico para aqueles que são ditos ter “visões de extrema direita,” mas talvez um dos maiores obstáculos na luta pelo Ocidente seja a obsessão da extrema direita com a compreensão científica das raças humanas. Não é tanto que o conhecimento científico sobre raça seja irrelevante para nosso propósito político (o qual é a luta pelo Ocidente), mas, ao contrário, que essa ciência é pensada possuir uma utilidade política que não possui e nunca terá.

Conforme eu tenho afirmado antes, a menos que ele já esteja temperamentalmente predisposto ao elitismo, o homem da rua no século 21 nunca será induzido a alterar suas visões sobre raça apenas à força de dados científicos, porque esses dados serão interpretados sempre em relação às considerações sociais extrafatuais que, no Ocidente, dependem do domínio da moralidade liberal igualitária.

Isso não quer dizer, entretanto, que a ciência da raça não tenha lugar na luta pelo Ocidente, porque tem. Isso quer dizer que os conceitos científicos daqueles que estão envolvidos nessa luta precisam de uma reavaliação ou reposicionamento. Neste ensaio, examinarei a relação da extrema direita com a ciência racial e seu uso como uma ferramenta de campanha.

 

A Penumbra Liberal

O liberalismo foi a primeira das ideologias igualitárias da modernidade. Ganhou ascendência política no século 18, de forma mais memorável na França, mas, antes disso, nos Estados Unidos, que se tornou o principal expoente global do liberalismo político. (A França, no entanto, definiu a terminologia política moderna, com base nos arranjos dos assentos da Assembleia Nacional, onde os que se sentavam à direita representavam o ancien régime, e os da esquerda, os partidários da Revolução.) Marxismo, a segunda ideologia igualitária, que surgiu durante a revolução industrial, criticou o liberalismo por não cumprir sua promessa de igualdade.

Em termos políticos, essas duas ideologias foram criticadas durante o século 20 pelo fascismo (com um “f” não capitalizado), o qual encontrou suas expressões mais conhecidas na Itália de Mussolini e no nacional-socialismo alemão. Metapoliticamente, no entanto, o liberalismo e, em seguida, o marxismo, estavam sob ataque da direita desde o século 19, o qual viu a cristalização de uma tradição intelectual anti-igualitária moderna.

A extrema direita de hoje é a herdeira política dessa tradição – embora, é preciso dizer, com todas as suas pretensões elitistas, sua abordagem tenha sido amplamente populista. Apesar de uma visão de mundo hierárquica unificadora (que essencialmente valoriza a qualidade em vez da igualdade), as concepções de raça da extrema direita estão divididas, notadamente ao longo das linhas anglófonas e do Atlântico Norte. Na Europa, principalmente no continente, a raça está envolvida com a cultura e às vezes com um certo misticismo. Na América, a raça é concebida de forma muito mais concreta, em termos quase puramente biológicos.

De fato, há uma tendência ao reducionismo biológico dentro da extrema direita americana que é incomum na Europa, embora a ciência da raça também seja estudada lá. Para o dissidente americano da extrema direita, raça é um problema empírico: trata-se de fatos e evidências, é um problema que deve ser compreendido numericamente e que requer uma solução quantitativa. Reflete uma perspectiva extrema e pragmática, cujas origens podem estar geralmente no temperamento inglês e, intelectualmente, nos empiristas britânicos, que se desenvolveram a partir da revolução científica que começou durante o Renascimento. Há exceções, é claro, e uma é Francis Parker Yockey, cujas opiniões sobre raça foram influenciadas pela filosofia da Europa continental.

Existem razões históricas para a divisão do Atlântico Norte. As mais óbvias têm a ver com como a América do Norte foi colonizada e por quem. O que mais tarde se tornou os Estados Unidos foi inicialmente uma série de colônias britânicas povoadas por ingleses, alguns dos quais decidiram importar para os novos territórios escravos da África Ocidental não destinados à cidadania ou assimilação. Ondas subsequentes de imigrantes da Europa diluíram então progressivamente a identidade especificamente inglesa em favor de uma branquitude genérica, que, uma vez que era determinada pela ancestralidade, era necessariamente biológica.

Uma razão menos óbvia, mas não menos importante, tem a ver com o período da história intelectual europeia quando os Estados Unidos vieram à existência. Os Pais Fundadores foram liberais clássicos. Thomas Jefferson foi influenciado por John Locke, Isaac Newton e Francis Bacon, as duas últimas figuras-chave na revolução científica; Benjamin Franklin, cujo trabalho no então incipiente campo dos estudos populacionais influenciou posteriormente Adam Smith e o utilitarista Thomas Malthus, que por sua vez influenciou Charles Darwin e Alfred Wallace; George Washington e Samuel Adams estavam entusiasmados com Thomas Paine, que viveu na França durante a década de 1790, esteve ativamente envolvido na Revolução Francesa, e escreveu uma a apologia a ela – os Direitos do Homem. Junto com James Madison e Alexander Hamilton, esses homens eram todos crentes firmes no republicanismo.

Em acordo, os documentos fundadores carregam a influência de John Locke, estendendo a teoria do contrato de Thomas Hobbes – na verdade, a Declaração de Independência dos Estados Unidos segue intimamente a fraseologia de John Locke; Montesquieu, outra figura iluminista, que defendeu a separação de poderes, embora ele seja controverso; Sir William Blackstone, jurista do Iluminismo britânico, autor dos Commentaries of the Laws of England; e Edward Coke, outro jurista, que estendeu as proteções da Magna Carta a todos os súditos, e não apenas à aristocracia.

Em suma, enquanto nós podemos argumentar que há na cultura americana uma vertente alternativa profundamente enterrada, que é arcaica, profundamente religiosa e quase bárbara; que remonta ao período colonial e foi estendida pelos pioneiros, aventureiros e fronteiriços do Velho Oeste; que existiam antes ou além do alcance da filosofia liberal estabelecida; e que foi posteriormente recuperado para acabar na ficção de Robert E. Howard e H.P. Lovecraft, entre outros – enquanto nós podemos dizer tudo o que foi dito acima, também podemos dizer sem dúvida que os Estados Unidos são um projeto liberal ou iluminista, e a interação da moralidade liberal igualitária com a branquitude multiétnica e uma sociedade multirracial muito desigual criou uma profunda preocupação com a raça.

Em adição, parte do projeto norte-americano envolvia a recriação de uma sociedade inglesa, e mais tarde norte-europeia, sem os fardos da história europeia. O continente norte-americano foi, como é frequentemente o caso do colonialismo de colonos, visto como uma paisagem vazia (as várias nações indígenas que nele residiam mentalmente e depois fisicamente “desapareceram”), a ser inscrita pelos colonos de acordo com as suas visões e / ou ambições. A América do Norte era, em essência, um canteiro de obras, física e metafisicamente, e isso atraiu um tipo particular de imigrante – um homem de ação, com devaneios de caráter muito material – que, por sua vez, enfrentou problemas práticos imediatos. O temperamento pragmático e avesso à teoria dos britânicos foi destilado, desta maneira, em um concentrado purificado, que definiu um tipo de extremismo no caráter americano.

            É interessante notar que muitos dos nomes proeminentes associados ao estudo científico da raça e seu aprimoramento têm sido ingleses, começando com Charles Darwin e seu primo Sir Francis Galton, passando por Mary Scharlieb, Elizabeth Sloan Chesser, Stella Brown e Alice Ravenhill, até os proponentes atuais Richard Lynn e o falecido J. Philippe Rushton. Também é interessante notar que este campo encontrou seu solo mais fértil nos Estados Unidos: Charles Davenport, Henry H. Goddard, Madison Grant, David Starr Jordan, Harry H. Laughlin, Henry Fairfield Osborn, Seth Humphrey, Paul Popenoe, Samuel George Morton, William Z. Ripley, Margaret Sanger e Lothrop Stoddard vêm à mente – uma tradição que atingiu os dois extremos do espectro político e que continuou até nossos dias em uma forma atenuada com E.O. Wilson e o falecido Arthur Jensen.

            De fato, o movimento eugênico americano recebeu apoio institucional e financiamento (a Instituição Carnegie e a Fundação Rockefeller, que mais tarde financiou Theodor Adorno), influenciou a política governamental (por exemplo, a Lei de Imigração de 1924, assinada pelo então presidente dos Estados Unidos Calvin Coolidge), e desfrutou apoio de nomes conhecidos como John Harvey Kellogg, inventor do Corn Flakes. Ainda mais, os principais dissiminadores desse corpo de trabalho nos últimos tempos têm sido quase todos americanos. Este tipo de material é, entretanto, profundamente do subterrâneo na Grã-Bretanha, onde goza de um nível de receptividade muito menor. É claro que as garantias legais de liberdade de expressão são maiores na América do que na Grã-Bretanha, e maiores na Grã-Bretanha do que na Europa continental, refletindo como as tendências pré-existentes têm sido exacerbadas pela legislação.

 

A morte do liberalismo clássico

Em ensaios anteriores eu discuti a natureza do liberalismo moderno, então eu não o examinarei novamente aqui. É suficiente dizer que, enquanto o liberalismo eventualmente derrotou seus críticos marxistas, ele também os absorveu. É por isso que, de certa forma, a derrota do marxismo não importou no final, porque em 1989 o processo de absorção já havia sido amplamente realizado, e o liberalismo ocidental havia então divergido significativamente de sua formulação clássica.

 

A politização da ciência

Os críticos marxistas do liberalismo clássico têm por décadas tentando demonstrar as várias maneiras nas quais, em sua opinião, a ciência ocidental é ideologicamente tendenciosa. Todos os cientistas mencionados acima abrangem o que os marxistas chamam de “racismo científico”, termo que tem sido adotado pelos liberais modernos. Ao fazer isso, eles têm politizado a ciência que reclamaram de ter sido politizada pela “supremacia branca”. Para ser justo, sua reclamação não era sem fundamento, porque o estudo científico das raças do homem pretendia não apenas satisfazer a curiosidade intelectual, mas também era usado para manter relações de poder interraciais e influenciar a política governamental. Jordan armou-se de argumentos eugênicos para fazer campanha contra a guerra; Grant e Stoddard para campanha contra a imigração; Sanger para a campanha pelo controle da natalidade.

Desde a década de 1930 uma politização reversa tem tomado lugar: a ciência permanece politizada, mas agora é a visão da crítica marxista que domina. A visão da “supremacia branca” não foi embora, entretanto. Ele sobrevive nas franjas externas da oposição, tão longe do mainstream é quase impossível vê-la a menos que seja arrastado para os holofotes para fins de demonização (a qual é uma forma de autoconfirmação esquerdista).

Por razões delineadas nas seções anteriores, a extrema direita nos Estados Unidos tem tendido a confundir ciência politizada com política científica. Em outras palavras, eles acreditam que derrotar a visão marxista é uma questão de refutá-la cientificamente. Consequentemente, nós vemos um arroio interminável de estatísticas relacionadas à raça e estudos de QI entrelaçando ataques ao liberalismo moderno e ao marxismo, suas interpretações tendenciosas da evidência científica e sua pseudociência igualitária.

A causa do problema é a adoção de uma mentalidade liberal moderna pela direita, onde essa mentalidade tem criado raízes via interseção com o libertarianismo. Tendo “libertado” o homem da religião e do misticismo, o mundo é para o liberalismo inteiramente material. Por sua vez, o marxismo, que radicalizou essa visão e compartilha as raízes do liberalismo na revolução científica, no racionalismo continental e no empirismo britânico, lançou ele próprio desde o início como “científico”. (O Capital é escrito em uma prosa que tem óbvias afetações científicas, um estilo que na época tinha o benefício adicional de contar com a ajuda dos censores.)

O esforço para refutar a má ciência dos igualitários com a boa ciência assume uma concepção de homem como um ator racional, capaz de chegar a conclusões corretas a partir de dados empíricos por meios racionais. Ele também assume que a vitória política é uma questão de competir efetivamente no mercado de ideias e persuadir pessoas suficientes – com “fatos concretos” – de que a ciência da raça está correta, pois então os liberais igualitários seriam desacreditados, dando lugar a seus oponentes. A moralidade liberal igualitária é descartada como meramente “ideologia”, a qual, é assumido, pode ser refutada com fatos, quando a verdade é que uma moralidade nunca pode ser refutada, somente desacreditada. Em suma, esses ativistas de extrema direita adotam uma metodologia liberal e uma concepção liberal do homem e do mundo, operando assim em território inimigo, onde jogam um jogo inventado pelo inimigo. Não se pasma que eles não são mais bem-sucedidos!

 

Política Científica

Nenhuma das opções acima significa que a ciência da raça é irrelevante, ou que não há lugar para a ciência na política. Pelo contrário, ambos são importantes. Seu lugar e aplicação, contudo, são diferentes daqueles assinalados a eles por muitos apoiadores e ativistas da extrema direita. Uma confusão fundamental entre muitos deles é a entre política e campanha: acreditando que uma política eficaz é feita de conhecimento objetivo, eles também acreditam que o conhecimento objetivo constitui uma campanha eficaz. Nisso eles estão errados.

O conhecimento é sempre aferido contra a moralidade prevalecente e, portanto, aceito ou rejeitado sobre a base das conclusões que derivam desse conhecimento se são “certas” ou “erradas” moralmente. Isso é visto claramente nas atitudes em relação à eugenia. A eugenia pressupõe que os humanos têm valores desiguais, então a moralidade liberal / de esquerda a classifica como “errada”, o que alimenta os esforços para negar seu status científico; na verdade, a eugenia é frequentemente referida pelos liberais e marxistas como uma “pseudociência”. Se a ciência alguma vez for olhada seriamente, é apenas com o propósito de desmascará-la. Na verdade, desmascará-la é de tal importância moral, que a verdade dos fatos não importa em absoluto.

Uma campanha eficaz – essencialmente mercadologia {em inglês marketing} – fia-se principalmente sobre considerações e processos extrafatuais envolvidos na motivação humana. Qualquer informação factual usada em campanhas tende a ser simples, curta e frequentemente trivial.

Isso não quer dizer que a fazer campanha é não-científico. Em áreas onde o sucesso ou o fracasso dependem da campanha, tais como o comércio e a política democrática, uma compreensão científica completa da psicologia humana, da motivação e das normas sociais é essencial. Talvez porque eles vejam o homem em termos puramente materiais, ou seja, em termos puramente biológicos, as vantagens de estudar o animal humano como animal foram bem compreendidas pelos liberais e seus críticos de esquerda. Mesmo os freudianos-marxistas no negócio de produzir pseudociências fraudulentas, tais como The Authoritarian Personality, focaram não em convencer as pessoas de que seus fatos estavam certos (para eles isso era um dado), mas na psicologia humana.

No caso da Escola de Frankfurt, foi para causar um curto-circuito no que eles viam como os instintos “fascistas” da mente ocidental. Formas posteriores de esquerdismo, crescendo do (e rejeitando parcialmente) o marxismo, como o primeiro Jean Baudrillard em The System of Objects, The Consumer Culture, and The Political Economy of the Sign, onde a psicologia social interage com a cultura e ideologia, a fim de compreender a base psicológica do capitalismo e encontrar uma maneira de curto-circuitar o sistema capitalista (e, um tanto implicitamente, as desigualdades que surgem nele). Se eles politizaram a ciência, isso foi um subproduto – embora intencional – de seu envolvimento em uma forma de política científica, pela qual quero dizer abordando o jogo de poder e autoridade nas relações sociais com uma metodologia científica.

O papel político da ciência da raça não é, portanto, a persuasão do neófito, mas a confirmação do inveterado e a reafirmação do simpatizante. Além disso, oferece a base para um futuro desenvolvimento na ciência do homem, sua futura interpretação e sua futura tradução em política, todas as quais são contingentes a uma mudança de paradigma na filosofia moral e, portanto, são os elementos de somente um cenário possível na luta pelo Ocidente. Se esse cenário se tornará realidade, dependerá do período de tempo e da direção da mudança, a qual está apoiada inteiramente no que os movimentos desestabilizadores são capazes de realizar dentro de sua janela de oportunidade.

 

Conclusão

A luta pelo Ocidente compreende múltiplos teatros de guerra, que alcançam desde a demografia crua até a teoria abstrata. A ciência é um deles. Que a estratégia da extrema direita neste teatro se fie em assunções liberais sobre o homem é irônico, mas talvez compreensível, dado que a concepção biológica e o estudo da raça surgiram em um contexto totalmente liberal. O resultado foi uma confusão entre ciência politizada e política científica.

A extrema direita na parte mais ocidental de nosso hemisfério tem focado em atacar os vícios científicos do liberalismo igualitário moderno (ou seja, a politização da ciência), enquanto falha em emular práticas bem-sucedidas (ou seja, política científica). Como usual, o foco tem sido atacar os efeitos, ao invés das causas. Qualquer movimento procurando derrotar o liberalismo no Ocidente precisaria desfazer o pensamento de todas as assunções liberais primeiro, entendendo completamente como e por que isto deve ser feito, e ser capaz de articular por que fazendo isso é então moralmente correto de uma maneira que faça aqueles que ouvem se sentirem bem e justo em prestar atenção.

Tradução e palavras entre chaves por Mykel Alexander

 

Fonte: Politicized Science vs. Scientific Politics, por Alex Kurtagić, 17 de dezembro de 2012, Counter Currents.

https://www.counter-currents.com/2012/12/politicized-science-vs-scientific-politics/

Sobre o autor: Alex Kurtagić (1970 – ) nasceu na Croácia filho de pais eslovenos. Devido a profissão do pai, viajou e viveu em vários países. Tem fluência em inglês e espanhol, e pratica o francês e alemão. Após completar os estudos nos EUA graduou-se na Universidade de Londres (M.A. entre 2004 – 2005) em Estudos Culturais. Também é músico, desenhista, pintor, escritor e editor (Wermod and Wermod Publishing Group). Seus artigos são publicados nas revistas virtuais The Occidental Quarterly, Vdare, Counter Currents, Taki Mag, e American Renaissance.

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