domingo, 18 de abril de 2021

Prefácio da edição espanhola de: Auschwitz e o Silencio de Heidegger, ou pequenos detalhes - por Pedro Varela

 

Pedro Varela


Certo dia soou o telefone e após atendê-lo, alguém que se chamava Roger Dommergue Polacco de Menasce, judeu de Paris, informava que teria interesse em falar comigo. Acertamos para uma entrevista pessoal em Sitges, Barcelona, onde meu interlocutor se encontrava em férias durante o verão de 89.

O amigo Andreu me acompanhou e ajudou, com seu domínio do francês. Quando transpusemos o umbral da porta de sua residência, o encontramos diante de seu piano tocando harmoniosas peças de Chopin, de maneira invejável, junto às janelas abertas que davam vistas a um formoso jardim. A primeira impressão foi, realmente, estupenda.

Nos apresentamos e iniciamos as conversações. O senhor Dommergue, de cultura e modos aristocráticos — não por acaso procede de uma rica família judia francesa — nos expôs suas teses, suas opiniões. À medida que avançava, ficava cada vez mais claro que aquele discurso político-histórico era mais próprio de um “anti-semita” do que de um judeu “quimicamente puro.”

Os dados científicos de sua exposição — é  especialista em naturopatia, medicina natural, psicologia e diretor do Instituto Alexis Carrel de Paris — propiciavam ainda mais seriedade à sua teoria, que escutávamos incrédulos, em parte por desconhecimento do tema (referente à importância da circuncisão judaica no oitavo dia do nascimento sobre a psicologia do “povo eleito”) para nós absolutamente inédito e também em parte por proceder de quem procedia, pois não é à toa que temos herdado dois mil anos de desconfiança aos seus congêneres. Porém logo recordamos outros judeus que — a exemplo do Senhor Dommergue — já haviam assentado suas baterias contra a mentira do “holocausto.”

Aldo Dami foi um dos primeiros, com seu livro “Le Dernier des Gobelins” (O Último dos Gobelins). Este judeu francês foi seguido por outro judeu alemão, Josef G. Burg “Schuld und Schicksal” (Culpa e Destino), um dos seus numerosos livros que dedicou a desmascarar seus congêneres do sionismo mundialista, até seu recente falecimento, em 1990, após viver por muitos anos escondido em asilos em Munique, para evitar a vingança do Mossad que seguia seus passos. Frau Ederer, que ocupou-se da tarefa de editar seus livros, explicou-me certa tarde as aventuras e desventuras deste típico judeu ashkenazi e com o qual eu tinha programado uma entrevista antes de, lamentável e curiosamente, falecerem, primeiro ela, e pouco tempo depois, o próprio Burg.

Mas existe também a senhora Grossmann, atualmente residindo em Holon (Israel) e que teve a valentia de escrever, como ex-interna de Auschwitz e Buchenwald:

E como a verdade é indivisível, tenho de dizer também que naqueles anos difíceis encontrei a ajuda e o consolo de vários alemães e que não vi nenhuma câmara de gás, nem ouvi nada sobre elas — enquanto estive em Auschwitz —senão que soube a respeito delas pela primeira vez depois da minha libertação. Por isso entendo as dúvidas tão seguidamente expostas atualmente e considero importante a realização de um exame definitivo, pois só a verdade pode ajudar-nos a nos entendermos mutuamente, agora e nas gerações futuras” (em Deutsche Wochen Zeitung, 7 de fevereiro de 1979).

Estas palavras têm uma importância capitei, tratando-se de alguém que sentiu na própria carne aqueles duros anos de guerra e formava parte de um dos povos em conflito e hoje, ainda, diante de um futuro duvidoso.

Poderíamos continuar citando o doutor Benedit Kautsky, judeu e importante político social-democrata, autor do programa da social-democracia austríaca, preso durante sete anos nos campos de Auschwitz e Birkenau, o qual afirma em seu livro “Teufel und Verdammte” (Suíça, 1945):

Estive sete anos nos grandes campos de concentração alemães. Em honra à verdade, devo afirmar que jamais encontrei, em qualquer campo de concentração, alguma instalação/de câmaras de gás.”

E continuando esta — para alguns surpreendente — lista, encontramo-nos com Dommergue Pollaco de Menasce, judeu, maçom, lutador da resistência contra a ocupação alemã... Porém Dommergue não restringe seu trabalho unicamente a desmentir a fábula do “holocausto.” Vai mais além. Realiza uma crítica demolidora dos fundamentos e conseqüências do sistema judeu-capitalista internacional e entra em corajoso enfrentamento com a farisaica conjuntura dos Picasso, Armand Hammer, Marx, Freud, Kissinger, etc.

Com a lógica, característica da cultura francesa, Domergue analisa o modo de vida imposto ao ocidente, onde a juventude, qual horda de zumbis, marcha em filas intermináveis, consumindo o mesmo cigarro, as mesmas “Levi’s” comendo os mesmos hambúrgueres, absorvidos pelas discotecas, onde torturam seus ouvidos e neurônios, ouvindo e se agitando ao som de uma “música” inqualificável.

Dommergue inicia o contra-ataque analisando algumas estúpidas críticas contra o grande filósofo Martin Heidegger — também membro do partido nacional-socialista {mais conhecido como partido nazista} — lançadas por alguns intelectuais da moda, na França, que se atreveram a afirmar, sem o mais leve rubor, e com grande empáfia intelectual que “Heidegger era culpado pelo Holocausto, uma vez que nunca teria dito nada a respeito do tema.” Dommergue conclui simples, e logicamente, que Heidegger nunca disse nada, simplesmente porque não havia nada a dizer.

Dedica também um parágrafo para demonstrar o indemonstrável, isto é, a fúria anti-cristã de Hitler, o qual odiaria — segundo esta versão — toda a ideia de redenção e amor evangélico. Aqui cabe ressaltar duas coisas. Uma é que se houve alguém no III Reich que compartilhava a concepção cristã da vida e da religiosidade dos crentes, este alguém foi Hitler, o qual, após passar quatro anos de guerra com os Evangelhos e um livro de Arthur Schopenhauer por todo o fronte, faz constar claramente no ponto 25 do programa do NSDAP (partido nacional-socialista), que o nacional-socialismo se fundamenta sobre o cristianismo positivo,*a citando o Todo Poderoso praticamente em cada discurso de importância, implorando sua ajuda ou agradecendo a mesma. Hitler toma o poder em 30 de janeiro de 1933 e no seu primeiro discurso como chanceler, em 2 de fevereiro, afirma taxativamente que o novo estado vê no cristianismo e na família os dois pilares básicos para a educação do povo alemão.* b Porém não é aqui o lugar para demonstrar a alegre colaboração da Igreja com o governo NS {nacional-socialista, ou vulgarmente nazismo}.

A segunda consideração que temos a fazer, sem dúvida, é que seria demasiadamente pretensioso desejar a conversão do autor, não só ao hitlerismo, mas também ao catolicismo. Suficiente é, no meu entender, que tenha decidido fazer frente à coalisão mundial de mentirosos profissionais, arriscando-se sem a mínima necessidade, impulsionado pelo simples desejo de dizer a verdade. Felicitemos, pois, o autor deste texto e julgue cada um por si, lendo-o com o máximo de interesse e atenção.

Pedro Varela — Madrid, 1989.


Notas

*a Nota de Mykel Alexander: Na verdade os fundamentos do movimento nacional socialista alemão, isto é, movimento de Adolf Hitler, se baseiam nas tradições indo-europeias, combinando especialmente valores das tradições greco-romanas, germânicas, nórdicas, e hindus, os quais são em grande parte incompatíveis com o cristianismo como um todo, devido ao influxo semita nesta última religião como um todo. Para tanto é bastante decisivo constatar tais fundamentos indo-europeus nas principais instituições espirituais, culturais e organizativas do regime de Adolf Hitler.

 

* b Nota de Mykel Alexander: Contrariando a colocação de Varela, ao menos no texto em questão, a formação educacional do povo alemão no regime de Adof Hitler não priorizava o cristianismo, especialmente entre as instituições de formação dos jovens e adultos. Como material doutrinário se pode partir do próprio Adolf Hitler quando este prioriza a formação do povo alemão em geral baseada conforme segue abaixo:

Não se deve afastar o estudo da história antiga, pois a história romana, bem apreciada nas suas linhas gerais, é e será sempre a melhor mestra não só para o presente como para o futuro. O ideal da cultura helênica, na sua típica beleza, deve ser aproveitado. Não se deve destruir a grande comunidade racial pelas diferenciações entre os vários povos. A luta que hoje se agita tem o grande objetivo de, ligando sua existência ao passado milenar, unificar o mundo greco-romano com o germânico.” (Adolf Hitler, Minha Luta, Editora Moraes, São Paulo, 1983, traduzido direto do alemão, Tomo II, capítulo 2, O Estado, página 263).

                Como exemplos das mais importantes instituições de formação tanto dos membros do movimento de Adof Hitler, como do povo alemão em geral baseados na tradição indo-europeia e não no cristianismo se tem:

- Alfred Rosenberg, doutrinário oficial do movimento de Adolf Hitler e autor do enormemente influente livro doutrinário Der Mythus des 20 Jahrhunderts (várias edições);

- Heinrich Himmler, doutrinário oficial da SS e da polícia secreta alemã (Gestapo), autor do manual da SS Mann und Blutsfrage;

- Helmut Stelltcht, chefe doutrinário da Juventude Hitlerista. Seu manual da Juventude Hitlerista (Glauben Und Handeln. Ein Bekenntnis der jungen Nation, Berlim, Zentralverlag der NSDAP, Franz Eher Nachf, 1943) é emblemático como portador da tradição indo-europeia e não da tradição cristã;

- Hans Sponholz, chefe doutrinário da SA, e autor do manual doutrinário (Deutsches Denken, Beiträge für die Weltanschauliche Erziehung, Verlag Hans Siep, Berlim, 1935) desta instituição;

- também o impactante autor anônimo do manual do soldado alemão (Gott und Volk; Soldatisches Bekenntnis, publicado pela influente editora de Theodor Fritsch, Berlin, 1941);

- Walther Darré, Ministro da Agricultura e de Abastecimentos e chefe dos camponeses do Reich, e encarregado autor do manual da formação dos dirigentes camponeses (Neuadel aus Blut und Boden, Munich, 1930).

                É fundamental também complementar que muitos manuais de oficiais subalternos aos nomes do alto escalão do regime de Hitler acima mencionados também produziram manuais e demais materiais fomentando na Alemanha de Hitler a tradição indo-europeia e não a tradição cristã.

                É também sugestivo que o primeiro congresso budista da Europa ocorreu já durante o segundo ano do regime de Hitler em Berlim.

                Finalmente como emblema máximo do movimento de Hitler como portador da tradição indo-europeia e não da tradição cristã, basta constatar que o símbolo máximo do movimento de Adolf Hitler é a cruz suástica, símbolo primordial indo-europeu, e não a cruz cristã. Do cristianismo em si, foram conservados os valores universais que não conflitavam com os demais valores indo-europeus especificamente e da tradição universal em geral, ao serem reunidos na forma do Cristianismo Positivo no manual (Was ist positives Christentum?) do bispo oficial da Alemanha de Hitler, Ludwig Müller.


Fonte: esta introdução de Pedro Varella consta na edição e português de Auschwitz e o silêncio de Heidegger – ou “pequenos detalhes”, obra do Dr. Roger Dommergue Pollacco de Menasce, editora Revisão, Porto Alegre, 1993. Palavras entre chaves por Mykel Alexander.

Sobre o autor: Pedro Varela Geiss (1957 - ), espanhol, graduado na Universidade de Barcelona, com licenciatura em História, editor, escritor, conferencista e empreendedor da Libreria Europa e da editora Ojeda as quais preconizam a temática revisionista e tradicional. Varela foi preso e seus empreendimentos, Libreria Europa e a editora Ojeda, foram encerrados pelas forças de censura e fanatismo do Ocidente.      

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