sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Confissões de homens da SS que estiveram em Auschwitz - por Robert Faurisson - parte 3

  Continuação de Confissões de homens da SS que estiveram em Auschwitz - por Robert Faurisson - parte 2

Robert Faurisson


5. EXTRATOS DO DIÁRIO: MINHAS EXPLICAÇÕES E MEUS COMENTÁRIOS

Eu noto primeiro que esses extratos não contêm nem a palavra “gaseamento” nem a expressão “câmara de gás.”

O diário do Dr. Kremer era um diário privado. O médico se expressou livremente ali. Ele expressou francamente seu horror ao campo. Ele não mede palavras. Ele compara o que vê a uma visão de Dante. Pode-se, portanto, pensar que, se ele tivesse visto aqueles virtuais matadouros humanos que teriam sido as “câmaras de gás,” ele teria mencionado aquele horror absoluto. O Dr. Kremer, como cientista, não teria ao menos notado alguns detalhes físicos precisos sobre esses matadouros os quais, na história da ciência, teriam sido uma invenção surpreendentemente extraordinária?

Mas vamos começar pelo início. O Dr. Kremer de fato escreveu o que dizem que ele escreveu? A resposta para essa questão é não, absolutamente não. Seu texto tem sido gravemente distorcido.

Este é mesmo o trabalho de um falsificador. Como exemplo eu vou reproduzir o texto na versão dada por Georges Wellers mas eu vou inserir nele, em maiúsculas em itálico, o que ele omitiu e vou inserir no lugar de Sonderaktion e de extermínio, que são interpretações errôneas, as duas palavras que se encaixam; Também vou colocá-los em letras maiúsculas. Portanto, aqui está o texto traduzido do original alemão (ver documento NO-3408 no Arquivo Nacional):

2 de setembro de 1942: Esta manhã, às 3 horas, eu estive presente FORA pela primeira vez em uma AÇÃO ESPECIAL. Comparado a isso, O Inferno de Dante PARECE PARA MIM QUASE uma comédia. Não é sem razão que Auschwitz é chamado O campo da ANIQUILAÇÃO!

Todo texto deve ser escrupulosamente respeitado, especialmente quando o texto é suposto servir de base para uma demonstração chocante e para uma acusação terrível. A ocultação da palavra FORA é muito séria. Por que, depois de nos ter dado a indicação da hora, a indicação do lugar tem sido ocultada? O texto alemão diz: DRAUSSEN {LADO DE FORA, em alemão}. O Dr. Kremer não estava em um lugar fechado como uma câmara de gás teria sido. Ele estava “fora,” “do lado de fora.” Sem dúvida, esse detalhe não é muito claro, e talvez significasse “fora do próprio campo,” mas não se deve esconder essa possibilidade.

{O judeu-francês George Wellers (1905-1991) graduado em medicina na França,
todavia, detém também status de historiador, mesmo sem graduação em História,
 e sob  tal  situação foi nomeado autoridade em História em várias organizações 
que lidam com   História, especialmente do alegado Holocausto 
 (nominalmente a Commission historique du Mémorial du martyr juif inconnu)
 e sua descrição na Wikipedia em francês também é a de que é historiador.
Fonte da imagem: Philosophie de la Shoah.}

Para a Sonderaktion, Wellers tinha mantido a palavra alemã; na aparência, isso é evidência de escrúpulo e cuidado; na realidade, é um truque inteligente. Aliás, essa palavra, pelo menos para um leitor francês, tem um som perturbador, germânico, bárbaro, e só pode esconder coisas horríveis. Mas há ainda mais: pouco antes de citar essa entrada {do diário} do Dr. Kremer, Wellers, em seu artigo no Le Monde, escreveu: “[Kremer] tinha participado da seleção para as câmaras de gás (Sonderaktion).” Em outras palavras, Wellers impõe ao seu leitor a seguinte mentira: em seu diário, o Dr. Kremer disse em tantas palavras: “esta manhã, às 3 horas, eu estive presente a uma seleção para as câmaras de gás.”

Nós vemos muito bem agora que não era nada disso. O Dr. Kremer se contentou em falar de uma “ação especial.” O que ´e que se deve entender por essa expressão? Para algumas pessoas que, como eu, duvidam da existência das “câmaras de gás” homicidas, é absurdo responder, como faz Wellers, postulando sua existência uma vez como um fato aceito. Suponha que alguém não acredite na existência de discos voadores. A tal pessoa não se poderia fazer um retorto que esses discos existem, pois, em tal e tal relatório da polícia, está escrito: “Uma testemunha declara que ele viu alguma coisa especial no céu” – “Algumas testemunhas notaram no céu alguns fenômenos não usuais.” Portanto, por enquanto, a única tradução honesta – se não muito clara – de Sonderaktion só poderia ser “ação especial.” Eu voltarei mais tarde ao significado provável desta palavra sobre a qual, por enquanto, nós não temos o direito de especular.

O Dr. Kremer não escreveu em seguida: “Comparado a isso, o Inferno de Dante parecia ser uma comédia,” mas: “Comparado a isso, o Inferno de Dante parecia PARA MIM QUASE uma comédia.” Aqui, a ocultação de três palavras por Wellers talvez não seja muito importante, mas contribui, à sua maneira modesta, para violentar o sentido do texto, sempre com vistas a produzir o mesmo efeito. Há uma certa diferença entre “parecia para mim”, em que se sente um amaciamento, e “parecia ser” o qual é mais afirmativo. O Dr. Kremer não transformou uma impressão a qual lhe era pessoal em uma impressão comum a todo um grupo humano. Em certo sentido, ele não afirmou: “Inferno de Dante apareceu aqui para todos ao meu redor como uma comédia”; se o tivesse afirmado, poder-se-ia supor que assistiu a uma cena inquestionavelmente dantesca. Na realidade, ele contentou-se com uma confiança de tipo pessoal e, com efeito, ele escreveu: “Aqui o Inferno de Dante apareceu A MIM, que acabava de chegar (essa impressão é pessoal para mim, mas outros talvez possam compartilhá-la) QUASE COMO uma comédia.” Em outras palavras, a cena é certamente horrível para este médico que acaba de chegar pela primeira vez em sua vida em um campo de concentração, mas não ao ponto de decretar que o Inferno de Dante é obviamente uma comédia para todos em comparação com esta cena.

Mas há algo muito mais sério que Georges Wellers tem feito o texto de Kremer passar de modo assujeitado. Kremer não disse que Auschwitz era “chamado de campo de extermínio,” o que, no original alemão, teria sido: “genannt Vernichtungslager.”

Na realidade, nós lemos no original alemão:

genannt DAS Lager DER Vernichtung” (“chamado O campo Da aniquilação”).

Se Wellers tivesse respeitado a presença dos dois artigos e tivesse ele dado a “Vernichtung” o sentido de “extermínio” o qual é indispensável à sua tese exterminacionista {tese daqueles que afirmam que o alegado Holocausto realmente ocorreu}., ele teria obtido a seguinte frase: “Não é sem razão que Auschwitz é chamado o campo de extermínio.” Assim construída, a frase soa bizarra tanto em alemão e em francês. Isso tem de ser para nós o sinal de que uma palavra do texto indubitavelmente tem sido mal traduzida. Essa palavra, como veremos mais adiante, é “Vernichtung.” O contexto nos revelará que essa palavra não deve ser traduzida como “extermínio” (um significado que pode muito bem ter em outros contextos), mas por “aniquilação.” Não há aqui extermínio, crime de morte premeditado, assassinato, matança, nem massacre; não há os resultados de um ato, uma ação ou uma vontade; não há aqui nada de “campo onde eles exterminam,” não há aqui “campo de extermínio” (expressão inventada pelos vencedores, alguns anos depois de 1942, para designar campos alegadamente dotados de “câmaras de gás”). O que há aqui na realidade é uma aniquilação; homens e mulheres são reduzidos a definhar; eles são aniquilados, reduzidos a nada pelas epidemias e principalmente por aquela doença cujo nome “tifo” (em grego tũpos) significa precisamente: torpor, estupor, uma espécie de letargia, uma rápida destruição das faculdades, às vezes até o ponto de morte. Auschwitz não é “um campo de extermínio” (uma expressão anacrônica, e sabemos que o anacronismo é um dos sinais mais confiáveis da presença de uma falsidade), mas o campo, sim, de fato, o campo por excelência da aniquilação geral. Sem dúvida, no momento de assumir seu posto em Auschwitz, este recém-chegado, Dr. Kremer, tinha ouvido seus colegas dizerem: “Você sabe, este campo, eles chamam de campo de aniquilação. Olhe ao redor a tifo! Você mesmo também corre o risco de contraí-la e morrer disso.”

E, no final de sua entrada no diário de 2 de setembro de 1942, o Dr. Kremer coloca um ponto de exclamação. Esse ponto indica a emoção do médico. Se o ocultarmos, como faz Wellers, a frase assume outro tom: talvez se acredite que o médico seja cruel e cínico. Alguém poderia acreditar que o Dr. Kremer pensou friamente: “O campo de Auschwitz é chamado de ‘campo de extermínio’.” Assim é. É de fato. Vamos aceitar as coisas como elas são. Na realidade, ele está sobrecarregado.

Por falta de tempo, eu não posso me dedicar à crítica dos textos dados por Léon Poliakov, por Serge Klarsfeld, pelas autoridades do Museu Estatal de Oświecim, da tradução oficial do documento NO-3408, etc. gostaria de apontar um fato especialmente grave. Diz respeito aos tribunais alemães. O tribunal de Münster que, em 1960, julgou o Dr. Kremer, simplesmente pulou a palavra Draussen {lado de fora, em alemão} quando reproduziu o verbete da entrada do diário de 2 de setembro de 1942. Empilhou-se outras desonestidades graves. Aqui está um exemplo deles: para dominar o Dr. Kremer, o tribunal apelou para o “Calendário de Eventos em Auschwitz” conforme ele foi elaborado pelas autoridades comunistas na Polônia. Já é estranho que um tribunal no mundo ocidental mostre confiança em um documento elaborado por stalinistas. Mas há mais. Os tribunais têm estabelecido que, para a maioria dos comboios que chegaram ao campo, os poloneses em seu “Calendário” indicaram com extraordinária precisão o número de pessoas “gaseadas.” Desde que nós sabemos que, de acordo com a literatura padrão exterminacionista {aqueles que afirmam que o alegado Holocausto realmente ocorreu}, as pessoas “gaseadas” não eram objeto de qualquer contabilidade, de qualquer contagem, um homem honesto poderia somente se espantar grandemente ao ler neste “Calendário” que, desde o tempo em que o Dr. Kremer estava em Auschwitz, eles tinham, em tal e tal dia, “gaseado” 981 pessoas e, em outro dia, 1.594 outras pessoas. Também, o tribunal de Münster usou cinicamente um subterfúgio. Reproduziu em seu texto inúmeras citações do “Calendário” e enquanto fazendo claro que se tratava deste “Calendário,” mas... cada vez que o “Calendário” usa a palavra “vergast” (“gaseado”), o próprio tribunal substituiu essa palavra desajeitada pela palavra “umgebracht” (“morto”). Assim, o leitor do julgamento de Münster está enganado. Quem quer que possa achar suspeito que possam falar sobre “981 gaseados” ou sobre “1594 gaseados,” facilmente deixa que falem sobre “981 mortos” ou sobre “1594 mortos.”

Finalmente, duas observações sobre as entradas que não a de 2 de setembro: (1) A expressão anus mundi não seria apropriada, me parece, para cenas de “gaseamento,” mas sim para uma cena repugnante e nauseante de grupos de pessoas caídas vítima de doenças repugnantes, de disenteria, etc. (2) Quando o Dr. Kremer diz que ele esteve presente em uma ação especial em tempo chuvoso, frio ou em tempo cinzento e chuvoso de outono, é provável que essas ações tenham ocorrido fora no ao ar livre, e não em uma câmara de gás.

Tradução e palavras entre chaves por Mykel Alexander

 

 Continua em Confissões de homens da SS que estiveram em Auschwitz - por Robert Faurisson - parte 4



Fonte: Confessions of SS men who were at Auschwitz, por Robert Faurisson, The Journal for Historical Review, verão de 1981, volume 2, nº 2, página 103.

http://www.ihr.org/jhr/v02/v02p103_Faurisson.html

Sobre o autor: Robert Faurisson (1929-2018), teve por anos sido o líder revisionista sobre o tema do alegado Holocausto.

            Formou-se em Sorbonne, Paris, em Letras Clássicas (Latim e Grego) obtendo o seu doutorado em 1972, e serviu como professor associado na Universidade de Lyon na França de 1974 até 1990. Ele é reconhecido como especialista de análise de textos e documentos. Depois de anos de pesquisa privada e estudo, o Dr. Faurisson fez pública suas visões céticas sobre a história de exterminação no Holocausto em artigos publicados em 1978 no diário francês Le Monde. Seus escritos sobre a questão do Holocausto têm aparecido em vários livros e numerosos artigos acadêmicos e foi um frequente contribuidor do The Journal of Historical Review. Por suas pesquisas sofreu muitas perseguições pela patrulha judaico-sionista ou pelas patrulhas àquelas vinculadas, além de um atentado contra sua vida no qual lhe deixou hospitalizado, porém manteve sempre em primeiro lugar seu compromisso para com a busca pela verdade durante toda sua vida, mantendo-se em plena atividade investigativa até a data de seu falecimento.

Mémoire en défense (contre ceux qui m'accusent de falsifier l'Histoire: la question des chambres à gaz), Editora La vieille taupe , 1980.

Réponse à Pierre Vidal-Naquet. Paris: La Vieille Taupe, 1982.

Réponse à Jean Claude Pressac Sur Le Problème Des Chambres à Gaz, Editora R.H.R., 1994.

Quem escreveu o diário de Anne Frank (em português impresso pela Editora Revisão).

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Relacionado, leia também:

As câmaras de gás: verdade ou mentira? - parte 1 - por Robert Faurisson (primeira de seis partes, as quais são dispostas na sequência).

A Mecânica do gaseamento - Por Robert Faurisson

O “problema das câmaras de gás” - Por Robert Faurisson

As câmaras de gás de Auschwitz parecem ser fisicamente inconcebíveis - Por Robert Faurisson

A mentira a serviço de “um bem maior” - Por Antônio Caleari

Os Julgamentos de Nuremberg - Os julgamentos dos “crimes de guerra” provam extermínio? - Por Mark Weber

O valor do testemunho e das confissões no holocausto - parte 1 - Por Germar Rudolf (primeira de três partes, as quais são dispostas na sequência).


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