sábado, 8 de janeiro de 2022

Confissões de homens da SS que estiveram em Auschwitz - por Robert Faurisson - parte 1

 

Robert Faurisson


Alguns homens da SS confessaram que havia algumas “câmaras de gás” em Auschwitz ou em Auschwitz-Birkenau. As três confissões mais importantes são aquelas de Rudolf Höss, de Pery Broad e, finalmente, do Professor Doutor Johann Paul Kremer. Por muito tempo, os exterminacionistas {aqueles que afirmam que o alegado Holocausto realmente ocorreu} contaram especialmente com a primeira dessas confissões: a de Rudolf Höss, que apareceu sob o título de Commandant of Auschwitz. Eu acho que percebi, por ocasião de um recente debate histórico na França, que os exterminacionistas {aqueles que afirmam que o alegado Holocausto realmente ocorreu} parecem menos seguros do valor desse estranho testemunho. Por outro lado, o testemunho de Johann Paul Kremer tem sido muito útil para eles. Pessoalmente, eu penso que o argumento fornecido por Kremer é de fato, do ponto de vista deles, uma arma mais valiosa do que a confissão absurda de Rudolf Höss. Devo dizer que primeiro os britânicos e depois os poloneses fizeram Höss falar de tal maneira que seja fácil destruir seu testemunho simplesmente comparando o Commandant of Auschwitz com suas numerosas declarações anteriores, entre as quais recomendo particularmente aquela de 14 de março de 1946 (Documentos NO-1210 e D-749).

Eu irei me limitar, portanto, a estudar o que os próprios exterminacionistas {aqueles que afirmam que o alegado Holocausto realmente ocorreu} hoje parecem considerar como a melhor de suas armas no que diz respeito à existência e ao uso em Auschwitz de “câmaras de gás” homicidas. Se eu adiciono este adjetivo “homicida,” é porque existem, como você sabe, câmaras de gás não homicidas que são impossíveis de usar para matar homens, conforme é dito que que os alemães o fizeram. Todos os exércitos do mundo têm alguns edifícios, equipados às pressas, para treinar seus recrutas no uso de máscaras de gás. Na França, esses edifícios levam o nome de “chambre à gaz” (“câmara de gás”); na Alemanha, eles são chamados de “Gaskammer” ou “Gasraum” (“Câmara de gás” ou “sala de gás”). Há também câmaras de gás para a desinfecção de roupas, para o tratamento de frutas e similares.

Eu falarei, portanto, para você em alguma extensão do testemunho de Johann Paul Kremer. Você verá como, à primeira vista, ele é preocupante, e então como, se você analisar com um pouco de cuidado, constitui um terrível fiasco para os Exterminacionistas {aqueles que afirmam que o alegado Holocausto realmente ocorreu}. Eu valorizo muito o caso Kremer. Ele mostra quão frágeis são as provas que as pessoas nos oferecem, em que extensão se deixam enganar facilmente pelas aparências, o quanto os historiadores oficiais maltrataram os textos e como é preciso trabalhar se você deseja, no estudo de textos, para distinguir entre o verdadeiro e o falso, entre o significado real e a interpretação errônea. Isso é o que é denominado crítica de texto e documento. Acontece que é minha especialidade profissional. Eu estou, portanto, indo a infligir a você, para meu grande pesar, um curso em “crítica de textos e documentos.” Eu peço-lhe que me perdoe pelo modo estrito da demonstração que estou indo tentar fazer na frente de você.

Antes de entrar no coração do assunto, eu gostaria de compartilhar com vocês duas observações. O primeiro vem do Dr. Butz. Lembro-me de que, em uma carta de 18 de novembro de 1979[1] dirigida a um semanário britânico (New Statesman) sobre um longo artigo de Gitta Sereny (2 de novembro de 1979),[2] ele fez a observação de que é muito estranho pretender basear uma tese histórica como essa dos terríveis massacres de milhões de seres humanos em ... confissões. Essa afirmação é ainda mais difícil de defender quando você sabe que aquelas confissões vieram de pessoas que foram conquistadas e que aqueles que as obtiveram foram os conquistadores.

Minha segunda observação é para lembrar que, nos casos de Ravensbrück, onde as pessoas agora sabem que nunca houve qualquer “gaseamento,” os tribunais britânicos e franceses obtiveram confissões que foram particularmente detalhadas sobre os alegados “gaseamentos.” As pessoas nos falam sobre as três principais confissões de Auschwitz, mas elas não nos falam mais sobre as três principais confissões de Ravensbrück: a do comandante do campo, Suhren, a de seu ajudante Schwarzhuber e a do médico do campo, Dr. Treite. Qual era o tamanho daquela “câmara de gás” que nunca existiu? Resposta: nove metros por quatro e meio metros. Você sabe onde ficava? Resposta: a cinco metros dos dois fornos crematórios. Você sabe quantas pessoas foram gaseadas lá? De que nacionalidade? Em que datas precisas? Você deseja saber sob cujas ordens tudo isso foi feito, de cima a baixo na hierarquia militar e política alemã? Você está interessado em aprender como eles usaram uma “cápsula de gás” (sic)? Você encontrará as respostas a essas perguntas e a muitas outras enquanto lê, por exemplo, a historiadora Germaine Tillion {1907-2008}. Essa francesa estava internada em Ravensbrück. Depois de retornar à França, ela se tornou uma especialista oficial na história da deportação. Ela trabalhou no mesmo famoso CNRS (Centro Nacional de Pesquisa Científica) em Paris, onde Léon Poliakov também trabalhou. Germaine Tillion goza na França, por razões as quais não estou ciente, de considerável crédito moral. Sua honestidade é uma espécie de fato estabelecido. No entanto, vários anos após a guerra, ela foi perante os tribunais para sobrecarregar os responsáveis por Ravensbrück com suas histórias sobre as “câmaras de gás.” Ainda mais do que seu livro sobre o campo (Ravensbrück, Paris, Le Seuil, reimpressão de 1973, 284 páginas), deve-se ler suas “Reflexões sobre o estudo da deportação” (“Reflexions sur 1'étude de la deportation,” no Revue d'Histoire de la Deuxième Guerre Mondiale, julho a setembro de 1954, páginas 3-38).

Germaine Tillion começa fazendo algumas observações considerando o falso testemunho sobre a deportação. Ela diz que ela tem “conhecido inúmeras pessoas com danos mentais, meio cretinos, meio tolos, explorando uma deportação imaginária.” Ela acrescenta que ela tinha conhecido outras pessoas que eram “autênticas deportadas, cujas mentes doentias tinham se esforçado para ir além das coisas monstruosas que tinham visto ou sobre as quais as pessoas tinham lhes falado e que lhes tinham chegado.” Ela escreveu mais: “Houve até mesmo alguns editores para imprimir algumas dessas fabricações, e algumas compilações mais ou menos oficiais para usá-las, mas esses editores e publicadores não podem ser desculpados de forma alguma, uma vez que a investigação mais elementar teria sido suficiente para lhes expor o ato de engano.”

Enquanto lendo aquelas linhas que já datam de 26 anos atrás, nós percebemos que os publicadores e os editores desse tipo só aumentaram em número e que os Martin Grays e os Filip Müllers ainda têm um bom futuro perante eles. Duas das três pessoas que confessaram em Ravensbrück foram enforcadas e o Dr. Treite cometeu suicídio. O que é horrível é que sem esta mentira sobre as “câmaras de gás” eles talvez tivessem salvado suas vidas. A respeito de Suhren, Germaine Tillion escreveu, na página 16, que ele começou demonstrando uma “má-fé obstinada” no decorrer de seus dois julgamentos (um em Hamburgo, pelos britânicos e um em Rastatt, pelos franceses); ela acrescenta esta frase terrível: “Mas, sem aquela câmara de gás que ele criou, por sua própria iniciativa, dois meses antes do colapso, ele talvez pudesse ter salvado sua vida”. Na nota 2 da página 17, ela escreveu a respeito de Schwarhuber, que confessou imediatamente, essas linhas ainda mais terríveis, sobre as quais eu peço que reflitam sobre cada palavra:

De acordo aos investigadores ingleses, desde o primeiro momento em que ele tinha fria e calmamente enfrentado a sua posição, ele julgou-se perdido e quer por ter a paz (e os pequenos privilégios a que têm direito os presos que não enganam os magistrados de instrução, quer então devido a lassidão, indiferença ou por outra razão) ele seguiu seu curso e manteve-se nele, sem consideração por si mesmo ou por seus cúmplices. Ele não era um bruto (como Binder ou Pflaum.); ele tinha uma expressão inteligente, a aparência e o comportamento de um homem psicologicamente normal.

Deixemos Ravensbrück e a confissão de Schwarzhuber por Auschwitz e a confissão de Kremer, o outro homem da SS que tinha “uma expressão inteligente,” bem como “a aparência e o comportamento de um homem psicologicamente normal.”  

Tradução e palavras entre chaves por Mykel Alexander

 Continua em Confissões de homens da SS que estiveram em Auschwitz - por Robert Faurisson - parte 2


Notas

[1] Nota de Mykel Alexander: Cartas {questionando a veracidade do alegado Holocausto} ao ‘New Statesman’ (que nunca foram publicadas) - parte 1 - por Dr. Arthur R. Butz, 24 de abril de 2021, World Traditional Front.

https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2021/04/cartas-questionando-veracidade-do.html

- Cartas {questionando a veracidade do alegado Holocausto} ao ‘New Statesman’ (que nunca foram publicadas) - parte 2 - por Richard Verrall, 30 de maio de 2021, World Traditional Front.

http://worldtraditionalfront.blogspot.com/2021/05/cartas-questionando-veracidade-do.html

- Cartas {questionando a veracidade do alegado Holocausto} ao ‘New Statesman’ (que nunca foram publicadas) – parte 3 – por Robert Faurisson, 06 de junho de 2021, World Traditional Front.

http://worldtraditionalfront.blogspot.com/2021/06/cartas-questionando-veracidade-do.html

                Todas as três cartas traduzidas do inglês ao português por Mykel Alexander a partir de: Letters to the “New Statesman”, por Arthur R. Butz, The Journal of Historical Review, inverno de 1982 (Vol. 1, nº 2), página 153.

http://www.ihr.org/jhr/v01/v01p153_Butz.html

 

[2] Nota de Mykel Alexander: Ver: Os Homens que “passaram o pano” para Hitler {com análise crítica revisionista} - Por Gitta Sereny, 29 de julho de 2021, World Traditional Front.

https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2021/07/os-homens-que-passaram-o-pano-para.html

                Traduzido do inglês ao português por Mykel Alexander a partir de: Gitta Sereny, The men who whitewash Hitler, New Statesman, de 2 de novembro de 1979.



Fonte: Confessions of SS men who were at Auschwitz, por Robert Faurisson, The Journal for Historical Review, verão de 1981, volume 2, nº 2, página 103.

http://www.ihr.org/jhr/v02/v02p103_Faurisson.html

Sobre o autor: Robert Faurisson (1929-2018), teve por anos sido o líder revisionista sobre o tema do alegado Holocausto.

            Formou-se em Sorbonne, Paris, em Letras Clássicas (Latim e Grego) obtendo o seu doutorado em 1972, e serviu como professor associado na Universidade de Lyon na França de 1974 até 1990. Ele é reconhecido como especialista de análise de textos e documentos. Depois de anos de pesquisa privada e estudo, o Dr. Faurisson fez pública suas visões céticas sobre a história de exterminação no Holocausto em artigos publicados em 1978 no diário francês Le Monde. Seus escritos sobre a questão do Holocausto têm aparecido em vários livros e numerosos artigos acadêmicos e foi um frequente contribuidor do The Journal of Historical Review. Por suas pesquisas sofreu muitas perseguições pela patrulha judaico-sionista ou pelas patrulhas àquelas vinculadas, além de um atentado contra sua vida no qual lhe deixou hospitalizado, porém manteve sempre em primeiro lugar seu compromisso para com a busca pela verdade durante toda sua vida, mantendo-se em plena atividade investigativa até a data de seu falecimento.

Mémoire en défense (contre ceux qui m'accusent de falsifier l'Histoire: la question des chambres à gaz), Editora La vieille taupe , 1980.

Réponse à Pierre Vidal-Naquet. Paris: La Vieille Taupe, 1982.

Réponse à Jean Claude Pressac Sur Le Problème Des Chambres à Gaz, Editora R.H.R., 1994.

Quem escreveu o diário de Anne Frank (em português impresso pela Editora Revisão).

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Relacionado, leia também:

As câmaras de gás: verdade ou mentira? - parte 1 - por Robert Faurisson (primeira de seis partes, as quais são dispostas na sequência).

A Mecânica do gaseamento - Por Robert Faurisson

O “problema das câmaras de gás” - Por Robert Faurisson

As câmaras de gás de Auschwitz parecem ser fisicamente inconcebíveis - Por Robert Faurisson

A mentira a serviço de “um bem maior” - Por Antônio Caleari

Os Julgamentos de Nuremberg - Os julgamentos dos “crimes de guerra” provam extermínio? - Por Mark Weber

O valor do testemunho e das confissões no holocausto - parte 1 - Por Germar Rudolf (primeira de três partes, as quais são dispostas na sequência).


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