sexta-feira, 25 de abril de 2025

As fornalhas de cremação de Auschwitz - parte 13 - por Carlo Mattogno e Franco Deana

 Continuação de As fornalhas de cremação de Auschwitz - parte 12 - por Carlo Mattogno e Franco Deana

Carlo Mattogno


6.3. Listas de Cremação do Crematório de Gusen

Esta lista é subdividida em quatro colunas.119 A primeira (“Uhr”) indica a hora e o número de carrinhos de mão com coque; a segunda coluna (“Datum”) indica a data da cremação, a terceira (“Leichen”) o número de cadáveres cremados, a quarta (“Karren Koks 1 K. = 60 kg”) o número total de carrinhos de mão com coque (1 carrinho = 60 kg), o que significa que a primeira coluna lista o número de carrinhos progressivamente, de modo que o último algarismo da primeira coluna corresponde ao algarismo da quarta coluna. No entanto, a primeira coluna (horário) não indica a hora de início e término da cremação, mas sim os horários em que o coque foi retirado do depósito de coque ou o horário em que os respectivos números de carrinhos com coque foram descarregados perto da fornalha.

O único critério objetivo que permite estabelecer a duração da cremação com alguma aproximação é a capacidade de combustão das lareiras, ou seja, a quantidade de coque queimada em uma lareira por hora. Com tiragem de ar natural, essa capacidade era de 90 a 120 kg de coque por hora e metro quadrado. De acordo com o memorando de 17 de março de 1943, citado anteriormente, a capacidade de combustão das lareiras das fornalhas Topf de três e oito muflas de Auschwitz era de 35 kg de coque por hora. Como a superfície das lareiras era de 0,3 m², a capacidade de combustão por m² era de (35 ÷ 0,3 =) 116,7 kg/h ≈ 120 kg/h.

A capacidade de combustão é aumentada – dentro de certos limites – pela tiragem de ar da chaminé, que puxa o oxigênio através da grelha. Para fornalhas a coque, a tiragem máxima aceitável com dispositivos de tiragem forçada (Saugzug-Anlage) era de 30 mm de coluna d'água,133 correspondendo à combustão de cerca de 180 kg de coque por hora e metro quadrado de grelha.134 Como cada grelha da fornalha Gusen tinha uma superfície de (0,5 × 0,5 =) 0,25 m², a capacidade máxima, com uma tiragem de ar de 30 mm de coluna d'água, era de (180 × 0,25 =) 45 kg de coque por hora, ou 90 kg para ambas as lareiras juntas.

Também, os três dispositivos de tiragem forçada inicialmente instalados no Crematório II de Birkenau funcionavam com uma pressão de 30 mm de coluna d'água, com um volume de gás de 40.000 m³/h, cada um acionado por um motor de 380 volts/15 HP. Os sopradores de tiragem forçada padrão instalados no Crematório de Gusen também foram instalados no crematório de Auschwitz, com um volume de gás de 4.000 m³/h e um motor de 3 HP. A diferença de pressão produzida é desconhecida, mas certamente não era superior a 30 mm de coluna d'água.

Nós retornamos agora ao problema da duração da cremação. Nós assumimos que as cremações em Gusen começaram às 7h do dia 31 de outubro de 1941 e terminaram às 23h do dia 12 de novembro de 1941, o que teria sido de 304 horas ou 18.240 minutos.135 A duração da combustão de 20.700 kg de coque efetivamente consumidos (ver Subcapítulo 5.1) depende, naturalmente, da capacidade de combustão das lareiras. Como mostrado acima, a capacidade máxima de combustão das duas lareiras de Gusen com sopradores de tiragem forçada de ar a uma pressão de 30 mm de coluna de água era de cerca de 90 kg/h de coque. Isso resulta em um tempo total de combustão do coque de (20.700 ÷ 90 =) 230 horas ou 13.800 min, um tempo médio de atividade do forno de (230 horas ÷ 12,67 dias ≈) 18 horas por dia e um tempo médio de incineração por cadáver de (30,6 ÷ 45 × 60 ≈) 41 minutos. Este é o menor valor teórico.

De acordo com as instruções de operação da Companhia Topf para a fornalha de mufla dupla e tripla, a pós-combustão dos resíduos do cadáver durava cerca de 20 minutos; somando esse tempo à combustão principal – 40 minutos – resulta em um tempo total de cremação de 60 minutos, o que representa o limite que o Dr. Jones chamou de “barreira térmica”, ou seja, o limite de tempo inferior que não pode ser superado. Essa duração, como será explicado posteriormente, é válida para a fornalha Gusen, mas não pode ser atribuída diretamente à fornalha de mufla dupla do tipo Auschwitz, ao qual a carta da Topf de 14 de julho de 1941 se referia explicitamente. 

Tradução e palavras entre chaves por Mykel Alexander

Continua em As fornalhas de cremação de Auschwitz - parte 14 - por Carlo Mattogno e Franco Deana

Notas

119 Nota de Carlo Mattogno: ÖDMM (Öffentliches Denkmal und Museum Mauthausen, Memorial Público e Museu de Mauthausen), Archiv, B 12/31.

133 Nota de Carlo Mattogno: Wilhelm Heepke, Die Leichenverbrennungsanstalten (die Krematorien), Verlag von Carl Marhold, Halle a.S. 1905, página 71.

134 Nota de Carlo Mattogno: G. Colombo, Manuale dell’ingegnere civile e industriale. Ulrico Hoepli, Milan 1916, página 366.

135 Nota de Carlo Mattogno: 12 dias mais 16 horas, ou 12,67 dias.

Fonte: Carlo Mattogno e Franco Deana, em Germar Rudolf (editor) Dissecting the Holocaust - The Growing Critique of ‘Truth’ and ‘Memory’, Castle Hill Publishers, P.O. Box 243, Uckfield, TN22 9AW, UK; novembro, 2019. Capítulo The Cremation Furnaces of Auschwitz.

Acesse o livro gratuitamente no site oficial:

https://holocausthandbooks.com/index.php?main_page=1&page_id=1 

Sobre os autores: Franco Deana foi um engenheiro italiano. Carlo Mattogno nasceu em 1951 em Orvietto, Itália. Pesquisador revisionista, ele empreendeu estudos em filosofia (incluindo estudos linguísticos em grego, latim e hebraico bem como estudos orientais e religiosos)  e em estudos militares (estudou em três escolas militares). Desde 1979 dedica-se aos estudos revisionistas, tendo estado associado com o jornal francês Annales d’Histoire Revisionniste bem como com o The Journal of Historical Review.

Dentre seus mais de 20 livros sobre a temática do alegado holocausto estão: 

The Real Auschwitz Chronicle: The History of the Auschwitz Camps, 2 volumes, Castle Hill Publishers (Bargoed, Wales, UK), 2023.

Auschwitz: the first gassing – rumor and reality; Castle Hill, 4ª edição, corrigida, 2022.

Curated Lies – The Auschwitz Museum’s Misrepresentations, Distortions and Deceptions; Castle Hill, 2ª edição revisada e expandida, 2020.

Auschwitz Lies – Legends, Lies, and Prejudices on the Holocaust; Castle Hill, 4ª edição, revisada, 2017. (Junto de Germar Rudolf).   

Debunking the Bunkers of Auschwitz – Black Propaganda versus History; Castle Hill, 2ª edição revisada, 2016.

Inside the Gas Chambers: The Extermination of Mainstream Holocaust Historiography, 2ª edição corrigida, 2016.

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O que é o Holocausto? - lições sobre holocausto - por Germar Rudolf

O que é ‘Negação do Holocausto’? - Por Barbara Kulaszka

O Primeiro Holocausto - por Germar Rudolf

O Primeiro Holocausto – e a Crucificação dos judeus deve parar - parte 1 - Por Olaf Rose (Parte 2 na sequência do próprio artigo)

O Holocausto de Seis Milhões de Judeus — na Primeira Guerra Mundial - por Thomas Dalton, Ph.D. {academic auctor pseudonym}

O Mito do extermínio dos judeus – Parte 1.1 {nenhum documento sequer visando o alegado extermínio dos judeus foi jamais encontrado} - por Carlo Mattogno (demais partes na sequência do próprio artigo)


Sobre o revisionismo em geral e o revisionismo do alegado Holocausto ver:

Uma breve introdução ao revisionismo do Holocausto - por Arthur R. Butz

{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} – Definindo evidência - por Germar Rudolf

{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} – Tipos e hierarquia de evidências - por Germar Rudolf

Por que o revisionismo do Holocausto? - por Theodore J. O'Keefe

Revisionismo e Promoção da Paz - parte 1 - por Harry Elmer Barnes

Revisionismo e Promoção da Paz - parte 2 - por Harry Elmer Barnes

O “Holocausto” colocado em perspectiva - por Austin Joseph App

A controvérsia internacional do “holocausto” - Arthur Robert Butz

Contexto e perspectiva na controvérsia do ‘Holocausto’ - parte 1 - por Arthur R. Butz

Contexto e perspectiva na controvérsia do ‘Holocausto’ - parte 2 - por Arthur R. Butz

O Relatório Leuchter: O Como e o Porquê - por Fred A. Leuchter

Sobre a importância do revisionismo para nosso tempo - por Murray N. Rothbard


Sobre as alegadas câmaras de gás nazistas homicidas ver:

As câmaras de gás: verdade ou mentira? - parte 1 - por Robert Faurisson (primeira de seis partes, as quais são dispostas na sequência).

A Mecânica do gaseamento - Por Robert Faurisson

O “problema das câmaras de gás” - Por Robert Faurisson

As câmaras de gás de Auschwitz parecem ser fisicamente inconcebíveis - Por Robert Faurisson

O Relatório Leuchter: O Como e o Porquê - por Fred A. Leuchter

A técnica e a química das ‘câmaras de gás’ de Auschwitz - por Germar Rudolf - Parte 1 - Introdução (demais partes na sequência do próprio artigo)


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