Mark Weber |
Texto de um discurso dado em um encontro em 18 de abril 2015, no centro de Estocolmo, organizado pelos editores da Logik Förlag (Suécia), em cooperação com o Couter Currents Publishing (EUA). Mais de uma centena de pessoas, muitos em seus vinte e trinta anos, reuniram-se para esta conferência, com alguns viajando desde Noruega, Dinamarca e Grã-Bretanha. O texto foi editado para ser postado aqui, e as referências das fontes têm sido adicionadas.
Em
nosso trabalho, nós almejamos – ou devemos almejar – nossos esforços, em
primeiro e mais proeminente lugar em alcançar aqueles que serão líderes na nova
era que deve emergir a partir dos destroços desta era desanimadora. Então estou
ainda mais satisfeito ao ver tantos rostos mais jovens aqui hoje.
Eu
também tenho um motivo pessoal para apreciar esta oportunidade para abordar uma
reunião aqui na Suécia. Em 1909, 106 anos atrás, Nils Olaf Svedlund deixou sua
propriedade perto da pequena cidade de Alsen em Jämtland, na Suécia central,
não muito longe da fronteira da Noruega, para nunca mais voltar. Ele partiu com
sua esposa e filhos, incluindo uma filha – mãe da minha mãe – para se mudar
para uma parte remota do território do Alasca. Ele e sua família fizeram uma
nova casa em uma pequena comunidade oceânica de apenas algumas dezenas de
pessoas que cortou todo o contato terrestre com o resto do mundo. Ele e sua
mulher e filhos começaram uma nova vida como posseiros, apoiando-se sobre o que
eles plantavam, capturavam e matavam, e residindo em uma cabana modesta que ele
construiu com suas próprias mãos.
Ao
longo dos anos, a minha admiração cresceu pelo meu bisavô, um homem que, aliás,
estava orgulhoso de sua herança sueca, e pela desenvoltura e perseverança que
ele mostrou para si e para sua família na construção de uma nova vida em um
inóspito pedaço de um virtual lugar selvagem.
Um
dos desenvolvimentos mais notáveis dos últimos anos na Europa tem sido o
aumento de partidos políticos antissistema. Em maio do ano passado, os partidos
dissidentes marcaram vitórias impressionantes nas eleições parlamentares da
União Europeia.
Comentando
os resultados surpreendentes, um colunista do New York Times escreveu:[1] “A União Europeia está
ainda se recuperando da insurgência das eleições da semana passada para os seus
751-membros do Parlamento”. Mas depois de um ‘terremoto’ político, como o
primeiro-ministro francês Manuel Valls, chamou isso na segunda-feira, também
vale a pena peneirar os escombros de uma hipérbole em busca de continuidades
resilientes... Na Dinamarca, o Partido do Povo Dinamarquês de extrema-direita
liderou a pesquisa, e duplicou o seu número de membros no Parlamento Europeu.
Na França, a Frente Nacional de Marine Le Pen também alcançou os melhores
resultados. Do outro lado do Canal, Partido da Independência do Reino Unido,
conhecido como UKIP, fez o mesmo, batendo todos os principais partidos.” E na
Hungria o dissidente partido Jobbik é agora a segunda maior formação política
do país.
Revendo
os resultados das eleições de maio de 2014 na França, um comentarista da BBC News escreveu:[2] “É difícil exagerar a importância
no momento do que acaba de acontecer na França. Um partido que apenas dois ou
três anos atrás era considerado não apenas contemptível, mas intocável, ganhou
uma eleição nacional. Hoje, a Frente Nacional realmente é – como os cartazes
que saíram da sede do partido colocou – a maior força na terra hoje. Até a
retomada de Marine Le Pen, em 2011, o partido estava efetivamente sob uma
estabelecida ordem de banimento... Hoje – inacreditavelmente – é o que tem o
maior número de deputados franceses. Em um corpo legislativo que é parte
integrante do sistema europeu de governo, a FN (Frente Nacional) – o pária
histórico – é mais forte que ambos os gaullistas e socialistas.” E no último
mês, o resultado das eleições locais em toda França reconfirmaram que a FN
continua com vitalidade e apelo.
Comentando
sobre a erosão constante de apoio aos partidos tradicionais da Europa, um
analista da BBC News escreveu apenas
algumas semanas atrás:[3] “Por que isso está
acontecendo? A resposta óbvia é que é parcialmente o resultado de anos de crise
econômica, particularmente no sul da Europa. Para muitos eleitores, partidos
tradicionais têm falhado em enfrentar o desafio. Mas também há um mal-estar
mais geral – um sentimento de que vidas ordinárias estão sendo atingidas por
forças e instituições para além do controle dos eleitores... partidos
tradicionais através da Europa estão sob pressão como nunca antes na memória
recente”.
Tudo
isso é uma expressão de muito mais do que a ansiedade sobre a situação
económica sem brilho. Isso reflete uma infelicidade ampla e crescente com a
direção geral da vida social, cultural e econômica.
Foi
essa perspectiva que moveu recentemente o Papa Francisco para denunciar
fortemente o que ele chama de “cultura do descartável” da ganância que prevalece
no Ocidente, com sua “atrocidade” de elevado desemprego dos jovens. O sistema
de “idolatrias” econômico-social que prevalece na Europa e nos EUA, passou a
admitir o líder da Igreja Católica, está agora perto de um colapso[4].
Imigração
em grande escala, especialmente da África, Oriente Médio e Sul da Ásia, está
conduzindo uma aceleração da “terceiro-mundialização”, transformando
drasticamente caráter cultural, racial e étnico do continente. Em toda a
Europa, a taxa de natalidade está bem abaixo do nível de reposição. Os europeus
estão morrendo.
Através
do continente, bem como nos EUA, as pessoas sentem que algo está muito errado.
Pesquisas de opinião pública de ambos os lados do Atlântico mostram níveis
elevados e sem precedentes de desconfiança nos políticos e nas grandes
instituições – em suma, no “Sistema”.
Os
partidos “estabelecidos e consolidados” que governaram desde o fim da Segunda
Guerra Mundial – se eles se consideram eles próprios conservadores, moderados
ou classe média, ou se eles se consideram de esquerda ou progressistas –
carecem de qualquer visão persuasiva ou inspiradora para os anos à frente. Os
líderes políticos e intelectuais das “principais correntes” – na Europa, bem
como em os EUA – são totalmente incapazes de oferecer qualquer forma
convincente de avanço político, ou qualquer prospecto credível de um futuro
melhor.
Nessas
tendências, a América está “estabelecendo o ritmo.” A cada ano que passa, os
Estados Unidos estão se tornando cada vez mais óbvio e rapidamente um
irreconhecível país de ‘terceiro mundo’. Durante a minha vida, muitas cidades e
regiões inteiras de os EUA têm sido transformadas demograficamente – com a
substituição de uma população esmagadoramente de origem europeia por
não-brancos. Ao longo do último meio século, o sul da Califórnia, onde eu moro
e trabalho, foi transformado mais radicalmente, mais fundamentalmente do que a
Polônia, Hungria e outros países da Europa Oriental, alterados durante 45 anos
de ocupação e controle russo soviético.
Um
olhar único e uma sondagem mais perspicaz para a crise da Europa e do Ocidente,
na minha opinião, é um livro alemão que foi publicado pela primeira vez há
cinco anos, Deutschland schafft sich ab,
ou em Inglês, “Germany Does Away With Itself”.[5] Não é meramente o conteúdo
deste livro que é notável. Ele também é importante porque esta análise
desafiadora das tendências das últimas décadas foi escrita por alguém que
poucos esperariam que produziria tal obra. O autor, Thilo Sarrazin, não é um
dissidente de temperamento irritadiço, mas um homem de impressionante lucidez e
credenciais, que escreve com autoridade baseada em anos de experiência em
primeira mão.
Ele
atuou como membro do Conselho de Administração do banco central da Alemanha, o
Bundesbank. Por sete anos ele foi o Finanzsenator
de Berlim, ou seja, o ministro dos assuntos financeiros do governo da capital
da Alemanha. E por muitos anos foi membro do SPD, o consolidado e estabelecido
partido de esquerda do país, denominado Partido Socialdemocrata.
O
livro de Sarrazin é cuidadosamente escrito, diligentemente pesquisado e com
convincentemente argumentado. O autor apresenta o seu caso com a razão e lógica
rigorosa, apoiada por dados sólidos e evidências empíricas.
Após
a sua publicação em 2010, jornais e figuras públicas proeminentes do sistema
não perderam tempo em furiosamente denunciar o livro e seu autor. Mas os
ataques e manchas tiveram o efeito de estimular muito as vendas. Todo mundo na
Alemanha, ao que parece, estava falando sobre o livro e, mais importante, as
questões sérias que ele aborda. Provavelmente nenhum trabalho alemão desde o
fim da Segunda Guerra Mundial teve um impacto tão grande sobre o discurso
nacional do país. Um milhão e meio de cópias dele tem sido vendido.
Na
introdução, o autor salienta que os problemas da Alemanha – e, claro, por extensão,
da Europa e do mundo ocidental em geral – estão profundamente enraizados. A
economia lenta, diz ele, é apenas um sintoma de problemas sociais, culturais,
demográficos e genético-biológicos muito mais sérios e enraizados. Além da taxa de natalidade socialmente
suicida, o futuro da Alemanha está em perigo por causa do continuado aumento
constante da parcela da população que é menos capaz, menos socialmente estável,
e menos inteligente.
Economicamente,
ele prossegue, a Alemanha está agora na fase final de uma era dourada - que começou
por volta de 1950, e a qual agora está chegando ao fim. Ao longo dos últimos 20
anos, ele observa, o rendimento em termos reais para o trabalhador médio não
aumentou, e dentro de dez anos, no máximo, diz ele, vai diminuir – a princípio
lentamente e então mais rapidamente.
Por
causa que esta estagnação e declínio é devido, acima de tudo, a fatores
demográficos a longo prazo, e a tendência é inevitável e imparável. No entanto
conquistas impressionantes da Alemanha nas exportações, nas pesquisas e assim
por diante, de tempo em tempo, irão continuar, mas elas não poderão reverter a
tendência básica.
A
Alemanha – e, mais uma vez, deve-se notar, o resto da Europa e de todo o mundo
ocidental – têm estado destruindo as bases para o crescimento econômico futuro –
tanto quantitativa quanto qualitativamente: quantitativamente, Sarrazin
explica, porque passados 45 anos, cada nova geração que se forma é marcadamente
menor em tamanho do que o anterior, enquanto ao mesmo tempo a esperança de vida
tem estado aumentando; e qualitativamente, porque com cada nova geração, a base
genética e sociocultural da nação está continuamente caindo.
A
Alemanha, ele continua a explicar, é uma sociedade em negação sobre realidades
básicas da vida política social. Ele escreve: “Apesar de meus anos de experiência
[na vida pública] eu tenho sido surpreendido com a resposta negativa que é
gerada quando uma figura pública aponta, de forma simples e clara, os fatos
mais elementares da vida político-social.” Aqui novamente, o que Sarrazin
escreve aplica-se, com algumas variações, é claro, para o mundo ocidental
inteiro, incluindo os Estados Unidos.
Outro
fator importante por trás das tendências de longo prazo que ele discute é a
maneira pela qual os alemães são socializados ou motivados socialmente. Nas
escolas da nação e meios de comunicação, os jovens são incentivados a levar uma
vida auto-orientada, ou se preferirem, uma vida que, em tudo, não tem foco ou
significado. Na Alemanha de hoje – e, novamente, todo o mundo ocidental – é um
dado admitido que as preocupações individuais e a identidade são de prioridade
suprema. De acordo com essa visão predominante, as vontades e desejos da pessoa
são muito mais importantes do que a saúde e o bem-estar da comunidade ou nação.
Na
Alemanha, não surpreendentemente, há um sentimento generalizado de fatalismo
opaco sobre o futuro. Alemães aceitam, ou são supostos aceitar, o contínuo e
firme declínio de seu país.
Sarrazin
enfatiza a relação próxima e empiricamente irrefutável entre o nível de ordem e
prosperidade em uma sociedade, e o nível médio de inteligência do seu povo. Ele
também observa um fato que muitos daqueles na vida educacional e política negam
ou ignoraram: que a inteligência humana é de 50 a 80% determinada pela
hereditariedade.
Ele
fornece dados sólidos para mostrar que no Ocidente o nível de inteligência
genética tem estado caindo nas recentes décadas porque, em geral, os menos
inteligentes estão tendo mais filhos do que os mais inteligentes. Ele também
aponta que o nível médio de inteligência dos muitos migrantes que estão se
instalando na Alemanha é significativamente menor do que o nível médio de inteligência
da população alemã “nativa”.
Em
suma, ele escreve, que o sistema social que prevalece significa que a Alemanha
está acabando com si mesma. Novamente, cito análises detalhadas de Sarrazin
porque se aplicam, com algumas variações, para a Europa como um todo, e
naturalmente para o Ocidente inteiro.
O
resultado da Segunda Guerra Mundial significou que, pela primeira vez na
história, a Europa estivesse inteiramente sob o controle de outros estados de
fora da Europa, ou, em alguma medida, de regimes da periferia do Ocidente,
nominalmente, EUA e URSS. Mais importante, o resultado da Segunda Guerra Mundial
significou a imposição sobre a Europa da ideologia igualitária – uma versão
soviética marxista na Europa central e oriental, e uma versão americana
individualista mais sedutora na Europa ocidental. Nos anos desde o colapso do
Império Soviético, a visão americana individualista-igualitária, incluindo a
democracia de massas de estilo americano e o consumismo, é agora a ideologia
governante através do continente.
De acordo a esta
perspectiva, a sociedade ideal não é uma nação unida por laços étnicos,
raciais, culturais ou religiosos, mas sim uma coleção de indivíduos de máxima
“diversidade”, unidos apenas por um legalista “contrato social”, ou um
supostamente compartilhado abraço do que são chamados de “valores democráticos”.
O objetivo político-social mais elevado, de acordo com essa ideologia, não é
uma nação saudável ou duradoura, mas sim uma sociedade “multicultural” dedicada
à prosperidade material, “direitos” individuais, e para qual a Declaração de Independência
dos EUA chama de “busca da felicidade”.
Nos
Estados Unidos, essa perspectiva era, desde o início, considerada tão magnífica
e transformacional que os fundadores do país consideraram os EUA como um radicalmente
novo tipo de sociedade, que seriam uma nação modelo para o mundo. Isto é o
porquê o Grande Selo dos Estados Unidos, o qual está na parte de trás de cada
nota de um dólar, proclama que 1776 não é apenas o ano de nascimento do país,
mas marca a fundação do que é chamado, em latim, uma “Novus Ordo Seclorum” – a
“Nova Ordem das Eras”.
Ao
manter esta visão da sociedade americana e sua forma de governo como superior a
todos as outras, os políticos dos dois principais partidos políticos dos EUA
proclamam com fervor quase religioso sua crença em algo chamado
“excepcionalismo americano.” E você vai ouvir isso, não só a partir daqueles
que se chamam conservadores. Mesmo o presidente Obama,
em um discurso na academia militar de West Point, disse: “Eu acredito no
excepcionalismo americano com cada fibra do meu ser”.[6]
Essa
ideologia não somente significa que os EUA consideram a si próprios como o líder
moralmente superior e grande arquiteto em forjar uma “Nova Ordem” no mundo, mas
implica que há uma trajetória proposital à história, uma direção definida no
desenvolvimento humano, e que os americanos são os pioneiros providencialmente
ordenados em moldar o mundo inteiro de acordo com essa ideologia.
Ao
longo do século passado, presidentes americanos têm repetidamente afirmado esta
confiante – mas também arrogante e utópica – visão sobre o rumo da história, e
o papel da América nela. Em 1917, quando os Estados Unidos entraram na Primeira
Guerra Mundial, o presidente Woodrow Wilson solenemente declarou que ele estava
enviando jovens norte-americanos em todo o oceano para matar e morrer como
parte de um grande compromisso para acabar com todas as guerras, e fazer o mundo
inteiro, como ele colocou, “seguro para a democracia”.
Durante
a Segunda Guerra Mundial, o presidente Franklin Roosevelt fez promessas
semelhantes, do mesmo modo de acordo com este ponto de vista intencional de
história e ideologia central da América. A América, ele ressaltou, é o grande
líder mundial na construção de uma nova ordem mundial em que a agressão será eliminada
permanentemente, e, além disso, ele prometeu, uma nova era na qual mesmo o medo
e a vontade serão banidas em todo o mundo.[7]
É
essa mesma perspectiva messiânica que motivavou o presidente George W. Bush
para se referir a sua então chamada “guerra ao terrorismo” como uma “cruzada”,
e, em um grande discurso, a proclamar uma política externa dos Estados Unidos
dedicada a, como ele dizia, “acabar com a tirania no mundo.”[8] Neste grande
empreendimento liderado pelos Estados Unidos, ele anunciou, a neutralidade não
é uma opção. “Ou você está conosco”, declarou ele, “ou estão com os
terroristas.” Fiel à ideologia da América, o presidente Obama proclama que uma
característica importante da política externa dos EUA é empurrar o que são
chamados de “direitos dos gays” – para todos lugares do mundo
Por
causa que os Estados Unidos ainda são muito poderosos e influentes, eles têm a
capacidade de promover e frequentemente impor, por vezes, com surpreendente
arrogância, sua ideologia individualista igualitarista.
Proeminentes
americanos se orgulham na noção de que os EUA, são ou deveriam ser, o grande
líder em fazer um cada vez mais diversificado, não-racial, e multicultural
mundo. Este ponto de vista foi falado, por exemplo, pelo General Wesley Clark
{judeu por herança parterna[9]}, o Comandante Supremo
Aliado da Europa, com o comando geral das forças militares da OTAN no
continente. “Não há lugar na Europa moderna para os estados etnicamente puros”,
disse ele em 1999. “Essa é uma ideia do século XIX, e estamos tentando fazer a
transição para o século XXI, e vamos fazê-lo com os estados multiétnicos.”[10] O que o General Clark,
juntamente com outros líderes americanos, quer dizer é que a França não deve
ser francesa, Suécia não deve ser sueca, Polónia não deve ser polonesa, e assim
por diante.
Em
manter esta ideologia, os Estados Unidos trabalham para quebrar a identidade
cultural, racial e religioso e coesão ao redor do mundo - aguilhoando, convencendo
com adulação, persuadindo e empurrando todos os países para ser como os EUA:
uma coleção de indivíduos, como um caldeirão cultural e racial.[11] Assim, a americanização
da Europa significa a morte cultural-biológica da Europa.
Apesar
da sua relativa prosperidade econômica, a Europa de hoje está em um maior
perigo do que nunca em sua história. De longe pior do que as consequências da
derrota militar, uma guerra terrível, ou uma praga devastadora, a Europa está
ameaçada de extinção cultural, étnica e racial – ou seja, a destruição do
próprio fundamento de tudo o que é europeu, em qualquer sentido real ou
duradouro.
O
que é a Europa? É, naturalmente, uma designação geográfica. Mas é muito mais do
que isso. Sem os europeus, o continente é pouco mais do que uma designação
geográfica ou administrativa, significando nem mais nem menos do que o termo
“América do Norte”.
Europa
não é apenas uma conquista cultural inestimável construída ao longo de
milênios. É também um patrimônio genético igualmente inestimável. O patrimônio
cultural europeu não pode ser separado dos povos distintos que criaram ele. Não
pode haver verdadeira Europa sem os europeus. É por isso que, muito além do
continente, “Europa” como um fator social e cultural, tem surgido onde quer que
homens e mulheres europeus têm se se instalado – na Austrália, na Nova
Zelândia, no Canadá, e nos Estados Unidos.
Na
verdade, o fato central da história americana é que ela foi fundada,
estabelecida e desenvolvida por pessoas de raça e cultura europeia. Se a minha
terra natal tivesse sido fundada e desenvolvida principalmente por pessoas da África,
ou Ásia Oriental, ou por população nativa do continente, o seu caráter social,
cultural e político hoje seria muito diferente. Se o território dos EUA tivesse
sido desenvolvido pelos povos nativos do hemisfério ocidental, seria hoje uma
sociedade que se assemelha ao Peru, Guatemala ou a Bolívia. Ou se tivesse sido
fundada e desenvolvida principalmente por pessoas da África, ela se
assemelharia ao Haiti.
Não
apenas os europeus e a maioria dos americanos, mas muitos milhões de pessoas em
todo o mundo querem viver em sociedades construídas e moldadas por europeus.
Mas a verdade franca é que não é possível ter uma sociedade de estilo europeu,
sem uma população racialmente europeia. Não é possível sustentar uma sociedade
como a Dinamarca, com uma população como a do Paquistão ou da Nigéria.
Estes
dias, naturalmente, e como todo mundo aqui sabe, não é isso o que nos é dito.
Na Europa, bem como nos EUA, a liderança dos principais partidos políticos,
juntamente com a mídia principal, e dos estabelecimentos de ensino do sistema,
dizem-nos que a raça não importa, que é meramente uma “construção social”.
Tão
na moda como esta doutrina é hoje, não foi sempre assim. Até a Segunda Guerra
Mundial ainda era possível falar abertamente e candidamente, mesmo em um fórum
dominante, expressar opiniões que estavam de acordo com o sentimento da maioria
das pessoas de raça e cultura europeias.
Um
homem que não só compreendeu esta realidade, mas que a proclamou ousadamente
foi Charles A. Lindbergh, o famoso aviador, escritor e ativista da paz
americana.
Em
um artigo intitulado “A aviação, Geografia e Raça”, escrito pouco depois da
eclosão da guerra na Europa, em 1939, ele advertiu – em palavras que ostento
lembrando hoje – contra os esforços de alguns para trazer os Estados Unidos
para o conflito. Neste artigo, que apareceu 76 anos atrás, em Readers Digest, a revista americana mais
lida da época, ele escreveu:[12]
“Nós, os herdeiros da cultura europeia, estamos à beira de uma guerra desastrosa, uma guerra dentro de nossa própria família das nações, uma guerra que irá reduzir a força e destruir os tesouros da raça branca, uma guerra que pode mesmo levar ao fim da nossa civilização... é hora de virar a partir de nossas querelas e para construir nossas defensivas muralhas brancas de novo... a nossa civilização depende de uma força unida entre nós mesmos... de pés juntos como guardiões de nossa herança comum... Nós podemos ter a paz e a segurança apenas enquanto nós nos unirmos para preservar essa mais inestimável posse, a nossa herança de sangue europeu...”
Umas
poucas semanas depois que este artigo apareceu, Lindbergh falou ao público
americano em uma transmissão de rádio ouvido em todo o país. “Nosso vínculo com
a Europa”, disse ele, “é um vínculo de raça e não de ideologia política... é a
raça europeia que devemos preservar; progresso político irá seguir. Força
racial é vital; política, uma luxuria.”[13]
Hoje,
é claro, a situação cultural é tão drasticamente diferente, que fica quase
impossível imaginar uma figura de renome apresentando tais pontos de vista nos
meios de comunicação para milhões do público em geral.
Em
ambos os lados do Atlântico, líderes intelectuais, cultuais e políticos
promovem incansavelmente uma ideologia universalista-igualitária – uma perspectiva
ilusória divorciada da realidade que se recusa a reconhecer as verdades mais
elementares da sociedade, da hereditariedade, e da história. De acordo com essa
ideologia, os líderes políticos na Europa, bem como nos Estados Unidos empurram
políticas que quebram e pretendem quebrar, o caráter étnico, racial, cultural e
tradicional das nações ocidentais.
O
mal-estar atual do Ocidente é o resultado totalmente previsível de políticas
baseadas nas premissas sobe vida e sociedade de ideologias
igualitárias-individualistas que estão prevalecendo. Nos meses e anos por vir,
os eventos continuarão a desdobrar-se em sintonia com o esforço inútil para
tornar esta realidade de acordo com uma ideologia de governo impossível. Isto é,
as tendências do presente vão acelerar, inevitavelmente, mais conflitos,
crimes, contendas raciais, e a desintegração social-cultural geral.
Assim
como a ex-União Soviética finalmente desmoronou como uma consequência
inevitável de tentar organizar a sociedade com base em uma ideologia e
princípios não enraizadas na realidade histórica, social e biológica, assim
também esta sociedade deve continuar a declinar conforme tenta forçar a
natureza da realidade para conformar aos desejados pensamentos baseados em uma
visão de mundo doentia.
Uma
nação que abraça uma ideologia que não está enraizada na realidade – isto é,
uma ideologia de negação, falsidade e pensamento no desejável – não pode
resistir. Ela não vai sobreviver. Ele não merece sobreviver.
Dadas
as tendências sombrias da nossa era, é inteiramente compreensível que muitas
pessoas – mesmo os homens e mulheres de boa vontade – tenham desespero em se
voltar para dentro, buscando consolo e refúgio em uma vida focada para ser
autossuficiente. Pessoalmente, acho que é útil lembrar a mim mesmo que, ao
manter as expectativas baixas, pode-se evitar ou pelo menos minimizar a
decepção.
Durante
os últimos anos da Segunda Guerra Mundial, os líderes na Alemanha e nos outros
países do Eixo repetidamente avisaram que a derrota seria uma calamidade mortal
para toda a Europa. Em 1943, o grande escritor francês Louis-Ferdinand Céline
escreveu que as forças da Alemanha e de outras forças do Eixo foram o último
grande bastião do Ocidente. Assim, ele disse: “A queda de Stalingrado foi o fim
da Europa.” Se as severas advertências dos líderes alemães em 1943, 1944 e 1945
eram válidas, e se a avaliação sombria de Céline estava correta, que ninguém
deve se surpreender com a desintegração sócio-racial e cultural de nossa época,
e, correspondentemente, as nossas expectativas hoje devem ser muito baixas de
fato.
Enquanto
eu considero o resultado da Segunda Guerra Mundial como uma calamidade para a
Europa e para o Ocidente, espero, naturalmente, que Céline e os outros que
compartilhavam sua visão estavam errados em sua crença de que o resultado foi
um golpe mortal ou fatal. Em qualquer caso, não é uma questão que deva
preocupar-nos excessivamente.
A
era em que estamos vivendo hoje é uma em que as religiões do Oriente chamam de “Kali
Yuga” – uma época de valores pervertidos – em que recompensa aqueles que
enganam, e pune aqueles que dizem a verdade. Você deve se lembrar do conto de “As
Roupas Novas do Imperador”, no qual um menino pequeno em uma multidão
silenciosa é o único a dizer em voz alta o que os adultos pensam, mas estão tão
condicionados ou intimidados para dizer: “Olha, O imperador está sem roupas!” E
com essas poucas honestas palavras o rapaz expõe e esvazia uma fraude
pretensiosa. Devemos ser como aquele jovem rapaz honesto no conto porque as
fraudes que prevalecem hoje, enquanto não menos pretensiosas, são muito mais
perigosas.
Em
uma época de engano universal, George Orwell uma vez disse, dizer a verdade é
um ato revolucionário. Hoje, mais do que nunca, é de vital importância desafiar
a conformidade imposta de nossa era, e sem rodeios reafirmar verdades básicas: A
diversidade não é uma força. Uma nação durável saudável é mais – muito mais –
do que uma coleção de indivíduos. Raça não é uma ‘construção social’' História
importa. Hereditariedade importa.
O
que é necessário hoje não são slogans simplistas, ou pensamentos, baseados em
desejos, sobre um futuro utópico do arco-íris, ou esforços tolos para salvar alguns
restos de uma idade que desaparece completamente, mas a candidez, honestidade e
determinação desafiante. Em vez de simplesmente reclamar sobre o que está
errado, ou perguntar a alguém sobre o que se deve fazer, cada um de nós deve,
em vez disso, perguntar a si mesmo: O que posso fazer? Devemos, cada um de nós,
se esforçar para o nosso dever conforme nossa mente e nosso coração nos disser,
obedecendo aos comandos que damos a nós mesmos.
Ao
mesmo tempo, não devemos permitir intimidação, manchas pegajosas ou ameaças
para nos impedir de afirmar o que é verdadeiro, e fazendo o que é certo, fortalecidos
pela confiança de que as futuras gerações vão nos respeitar, e a história irá vindicar-nos.
Nosso
dever é manter-se rápido, para não desesperar, e para perseverar nesta longa
luta crepuscular, antes da alvorada de uma nova e melhor idade.
Tradução
e palavras entre chaves por Mykel Alexander
Notas
[1]
Nota do autor: M. d’Ancona, “Europe’s Dangerous New Fault Line,” The New York Times, 30 de maio de 2014.
( http://www.nytimes.com/2014/05/31/opinion/dancona-europes-dangerous-new-fault-line.html
)
[2]
Nota do autor: H. Schofield, “France Front National: From 'untouchables' to EU
force,” BBC News, 26 de maio de 2014.
( http://www.bbc.com/news/blogs-eu-27577964 )
[3]
Nota do autor: C. Morris, “No-one can predict European politics,” BBC News, 24 de março de 2015. ( http://www.bbc.com/news/world-europe-32022742 )
[4]
Nota do autor: “Pope Francis claims global economy is close to collapse and
describes youth unemployment rates as an ‘atrocity’,” The Independent (Britain), 14 de junho de 2014. ( http://www.independent.com.mt/articles/2014-06-14/news/pope-francis-claims-global-economy-is-close-to-collapse-and-describes-youth-unemployment-rates-as-an-atrocity-5472747521/
)
[5]
Nota do autor: Thilo Sarrazin, Deutschland
schafft sich ab. München:
Deutsche Verlags-Anstalt, 2010. Uma revisão deste livro pelo estudioso alemão
Volkmar Weiss está publicada em:
[6] Nota do autor: Discurso de Barack
Obama, 28 de maio de 2014. ( https://www.whitehouse.gov/the-press-office/2014/05/28/remarks-president-united-states-military-academy-commencement-ceremony
)
[7] Nota do autor: Franklin Roosevelt
“Four Freedom’s” discurso de 6 de janeiro de 1941 proferido em uma sessão conjunta do
Congresso dos EUA ( http://www.americanrhetoric.com/speeches/fdrthefourfreedoms.htm ) ; Pres. Roosevelt “Flag Day”
address of June 14, 1942, broadcast to the nation by radio. (
http://www.presidency.ucsb.edu/ws/?pid=16276 )
[8] Nota do autor: George W. Bush,
discurso inaugural em 20 de janeiro de 2005. ( http://www.presidency.ucsb.edu/ws/index.php?pid=58745
)
[9] Nota do tradutor: Encyclopedia of Arkansas, entrada: Wesley
Kanne Clark (1944–):
“Wesley Kanne nasceu em Chicago, Illinois, em 23 de
dezembro de 1944, filho único de Venetta e Benjamin Kanne. Seu pai, filho de
imigrantes judeus, era promotor, veterano da Primeira Guerra Mundial e político
democrata. Sua mãe era dona de casa.”
[10] Nota do autor: Citado em: John
O’Sulivan, “In Defense of Nationalism,” The
National Interest, No. 78, inverno de 2004-5, página 33.
[11] Nota do autor: É claro que há uma
exceção contundente a essa grande política americana - que reflete os interesses
e a agenda daqueles que exercem poder decisivo nos EUA. Os políticos americanos
insistem que um país, Israel, deve ser reconhecido e mantido, mesmo às custas
da vida americana, como um estado étnico-religioso especificamente judeu.
[12] Nota do autor: Charles A. Lindbergh, “Aviation, Geography, and
Race,” Readers Digest, novembro de
1939, páginas 64-67.
[13] Nota do autor: Charles A. Lindbergh,
“Neutrality and War,” 13 de outubro de 1939. ( http://charleslindbergh.com/pdf/NeutralityandWar.pdf
)
Fonte: Institute for
Historical Review, 2015.
Sobre o autor: Mark weber
é um historiador americano, escritor, palestrante e analista de questões
atuais. Ele estudou história na Universidade de Illinois (Chicago), na
Universidade de Munique (Alemanha), e na Portland State University. Ele possui
um mestrado em História Europeia da Universidade de Indiana. Desde 1995 ele tem
sido diretor do Institute for Historical Review, um centro independente de
publicações, educação e pesquisas de interesse público, no sul da Califórnia,
que trabalha para promover a paz, compreensão e justiça através de uma maior
consciência pública para com o passado.
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