Robert John |
Até
meados de 1914, a superfície das relações diplomáticas europeias era plácida,
refletindo acordos negociados com sucesso sobre questões coloniais e outras
mais. Mas alguns jornalistas britânicos foram acusados por seus contemporâneos
de “que eles deliberadamente se colocaram a envenenar as relações
anglo-germânicas e criar com alarmismo um clima da opinião pública de que a
guerra entre as duas grandes potências se tornou inevitável.” (The
Scaremongers: The Advocacy of War and Rearmament 1896-1914, A. J. A.
Morris, Routledge & Kegan Paul, 1984).
Eles
foram pagos ou não? Cada diatribe anti-alemã em jornais britânicos adicionava
preocupação ao governo alemão em saber se era parte de uma política instigada
ou tolerada pela Downing Street {escritório do primeiro ministro}. Além disso,
havia grupos em cada grande país europeu que só podiam ver na guerra, os meios
possíveis para promover os seus interesses ou para frustrar as ambições de seus
rivais. É por isso que o assassinato do arquiduque Franz Ferdinand, herdeiro do
trono austro-húngaro, em 28 de junho, em Sarajevo, em breve colocou a Europa crepitando
com o fogo, um fogo o qual, naturalmente, se espalhou através das linhas de
comunicações nos territórios coloniais tão longe quanto China.
Em
28 de julho, a Áustria declarou guerra à Sérvia. A Alemanha enviou um ultimato
à Rússia ameaçando hostilidades se as ordens para a mobilização total do
exército e da marinha russa não fossem contraordenada.
Um
telegrama datado de 29 de julho de 1914 do Czar Nicolau ao Imperador Guilherme,
propondo que a disputa austro-sérvia devesse ser encaminhada para o Tribunal de
Haia, ficou sem resposta. Ao mesmo tempo, a Alemanha enviou uma mensagem para a
França, perguntando se ela iria permanecer neutra; mas a França, que havia
comprado lotes e mais lotes de ações da ferrovia russa, além de outros problemas,
foi inequívoca em apoiar à Rússia. Em meio a escalada de tensão e as violações
de fronteira, a Alemanha declarou guerra à Rússia e França.
O
Chefe do Estado-Maior francês, o general Joseph Joffre, estava preparado para
marchar contra a Bélgica se os alemães violassem a sua neutralidade38 a qual tinha sido garantida pela
Grã-Bretanha, França, Prússia, Áustria e Rússia. Tropas alemãs cruzaram a
fronteira belga (o dia 4 de agosto, às 08:00) e o Reino Unido declarou guerra à
Alemanha.
Primeira
Penhora
Lorde
Kitchener {o Marechal Horatio Herbert Kitchener}, que tinha deixado Londres às
11:30, na manhã de 03 de agosto para retornar ao Egito após a licença, foi
parado em Dover e colocado no comando do Ministério da Guerra.39 Na primeira reunião do Conselho de
Guerra, alertou seus colegas de uma longa luta, que seria vencida não no mar,
mas em terra, para a qual a Grã-Bretanha teria que levantar um exército de
milhões de homens e mantê-los no campo por vários anos.40
Quando a defesa do Egito foi discutida na reunião, Winston Churchill sugeriu
que o método ideal de defender o Egito era atacar a Península Gallipoli
{noroeste da Turquia, banhada pelo Mar Egeu}, a qual, se bem-sucedido, poderia
dar à Grã-Bretanha o controle de Dardanelos. Mas esta
operação era muito difícil, e requeria uma grande força. Ele preferiu a
alternativa de uma finta em Gallipoli, e uma aterragem em Haifa {Palestina} ou
algum outro ponto da costa da Síria.
Na
Turquia, o sultão tinha tomado o título de Khalif-al-IsIam,
ou líder religioso supremo dos muçulmanos em todos os lugares, e emissários
foram enviados aos chefes árabes com as instruções de que, no caso da Turquia
sendo envolvida em hostilidades na Europa, eles eram para declarar uma jihad, ou guerra santa muçulmana. Uma
força psicológica e física que Kitchener de Cartum {um dos títulos do Marechal
Horatio Herbert Kitchener}, o vingador da morte do general Gordon {refere-se ao
britânico Charles George Gordon (1833-1885)}, entendeu muito bem.
Kitchener
planejava redigir a picada da jihad,
a qual poderia afetar as forças anglo-indianas e tomar conta no Oriente,
através da promoção de uma revolta árabe a ser liderada por Hussein {al-Ḥusayn
ibn ‘Alī al-Hāshimī (1854 - 1931)}, que tinha sido permitido pelos turcos para
assumir a sua dignidade hereditária como Sherif
de Meca e regente titular da Hejaz {foi um Estado monárquico do Oriente Médio,
situado na costa do mar Vermelho da península Arábica}. Kitchener telegrafou em
13 de outubro de 1914 ao filho {de Hussein}, Abdullah {Abdullah I da Jordânia
(1882 - 1951)}, em Meca, dizendo que se a nação árabe assistisse à Inglaterra
nesta guerra, a Inglaterra iria garantir que nenhuma intervenção interna
ocorresse na Arábia, e daria aos árabes toda a assistência contra as agressões
externas.
Uma
série de cartas passadas entre o Sherif Hussein e o Governo britânico através
Sir Henry McMahon, Alto Comissário para o Egito, designaram assegurar o apoio
árabe para os britânicos na Grande Guerra. Uma, datada de 24 de outubro de
1915, comprometia o HMG {Her Majesty's Government – governo britânico} para a
inclusão da Palestina dentro da área de independência árabe, depois da guerra,
mas excluía a área hoje conhecida como Líbano. Isto é claramente reconhecido
num secreto “Memorando sobre os Compromissos britânicos ao Rei Hussein”
preparado para o grupo interno na Conferência de Paz em 1919 (ver apêndice). Eu
encontrei um exemplar em 1964 entre os papéis do falecido Professor Wm.
Westermann, quem tinha sido conselheiro para as questões turcas na delegação
americana na Conferência de Paz.
A
Segunda Penhora
Como
principal aliada, a reivindicação da França na preferência em partes da Síria
não podia ser ignorada. O ministro das Relações Exteriores britânico, Sir
Edward Grey, disse ao embaixador francês em Londres, Mr. Paul Gambon, em 21 de
outubro de 1915, sobre as trocas de correspondência com Sherif Hussein, e
sugeriu que os dois governos chegassem a um entendimento com o seu aliado russo
nos seus interesses futuros no Império Otomano.
M.
Picot foi nomeado representante francês com Sir Mark Sykes, agora Secretário do
Gabinete de Guerra britânico, para definir os interesses de seus países e ir à
Rússia para incluir a visão de seus países no acordo deles.
Nas
subsequentes discussões secretas com o Ministro dos Negócios Estrangeiros
Sazonov, à Rússia foi acordada a ocupação de Constantinopla, ambas margens do
Bósforo e de algumas partes da Armênia “turca” [K]. A França reivindicou o
Líbano e o leste da Síria até Mosul. A Palestina de fato tinha habitantes e
santuários das igrejas ortodoxas grega, russa e armênia, e a Rússia, a
princípio, reivindicou o direito da área como seu protetorado. Isto foi
contrariado por Sykes-Picot e a reivindicação foi retirada, na medida em que a
Rússia, em consulta com os outros Aliados, iria apenas participar na decisão da
forma de administração internacional para a Palestina.
O
Acordo Sykes-Picot era incompatível com as promessas feitas aos árabes. Quando
os turcos deram detalhes do acordo a Hussein após a Revolução Russa, ele
limitou sua ação a um repúdio formal.
Como
a Correspondência Hussein-McMahon, o Acordo Tripartite não fez nenhuma menção
de concessões ao sionismo na futura disposição da Palestina, ou mesmo mencionou
a palavra “judeu”. No entanto, sabe-se agora que antes da partida de Sykes [L]
para Petrogrado em 27 de fevereiro 1916, para discussões com Sazonov, ele foi
abordado com um plano por Herbert Samuel, {judeu} que tinha um assento no
Gabinete como Presidente do Conselho de Ministros do Governo Local {isto é, na
Grã-Bretanha} e era fortemente simpático ao sionismo de Herzl.41
O
plano colado à frente por Samuel estava na forma de um memorando do qual Sykes
pensou ser prudente se comprometer de memória e destruir. Comentando sobre ele,
Sykes escreveu a Samuel sugerindo que, se a Bélgica devesse assumir a
administração da Palestina isso poderia ser mais aceitável para a França como
uma alternativa para a administração internacional que ela queria e os
sionistas não.42 Das fronteiras marcadas
em um mapa apenso ao memorando, ele escreveu, “Ao excluir Hebron e o Leste do
Jordão há menos de se discutir com os muçulmanos, a Mesquita de Omar torna-se
em seguida o único assunto de importância vital para discutir com eles e ainda
acaba com qualquer contato com os beduínos, que nunca atravessam o rio, exceto
para negócios. Eu imagino que o objeto principal do sionismo é a realização do
ideal de um centro existente de nacionalidade, em vez de limites ou a extensão
do território. No momento em que eu voltar eu vou deixar você saber como as
coisas estão no Pd.”43
Contudo, em conversações tanto com Sykes e com o
embaixador francês, Sazonov foi cuidadoso de não se comprometer quanto à
extensão do interesse russo na Palestina, mas deixou claro que a Rússia teria
de insistir que não só os lugares santos, mas todas as cidades e localidades em
que houvessem estabelecimentos religiosos pertencentes à Igreja Ortodoxa,
deveriam ser colocados sob administração internacional, com a garantia de livre
acesso ao Mediterrâneo.44
Rússia
czarista não concordaria com uma fórmula sionista para a Palestina; mas os seus
dias estavam contados.
A
Terceira Penhora
Em
1914, o escritório central da Organização Sionista e o assento de sua
diretoria, o Zionist Executive, estavam em Berlim. Ele já tinha adeptos na
maioria das comunidades judaicas do Oriente, incluindo todos os países em
guerra, embora sua força principal estivesse na Rússia e Áustria-Hungria.45 Algumas instituições importantes, a
saber, a Jewish Colonial Trust, Anglo-Palestina Company e o Jewish National
Fund, foram incorporadas na Inglaterra. Do Zionist Executive, dois membros
(Otto Warburg [M] e Arthur Hantke) eram cidadãos alemães, três (Yechiel
Tschlenow, Nahum Sokolow e Victor Jacobson) eram russos e um (Shmarya Levin)
tinha recentemente trocado sua nacionalidade russa para Austro-Húngara. Os 25
membros do Conselho Geral incluíam 12 da Alemanha e da Áustria-Hungria, 7 da
Rússia ... (Chaim Weizmann e Leopold Kessler) da Inglaterra, e um da Bélgica,
França, Holanda e Romênia.46
Alguns
sionistas alemães proeminentes se associaram a uma organização recém-fundada
conhecida como Komitee fur den Osten,
cujos objetivos eram: “Colocar à disposição do Governo alemão o conhecimento
especial dos fundadores e suas relações com os judeus na Europa Oriental e na
América, de modo a contribuir para a derrubada da Rússia czarista e para
garantir a autonomia nacional dos judeus.”47
Sionistas
influentes fora das Potências Centrais estavam perturbados pelas atividades do
KfdO {Komitee fur den Osten} e
ansiosos para que o movimento sionista não fosse comprometido. O conselho de
Weizmann foi que o escritório central fosse transferido de Berlim e que a condução
dos assuntos sionistas durante a guerra, devesse ser atribuída a um comitê
executivo provisório para assuntos gerais sionistas nos Estados Unidos.
{Richard Gottheil, Jacob de Haas, Louis D. Brandeis, Felix Frankfurter, Stephen Wise. De Nova Iorque esses judeus, os últimos três destacadamente influentes, especulavam o lado mais conveniente da Grande Guerra Mundial para o sionismo. (Em vermelho os links dos créditos das fotos)}. |
Em
uma conferência em Nova Iorque em 30 de agosto de 1914, este comitê foi criado
sob a presidência de Louis D. Brandeis, com o nascido britânico Dr. Richard
Gottheil e Jacob de Haas, o rabino Stephen Wise e Felix Frankfurter, entre seus
principais tenentes. Para Shmarya Levin, o representante do Executivo sionista
nos Estados Unidos, e o Dr. Judah Magnes, a quem a aliança entre a Inglaterra e
a França com a Rússia parecia “profana”, o czarismo russo era o inimigo contra
o qual sua força deveria ser oposta contundentemente.48 Mas, em 01 de outubro de 1914
Gottheil, o primeiro presidente da Organização Sionista da América, escreveu do
Departamento de Línguas Semíticas da Universidade de Columbia, à Brandeis em
Boston incluindo um memorando sobre o que a organização planejava buscar da
parte dos beligerantes, com relação aos judeus russos:
Temos de estar preparados para trabalhar sob o governo de qualquer um dos Poderes... estaremos contentes de ter qualquer sugestão de você em relação a este memorando, e estaremos felizes em saber se ele se encontra com a sua aprovação. Eu reconheço que eu não deveria tê-la colocado para fora sem antes consultá-lo; mas as exigências da situação demandaram ação imediata. Devemos estar plenamente preparados para tirar vantagem de qualquer ocasião que se oferecer.49
Em
um discurso em 9 de novembro, quatro dias após a declaração de guerra da
Grã-Bretanha contra a Turquia, o primeiro-ministro Asquith disse que a política
oriental tradicional tinha sido abandonada e o desmembramento do Império Turco
tornou-se um objetivo de guerra. “É o Governo Otomano”, declarou ele, “e não
nós, que tocou a badalada da morte do domínio otomano, não só na Europa, mas na
Ásia.”50 A declaração seguida de uma discussão
sobre o assunto em uma reunião do gabinete, mais cedo naquele dia, em que
sabemos, a partir de memórias de Herbert Samuel, que Lloyd George, quem tinha
sido mantido como consultor jurídico pelos sionistas, alguns anos antes,51 “referiu ao destino final da
Palestina.” Em uma conversa com Samuel após a reunião, Lloyd George
garantiu-lhe que “ele estava muito interessado em ver um Estado judeu criado na
Palestina.”
No
mesmo dia, Samuel desenvolveu a posição sionista mais plenamente em uma
conversa com o ministro das Relações Exteriores, Sir Edward Grey. Ele falou
sobre as aspirações sionistas para o estabelecimento na Palestina de um Estado
judeu, e da importância de sua posição geográfica para o Império Britânico. Tal
estado, ele disse: “'pode não ser grande o suficiente para se defender.” E que
seria, portanto, essencial que seja por constituição, neutro. Grey perguntou se
a Síria como um todo deve necessariamente ir com a Palestina, e Samuel replicou
que isso não era apenas desnecessário, mas desaconselhável, uma vez que traria
uma grande população árabe e inassimilável. “Seria,” ele disse, “uma grande
vantagem se o resto da Síria fosse anexada pela França, já que seria muito
melhor para o estado ter uma potência europeia como um vizinho do que a turca.”52
Em
janeiro de 1915 Samuel produziu um memorando sionista sobre a Palestina após
discussões com Weizmann e Lloyd George. Ele continha argumentos em favor de
combinar anexação Britânica da Palestina, com o apoio britânico para as
aspirações sionistas, e terminou com objeções a qualquer outra solução.53 Samuel circulou ele {o memorando} para
seus colegas no Conselho de Ministros. Lloyd George já era um sionista
“partidário”; Lorde Haldane {Richard Burdon Haldane}, a quem Weizmann teve
acesso, escreveu expressando um interesse amigável54; apesar de expressar privadamente
simpatias sionistas, o marquês de Crewe, presumivelmente, não expressou
qualquer opinião no Conselho de Ministros sobre o memorando55; O sionismo tinha uma forte atração
sentimental para Grey56, mas
os seus colegas, incluindo seu primo Edwin Montagu, não lhe deram muito encorajamento.
O Primeiro-Ministro Asquith escreveu: “Confesso que não estou atraído pela
proposta de adição às nossas responsabilidades, mas é uma ilustração curiosa da
máxima favorita de Dissy que a raça é tudo para encontrar este processo
explosivo quase lírico vindo do cérebro bem ordenado e metódico de H.S.”57
Após
novas conversas com Lloyd George e Grey58,
Samuel circulou um texto revisado no Conselho de Ministros no meio de março
1915.
Não
é sabido se o memorando foi formalmente considerado pelo Conselho de Ministros,
mas Asquith escreveu em seu diário em 13 de março de 1915 sobre o “memorando
ditirâmbico” de Samuel de que Lloyd George era “o único outro partidário.”59 Certamente, neste momento, as
reivindicações e aspirações sionistas eram secundárias à política britânica em relação
à Rússia e os árabes.
A
Grã-Bretanha, França e Alemanha apensaram considerável importância para as
atitudes dos judeus em relação a eles, porque dinheiro e crédito eram
necessários para a guerra. As casas bancárias internacionais do Lazard Frères, Eugene
Mayer, J. & W. Seligman, Irmãos Speyer e MM Warburg, estavam todas
realizando grandes operações nos Estados Unidos, assim como os Rothschilds através
da casa bancária de Nova Iorque de Kuhn, Loeb & Co. [N] Além da sua boa
vontade, os votos da comunidade judaica de 3.000.000 da América eram
importantes para a questão da intervenção ou não intervenção do país na guerra,
e o fornecimento de suprimentos militares. A grande maioria representava o um
terço de judeus da Europa Oriental, incluindo da Rússia, que tinham deixado sua
terra natal e vieram para a América entre 1880 e 1914. Muitos detestavam a
Rússia czarista e desejavam vê-la destruída. Desses judeus, não mais do que
12.000 eram oficialmente registrados como membros da Organização Sionista.60
A
boa vontade dos judeus, e especialmente dos judeus da América, foi aferida por
ambos os lados na guerra como sendo muito importante. Os outrora pobres judeus
da Europa Oriental tinham alcançado uma posição dominante na indústria de
vestuário de Nova Iorque e tinham se tornado uma força política significativa.
Em 1914 eles enviaram um socialista nascido russo ao Congresso dos Estados
Unidos. Eles produziram dezenas de periódicos em iídiche; eles patrocinaram
numerosos teatros iídiche e salas de música; seus filhos e filhas estavam
enchendo as faculdades e universidades metropolitanas.61
Desde
o início da guerra, ao embaixador alemão em Washington, Conde Bernstorff, foi
fornecido pelo Komitee fuer den Osten,
um conselheiro de Assuntos judeus (Isaac Straus); e quando o chefe da Agência
sionista em Constantinopla apelou, no inverno de 1914, à Embaixada da Alemanha
para fazer o que pudesse para aliviar a pressão sobre os judeus na Palestina,
isso foi reforçado por um apelo semelhante a Berlim a partir de Bernstorff.62 Em novembro de 1914, portanto, a
Embaixada da Alemanha em Constantinopla recebeu instruções para recomendar para
que os turcos sancionassem a reabertura do Anglo-Palestine Company's Bank – uma
instituição sionista chave. Em dezembro, a Embaixada fez representações que
impediram uma projetada deportação em massa de judeus de nacionalidade russa.63 Em fevereiro 1915 a influência alemã
ajudou a salvar um número de judeus na Palestina da prisão ou da expulsão, e “uma
dúzia ou vinte vezes” os alemães intervieram com os turcos, a pedido do
escritório sionista na Turquia, “poupando e protegendo a Ishuv {em hebraico: literalmente, ‘assentamento’, um nome coletivo
para os colonos judeus}”.65 As
representações alemãs reforçaram aquelas do embaixador americano na Turquia ({o
judeu*c} Henry Morgenthau) [O].66 Além disso, ambos os consulados
alemães na Palestina e o chefe da missão militar alemã de lá frequentemente
exerceram a sua influência em nome dos judeus.67
O
respeito Alemão pela boa vontade judaica permitia a Agência sionista de
Constantinopla a partir de dezembro de 1914 utilizar o serviço de correio
diplomático e código telegráfico alemão para a comunicação com Berlim e
Palestina.68 Em 05 de junho de 1915
Victor Jacobson foi recebido no Ministério do Exterior alemão pelo Sub-
Secretário de Estado (von Zimmerman) e o contato regular começou entre Zionist
Executive de Berlim (Warburg, Hantke e Jacobson) e o Ministério do Exterior
alemão.69
Propagandistas
sionistas na Alemanha elaboraram e publicitaram a ideia de que a Turquia
poderia se tornar um satélite alemão e seu império na Ásia feito amplamente
aberto para o empreendimento alemão; o suporte para “um renascimento da vida
judaica na Palestina” formaria um bastião da influência alemã naquela parte do
mundo.70 Isto foi seguido por uma solicitação
do Ministério do Exterior alemão para notificar os cônsules alemães na
Palestina do interesse amigável do Governo alemão no sionismo. Esse curso foi
favorecido por von Neurath [P] quando perguntado por Berlim sobre os seus
pontos de vista em outubro, e em novembro de 1915, o texto de tal documento foi
acordado e divulgado após a aprovação do chanceler alemão (Bethmann-Hollweg).
Foi formulado com cautela e vagamente de modo a não perturbar suscetibilidades
turcas, afirmando aos cônsules da Palestina que o Governo alemão olhava
favoravelmente as “atividades judaicas destinadas a promover o progresso
econômico e cultural dos judeus na Turquia, e também sobre a imigração e
colonização dos judeus de outros países.”71
Os
sionistas sentiram que um avanço importante em direção a um compromisso firme
alemão aos seus objetivos tinha sido feito, mas quando o Zionist Executive de
Berlim pressionou por uma garantia pública de simpatia e apoio, o Governo
disse-lhes para esperar até o final da guerra, quando uma Alemanha vitoriosa
iria demonstrar a sua boa vontade.72
Quando
os líderes sionistas na Alemanha conheceram Jemal Pasha, por um arranjo do
Ministério das Relações Exteriores, durante sua visita a Berlim no verão de
1917, eles foram informados de que a população judaica existente seria tratada
de forma justa, mas que não mais outros imigrantes judeus seriam permitidos por
ele. Os judeus podiam se assentar em qualquer outro lugar, mas não na
Palestina. O Governo turco, Jemal Pasha declarou que não queria novos problemas
de nacionalidade, nem estava preparado a contrariar os árabes palestinos, “que
formaram a maioria da população e estavam em oposição ao sionismo”.73
Algumas
semanas após a entrevista, a pressão dos sionistas de Berlim foi ainda mais
enfraquecida pela descoberta pela inteligência turca de uma rede de espionagem
sionista trabalhando para seção de Inteligência do General Allenby {Edmund
Henry Hynman Allenby (1861-1936)} como Aaron Aaronssohn. “Não é de se
surpreender que os alemães, tentados como poderiam ter sido por suas vantagens,
se encolheram de comprometerem-se eles próprios para com uma declaração
pró-sionista.”74
Foi
afortunado ao sionismo que os judeus norte-americanos como um todo não
mostraram entusiasmo pela causa aliada, escreveu {Leonard} Stein, secretário
político da Organização Sionista de 1920 a 1929, “Se eles tivessem o tempo todo
sido amigos de confiança, não teria havido necessidade de dispensar-lhes
qualquer atenção especial.”75
Em
1914, o Governo francês tinha patrocinado uma visita do professor Sylvain Levy
e do Grão-Rabino da França aos Estados Unidos com o objetivo de influenciar a
opinião judaica em seu favor, mas sem sucesso. Um ano depois, ele tentou responder
aos relatórios perturbadores de sua embaixada em Washington sobre a simpatia
dos judeus americanos76
através do envio de um judeu de origem húngara (Professor Victor Basch) para os
Estados Unidos em novembro de 1915.77
Ostensivamente
ele representou o Ministério da Instrução Pública, mas a sua missão real era
influenciar os judeus americanos através do contato com seus líderes.78 Embora armado com uma mensagem aos
judeus americanos do primeiro-ministro Briand, ele encontrou um obstáculo
insuperável – a aliança russa. “Para a Rússia há ódio universal e
desconfiança... Somos difamados como uma coisa só, a perseguição dos judeus
russos, a qual nós toleramos – uma tolerância que nos faz cúmplices... É certo
que todas as medidas em favor da emancipação dos judeus seriam equivalentes a
uma grande batalha perdida pela Alemanha.”79
Basch tinha de informar o presidente francês Poincaré sobre o fracasso de sua
missão.80
Ao
mesmo tempo que Basch tinha sido despachado para os Estados Unidos, o Governo
francês aprovou o estabelecimeno de um “Comité de propagande Francais aupres
des Juifs neutres” {Comitê de Propaganda Francesa dos Judeus Neutros}, e
Jacques Bigart, o Secretário da Aliança Israelita, aceitou uma função de
secretário do Comité. Bigart sugeriu a Lucien Wolf, do Jewish Conjoint Foreign
Committee em Londres, que um comitê semelhante fosse erigido lá. Wolf consultou
o Ministério das Relações Exteriores e foi convidado por Lord Robert Cecil
{Sub-Secretário de Relações Exteriores do Reino Unido} para fornecer uma
declaração plena de seus pontos de vista.81
Em
dezembro 1915 Wolf submeteu um memorando em que ele analisou as características
da população judaica dos Estados Unidos e alcançou à conclusão de que “a
situação, embora insatisfatória, está longe de ser não-promissora.” Embora
negando o sionismo, se escreveu que “Na América, as organizações sionistas
ultimamente têm capturado a opinião judaica”. Se uma declaração de simpatia com
as suas aspirações fosse feita, “estou confiante de que iria arrebatar em
varrida a totalidade dos judeus americanos em entusiasmada e compromissada
lealdade à causa deles.”82
No
início de 1916 um novo memorando foi submetido ao Ministério do Exterior
britânico como uma comunicação formal do Jewish Conjoint Foreign Committee.
Este afirmou que “os comitês (Conjoint) de Londres e Paris formados para
influenciar a opinião judaica em países neutros, num sentido favorável aos
Aliados” havia concordado em fazer representações de seus respectivos Governos.
Primeiro, o Governo russo deve ser instado a facilitar a posição de seus judeus
por concessões imediatas para a autonomia nacional-cultural, em segundo lugar, “tendo
em vista a grande força organizada dos sionistas nos Estados Unidos”, (na
verdade sacando dos três milhões judeus nos EUA menos de 12.000 estavam inscritos
como sionistas em 1913),83 as
potências aliadas devem dar garantias de instalações aos judeus da Palestina
para imigração e colonização, autogoverno local liberal para colonos judeus, o
estabelecimento de uma universidade judaica, e para o reconhecimento do
hebraico como um dos {idiomas} vernaculares do território –, no caso da vitória
delas.84
Em
09 de março de 1916 os sionistas foram informados pelo Ministério das Relações
Exteriores que “a fórmula sugerida por vocês está recebendo muita atenção e
simpatia (de Sir Edward Grey), mas é necessário para o H.M.G. consultar os seus
aliados sobre o assunto.”85 Um
memorando confidencial foi nesse sentido dirigido ao Ministro dos Assuntos
Estrangeiros russo, em Petrogrado, para averiguar os seus pontos de vista,
embora a sua paternidade, vendo que Asquith era ainda primeiro-ministro,
“permanece para ser descoberta.”86
Nenhuma resposta direta foi recebida, mas em uma nota dirigida aos embaixadores
britânicos e franceses, quatro dias depois, Sazonov obliquamente assentiu,
sujeito a garantias para a Igreja Ortodoxa e os seus estabelecimentos, não
levantar objecções ao assentamento de colonos judeus na Palestina.87
Nada
veio dessas propostas. No dia 4 de julho, o Ministério das Relações Exteriores
informou o Conjoint Committee que um anúncio oficial de apoio era inoportuno.88 Eles devem ser considerados junto ao
Acordo Sykes-Picot sendo negociado neste momento, e a conclusão virtual da
Correspondência Hussein-McMahon em 10 março 1916, com a esperança de que uma
revolta árabe e outras medidas trariam a vitória para mais perto.
Mas
1916 foi um ano desastroso para os aliados. “Na história da guerra”, escreveu
Lloyd George,
o final de 1916 encontrou as fortunas dos Aliados em sua margem mais baixa. Nas ofensivas na frente ocidental nós temos perdido três homens para cada dois alemães que tínhamos posto fora de ação. Mais de 300.000 homens da tropa britânica estavam sendo imobilizados por falta de iniciativa ou equipamento, ou ambos pelos turcos no Egito e na Mesopotâmia, e pelo mesmo motivo cerca de 400.000 soldados aliados foram para todos os efeitos internados nas planícies por malária em toda Salônica.89
O
sistema voluntário de alistamento foi abolido, e um exército de conscritos em
massa de padrão continental foi adotado, algo que nunca tinha ocorrido na
história britânica [Q].90 A
atividade submarina alemã no Atlântico era formidável; cerca de 11/2 milhões de
toneladas de navios mercantes tinham sido afundados, só em 1916. Quanto a pagar
pela guerra, os Aliados de início tinham usado as enormes dívidas americanas na
Europa para pagar suprimentos de guerra, mas em 1916 foi dito que os recursos
do JP Morgan and Company, os agentes financeiros e de aquisição dos Aliados nos
Estados Unidos, estavam quase esgotados pelo aumento das demandas Aliadas para
crédito americano.91 Houve
rebelião na Irlanda. Lorde Robert Cecil afirmou ao Gabinete britânico: “A
França está dentro da mensurável distância de exaustão. O panorama político da
Itália é ameaçador. Seu financiamento é cambaleante. Na Rússia, há um grande desencorajamento.
Ela tem estado há muito tempo à beira da revolução.... seu potencial produtivo
humano parece estar chegando perto de seus limites.”94
O
Secretário de Estado Kitchener se foi – afogado quando o cruzador Hampshire afundou em 05 de junho de 1916
na saída das Órcades {arquipélago no norte da Escócia} quando ele estava a
caminho de Arcanjo e Petrogrado para beliscar a revolução pelo broto. Ele tinha
um melhor conhecimento do Oriente Médio do que qualquer outra pessoa no Conselho
de Ministros. As circunstâncias sugerem espionagem e traição. Walter Page,
embaixador dos EUA em Londres, escreveu em seu diário: “Havia uma esperança e
sentimento que ele (Lord Kitchener) poderia não voltar ... conforme eu penso
agora.”
Havia
um impasse em todas as frentes. Na Grã-Bretanha, França e Alemanha,
dificilmente uma família contava com todos os seus filhos entre os vivos. Mas o
público britânico – e o francês e os alemão – não eram permitidos a conhecer os
números de mortos e feridos. Ao restringir os correspondentes de guerra, o povo
americano não era permitido conhecer a verdade tão pouco.
Os
números que são conhecidos são um recital de horrores. [R]
Nestas
circunstâncias, a tradição europeia de paz negociada em numa grande contagem de
guerras, poderia ter levado à paz no final de 1916 ou início de 1917.
Dentro
deste inverno deprimentemente sombrio de 1916 entrou uma nova figura. Ela era
James Malcolm, [S] um armênio educado em Oxford [T] que, no início de 1916, com
a sanção dos governos britânico e russo, tinha sido nomeado pelo Patriarca
Armênio um membro da Delegação Nacional Armênia para assumir o comando de
interesses armênios durante e depois da guerra. Nesta capacidade oficial, e
como conselheiro do Governo Britânico sobre Assuntos do Oriente95, ele tinha contatos frequentes com o Escritório
do Conselho de Ministros, o Ministério das Relações Exteriores, o Ministério da
Guerra e as embaixadas da França e de outros aliados em Londres, e fez visitas
a Paris para consultas com seus colegas e altos funcionários franceses. Ele era
apaixonadamente devotado a uma vitória Aliada que ele esperava garantir a
liberdade nacional dos armênios, então sob domínio turco e russo.
{O anglo-armênio James Aratoon Malcolm, o primeiro a direita, influente agente da então ainda poderosa família judaica Sassoon, equivalente no Oriente ao que eram os Rothschild no Ocidente, foi decisivo para fazer as articulações judaicas que favoreceram o sionismo em detrimento dos acordos entre palestinos e europeus durante a Primeira Guerra Mundial. Créditos da foto: The Arathoon Project - Campbell-Arathoon.} |
Sir
Mark Sykes, com quem ele estava em termos de amizade de família, disse-lhe que
o Conselho de Ministros estava olhando ansiosamente para a intervenção dos
Estados Unidos na guerra ao lado dos aliados, mas quando perguntado que
progresso estava sendo feito nesta direção, Sykes sacudiu a cabeça desalentadamente,
“ Preciosamente pouco”, replicou ele.
James
Malcolm agora sugeriu a Mark Sykes que a razão pela qual as propostas
anteriores para que os judeus americanos apoiassem os Aliados não tinham
recebido nenhuma atenção foi porque a abordagem foi feita com as pessoas
erradas. Eram com os judeus sionistas que os Governos britânico e francês
deveriam tratar de suas negociações de termos.
“Vocês estão indo pelo
caminho errado sobre isso”, disse Malcolm. “Vocês podem ganhar a simpatia de
certos judeus politicamente orientados em todos os lugares e, principalmente,
nos Estados Unidos, de uma única maneira, a qual é, oferecendo-se para tentar e
assegurar a Palestina para eles.”96
O
que realmente pesou mais fortemente agora com Sykes foram os termos do acordo
secreto Sykes-Picot. Ele disse a Malcolm que oferecer assegurar a Palestina para
os judeus era impossível. “Malcolm insistiu que não havia outra maneira e instou
uma discussão no Conselho de Ministros. Um ou dois dias depois, Sykes disse-lhe
que o assunto tinha sido mencionado ao Lord Milner, quem havia pedido
informações mais além. Malcolm destacou a influência do juiz Brandeis da
Suprema Corte americana, e suas fortes simpatias sionistas.”97
Nos
Estados Unidos, o conselheiro do presidente {Woodrow Wilson}, Louis D.
Brandeis, um dos principais defensores do sionismo, foi empossado como juiz
associado na Suprema Corte do Supremo Tribunal de Justiça em 05 de junho de
1916. Que Wilson estava vulnerável era evidente, tão cedo quanto 1911 tinha feito
conhecido o seu profundo interesse na ideia sionista e na judiaria.98
{O judeu Loyus Dembitz Brandeis (1856-1941), retrato de 1915. Na Corte Americana desemprenhou papel fundamental para o sionismo na gestão do então presidente dos EUA Woodrow Wilson. Foto de domínio público - Wikipedia.} |
Malcolm
descreveu Wilson como sendo “apenso a Brandeis por laços de dureza peculiar”,
uma referência críptica para a história que Wilson tinha sido chantageado por
US $ 40.000 por algumas cartas picantes de amor que ele tinha escrito para a
esposa de seu vizinho, quando ele era presidente da {Universidade} Princeton.
Ele não tinha o dinheiro, e o intermediário, {o judeu*d} Samuel Untermeyer, do escritório de
advocacia de Guggenheim, Untermeyer & Marshall, disse que iria fornecê-lo
se Wilson nomeasse para a próxima vaga na Suprema Corte um candidato
selecionado pelo Sr. Untermeyer. O dinheiro foi pago, as cartas voltaram e
Brandeis tinha sido o nomeado.
Wilson
tinha escrito para o Senado, onde a oposição ao nomeado era forte: “Eu o tenho
conhecido. Eu o tenho testado, buscando seu conselho sobre algumas das questões
públicas mais difíceis e perplexas das quais foi necessário para mim formar um
juízo. Quando Brandeis tinha sido aprovado pelo Senado, Wilson escreveu a Henry
Morgenthau: “Eu nunca assinei qualquer comissão com tal satisfação.” “Alívio”
podia ter sido uma palavra mais apropriada.
O
fato de que o endosso do nomeado de Wilson pelo Comitê Judiciário do Senado só
havia sido feito “após audições de duração sem precedentes”99 não foi importante. Brandeis tinha a
atenção do presidente; ele era “formalmente interessado no Departamento de
Estado.”100 Este foi o desenvolvimento
significante, disse Malcolm, o qual obrigou uma nova abordagem para com os
Sionistas, oferecendo-lhes a chave para a Palestina.
O
embaixador britânico para os Estados Unidos (Sir Cecil Spring-Rice) tinha
escrito de Washington, em janeiro de 1914, que “uma delegação veio de Nova Iorque
e em dois dias ‘ajustou’ as duas Câmaras de maneira que o presidente teve de
renunciar à ideia de fazer um novo tratado com a Rússia.”101 Em novembro de 1914 ele havia escrito
para o secretário de Relações Exteriores Britânico sobre os banqueiros judeus
alemães que estavam estendendo créditos ao Governo alemão, e “estavam se
apoderando dos principais jornais de Nova Iorque” assim “trazendo-os, tanto
quanto eles ousavam para o lado alemão” e “labutando em uma falange sólida para
compor nossa destruição.”102
Este
sentimento antirrusso fazia parte de uma profunda preocupação com o bem-estar
de judeus russos e poloneses. De Washington Brandeis escreveu a seu irmão, em
08 de dezembro de 1914: “... Você possivelmente não pode conceber os
sofrimentos horríveis dos judeus na Polônia e países adjacentes. Essas mudanças
de controle de antissemitismo alemão para o russo e polonês está trazendo
misérias tão grande como jamais os judeus sofreram em todos os seus exílios.”*e [U]103
Em
um discurso para a Duma {a assembleia} Russa em 9 de Fevereiro (27 de Janeiro
gregoriano) de 1915, o ministro do Exterior Sazonov negou as histórias
caluniosas*f que, segundo ele,
circularam pela Alemanha, de relatos de alegados pogroms {expressão difundida
no Império russo para massacres} contra os judeus e de assassinatos em massa de
judeus pelo exército russo. “Se a população judaica sofreu na zona de guerra, essa
circunstância infelizmente foi inevitavelmente associada com a guerra, e as
mesmas condições aplicaram-se em igual medida a todas as pessoas que vivem na
região da atividade militar.” Ele acrescentou à refutação com relatos de
dificuldades em áreas de ação militar alemã na Polônia, Bélgica e Sérvia.104
É
merecedor de nota que o presidente do Comitê Judaico não-Sionista Americano
respondeu a um apelo do grupo de Brandeis no qual todos os judeus
norte-americanos deveriam se organizar para enfatizar objetivos sionistas na
Palestina antes das grandes potências em qualquer negociação durante ou no
final da guerra, dissociando a sua comunidade da sugestão de que aos judeus de
outras nacionalidades estava a ser concedido estatuto especial. Ele disse que “o
próprio pensamento da massa dos judeus da América tendo uma voz na questão de
decidir o bem-estar dos judeus em todo o mundo o fez se encolher de horror.”107
A
nova abordagem ao Movimento Sionista por Mark Sykes com James Malcolm como
interlocutor preliminar tomou a forma de uma série de reuniões na casa de
Londres de Chaim Weizmann, com o conhecimento e aprovação do Secretário do
Gabinete de Guerra, Sir Maurice Hankey.
Um
programa para uma Nova Administração da Palestina de acordo com as aspirações
do Movimento Sionista foi emitido pelo Comité Político Inglês da Organização
Sionista, em outubro de 1916, e submetido ao Ministério do Exterior Britânico,
como uma base para discussão, a fim de dar um caráter oficial para as conversas
caseiras informais. Ele incluiu o seguinte:
(1) A Jewish Chartered Company é para ter o poder de exercer o direito de preferência sobre a Coroa e outras terras e para adquirir para uso próprio tudo ou quaisquer concessões as quais possam a qualquer momento ser concedidas pelo governo ou governos suseranos.
(2) A população atual, sendo muito pequena, muito pobre e pouco treinada para fazer um progresso rápido, exige a introdução de um novo e progressivo elemento na população. (Mas os direitos das minorias nacionais eram para serem protegidos).
Outros
pontos eram, (3) reconhecimento da separada nacionalidade Judaica na Palestina;
participação da população judaica da Palestina no autogoverno local; (5)
autonomia judaica nos assuntos puramente judaicos; (6) reconhecimento oficial e
legalização de instituições judaicas existentes para a colonização na Palestina.108
Este
Programa não parece ter alcançado o
nível do Conselho de Ministros na época em que foi emitido, provavelmente por
causa da conhecida falta de simpatia de Asquith, mas como registrado por Samuel
Landman, foram dadas à Organização Sionista instalações oficiais britânicas
para suas correspondências internacionais.109
Lloyd
George, um demagogo sério, convicto e poderoso, estava agora preparado para
derrubar Asquith, seu chefe, por um coup
de main. Com a morte de Kitchener, no verão de 1916, ele havia passado do
Ministério de Munições para o da Guerra e viu o topo da árvore parlamentar ao
seu alcance. Nessa manobra, ele foi poderosamente auxiliado pelo proprietário
de jornal Northcliffe, [V] que transformou todas as suas publicações do The Times com sentido rebaixador para
depreciar Asquith, e pelo proprietário de jornal e parlamentar, Max Aitken
(mais tarde Lord Beaverbrook).
Com
a simpatia do público bem preparada, Lloyd George demandou controle virtual da
política de guerra. Intencionava-se que Asquith fosse recusar. Ele o fez. Lloyd
George renunciou. Asquith também renunciou para facilitar a reconstrução do
Governo. O rei então chamou o líder do Partido Conservador, Bonar Law, que, já pré-arranjado,
aconselhou-o a oferecer a posição de primeiro-ministro para Lloyd George.110
Asquith
e Grey estavam fora; Lloyd George e Balfour estavam dentro. Com Lloyd George
como Primeiro-Ministro a partir de dezembro de 1916, as relações sionistas com
o governo britânico desenvolveram-se rapidamente. Lloyd George tinha sido
assessor jurídico para os sionistas, e enquanto Ministro das Munições, tinha
tido apoio do líder sionista Chaim Weizmann; o novo ministro das Relações
Exteriores, Arthur Balfour, já era conhecido por suas simpatias sionistas.
{Antes de ser colocado como primeiro ministro britânico, David Lloyd George (1963-1935) foi consultor jurídico do movimento sionista. Foto de domínio público - Wikipedia.} |
Os
sionistas foram minando a parede entre eles e seu objetivo Palestino, o qual
haviam achado impossível “superar por meios políticos ordinários” anteriores a
guerra.111 A sugestão de Herzl de que eles iriam
receber a Palestina “não a partir da boa vontade, mas a partir do ciúme entre
os Poderes”, estava sendo feita para se tornar realidade.112
Os
sionistas moveram-se resolutamente para explorar a nova situação, agora que o
Primeiro-Ministro e ministro das Relações Exteriores eram sues firmes
apoiadores.
{Samuel}
Landman, em sua Secret History of the
Balfour Declaration {História Secreta da Declaração de Balfour} escreveu:
Através do General McDonogh, Diretor de Operações Militares, que foi conquistado por Fitzmaurice (anteriormente dragoman {um cargo então consolidado no Oriente Próximo com funções poliglotas e diplomáticas} da embaixada britânica em Constantinopla e um amigo de James Malcolm), Dr. Weizmann foi capaz, nessa época, de livrar dos serviços militar uma meia dúzia de jovens sionistas para o trabalho ativo em nome do sionismo. Na época, o recrutamento obrigatório estava em vigor, e apenas aqueles que estavam envolvidos no trabalho de importância nacional poderiam ser liberados do serviço ativo na frente. Lembro-me de Dr. Weizmann escrever uma carta ao general McDonogh e invocando o seu auxílio na obtenção de isenção do serviço ativo de Leon Simon, (que mais tarde subiu ao alto posto no serviço público como Sir Leon Simon, C.B.), Harry Sacher, (na equipe editorial do Manchester Guardian), Simon Marks, [W] Yamson Tolkowsky e eu. A pedido do Dr. Weizmann fui transferido do Ministério da Guerra (MI9), onde eu trabalhava então, para o Ministério da Propaganda, que estava sob Lord Northcliffe, e mais tarde para o escritório sionista, onde comecei a trabalhar em torno de dezembro 1916. Simon Marks realmente chegou ao Gabinete, em cáqui, e imediatamente começou a tarefa de organizar o escritório, que, como será facilmente entendido, tinha de manter constante comunicação com os sionistas na maioria dos países.
A partir daquele momento
por vários anos, o sionismo foi considerado um aliado do governo britânico, e
toda a ajuda e assistência vinha de qualquer departamento governamental. Não
existia dificuldades de passaporte ou viagem quando um homem era recomendado
por nosso escritório. Por exemplo, um certificado assinado por mim foi aceito
pelo Ministério do Interior na época como prova de que um judeu Otomano deveria
ser tratado como um estrangeiro amigável e não como um inimigo, como foi o caso
com os assuntos turcos.
{O judeu, nascido na Beilorrúsia, Chaim Weizzman (1874-1952) assumiu o protagonismo mor do sionismo na Inglaterra e esteve na primeira linha protagonista do judaísmo internacional. Posteriormente foi o primeiro presidente de Israel. Foto de domínio público - Wikipedia.} |
{Adendos
da parte 2}
[K] Esta nova oferta à
Rússia de uma saída direta para o Mediterrâneo é uma medida de grande
importância adicionada pela Grã-Bretanha e França para a participação russa
contínua e sincera na guerra. A política britânica desde o fim das guerras
napoleônicas tinha sido dirigida contra os esforços da Rússia para estender
suas conquistas para o Corno de Ouro {o estuário que divide o lado europeu da
cidade de Istambul} e do Mediterrâneo (ameaçando o Egito e o caminho para a
Índia). Por esta razão, a Grã-Bretanha e França haviam formado uma aliança e
fizeram a Guerra da Criméia (1854-1856), que terminou no Mar Negro sendo
declarado neutro; nenhum navio de guerra poderia entrar e nem arsenais poderiam
ser construídos em suas margens.
Mas
a preocupação da Rússia para a captura de Constantinopla era mais do que
econômica e estratégica. Não era incomum para os sacerdotes declarar que o povo
russo tinha um dever sagrado de expulsar o turco “infiel” e levantar a cruz
ortodoxa sobre a cúpula de Santa Sophia.
Em
1877, os exércitos russos moveram-se novamente em direção a Constantinopla com
a desculpa de vingar as crueldades praticadas contra os cristãos. Novamente a
Inglaterra frustrou estes projetos e a agressão terminou com o Congresso de
Berlim, e a ocupação britânica do Chipre.
[L] Sir Mark Sykes,
Secretário do Gabinete de Guerra britânico, enviado para a Rússia para negociar
o Acordo Tripartite (Sykes-Picot) para a partição do Império Otomano. M. Picot
foi o representante francês nas negociações. Nem Hussein nem Sir Henry McMahon
estavam cientes destas discussões secretas. Entre outras coisas, o acordo
estabelecia partes da Palestina a serem colocadas sob “uma administração
internacional.”
[M] Da família bancária
internacional Warburg. Embora ostensivamente um segundo secretário na
Wilhelmstrasse, foi relatado Warburg como tendo a mesmo posição em contraespionagem
alemã como Almirante Canaris na Segunda Guerra Mundial.
[N] Jacob Schiff, nascido
na Alemanha, sócio sênior na Kuhn, Loeb & Co. é “a figura mais influente de
sua época na vida judaica americana”, escrito no The Journal of Menorah, abril 1915: “É bem sabido que eu sou um
simpatizante alemão ... a Inglaterra tem sido contaminada por sua aliança com a
Rússia ... estou bastante convencido de que na Alemanha o antissemitismo é uma
coisa do passado.”64 A Jewish Encyclopedia {Enciclopédia
Judaica} de 1906 afirma que “a empresa de Schiff subscreveu e lançou no mercado
o grande empréstimo de guerra japonês em 1904-1905” (para a guerra
russo-japonesa). “em reconhecimento do qual o Mikado {denominação arcaica para
o Imperador do Japão} conferiu à Schiff a segunda ordem do Tesouro Sagrado do
Japão.” Os parceiros com Schiff foram Felix M. Warburg e seu irmão Paul, que
tinham vindo para Nova Iorque em 1902 a partir de Hamburgo, e organizaran o
Federal Reserve System.
[O] Um prêmio para o
apoio financeiro pesado de Morgenthau para a campanha presidencial de Wilson.
[P] Mais tarde, o
ministro do Exterior (1932-1938) e Protector de Bohemia (1939-1943).
[Q] Cidadãos russos
residentes no Reino Unido (quase todos eles judeus), não tendo se tornados
súditos britânicos, cerca de 25.000 ainda que em idade militar escaparam do
serviço militar.92 Isto levou Jabotinsky e
Weizmann instar a formação de uma brigada especial para os judeus russos, mas a
ideia não foi recebida favoravelmente pelo Governo, e os sionistas se juntaram
a não-sionistas, num esforço para persuadir os judeus-russos em idade militar
de se voluntariar como indivíduos para o serviço no Exército Britânico. A
resposta foi insignificante, e em julho de 1917 à Lei de Serviço Militar
(Convenções com Aliados) foi dada a aprovação Real. Homens em idade militar
foram convidados a servir no exército britânico ou o risco de deportação para a
Rússia. No entanto, a revolução russa impediu sua aplicação sem impedimentos.93
[R] Meio milhão de
franceses foram perdidos nos primeiros quatro meses de guerra, 1 milhão perdido
até o final de 1915, e 5 milhões até 1918. Quem pode imaginar que os aliados
perderam 600.000 homens em uma batalha, o Somme, e os britânicos mais oficiais
nos primeiros meses do que todas as guerras dos últimos cem anos juntos?
Em
Stalingrado, na Segunda Guerra Mundial, a Wehrmacht tinha 230.000 homens no
campo. As perdas alemãs só em Verdum foram 325.000 mortos ou feridos.
A
essa altura, um soldado em uma das melhores divisões podia contar com um máximo
de três meses de serviço sem ser morto ou ferido, e a expectativa de vida para
um oficial na frente foi baixado para cinco meses num regimento comum e seis
semanas num quebrar {as defesas adversárias}.
[S] Ver suas Origins of the Balfour Declaration: Dr.
Weizmann's Contribution {Origens da Declaração de Balfour: Contribuição do
Dr. Weizmann}.
[T] Nascido na Pérsia,
onde sua família tinha se assentado antes dos dias elisabetanos. Ele foi
enviado para a escola na Inglaterra em 1881, sendo colocado sob os cuidados de
um amigo e agente de sua família, Sir Albert (Abdullah) Sassoon. No início de
1915, ele fundou a Sociedade Russa em Londres como um meio de melhorar as
relações entre os dois países no público britânico. Ao contrário dos sionistas,
ele não tinha sentimento contra a Rússia czarista.
[U] Uma referência à
invasão da Áustria e Prússia Oriental de 1914 pelos russos com tal vigor que muitas
pessoas acreditavam que o “rolo compressor russo” em breve chegaria a Berlim e
acabar a guerra. Somente o desvio de divisões do exército inteiro a partir do
oeste para a frente leste sob o comando do General von Hindenburg salvou Berlim,
e por sua vez salvou Paris.
Houve
um esforço direto de certos grupos de apoio às atividades anti-imperiais na
Rússia a partir dos Estados Unidos,105
106 mas Brandeis, aparentemente, não
estava implicado.
[V] Northcliffe era
mesquinho o suficiente para ter Lloyd George chamado ao telefone, na frente dos
amigos, para demonstrar a necessidade que o político tem da imprensa.
[W] Associado com Israel
M. Sieff, outro do círculo íntimo de Weizmann, no negócio que mais tarde se
tornou a Marks & Spencer, Ltd. Sieff foi nomeado consultor econômico para a
Administração dos EUA (OPA), em março de 1924. Como apoiadores subsequentes,
com o lorde Melchett, de “Planejamento político e Econômico” (PEP), eles
exerceram considerável influência sobre a política britânica inter-guerra.
Tradução
e palavras entre chaves por Mykel Alexander
Notas
38
Nota de Robert John: Joffre, Joseph J.C., The
Memoirs of Marshal Joffre (London and New York: Harper & Brothers,
1932), Volume 1, páginas 38-39.
39
Nota de Robert John: Chamberlain, Austen, Down
the Years (London: Cassell & Co., 1935), página 104.
40
Nota de Robert John: Churchill, Winston L.S., The World Crisis, 1911-1918 (London: T. Butterworth, 1931), Volume
1, página 234.
41 Nota de Robert John: {Leonard}
Stein, The Balfour Declaration},
páginas 104-105.
44
Nota de Robert John: Adamov, E., Ed., Die
Europaeische Maechte und die Tuerkei Waehrend des Weltkriegs-Die Aufteilung der
Asiatischen Tuerkei. Tradução
do Russo (Dresden, 1932), Nº.91.
45 Nota de Robert John: {Leonard}
Stein, The Balfour Declaration},
página 97.
46 Nota de Robert John: Para
detalhes, consulte os Relatórios de 1921 enviados pelo Comitê Executivo da
Organização Sionista ao Décimo Segundo Congresso Sionista, Londres, 1921.
47 Nota de Robert John: Carta de Max
Bodheimer a Otto Warburg, 22 de novembro de 1914 Jerusalém: Arquivos
Sionistas), citada em {Leonard} Stein, The
Balfour Declaration, página 98, nota 8.
48 Nota
de Robert John: {Leonard} Stein, The
Balfour Declaration}, páginas 197-198.
49 Nota de Robert John: Gottheil para
Louis D. Brandeis, 1 de outubro de 1914 (não publicado).
50 Nota de Robert John: Londres: The Times, 10 de novembro de 1914.
51 Nota de Robert John: Carta de
Greenberg a Herzl, 4 de julho de 1903, citada em {Leonard} Stein, The Balfour Declaration, página 28.
Isso parece indicar o primeiro contato de Lloyd George com o movimento
sionista: ‘Lloyd George, como você sabe, é um MP; ele, portanto, conhece as
cordas dessas coisas e pode ser útil para nós.’
52 Nota de Robert John: Samuel,
Viscount Herbert, Memoirs (London:
Cresset Press, 1945), páginas 139 e seguintes.
53 Nota de Robert John: Carta de
Samuel a Weizmann, 11 de janeiro de 1915, citada em {Leonard} Stein, The Balfour Declaration, página 109,
nota 24; também Samuel, Memoirs,
página144.
54 Nota de Robert John: Samuel {Viscount
Herbert}, Memoirs, página 143. Em uma
carta de 20 de novembro de 1912 ao Zionist Executive, Weizmann mencionou
Haldane como uma das pessoas importantes a quem ele achava que poderia obter
acesso: Arquivos Sionistas.
55 Nota de Robert John: {Leonard}
Stein, The Balfour Declaration,
página 111, nota 33. A sogra de Crewe era a condessa de Rosebery, filha do
barão Mayer de Rothschild, ver página 112, nota 34.
56 Nota de Robert John: Samuel {Viscount
Herbert}, Memoirs, página 141.
57 Nota de Robert John: Oxford
and Asquith, Earl, Memories and
Reflections (London: Cassell, 1928), Vol. II, página 59.
58 Nota de Robert John: Samuel
{Viscount Herbert}, Memoirs, páginas
143-144.
59 Nota de Robert John: Oxford
and Asquith, Memories and Reflections,
Vol. II, página 65.
60 Nota de Robert John: Ibid. {Oxford and Asquith, Memories and Reflections, Vol. II,}, página 188. Relatórios
enviados pelo Comitê Executivo da Organização Sionista ao Décimo Segundo
Congresso Sionista, Londres 1921. ‘Relatório da Organização’. Página 113, dá um
número muito menor.
61 Nota de Robert John: Rischin,
Moses, The Promised City: New York's
Jews, 1870-1914 (Cambridge: Harvard University Press, 1962).
62 Nota de Robert John: Documentos do
Ministério das Relações Exteriores da Alemanha no Registro de Londres,
Washington para Berlim K 692 / K 176709-10 e K 692 / K 17611-12-Berlim para
Washington, 1º de novembro de 1914. ‘Há algum tempo, já aconselhamos fortemente
a Turquia, por conta de judeus internacionais, para proteger judeus de todas as
nacionalidades, e agora estamos revertendo ao assunto mais uma vez.’
63 Nota de Robert John: Documentos do
Ministério das Relações Exteriores da Alemanha, K 692 / K 176723 e 176745.
65 Nota de Robert John: Richard
Lichtheim para Leonard Stein, 12 de fevereiro de 1952, The Balfour Declaration, página 209, nota 9.
*c Nota de Mykel Alexander: Judeu
financista, banqueiro, diplomata americano, ativista judaico secular e religioso,
responsável pela gestão financeira das duas campanhas de Woodrow Wilson em 1912
e 1916. Morgenthau, embora um dos grandes ativistas do judaísmo internacional,
era cético sobre as melhorias que o Sionismo faria ao judaísmo. Foi pai de
Henry Morgenthau Jr (1891-1967). Ver entradas:
- Morgenthau, Henry (1856-1946) e Morgenthau, Henry Jr
(1891-1967) em Dan Cohn-Sherbok, Dictionary
of Jewish biografphy, Continuum, Bodmin (GB), 2005.
MORGENTHAU, em Encyclopaedia
Judaica, Volume 14, Thomson/Gale, Farmington Hills, 2007, 2ª edição.
66 Nota de Robert John: Relatório de
8 de março de 1915, Documentos de Nahum Sokolow, citado em {Leonard} Stein, The Balfour Declaration, página 210,
nota 10.
67 Nota de Robert John: Palestine Report ao Congresso Sionista
de 1921, página 34)
68 Nota de Robert John: Lichtheim,
Richard, Memoirs, publicado na versão
hebraica como She'ar Yashoov (Tel
Aviv: Newman, 1953), capítulo XV.
69 Nota de Robert John: Ibid. {Lichtheim, Richard, Memoirs, publicado na versão hebraica
como She'ar Yashoov (Tel Aviv:
Newman, 1953)}, capítulo XVIII.
70 Nota de Robert John: The Times of history of the War; Vol. XIV, páginas 320-321; {Leonard}
Stein, The Balfour Declaration,
páginas 212-213; e.g., Preussicher
Jahrbuecher, Agosto-Setembro de 1915, artigo de Kurt Blumenfeld.
71 Nota de Robert John: {Richard}
Lichtheim, Memoirs, capítulos XVIII;
{Leonard} Stein, The Balfour Declaration,
páginas. 213-214, notas 21 e 22.
72 Nota de Robert John: {Leonard}
Stein, The Balfour Declaration,
página 214, nota 23.
73 Nota de Robert John: {Leonard}
Stein, The Balfour Declaration,
páginas 536-537. Nota da entrevista no memorando de 28 de agosto de 1917, Zionist
Archives.
74 Nota de Robert John: {Leonard}
Stein, The Balfour Declaration,
página 537. Mesmo em 1959, o superior de Aaronssohn, coronel Richard
Meinertzhagen escreveu: “Não tenho liberdade para divulgar nenhuma de suas
façanhas, pois divulgaria métodos melhor mantidos em segredo” – Middle East Diary 1917-1956 (New York:
Yoseloff, 1960) página 5.
75 Nota de Robert John: {Leonard}
Stein, The Balfour Declaration,
página 217.
76 Nota de Robert John: Conjoint
Foreign Committee 1916/210, 5 de abril de 1916; {Leonard} Stein, The Balfour Declaration, página 218.
77 Nota de Robert John: Hatikvah (Antuérpia), dezembro de 1927,
contém artigo de Basch.
78 Nota de Robert John: Conjoint
Foreign Committee, 1915/ página 340.
79 Nota de Robert John: Ibid. {Conjoint Foreign Committee},
1916/ página 183 e seguintes; traduzido em {Leonard} Stein, The Balfour Declaration, página 219.
80 Nota de Robert John: Poincare, R.,
Au Service de la France (Paris: Plon,
1926), Vol. VIII, página 220,15 de maio de 1916.
81 Nota de Robert John: Conjoint
Foreign Committee, 1916/110, página 124; {Leonard} Stein, The Balfour Declaration, página 220.
82 Nota de Robert John: Conjoint
Foreign Committee, 1916/ página 11 e seguintes; {Leonard} Stein, The Balfour Declaration, páginas
220-221.
83 Nota de Robert John: Die Welt, 1913, Nº. 35, página 1146;
{Leonard} Stein, The Balfour Declaration,
página 67.
84 Nota de Robert John: Conjoint
Foreign Committee, 1916/página 130 e seguintes, 18 de fevereiro de 1916;
{Leonard} Stein. The Balfour
Declaration, página 221.
85 Nota de Robert John: Conjoint
Foreign Committee, 1916/ página 206; {Leonard} Stein, The Balfour Declaration, página 223.
87 Nota de Robert John: Adamov,
E., Ed., Die Europaeische Maechte und die
Tuerkei Waehrend des Weltkriegs-Die Aufteilung der Asiatischen Tuerkei.
Traduzido do russo (Dresden, 1932), Nº.80.
88 Nota de Robert John: Conjoint
Foreign Committee, 1916 página 387.
89 Nota de Robert John: Lloyd
George, War Memoirs, 1915-1916,
página 434.
90 Nota de Robert John: Falls,
Cyril, The Great War (New York;
Putnam, 1959), página 180.
91 Nota de Robert John: Yale,
William, The Near East: A Modern History
(Ann Arbor: The University of Michigan Press. 1958), página 263.
94 Nota de Robert John: Lloyd
George, War Memoirs, 1915-1916,
página 276.
95 Nota de Robert John: {Samuel}
Landman, em World Jewry, Balfour
Declaration: Secret Facts Revealed (London: Independent Weekly Journal,
1935), Vol.2, Nº.43, 22 de fevereiro de 1935.
96 Nota de Robert John: {Samuel}
Landman, Balfour Declaration: Secret
Facts Revealed, Vol. 2, Nº 43, 22 de fevereiro 1935; também, {James}
Malcolm, Origins of the Balfour
Declaration: Dr. Weizmann's Contribution, páginas 2-3.
97 Nota de Robert John: {Samuel}
Landman, Balfour Declaration: Secret
Facts Revealed, Vol. 2, Nº 43, 22 de fevereiro de 1935; também, Link, A.S.,
Wilson, The New Freedom (Princeton:
University Press. 1956)
páginas 10 e seguintes, 13 e seguintes.
*d Nota de Mykel Alexander: Samuel
Untermyer foi um advogado e ativista judeu em ampla esfera americana e mundial,
foi protagonista de primeira linha em processos envolvendo a questão judaica
contra Henry Ford, para a aprovação da implementação das estruturas de economia
baseada em juros dos EUA e economia mundial (especialmente para a implementação
da Federal Reserve), e líder da implementação judaica de boicote aos produtos
alemães do governo de Adolf Hitler o qual combatia o sistema econômico baseado
na usura. Ver entrada UNTERMYER, SAMUEL (1858–1940) em Encyclopaedia Judaica, Volume 20, Thomson/Gale, Farmington Hills,
2007, 2ª edição.
Sobre a economia da Alemanha de
Adolf Hitler contrariando o sistema econômico baseado em juros e usura ver:
- Salvador Borrego, Desnacionalización de la Economia,
(introdução do livro de Gottfreid Feder, El
Programa Nacionalsocialista – y sus concepciones doctrinarias ideológicas
esenciales, Ediciones Sieghels, tradução do alemão por Eva Pardo De La
Cruz, Argentina, 2008. Na edição mexicana, foi publicado como Economia de Exito, possivelmente 1981).
Em português:
- Desnacionalização da Economia {Por que a economia no
Nacional-Socialismo Alemão (nazismo) foi odiada pelos Aliados?}, 28 de outubro
de 2018, World Traditional Front.
Tradução por Mykel Alexander.
Sobre o apoio do Governo da Alemanha de Hitler a um
Estado judaico que não interferisse na estabilidade da comunidade
internacional, incluindo na economia ver:
- Zionism
and the Third Reich, por Mark Weber, The
Journal of Historical Review, julho-agosto de 1993 (Vol. 13, Nª 4), páginas
29-37.
- Em português: Sionismo e o Terceiro Reich, por Mark
Weber, World Traditional Front.
Tradução de Mykel Alexander. (Programado para publicação em 2020).
99 Nota de Robert John: Mason,
Alphoos T.M., Brandeis, A Free Man's Life
(New York: Viking Press, 1956), página 451.
101 Nota de
Robert John: Gwynn, Stephen, Ed., Letters
and Friendships of Sir Cecil Spring Rice (London: Constable, 1929), Vol.
II, páginas 200-201.
102 Nota de
Robert John: {William} Yale, The Near
East, página 268.
*e Nota de Mykel Alexander: Sobre as
invenções, distorções e interpolações históricas feitas pelo judaísmo
internacional para criar uma narrativa de atritos indevidos que supostamente
seriam vítimas os próprios judeus entre outros povos, ver especialmente os dois
artigos abaixo que se complementam em tal temática:
- Exodus
Redux: Jewish Identity and the Shaping of History, por Andrew Joyce, 07 de
janeiro de 2017, The Occidental Observer.
Tradução ao português por Mykel
Alexander em:
- Êxodo recorrente: Identidade judaica e Formação da
História, por Andrew Joyce, 25 de novembro de 2019, em World Traditional Front.
-
Anti-Semitism: Why Does It Exist? And
Why Does it Persist?, por Mark Weber, Dezembro 2013 / revisado em janeiro de
2014, Institute for Historical Review.
https://ihr.org/other/anti-semitism-why-does-it-exist-dec-2013 - Em português:
- Antissemitismo: Por que ele existe? E por que ele
persiste?, por Mark Weber, 07 de dezembro de 2019, em World Traditional Front. Tradução por Mykel Alexander
*f Nota de Mykel Alexander: Sobre as
notícias falsas difundidas pelo judaísmo internacional para criar a estória do
alegado holocausto, muito antes do partido de Hitler assumir o poder na
Alemanha, ver:
- Don
Heddesheimer, The First Holocaust –
Jewish Fund Raising Campaigns With Holocaust Claims During And After World War
One, These & Dissertations Press, Chicago, 2ª edição revisada, abril de
2005. Para a 5ª edição
atualizada, 2018, acesse gratuitamente em Holocaust Handbooks:
Resumo do conteúdo acima em:
- O Primeiro Holocausto - por Germar Rudolf, 26 de
janeiro de 2020, World Traditional Front.
104 Nota de
Robert John: The Times Documentary
History of the War, London, 1917, Vol. IX, Part 3, página 303.
107 Nota de Robert John: Boston Post, 4 de outubro de 1915.
108 Nota de
Robert John: The ESCO (Ethel Silverman Cohn) Foundation of Palestine. Inc., Palestine: A Study of Jewish, Arab and
British Policies (New Haven: Yale University Press 1947), Vol. I, Páginas
87-89.
109 Nota de
Robert John: {Mark} Sykes, Two Studies in
Virtue, página 187.
110 Nota de
Robert John: Somervell, D.C., British
Politics Since 1900 (New York: Oxford University Press 1950), página 113.
111 Nota de Robert John: Relatório do
Décimo Segundo Congresso Sionista (Londres: Central Office of the Zionist
Organization, 1922), páginas 13 e seguintes.
112 Nota de Robert John: {Leonard}
Stein, The Balfour Declaration,
página 25.
64 Nota de Robert John: {Leonard}
Stein, The Balfour Declaration,
página 201.
92 Nota de Robert John: Gaster
(Moses) Papers, citado em {Leonard}
Stein, The Balfour Declaration,
página 285, nota de rodapé.
93 Nota de Robert John: {Leonard}
Stein, The Balfour Declaration,
páginas 488-490.
105 Nota de Robert John: Arquivos
Nacionais. Departamento de Estado, Processo Decimal 1910-1929, Nº 881.4018 /
325.
106 Nota de Robert John: Jewish Advocate, 13 de agosto de 1915.
Journal of Historical Review, Inverno 1985-6 (Volume. 6, Nº 4), páginas 389-450, 498. Este trabalho foi apresentado pela primeira vez pelo autor na V Conferência do IHR, de 1983. Ele também foi a base para o livreto, Behind the Balfour Declaration: The Hidden Origin of Today's Mideast Crisis, publicado pelo Institute for Historical Review em 1988.
Sobre o autor: Robert John – Foi um analista de assuntos estrangeiros, historiador diplomático, autor e psiquiatra – foi educado na Inglaterra. Ele se formou na Universidade do Colégio de Londres King, e depois estudou no Middle Temple, Inns of Court em Londres. Ele foi o autor, com Sami Hadawi, de The Palestine Diary: British, American and United Nations Intervention, 1914-1948. Esta obra de dois volumes detalhados, publicado pela primeira vez em 1970, inclui um prefácio do historiador britânico Arnold Toynbee. Robert John morreu em 4 de junho de 2007, com 86 anos.
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Relacionado, leia também:
Raízes do Conflito Mundial Atual – Estratégias sionistas e a duplicidade Ocidental durante a Primeira Guerra Mundial – por Kerry Bolton
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