Robert John |
A
Declaração, 1917
O
comitê informal de sionistas e Mark Sykes como representante do Governo
britânico, reuniram-se em 07 fevereiro de 1917, na casa de Moses Gaster, [X], o
rabino-chefe das Congregações Sefarditas (espanhol e português) na Inglaterra.
Gaster abriu a reunião com uma declaração que ressaltou o apoio sionista para
os interesses estratégicos britânicos na Palestina os quais estavam a ser parte
integrante de qualquer acordo entre eles. Conforme esses interesses podiam ser
considerados primordiais para estadistas britânicos, o apoio para objetivos
sionistas direcionados lá, Gaster disse, era plenamente justificado. O Sionismo
estava irrevogavelmente em oposição a quaisquer propostas de
internacionalização, mesmo um condomínio anglo-francês.113
Herbert
Samuel seguiu com uma expressão de esperança de que os judeus na Palestina
iriam receber o status nacional completo, o qual seria compartilhado por judeus
na Diáspora. A questão do conflito de
nacionalidade não foi mencionada e um orador seguinte, Harry Sacher, sugeriu
que a partilha não deveria envolver as implicações políticas da cidadania.114 Weizmann falou da necessidade de
imigração sem restrições. É claro que o conteúdo de cada discurso foi
cuidadosamente preparado antes da reunião.
Sykes
delineou os obstáculos: As inevitáveis objeções russas, a oposição dos árabes,
e as fortemente pressionadas reivindicações francesas para toda a Síria,
incluindo a Palestina.115 James
de Rothschild e Nahum Sokolow, o líder sionista internacional, também falaram.
O encontro terminou com um resumo dos objetivos sionistas:
1. O reconhecimento internacional do direito judaico para a Palestina;
2. Nacionalidade Jurídica para a comunidade judaica na Palestina;
3. A criação de uma empresa prerrogativas de privilégios {em inglês, chartered} judaica na Palestina com direitos de aquisição de terras;
4. União e uma administração para a Palestina; e
5. Status extraterritorial para os lugares santos.117
Os
primeiros três pontos são sionistas, os dois últimos foram projetados para
aplacar Inglaterra e Rússia, respectivamente118
e, provavelmente, a Itália e o Vaticano. Sokolow foi escolhido para atuar como
representante sionista, para negociar com Sir Mark Sykes.
Os
sionistas estavam, naturalmente, coordenando suas atividades
internacionalmente. No mesmo dia da reunião em Londres, o rabino Stephen Wise
nos Estados Unidos escreveu para Brandeis: “Eu mandei o memorando para o
coronel House cobrindo a nossa questão, e ele escreve: ‘Espero que o sonho que
você tem possa em breve tornar-se uma realidade.’”118a
Os
relatórios alcançando a Inglaterra sobre a iminente dissolução do Estado russo
praticamente removeram a necessidade de endosso russo dos objetivos sionistas,
mas fizeram a aceitação francesa e italiana ainda mais urgente. Isso, de
qualquer modo era a crença de Sykes, Balfour, Lloyd George e Winston Churchill,
que, como alegaram em suas declarações posteriores, estavam convencidos de que
proclamado o apoio dos Aliados para objetivos sionistas, iria especialmente
influenciar os Estados Unidos. Eventos na Rússia fizeram a cooperação de grupos
judaicos com os Aliados muito mais fácil. Em uma reunião em massa em março de
1917 para comemorar a revolução que então tinha tido lugar, o rabino Stephen
Wise, que tinha sucedido Brandeis como presidente do Comitê Sionista Provisório
Americano após a nomeação de Brandeis para a Suprema Corte, disse: “Eu acredito
que de todas as realizações do meu povo, nenhuma tem sido mais nobre do que a
parte dos filhos e filhas de Israel têm tomado no grande movimento*g o qual tem culminado na Rússia livre.”119
{Fotos da esquerda e centro com a notícia do New York Times (24 de março de 1917) quando o principal rabino nos EUA durante o século XX elogia a participação dos judeus na chamada "Revolução" Russa de março e que culminaria na Revolução Bolchevique de novembro de 1917 e a implementação do regime soviético em parte da Rússia, e depois na totalidade da Rússia a partir de 1921. Na foto a direita Wise discursa contra os alegados, pela mídia judaica ou filo judaica, maus tratos do governo de menos de 2 meses de Hitler aos judeus já em 1933. Por outro lado, não parece haver tido o mesmo empenho do rabino Wise até então ou depois sobre a tirania soviética, e sua vasta liderança judaica, contra dezenas de etnias em todos os territórios que a URSS ocupou ou influiu. Crédito das fotos: United States Holocaust Memorial Museum.} |
As
negociações para uma série de empréstimos no total de $190,000,000 dos Estados
Unidos para o governo provisório na Rússia de Alexander Kerensky foram
iniciados sob o conselho do embaixador dos EUA para a Rússia, David R. Francis,
que anotou em seu telegrama ao Secretário de Estado Lansing, “auxílio
financeiro agora da América seria um golpe de mestre. Confidencial. Imensuravelmente
importante para os judeus que a revolução foi sucedeu...”120
Em 22 março de 1917 Jacob H. Schiff
da {firma bancária} Kuhn, Loeb & Co., escreveu a Mortimer Schiff, “Nós
devemos ser um pouco cuidadosos, não para aparecer como excesso de zelo, mas
você poderia contatar Cassel que por causa da recente ação da Alemanha (a
declaração de ilimitada guerra de U-Boat) e dos desenvolvimentos na Rússia nós
devemos não mais nos abstermos de financiamentos dos governos Aliados quando uma
oportunidade for oferecida.”
Ele
também enviou um telegrama de felicitações ao Ministro das Relações Exteriores
no primeiro Governo Provisório, referindo-se ao governo anterior como “os
perseguidores impiedosos dos meus correligionários”.*h
{Foto da esquerda: Judeus dos EUA que distribuíram doze milhões de dólares do dinheiro de socorro levantado pelos judeus americanos desde o início da Primeira Guerra Mundial. Jacob Schiff, banqueiro internacional e um dos fundadores da American Jewish Historical Society, aparece no canto inferior direito. |
No
mesmo mês, Leiber Davidovich Bronstein, conhecido como Leon Trotsky, um
imigrante dos EUA nascido na Rússia, havia deixado o Bronx, Nova Iorque, para a
Rússia, com um contingente de seguidores, enquanto V.I. Ulyanov (Lênin) e um
grupo de cerca de trinta integrantes estavam se movendo pela Alemanha, vindos
da Suíça, através da Escandinávia para a Rússia. Existem alguma evidência de
que Schiff e outros patrocinadores como Helphand {Alexander Lvovich Parvus
(1867-1924) nascido como Israel Lazarevich Gelfand} financiaram estes revolucionários.*i
{o banqueiro judeu Alexander Israel Parvus (esquerda) com o bolchevique judeu Leon Bronstein Trotsky (centro) e o menchevique judeu Leo Deutsch (direita). A direita liberal, a extrema esquerda e a social democracia sob a direção judaica contra a Rússia. Os três foram presos pelo regime czarista. Foto de domínio público - Wikipedia.} |
Em
março de 1917, o presidente Wilson denunciou como “um pequeno grupo de homens
voluntariosos”, os não intervencionistas que atrasavam um projeto de lei
patrocinado pela Administração, que daria poderes a Wilson de travar uma guerra
naval não declarada contra a Alemanha. A oposição de Wilson foi liderada pelos
senadores La Follette e Norris.
Em
5 de abril, um dia antes de o Congresso dos Estados Unidos adotar uma resolução
de guerra, Schiff tinha sido informado pelo Barão Gunzburg da assinatura, de
fato, dos decretos removendo todas as restrições sobre os judeus na Rússia.
Em
uma sessão especial do Congresso, em 2 de abril de 1917, o presidente Wilson se
referiu aos navios mercantes americanos, levando suprimentos para os Aliados,
que tinham sido afundados durante o mês anterior por submarinos alemães (que
operavam um contra-bloqueio; as frotas britânicas e francesas tendo bloqueado
os Poderes Centrais desde o início da guerra); e, em seguida, disse ao
Congresso que “coisas maravilhosas e animadoras estavam acontecendo nas últimas
semanas na Rússia.”
Ele
pediu uma declaração de guerra com uma missão:
pela democracia, para o direito daqueles que se submetem à autoridade de terem uma voz em seus próprios governos, para os direitos e liberdades das pequenas nações, para um domínio universal de direito por tal concerto de povos livres conforme trará paz e segurança para todas as nações e fazer o próprio mundo finalmente livre.
Para tal tarefa, nós podemos dedicar nossas vidas e nossas fortunas, tudo o que nós somos e tudo o que nós temos, com o orgulho de quem sabe que o dia chegou quando a América tem o privilégio de usar o seu sangue e seu poder para os princípios que deram o seu nascimento e a felicidade e a paz que ela tem entesourado. Deus está a ajudá-la, ela não pode fazer outra coisa. (Grifo nosso)
Naquela
noite, multidões encheram as ruas, marchando, gritando, cantando “Dixie” ou “The
Star Spangled Banner.” Wilson virou-se para sua secretária, Tumulty: “Pense o
que isso significa, o aplauso. Minha mensagem hoje à noite foi uma mensagem de
morte. Que estranho aplaudir isso!”
Assim,
dentro de seis meses da sugestão específica de Malcolm para Sykes, os Estados
Unidos da América, guiado por Woodrow Wilson, estava do lado dos Aliados na
Grande Guerra.
Foi
Wilson guiado por Brandeis para fora da neutralidade – para a guerra?
Em
Londres, o Gabinete de Guerra liderado por Lloyd George não perdeu tempo,
comprometendo forças britânicas primeiro para capturar Jerusalém, e depois para
a expulsão total dos turcos da Palestina. O ataque contra o Egito, lançado em
26 de março de 1917, de tentar tirar Gaza, terminou em fracasso. Até o final de
abril, um segundo ataque contra Gaza tinha sido repelido e tornou-se claro que
não havia nenhuma perspectiva de um rápido sucesso nesta frente.
Do
Cairo, onde ele tinha ido esperando seguir o Exército para dentro de Jerusalém com
Weizmann, Sykes telegrafou ao Foreign Office que, se a Força Expedicionária
egípcia não fosse reforçada, então seria necessário “largar todos os projetos
sionistas ... os sionistas em Londres e nos EUA deveriam ser advertidos disso
através M. Sokolow ...”120a
Três
semanas depois, foi dito a Sykes que reforços estavam vindo de Salônica
{segunda maior cidade da Grécia}. O Gabinete de Guerra também decidiu
substituir o comandante da Força pelo General Allenby.
Sykes
foi o negociador oficial para todo o projeto de ajudar os sionistas.*j Ele atuou imediatamente após a reunião
na casa de {Moses} Gaster pedindo a seu amigo M. Picot {François Marie Denis
Georges-Picot (1870-1951} para encontrar Nahum Sokolow na Embaixada de França
em Londres, em uma tentativa de induzir os franceses a ceder na questão da soberania
britânica na Palestina.121 James
Malcolm foi então solicitado para ir sozinho a Paris arranjar uma entrevista
para Sokolow diretamente com o ministro dos Negócios Estrangeiros francês.
Sokolow tinha sido previamente malsucedido em obter o apoio da comunidade
judaica francesa para uma reunião com o Ministro; uma vez que os judeus mais
ricos e influentes nos Estados Unidos e na Inglaterra, com a notável exceção
dos Rothschilds, que poderiam ter arranjado um tal encontro, eram opostos às
implicações políticas do sionismo. Em Paris, a poderosa Alliance Israélite Universelle tinha feito todos os esforços para
dissuadi-lo de sua missão.122 Não
que os sionistas não tinham na França outros seguidores além de Edmond de
Rothschild, [Y], mas o Ministério das Relações Exteriores não tinha motivo para
emaranhar-se com eles. Agora James Malcolm abriu a porta diretamente a eles,
como tinha feito em Londres.123
{O inglês Mark Sykes (1879-1919) assumiu a proeminência
nas negociações inglesas durante a Grande Guerra em favor
dos interesses sionistas na Palestina. Crédito da foto - Time.}
|
Sykes juntou Malcolm e Sokolow em Paris. Sykes e Malcolm,
além da consideração com o sionismo e o futuro apoio americano para a guerra,
estavam preocupados com a possibilidade de uma entente árabe-judaica-armênia que, através da amizade entre
islâmicos, judeus e povos cristãos, traria a paz, a estabilidade e uma novo
futuro brilhante para os habitantes desta área onde a Europa, Ásia Menor e
África se encontram. Sokolow embarcou junto para uma tentativa diplomática,
mas, em uma carta a Weizmann (20 de Abril 1917), ele escreveu: “Eu considero a
ideia bem fantástica. É difícil chegar a um entendimento com os árabes, mas
vamos ter que tentar. Não existem conflitos entre judeus e armênios, porque não
há qualquer interesse comum.”[Z].124
Várias conversas foram sustentadas com Picot, incluindo
uma em 9 de abril, quando outros funcionários, incluído Jules Cambon, o
Secretário-Geral do Ministério das Relações Exteriores e o Ministro Chefe de
Gabinete. Exatamente que garantias foram dadas a Sokolow é incerto, mas ele
escreveu a Weizmann “que eles aceitam em princípio, o reconhecimento da
nacionalidade judaica em termos de um lar nacional, a autonomia local, etc.”125 E para Brandeis e Tschlenow, ele
telegrafou através dos canais oficiais franceses: “... Tenho plena confiança
que a vitória dos Aliados vai realizar as nossas aspirações sionistas na
Palestina.”126
Sokolow partiu para Roma e Vaticano. “Lá, graças às
apresentações de Fitzmaurice, por um lado e com a ajuda do Barão Sidney Sonnino
[AA], por outro,” uma audiência Papal e entrevistas com os principais
responsáveis do Ministério de Relações Exteriores foram rapidamente arranjadas.127
Quando Sokolow retornou à Paris, ele requeriu e recebeu
uma carta do ministro das Relações Exteriores de 4 de junho de 1917, apoiando a
causa sionista em termos gerais. Ele muito rapidamente escreveu dois telegramas
os quais ele deu a M. Picot para despachar por canais diplomáticos oficiais. Um
foi dirigido a Louis D. Brandeis, nos Estados Unidos. Se lia: “Agora você pode
mover. Temos a garantia formal do Governo francês.” [BB]128
“Depois de muitos anos”, escreveu M. Picot, “Eu estou ainda comovido pelos agradecimentos que ele me derramou quando ele me deu os dois telegramas ... não digo que foi a causa do grande surto de entusiasmo que ocorreu nos Estados Unidos, mas eu digo que o juiz Brandeis, a quem este telegrama foi endereçado, foi certamente um dos elementos que determinando a decisão do Presidente Wilson.”129
Mas Wilson havia declarado guerra um mês antes!
É natural que M. Picot devesse querer acreditar que ele
havia desempenhado um papel significativo em trazer a América para a guerra e,
portanto, ajudar a vitória de seu país. A evidência certamente apoia-o tendo
uma parte em ajudar uma vitória sionista.
Os objetivos deles estavam à vista, mas tinham ainda de
ser tomados e mantidos.
Embora os Estados Unidos fosse agora um beligerante,
nenhuma declaração de apoio foi feita para o programa sionista para a
Palestina, ou pela Grã-Bretanha ou os Estados Unidos, e alguns dos judeus mais
ricos e poderosos em ambos os países eram opostos a ela.
A
exceção entre esses príncipes mercadores judeus era, é claro, a Casa de
Rothschild. De Londres, em 25 de abril de 1917, James de Rothschild telegrafou
para Brandeis que Balfour estava vindo para os Estados Unidos, e instou os
judeus americanos para apoiar “uma Palestina judaica sob proteção britânica...
bem como para pressionar seu governo a fazer assim. Ele aconselhou Brandeis
para encontrar Balfour.134 O
encontro aconteceu em um almoço na Casa Branca: “Você é um dos americanos que
eu queria me encontrar", disse o secretário do Exterior britânico.135 Brandeis telegrafou para Louis de
Rothschild: “Tive uma conversa satisfatória com o Sr. Balfour, também com nosso
presidente. Isto não é para publicação.”136
Por outro lado, uma carta datada de 17 de maio de 1917
apareceu no The Times (Londres),
assinada pelo presidente da Jewish Board of Deputies e pelo presidente da
Anglo-Jewish Association (Alexander e Montefiore, respectivamente, ambos os
homens de riqueza e eminência), indicando a aprovação de assentamento judaico
na Palestina como uma fonte de inspiração para todos os judeus, mas
acrescentando que eles não poderiam favorecer o esquema político sionista.
Judeus, acreditavam eles, eram uma comunidade religiosa e se opunham à criação
de “uma nacionalidade judaica secular recrutada em alguns princípios soltos e
obscuros de raça e de peculiaridade etnológica.” Eles particularmente se
fizeram exceção à Pressão Sionista para uma companhia judaica com encartada {em
inglês, chartered} de privilégios políticos na qual apenas os judeus iriam
participar, pois isto era incompatível com os desejos dos judeus do mundo por
direitos iguais onde quer que vivessem.137
Uma controvérsia então seguiu-se consequentemente na
imprensa britânica, em associações judaicas e nos corredores do governo, entre
os judeus sionistas e não-sionistas. Nisso, Weizmann realmente teve menos peso,
mas ele mobilizou a equipe mais forte. O rabino-chefe dissociou-se ele mesmo da
declaração não-sionista e denunciou que a carta de Alexander-Montefiore não
representava as opiniões de suas organizações.138
Lord Rothschild escreveu: “Nós Sionistas não podemos ver como a criação de um Estado Judeu autônomo, sob a égide de
uma das Potências Aliadas, poderia ser subversiva na fidelização dos judeus com
os países nos quais são cidadãos. Na carta que vocês publicaram, também é
levantada a questão de uma empresa com prerrogativas de privilégios {em inglês,
chartered}”. Ele continuou: Nós sionistas temos sempre sentido que se a
Palestina é a para ser colonizada por judeus, algum maquinário deveria ser
arranjado para receber os imigrantes, assentá-los em sua terra e desenvolver a
terra, e para ser uma agência geral de direção. Eu só posso de novo enfatizar
que nós sionistas não temos desejo de privilégios em detrimento de outras
nacionalidades, mas somente o desejo de ter a possibilidade de ser permitido
trabalhar os nossos destinos, lado a lado com outras nacionalidades em um
estado autônomo sob a suserania de uma das Potências Aliadas.”139 Esta carta salientou o aspecto
colonialista do sionismo, mas prejudicou a forte declaração estadista de
Weizmann. O corpo sionista na Palestina era para ser de um caráter mais
organizacional para a comunidade judaica.
Talvez sentindo que sua declaração tinha sido um pouco
forte demais para aceitação liberal, Weizmann também se juntou a esta
correspondência no The Times.
Escrevendo como presidente English Zionist Federation, ele alegou em primeiro
lugar que,
é estritamente uma questão do fato que os judeus são uma nacionalidade. Uma esmagadora maioria deles sempre tiveram a convicção de que eles eram uma nacionalidade, a qual tinha sido compartilhada por não-judeus em todos os países.
A
carta continua:
Os sionistas não estão demandando monopólios na Palestina ou privilégios exclusivos, nem eles estão pedindo que qualquer parte da Palestina deve ela administrada por uma empresa com prerrogativas de privilégios {em inglês, chartered} em detrimento de outros. Sempre foi e permanece sendo um princípio cardeal do sionismo, um movimento democrático que todas as raças e seitas na Palestina devem usufruir plena justiça e liberdade, e os sionistas estão confiantes de que o novo suserano de quem eles esperam adquirir a Palestina como resultado da guerra, na sua administração do país, pautar-se-á pelo mesmo princípio.140 (grifo nosso).
A competição para ganhar a atenção do público britânico e
dos judeus britânicos entre os sionistas e seus oponentes judeus continuaram na
imprensa e nas suas várias reuniões especiais. Um manifesto de solidariedade
para com as opiniões de Alexander e Montefiore foi enviado ao The Times em 01 junho de 1917; e no
mesmo mês em Buffalo, NY, o presidente da Annual Convention of the Central
Conference of American Rabbis acrescentou seu peso contra nacionalismo judaico:
“Eu não estou aqui para querelar com o sionismo. Minha, é somente a intenção de
declarar que nós, como rabinos, que somos consagrados ao serviço do Senhor ...
não temos lugar num movimento em que os judeus se unem por motivos raciais ou
nacionais, e por um Estado político ou até mesmo por um Lar legalmente assegurado.”141
Mas, enquanto a controvérsia continuava, os sionistas
trabalhavam duro para produzir um projeto de documento que poderia formar uma
declaração aceitável para os Aliados, particularmente a Grã-Bretanha e os
Estados Unidos, e que seria na natureza de uma carta de status internacional
para seus objetivos na Palestina. Isto foi tratado como uma questão de
urgência, já que Weizmann acreditava que isso iria remover o apoio dos judeus
não-sionistas142 e assegurar-se-ia
contra as incertezas inseparáveis de uma guerra.
Em 13 de junho de 1917 Weizmann escreveu à Sir Ronald
Graham no Ministério das Relações Exteriores que “parece desejável de todos os
pontos de vista que o Governo britânico deve exprimir a sua simpatia e apoio
das reivindicações sionistas na Palestina. Na verdade, só precisa confirmar a
visão que os eminentes membros representativos do Governo têm muitas vezes
expressado a nós...”143 Isto
foi programado para coincidir ao mesmo minuto, da mesma data de um dos
conselheiros de Balfour no qual foi sugerido que o tempo havia chegado “quando
nós podemos coincidir com os desejos dos sionistas e dar-lhes a garantia de que
HMG {Her Majesty's Government} está em simpatia geral com as aspirações deles.”144 Para a qual Balfour observou:
“Pessoalmente, eu ainda preferiria a associar os EUA no Protetorado, caso
consigamos assegura-lo.”145
Os sionistas também tiveram de contrariar as tentativas
de planos britânicos e americanos na busca de uma paz em separado com a
Turquia. Quando Weizmann, pelos sionistas, juntamente com Malcolm, pelos
armênios, foram em 10 de junho, para o Ministério das Relações Exteriores para
protestar contra um plano desse tipo, Weizmann amplamente sugeriu que os
líderes sionistas na Alemanha estavam sendo cortejados pelo Governo alemão, e
ele mencionou, para melhorar a credibilidade, que as abordagens foram feitas a
eles por meio de um Dr. Lepsius.
A verdade, provavelmente, é que o Berlin Zionist
Executive estava iniciando contato renovado com o Governo alemão, de modo a dar
peso à súplica dos seus homólogos em Londres de que o risco da concorrência
alemã não poderia ficar de fora da conta. Lepsius era na verdade um líder
evangélico divino, conhecido por seu sucesso com os armênios, que estavam sendo
massacrados na Turquia. Quando Leonard Stein analisou os papéis do Berlin
Executive após a guerra, o seu nome foi encontrado, e Mr. Lichtheim do
Executivo não tinha nenhuma lembrança de qualquer introdução de uma proposta de
Lepsius.146
Nos EUA, em julho de 1917, uma missão especial consistindo
de Henry Morgenthau, o pai, e o sobrinho do juiz Brandeis, Felix Frankfurter,
foi encarregada pelo presidente Wilson para ir à Turquia, contra a qual os
Estados Unidos não declararam guerra, para sondar a possibilidade das
negociações de paz entre a Turquia e os Aliados. Nisso, Wilson pode ter sido
particularmente motivado por sua paixão para parar os massacres de cristãos
armênios e gregos os quais estavam ocorrendo na Turquia e para quem ele
expressou imensa solicitude em muitas ocasiões. Weizmann, no entanto,
acompanhado pelo francês sionista M. Weyl, avisado, procedeu a interceptá-los
em Gibraltar e convenceu-os a voltar para casa.147
Durante 1917 e 1918 mais cristãos foram massacrados na Turquia. Tivessem
Morgenthau e Frankfurter realizado a sua missão com sucesso, talvez isso
tivesse sido evitado.
Este relato aparece no livro de William Yale The Near East: A Modern History. Ele
era um agente especial do Departamento de Estado {dos EUA} no Oriente Médio
durante a Primeira Guerra Mundial. Quando eu jantei com ele em 12 de maio de
1970, no Hotel Biltmore, em Nova Iorque, eu lhe perguntei se Weizmann lhe
dissera como a missão especial tinha sido abortada. Ele respondeu que Weizmann
disse que o governador de Gibraltar tinha realizado um banquete especial em sua
honra, mas no final todos os funcionários britânicos retiraram-se discretamente,
deixando os quatro judeus sozinhos. “Então”, disse Weizmann, “nós consertamos isso.”
Na mesma noite, ele me disse algo que ele nunca disse que
tinha contado a ninguém, e que estava em seus papéis secretos que eram somente para
ser abertos após sua morte. Ele mais tarde escreveu para mim, depois de ter
lido The Palestine Diary, dizendo que
ele gostaria que eu lidasse com tais papéis.
Uma das tarefas atribuídas a Yale era seguir a
preferência de Wilson por ter conversas privadas com personalidades-chave capazes
de influenciar o curso dos acontecimentos. Ele fez isso com Lloyd George,
General Allenby e Col. T.E. Lawrence, por exemplo. Yale disse que teve uma
conversa com Weizmann “num lugar no Mediterrâneo em 1919”, e perguntei o que
poderia acontecer se os britânicos não apoiassem um lar nacional para os judeus
na Palestina. Weizmann bateu com o punho na mesa e as xícaras de chá saltaram,
“Se não o fizerem,” ele disse, “nós vamos esmagar o Império Britânico como nós
esmagamos o Império Russo.”
{Se os britânicos não apoiarem um lar nacional para os judeus na Palestina, disse o judeu Chaim Weizmann (Foto) em 1919 para William Yale, homem de confiança do governo americano de então, "nós vamos esmagar o Império Britânico como nós esmagamos o Império Russo." Crédito da foto - CIE - Center for Israel Education.} |
Brandeis estava em Washington durante o verão de 1917 e
conferiu com o secretário de Estado, Robert S. Lansing ao longo do tempo sobre
as relações turco-americanas e o tratamento dos judeus na Palestina.148 Ele ocupou-se, em particular, com
rascunhos do que mais tarde tornou-se Declaração de Balfour e o Mandato
Britânico da Palestina, e na obtenção da aprovação americana para eles.149 Um número considerável de projetos
foi feito em Londres e transmitidos para os Estados Unidos, por meio de canais
do Gabinete de Guerra, para a utilização da American Zionist Political
Committee. Alguns foram detalhados, mas o Governo britânico não quis
comprometer-se a mais de uma declaração geral de princípios.
Em 18 de julho, tal declaração, aprovada nos Estados
Unidos, foi encaminhada por Lord Rothschild para Lord Balfour. Lia-se conforme
segue:
O Governo de Sua Majestade, depois de considerar os intuitos da Organização Sionista, aceita o princípio de reconhecer a Palestina como o Lar Nacional [CC] do povo judeu e do direito do povo judeu em construir a sua vida nacional na Palestina sob um protetorado a ser estabelecido na conclusão de paz após a bem-sucedida questão da guerra.
Governo de Sua Majestade considera como essencial para a realização deste princípio a concessão de autonomia interna à nacionalidade judaica na Palestina, a liberdade de imigração para os judeus, e do estabelecimento de uma corporação judaica de colonização nacional para o reassentamento e desenvolvimento económico do país.
As condições e formas de autonomia interna e uma carta para a corporação colonizadora nacional judaica deveriam, na visão do governo de Sua Majestade, ser elaboradas em detalhe, e determinadas com os representantes da Organização Sionista.150
Parece possível que Balfour teria emitido esta declaração,
mas representativas fortes contra ela foram feitas diretamente ao Conselho de
Ministos por Lucien Wolf, Claude Montefiore, Sir Mathew Nathan, Edwin Montagu,
o Secretário de Estado da Índia, [DD] e outros judeus não-sionistas. Foi
significante que eles acreditavam que “antissemitas são sempre muito simpáticos
ao sionismo”, e apesar de que eles aceitavam o estabelecimento de um centro de
cultura judaico na Palestina, alguns – como Philip Magnes – temiam que uma
declaração política antagonizaria outras seções da população na Palestina, e
poderia resultar que os turcos lidassem com os judeus, como eles tinham lidado
com os armênios.154 A oposição judaica era
importante demais para ignorar, e a preparação de um novo rascunho foi
principiar. Ao redor desta época, Northcliffe e Reading [EE] visitaram
Washington e tiveram uma discussão com Brandeis na qual, sem dúvida, discutiram
sionismo.155
Múltiplas pressões em pontos-chave levaram Lord Robert
Cecil telegrafar para Col. E.M. House em 03 de setembro de 1917: “Estamos sendo
pressionados aqui para uma declaração de simpatia com o movimento sionista e eu
ficaria muito grato se você sentisse que pode averiguar extraoficialmente se o
Presidente favorece tal declaração.”156
House, que havia realizado serviços relativos ao Federal Reserve e legislação
de moeda para Jacob W. Schiff e Paul Warburg,157
e era o conselheiro mais próximo de Wilson, transmitiu a mensagem, mas uma
semana depois Cecil ainda estava sem uma resposta.
Em 11 de setembro, o Ministério das Relações Exteriores
tinha pronto para expedição a seguinte mensagem para Sir William Wiseman, [FF]
chefe do serviço de inteligência militar britânica nos Estados Unidos: “Tem o
coronel House sido capaz de determinar se o presidente favorece simpatias com
as aspirações sionistas conforme perguntei em meu telegrama de 03 de setembro?
Nós ficaríamos muito gratos por uma resposta antes de 17 de setembro que é o
Ano Novo judaico, e um anúncio de simpatia em antes ou mesmo na data teria um
efeito excelente.” Mas antes de ser enviado, um telegrama do coronel House
datado de 11 de setembro alcançou o Ministério das Relações Exteriores.
Wilson tinha sido abordado, conforme solicitado e tinha
expressado a opinião de que “o momento não era oportuno para qualquer afirmação
definitiva além, talvez, de uma simpatia, desde que possa ser feita sem conceder
qualquer compromisso real.” Presumivelmente, uma declaração formal pressuporia
a expulsão dos turcos da Palestina, mas os Estados Unidos não estavam em guerra
com a Turquia, e uma declaração implicando anexação excluiria uma paz ainda
separada e precoce com aquele país.158
Em um discurso amplamente divulgado em Cincinnati em 21
de maio de 1916, depois de desistir temporariamente de sua nomeação como
embaixador na Turquia, em favor de um colega judeu, Henry Morgenthau tinha
anunciado que ele havia sugerido recentemente ao Governo turco que a Turquia
deveria vender a Palestina aos sionistas depois a guerra. A proposta, segundo
ele, havia sido bem recebida, mas sua publicação causou raiva na Turquia.159
Weizmann ficou “muito atônito” nessa notícia,
especialmente conforme ele tinha “ligado para Brandeis pedindo-lhe que use a
sua influência em nosso favor... Mas até agora não ouvi nada de Brandeis.”161
Em 19 de setembro Weizmann telegrafou para Brandeis:
O seguinte texto de declaração foi aprovado pelo Ministério das Relações Exteriores e primeiro-ministro e submetido ao Gabinete de Guerra:
1.O Governo de Sua Majestade aceita o princípio de que a Palestina deve ser reconstituída como o lar nacional do povo judeu.
2. O Governo de Sua Majestade vai usar os seus melhores esforços para assegurar a realização do objeto e vai discutir os métodos e meios necessários com a Organização Sionista.162
Weizmann sugeriu que a oposição não-sionista deveria ser
prevenida, e nisso iria “ajudar grandemente se o presidente Wilson e você mesmo
apoiar o texto. Assunto mais urgente.”163
Junto com essa ele enviou mensagens para dois líderes sionistas em Nova Iorque,
pedindo-lhes para “ver Brandeis e Frankfurter afim de discutir imediatamente os
meus últimos dois telegramas com eles,” adicionando que pode ser necessário que
ele mesmo venha para os Estados Unidos.164
Brandeis viu House em 23 de setembro e rascunhou uma
mensagem, enviada no dia seguinte através do Gabinete de Guerra britânico. Ela
aconselhava que o apoio presidencial seria facilitado se os franceses e os
italianos inquirissem, perguntado sobre a atitude da Casa Branca, mas ele
seguiu isto no mesmo dia com outro cabograma declarando que a partir de
conversas anteriores com o presidente e, na opinião de seus conselheiros mais
próximos, ele poderia dizer com segurança que Wilson estaria em completa
simpatia.165
Assim, Brandeis tinha ou persuadido Wilson que não havia
nada no rascunho da declaração (Rothschild), de 19 de setembro, o qual poderia
ser interpretado como “trazendo o conteúdo de qualquer comprometimento real”, o
que é difícil de acreditar, ou ele tinha induzido o presidente a mudar de ideia
sobre o tipo de declaração que pudesse aprovar ou estava certo que ele e House
poderiam assim fazer.166
Em 7 de fevereiro de 1917, Stephen
Wise tinha escrito para Brandeis: “Eu enviei o memorando para o coronel House
cobrindo a nossa pergunta, e ele escreve: ‘Espero que o sonho que você tem
possa logo tornar-se uma realidade.’”167
Em outubro, depois de ter visto House juntamente com Wise, De Haas reportou
para Brandeis: “Ele nos tem dito que ele estava tão interessado no nosso
sucesso quanto nós mesmos.” Para Wilson, House declarou que “Os judeus de todas
as tribos desceram com força, e eles parecem determinados a arrombar com um
pé-de cabra, se eles não forem deixados entrar.”168 Um novo rascunho de declaração tinha sido
preparado. Wilson teve de apoiá-lo.
Em 9 de outubro de 1917, Weizmann telegrafou novamente
para Brandeis de Londres sobre as dificuldades com os “assimilantes” da
Oposição: “Eles tinham encontrado um excelente campeão... no Sr. Edwin Montagu,
que é um membro do Governo {britânico} e certamente fez uso de sua posição para
injuriar a causa sionista.”169
Weizmann também telegrafou para Brandeis uma nova fórmula
(Milner-Amery). O mesmo esboço foi cabografado por Balfour para House em
Washington em 14 de outubro:
O Governo de Sua Majestade vê com favor o estabelecimento na Palestina de um lar nacional para a raça judaica e vai usar seus melhores esforços para facilitar a realização desse objetivo; sendo claramente entendido que nada será feito que possa prejudicar os direitos civis e religiosos das comunidades não-judias existentes na Palestina ou os direitos e estatuto político desfrutado em qualquer outro país por tais judeus que estão plenamente satisfeitos com a sua nacionalidade e cidadania existente.170
Isso foi reforçado por um telegrama da Embaixada dos EUA
em Londres direto para o Presidente Wilson (não passando pelo Departamento de
Estado), afirmando que a “questão de uma mensagem de simpatia com o movimento
(sionista)” estava sendo reconsiderada pelo Conselho de Ministros britânico “em
vista dos relatórios que (o) Governo alemão está fazendo grandes esforços para
capturar (o) movimento sionista.”171
Brandeis e seus associados acharam o rascunho
insatisfatório em duas particularidades. Eles não desgostaram da parte da
segunda cláusula do rascunho sobre a salvaguarda, a qual dizia: “por esses
judeus que estão plenamente contentes com a sua nacionalidade e cidadania
existentes,” e substituíram “os direitos e estatuto político civil, usufruídos
pelos judeus em qualquer país.” Em adição, Brandeis, aparentemente, propôs a
mudança de “raça judaica” para “povo judeu.”172
Jacob
de Haas, o então Secretário Executivo do Comitê Sionista Provisório, tinha
escrito que a pressão para emitir a declaração era estava vindo dos líderes
sionistas ingleses: “eles, aparentemente, necessitaram-na para estabilizar a
sua posição contra o antissionismo local. Se os sionistas americanos estavam ansiosos
sobre isso, Washington agiria.” De Haas continua:
Então, numa manhã o Barão Furness {Marmaduke Furness, 1883-1940}, um dos representantes não ostentativos da Inglaterra, trouxe para 44 East-23rd Street, naquele tempo o quartel general da Organização Sionista, o rascunho final pronto para emissão. A linguagem da declaração aceita pelos sionistas ingleses, baseada como foi na teoria de descontentamento era inaceitável para mim. Eu informei o Juiz Brandeis dos meus pontos de vista, chamei o Dr. Schmarya Levin e procedi a mudar o texto. Em seguida, com o Dr. Wise, eu corri até o coronel House. Dessa vez, ele tinha vindo falar do sionismo como “nossa causa.” Calmamente ele leu minha mudança de proposta, discutiu os pontos positivos e prometeu ligar para o Presidente Wilson em sua linha privada e instar a mudança. Ele cabografou ao Conselho de Ministros britânico. No dia seguinte, ele me informou que o presidente tinha aprovado. Eu tinha negócios naquele final de semana em Boston e foi por telefone que minha secretária em Nova Iorque leu para mim a forma final como foi repassada por cabograma de Londres. Era o texto conforme eu tinha alterado.173
“Parece claro”, escreveu Stein, “que não foi sem alguma
insistência de House que Wilson finalmente autorizou uma resposta favorável ao
inquérito britânico.” Sir William Wiseman {da Inteligência Britânica}, “que era
persona grata tanto com o presidente
como com o House, foi confiado pelo Ministério das Relações Exteriores para
lidar com a declaração no lado americano. A lembrança de Sir William é que o
coronel House foi influente em trazer o assunto à atenção do presidente e
persuadi-lo a aprovar a fórmula.”174
Em 16 de Outubro de 1917, depois de uma conferência com
House, Wiseman telegrafou para o secretário particular de Balfour: '”O coronel
House colocou a fórmula perante o Presidente, que a aprova, mas pede que não se
mencione essa aprovação quando o Governo de Sua Majestade fizer a fórmula
pública, conforme ele tinha arranjado para que os judeus americanos pedissem a
ele pela aprovação, a qual ele vai publicamente dar aqui.”175
O obscuro Edward M. House (a esquerda, cerca de 1915), conselheiro do presidente dos EUA Woodrow Wilson (centro, em abril de 1917 na declaração de guerra à Alemanha), e o ministro da Suprema corte, o judeu Louis Dembitz Brandeis (direita). House e Brandeis, sendo a máxima influência sobre o presidente Wilson, não eleitos pelo povo, e relativamente desconhecidos do grande público, canalizavam as ordens do sionismo para a formulação da política dos EUA pró-sionismo, pró-Palestina para local do Estado judaico. Crédito das fotos: Edward M. House, domínio público, Wikipedia; Woodow Wilson, The Irish Times; Louis Dembitz Brandeis, Encyclopaedia Britannica.} |
A Declaração de Balfour, como declarada, foi emitida em 2
de novembro de 1917. Seu texto, aparentemente tão simples, tinha sido preparado
por alguns dos mais talentosos homens no ofício de redação legal. Folhetos
contendo a sua mensagem foram jogados por ar sobre a Alemanha e a Áustria e no
cinturão judaico desde a Polônia até o Mar Báltico.
Sete meses se passaram desde que a América entrou na
guerra. Foi um triunfo memorável para o sionismo, e alguns acreditam que, para
os judeus.
Por outro lado, dois meses antes da declaração, Sokolow
tinha escrito sobre uma acentuada baixa em “le filo-sémitisme d'autrefois {o
filo-semitismo do passado}”, atribuída por alguns a impressão de que os judeus
russos foram a mola mestra do bolchevismo*k;
e no dia em que foi emitido, The Jewish
Chronicle queixou-se de uma “campanha antissemita que uma parte da imprensa
neste país, indiferente aos interesses nacionais, está sedutoramente conduzindo”176. Só permaneceram certas cortesias
para serem efetuadas. Em novembro 1917, Weizmann escreveu uma carta de
agradecimento a Brandeis:
“... Eu dificilmente necessito dizer como nós todos nos alegramos com este grande evento e como todos nós nos sentimos gratos pela a ajuda valiosa e eficiente que você emprestou para a causa na hora crítica... Uma vez mais, caro Sr. Brandeis, eu tomo humildemente a liberdade em apresentar a você as nossas congratulações com o máximo de nosso coração, não só em meu próprio nome, mas também em nome dos nossos amigos aqui – e que esta criação de época seja um início de um grande trabalho para o nosso povo intensamente maturado na dificuldade e também para humanidade.”177
Os outros principais governos aliados foram abordados com
pedidos de pronunciamentos semelhantes. Os franceses simplesmente apoiaram o
Governo britânico em um curto parágrafo em 9 de fevereiro de 1918. O apoio
italiano foi contido em uma nota datada de 09 de maio de 1918 ao Sr. Sokolow
pelo seu embaixador em Londres, no qual destacou as divisões religiosas das
comunidades, agrupando “um centro nacional judeu” com as “comunidades
religiosas existentes.”
Em 31 de agosto de 1918, o presidente Wilson escreveu ao
rabino Wise “para expressar a satisfação que tenho sentido no progresso do
movimento sionista... Desde... a aprovação da Grã-Bretanha do estabelecimento
na Palestina de um lar nacional para o povo judeu.” Brandeis juntou-se ao
deleite sionista no endosso do presidente e escreveu: "Desde a carta do
presidente, antissionismo está perto de se tornar deslealdade e o não-sionismo
está se tornando menos rígido.”178 Os
Judeus não-sionistas agora tinham um tempo difícil se eles quisessem disseminar
os seus pontos de vista; se eles não poderiam apoiar o sionismo, foram-lhes
pedido, pelo menos, a permanecerem em silêncio.
Em 30 de junho de 1922, a seguinte resolução foi aprovada
pelo Congresso dos Estados Unidos:
Favorecer o estabelecimento na Palestina de um lar nacional para o povo judeu;
Resolvido pelo Senado e pela Câmara dos Representantes dos Estados Unidos da América no congresso reunido. Que os Estados Unidos da América favorecem o estabelecimento na Palestina de um lar nacional para o povo judeu, sendo claramente entendido que nada será feito o qual deva prejudicar os direitos civis e religiosos dos cristãos e todas as outras comunidades não-judaicas na Palestina, e que os lugares santos e edifícios religiosos e sítios na Palestina devem ser protegidos de forma adequada. [GG]
Todas as pessoas tendem a ver o mundo e seus eventos em
termos de suas próprias experiências, ideias e preconceitos. Isso é natural. É
um fato usado por políticos mestres e manipuladores da opinião que formam os
seus apelos em tal conformidade. O caso da Declaração de Balfour é um exemplo
fascinante de um esquema que apresenta uma multiplicidade de imagens de acordo com
a faceta da mente na qual ela refletia.
Haviam críticos da Declaração de Balfour, embora entre a
cacofonia de muitos eventos competindo pela atenção, poucos, se não seus
beneficiários concentraram sobre o significado do que estava sendo oferecido.
Um deles foi o líder judeu e estadista Mr. Edwin Montagu, que não tinha nenhum
desejo de que os judeus devessem ser considerados uma raça separada e uma
nacionalidade distinta.181 O
outro era Lorde Curzon {George Nathaniel Curzon (1859-1925}}, que se tornou
ministro das Relações Exteriores, no final de outubro 1918. Ele preparou um
memorando datado em 26 de outubro de 1917, no penúltimo e último rascunho da
Declaração de Balfour e documentos relacionados, e veiculou-o no Conselho de
Ministros. Era intitulado “O Futuro da Palestina”. Aqui estão alguns extratos:
Não estou preocupado em discutir a questão em disputa entre os judeus sionistas e antissionistas. Só estou preocupado nas questões práticas mais imediatas:
(a) Qual é o significado da frase “um lar nacional para a raça judaica na Palestina”, e qual é a natureza da obrigação que vamos assumir, se aceitarmos isso como um princípio da política britânica?
(b) Se essa política for buscada, quais são as chances de sua realização bem-sucedida?
Se eu procurar a guia da última coleção de papéis circulado (The Zionist Movement, G.-164) eu encontro um desacordo fundamental entre as autoridades citadas lá como para o alcance e natureza dos seus intuitos.
Um “lar nacional para o povo ou raça judaica” pareceria, se as palavras devem sustentar o seu significado comum, implicar um lugar onde os judeus podem ser reunidos como uma nação, e onde irão desfrutar dos privilégios de uma existência nacional independente. Essa é claramente a concepção daqueles que, como Sir Alfred Mond {o judeu sionista Alfred Moritz Mond*l}, falam da criação na Palestina de um “Estado judeu autônomo”, palavras as quais parecem contemplar um Estado, ou seja, uma entidade política, composta por judeus, governada por judeus, e administrado principalmente no interesse dos judeus ...
A mesma concepção parece estar subjacente à várias outras das frases empregadas nestes documentos, por exemplo, quando nos é dito que a Palestina é para tornar-se “uma casa para a nação judaica”, “um lar nacional para a raça judaica”, “uma Palestina judaica”, e quando lemos sobre “o reassentamento da Palestina como um centro nacional”, e “a restauração da Palestina para o povo judeu”, todas essas frases são variantes da mesma ideia, viz., a recriação da Palestina como foi antes dos dias de dispersão.
Por outro lado, Lorde Rothschild, quando ele fala da Palestina como “uma casa onde os judeus poderiam falar a sua própria língua, ter a sua própria educação, sua própria civilização, e instituições religiosas sob a proteção de governos aliados,” parece postular uma forma de existência política muito menos definitiva, uma, de fato, que é bastante compatível com a existência de um governo estrangeiro (contanto que ele não seja turco)...
Agora, no que se refere população, qual é a capacidade da Palestina dentro de qualquer período razoável de tempo? Sob os turcos não existe Palestina tal como um lugar ou país, porque ela está dividida entre o sanjak {nome de uma divisão administrativa do Império Otomano} de Jerusalém e os vilayets {nome de uma outra divisão administrativa do Império Otomano} da Síria e Beirute. Mas deixe-nos assumir, que ao falar da Palestina, no presente contexto, nós queremos dizer a velha escritural Palestina, que se estende desde Dã {seria uma cidade bíblica no extremo norte de Israel, atualmente um kibutz} até Bersebá {centro-sul de Israel}, ou seja, {usando os nomes atuais} a partir de Banias {cerca de 150 km ao norte de Jerusalém e c. 60 km a sudoeste de Damasco} até Beersheba’... uma área de menos de 10.000 milhas quadradas. O que vai se tornar das pessoas deste país, assumindo que os Turcos sejam expulsos, e os habitantes não sejam exterminados pela guerra? Há mais de meio milhão destes árabes sírios – uma comunidade mista com sangue árabe, hebraico, cananita, grego, egípcio, e possivelmente de sangue dos cruzados. Eles e os seus antepassados ocuparam o país durante a maior parte de 1500 anos. Eles são os donos da terra, que pertencem tanto aos proprietários individuais ou as comunidades das vilas. Eles professam a fé maometana. Eles não vão se contentar ou de serem desapropriados para imigrantes judeus, ou de atuarem apenas como cortadores de lenha e carregadores de água para estes últimos.
O Sr. Hamilton Fish {o importante congressista americano
Hamilton Stuyvesant Fish (1888-1991)} replicou: “Como autor da primeira
resolução sionista padronizada na Resolução Balfour, eu denuncio e repudio as
declarações de Ben Gurion como inconciliáveis com a minha resolução tal como
adotada pelo Congresso, e se eles representam o Governo de Israel e a opinião
pública de lá, então vou negar publicamente o meu apoio à minha própria
resolução, já que não quero ser associado a tais doutrinas antiamericanas.”180
{Adendos
da parte 3}
[X] Nascido na Romênia em
1856, a sua presença imponente e escolaridade, combinada com “uma maneira
oracular sugerindo que ele tinha acesso aos mistérios escondidos dos outros,
tinham-lhe feito uma figura importante nos Congressos Sionistas e em
plataformas sionistas na Inglaterra e no exterior.” Foi calculado que Sykes
ficaria impressionado com sua personalidade e conhecimento.*m
[Y] Estes incluíram o
líder socialista, Jules Guesde {1845-1922}, que se juntou Governo Nacional de
Viviani {Jean Raphaël Adrien René Viviani (1863-1925)} como Ministro de Estado;
Gustave Herve (1871-1944}: o publicitário e o futuro ministro {Anatole} de
Monzie {1876-1947}; e outros.
[Z] Privadamente, Sokolow
se ressentia de Malcolm como “um estranho no centro do nosso trabalho”, que era
“imbuído com um espírito de um tipo gói {de um tipo não judeu}.”130
[BB] A nota francesa representou
uma derrota para o “Partido Sírio” no governo que acreditava em domínio francês
sobre toda a área. Isso não foi apenas devido às fortes representações de
Sykes, em nome de seu Governo, mas foi assistida por àquelas do Barão Edmond de
Rothschild,132 que prevaleceram sobre
a Aliance Israélite a apoiar a causa
sionista.
O resultado das conversas
não menos bem-sucedidas em Roma e no Vaticano foram conectadas à Organização
Sionista através de linhas sob controle britânico.133
[CC] O uso do termo
“National Home” {Lar Nacional} foi uma continuação do eufemismo deliberadamente
adotado desde o primeiro Congresso Sionista, quando o termo “Heimstaette” foi
usado em vez de qualquer uma das possíveis palavras alemãs significando
“Estado”. Naquela época, seu propósito foi para não provocar a hostilidade dos
judeus não-sionistas.151
O autor ou inventor do
termo “Heimstaette” foi Max Nordau que cunhou-o “para enganar pela sua
brandura” até que “não haja nenhuma razão para dissimular o nosso objetivo
real.”152
{O relativamente então popular judeu Max Nordau cunhou um termo para expressar os anseios do sionismo formulado “para enganar pela sua brandura” até que “não haja nenhuma razão para dissimular o nosso objetivo real.” Foto de domínio público - Wikipedia.} |
A tradução árabe de
“National Home” {Lar Nacional} ignora a sutileza intencionada, e as palavras
utilizadas: Watan, qawm e Sha'b, são muito mais fortes em significado do que uma noção
abstrata de governo.153
[DD] (1879-1924). Seu
pai, o primeiro Lord Swaythling, e o pai de Herbert Samuel eram irmãos.
[EE] Rufus Isaacs, um
advogado judeu, que tinha rapidamente ascendido sua fama em sua profissão e,
então, na política. Este foi um período em que as elevações à nobreza por
assistência política e financeira para o partido no poder eram tão numerosos
que todo o sistema de nobreza britânica foi enfraquecido. Em 1916, Isaacs era
um visconde; em 1917, um conde.
[FF] Entrou na Kuhn, Loeb
& Co. em 1921, e foi responsável por sua ligação com os bancos de Londres,
e era “encarregado de financiar várias grandes empresas.”160
[GG] Este foi introduzido
pelo Sr. Hamilton Fish. Sua interpretação de sua ação foi esclarecida 38 anos
mais tarde, quando os sionistas mundiais realizaram o seu 25º Congresso em
Jerusalém. David Ben Gurion, como primeiro-ministro de Israel, em seu discurso
na reunião, declarou: “todo judeu religioso tem diariamente violados os
preceitos do judaísmo, permanecendo na diáspora”; e, citando a autoridade dos
sábios judeus, disse: “Quem mora fora da terra de Israel é considerado como
tendo nenhum deus.” Ele acrescentou: “O judaísmo está em perigo de morte por
estrangulamento. Nos países livres e prósperos ele enfrenta o beijo da morte,
um declínio lento e imperceptível para o abismo da assimilação.”179
Tradução
e palavras entre chaves por Mykel Alexander
Notas
113
Nota de Robert John: Antonius, The Arab
Awakening, página 263.
114
Nota de Robert John: Taylor. Alan,
Prelude to Israel (New York: Philosophical Library, 1959), página 19.
115
Nota de Robert John: The ESCO Foundation, Palestine: A Study of Jewish, Arab and British Policies, Vol. I, páginas 92-93
117
Nota de Robert John: The ESCO Foundation, Palestine: A Study of Jewish, Arab and British Policies, Vol. I, página 94.
118a Nota de Robert John: {Leonard}
Stein, página 509 citando os registros de Brandeis.
*g Nota de Mykel Alexander: Sobre a
participação judaica na chamada “Revolução” Russa ver:
- The Jewish
Role in the Bolshevik Revolution and Russia's Early Soviet Regime - Assessing
the Grim Legacy of Soviet Communism, por Mark Weber, The Journal of Historical Review, janeiro-fevereiro de 1994 (Vol.
14, Nº 1), páginas 4-22.
Em português como:
- A liderança judaica na Revolução Bolchevique e o
início do Regime soviético - Avaliando o sinistro legado do comunismo
soviético. World Traditional Front
(publicação programada para 2020). Tradução por Mykel Alexander.
119 Nota de Robert John: New York Times, 24 de março de 1917.
120 Nota de Robert John: United
States: State Department Document 861.00/288, 19 de março de 1917.
*h Nota de Mykel Alexander:
- Naomi W. Cohen, Jacob
H. Schiff – A Study in American Jewish Leadership, Brandeis University
Press, Hanover (EUA), 1999. Sobre
a declaração de Jacob H. Schiff ver página 208.
*i Nota de Mykel Alexander: Sobre as
aproximações do judeu Jacob H. Schiff e de financistas de Wall Street com a
chamada “Revolução” Russa ou, em outras palavras, Revolução Bolchevique ver:
- Wall
Street & the March 1917 Russian Revolution, por Kerry Bolton, Ab Aeterno: Journal of the Academy of Social
and Political Research, nº 2, março de 2010.
Em português:
- Wall Street & a Revolução Russa de março de
1917, por Kerry Bolton, 23 de setembro de 2018, World Traditional Front.
- Wall
Street & the November 1917 Bolshevik Revolution, por Kerry Bolton, Ab Aeterno: Journal of the Academy of Social
and Political Research, nº 2, outono de 2010.
Em português:
- Wall Street e a Revolução Bolchevique de Novembro de
1917, por Kerry Bolton, 14 de outubro de 2018, World Traditional Front. Tradução por Mykel Alexander.
Sobre
as aproximações do judeu e banqueiro Alexander Lvovich Parvus com a chamada
“Revolução” Russa ou, em outras palavras, Revolução Bolchevique ver:
- Z.A.B.
Zeman and W.B. Scharlau, The Merchant of
Revolution: The Life of Alexander Israel Helphand (Parvus), 1867-1924.
London: Oxford University Press, 1965. Especialmente
o capítulo: Revolution in Russia. As passagens abaixo, por exemplo, são bem
significaticas:
“Em Estocolmo, ele passou a maior parte do tempo com os
membros da Missão Estrangeira Bolchevique {Karl Radek e Jakob Fürstenberg eram
judeus e apenas V. V. Vorovski possuía antecedentes poloneses}: de fato,
parecia que ele próprio era um deles.” (página 219).
“Fora as atividades de propaganda e inteligência, essa
equipe bolchevique toda polonesa {Karl Radek e Jakob Fürstenberg eram judeus, e
apenas V. V. Vorovski, possuía antecedentes poloneses}, cuidadosamente
selecionada, servia outra função. Foi usada para o propósito de canalizar
dinheiro para os cofres do partido bolchevique na Rússia. {O banqueiro judeu} Helphand era a principal
– se não a única – fonte dessa munificência; se os bolcheviques pensavam que
Helphand ainda lhes devia dinheiro com os royalties de Gorki, agora estava
sendo pago a eles, e da maneira mais generosa.” (página 220).
- How
Germany got the Russian Revolution off the ground, por Volker Wagener, 07 de
novembro de 2017, Deutsche Welle.
120a Nota de Robert John: {Leonard}
Stein, página 332, nota de rodapé.
*j Nota de Mykel Alexander: Como complemento
em relação às atividades de Mark Sykes e François Picot ajudando o projeto
sionista em detrimento dos árabes ver:
- Roots of
Present World Conflict Zionist Machinations and Western Duplicity during World
War I, por Kerry R. Bolton, The
Incovenient History, vol. 6, nº 3, 2014 (na internet em 29 de Agosto de
2014).
- Raízes do Conflito Mundial Atual – Estratégias
sionistas e a duplicidade Ocidental durante a Primeira Guerra Mundial, por
Kerry Bolton, 02 de dezembro de 2018, World
Traditional Front. Tradução de Mykel Alexander.
121 Nota de Robert
John: {Mark} Sykes, Two Studies in Virtue,
página 196.
122 Nota de
Robert John: {Joseph Mary Nagle} Jeffries, Palestine:
The Reality, página 140. {Leonard}
Stein, The Balfour Declaration,
página 396, nota de rodapé 10.
123 Nota de Robert John: {Leonard}
Stein, The Balfour Declaration,
páginas 396-397.
124 Nota de Robert John: {Leonard}
Stein, The Balfour Declaration,
página 394, nota de rodapé 3.
125 Nota de Robert John: Carta de
Sokolow a Weizmann, citada em {Leonard Stein,} The Balfour Declaration, página 400, nota de rodapé 27.
126 Nota de Robert John: {Leonard}
Stein, The Balfour Declaration, página
400, nota de rodapé 29.
127 Nota de
Robert John: Landman, S., em World Jewry,
Balfour Declaration: Scent Facts Revealed (London: Independent Weekly
Journal 1935), 1 de março de 1935.
128 Nota de Robert John: Les Origines de la Déclaration Balfour,
Question d'Israel (Paris, 1939), Vol. 17, página 680 (Tradução).
129 Nota de Robert John: Ibid., Les Origines de la Déclaration Balfour, Question d'Israel (Paris,
1939), Vol. 17, página 680 (Tradução).
135 Nota de
Robert John: Dugdale, Blanche E.C., Arthur
James Balfour (London, Hutchinson, 1936), Vol, II. página 231.
137 Nota de Robert John: The Times (Londres), 24 de maio de 1917.
138 Nota de Robert John: The Times (Londres), 28 de maio de 1917.
139 Nota de
Robert John: {Joseph Mary Nagle} Jeffries, Palestine:
The Reality, página 148.
142 Nota de
Robert John: {Chaim} Weizmann, Trial and
Error, página 179.
143 Nota de Robert John: {Leonard}
Stein, página 462.
144 Nota de Robert John: Ibid., {Leonard Stein, página 462.}
145 Nota de Robert John: Ibid., {Leonard Stein, página 462.}
146 Nota de Robert John: Ibid., {Leonard Stein,} páginas 463-64.
147 Nota de
Robert John: {William} Yale, The Near
East: A Modern History, página 241. Também artigo de William Yale em World Politics (New Haven: April 1949),
Vol. I, Nº 3, páginas 308-320 em ‘Ambassador Morgenthau's Special Mission of
1917’; {Leonard} Stein, The Balfour
Declaration, páginas 352-360.
148 Nota de
Robert John: {Alpheus Thomas} Mason, Brandeis,
A Free Man's Life, página 453.
150 Nota de
Robert John: {Joseph Mary Nagle} Jeffries, Palestine:
The Reality, páginas 163-164.
154 Nota de
Robert John: {Leonard} Stein, The Balfour
Declaration, página 526.
155 Nota de
Robert John: {Alpheus Thomas} Mason, Brandeis,
A Free Man's Life, página 673.
156 Nota de Robert John: {Leonard}
Stein, The Balfour Declaration,
página 504, nota de rodapé 5.
157 Nota de
Robert John: Seymour, Charles (ed. by), The
Intimate Papers of Col. House (New York: Houghton Mifflin, 1926), páginas
161, 174.
158 Nota de Robert John: {Leonard}
Stein, The Balfour Declaration,
páginas 504-505, nota de rodapé 5, 7.
159 Nota de Robert John: The Jewish Chronicle, 26 de maio de
1916. Em uma comunicação pessoal, o professor W. Yale observa que o editor do
Cairo, Dr. Faris Nimr, disse a ele que Morgenthau conversara com o quedive
Abbas Hilmi, em 1914, sobre um papel na promoção da cessão da Palestina ao
Egito.
161 Nota de
Robert John: Chaim Weizmann Papers em Stein, The Balfour Declaration, página 506.
162 Nota de
Robert John: {Alpheus Thomas} Mason, Brandeis,
A Free Man's Life, página 453.
163 Nota de
Robert John: Ibid. {Alpheus Thomas
Mason, Brandeis, A Free Man's Life},
página 453. {Leonard}
Stein, The Balfour Declaration,
página 506.
164 Nota de Robert John: Brandeis para
de Haas e Lewin-Epstein. 20 de setembro de 1917, Brandeis Papers, em {Leonardo} Stein, The Balfour Declaration, página 506.
165 Nota de Robert John: Ibid. {Brandeis Papers, em Leonardo Stein, The Balfour Declaration, página 506}, Brandeis para House, 24 de
setembro de 1917.
166 Nota de Robert John: {Leonard}
Stein, The Balfour Declaration,
página 507-508.
167 Nota de Robert John: The Brandeis Papers em {Leonard} Stein, The Balfour Declaration, página 509.
168 Nota de
Robert John: The Wilson Papers em
Stein, The Balfour Declaration,
página 509.
171 Nota de Robert John: Adler. ‘The Palestine Question in the Wilson Era,’
páginas 305-306. Citado em {Leonard} Stein, The
Balfour Declaration, página 528.
172 Nota de
Robert John: Ver ‘The Zionist-Israel Juridical claims to constitute “The Jewish
people” nationality entity and to confer membership in it: Appraisal in public
international law.’ W.T.
Mallinson, Jr., George Washington Law
Review, Vol. 32, Nº 5, (junho de 1964), páginas 983-1075, particularmente
página 1015.
173 Nota de Robert John: The New Palestine publicada pela Zionist
Organization of America, 28 de outubro de 1927, páginas 321, 343.
174 Nota de Robert John: William
Wiseman para Leonard Stein, 7 de novembo de 1952: em {Leonard} Stein, The Balfour Declaration, página 529.
175 Nota de Robert John: em um
despacho datado de 19 de maio de 1919 de Balfour a Curzon, “A correspondência
com Sir William Wiseman em outubro de 1917” é mencionada como evidência de
endosso da Declaração de Balfour. Document
on British Foreign Policy, First Series, vol. IV, Nº 196, nota de rodapé 4,
página 281.
*k Nota de Mykel Alexander: Sobre a
participação judaica na chamada “Revolução” Russa ver:
- The
Jewish Role in the Bolshevik Revolution and Russia's Early Soviet Regime -
Assessing the Grim Legacy of Soviet Communism, por Mark Weber, The Journal of Historical Review,
janeiro-fevereiro de 1994 (Vol. 14, Nº 1), páginas 4-22.
Em português como:
- A liderança judaica na Revolução Bolchevique e o
início do Regime soviético - Avaliando o sinistro legado do comunismo soviético.
World Traditional Front (publicação
programada para 2020). Tradução por Mykel Alexander.
- Wall
Street & the March 1917 Russian Revolution, por Kerry Bolton, Ab Aeterno: Journal of the Academy of Social
and Political Research, nº 2, março de 2010.
Em português:
- Wall Street & a Revolução Russa de março de 1917,
por Kerry Bolton, 23 de setembro de 2018, World
Traditional Front.
- Wall
Street & the November 1917 Bolshevik Revolution, por Kerry Bolton, Ab Aeterno: Journal of the Academy of Social
and Political Research, nº 2, outono de 2010.
Em português:
- Wall Street e a Revolução Bolchevique de Novembro de
1917, por Kerry Bolton, 14 de outubro de 2018, World Traditional Front. Tradução por Mykel Alexander.
176 Nota de Robert John: {Leonard}
Stein, The Balfour Declaration,
páginas 561-562.
177 Nota de Robert John: {Alphoos
T.M.} Mason, Brandeis, A Free Man's Life,
página 454.
*l Nota de Mykel Alexander: Ver
entrada em:
- Mond,
Alfred Moritz (1868-1930) em Dan Cohn-Sherbok, Dictionary of Jewish biografphy, Continuum, Bodmin (GB), 2005.
- MOND
(Melchett), em Encyclopaedia Judaica,
Volume 14, Thomson/Gale, Farmington Hills, 2007, 2ª edição.
180 Nota de Robert John: Ibid. {The New York Times}, 14 de janeiro de 1961, 22:5.
*m Nota de Mykel Alexander: A
influência de Moses Gaster era tanta conforme se pode apreciar na colocação
abaixo (marcação em negrito minha), feita ainda em cerca de 1901-1906:
“Gaster está entre os líderes mais ativos do movimento
sionista na Inglaterra; e mesmo na Romênia, ele ajudou a estabelecer a primeira
colônia judaica na Palestina. Ele foi vice-presidente do primeiro Congresso da
Basiléia e tem sido uma figura
proeminente em cada congresso seguinte.”
Ver em:
- Joseph Jacobs e Goodman Lipkind, em Jewish Encyclopedia, volume 05/12, Funk and Wagnalls Company, Nova Iorque, 1903, Edição de Isidore Singer. Entrada GASTER, MOSES, página 574.
- Joseph Jacobs e Goodman Lipkind, em Jewish Encyclopedia, volume 05/12, Funk and Wagnalls Company, Nova Iorque, 1903, Edição de Isidore Singer. Entrada GASTER, MOSES, página 574.
130 Nota de Robert John: Tradução do
russo em Stein, The Balfour Declaration,
página 395
131 Nota de Robert John: {Leonard}
Stein, The Balfour Declaration,
página 414.
*n Nota de Mykel Alexander: Ver
entrada: Sonnino, Sidney (1847-1922) em Dan Cohn-Sherbok, Dictionary of Jewish biografphy, Continuum, Bodmin (GB), 2005.
132 Nota de
Robert John: {Mark} Sykes, Two Studies in
Virtue, página 211.
133 Nota de
Robert John: {Joseph Mary Nagle} Jeffries, Palestine: The Reality, página 141.
151 Nota de Robert John: De Haas,
Jacob, Theodor Herzl: A Biographical
Study (Chicago: University Press, 1927), Vol. I, páginas 194 e seguintes.
152 Nota de Robert John: Sykes, Two Studies in Virtue: sobre a base do
manuscrito de Nordeau, 'The Prosperity of
His Servant.' página 160, nota de rodapé 1.
153 Nota de Robert John: Sadaqu Najib,
Qadiyet Falastin (Beirut: 1946)
páginas 19, 31.
179 Nota de
Robert John: The New York Times, 8 de
janeiro de 1961, 53:6.
Journal of Historical Review, Inverno 1985-6 (Volume. 6, Nº 4), páginas 389-450, 498. Este trabalho foi apresentado pela primeira vez pelo autor na V Conferência do IHR, de 1983. Ele também foi a base para o livreto, Behind the Balfour Declaration: The Hidden Origin of Today's Mideast Crisis, publicado pelo Institute for Historical Review em 1988.
Sobre o autor: Robert John – Foi um analista de assuntos estrangeiros, historiador diplomático, autor e psiquiatra – foi educado na Inglaterra. Ele se formou na Universidade do Colégio de Londres King, e depois estudou no Middle Temple, Inns of Court em Londres. Ele foi o autor, com Sami Hadawi, de The Palestine Diary: British, American and United Nations Intervention, 1914-1948. Esta obra de dois volumes detalhados, publicado pela primeira vez em 1970, inclui um prefácio do historiador britânico Arnold Toynbee. Robert John morreu em 4 de junho de 2007, com 86 anos.
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Surpreendente, fico abismado como graduando em história, que fatos como esses não sejam mencionados por "Doutores", que colocam informações comprovaveis como estás na lata de lixo. Parabéns mais uma vez Mykel.
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