domingo, 26 de junho de 2022

O Caso Faurisson {polêmicas levantadas por refutarem a narrativa do alegado Holocausto} - por Arthur R. Butz

 

 Arthur R. Butz


VÉRITÉ HISTORIQUE OU VÉRITÉ POLITIQUE? por Serge Thion, 347páginas, La Vieille Taupe, Paris, 1980. Distribuído por Labyrinthe, 22 rue Rambuteau, 75003 Paris. 

Resenha do livro por Dr. Arthur R. Butz

Em outubro de 1978, l'Express, um semanário francês comparável ao Newsweek, publicou uma entrevista com Louis Darquier de Pellepoix, que tinha sido comissário para assuntos judaicos no governo de Vichy durante a ocupação alemã e que vive na Espanha desde a guerra. A atitude geralmente impenitente de Darquier, mais sua reivindicação de que as únicas criaturas gaseadas em Auschwitz tinham sido piolhos, desencadeou um alvoroço com dois focos, primeiro, o caráter supostamente ultrajante, irresponsável e talvez mesmo ilegal do ato de publicar tal entrevista e, segundo, o lamentável fato de que o exílio espanhol de Darquier fez impossível “pegá-lo.”

VÉRITÉ HISTORIQUE OU VÉRITÉ POLITIQUE? por Serge Thion, 347páginas, La Vieille Taupe, Paris, 1980. Distribuído por Labyrinthe, 22 rue Rambuteau, 75003 Paris.

Sob tais circunstâncias, era inevitável que a fúria dos profissionalmente esclarecidos se voltasse contra o Dr. Robert Faurisson, pois era sabido, embora quase esquecido, que ele mantinha opiniões semelhantes sobre as “câmaras de gás” e, além disso, estava situado em solo francês e possivelmente “pegável.” Deste modo, contra um pano de fundo de publicitários estridentes, uma multidão de pessoas violentas com postura criminosa, a maioria judeus se passando por estudantes, desceu na Universidade de Lyon-2, onde Faurisson é professor associado de literatura francesa (com especialidade em crítica de textos e documentos), e por causa de seus distúrbios, a Universidade suspendeu Faurisson de suas tarefas de ensino.

{Serge Thion (1942-2017) foi um sociólogo francês. Ex-pesquisador do Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica, ele foi demitido de seu cargo no centro de atividades por levantar pertinentes questionamentos quanto a veracidade do alegado Holocausto judaico. No entanto, seus questionamentos muito embasados nos resultados das pesquisas de Robert Faurisson foram ainda mais corroborados nos avanços dos trabalhos revisionistas, especialmente os de Fred A. Leuchter, Carlo Mattogno e Germar Rudolf.
Ver especialmente Germar Rudolf (Ed.), Dissecting the Holocaust - The Growing Critique of ‘Truth’ and ‘Memory’, Castle Hill Publishers, P.O. Box 243, Uckfield, N22 9AW, UK, novembro de 2019 (3ª edição revisada). 
Também ver de modo mais abrangente toda a série Holocaust Handbooks:

A campanha contra Faurisson não foi, no entanto, sem os seus aspectos positivos, pois como resultado de toda a atenção pública dada às suas opiniões alegadamente malévolas, o Le Monde, o equivalente francês do New York Times, sentiu-se obrigado – muito contra seu desejo – a dar a Faurisson um pouco de espaço para expressar suas visões. Embora tenha dado muito mais espaço ao outro lado, uma barreira importante foi quebrada e parece a este revisor que os defensores da lenda do “extermínio” sediados na França não se preocuparam em tentar esconder seu pânico. Isso é mostrado não apenas pelas expressões explícitas de pânico, por exemplo, no periódico Le Monde Juif, mas também pelo fato de que eles, agindo por meio de sua “LICA” (Liga Contra o Racismo e Antissemitismo), ajuizaram ação contra Faurisson por “danos” por conta de “falsificação da história,” um litígio que ainda está ativo enquanto escrevo aqui {então 1981}.

{Robert Faurisson (1929-2018) em uma conferência do Instituto for Historical Review no inicio dos anos da década de 1980, Na época do artigo presente artigo ele já tinha sido retirado de várias funções na Universidade de Lion em decorrência de levantar pertinentes questionamentos quanto a veracidade do alegado Holocausto judaico. No entanto, seus questionamentos foram ainda mais corroborados nos avanços dos trabalhos revisionistas, especialmente os de Fred A. Leuchter, Carlo Mattogno e Germar Rudolf.
Ver especialmente Germar Rudolf (Ed.), Dissecting the Holocaust - The Growing Critique of ‘Truth’ and ‘Memory’, Castle Hill Publishers, P.O. Box 243, Uckfield, N22 9AW, UK, novembro de 2019 (3ª edição revisada). 
Também ver de modo mais abrangente toda a série Holocaust Handbooks:

As relações de Faurisson com sua Universidade também ainda não têm sido resolvidas satisfatoriamente. Embora ele ainda ocupe formalmente seu cargo lá, desde o outono de 1979 ele foi de fato designado para uma escola por correspondência em Paris para tarefas claramente abaixo de suas qualificações.

O livro de Serge Thion consiste principalmente em uma exposição completa desse caso, mas também tratamos nós com algumas discussões de controvérsias públicas anteriores que cercaram Faurisson, das quais as primeiras, em suma, não diziam respeito a judeus ou à Segunda Guerra Mundial. Foi em 1961 que publicou o seu livrinho A-t-on lu Rimbaud? (Alguém leu Rimbaud?) O livrinho demonstrava interpretações eróticas, onde nenhuma havia sido vista antes, das “Voyelles” {Vogais} do poeta francês. A controvérsia que se seguiu foi realizada nos principais periódicos literários franceses. Uma medida da recepção dada à tese de Faurisson pode ser obtida pelo fato de que, como consequência, a grande editora francesa Hachette excluiu “Voyelles” de sua linha de livros escolares. O livreto foi reeditado em 1962 e 1971, com a adição de um resumo das reações ao livreto original. Em 1972, Faurisson publicou um longo livro apresentando novas interpretações de Lautréamont, intitulado At-on lu Lautréamont? Nada em tudo isso prefigurou seu envolvimento público posterior com o “Holocausto,” mas, em retrospecto, um certo terreno comum é claro, pois a literatura sobre o Holocausto apenas precisa ser lida, em vez de fixamente olhada em um semi-estupor, a fim de ser exposto pelo que é. Faurisson poderia, mas infelizmente não o fez, intitular parte do livro em análise como A-t-on lu “le journal d'Anne Frank”? {Você já leu “O Diário de Anne Frank”?}

Embora Faurisson tenha mantido interesse no assunto “Holocausto” desde que lendo Rassinier por volta de 1960, seu papel público como revisionista começou somente em 1974. Em abril, ele enviou cartas a várias dezenas de “historiadores e especialistas” conhecidos, em cada caso perguntando “as câmaras de gás hitleristas lhe parecem um mito ou uma realidade?” e fundamentando brevemente as dúvidas legítimas no tocante a sua realidade. Não era do conhecimento de Faurisson na época que um dos destinatários, o Dr. Kubovy, Diretor do Centro de Documentação Judaica em Tel-Aviv, havia falecido. No entanto, a carta para Kubovy chegou a um jornal israelense, o qual comentou sobre ela, foi então pega por um semanário judeu na França, e agitou alguns membros do corpo docente da filial do Censier da Sorbonne (onde Faurisson estava ensinando) na medida em que eles abordaram o assunto com o Reitor da Universidade, que então levou o assunto ao Senado Universitário, o qual declarou como consequência que

O presidente foi confrontado, por colegas, com a parição no semanário Tribune juive de um projeto assinado pelo Sr. Faurisson, que contém dúvidas inadmissíveis concernindo a existência dos campos de concentração nazistas. Agora este artigo foi escrito em papel timbrado da nossa Universidade (filial do Censier). Como uma consequência, o Presidente solicita ao Senado que o convide a dirigir, em seu nome, um total repúdio às alegações do nosso colega ao jornal em questão. O Senado aprova este empreendimento unanimemente.

Essa reação de um Senado Universitário supostamente responsável foi um prenúncio das controvérsias que viriam. Uma carta de Faurisson, sem intenção de publicação, e relatada em segunda mão, tornou-se “um artigo assinado pelo Sr. Faurisson.” Meras questões sobre a existência das câmaras de gás tornaram-se uma negação (“dúvidas,” depois “alegações”) da existência dos campos. Pessoas que nunca investigaram o assunto declararam as dúvidas de Faurisson “inadmissíveis.” Faurisson não foi convidado a apresentar qualquer defesa no decorrer das deliberações do Senado. A estupidez (para empregar a descrição mais caridosa) envolvida foi mesmo excedida dois anos depois pelo reitor da Universidade de Lyon-2 que, ao pedido de Faurisson para uma explicação sobre o motivo de sua promoção lhe ser negada, respondeu que Faurisson, “por sua própria admissão,” tinha nunca publicado nada em sua vida! Desde que os escritos de Faurisson sobre Rimbaud tinham abalado as estabelecidas convenções literárias francesas, qualquer pessoa com um desejo saudável de saborear o intelectualmente bizarro ou não familiar estaria mais ansiosa para conhecer a natureza das evidências que levaram o presidente a uma declaração tão bizarra. Foi isso. Reagindo às alegações de que ele era um “nazista,” Faurisson, em 12 de dezembro de 1975, enviou uma carta ao presidente, indicando, entre outras coisas, que ele nunca havia publicado nada que pudesse dar suporte a tal classificação. Ao suspender essa observação do contexto, a “evidência” do extravasamento intelectual aridamente estéril de Faurisson foi produzida!

O segundo furor sobre Faurisson como Revisionista veio no outono de 1978 nas circunstâncias já mencionadas. Atingiu um ponto crítico com a publicação no Le Monde (29 de dezembro de 1978) de um curto artigo dele. O significado deste desenvolvimento pode ser apreciado se notarmos que, embora o Le Monde tenha publicado em 17-18 de julho de 1977 um longo ataque ao livreto de Harwood {Did Six Million Really Die? The Truth at Last, 1974, de Richard Harwood, pseudônimo de Richard Verrall (1948 -)}, e embora todos os cânones da ética jornalística tenham decretado que o Le Monde deve, portanto, abrir suas colunas para controvérsia sobre o assunto, os repetidos esforços de Faurisson para publicar lá foram frustrados. Eu também escrevi uma carta ao Le Monde quando eu estava em Paris no final de julho de 1977; ela não foi publicada.

Para apreciar alguns desenvolvimentos do início de 1979, é necessário voltar um pouco no tempo para um episódio aparentemente irrelevante. Em maio de 1968, Paris foi palco de ruidosas manifestações de “estudantes” que alcançaram publicidade mundial. As questões específicas envolvidas não são de interesse aqui. Basta dizer que a causa dos manifestantes, no contexto da época, era de natureza “esquerdista” e que as questões eram substanciais o suficiente para suscitar muita polêmica e divisão em vários campos. Como os intelectuais, especialmente os de esquerda, costumam se pendurar em livrarias onde há probabilidade de encontrar pessoas de inclinações compatíveis, existia um grupo associado à livraria La Vieille Taupe (A Velha Toupeira); é referido aqui como o “grupo Guillaume,” em homenagem a Pierre Guillaume, o proprietário da loja de livros. O grupo se tornou proeminente por seu apoio aos manifestantes e inclui Serge Thion, autor do volume em revisão, e {o judeu} Jean-Gabriel Cohn-Bendit, irmão de “Danny-o-Vermelho {também judeu},” o líder das manifestações.

O grupo Guillaume manteve sua coesão e sua proeminência nos anos após a 1968. Os membros publicaram artigos frequentes no jornal diário Libération, e La Vieille Taupe tinha evoluído para uma editora. Desconhecido para Faurisson, Pierre Guillaume tinha também, por causa da leitura de Rassinier, mantido um interesse na lenda do “Holocausto.” Assim, quando a controvérsia surgiu no final de 1978, sendo Faurisson uma óbvia vítima da histeria, o grupo Guillaume tinha boas razões para apoiá-lo. No entanto, o terreno era bastante estranho para os membros do grupo, e mais frequentemente associado à Direita do que à Esquerda. Por outro lado, eles conheciam Faurisson pela reputação de homem de caráter benevolente e intelecto aguçado, cujas opiniões não podiam ser não levadas à sério.

O principal desenvolvimento para despedaçar qualquer reticência remanescente do grupo Guillaume parece ter sido uma tolice de duas páginas que apareceu no Le Monde em 21 de fevereiro de 1979, um artigo afirmando a lenda do extermínio, assinado por 34 historiadores.

Agora, há certamente circunstâncias em que é apropriado que um grande número de pessoas assine alguma declaração pública. Um exemplo é a breve declaração (reproduzida no livro de Thion), em apoio ao direito de Faurisson de pesquisar a lenda e condenando a campanha contra ele, que foi assinada por uma grande diversidade de pessoas, incluindo o autor {judeu} antissionista Alfred Lilienthal, o MIT linguista {e judeu} Noam Chomsky, o advogado de liberdades civis de Melbourne John Bennett e eu mesmo. Em tal instância, a importância deve ser encontrada não primariamente no texto envolvido, mas no número e na estatura das pessoas que o subscrevem. No entanto, uma suposta argumentação histórica longa, cujo texto é representado como transmitindo um conteúdo de esclarecimento sobre algum assunto, é outra coisa; não deve exigir as assinaturas de ninguém, mas daqueles que o escreveram. É de se perguntar por que 34 assinantes foram fornecidos para o artigo do Le Monde. Posso oferecer apenas uma hipótese para a lógica envolvida, melhor expressa por símile: se for descoberto que uma espada larga não é adequada para eliminar a mosca irritante que entrou na sala, então talvez 34 espadas largas façam o trabalho.

Se os 34 assinantes têm causado com que o leitor com discernimento se antecipasse estupidamente no texto, a expectativa foi confirmada. Com todo o efeito esclarecedor do Papa Pio IX anunciando o Sílabo dos Erros {documento católico do século XIX contendo dezenas de opiniões consideradas erradas pela autoridade da Igreja}, os 34 historiadores anunciaram que

Não é necessário imaginar como, tecnicamente, tal assassinato em massa foi possível. Foi tecnicamente possível porque ele aconteceu. Esse é o ponto de partida compulsório para toda investigação histórica sobre esse assunto. É apropriado que simplesmente repitamos esta verdade; não há e não pode haver qualquer debate sobre a existência das câmaras de gás.

Tal estupidez ardente (denunciada como “lógica absurda” por Cohn-Bendit) foi provavelmente, para o grupo Guillaume, uma convicção final da importância da posição de Faurisson. Guillaume apareceu com Faurisson na TV suíça de língua italiana, e La Vieille Taupe lançou novas edições de Rassinier de Le Mensonge d'Ulysse e Ulysse Trahi par les Siens; ambos tinham sido publicados pela última vez em 1961 por uma editora diferente.

Seguiu-se o volume em revisão, do qual metade consiste no resumo de Thion das controvérsias que cercaram Faurisson, com uma ênfase na maior, a iniciada no final de 1978. A segunda metade consiste em contribuições de Faurisson, das quais a mais interessante é seu estudo do Diário de Anne Frank.

{Embora o revisionismo histórico tenha já nos anos finais da década de 1970 exposto as incoerências contundentes do chamado Diário de Anne Frank, na mais fresca atualidade, em junho de 2022, os meios midiáticos ocidentais, com retaguarda de coerção e criminalização sobre questionamentos em vários temas de assuntos sócio-políticos, especialmente os vinculados ao alegado Holocausto judaico e suas implicâncias sócio-geo-políticas, tentam impor que tal Diário é uma obra literária que expõe fatos verídicos como um todo ou ao menos como a tônica da narrativa. Segundo a celebrada mídia alemã  Deutsche Welle ( artigo de Gabriela Schaf, de 14 de junho de 2022). O mencionado artigo coloca:

"Em 14 de junho de 1942, Anne Frank começava a escrever regularmente em seu diário, que havia recebido de presente dois dias antes, ao completar 13 anos. No livro, documentaria o tempo que passou escondida dos nazistas."

No entanto, lembrou o revisionista David McCalden (em carta ao editor do Detroit Free Press [referente a coluna Question & Answer, 08 de novembro de 1980 do mencionado jornal, Detroit Free Press] que em 09 de outubro de 1980 foi na mesma Alemanha descoberto que partes do manuscrito do Diário de Anne Frank estavam escritas em caneta esferográfica, utensílio disponível apenas a partir de 1951, enquanto a alegada autora do diário, a própria Anne Frank teria falecido de tifo em março1945 no campo de concentração de Bergen-Belsen, na Alemanha, (ver David McCalden [escrito sob o pseudônimo Lewis Brandon], carta ao editor do Detroit Free Press,  Journal For Historical Review, volume 2, nº 3, página 202). Este é um exemplo contundente das contradições que o revisionismo histórico evidenciou no caso do Diário de Anne Frank}.

Umas poucas palavras delineando a lenda de Anne Frank recebida estão em ordem. Ela nasceu em uma família de judeus alemães em 12 de junho de 1929. Em 1933 a família mudou-se para a Holanda e Otto Frank, pai de Anne, assumiu uma posição comercial em Amsterdã. Os alemães ocuparam a Holanda em 1940. No início de 1941, Otto Frank alegadamente começou a mover os pertences da família, peça por peça, para um local não divulgado ao resto da família, embora eles não foram informados de que o processo tinha como propósito os permitir “desaparecer” na hora certa. O desaparecimento supostamente ocorreu em 9 de julho de 1942.

O esconderijo é dito ter sido o prédio de Amsterdã (263 Prinsengracht), no qual o negócio de Otto Frank foi esquartejado. No primeiro andar ou térreo havia uma combinação loja-armazém. No que nós chamaríamos de segundo andar havia escritórios, usados por sócios de Frank que estavam a par de seu projeto. O esconderijo consistia nas partes traseiras do terceiro e quarto andares; o acesso ao esconderijo era por uma porta, disfarçada de armário, no terceiro andar. Aqui os Frank alegadamente viveram por mais de dois anos, com suprimentos sendo trazidos por amigos de confiança. Anne supostamente começou a manter um diário cerca de um mês antes da mudança para o esconderijo e continuou a mantê-lo após a mudança. Em 4 de agosto de 1944, descoberto o esconderijo, os Franks foram deportados para campos de concentração. O diário é dito ter sido passado despercebido pela polícia que vasculhou os bairros e foi recolhido mais tarde por amigos. Anne é dito ter morrido na epidemia de tifo que em incontrolável fúria atingiu Belsen pouco antes do fim da guerra. Otto Frank sobreviveu e retornou a Amsterdã via Odessa e Marselha. O Diário foi alegadamente retornado a ele pelos amigos e publicado em holandês em 1947. As traduções logo se seguiram; uma tradução para o inglês foi publicada em 1952.

É importante entender o que é e o que não é contestado na lenda de Anne Frank. Que os judeus estavam sendo deportados da Holanda e, consequentemente, tinham uma motivação para iludir os alemães, não é contestado. Faurisson afirma suas impressões:

... essa Anne Frank realmente existiu; era uma menina pequena sem grande caráter, sem personalidade forte, sem precocidade erudita (até o contrário), e ninguém suspeitava que ela tivesse talento para escrever; essa criança infeliz conhecia os horrores da guerra; ela foi presa pelos alemães...; sua mãe morreu na enfermaria de Birkenau em 6 de janeiro de 1945; sua irmã e ela foram, por volta de outubro de 1944, transferidas para o campo de Bergen-Belsen; Margot morreu de tifo; então Anne, por sua vez, sozinha no mundo, também morreu de tifo, em março de 1945.

...os Franks e, talvez, outros judeus viviam efetivamente nos fundos de Prinsengracht 263. Mas eles viviam lá muito diferentemente do que o Diário relata. Por exemplo, sem dúvida, eles viveram uma vida discreta, mas não como em uma prisão. Eles foram capazes de viver lá como muitos outros judeus que buscavam abrigo na cidade ou no campo. Eles procuravam obter “cobertura sem serem encobertos.” A aventura deles era lamentavelmente comum.

... a verdade me obriga a declarar que o Diário de Anne Frank é senão um simples embuste literário.

O que se contesta, portanto, é tanto a autenticidade do Diário quanto a autenticidade da vida alegada para os dois anos em questão. As lendas do “extermínio” e da “câmara de gás” não estão envolvidas em nenhum sentido direto; tal envolvimento é, na melhor das hipóteses, indireto, na medida em que o crédito como verdade continuado no Diário depende dos mesmos fatores políticos e sociais que sustentam a lenda do extermínio.

É útil observar aqui que a alegação amplamente divulgada de que Meyer Levin foi o autor do Diário é falsa e baseada na má interpretação do fato de que Levin estava envolvido na propagação da lenda de Anne Frank na língua inglesa, particularmente na adaptação para o palco, e processou Otto Frank nesta conexão. No entanto, Levin nunca afirmou ter nada a ver com a publicação holandesa original e é virtualmente certo que ele não o fez.

Os leitores interessados no Diário provavelmente já estão cientes de Anne Frank's Diary: a Hoax (IHR, 1980), de Ditlieb Felderer, e talvez já tenham aprendido que o Bundeskriminalamt {uma agência federal de investigações, dos governos da Alemanha e Áustria} da Alemanha Ocidental, tendo sido permitido por Otto Frank um breve exame, sob obstáculos e desvantagens significativas, do suposto manuscrito original, em 1980 na prefeitura de uma vila suíça, relatou de volta ao relevante tribunal da Alemanha Ocidental, entre outros, que certas anotações supostamente originais foram feitas com uma caneta esferográfica que não estava no mercado até 1951.

A data de 1951 não exclui a publicação em holandês em 1947, pois, como observa Faurisson, os textos das várias traduções não concordam entre si e com o original. O estudo de Faurisson é dividido a grosso modo em cinco fases: a crítica interna do Diário, inspeção do prédio de Amsterdã envolvido, entrevista com Otto Frank, exame da literatura relacionada e entrevistas com pessoas relacionadas. Destes cinco, o primeiro provavelmente interessará mais ao leitor tipicamente situado, porque os pontos envolvidos podem ser facilmente confirmados. A ênfase na crítica interna de Faurisson está na clara impossibilidade de manter o sigilo do esconderijo nas condições descritas. De acordo com o Diário, muitas pessoas que não têm conhecimento do segredo e que não são confiáveis, entram no prédio continuamente. Estes incluem a faxineira, os homens que trabalham no armazém no piso térreo e os visitantes dos escritórios diretamente abaixo dos alojamentos. As pessoas em edifícios adjacentes e vizinhos igualmente não são confiáveis. Consequentemente, os clandestinos devem tomar comprimidos de codeína para evitar tossir, “têm que sussurrar em dias comuns” e devem evitar usar o banheiro quando os visitantes estão no andar de baixo. Que tal jogo possa ser jogado com sucesso por dois anos é incrível e em certos pontos o Diário dá detalhes que tornam a coisa toda prepóstera, já que também aprendemos, por exemplo. que o aspirador de pó era usado no meio do dia sem objeções dos outros clandestinos, e que “o rádio... toca de manhã cedo e é ouvido a qualquer hora do dia, até nove, dez e muitas vezes onze horas da noite.” Também nos é dito que a propriedade do edifício mudou em fevereiro de 1943, mas que o novo proprietário foi permanentemente desviado da inspeção dos alojamentos, por um dos sócios de Otto Frank, sob a alegação de que este havia esquecido a chave!

Como um Sherlock Holmes histórico fazendo as perguntas simples e inesperadas, Faurisson mergulha a si mesmo e ao leitor em tudo isso e expõe a farsa esquálida (“supercherie”). Os Franks são apresentados instalando cortinas improvisadas logo após a chegada, para que os vizinhos não “vejam alguma coisa acontecendo.” Faurisson pergunta: “Agora, não é a instalação de cortinas, em janelas que até então não tinham até então nenhuma, a melhor maneira de sinalizar a chegada? Não é particularmente o caso se essas cortinas são feitas de peças diferentes? Mais basicamente, “Se alguém tem um ano inteiro para escolher um esconderijo, escolhe seu escritório? Leva sua família para lá? E um colega? E a família desse colega? Escolhe assim um lugar cheio de ‘inimigos’ onde a polícia e os alemães viriam automaticamente procurá-lo se não o encontrassem mais em casa?”

O Institute for Historical Review deve ser agradecido por sua tradução em inglês da análise de “Anne Frank” de Faurisson, que está para ser lançada logo. Gostaria de fazer algumas recomendações para aqueles que pretendem lê-lo. A análise é apresentada no pressuposto de que o leitor leu o Diário; uma boa parte seria incompreensível para aqueles que não o fizeram.

O Diário deve ser lido de antemão e no curso da leitura o que considero o ponto mais óbvio de incredibilidade deve ser notado. Quem o escreveu tinha, e também o destinava ao leitor do pós-guerra, um interesse basicamente político e histórico pelo que aconteceu com os judeus. O Diário não é um diário, e não é o trabalho de uma menina de quatorze anos. Somente o fato de que uma forte evidência disso aparece em praticamente todas as páginas torna difícil selecionar ilustrações específicas. Na entrada de 9 de julho de 1942, lemos uma descrição muito detalhada do edifício de quatro andares envolvido. A descrição é suplementada e faz referência frequente a uma planta baixa desenhada profissionalmente que é idêntica em várias traduções; Eu consideraria a inclusão da planta baixa em um diário incrível, mesmo que fosse o tipo de coisa que uma jovem garota poderia ter desenhado. Mais conclusivamente, as entradas no diário para os dias anteriores à suposta mudança da família para um esconderijo, em uma época em que uma menina de treze anos não poderia ter qualquer noção de experiências dignas de registro para a posteridade, são claramente escritas para o leitor de livros do pós-guerra, por exemplo, a entrada de 20 de junho de 1942 apresenta uma breve história da família Frank e um breve resumo das medidas antijudaicas que se seguiram à ocupação alemã da Holanda.

Há uma série de outras contribuições de Faurisson para este volume. Há a tradução francesa corrigida e comentada da entrevista de Faurisson que apareceu na edição de agosto de 1979 do importante mensal italiano Storia Illustrata; este será publicado em breve em tradução para o inglês pelo Institute for Historical Review. Há algumas fotos muito interessantes, relativas às “câmaras de gás”, que Faurisson adquiriu em visitas a Auschwitz, bem como um breve tratamento da câmara de gás da penitenciária de Baltimore, o qual deixa claro que o gaseamento de apenas uma pessoa, sem mencionar as hordas de milhares de lendas ao mesmo tempo, é um processo tecnicamente intrincado que não pode ser tratado de forma eficaz e despreocupada com improvisações envolvendo recursos comuns destinados e projetados para outros fins. Há também breves olhares sobre uma miscelânea de outros assuntos.

          Vou encerrar com o assunto “quantos?” Faurisson (página 197) está de acordo comigo (The Hoax {of the twentieth century}, páginas 237, 239) ao declarar que o número de judeus que pereceram poderia ser da ordem de um milhão, mas, mais provavelmente, várias centenas de milhares, se não contarmos os judeus combatentes em uniformes militares Aliados. Eu insisto no fato de que, de minha parte, trata-se de uma estimativa sem caráter propriamente científico...

            No entanto, ele afirma ainda, após algumas observações intermediárias que deveriam ter sido mais extensas e mais lúcidas, que, se aqui forem usados computadores, sem dúvida se pode saber rapidamente o número real de mortes. Os deportados foram registrados em inúmeras conexões. Eles deixaram inúmeros traços.

            Faurisson dá a impressão de que acredita que uma estimativa acurada do número de judeus civis que pereceram é praticamente alcançável; esta impressão é reforçada pelo material que aparece nas páginas 324 e seguinte.

            Como não estou de acordo com essa opinião, discuti eu esse assunto com Faurisson e soube que ele não havia sido suficientemente claro sobre esse ponto. O que ele quer dizer é que seria possível fazer uma estimativa para uma classe restrita, a saber, aqueles judeus que foram registrados, em registros escritos alemães, como mortos. Esta classe exclui muitas mortes de judeus que devem ser consideradas relevantes, por exemplo. mortes por epidemias em guetos ou pogroms ocasionais, particularmente no Leste durante o período de retiradas alemãs.

            Muitas das questões demográficas que gostaríamos de responder não podem ser respondidas no futuro previsível, mesmo com a ajuda de computadores. Há um ditado entre os usuários de computador: “Entra lixo, sai lixo”. O que isso significa para os tipos de problemas demográficos de interesse aqui é que, sem uma base de dados de escopo, precisão e estrutura adequados, nenhum resultado útil pode ser obtido de um computador, independentemente da sofisticação dos métodos analíticos e estatísticos empregados. Eu tenho discutido as principais dificuldades em obter uma base de dados adequada (The Hoax {of the twentieth century}, páginas 13-17, 222-240). Há pouco que poderia ser acrescentado de forma útil aqui, exceto talvez uma indicação de quão fútil até mesmo alguma sofisticação, substancialmente financiada, poderia ser. Um estudo dos registros disponíveis pode, por exemplo, mostrar que não seria proibitivamente difícil determinar quantos Goldsteins e Kaplans existiram nos EUA em vários momentos. Estes são nomes judeus distintamente da Europa Oriental. Também pode ser possível determinar a frequência de ocorrência de tais nomes entre os judeus do Leste Europeu pré-guerra. Talvez um pouco mais de análise pareça indicar um método para determinar o número de judeus do Leste Europeu que imigraram para os EUA em vários períodos, mas todo o projeto se tornaria fútil, especialmente para o período de interesse central do pós-guerra, por duas considerações. Em primeiro lugar, os judeus sempre trocaram nomes com frequência; esta frequência foi muito amplificada no período pós-guerra. Em segundo lugar, grande parte dessa mudança de nome não foi feita formalmente nos tribunais dos EUA, mas informalmente e até ilegalmente antes do envolvimento formal com os EUA. Por exemplo, sabemos que muitos judeus receberam passaportes sul-americanos bastante irregulares e ilegais, com o incentivo muito ativo do governo dos EUA e de outras agências que estavam tentando ajudar os judeus durante a guerra. Isso não esgota as irregularidades a que os judeus recorreram nesse período. As consequências são problemas demográficos imanejáveis.

Tradução e palavras entre chaves por Mykel Alexander

Continua em O Caso Faurisson – II - por Arthur R. Butz


Fonte: The Faurisson Affair, por Arthur R. Butz, Journal for Historical Review, página 323, volume 1, nº4, 1980.

http://www.ihr.org/jhr/v01/v01p323_Butz.html

Sobre o autor: Arthur Roberts Butz nasceu em 1933 e foi criado em Nova York. Ele recebeu bacharelado e mestrado em engenharia elétrica pelo Massachusetts Institute of Technology. Em 1965, ele recebeu seu doutorado em Ciências de Controle pela Universidade de Minnesota. Em 1966, ingressou na faculdade da Northwestern University (Evanston, Illinois), onde trabalhou por anos como professor associado de engenharia elétrica e ciências da computação. Dr. Butz é autor de vários artigos técnicos. Ele é talvez mais conhecido como o autor de The Hoax of the Twentieth Century. Por muitos anos, ele foi membro do Comitê Consultivo Editorial do Journal of Historical Review do Institute for Historical Review.


Arthur R. Butz: The Hoax of the Twentieth Century—The Case Against the Presumed Extermination of European Jewry; 4th, corrected and expanded edition. Para comprar livro físico ou baixar gratuitamente o PDF acesse Holocaust Handbooks & Documentaries - Presented by Castle Hill Publishers and CODOH: 


Correspondência não respondida {pela mídia – HomeNews (13 setembro 1980) – perante os questionamentos revisionistas refutando que o alegado Holocausto judaico realmente ocorreu} - questionamento 3 por David McCalden

Correspondência não respondida {pela mídia – West Palm Beach Post (15 setembro 1980) – perante os questionamentos revisionistas refutando que o alegado Holocausto judaico realmente ocorreu} - questionamento 2 por David McCalden

Correspondência não respondida {pela mídia – New Statesman – perante os questionamentos revisionistas refutando que o alegado Holocausto judaico realmente ocorreu} - questionamento 1 por David McCalden

O Holocausto de Seis Milhões de Judeus — na Primeira Guerra Mundial - por Thomas Dalton, Ph.D. {academic auctor pseudonym}

Os Homens que “passaram o pano” para Hitler {com análise crítica revisionista} - Por Gitta Sereny

Bloco de notas sobre Auschwitz (Parte 1) Certas impossibilidades da ‘Declaração de Gerstein’ - Por Ditlieb Felderer

Bloco de notas sobre Auschwitz (Parte 2) Mais impossibilidades da ‘Declaração e Gerstein.’ - por Ditlieb Felderer

Bloco de notas sobre Auschwitz (Parte 3) - Tampos e aberturas - por Ditlieb Felderer

Bloco de notas sobre Auschwitz (Parte 4) – Portas e portinholas - por Ditlieb Felderer

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Revisionismo e Promoção da Paz - parte 1 - por Harry Elmer Barnes

Revisionismo e Promoção da Paz - parte 2 - por Harry Elmer Barnes

Carta para o ‘The Nation’ {sobre o alegado Holocausto} - por Paul Rassinier

Sobre a importância do revisionismo para nosso tempo - por Murray N. Rothbard

A vigilante marcação pública no revisionismo - parte 1 - por Harry Elmer Barnes

A vigilante marcação pública no revisionismo - parte 2 - por Harry Elmer Barnes

O “Holocausto” colocado em perspectiva - por Austin Joseph App

O Relatório Leuchter: O Como e o Porquê - por Fred A. Leuchter

O que é ‘Negação do Holocausto’? - Por Barbara Kulaszka

As câmaras de gás: verdade ou mentira? - parte 1 - por Robert Faurisson (primeira de seis partes, as quais são dispostas na sequência).

A Mecânica do gaseamento - Por Robert Faurisson

O “problema das câmaras de gás” - Por Robert Faurisson

As câmaras de gás de Auschwitz parecem ser fisicamente inconcebíveis - Por Robert Faurisson

A mentira a serviço de “um bem maior” - Por Antônio Caleari

Os Julgamentos de Nuremberg - Os julgamentos dos “crimes de guerra” provam extermínio? - Por Mark Weber

Liberdade para a narrativa da História - por Antonio Caleari


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