sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

As fornalhas de cremação de Auschwitz - parte 6 - por Carlo Mattogno e Franco Deana

 Continuação de As fornalhas de cremação de Auschwitz - parte 5 - por Carlo Mattogno e Franco Deana

Carlo Mattogno


4.1. Fornalhas de cremação de dupla mufla a coque da Topf

A primeira fornalha em Auschwitz foi instalada entre 5 e 25 de julho de 1940, e a primeira cremação ocorreu em 15 de agosto.75 A estimativa de custo para a segunda fornalha é datada de 13 de novembro de 1940. A Topf Company entregou os vários componentes da fornalha para Auschwitz em 20 e 21 de dezembro de 1940, e em 17 e 21 de janeiro de 1941.76 Ela foi instalada entre 26 de janeiro e 22 de fevereiro de 1941.77

A Topf revisou sua estimativa de custo para a terceira fornalha em 25 de setembro de 1941, 78e enviou o material necessário para Auschwitz em 21 de outubro, um total de 3.548,5 kg. 79A construção da fundação para o terceiro forno começou em 19 de novembro de 1941 e foi concluída em 3 de dezembro;80 o trabalho foi então interrompido devido à falta de material à prova de fogo. A fatura pertinente emitida pela Topf é datada de 16 de dezembro de 1941.81 Devido a uma Waggonsperre (proibição de vagões ferroviários82), no entanto, a construção do forno não pôde começar porque a Collmener Schamottewerke Company, que fornecia material refratário à Topf, não conseguiu enviar o material necessário. Um vagão de carga ferroviário com o material refratário, enviado pela Plützsch Company, chegou ao campo em 3 de janeiro de 1942,83 mas esta fornalha foi instalada somente em março de 1942.84

A fornalha para Mauthausen (perto de Linz, Áustria) foi encomendada da Topf Company em 16 de outubro de 1941, mas o SS Construction Office hesitou por um longo tempo antes de instalá-la. Os componentes da fornalha foram enviados para Mauthausen entre 6 de fevereiro de 1942 e 12 de janeiro de 1943,85 mas a decisão de montá-la não foi tomada até o final de 1944.86 A fornalha foi finalmente construída em janeiro-fevereiro de 1945, o que explica o fato de estar relativamente bem preservada, conforme ela foi dificilmente usada.

Os duas fornalhas de cremação de mufla dupla Topf atualmente em exposição no crematório do Campo Principal de Auschwitz foram reconstruídas após a guerra, mas de uma maneira um tanto estranha, usando peças originais que foram removidas dos fornos pela SS. Portanto, é totalmente inútil examinar essas estruturas na esperança de obter uma compreensão desse tipo de fornalha. Por essa razão, nossa investigação é baseada inteiramente no exame da fornalha em Mauthausen e nos documentos disponíveis para nós relacionados às fornalhas de Auschwitz e de Mauthausen — todos do mesmo modelo.87

Os componentes da fornalha em Mauthausen também estão incluídos na lista de remessas da Topf de 12 de janeiro de 1943.88 O projeto da fornalha de cremação de mufla dupla é mostrado no Plano “Topf D57253”, o qual data de 10 de junho de 1940 e se refere a primeira fornalha instalada em Auschwitz. A fornalha é feita de tijolos sólidos e mantida unida com uma série de âncoras de ferro forjado. As dimensões da fornalha de Mauthausen são virtualmente idênticas às mostradas no Plano D57253, que correspondem às medidas dos ferros de ancoragem discriminados na lista de remessas da Topf de 17 de janeiro de 1941 com respeito a segunda fornalha de Auschwitz. A fornalha é equipada com duas câmaras de cremação, ou muflas.89 A operação da fornalha é explicada no “Manual de Operação da Fornalha de Cremação de Mufla Dupla Topf a Coque”.90

O crematório de Auschwitz foi construído originalmente de acordo com o Plano “Topf D50042” de 25 de setembro de 1941, que havia sido desenhado para a instalação da terceira fornalha.91 Cada fornalha era equipada com seu próprio dispositivo de ar comprimido; este consistia em um soprador de ar que era operado com um motor AC trifásico de 1,5 hp acoplado diretamente ao eixo do soprador e um duto apropriado. A chaminé quadrada originalmente tinha uma área de 500 × 500 mm² (19,7" × 19,7"). O dispositivo de tiragem forçada, com uma capacidade de cerca de 4.000 m³/h (141.200 pés cúbicos/h) de gás de fumaça, consistia em um soprador de exaustão alimentado por um motor AC trifásico de 3 hp acoplado diretamente ao eixo do soprador, com uma comporta de ar separando o lado de alta do lado de baixa pressão. A função desta instalação é descrita no respectivo manual de operação da Topf.92

O sistema de carregamento de cadáveres da fornalha consistia em um vagão se movendo em trilhos especiais e um vagão de manobra correndo acima dele, no qual o caixão (ou o cadáver simples) era introduzido.

Em 19 de julho de 1943, o crematório foi retirado de serviço,93 e as fornalhas foram desmanteladas.

Após o fim da guerra, os poloneses reconstruíram as Fornalhas nº 1 e 2, para o qual usaram as peças originais que haviam sido removidas pela SS e das quais muitas ainda estavam na antiga sala de depósito de coque. A reconstrução foi feita de maneira notavelmente desleixada, e os fornalhas não seriam funcionais em seu estado atual.

Tradução e palavras entre chaves por Mykel Alexander

Continua...

Notas

75 Nota de Carlo Mattogno: RGVA, 502-1-214, páginas 95, 97; 502-1-327, página 215.

76 Nota de Carlo Mattogno: RGVA, 502-1-327, páginas 168-172.

77 Nota de Carlo Mattogno: RGVA, 502-1-214, páginas 68, 72.

78 Nota de Carlo Mattogno: RGVA, 502-2-23, páginas 264-266.

79 Nota de Carlo Mattogno: RGVA, 502-1-312, páginas 104 e seguinte.

80 Nota de Carlo Mattogno: D. Czech, Auschwitz Chronicle, 1939-1945, Henry Holt, New York 1990, páginas 108, 112.

81 Nota de Carlo Mattogno: APMO, D-Z/Bau, no. inw. 1967, páginas 130 e seguinte.

82 Nota de Carlo Mattogno: RGVA, 502-1-312, página 98. Durante a guerra, as empresas precisavam de permissão especial para receber espaço de transporte em vagões ferroviários devido à capacidade restrita. Às vezes, nenhum vagão era designado para propósitos civis porque todo o transporte era necessário para os militares.

83 Nota de Carlo Mattogno: RGVA, 502-1-312, página 83.

84 Nota de Carlo Mattogno: RGVA, 502-1-22, páginas 11e seguintes.

85 Nota de Carlo Mattogno: Carta do Escritório de Construção da SS do campo de concentração de Gusen para a Companhia Topf, 24 de outubro de 1942. Carta da Companhia Topf para o Escritório de Construção da SS do campo de concentração de Gusen, 16 de janeiro de 1943. BAK, NS 4 Ma/54.

86 Nota de Carlo Mattogno: Carta da Companhia Topf ao Escritório de Construção da SS do campo de concentração de Mauthausen, 20 de dezembro de 1944. BAK, NS 4 Ma/54.

87 Nota de Carlo Mattogno: Cartas da Topf Company para o SS Construction Office do campo de concentração de Mauthausen, 23 de novembro de 1940 e 16 de outubro de 1941. BAK, NS 4 Ma/54. A carta de 16 de outubro de 1941 menciona expressamente a entrega de um “Doppelmuffeleinäscherungsofen – Modell Auschwitz” (forno de cremação de mufla dupla – modelo Auschwitz).

88 Nota de Carlo Mattogno: Aviso de embarque da Topf Company, 12 de janeiro de 1943. BAK, NS Ma/54.

89 Nota de Carlo Mattogno: Sobre detalhes de projeto, conferir nosso trabalho principal, The Cremation Furnaces of Auschwitz: A Technical and Historical Study, 3 Vols., Castle Hill Publishers, Uckfield, 2015, bem como J. A. Topf & Söhne Erfurt. Fornalha de cremação a coque e planta de fundação, D57253, 10 de janeiro de 1940; Re.: SS New construction Office of the Auschwitz Concentration Camp. BAK, NS 4 Ma/54; listagem dos materiais para um Fornalha de Cremação de Dupla Mufla Topf, 23 de janeiro de 1943. BAK, NS 4 Ma/54; Fatura nº D 41/107, 5 de fevereiro de 1941, BAK, NS 4 Ma/54.

90 Nota de Carlo Mattogno: Betriebsvorschrift des koksbeheizten Topf-Doppelmuffel-Einäscherungsofens (Manual de operação do forno de cremação de mufla dupla Topf alimentado a coque). 26 de setembro de 1941. APMO, BW 11/1, página 3.

91 Nota de Carlo Mattogno: APMO, neg. no. 20818/1.

92 Nota de Carlo Mattogno: Manual de operação para instalação do escapamento ‘Topf’, 26 de setembro de 1941. APMO, BW 11/1, página 2.

93 Nota de Carlo Mattogno: D. Czech, Auschwitz Chronicle, 1939-1945, Henry Holt, New York 1990, página 442.

Fonte: Carlo Mattogno e Franco Deana, em Germar Rudolf (editor) Dissecting the Holocaust - The Growing Critique of ‘Truth’ and ‘Memory’, Castle Hill Publishers, P.O. Box 243, Uckfield, TN22 9AW, UK; novembro, 2019. Capítulo The Cremation Furnaces of Auschwitz.

Acesse o livro gratuitamente no site oficial:

https://holocausthandbooks.com/index.php?main_page=1&page_id=1  

Sobre os autores: Franco Deana foi um engenheiro italiano. Carlo Mattogno nasceu em 1951 em Orvietto, Itália. Pesquisador revisionista, ele empreendeu estudos em filosofia (incluindo estudos linguísticos em grego, latim e hebraico bem como estudos orientais e religiosos)  e em estudos militares (estudou em três escolas militares). Desde 1979 dedica-se aos estudos revisionistas, tendo estado associado com o jornal francês Annales d’Histoire Revisionniste bem como com o The Journal of Historical Review.

Dentre seus mais de 20 livros sobre a temática do alegado holocausto estão: 

The Real Auschwitz Chronicle: The History of the Auschwitz Camps, 2 volumes, Castle Hill Publishers (Bargoed, Wales, UK), 2023.

Auschwitz: the first gassing – rumor and reality; Castle Hill, 4ª edição, corrigida, 2022.

Curated Lies – The Auschwitz Museum’s Misrepresentations, Distortions and Deceptions; Castle Hill, 2ª edição revisada e expandida, 2020.

Auschwitz Lies – Legends, Lies, and Prejudices on the Holocaust; Castle Hill, 4ª edição, revisada, 2017. (Junto de Germar Rudolf).   

Debunking the Bunkers of Auschwitz – Black Propaganda versus History; Castle Hill, 2ª edição revisada, 2016.

Inside the Gas Chambers: The Extermination of Mainstream Holocaust Historiography, 2ª edição corrigida, 2016.

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Recomendado, leia também:

O que é o Holocausto? - lições sobre holocausto - por Germar Rudolf

O que é ‘Negação do Holocausto’? - Por Barbara Kulaszka

O Primeiro Holocausto - por Germar Rudolf

O Primeiro Holocausto – e a Crucificação dos judeus deve parar - parte 1 - Por Olaf Rose (Parte 2 na sequência do próprio artigo)

O Holocausto de Seis Milhões de Judeus — na Primeira Guerra Mundial - por Thomas Dalton, Ph.D. {academic auctor pseudonym}

O Mito do extermínio dos judeus – Parte 1.1 {nenhum documento sequer visando o alegado extermínio dos judeus foi jamais encontrado} - por Carlo Mattogno (demais partes na sequência do próprio artigo)


Sobre o revisionismo em geral e o revisionismo do alegado Holocausto ver:

Uma breve introdução ao revisionismo do Holocausto - por Arthur R. Butz

{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} – Definindo evidência - por Germar Rudolf

{Retrospectiva Revisionismo em ação na História} – Tipos e hierarquia de evidências - por Germar Rudolf

Por que o revisionismo do Holocausto? - por Theodore J. O'Keefe

Revisionismo e Promoção da Paz - parte 1 - por Harry Elmer Barnes

Revisionismo e Promoção da Paz - parte 2 - por Harry Elmer Barnes

O “Holocausto” colocado em perspectiva - por Austin Joseph App

A controvérsia internacional do “holocausto” - Arthur Robert Butz

Contexto e perspectiva na controvérsia do ‘Holocausto’ - parte 1 - por Arthur R. Butz

Contexto e perspectiva na controvérsia do ‘Holocausto’ - parte 2 - por Arthur R. Butz

O Relatório Leuchter: O Como e o Porquê - por Fred A. Leuchter

Sobre a importância do revisionismo para nosso tempo - por Murray N. Rothbard


Sobre as alegadas câmaras de gás nazistas homicidas ver:

As câmaras de gás: verdade ou mentira? - parte 1 - por Robert Faurisson (primeira de seis partes, as quais são dispostas na sequência).

A Mecânica do gaseamento - Por Robert Faurisson

O “problema das câmaras de gás” - Por Robert Faurisson

As câmaras de gás de Auschwitz parecem ser fisicamente inconcebíveis - Por Robert Faurisson

O Relatório Leuchter: O Como e o Porquê - por Fred A. Leuchter

A técnica e a química das ‘câmaras de gás’ de Auschwitz - por Germar Rudolf - Parte 1 - Introdução (demais partes na sequência do próprio artigo)


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