Richard James Horatio Gottheil |
Sionismo
Movimento
olhando rumo a segregação do povo judaico sobre uma base nacional
numa particular pátria própria; especificamente, a moderna forma do movimento
que procura para os judeus um “lugar assegurado publicamente e legalmente na
Palestina,” conforme iniciado por Theodor Herzl em 1896, e desde então
dominando a história judaica. Parece que a designação, para distinguir o
movimento da atividade do Chovevei Zion,*a foi primeiro utilizado por Mathias
Acher (Birnbaum) em seu panfleto “Selbstemancipation”,
1896 (ver “Ost und West,” 1902, pág.
576; Ahad Ha’am, “Al Parashat Derakim”,
página 93, Berlim, 1903).
Bases
bíblicas
A ideia de um retorno dos judeus
para a Palestina tem suas raízes em muitas passagens da Sagradas Escritura. É
uma parte integral da doutrina que lida com a época messiânica, conforme é
visto na expressão constantemente utilizada, “shub shebut” ou “heshib shebut” {duas
expressões que podem ser entendidas como retorno
do cativeiro} usadas para ambas Israel e Judéia (Jeremias XXX, 7,1; Ezequiel XXXIX. 25; Lamentações
II. 14; Oséias VI. 11; Joel IV. 1 et al.). A Dispersão foi considerada meramente temporal: “Os dias
virão... que... Eu irei trazer novamente os cativos do meu povo de Israel, e
eles irão construir cidades nas vastidões e habitar elas; e eles irão plantar vinhas,
e beber o vinho daí... e irão plantar elas sobre a terra deles, e eles irão não
mais ser arrancados da terra deles” (Amos
IX, 14; complementado em Sofonias. III.
20): e “Eu irei trazer eles novamente também para fora da terra do Egito, e
reunirei eles fora da Assíria; e irei trazer eles para a terra de Gileade e
Líbano” (Zacarias X. 10; complementado
em Isaias XI.11). Nesta sequência de
cânticos de salmos, “Oh aquela a salvação de Israel vem de Sião! Quando o
Senhor retoma o cativeiro de seu povo, Jacó irá regozijar, e Israel irá ser
grata” (Salmos XIV. 7: complementado
em CVII. 2. 3. De acordo com Isaias
(II. 1-4) e Miquéias (IV. 1-4)
Jerusalém era para ser um centro religioso do qual a Lei e a palavra da Lei
eram para ser colocadas adiante. Em uma forma dogmática esta doutrina é mais
precisamente afirmada em Deuteronômio
XXX. 1-5.
Relação com o messianismo
A
crença de que o Messias irá coletar as hostes dispersas é frequentemente expressada nos escritos talmúdicos
e midrashim; mesmo embora tendências mais universalistas fizeram-se elas
próprias sentidas, especialmente em partes da literatura apócrifa (ver vocábulo
Messiah na Jewish Enciclopedia, volume VIII, página 507). Entre os filósofos
judeus a teoria sustenta que o Messias José “irá reunir as crianças de Israel
ao redor dele, para marchar para Jerusalém, e lá, depois de sobrepujar os
poderes hostis, irá reestabelecer o templo da adoração e estabelecer seu
próprio domínio” (ibid {ver vocábulo Messiah
na Jewish Enciclopedia, volume VIII},
página 511b). Isto tem permanecido como a doutrina do judaísmo ortodoxo;
conforme Friedlander expressou em seu “Jewish
Religion” (página 161): “Há alguns teólogos que assumem o período
messiânico ser o mais perfeito estado de civilização, mas não acreditam na
restauração do reinado de David, a reconstrução do Templo, ou retomada de posse
da Palestina pelos judeus. Eles
rejeitaram completamente a esperança nacional dos judeus. Estes teólogos ou
interpretaram errado ou ignoraram totalmente os ensinamentos bíblicos e as
divinas promessas feitas através do homem de Deus {que é José, segundo se
pode inferir nesse contexto}.”
Rejeição pelo judaísmo reformado
{Em
relação ao judaísmo reformado, ou, em outras palavras, a Reforma do Judaísmo,
de modo sintético e em relação com o judaísmo tradicional, segundo os acadêmicos
judeus Kaufmann Kohler, Emil G. Hirsch, David Philipson, trata-se daquela
fase do pensamento
religioso judaico o qual, na esteira do período Mendelssohniano {referente à Moses
Mendelssohn (1729-1786), judeu de máxima importância para os objetivos judaicos
mundiais durante a transição para a Idade Contemporânea} e em consequência
dos esforços feitos durante a quinta década do século XIX para garantir a
emancipação civil e política {conquistada inicialmente após a Revolução
Francesa}, encontrou pela primeira vez expressão na doutrina e observância em
algumas das sinagogas alemãs, e daí foi transplantado para e desenvolvido nos
Estados Unidos da América.
O pivô da oposição entre
a reforma e o judaísmo conservador é a concepção do destino de Israel.
A ortodoxia judaica considera a Palestina não apenas como o berço, mas
também como o lar definitivo do judaísmo. Com sua posse está ligada a
possibilidade de cumprimento da Lei, estando inevitavelmente suspensas as
partes da legislação divina que estão condicionadas pela existência do Templo e
pela ocupação da Terra Santa. Longe da Palestina, o judeu está condenado a
violar a vontade de Deus em relação a estes. Deus deu a Lei; Deus decretou
também a dispersão de Israel. Para reconciliar essa desarmonia entre as
exigências da Lei e a realidade historicamente desenvolvida, a filosofia da
Ortodoxia considera a impossibilidade de observar a Lei como uma punição divina,
acometida à Israel por causa de seus pecados. Israel está no presente momento
em exílio: tem sido expelido de sua terra. O presente período é, portanto, de
provação. A extensão de sua duração só Deus pode saber e determinar. Israel
está condenado a esperar pacientemente no exílio, orando e esperando pela vinda
do Messias, que conduzirá os dispersos de volta à Palestina. Lá, sob seu
governo benigno, o Templo será restaurado, o esquema sacrificial e sacerdotal
novamente se tornará ativo, e Israel, mais uma vez uma nação independente,
será capaz de observar ao pé da letra a lei de Deus contida no Pentateuco {os
cinco primeiros livros do Antigo Testamento}. Simultaneamente com a
redenção de Israel, justiça e paz serão estabelecidas entre os habitantes da
terra, e as predições proféticas serão realizadas em todas as suas glórias.
A reforma concebe o
destino de Israel como não vinculado ao retorno à Palestina, e como não
envolvendo a restauração política nacional sob um rei messiânico com o Templo
reconstruído e o serviço sacrificial reinstituído. É verdade, muitos dos
mandamentos da Torá {nome aplicado aos cinco livros do Antigo Testamento
atribuídos a Moisés: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio} não
podem ser executados por Israel não-palestino. No entanto, apesar dessa
incapacidade de se conformar com a Lei, Israel não está sob o pecado (visão
paulina). Não está no exílio (“galut”). Sua dispersão foi uma experiência
necessária na realização e execução de seu dever messiânico. Não está
condenado a esperar pelo advento milagroso do Messias davídico. O próprio
Israel é o povo messiânico designado para espalhar por sua fortaleza e lealdade
a verdade monoteísta sobre toda a terra, para ser um exemplo de retidão
para todos os outros. Sacrifícios e sacerdotalismo ligados à concepção política
nacional do destino de Israel não são elementos indispensáveis da religião
judaica. Pelo contrário, eles morreram para sempre com todos os privilégios e
obrigações distintas de um sacerdócio Aarônico {segundo as escrituras judaicas,
Aarão era o bisneto de Levi, sendo irmão mais velho de Moisés, e sacerdote de
primeira grandeza entre os judeus}. Todo judeu é um sacerdote, um do povo
santo e de uma comunidade sacerdotal nomeado para ministrar no altar ideal da
humanidade. O objetivo da história judaica não é um estado messiânico
nacional na Palestina, mas a realização na sociedade e no estado dos princípios
de retidão conforme enunciados pelos profetas e sábios do passado.
O mosaismo {os
ensinamentos atribuídos na tradição judaica à Moisés} certamente pressupõe o
institucionalismo levítico {os levitas, pese interpretações contraditórias, em geral
são admitidos comporem a classe sacerdotal por excelência no judaísmo} do
judaísmo; e é nomístico {tendência religiosa que visa o controle da vida social
e individual pelo legalismo, tornando a lei a norma suprema*b},
insistindo no caráter eternamente vinculante e na imutabilidade da lei. O
Judaísmo reformista ignora e declara revogada muitas das leis do Mosaismo.
De acordo com Mendelssohn
e todos os racionalistas da filosofia “Aufklärung,” {movimento iluminista em
sua vertente alemã} não havia necessidade da revelação da religião, sendo a
razão humana competente para evoluir, compreender e interpretar todas as
verdades da religião. O judaísmo é, contudo, mais do que uma religião. É uma
legislação divina, sob a qual o judeu enquanto judeu deve viver. A razão
humana não poderia tê-lo desenvolvido, nem pode agora compreendê-lo. É de
origem divina “super-racional.” Foi milagrosamente revelado a Israel. O
judeu não precisa acreditar. Sua religião, como toda religião racional, não
é uma questão de dogma. Mas o judeu deve obedecer. Sua lealdade é expressa
em feitos e observância.*c
A ala reformista da Sinagoga,
todavia, rejeita esta doutrina; e a Conferência dos Rabinos que ocorreu em
Frankfurt sobre o Main entre 15-28 de julho de 1845 decidiu eliminar do ritual
“as orações para o retorno à terra de nossos antepassados e para restauração do
Estado judaico.” A Conferência da Filadélfia entre 3-6 de novembro de 1869
adotou conforme a primeira sessão de sua declaração de princípios o seguinte:
“A direção messiânica de Israel não é a restauração do velho Estado judaico sob
um descendente de David, envolvendo uma segunda separação das nações da Terra,
mas a união de todos as crianças de Deus na confissão da unidade de Deus, assim
como para realizar a unidade de todas as criaturas racionais, e a chamada deles
para uma santificação moral.” Isto foi reafirmado na Conferência de Pittsburg
entre 16-18 de novembro de 1885, nas seguintes palavras: “Nós consideramos a
nós mesmos não mais uma nação, mas uma comunidade religiosa; e nós, portanto,
não esperamos nem um retorno para a Palestina, nem uma adoração sacrificial sob
os filhos de Aarão {segundo as escrituras judaicas, era o bisneto de Levi,
sendo irmão mais velho de Moisés, e sacerdote de primeira grandeza entre os
judeus}, nem a restauração de qualquer das leis concernindo um Estado judaico.”
Nos períodos talmúdicos
{Em relação ao Talmud, de modo sintético, segundo
o acadêmico judeu Wilhelm Bacher, trata-se do
Nome de duas obras as quais
foram preservadas para a posteridade como produto das escolas palestina e
babilônica durante o período amoraico, o qual se estendeu do terceiro ao quinto
século d.C. Uma dessas compilações é intitulada “Talmud Yerushalmi” (Talmud de
Jerusalém) e a outra “Talmud Babli” (Talmud da Babilônia). Usada sozinha, a
palavra “Talmud” geralmente denota “Talmud Babli,” mas frequentemente serve
como uma designação genérica para todo um corpo de literatura, uma vez que o
Talmud marca o ponto culminante dos escritos da tradição judaica, da qual é, a
partir de um ponto de vista histórico, a produção mais importante.*d }
Historicamente, a esperança de uma
restauração, de uma existência nacional renovada, e de um retorno para a
Palestina tem existido entre o povo judaico dos velhos tempos. Depois do
primeiro Exílio, os judeus na Babilônia procuraram continuamente levar à frente
o reestabelecimento do antigo reinado deles. Contudo muitos judeus
espalharam-se de terra para terra e, apesar de vasta a dispersão e sua
consequente diáspora, esta esperança continuou a queimar ardentemente; e de
tempo em tempo tentativas foram feitas para realizá-la. A destruição do Templo
por Tito e Vespasiano (70 d.C.) foi talvez o mais poderoso fator para rumar os judeus
para o leste, sul e oeste. Não obstante, num curto período de tempo a esperança
de uma restauração foi ascendida novamente. A elevação sob Akiba e Bar Kokba (118)
brevemente se sucedeu: e os judeus encharcaram o solo da Palestina com o sangue
deles na vã tentativa de reganhar a liberdade nacional deles contra a pesada
mão do poder romano. A despeito destas contenções, a ideia da restauração
persistiu e tornou-se uma questão de dogmática crença; como tal ela encontra
expressão na literatura judaica, tanto em prosa quanto poética. As
escrituras talmúdicas como um todo, enquanto fazem provisão adequada para as reais
circunstâncias sob a qual os judeus viveram, são baseadas sobre a ideia que em
algum tempo a antiga ordem das coisas irá ser reestabelecida, e as velhas
leis e costumes chegarão novamente em voga. Essas esperanças encontraram
expressão em numerosas orações a qual de tempo em tempo eram inseridas no
ritual. Vários cálculos foram feitos a respeito de quando este tempo
chegaria, por exemplo, no oitavo século (“Revelações
do R. Simeon b. Yohai”) e no século onze (Apoc. Zerubbabel; ver Zuns, “Erlösungsjahre,”
em “G.S.” III, 224; Poznanski em “Monatsschrift,” 1901). À ideia foi dada
uma base filosófica para aqueles que trataram da teologia judaica. E os
cantores, tanto da sinagoga quanto do lar, foram fervorosos no lamento deles
para a glória que foi passada e as esperanças deles para a dignidade que estava
por vir (Veja Zionides {Sionidas}1).
Tradução
e palavras entre chaves e grifos por Mykel Alexander
Continua em Sionismo - por Richard James Horatio Gottheil (Jewish Encyclopedia) - parte 2
Notas
*a Nota de Mykel Alexander: Sobre o Chovevei
Zion ver abaixo o texto da Jewish Encyclopedia da autoria de Jacob de
Haas (1872-1937), jornalista judeu e importante membro do Chovevei Zion e do
movimento sionista (os grifos da tradução são de minha autoria):
Associações, na Europa e nos
Estados Unidos, de pessoas interessadas no assentamento agrícola de judeus na
Palestina e na conexão dos judeus com o futuro da Terra Santa.
Este movimento, o qual foi o
predecessor do sionismo político
(ver Congresso da Basiléia), teve como patrocinadores vários homens que
viviam em diferentes países, mas cujo interesse comum e as observações dos
fenômenos da vida judaica, estimulados pela perseguição aos judeus na Romênia
antes de 1880, e mais recentemente na Rússia, levou à fundação de organizações
como a Associação Chovevei Zion da Inglaterra, cujos objetivos são:
1. Para promover a “ideia nacional” em Israel.
2. Promover a colonização da Palestina e territórios
vizinhos por judeus, estabelecendo novas colônias ou auxiliando as já
estabelecidas.
3. Difundir o conhecimento do hebraico como língua
viva.
4. Para melhorar o status moral, intelectual e
material de Israel.
5. Os membros da associação comprometem-se a prestar
alegre obediência às leis das terras em que vivem e, como bons cidadãos, a
promover seu bem-estar tanto quanto estiver em seu poder.
O apelo da Palestina aos judeus
para se estabelecerem como agricultores, feito em 1867, não foi atendido. Mas a
partir de 1879, havia ativos na advocacia para a colonização o Dr. Lippe e
Pineles na Romênia, Lilienblum e Leon Pinsker na Rússia, uma associação síria e
palestina não-judia em Londres, e Laurence Oliphant. A ideia de assentamento
agrícola na Palestina, testada pela primeira vez com a fundação da colônia de
Samarin pelo Chovevei Zion romeno, foi expressa em 1881 por N. L. Lilienblum em
um artigo no “Razsvyet” intitulado “A Questão Judaica e a Terra Santa.”
A objeção mais séria à nova ideia
veio daqueles que temiam que o reassentamento na Palestina significasse a observância
dos 613 mandamentos e a reconstrução do Templo. Charles Netter, que
posteriormente se tornou o principal expoente da ideia do assentamento
agrícola, se opôs ao novo movimento – o qual havia despertado o interesse
entusiástico dos judeus da Rússia – alegando que a Palestina era inadequada
para a colonização.
O Barão Edmund de Rothschild tendo
concordado em pagar as despesas de seis colonos para a Palestina, o movimento, iniciado por Pinsker
e apoiado pelo Rabino Mohilewer de Byelostock, tomou forma prática. O Comitê
Central de Odessa, criado em 1881 e o qual era agora reconhecido pelo governo
russo, não foi além na direção da propaganda ativa do que enviar Pinsker e
Mohilewer em uma viagem de agitação pública e privada por toda a Europa.
No entanto, o movimento se espalhou
com a emigração da Rússia. Várias sociedades com finalidade semelhante foram
fundadas em Berlim (Ezra), Viena (Kadimah), Londres (B'nei Zion, 1887) e
América (Shove Zion em Nova Iorque, Chovevei Zion na Filadélfia, 1891).
Em 1890, foi reconhecido que algum
esforço deveria ser feito para dar forma e coerência a esses vários movimentos,
e o Dr. Haffkine, com M. Meyerson, encorajado pelo prospecto de apoio
financeiro do Barão Edmund de Rothschild organizou o Comitê Central de
Paris. A própria liderança do movimento, entretanto, permaneceu com o comitê de
Odessa, o qual estava bem apoiado e manteve contato próximo com aqueles que tinham
já se estabelecido na Palestina. O movimento, no entanto, atingiu seu zênite em
1893, quando organizações existiam em todos os países, exceto na França,
que tinha uma população judia apreciável.
Em dezembro de 1892, o movimento de
judeus em direção à Palestina foi controlado pelas autoridades turcas, que
proibiram posteriores imigrações. Desencorajamento adicional foi causado pela
dificuldade de encontrar mercado para os produtos das colônias, e também pelo
colorido dado à ideia por homens como o Coronel Goldsmid, que, à frente da
Associação Chovevei Zion da Inglaterra, com suas organizações militares,
procurou dar ao movimento uma forte tendência nacional. Além disso, os colonos
precisavam de apoio constante. O Assentamento Hirsch argentino seguiu e
afetou a agitação na Europa Ocidental. Embora as colônias continuassem a
encontrar apoio, e embora algumas novas fossem fundadas, o movimento parecia,
em 1894, ter esgotado sua força.
Típico do entusiasmo o qual a ideia
uma vez despertou foi a reunião em massa realizada em Londres em 1892, a
conselho de Sir Samuel Montagu, para solicitar ao sultão, por meio de Lord
Rothschild e do Ministério das Relações Exteriores britânico, o direito de
resolução. Um plano detalhado foi então elaborado para a colonização em grande
escala e regulamentada.
O declínio do Chovevei Zion foi consequência
da liderança repentinamente criada, em 1896, do Dr. Theodor Herzl.
Indiretamente, todo Chovevei Zion defendeu, sem adotar formalmente, sua
doutrina e, indiretamente, todos foram representados no primeiro congresso
sionista. Uma adesão mais ou menos direta ao movimento sionista, que não
simpatizava com a colonização individual e esporádica, foi imposta às
antigas organizações por seus membros. Mas embora eles não negassem o ponto
de vista nacionalista, eles se declinaram-se a se tornar um meio da nova
propaganda. Uma conferência, a primeira desse tipo em Londres, foi realizada
(março de 1898) na prefeitura de Finsbury (Clerkenwell) e durou doze horas;
decidiu sobre a reorganização e aceitou a liderança do Comitê Executivo de
Viena criado pelo congresso anterior. Isso foi típico do processo de
transição de um movimento filantrópico para um movimento político declarado,
que continuou até a Conferência Minsker (setembro de 1902), quando as
associações russas Chovevei Zion, sem exceção, aceitaram a plataforma dos
congressos sionistas.
Fonte: J. de Haas, Jewish Encyclopedia, volume 4, FUNK AND WAGNALLS COMPANY, New York, 1903. Entrada CHOVEVEI ZION (Lovers of Zion)
*b Nota de Mykel Alexander: Jacob Zallel Lauterbach, Kaufmann Kohler, Jewish Encyclopedia, volume 9, FUNK AND WAGNALLS COMPANY, Nova Iorque, 1905. Entrada NOMISM.
*c
Nota de Mykel Alexander: Kaufmann Kohler, Emil G. Hirsch, David Philipson, Jewish
Encyclopedia, volume 10, FUNK AND WAGNALLS COMPANY, Nova Iorque, 1905.
Entrada REFORM JUDAISM FROM THE POINT OF VIEW OF THE REFORM JEW. Os grifos da tradução são de minha
autoria.
*d Nota de
Mykel Alexander: Wilhelm Bacher, Jewish
Encyclopedia, volume 12, FUNK AND WAGNALLS COMPANY, Nova Iorque, 1905. Entrada TALMUD. Os grifos da tradução
são de minha autoria.
{Sobre as Sionidas {Zionides em inglês} acima referenciadas
ver o texto abaixo:
‘As canções de Sião, ou seja, os hinos líricos os
quais expressam o desejo da nação judaica de ver a colina de Sião e a cidade de
Jerusalém brilhar novamente em toda a sua glória anterior, datam da época
imediatamente após a destruição do Templo de Salomão. Desde aquele período, os
poetas e cantores de Israel têm dedicado seu melhor talento para pintar nas
cores mais brilhantes as antigas glórias de Sião. De longe, o maior número
dessas canções se une para expressar um desejo sincero de ver a nação, a cidade
de Jerusalém, o Monte Sião e o Templo restaurados ao seu antigo esplendor. A
canção mais antiga de Sião na literatura judaica foi escrita no século V a.C.,
e é uma lamentação de que o inimigo compele Israel a viver em solo estrangeiro;
este é o célebre Salmo cxxxvii. 1-3. Uma Sionida semelhante do mesmo
período é Salmo Cxxvi.; nele o poeta, cheio de esperança, canta o dia em
que o cativeiro terminará e os exilados que retornam alegremente cantarão um
novo cântico de Sião. A elegia que termina com um desejo de libertação, a qual
é encontrada no quinto capítulo de Lamentações, data provavelmente do
primeiro século pré-cristão.’ (Joseph Jacobs e Schulim Ochser)
Em
períodos posteriores as Sionidas continuam a serem celebradas.}
Fonte: Richard Gottheil, Jewish Encyclopedia,
volume 12, FUNK AND WAGNALLS COMPANY, Nova Iorque, 1905. Entrada ZIONISM.
Consulta de apoio na versão on-line: https://www.jewishencyclopedia.com/articles/15268-zionism#anchor4
Sobre o autor: Richard
James Horatio Gottheil (1862 -1936) foi um judeu inglês, acadêmico (graduação
na Columbia College em 1881, doutorado em Leipzig em 1886). Também foi rabino
nos EUA. De 1898 a 1904, foi presidente da American Federation of Zionists e
trabalhou com Stephen S. Wise e Jacob De Haas. Depois de 1904, ele foi
vice-presidente da Sociedade Histórica Judaica Americana. Gottheil escreveu
muitos artigos sobre questões orientais e judaicas para jornais e resenhas. Ele
editou a Columbia University Oriental
Series e Semitic Study Series. Depois de 1901, ele foi um dos editores da Jewish Encyclopedia. Ele escreveu o
capítulo sobre sionismo que foi traduzido para o árabe e publicado por Najīb
Al-Khūrī Naṣṣār em seu jornal Al-Karmil
e também na forma de um livro em 1911.
Entre suas obras estão The Syriac grammar of Mar Elia Zobha (1887) e Zionism (1914).
Fonte as informações
sobre o autor: Wikipedia em inglês,
consulta em 24 de julho de 2020:
https://en.wikipedia.org/wiki/Richard_James_Horatio_Gottheil
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