terça-feira, 5 de julho de 2022

Eichmann Interrogado: transcrições dos arquivos da polícia israelense - resenha por Theodore O'Keefe

 

Theodore O'Keefe


{Eichmann Interrogated: Transcripts from the Archives of the Israeli Police} Editado por Jochen von Lang em colaboração com Claus Sibyll. Traduzido do alemão por Ralph Manheim. Farrar, Straus, e Giroux, Nova York, 1983, 293 páginas.

Revisado por Ted O'Keefe.

O sequestro, julgamento, e execução de Adolf Eichmann, o oficial alemão alegado pelos israelenses de ter desempenhado um papel central no assassinato de seis milhões de judeus nos anos de 1941 a 1944, tinha atraído vasta atenção e comentários intermináveis. Muito disso foi lidado com  questões éticas ou memos metafísicas: A justificação de Eichmann ao alegar que ele estava apenas cumprindo suas ordens, “a banalidade do mal” e coisas semelhantes. Este livro, o qual pretende ser uma tradução de selecionadas transcrições do interrogatório de nove meses de Eichman pela polícia israelense, apresenta um relato bastante detalhado dos alegados delitos de Eichmann e tentativas de estabelecer que ele era “de fato o volante da [o] implacável máquina de extermínio.”.



As transcrições, que foram traduzidas do alemão para o inglês por Ralph Manheim, bem conhecido por sua tradução de Mein Kampf, são concedidas por seus editores, Jochen von Lang e Claus Sibyll, como “coletadas... de modo a apresentar o registro em ordem lógica e cronológica.”. Como qualquer coisa que sai de Israel, particularmente quando toca no conto do "Holocausto", sua autenticidade está aberta a consideráveis dúvidas. No entanto, apesar das dores dos israelenses, bem como dos editores e tradutores, as transcrições de Eichmann, quando cuidadosamente estudadas, oferecem considerável munição aos revisionistas do mito do Extermínio.

O leitor irá sem dúvidas estar surpreso ao saber que o interrogatório de Eichmann foi executado pela Força Policial de Israel, uma organização nacional comparável em seus deveres e funções à polícia nacional britânica com sede na Scotland Yard. Os detalhes da vigilância e captura de Eichmann permanecem obscuros, apesar de vários relatos, pelo menos um deles supostamente pelo ex-chefe do Mossad Isser Harel, mas poucos duvidam que o espião sombrio e a diretoria de terror de Harel desempenharam um papel de comando no caso. As conversas mais interessantes entre Eichmann e os israelenses foram entre o ex-SS Obersturmbannführer e o Mossad, particularmente à luz de seus muitos negócios com líderes e agentes sionistas, desde sua viagem à Palestina em 1937 com o agente da Haganah Feivel Polkes até seus contatos com Raoul Wallenberg em 1944. 

É interessante aprender da introdução de Avner Less, policial nascido na Alemanha que questionou Eichmann, aquele da equipe de trinta homens encarregada de preparar o interrogatório de que “ninguém... tinha conhecimento detalhado do Holocausto”. Desde que o time de interrogatório teve que "vasculhar" os volumosos registros dos julgamentos de Nuremberg, bem como o material fornecido pelo centro Yad Vashem, fica claro que Less e seus ajudantes careciam de um relato coerente das atividades pelas quais Eichmann havia sido preso, e estavam conduzindo uma investigação e uma interrogatório simultaneamente. Isso vai longe para explicar a ineptidão frequentemente exibida por Less nesta edição das transcrições, que sem dúvida foram editadas para colocar o caso israelense na melhor luz.

A ignorância do capitão Less sobre a carreira de Eichmann (ele admite em sua introdução  que  Final Solution de Gerald Reitlinger "tornou-se quase uma bíblia" para ele), não o impediu de tentar criar um papel abrangente para seu prisioneiro como arquiteto da “Solução Final”, que para Less significa o assassinato sistemático dos judeus da Europa ocupada pelos alemães. A evidência documental apresentada por Less quanto ao papel de Eichmann na promoção da emigração judaica da Áustria, das terras tchecas que então formavam o “protetorado” da Boêmia e da Morávia, e da Alemanha propriamente dita, bem como por sua participação na organização da deportação de judeus de vários países europeus para guetos e campos em territórios a leste do Reich alemão, é em grande parte crível. Quanto às atividades de Eichmann em outras facetas da "Solução Final", no entanto, há sérias dúvidas, mesmo quando Eichmann é apresentado como admitindo-as, como ele faz frequentemente nestas transcrições. Ao inflar o papel de Eichmann na história do “Holocausto” para a estatura reivindicada pelo testemunho de vários de seus subordinados nos processos de “crimes de guerra”, os israelenses criaram um dilema para si mesmos, do qual escapar é realmente uma questão difícil.

{Adolf Eichmann sendo julgado em Israel num processo que atropelou do início ao fim as mais básicas premissas do Direito contemporâneo, e envolvido mais em propaganda das articulações do judaísmo internacional e sua derivação formal, o sionismo, do que a busca pela verdade e pela justiça}

Nesse esforço para construir Eichmann como diretor administrativo do Exterminationism {Extermínasionismo, a linha de narrativa que alega a veracidade do Holocausto conforme difundido pelas instituições judaicas e que se difundiu pelo Ocidente}, eles têm sido mais pobremente servidos pelos editores Lang e Sibyll, e seu tradutor, Manheim, do que eles podem imaginar. Todos os três são pedantes meticulosos de um molde que raramente perdem uma oportunidade para pegar um erro, não importa o quão pequeno, se isso irá diminuir da credibilidade de um Eichmann ou de um Hitler (leitores de Mein Kampf na tradução de Manheim vão se lembrar de sua tagarelice em cada pequeno lapso do autor, e sua garantia de que o uso de alusões clássicas por Hitler não prova que ele está familiarizado com as obras originais). Se Eichmann esqueceu uma data ou misturou uma seqüência de tempo, a intervenção dos editores é rápida e implacável.

Todo o mais condenatório, portanto, que Eichmann é não desafiado pelos interrogador, editores, ou tradutores em toda uma série de ridículos erros sobre a versão do “Holocausto” que atualmente goza da aprovação de reconhecidos especialistas Exterminacionistas {ou seja, dos especialistas da linha de narrativa que alega a veracidade do Holocausto conforme difundido pelas instituições judaicas e que se difundiu pelo Ocidente}. O ex-oficial da SS afirma ter testemunhado um abate em massa em Auschwitz no outono de 1941, onde o comandante do campo, Rudolf Höss, informou-o de que os grandes edifícios semelhantes a fábricas, as chaminés de que soltam fumaça “trabalhando até a capacidade: dez mil!”, isso meses antes dos crematórios de Auschwitz serem construídos, pior ainda então quando ao início do uso. Em uma visita de Cook aos locais de assassinato em massa os quais Eichmann afirma ter assumido naquele outono memorável, instado pelo chefe da Gestapo Heinrich Mueller e pelo chefe do Escritório Central de Segurança do Reich, Reinhard Heydrich, ele gentilmente admite ter visitado meia dúzia de lugares onde assassinatos já estão sendo realizados, incluindo Treblinka - embora ele não tenha certeza se é Treblinka - onde os gaseamentos estão sendo realizados com um motor submarino; lugares perto de Minsk e Lemberg, onde tiroteios em massa estão ocorrendo (incluindo uma vala comum  da qual “sangue estava jorrando... como um gêiser”, embora ela já tenha sido preenchida); e novamente Treblinka (desta vez não há dúvida: mentira barata da estação ferroviária e tudo) onde os gaseamentos estão sendo realizadas com o inseticida Zyklon-B. Os gêiseres jorrando são um toque agradável, e combinam bem com a propensão de outras valas comuns do “Holocausto” a tremer e cuspir sangue adiante, às vezes por meses após os assassinatos; Treblinka, no entanto, é suposto não ter estado funcionando como um centro de extermínio até o verão de 1942, nem Zyklon-B jamais foi alegado ter sido empregado lá. 

Como tem sido afirmado, esses pequenos absurdos não parecem ter perturbado o capitão Less, que durante todo o restante de Eichmann interrogated pula alegremente de documento em documento, confrontando seu prisioneiro uma e outra vez com acusações supostamente condenatórias retiradas de declarações juramentadas e conhecimentos de embarque, listas de passageiros e confissões em seus esforços para que Eichmann confessasse sua plena culpa. Embora o prisioneiro faça o possível para ser prestativo ao longo das transcrições (Eichmann até oferece comprovação para a alegação de seis milhões - ele diz que descobriu os números lendo almanaques judaicos), ele rejeita persistentemente a acusação de que ele foi o organizador do "Solução Final" ou o "volante da máquina de extermínio". De fato, Eichmann é concedido marcar ocasionalmente alguns pontos reveladores. Por que levar provisões para várias semanas, calçados e cobertores, como uma ordem de deportação prevê, se os deportados devem ser gaseados assim que desembarcarem? É a pergunta queixosa de Eichmann, à qual Less não tem uma boa réplica. Essas transcrições, por mais organizadas e compiladas que sejam, não oferecem uma confissão abrangente no todo.

O que tem sido trabalhado, contudo, com a aparente concordância de Eichmann, é um papel como uma espécie de gênio presidente do Exterminacionismo, intimamente envolvido de alguma forma em todos os seus detalhes desgostosamente macabros, às vezes para ter certeza apenas no papel de um voyeur, boquiaberto diante de massacres em massa de Kulmhof (que Eichmann chama nessas transcrições de Kulm, em sua maior parte), outras vezes implicado por pedaços de papel que fluíram por seu escritório ou por sua mesa; em uma palavra, um Erich Dorf avant la lettre (e o leitor irá supor que o Dorf  fictício recebeu sua parte subsidiária, mas abrangente, no Holocausto do romance e do docudrama porque os Maiores do que ele tiveram o privilégio de dar ordens , e homens mais brutais do que ele foram permitidos realizá-los).

A bonança de propaganda que Israel colheu do caso Eichmann foi necessariamente transitória. Infelizmente, para os proponentes do conto "Holocausto", Eichmann Interrogated  {Eichmann Interrogado} estará por perto por um longo tempo.

Tradução por Leonardo Campos

Revisão e palavras entre chaves por Mykel Alexander.



Fonte: The Journal of Historical Review, Verão de 1985 (Vol. 6, nº 2), páginas 237-240.

http://www.ihr.org/jhr/v06/v06p237_Okeefe.html 

Sobre Theodore O'Keefe: Nascido em Nova Jersey (1949 - ) é formado em História em Harvard e com estudos em idiomas, latim, grego, francês, alemão, espanhol, italiano e japonês. Foi membro do Institute for Historical Review, autor de vários artigos sobre história e política, e editor assistente de publicações do Journal for Historical Review

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