segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Como os britânicos obtiveram as Confissões de Rudolf Höss - parte 2 - por Robert Faurisson

 Corntinuação de Como os britânicos obtiveram as Confissões de Rudolf Höss - parte 1 - por Robert Faurisson

Robert Faurisson


Revelações de Höss sobre sua primeira confissão (Documento NO-1210, de 14 ou 15 de março de 1946)

            A guerra terminou na Alemanha, em 8 de maio de 1945. Höss caiu nas mãos dos britânicos, que o aprisionaram em um acampamento para homens da SS. Como um agrônomo formado, ele obteve uma libertação antecipada. Seus guardas não tinham consciência da importância de sua presa. Um escritório de trabalho arranjou-lhe emprego como um agrícultor em uma fazenda perto de Flensburg, não muito longe da fronteira dinamarquesa. Ele permaneceu lá por oito meses. A polícia militar procurou por ele. Sua família, com quem ele conseguiu fazer contato, era observada de perto e submetida a buscas frequentes.

            Em suas memórias Höss narra as circunstâncias de sua prisão e o que se seguiu. O tratamento que ele sofreu foi particularmente brutal. À primeira vista, é surpreendente que os poloneses tinham permitido Höss fazer as revelações que ele fez sobre a polícia militar britânica. Em reflexão, nós descobrimos que eles poderiam ter feito isso por um dos seguintes motivos:

– dar a confissão uma aparência de sinceridade e veracidade;

– fazer com que o leitor faça uma comparação, lisonjeando os comunistas poloneses, entre os métodos britânicos e polacos. De fato, Höss disse mais tarde que, durante a primeira parte de sua detenção em Cracóvia, seus carcereiros chegaram muito perto de acabar com ele fisicamente e acima de tudo moralmente, mas que mais tarde eles o trataram com “um tratamento tão descente e com consideração” que ele consentiu em escrever suas memórias;

– fornecer uma explicação para certos absurdos contidos no texto (NO-1210), que a polícia britânica tinha feito Höss assinar, um desses absurdos sendo a invenção de um “campo de extermínio” num lugar o qual nunca existiu em qualquer mapa polonês: “Wolzek perto de Lublin”; confusão com Belzec não é possível desde que Höss fala sobre três campos: “Belzek (sic), Tublinka (sic) e Wolzek perto de Lublin.”  Mais adiante, a ortografia de Treblinka irá ser corrigida. Deixe-nos notar de passagem, que os campos de Belzec e Treblinka ainda não existiam na época (junho 1941), quando Himmler, de acordo com Höss, disse-lhe que eles já estavam funcionando como “campos de extermínio.”

{Legenda do artigo da BBC: "Höss foi fotografado com o nariz sangrando após sua captura."}

            Aqui estão as palavras que Höss usa para descrever, em sucessão, sua prisão pelos britânicos; a assinatura do documento que se tornaria o NO-1210; sua transferência para Minden-on-the-Weser, onde o tratamento que ele sofreu foi pior ainda; sua estadia na prisão do Tribunal de Nuremberg; e, finalmente, sua extradição para a Polônia.

Eu fui preso no dia 11 de março, 1946 [às 11 horas].

Meu frasco de veneno havia sido quebrado dois dias antes.

Quando eu despertei do sono, eu pensei no começo que eu estava sendo atacado por ladrões, já que muitos roubos estavam ocorrendo naquele momento. Foi assim como eles conseguiram me prender. Eu fui maltratado pela Polícia de Segurança de Campo.

Eu fui levado para Heide onde eu fui colocado naquela mesma caserna de onde eu tinha sido libertado pelos britânicos oito meses antes.

No meu primeiro interrogatório, a evidência foi obtida batendo em mim. Eu não sei o que está no registro, embora eu assinei. Álcool e o chicote eram demais para mim. O chicote era o meu próprio, que por acaso tinha entrado na bagagem da minha esposa. Ele quase nunca tinha tocado meu cavalo, muito menos os prisioneiros. No entanto, um dos meus interrogadores estava convencido de que eu tinha definitivamente usado para flagelação dos prisioneiros.

Depois de alguns dias, eu fui levado para Minden-on-the-Weser, o principal centro de interrogatórios na zona britânica. Lá eu recebi um tratamento ainda mais áspero nas mãos do Promotor Público inglês, um major.

As condições na prisão eram de acordo com esse comportamento.

Depois de três semanas, para minha surpresa, eu fui barbeado e minha cabeça raspada e me foi permitido me lavar. Minhas algemas não haviam sido até então removidas desde a minha prisão.

No dia seguinte eu fui levado para Nuremberg num caminhão, juntamente com um prisioneiro de guerra que havia sido trazido de Londres como uma testemunha na defesa de Fritzsche. Meu aprisionamento pelo Tribunal Internacional Militar {IMT} era uma convalescença em comparação com o que eu tinha passado antes. Eu estava acomodado no mesmo edifício que o principal acusado, e fui capaz de vê-lo diariamente quando ele era levado para o tribunal. Quase todos os dias recebemos a visita de representantes de todas as nações Aliadas. Eu era sempre apontado como um animal especialmente interessante.

Eu estava em Nuremberg porque o conselho de Kaltenbrunner tinha me chamado como testemunha de sua defesa. Eu nunca fui capaz de compreender, e ainda não está claro para mim, como eu de todas as pessoas poderia ter ajudado a exonerar Kaltenbrunner. Embora as condições de prisão fossem, em todos os aspectos, boas – eu lia sempre que eu tinha tempo, e havia uma biblioteca bem abastecida disponível – os interrogatórios foram extremamente desagradáveis, não tanto fisicamente, mas muito mais por causa de seu forte efeito psicológico. Eu realmente não podia culpar os interrogadores – eles eram todos judeus.

Psicologicamente eu estava quase cortado em pedaços. Eles queriam saber tudo sobre todas as coisas, e isso também foi feito por judeus. Eles me deixaram sem qualquer dúvida quanto ao destino que estava reservado para mim.

Em 25 de Maio, o meu aniversário de casamento como ele ocorreu, eu fui conduzido com von Burgsdorff e Bühler ao aeródromo e lá entregue a oficiais poloneses. Voamos em um avião americano via Berlim para Varsóvia. Embora fossemos tratados muito educadamente durante a nossa jornada, eu temia o pior quando eu me lembrei de minhas experiências na Zona Britânica e os contos que eu tinha ouvido falar sobre a forma como as pessoas estavam sendo tratadas no leste. (Commandant in Auschwitz, Introdução por Lord Russell de Liverpool. Tradução Inglês, Weidenfeld and Nicolson0, 1959, páginas 173-175.)

Tradução e palavras entre chaves por Mykel Alexander

Continua ...

Fonte: How the British Obtained the Confessions of Rudolf Höss, por Robert Faurisson, The Journal for Historical Review, vol. 7, nº 4, inverno 1986-1987.

http://www.ihr.org/jhr/v07/v07p389_Faurisson.html

Sobre o autor: Robert Faurisson (1929-2018), teve por anos sido o líder revisionista sobre o tema do alegado Holocausto.

            Formou-se em Sorbonne, Paris, em Letras Clássicas (Latim e Grego) obtendo o seu doutorado em 1972, e serviu como professor associado na Universidade de Lyon na França de 1974 até 1990. Ele é reconhecido como especialista de análise de textos e documentos. Depois de anos de pesquisa privada e estudo, o Dr. Faurisson fez pública suas visões céticas sobre a história de exterminação no Holocausto em artigos publicados em 1978 no diário francês Le Monde. Seus escritos sobre a questão do Holocausto têm aparecido em vários livros e numerosos artigos acadêmicos e foi um frequente contribuidor do The Journal of Historical Review. Por suas pesquisas sofreu muitas perseguições pela patrulha judaico-sionista ou pelas patrulhas àquelas vinculadas, além de um atentado contra sua vida no qual lhe deixou hospitalizado, porém manteve sempre em primeiro lugar seu compromisso para com a busca pela verdade durante toda sua vida, mantendo-se em plena atividade investigativa até a data de seu falecimento. Além de muitos numerosos e devastadores artigos escreveu:

Mémoire en défense (contre ceux qui m'accusent de falsifier l'Histoire: la question des chambres à gaz), Editora La vieille taupe , 1980.

Réponse à Pierre Vidal-Naquet. Paris: La Vieille Taupe, 1982.

Réponse à Jean Claude Pressac Sur Le Problème Des Chambres à Gaz, Editora R.H.R., 1994.

Quem escreveu o diário de Anne Frank (em português impresso pela Editora Revisão).

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