Russell Granata |
Der Zweite Weltkrieg:
Ursachen Und Anlass [A Segunda Guerra Mundial: Origens e
Causas] por Georg Franz-Willing. Leoni am Starnberger See: Druffel Verlag, 1979, 310 páginas, DM 29.50,
ISBN 3-8061-0960-5.
Resenha por Russell
Granata
É
nenhum segredo que o bombardeio dos alemães tinha meramente mudado de forma e
intensidade desde a década de 1940. Moscou e Washington cuidaram para que o
mundo inteiro, não apenas a Alemanha “oriental” e “ocidental”, continue
recebendo uma barragem constante de mísseis incendiários
anti-alemães/anti-nazistas. No ano de 1983, o povo alemão estava sendo
sobrecarregado por ondas de mídia eletrônica, bem como avalanches de papel,
chamados de “volkspaedagogischen Bemuehungen” – “esforços educacionais
públicos”. A razão: o 50º aniversário do que é chamado de “der
Machtergreifung”, a tomada do poder em 1933. Os temas: Hitler,
nacional-socialismo, o Terceiro Reich, a Segunda Guerra Mundial. Uma coisa que
todos esses esforços de “educação pública” tinham em comum era que eram
apresentações das perspectivas dos vencedores de 1945 contra o povo alemão –
esse povo não apenas bombardeado, truncado e dividido, mas por todos esses anos
ainda sem um tratado formal de paz, e ainda militarmente ocupado in toto
por forças estrangeiras, algumas do leste, outras do oeste.
O
bombardeio pós-1945 sobre o Terceiro Reich e a guerra por meio da mídia dos
vencedores, na América bem como na Alemanha, tem sido enfadonhamente
repetitivo. Nós sabemos, afinal de contas, o que aconteceu, quem foram os “vencedores”
– e são, e quem tem de carregar a culpa. Nesse ínterim, no entanto, surgiu aos
trancos e barrancos um refrescante, embora ainda relativamente desconhecido, espírito
de debate livre dentro de um movimento de revisionismo histórico. Esse ímpeto
para o debate e a inquirição aberta, embora muitas vezes obstruído e vitimizado
pela repressão organizada, continua corajosamente em todo o mundo, como se
fosse inevitavelmente desejado, ou pelo menos de alguma forma forçado, pela
história. Na vanguarda desse desenvolvimento contemporâneo dos mais dignos
estão aqueles relativamente poucos historiadores heroicos da Alemanha da
segunda metade do século XX. Georg Franz-Willing é um desses poucos honrados.
Não
como muitos outros historiadores alemães contemporâneos, cujas interpretações da
história recente são meramente temas tocados nas harpas dos vencedores, Georg
Franz-Willing em Der Zweite Weltkrieg: Ursachen und Anlass expõe a
culpabilidade dos vencedores tanto na guerra de 1914 quanto em suas horrendas
consequências, e na guerra de 1939 e posteriormente. Não é surpresa que a
imprensa geral do poder atualmente estabelecido na Alemanha ocupada, ainda
dominada por um lamentável e falso complexo de culpa coletiva, tenha dado a seu
livro o tratamento silencioso. A despeito da supressão deste livro, no entanto,
foram dadas revisões de obras anteriores do autor; Armin Moehler escreveu um
artigo sobre ele que foi autorizado a aparecer no respeitado Criticon da
Alemanha (nº 75, de janeiro-fevereiro de 1983). Franz-Willing de fato é – ou
era – um nome a ser considerado na historiografia da Alemanha Ocidental, conforme
se trata da era de Hitler. Seus livros sobre os primeiros anos do movimento
nacional-socialista, Ursprung der Hitlerbewegung 1919-1922, Krisenjahr
der Hitlerbewegung e utsch und Verbotszeit der Hitlerbewegung 1923-1925,
alcançaram respeito crítico e lugares duradouros em todas as bibliografias
sérias.
No
presente volume {The Journal of Historical Review, vol. 5, inverno 1984},
Franz-Willing descreve#1 a
Segunda Guerra Mundial como uma extensão da política anglo-americana antialemã
da Grande Guerra; ele se refere à era das guerras mundiais como uma “segunda
Guerra dos Trinta Anos” no desdobramento do Ocidente. Ambas as guerras mundiais
são vistas como compreendendo essencialmente um único conflito unitário: fases
de uma revolução global decorrente das crises causadas pela modernização e
industrialização no Ocidente. O Império Britânico, como tradicional potência
econômica mundial dominante, viu sua posição ameaçada por uma Alemanha unida e
em ascensão. Embora a Grã-Bretanha tenha conseguido manter o controle econômico
logo após a Primeira Guerra Mundial, foi incapaz de deter as mudanças sociais –
algumas revolucionárias, outras evolutivas – que estavam varrendo amplamente o
continente, desarrolhadas por aquele grande conflito, mas que fervilhavam há
muito tempo. Franz-Willing vê a Grã-Bretanha e sua nação filha, os Estados
Unidos da América, como representando essencialmente as forças liberalistas,
capitalistas e reacionárias contra a(s) nova(s) ordem(ordens) do século XX. A
Revolução Russa e a ascensão do fascismo foram contendas travadas para
encontrar um lugar em uma ordem social em mudança.
O
autor apresenta um vasto panorama das lutas de poder ideológicas, políticas e
econômicas o qual, como o destino em uma tragédia grega, pareciam
inevitavelmente invocar os deuses da guerra. Ele não foge nem da “Questão da
Culpa” da Segunda Guerra Mundial nem da Questão Judaica – dentro e fora da
Alemanha – que ele mostra como tendo um lugar fatídico no drama. Grande
influência pró-sionista e judaica na América é demonstrado ter contribuído para
a limpeza do caminho para guerra. Enquanto tomando o tortuoso e habilidoso eixo
Roosevelt-Churchill, ele dedica uma página inteira a fotografias de Chaim
Weizmann, Felix Frankfurter, Henry Morgenthau, Jr. e Bernard Baruch, concentrando-se
neste quarteto judeu de forma proeminente em seu capítulo, revelando as forças
que impulsionaram a intervenção econômica e militar da América no que até então
tinha sido um assunto limitado e essencialmente europeu.
Achando a Alemanha não singularmente culpada conforme
acusada, seja na primeira ou na segunda fase da “segunda Guerra dos Trinta Anos”,
Franz Willing, por meio de seu arquivo e pesquisa secundária, deslinda as
muitas discussões tortuosas e bastante consequentes do lado dos “mocinhos” as quais
gerenciaram para mergulhar o mundo em uma disputa pelo poder que ainda está
acontecendo. Como David L. Hoggan, entre outros colegas historiadores que ele
cita, o autor encontra Hitler se esforçando para continuar o notável e
essencialmente incruento esforço anterior a 1939 para revisar Versalhes, mas
sendo recusada uma acomodação pacífica e finalmente forçado para dentro duma
guerra que ele não desejava ou planejava.
Na
visão de Franz-Willing, o conflito assim engendrado, de fato, ainda não acabou;
a revolução mundial continua, aliados – então, agora inimigos, alguns partidos
rivais de hoje criados em 1945, as muitas lutas concomitantes às vezes
explodindo em plena e assustadora visão, às vezes mascaradas e sutis, mas plenas
de perigos e riscos.
Como
uma explicação honesta e objetiva dos antecedentes e circunstâncias que
cercaram o grande surto de 1939-45, Der Zweite Weltkrieg: Ursachen und
Anlass serve muito bem como uma introdução ao que o historiador Charles A.
Beard apropriadamente chamou de “nova e perigosa era” do mundo – pois
dificilmente é agora apenas do Ocidente.
Tradução
e palavras entre chaves por Mykel Alexander
#1 Nota de Mykel Alexander: Traduzido
como:
- As origens da Segunda Guerra Mundial, por Georg
Franz-Willing, 17 de março de 2018, World Traditional Front.
https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2018/03/as-origens-da-segunda-guerra-mundial_17.html
Fonte: The Journal of Historical Review, inverno
1984 (vol. 5), páginas 408-410.
http://www.ihr.org/jhr/v05/v05p408_Granata.html
Sobre o autor: Russell
Granata (1923-2004), americano descendente de italianos, foi educador, escritor
e tradutor. Era um veterano seis vezes condecorado da Marinha dos EUA na
Segunda Guerra Mundial. Ele se formou na University of California (B.A.) e na
University of Southern California (M.A.), especializando-se em história e
literatura europeias. Ele ensinou história europeia, literatura e alemão por 33
anos em escolas públicas do sul da Califórnia. Durante anos ele trabalhou em
estreita colaboração com o estudioso revisionista italiano Carlo Mattogno,
traduzindo seus escritos para o inglês. Por meio de sua própria editora, ele
publicou edições em inglês de obras de Mattogno, incluindo My Banned
Holocaust Interview e The Crematories of Auschwitz: A Critique of
Jean-Claude Pressac. Ele serviu como tradutor de Mattogno em conferências
do Institute for Historical Review e ajudou a produzir a edição em inglês do
livro de Mattogno, Auschwitz: The End of a Legend, para o IHR. Granata
também contribuiu para o The Journal of Historical Review do IHR.
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