Continuação de O Berço Árabe de Sião - Moisés, Maomé e Wahabi-Sionismo - parte 1 - por Laurent Guyénot
Laurent Guyénot |
O berço árabe do judaísmo
A
questão das origens judaicas dos Sauds pertence à questão mais ampla dos laços
entre o judaísmo, o islamismo e a Arábia. No restante deste artigo,
apresentarei a evidência esmagadora da origem árabe dos israelitas, depois a
evidência igualmente esmagadora da origem judaica do Islã e o padrão mosaico de
sua conquista da Síria. Ao conectar essas duas imagens, teremos uma perspectiva
mais ampla sobre a profunda corrente cultural que se espalhou do deserto da
Arábia desde o tempo de Moisés.
Primeiro,
vamos voltar à história de Moisés. Como eu disse em um artigo anterior,14 o consenso acadêmico geral é que a
primeira compilação do Tanak {coleção de Escrituras canônicas do judaísmo#4} data do período exílico. Mas a
própria história do Êxodo é muito mais velha e, além de milagres e
revelações, tem o soar da plausibilidade histórica. O nome “israelitas” deve
ser anacrônico, já que o reino chamado Israel existia muito antes de ser
convertido ao jeovismo {ou javismo} pelos judeus. A Bíblia indica que os
“israelitas” eram chamados de “hebreus” pelos egípcios (14 vezes em Êxodo)
e pelos filisteus (8 vezes em 1 Samuel), termo também empregado com o
significado vulgar de “bandidos” ou “ladrões” em Isaías 1:23 e Oséias
6:9.13 Esse nome pode ser idêntico ao Habirus
mencionado nas tábuas de Amarna descobertas no Egito Médio, enviadas de Canaã
em algum momento durante o segundo milênio a.C. para implorar a ajuda rápida do
Faraó contra as tribos nômades de Habirus.14
A multidão de migrantes de Moisés provavelmente não foi a primeira onda de Habirus
a ansiar por Canaã, e certamente não foi a última.
Canaã era uma região próspera, ao contrário das terras
mais pobres de sua orla sul. Seus habitantes, que a Bíblia retrata como
idólatras detestáveis, eram membros de uma civilização tecnologicamente e
culturalmente avançada, organizada em cidades-estado, produzindo trigo, vinho,
óleo e outros produtos valiosos em largas quantidades. De acordo com o relato
dos chefes tribais enviados por Moisés em reconhecimento, “Na verdade é terra
onde mana leite e mel. [...] Contudo o povo que habita é poderoso; as cidades
são fortificadas, muito grandes” (Números 13:27-28).
{A área de fluxo abraâmico percorrendo os povos do Fértil Crescente} |
É comumente mantido que o paradigma bíblico para o relacionamento entre judeus e árabes está encapsulado na história do Gênesis dos meio-irmãos Isaac e Ismael. Mas, de fato, um pano de fundo mais revelador é fornecido pela história do Êxodo sobre a interação dos israelenses com os midianitas, um povo seminômade conhecido por sua habilidade avançada em domesticar camelos e por sua extensa atividade comercial.15
Como
em um palimpsesto, a narrativa que apresenta Moisés como o verdadeiro
descobridor de Jeová parece ser escrita sobre uma história mais antiga que
apresenta Jeová como um deus midianita adotado por Moisés a partir de seu
sogro, que dizem ser um “sacerdote” (Kohen {ou Cohen}). O Êxodo dá a
entender que o Monte Horebe já era conhecido como “terra santa” (3:5) quando
Moisés se aproximou dele. E a Bíblia enfatiza tanto que casar com uma mulher
não-israelita leva à adoção de seus deuses que podemos aplicá-lo a Moisés,
especialmente porque é a esposa midianita de Moisés que, “tomando uma pedra
aguda, [...] cortou o prepúcio de seu filho” a fim de apaziguar a ira de Jeová contra
seu marido (Êxodo 4:24-26).
Em
Êxodo 18, depois de liderar seu povo para fora do Egito e estabelecer
seu acampamento no deserto midianita, “Moisés saiu ao encontro de seu sogro, inclinou-se
diante dele, abraçou-o”. Então Jetro “ofereceu a Deus um holocausto e
sacrifícios; vieram Aarão e todos os anciãos de Israel, para comer com o sogro
de Moisés diante de Deus” (Êxodo 18:7-12). Aqui é Jetro quem atua como
sacerdote de Jeová, enquanto Moisés e Arão são meramente convidados na
cerimônia. Logo depois, quando Moisés se sente sobrecarregado com a tarefa de
governar sozinho um grande número de pessoas, é Jetro quem, novamente com a
autoridade de um sacerdote de Jeová, o aconselha a instituir os Juízes; “Moisés
seguiu o conselho de seu sogro, e fez tudo o que ele havia dito.” (Êxodo
18:19-25). Moisés então precisa de seu sogro para guiá-lo até Canaã,
dizendo-lhe: “pois tu conheces os lugares onde devemos acampar no deserto e tu
serás os nossos olhos. Se vieres conosco, faremos a ti o mesmo bem que Jeová
nos fizer.” (Números 10:31-32). De Juízes 1:16, entendemos que o
sogro de Moisés concordou e “subiram na cidade das Palmeiras com os filhos de
Judá.”
A
soma de todas essas histórias sugere que o culto a Jeová se originou com os
midianitas. Esta hipótese foi formulada primeiro em alemão por Friedrich
Wilhelm Ghillany em 1863,16 depois
em inglês por Karl Budde em 1899.17 A
teoria ganhou amplo apoio e hoje é convincentemente apresentada pelo estudioso
suíço Thomas Römer.18 Isso não implica
necessariamente que os hebreus somente adotaram Jeová sob a orientação de
Moisés: quando Jeová ordena a Moisés que diga a seu povo no Egito: “Jeová, o
deus de seus ancestrais, apareceu para mim”, a implicação é que ele está
conversando com midianitas. A situação é historicamente plausível, desde que se
sabe que tribos nômades migraram para as pastagens dos distritos fronteiriços
do Egito, de onde poderiam contribuir para quaisquer grandes operações de
construção.19
A
inovação mais significativa de Moisés para o culto midianita, aparentemente,
foi fornecer mobilidade a Jeová, graças à Arca e ao Tabernáculo, uma luxuosa
tenda folheada a ouro (usando o ouro roubado dos egípcios), as quais as especificações
detalhadas as são dadas em Êxodo, capítulos 25 a 31. A partir de então,
é nesta tenda que Moisés – acredite ou não – falaria com o Jeová “falava com
Moisés face a face, como um homem fala com seu amigo” (Êxodo 33:11). Essa
deslocalização de Jeová pode ser considerada como o primeiro estágio no longo
processo que em última instância irá tornar Jeová de uma deidade que habita um
vulcão no onipresente “Deus do Céu e da Terra”.
No
entanto, Jeová permaneceria por muito tempo apenso à cratera vulcânica da qual
emergiu pela primeira vez neste mundo. Ele tinha guiado os israelitas do Egito,
“de dia numa coluna de nuvem, para lhes mostrar o caminho, e de noite numa
coluna de fogo para alumiar, a fim de que pudessem caminhar de dia e de noite”
(Êxodo 13:21), como se por uma visão de si mesmo como um vulcão. Na
véspera da migração do Sinai para Canaã, há uma vaga noção de que ele realmente
não deixaria sua montanha, mas “enviaria um anjo” para guiar Moisés (Êxodo
23:20).20 Séculos depois do Êxodo, o profeta Elias
caminha 40 dias em peregrinação ao “monte de Deus, ao Horebe”, onde, após um
furacão, um terremoto e uma erupção de fogo, recebeu a palavra de Deus (1
Reis 19). Jeová continua a ser chamado de El Shaddai, possivelmente
significando “o deus da montanha” (Gênesis 17:1, Êxodo 6:2-3).21 Sua a adicção ao “agradável odor” de
carne carbonizada, conhecido como holocaustos (Gênesis 8:21), pode ser
atribuído a seus genes vulcânicos. E ele definitivamente mantém um caráter
vulcânico: ele é “um fogo devorador” (Deuteronômio 4:24), esperado em
visões proféticas “que queima como um forno” e que “os queimará” todos os
malfeitores (Malaquias 3:19).
Outros povos abraâmicos
De
acordo com Gênesis 25:2-4, os midianitas são descendentes de Abraão com
sua segunda esposa Quetura. Eles são, portanto, herdeiros da aliança abraâmica,
assim como os ismaelitas, descendentes de Abraão por meio de sua serva Agar. Midianitas
e ismaelitas são realmente mais ou menos confundidos em Gênesis 37, onde
é dito que José foi vendido pelos midianitas a ismaelitas que o levaram para o
Egito (Gênesis 37:28), depois que “os midianitas o venderam no Egito” (Gênesis
37: 36).
Além
dos midianitas, os israelitas interagem com uma série de povos a caminho de
Canaã, notadamente os moabitas, os edomitas (ou idumeus) e os amalequitas. Embora
eles pratiquem a agricultura nas encruzilhadas urbanizadas, todos esses povos
são, em sua maioria, pastores e comerciantes seminômades. Eles são todos dados
como descendentes de Abraão em Gênesis: Moabe é sobrinho de Abraão (Gênesis
19:31-38), Edom ou Esaú é neto de Abraão (Gênesis 25:25) e Amaleque é
neto de Esaú (36:12). Parentesco não rima necessariamente com amizade. Os
israelitas são informados em Deuteronômio: “Você não deve considerar o
edomita como detestável, pois ele é seu irmão” (Deuteronômio 23:8), mas
os moabitas devem ser excluídos da comunidade até a décima geração (Deuteronômio
23:4-5). Quanto aos amalequitas, que “ocupam a área do Negeb” de acordo com Números
13:29, eles merecem ser erradicados da face da terra de acordo com 1Samuel
15:2.
Em
Juízes 1:16, o sogro de Moisés é chamado de queneu em vez de midianita.
É geralmente assumido que os queneus eram uma tribo entre a nação maior dos
midianitas e que os israelitas tinham uma aliança especial com os queneus, e
não com os midianitas como um todo. O nome dos queneus na verdade significa
“ferreiros” ou “trabalhadores de ferro”, e faz sentido que essas pessoas adorem
um vulcão. Tribos de ferreiros eram nômades porque suas habilidades eram
exigidas em uma área muito ampla. Eles eram objetos de medos supersticiosos,
porque a arte da metalurgia está associada com mágica. Estranhamente, o nome
dos queneus (Qayn em hebraico) é idêntico ao nome de Caim, cujos descendentes
são descritos em Gênesis 4 como “errantes inquietos” vivendo em tendas,
inventores de trabalho em ferro, fabricantes de instrumentos musicais metálicos
e protegidos de danos, por uma marca misteriosa. A história original de Caim e
Abel deve ter se originado de um povo que reivindicou Caim como seus
ancestrais,22 desde que o terceiro
irmão Seth parece ser uma adição secundária (os nomes de seus filhos em Gênesis
5:6-32 são uma cópia dos nomes dos filhos de Caim em Gênesis 4:17-18). Outras
tradições bíblicas podem ser derivadas do folclore quenita, de acordo com Hyam
Maccoby.23
De acordo com 1 Crônicas 2:55, os queneus são
“descendentes de Hammate, pai da casa de Recabe”. Isso torna os queneus
idênticos ou parentes dos recabitas. Jonadabe, filho de Recabe, está ao lado do
general jeovista {ou javista} Jeú, da Judéia, quando ele extermina os sacerdotes
de Baal no reino do norte de Israel (2 Reis 10). O profeta Jeremias
elogia os recabitas por sua fidelidade a Jeová e a seu ancestral, que os
ordenou a não “beber vinho, construir casas, semear, plantar vinhas ou
possuí-las, mas viver em tendas por toda a vida” (Jeremias 35 :6-7). Benjamin
de Tuleda menciona recabitas na Arábia no século 12, e vários exploradores
ainda os encontram lá no início do século 19.24
Os
queneus e recabitas são os únicos povos além dos israelitas que são
apresentados sistematicamente em termos benevolentes na Bíblia. Saul poupa os
queneus quando extermina25 os
amalequitas entre os quais eles habitam, porque, diz-lhes, “vós agistes com
amor fiel para com todos os israelitas quando eles subiam do Egito” (1
Samuel 15:6). Quando Davi “enviou parte do saque aos anciãos de Judá,
cidade por cidade”, parte dele vai para “as cidades dos queneus” (1 Samuel
30:26-29). Em contraste, o resto dos
midianitas são apresentados negativamente desde o início da conquista de Canaã.
Em Números 31, os midianitas residindo na terra de Moabe são acusados de
incitar os israelitas a se casarem com os moabitas, trazendo sobre eles “a
vingança de Jeová”. Moisés formou um exército para massacrar todos os
midianitas. (No entanto, em Juízes 6, os midianitas ainda são um povo
poderoso, aliados aos amalequitas para oprimir os israelitas.)
Finalmente,
nós precisamos mencionar os benjamitas. Embora eles sejam apresentados como uma
das doze tribos, os últimos capítulos de Juízes (19 a 21) os mostram em
guerra com as outras onze tribos. Benjamin significa Ben Yamin, ou “filho do
Iêmen”. Isso significa que eles vieram do Iêmen, a parte sudoeste da Arábia?
Não é certo, já que Iêmen na verdade significa “Sul”. Mas isso é uma forte
possibilidade. Há uma presença judaica muito antiga no Iêmen, remontando pelo
menos ao Reino Himiarita que controlava a Arábia desde o início de nossa era ou
antes. É acreditado que o rei de Himiar se converteu ao judaísmo em 380 e que
no século VI, o último rei judeu, Yûsuf Dhû Nuwâs, desencadeou um grande
massacre de cristãos, mas caiu por sua vez quando o rei cristão etíope invadiu
o Iêmen. As datas e os detalhes desta história são incertos, e a origem dos
judeus iemenitas (a maioria deles se realocou para Israel em 1949-50) permanece
parcialmente misteriosa. De acordo com uma de suas lendas, eles descendiam da
união do Rei Salomão e da Rainha de Sabá. Segundo outra, eles haviam migrado de
Israel antes da destruição do Primeiro Templo e se recusaram a retornar do
exílio na época de Esdras.26 Estudos
genéticos mostram que eles estão intimamente relacionados a outros grupos
judaicos, e estudos linguísticos mostram que o hebraico iemenita é arcaico.27
Em
conclusão, nós temos encontrado uma abundância de evidências bíblicas de que
Javé era originalmente um deus midianita, talvez especialmente adorado pelos
queneus e recabitas, e que aqueles apresentados como “israelitas” são
originários da Arábia (quer tenham ou não passado algum tempo no Egito oriental).
Há também evidências extrabíblicas de uma conexão muito antiga entre judeus e
árabes. As três tribos judaicas que residiam em Yathrib (Medina) na época de Maomé
alegaram que viviam no Hejaz desde a época de Moisés. O orientalista David
Samuel Margoliouth acreditava que sua presença pode muito bem ser antiga. Ele
também argumentou que muitos nomes hebraicos, incluindo o de Jeová, eram árabes
e que o Livro de Jó, entre outras histórias bíblicas, “ostensivamente
vem da Arábia”.28
A
história de José parece totalmente árabe para Kamal Salibi, professor de
história e arqueologia em Beirute. Em The Bible Came from Arabia (1985)*15, ele propõe uma hipótese radical: ele
recoloca na Arábia Ocidental todos os nomes de lugares bíblicos e, portanto,
toda a história bíblica, de Abraão a Salomão, passando por Moisés. O
pesquisador egípcio Ashraf Ezzat*16 chega
a uma conclusão semelhante em seu livro Egypt Knew no Pharaohs nor
Israelites.*17 Eu não acho essas
teorias muito fortes, mas a evidência da origem árabe do jeovismo {ou javismo},
a matriz da cultura judaica, é esmagadora.
Tradução
e palavras entre chaves por Mykel Alexander
Continua em O Berço Árabe de Sião - Moisés, Maomé e Wahabi-Sionismo - parte 3 - por Laurent Guyénot
Notas
14 Fonte utilizada por Laurent
Guyénot: Sionismo, Cripto-Judaísmo e a farsa bíblica - parte 1, por Laurent
Guyénot, 26 de março de 2023, World Traditional Front. (Parte 2 na
sequência)
https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2023/03/sionismo-cripto-judaismo-e-farsa.html
#4 Nota de Mykel Alexander: A coleção
de Escrituras canônicas do judaísmo é nomeada Tanak, acrônimo formado pelas
primeiras letras das três partes da Bíblia judaica:
- Năḇīʾīm ou Nevi'im (Profetas);
- Kăṯūḇīm ou ketuvim (Escritos).
Nestas
três partes estão distribuídos vinte e quatro livros de origens manuscritas.
O
cânon da Bíblia judaica o qual foi fixado pelos judeus da Palestina no início
da era cristã só admite os livros hebraicos, e foi acolhido também pelas
vertentes cristãs evangélicas, excluindo complementos gregos adicionados em Ester
e Daniel (algumas partes em grego; Susana; Bel e o Dragão),
bem como demais livros não oriundos do hebraico (Judite; Tobias; Macabeus
I e II mais III e IV apócrifos; Eclesiástico; Livro da Sabedoria
ou Sabedoria de Salomão; Baruc; Carta de Jeremias.)
originalmente incorporados no cânon católico.
Ver:
- Bíblia de Jerusalém, 1ª edição, 2002, 12ª
reimpressão, 2017, Paulus, São Paulo. Ver na parte introdutória a listas dos
livro da Bíblia Hebraica e lista de livros da Bíblia Grega.
- Brian Kibuuka, A Torá comentada, Fonte Editorial, São Paulo, 2020. Ver prefácio do Dr. Waldecir Gonzaga e apresentação de Brian Kibuuka (páginas 21-24).
13 Nota de Laurent Guyénot: Niels Peter Lemche, The Israelites in History and Tradition, John Knox Press, 1998, páginas 58-60.
14 Nota de Laurent Guyénot: Karl Budde, Religion of Israel to the Exile, New York, 1899 (archive.org), páginas 5-11.
15 Nota de Laurent Guyénot: Thomas Römer, The Invention of God, Harvard UP, 2016, página 57.
16 Nota de Laurent Guyénot: Em seu Theologische Briefe an die Gebildeten der deutschen Nation, sob o pseudônimo de Richard von der Alm (Thomas Römer, The Invention of God, Harvard UP, 2016, página 67).
17 Nota de Laurent Guyénot: Karl Budde, Religion of Israel to the Exile, Lowrie Press, 2008, página 19.
18 Nota de Laurent Guyénot: Thomas Römer, The Invention of God, Harvard University Press, 2016.
19 Nota de Laurent Guyénot: Karl Budde, Religion of Israel to the Exile, página 12.
20 Nota de Laurent Guyénot: Em Juízes 4:8, “o Anjo de Jeová”, em vez do próprio Jeová, dá a vitória aos israelitas.
21 Nota de Laurent Guyénot: Thomas Römer, The Invention of God, Harvard UP, 2016, página 108.
22 Nota de Laurent Guyénot: Existem outros exemplos de povos nômades que atribuem seu modo de vida à transgressão de um ancestral. Yuri Slezkine observa que antes da era moderna, alguns grupos étnicos de andarilhos concebiam seu modo de existência “como punição divina por uma transgressão original” (Yuri Slezkine, The Jewish Century, Princeton UP, 2004, páginas 22-23).
23 Nota de Laurent Guyénot: Hyam Maccoby, The Sacred Executioner: Human Sacrifice and the Legacy of Guilt, Thames & Hudson, 1982, páginas 13–51.
24 Nota de Laurent Guyénot: Gordon Darnell Newby, A History of the Jews of Arabia, From Ancient Times to Their Ecclipse under Islam, The University of South Carolina Press, 1988, páginas 100, 103.
25 Nota de Laurent Guyénot: Veja também Números 24:21 e Juízes 5:24.
26 Nota de Laurent Guyénot: Gordon Darnell Newby, A History of the Jews of Arabia, The University of South Carolina Press, 1988, páginas 18, 33-34.
27 Nota de Laurent Guyénot: Gordon D. Newby, “The Jews of Arabia at the Birth of Islam,” em Abdelwahab Meddeb and Benjamin Stora (eds), A History of Jewish–Muslim Relations – From the Origins to the Present Day, Princeton UP, 2013, páginas 39-57 (40).
28 Nota de Laurent Guyénot: David Samuel Margoliouth, Relations Between Arabs and Israelites Prior to the Rise of Islam: The Schweich Lectures 1921, Oxford UP, 1924 (archive.org).
*15 Fonte
utilizada por Laurent Guyénot: Kamal Salibi, Bible Came From Arabia, Jonathan
Cape Ltd, 1985, 224 páginas.
*16 Fonte utilizada por Laurent Guyénot: https://ashraf62.wordpress.com/
*17 Fonte
utilizada por Laurent Guyénot: Ashraf Ezzat, Egypt knew neither Pharaoh nor
Moses, 2015.
Fonte: The Arabian Cradle of Zion - Moses, Muhammad, and Wahhabo-Zionism, por Laurent Guyénot, 08 de julho de 2019, The Unz Review – An alternative media selection.
https://www.unz.com/article/the-arabian-cradle-of-zion/
Sobre o autor: Laurent Guyénot (1960-) possuí mestrado em Estudos Bíblicos e trabalho em antropologia e história das religiões, tendo ainda o título de medievalista (PhD em Estudos Medievais em Paris IV-Sorbonne, 2009) e de engenheiro (Escola Nacional de Tecnologia Avançada, 1982).
Entre seus livros estão:
LE ROI SANS PROPHETE. L'enquête historique sur la relation entre Jésus et Jean-Baptiste, Exergue, 1996.
Jésus et Jean Baptiste: Enquête historique sur une rencontre légendaire, Imago Exergue, 1998.
Le livre noir de l'industrie rose – de la pornographie à la criminalité sexuelle, IMAGO, 2000.
Les avatars de la réincarnation: une histoire de la transmigration, des croyances primitives au paradigme moderne, Exergue, 2000.
Lumieres nouvelles sur la reincarnation, Exergue, 2003.
La Lance qui saigne: Métatextes et hypertextes du Conte du Graal de Chrétien de Troyes, Honoré Champion, 2010.
La mort féerique: Anthropologie du merveilleux (XIIᵉ-XVᵉ siècle), Gallimard, 2011.
JFK 11 Septembre: 50 ans de manipulations, Blanche, 2014.
Du Yahvisme au sionisme. Dieu jaloux, peuple élu, terre promise: 2500 ans de manipulations, Kontre Kulture, Kontre Kulture, 2016. Tem edição em inglês: From Yahweh to Zion: Jealous God, Chosen People, Promised Land...Clash of Civilizations, Sifting and Winnowing Books, 2018.
Petit livre de - 150 idées pour se débarrasser des cons, Le petit livre, 2019.
“Our God is Your God Too, But He Has Chosen Us”: Essays on Jewish Power, AFNIL, 2020.
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